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07/24

Produção hídrica aumentou 56% no 1.º semestre na EDP e renováveis crescem 20%

Segundo a EDP, a produção hídrica em Portugal esteve 40% acima da média histórica, face a 21% abaixo da média no primeiro semestre do ano passado.

A produção hídrica da EDP aumentou, no primeiro semestre deste ano, 56% em relação ao período homólogo tendo, no geral, verificado um crescimento nas renováveis de 20%, anunciou esta segunda-feira a empresa.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no qual dá conta dos "Dados Operacionais Previsionais" relativos aos primeiros seis meses do ano, a EDP destacou que "a produção hídrica aumentou 56% face ao período homólogo, para 11,2 TWh [terawatts hora], 2,7 TWh acima do esperado para o período na Península Ibérica, suportada por elevados volumes de afluência" no primeiro semestre.

Segundo a EDP, a produção hídrica em Portugal esteve 40% acima da média histórica, face a 21% abaixo da média no primeiro semestre do ano passado.

"A produção hídrica por bombagem aumentou 37% face ao período homólogo, para 980 GWh [gigawatts hora], justificado pelo aumento da volatilidade do preço horário de eletricidade", referiu.

Segundo a EDP, no final de junho, "os níveis dos reservatórios hídricos em Portugal situavam-se nos 80%, em linha com junho de 2023, 14 p.p. [pontos percentuais] acima da média histórica para este período do ano".

Paralelamente, "a produção de energias renováveis da EDP aumentou 20% no primeiro semestre, para 30,2 TWh, representando 98% da produção total de eletricidade e refletindo a nossa ambição de ser 'All Green' até 2030", referiu.

Segundo o grupo, a produção eólica e solar aumentou 5%, suportada pelo crescimento "de 69% na produção solar face ao período homólogo, resultado do forte crescimento da capacidade instalada e do nível de produção eólica inalterada, com a melhoria dos recursos eólicos nos EUA e Europa a serem mitigados pelos menores recursos eólicos no Brasil e pelas três transações de rotação de ativos no segundo semestre de 2023".

De acordo com os dados divulgados pela EDP, no segundo trimestre de 2024, "o negócio integrado ibérico beneficiou do forte volume de produção hídrica e da redução significativa dos custos de abastecimento de gás, num contexto de preços médios de eletricidade baixos na Península Ibérica".

De acordo com a empresa, "a produção térmica baixou 83%, -98% no carvão e -72% no gás, devido aos menores fatores de utilização de capacidade térmica na Península Ibérica e suportado pela venda de 80% da central a carvão de Pecém no Brasil" e pela "nova parceria 50/50 na termoelétrica de Aboño em Espanha (-1,6 GW), refletindo o compromisso da EDP de ser 'coal free' [livre de carvão] até 2025".

A EDP referiu ainda que "na atividade de comercialização, na Península Ibérica, o volume de eletricidade comercializado diminuiu 9% em termos homólogos, refletindo principalmente a diminuição de volumes vendidos a clientes empresariais em Espanha", sendo que "no gás, os volumes vendidos diminuíram 11% em relação ao período homólogo".

Já no Brasil, "a eletricidade distribuída registou um aumento de 9% face ao período homólogo, devido às elevadas temperaturas e ao aumento de 2% no número de clientes ligados à rede face ao primeiro semestre de 2023".

No segundo trimestre, lembrou, a EDP "venceu o leilão para a construção e operação de 3 lotes de ativos de transmissão de eletricidade no Brasil, com uma extensão total de 1.388 km".

No que diz respeito à distribuição de eletricidade na Península Ibérica, aumentou 2% face ao período homólogo e o número de clientes ligados à rede subiu 1%.

Nos últimos 12 meses, o grupo EDP adicionou 3,1 GW de capacidade eólica e solar, atingindo uma capacidade instalada de 17,1 GW em junho de 2024, revelou.(15.07.24/Fonte: Jornal de Negócios)

Portugal recebeu 26,5 milhões de turistas em 2023, mais 19% face a 2022

Apesar do forte aumento dos turistas norte-americanos, Espanha manteve-se como o principal mercado emissor, tendo crescido 16,7% face ao ano anterior. Desde 2013 que não se observava valores tão altos da dependência dos mercados internacionais nas dormidas.

