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02/24
Portugal : Excedente externo de 7200 milhões de euros em 2023
O excedente externo de 2023 correspondeu a 2,7% do Produto Interno Bruto e, segundo o Banco de Portugal, é o "terceiro mais elevado da série e o mais elevado desde 2013".
A economia portuguesa apresentou um excedente externo de 7.200 milhões de euros em 2023, depois do défice de 2022, tendo as exportações de viagens e turismo batido recordes, disse esta terça-feira o Banco de Portugal (BdP).
O excedente externo de 2023 correspondeu a 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e, segundo o BdP, é o "terceiro mais elevado da série e o mais elevado desde 2013".
Em 2022, a economia portuguesa teve um défice externo de quase 500 milhões de euros, correspondendo a 0,2% do PIB.
A balança de bens e serviços teve, em 2023, um saldo positivo de 3.300 milhões de euros (1,2% do PIB), com o excedente da balança de serviços a superar o défice registado na balança de bens. Em 2022, a balança de bens e serviços tinha tido um défice de 4.700 milhões de euros (1,9% do PIB).
O défice da balança de bens diminuiu 1.700 milhões de euros relativamente a 2022, com as importações a caírem a um ritmo superior ao das exportações (-3,0% e -1,8%, respetivamente), o que, diz o BdP, "resultou, em parte, da evolução dos preços verificada em 2023".
Já na balança de serviços o aumento das exportações foi superior ao aumento das importações, tendo o excedente da balança de serviços crescido 6.300 mil milhões de euros.
O BdP indica que tanto o saldo como as exportações e as importações de serviços "se situaram acima dos valores pré-pandemia, tendo sido os mais elevados de toda a série".
As exportações e as importações de viagens e turismo atingiram mesmo em 2023 "os valores mais elevados de toda a série", tendo aumentado, respetivamente, 19% e 14% face a 2022.
As exportações de viagens e turismo foram de 25,1 mil milhões de euros e as importações de viagens e turismo de 6,3 mil milhões de euros, no ano passado. O saldo da rubrica de viagens e turismo cresceu 3.200 milhões de euros em 2023 face a 2022.
Os turistas residentes no Reino Unido, em França e na Alemanha foram os que contribuíram com as maiores receitas turísticas de Portugal em 2023.
Por fim, a balança de rendimento primário aumentou o défice para 4.830 milhões de euros, a balança de rendimento secundário diminuiu o excedente para 5.201 milhões de euros e o saldo da balança financeira foi de 8.000 milhões de euros.(02.02.24/Fonte: Diário de Notícias)Ocupação na hotelaria sobe para 68% e preço médio para 141 euros em 2023
Portugal, Reino Unido e Estados Unidos da América foram os principais mercados.
A taxa de ocupação na hotelaria subiu para 68% em 2023, mais sete pontos percentuais do que em 2022, e o preço médio por quarto aumentou para 141 euros, segundo dados da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), divulgados esta sexta-feira.
De acordo com o inquérito da AHP aos associados, em termos de taxa de ocupação, os Açores ficaram “bastante aquém da taxa registada em 2022”, com 64% (menos cinco pontos percentuais”, enquanto a Madeira teve uma subida “muito expressiva” para 81%, avançou a vice-presidente da associação, Cristina Siza Vieira, em conferência ‘online’.
Já as regiões Centro (58%), Norte (60%) e Lisboa (75%) também cresceram em termos de ocupação hoteleira, e o Algarve (61%) manteve o mesmo valor, ficando ainda abaixo dos níveis de 2019, antes da pandemia de covid-19.
Relativamente ao preço médio por quarto, registaram-se subidas em todas as regiões, tendo a média nacional sido fixada em 141 euros.
Já quanto aos principais mercados, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos da América foram apontados pela maior parte dos inquiridos como fazendo parte dos três primeiros lugares, com destaque para o aumento de norte-americanos.
A AHP dedicou uma parte do inquérito às épocas do Natal e Passagem de Ano e concluiu que, a nível nacional, a taxa de ocupação no Natal subiu um ponto percentual para 51% e no ‘Reveillon’ subiu de 61% para 70%, com o preço médio por quarto no Natal a subir para 124 euros e no fim do ano para 173 euros.
Em termos de mercados, naquelas duas épocas festivas destacaram-se o português, Estados Unidos e Reino Unido.
A região dos Açores, embora tenha registado aumentos nos preços naquelas épocas, “afundou a pique” relativamente à taxa de ocupação, o que Cristina Siza Vieira justificou com a decisão da Ryanair de diminuir de 14 para dois voos semanais, naquela geografia, no inverno.
A maioria dos inquiridos disse ainda esperar que o ano de 2024 seja igual ou melhor do que o ano passado, em termos de taxa de ocupação e de receitas, mas apontaram também desafios, como a instabilidade geopolítica, o aumento das taxas de juro e a redução do número de voos.
Quanto à falta de capacidade do Aeroporto Humberto Delgado, apontada em quarto lugar no que diz respeito aos desafios para este ano, o presidente da AHP, Bernardo Trindade, realçou que, “só em 2023, o aeroporto de Lisboa recusou o equivalente a 1.300.000 lugares de avião, por incapacidade de resposta da infraestrutura”.(20.02.24/Fonte: Dinheiro Vivo)