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01/24
Economia portuguesa cresceu 2,3% em 2023, mais do que previa o Governo
No conjunto do ano 2023, o PIB registou um crescimento de 2,3% em volume, acima da previsão do Governo, que apontava para um crescimento de 2,2%.
O produto interno bruto (PIB) cresceu 2,3% em 2023, após um aumento de 6,8% em 2022, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este número fica acima da previsão do Governo, que apontava para um crescimento de 2,2%.
"No conjunto do ano 2023, o PIB registou um crescimento de 2,3% em volume, após o aumento de 6,8% em 2022, o mais elevado desde 1987. A procura interna apresentou um contributo positivo para a variação anual do PIB, embora inferior ao observado no ano anterior, verificando-se uma desaceleração do consumo privado e do investimento", explica o INE.
Os economistas consultados pela Lusa esperavam um crescimento próximo da taxa de 2,2% prevista pelo Governo.
Na proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), o Ministério das Finanças prevê um crescimento da economia portuguesa de 2,2% em 2023, em linha com o previsto pelo Conselho das Finanças Públicas, pela Comissão Europeia e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma taxa de 2,3% e o Banco de Portugal (BdP) de 2,1%.
Economia evita recessão na reta final de 2023
Olhando só para o quarto trimestre de 2023, o PIB, em termos reais, registou uma variação homóloga de 2,2%, após ter aumentado 1,9% no trimestre precedente e evitando assim entrar em recessão.
"O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB manteve-se elevado no 4.º trimestre, verificando-se uma aceleração do consumo privado e uma desaceleração do investimento. O contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB passou a positivo, tendo as exportações de bens e serviços em volume apresentado um crescimento mais intenso que as importações", nota o INE.
Comparando com o 3.º trimestre de 2023, o PIB aumentou 0,8% em volume (diminuição em cadeia de 0,2% no trimestre anterior), adianta ainda o INE.
"O contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB aumentou no 4º trimestre, refletindo o comportamento do consumo privado, enquanto o contributo da procura externa líquida foi menos negativo", pode ler-se.(31.01.24/Fonte: Notícias ao Minuto)Remessas de emigrantes sobem 2,7% em novembro para 324,6 milhões de euros - BdP
As remessas dos emigrantes subiram 2,7% em novembro face ao período homólogo de 2022, para 324,6 milhões de euros, enquanto as verbas enviadas pelos imigrantes aumentaram 0,8%, para 48,2 milhões de euros, segundo o Banco de Portugal.
As remessas dos emigrantes subiram 2,7% em novembro face ao período homólogo de 2022, para 324,6 milhões de euros, enquanto as verbas enviadas pelos imigrantes aumentaram 0,8%, para 48,2 milhões de euros, segundo o Banco de Portugal.
De acordo com os dados disponibilizados esta segunda-feira na página do regulador financeiro nacional, os emigrantes enviaram 324,6 milhões de euros em novembro de 2023, o que representa uma subida de 2,7% face aos 316,2 milhões de euros enviados em novembro de 2022.
Em sentido inverso, os estrangeiros a trabalhar em Portugal enviaram para os seus países de origem 48,2 milhões de euros em novembro do ano passado, o que representa uma subida de 0,8% face aos 47,85 milhões de euros enviados em novembro de 2022.
Já as remessas provenientes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) caíram 12,8%, passando de 31,71 milhões de euros, em novembro de 2022, para 27,66 milhões de euros em novembro do ano passado.
Para esta quebra muito contribuiu a forte descida de 14% das remessas provenientes dos emigrantes em Angola, de 31,1 milhões de euros em novembro de 2022, para 26,75 milhões de euros em novembro do ano passado.
Olhando para o total dos 11 meses de 2023, constata-se que os 3.644,27 milhões de euros enviados pelos emigrantes estão 2,5% acima dos 3.555,52 milhões de euros enviados de janeiro a novembro de 2022, o que significa que é muito provável que as remessas, para o conjunto do ano passado, batam o recorde de 3.892,26 alcançado no ano anterior.(22.01.24/Fonte: Diário de Notícias)Projeto Balcão Único do Prédio já identificou 2 milhões de propriedades
Número apurado no final de 2023 duplicou face ao total em 2022, permitindo atingir o marco de cerca de 30% de área de matrizes georreferenciadas.
O projeto do Balcão Único do Prédio (BUPi) já identificou dois milhões de propriedades, adiantou neste sábado à agência Lusa a coordenadora deste programa, sublinhando que para este resultado contribuíram mais de 300 mil proprietários.
Em declarações à Lusa, Carla Mendonça, coordenadora do projeto BUPi, referiu que o número de propriedades identificadas no final de 2023 duplicou face ao total atingido em 2022, permitindo atingir o marco de cerca de 30% de área de matrizes georreferenciadas.
"O BUPi já serviu nesta identificação de propriedade mais de 300 mil cidadãos e 60% foi no ano de 2023. Portanto, aqui o ano de 2023 com números que nos demonstram que o projeto é um sucesso e que os cidadãos têm interesse em fazer esta identificação", sublinhou.
Até ao final de 2023, o BUPi, com o apoio de 960 técnicos especializados, tinha ajudado a identificar dois milhões de propriedades, o que representa, segundo explicou Carla Mendonça, um milhão de hectares, o equivalente a "um milhão de campos de futebol".
Estes números permitem que o projeto tenha conseguido atingir o objetivo de conhecer 90% da área dos municípios sem cadastro.
Em termos absolutos, com 235 mil propriedades identificadas, destacam-se os municípios de Bragança, Proença-a-Nova (distrito de Castelo Branco), Viseu, Pombal (Leiria) e Miranda do Douro (Bragança).