Em 2023, Portugal recebeu 26,5 milhões de turistas, um crescimento de 19,2% face ao ano anterior e de 7,7% em comparação com 2019, de acordo com as estimativas divulgadas esta segunda-feira pelo INE que confirmam os valores recorde registados pelo sector no ano passado em vários indicadores.

As dormidas de não residentes representaram 67% das dormidas na generalidade dos meios de alojamento , tendo este sido o ano, desde 2013, em que se observou uma maior dependência dos mercados internacionais, apenas superado pelo ano de 2017, em que estes mercados totalizaram 67,8% do total.

A taxa de sazonalidade diminuiu para 36,9% e atingiu o valor mais baixo desde 2013. Este indicador foi mais elevado nos residentes (41,3%) do que nos não residentes (34,8%).

Apesar do número de turistas norte-americanos estar a crescer a passos largos, Espanha manteve-se como o principal mercado emissor com uma quota de 25,2%, tendo crescido 16,7% face ao ano anterior. "O mercado do Reino Unido (12,6% do total) voltou a ser o segundo principal mercado emissor, aumentando 14%, enquanto o número de turistas franceses (12,4% do total, segundo principal mercado em 2022) cresceu 11%", destaca o gabinete de estatística.

De acordo com os dados publicados, além do agrupamento "Ouros do Mundo" , que registou uma subida de 44,8%, os maiores crescimentos foram registados pelos mercados norte-americano (+34,2%) e italiano (+29,2%).

Receitas crescem mais de 20%

Os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico ascenderam a 6 mil milhões de euros (+20%) e os de aposento a 4,6 mil milhões (+21,4%). "O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 64,8 euros (+15,4%) e o rendimento médio por quarto ocupado foi de 113,0 euros (+9,1%)", detalha o INE.

Em 2023, a despesa média por turista em cada viagem teve um acréscimo de 4,3% face ao valor de 2022, fixando-se em 242,4 euros (+23,9% face a 2019). "Nas deslocações em território nacional, os residentes gastaram, em média, 164,3 euros por turista/viagem, +1,1 euros que em 2022 e +31,3 euros em comparação com 2019. Nas deslocações para o estrangeiro, o gasto médio por turista/viagem decresceu -2,1% em 2023 (+17,5% do que em 2019), tendo atingido 736,6 euros", lê-se no mesmo documento.

Portugueses nunca viajaram tanto para o estrangeiro

Os dados confirmam também que os residentes nunca viajaram tanto para o estrangeiro como no ano passado.

"As deslocações turísticas dos residentes atingiram os 23,7 milhões, refletindo uma variação anual de 4,6%, embora ainda aquém dos valores de 2019 (-3,2%). As viagens em território nacional aumentaram 2,4% (-4,3% face a 2019), atingindo 20,4 milhões (86,4% do total, 88,3% em 2022 e 87,3% em 2019)".

Pelo contrário, "as deslocações para o estrangeiro ganharam representatividade (13,6%, +1,9 p.p. acima do valor de 2022, ao alcançarem 3,2 milhões em 2023", o que representa um crescimento de 21,5% face ao ano anterior e de 4,1% em comparação com 2019.

Em 2023, a despesa média por turista em cada viagem teve um acréscimo de 4,3% face ao valor de 2022, fixando-se em 242,4 euros (+23,9% face a 2019).

Nas deslocações em território nacional, os residentes gastaram, em média, 164,3 euros por viagem, +1,1 euros que em 2022 e +31,3 euros em comparação com 2019.

Peo contrário, nas deslocações para o estrangeiro, o gasto médio por turista/viagem decresceu -2,1% em 2023 (+17,5% do que em 2019), tendo atingido 736,6 euros.
.(08.07.24/Fonte: Jornal de Negócios)

Esquerda venceu eleições em França, extrema-direita ficou em terceiro lugar

A mobilização contra a Le Pen deu vitória à coligação das esquerdas na segunda volta das eleições legislativas, segundo as projecções.  

O líder do Partido Socialista, Olivier Faure, congratulou-se com o resultado obtido pela coligação da Nova Frente Popular e afirmou que "a França disse não à ascensão da União Nacional ao poder". Seguindo a linha de Mélenchon, o líder socialista também indicou que não há lugar a coligações com o campo presidencial. "Não nos prestaremos a nenhuma coligação de opostos. A Nova Frente Popular deve tomar nas suas mãos esta nova página da nossa história", afirmou.(07.07.24/Fonte: Público)

Apenas 18% das empresas portuguesas pagam aos seus fornecedores dentro dos prazos

Um estudo da Informa D&B indica que o montante agregado por pagar das empresas aos fornecedores atinge cerca de 68,2 mil milhões de euros.  

Um estudo, realizado em maio, da Informa D&B sobre comportamentos de pagamento das empresas, indica que 18,1% das empresas pagam aos seus fornecedores dentro dos prazos acordados, dois terços pagam com atrasos até 30 dias e 5,5% pagam com atrasos superiores a 90 dias.

O estudo indica que o montante agregado por pagar aos fornecedores atinge cerca de 68,2 mil milhões de euros.

“O comportamento de pagamento das empresas em Portugal terá necessariamente de melhorar e tem, infelizmente, uma enorme margem para o fazer. O cumprimento dos prazos acordados com os fornecedores é um dos fatores considerados nas práticas ESG das empresas. Ora estas práticas terão um peso cada vez maior na avaliação das empresas, com consequências na sua reputação, no acesso a parcerias com outras empresas ou a financiamento e, portanto, na sua capacidade de crescimento”, disse a diretora geral da Informa D&B, Teresa Cardoso de Menezes.

O estudo refere que após o pico de 27,1 dias, no final de 2020, a média de dias de atraso caiu durante a pandemia, e atingiu o valor mais baixo de 21,9 dias no final de 2022, contudo, no final de maio deste ano, o valor subiu para os 23,1 dias.

A Informa D&B salientou que os atrasos nos pagamentos “são transversais” a todas as dimensões de empresas.

“Mas a percentagem de cumpridoras é maior entre as microempresas (21,6%), sendo cada vez menor à medida que aumenta a dimensão da empresa. Nas grandes empresas, apenas 3,7% cumpre os prazos acordados com os fornecedores. No entanto, é também nas microempresas que está a maior percentagem de empresas com grandes atrasos, assim como é maior o número médio de dias de atraso”, diz o estudo.

O estudo revela também que Portugal está entre os países onde menos empresas cumpre os prazos de pagamento.

“A Dinamarca (94,2%), a Polónia (82,7%) e a Nova Zelândia (81,4%) são os países com maior percentagem de empresas cumpridoras. Portugal, Egipto e Roménia são os países onde menos empresas cumprem os seus compromissos de pagamento com os fornecedores”, diz o estudo.

A Informa D&B sublinhou que o estudo indicou que, no final de 2023, “47,7% dos países europeus monitorizados pagavam dentro dos prazos, uma percentagem que era de 19,2% em Portugal”, sendo esta a “maior diferença dos últimos anos, uma diferença que chegou a ser de 14 pontos percentuais (p.p.) em 2009 e de 17 p.p. em 2015”.

O estudo diz também que a probabilidade de, nos próximos 12 meses, uma entidade registar um atraso de pagamentos superior a 90 dias a pelo menos um dos seus credores, coloca quase 9% de empresas com um risco médio-alto ou elevado, o equivalente a cerca de 41 mil empresas com “maior risco de atrasos significativos nos seus pagamentos aos fornecedores”.(03.07.24/Fonte: Jornal Económico)

França: Extrema-direita vence mas depende das alianças da segunda volta

Como se esperava, o partido de Marine Le Pen e de Jordan Bardella saiu vencedor da primeira volta das eleições em França. Os franceses ficam agora à espera do que sucederá no próximo domingo, com todos os partidos a apelarem à união.  