Já que no que diz respeito aos municípios com maior percentagem de área georreferenciada face ao total da dimensão do concelho, destacam-se as autarquias de Alfandega da Fé (60%), no distrito de Bragança, Castanheira de Pera (59,7%), no distrito de Leiria, Manteigas (59,1%), distrito da Guarda, Mira (51,8%), no distrito de Coimbra, e Amares (50,6%), distrito de Braga.
"Não podemos olhar só para a questão em termos absolutos. Temos também a dimensão relativa, ou seja, o esforço que cada município tem de fazer em relação àquilo que já foi feito. Há municípios que têm muito mais propriedade para identificar do que outros", apontou Carla Mendonça, ressalvando que 92% da propriedade rústica pertence a privados.
Em termos futuros, a coordenadora do BUPi indicou que para 2024 existe o objetivo de conseguir atingir os 50% de área georreferenciada e de arrancar com o projeto denominado "Número Único de Identificação do Prédio".
"É um número que vai permitir a identificação da propriedade agregada num único documento. No fundo, um processo que se assemelha aquilo que foi conseguido com o Cartão do Cidadão", exemplificou.
Também durante este ano, em 26 fevereiro, a coordenação do BUPi pretende abrir balcões no Arquipélago da Madeira.
"Há cinco municípios na Região Autónoma da Madeira que não têm cadastro e que já assinaram connosco o acordo de adesão. Já temos acertado com os municípios que a partir de 26 de fevereiro os cinco balcões, onde não existe cadastro, vão aderir", apontou.
Carla Mendonça referiu que a mesma intenção se irá aplicar na Região Autónoma dos Açores, mas só após as eleições antecipadas de 04 de fevereiro.
"Nos Açores, há 14 municípios que também não têm cadastro. Também estamos a tratar disso com os Açores, mas como sabe está num processo de eleições. Tivemos de parar o trabalho nos Açores", justificou.
Em agosto do ano passado, o Governo aprovou dois diplomas que permitem alargar o período de gratuitidade da identificação e registo de propriedades rústicas e promover uma "conciliação administrativa" em caso de litígio dos proprietários.
A gratuitidade dos procedimentos de identificação e de registo vigora até ao final do ano de 2025.
Criado em 2017, enquanto projeto-piloto em 10 municípios, o BUPi tem alavancado a sua presença nos municípios sem cadastro predial desde o início de 2021, altura em que se deu início à expansão do projeto.
Atualmente, o BUPi está disponível em 144 municípios aderentes, com uma cobertura de cerca de 38 mil km2, onde residem mais de 4,3 milhões de habitantes, abrangendo cerca de 8,4 milhões de matrizes rústicas.
O BUPi é um projeto financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), integrado na área governativa da Justiça, em articulação com o Ambiente e Ação Climática e com a Coesão Territorial.(20.01.24/Fonte: Dinheiro Vivo)25 000 M€ de receitas. 2023 foi "o melhor da história" para o turismo
Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo, destacou ainda o crescimento em todas as regiões do país, ao longo de todo o ano. "Estamos a falar de uma alteração estrutural no nosso turismo", realçou.
"Foi de facto um ano muito positivo para o turismo do país, e também para Portugal no seu todo, um ano recorde no turismo, o melhor ano da história de sempre do turismo em Portugal", avançou o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, numa sessão pública do Turismo de Portugal, em Lisboa.
O governante destacou os recordes alcançados nos vários indicadores de procura turística em 2023, com mais de 30 milhões de hóspedes, um crescimento de cerca de 10% face a 2019, que tinha sido o melhor ano turístico, e ainda 77 milhões de dormidas e receitas na ordem dos 25.000 milhões de euros, um crescimento de 37% face a 2019 e de 18,5% face a 2022.
Nuno Fazenda destacou ainda o crescimento em todas as regiões do país, ao longo de todo o ano. "Estamos a falar de uma alteração estrutural no nosso turismo", realçou.
O secretário de Estado disse acreditar que o turismo cresça "ainda mais em 2024", apontando a confiança nas empresas e nos trabalhadores do setor, bem como nas políticas públicas para o turismo.Secretário de Estado: "Temos de assegurar sempre" equilíbrio entre turismo e residentes
O secretário de Estado do Turismo realçou esta quarta-feira a necessidade de assegurar o equilíbrio entre o desenvolvimento do setor e os residentes e defendeu que só os destinos sustentáveis e que mantenham autenticidade é que vão liderar no futuro.
"Temos de assegurar sempre um equilíbrio entre o desenvolvimento do turismo e aquilo que é o ADN do turismo, que são os residentes", defendeu o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, em declarações aos jornalistas à margem da apresentação da Campanha de Ano Novo do Turismo de Portugal, centrada na sustentabilidade.
Questionado sobre o contributo do Alojamento Local (AL) para aqueles resultados, Nuno Fazenda realçou que se trata de um setor que "teve um papel muito importante na regeneração das cidades", e "continua a ter no presente".
Quanto a eventuais estudos de capacidade de carga dos territórios, Nuno Fazenda disse que "assim que seja suscitada essa necessidade" por um determinado local, será feito um trabalho conjunto com as entidades locais, para que possa ser avaliado o excesso de carga turística.
"Só quem tiver no seu modo de estratégia a autenticidade e a sustentabilidade é que conseguirá liderar o turismo do futuro", ressalvou o secretário de Estado.
Para um turismo mais sustentável, concretizou, é necessário "continuar a preservar e valorizar o território", apoiar as empresas na transição energética, melhorar os salários dos trabalhadores e ter boas práticas ambientais.(03.01.24/Fonte: Diário de Notícias)