Serão 577 os deputados que este domingo iniciaram o seu percurso para a Assembleia Nacional, mas não já. De algum modo, está tudo nas mãos do presidente Emmanuel Macron: com a necessidade de uma segunda volta (a 7 de junho) , apenas dos dois candidatos mais votados em cada círculo passam à fase seguinte. Num quadro em que a extrema-direita venceu, resta saber se Macron irá ou não aceitar forçar a desistência dos seus candidatos, nos círculos onde a sua eleição à segunda volta possa ser difícil, e promover a concentração de votos nos candidatos da Nova Frente Popular (a coligação de esquerda que engloba comunistas, socialistas radicais de esquerda e verdes, fundamentalmente).

Durante a campanha eleitoral, Macron optou por não ser definitivo sobre a matéria e não quis responder diretamente – um ‘sim’ ou um ‘não’ – à questão, que lhe foi insistentemente colocada. Era evidente que nunca iria responder – dado que soaria como uma derrota antecipada – mas agora, e até ao próximo domingo, já não poderá furtar-se por mais tempo.

Quanto ao mais, nada de novo: a extrema-direita saiu vitoriosa, mas pode agora suceder-lhe o que é costume. Ou seja, os candidatos do partido de Marine Le Pen e de Jordan Bardella irão agora confrontar-se com coligações de toda a ordem em que o fito é ‘todos contra um’. Tem sido assim em todas as eleições parlamentares que têm sucedido desde que o partido da família Le Pen deixou de ser uma irrelevância política.

Num quadro em que as sondagens à boca das urnas não é uma prática comum, a extrema-direita deverá ser a mais votada, com 37% dos votos (o que daria para eleger 260 a 310 deputados), seguida da coligação de esquerda, com 28% (115 a 145 deputados) e só depois o partido de Macron, com 20% (90 a 120 deputados). Os depauperados Les Republicans ficam em quatro lugar, com a possível eleição de 30 a 50 deputados. Seja como for, segue tudo, ou quase (haverá por certo círculos em que já há eleitos, os que conseguiram mais de 50% dos votos) para a segunda volta.

Três grandes blocos políticos estão a competir: A Aliança Centrista (Juntos) do presidente Emmanuel Macron, encabeçada por Gabriel Attal, o Rassemblement National (RN), partido de extrema-direita liderado por Jordan Bardella, e a coligação Nova Frente Popular, que inclui forças de centro-esquerda, verdes e de extrema-esquerda.

As primeiras indicações dizem que 67% dos franceses foram votar – o que é um número significativo, mesmo num país onde a abstenção não é, tradicionalmente, um grande problema.

Na sua primeira intervenção, logo a seguir ao fecho das urnas e de conhecidos os primeiros resultados, Marine Le Pen pediu aos franceses para manterem o voto no seu partido, para assegurar uma maioria confortável para as cores da extrema-direita. E voltou a dizer que a ‘diabolização’ da extrema-direita – tentada por todos os outros partidos – é uma hipótese sem qualquer sentido, dado que um eventual governo chefiado pelo seu partido não irá optar por nenhuma dos ‘cortes epistemológicos’ antecipados pelos seus adversários. Do outro lado, o discurso de Jean-Luc Mélanchon, um dos líderes da coligação de esquerda, foi basicamente idêntico – não se tendo, de qualquer modo, esquecido de salientar que a segunda posição da esquerda é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. Oportunidade essa, afirmou, que se deve à participação dos jovens – maioritariamente interessados, afirmou, em bloquear a emergência da extrema-direita.

Finalmente, Emmanuel Macron disse que é necessária “uma grande união nacional e republicana” – apelando também ao reforço dos votos no seu partido. Mas, pouco depois, o ‘seu’ primeiro-ministro, Gabriel Attal, preferiu zurzir com grande violência verbal a aliança de esquerda, voltando a lançar dúvidas sobre o que irá seguir-se nesta próxima semana de todas as tenções.

A segunda volta é disputada entre os dois candidatos mais votados. Mas, tal como pode suceder que em alguns círculos já haja uma decisão final (se algum dos candidatos tiver ultrapassado os 50% à primeira volta), também pode acontecer que a segunda volta seja disputada por três candidatos. Isso sucede se houver três candidatos acima da fasquia mínima dos 12,5%.(01.07.24/Fonte: Jornal Económico)

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