Já foi notícia !

Fique a seber tudo sobre a comunidade portuguesa de França !

03/23

Mangualde vai produzir comerciais elétricos da Stellantis a partir de 2025

Carlos Tavares, CEO do grupo Stellantis, um dos maiores do mundo na indústria automóvel, fez o anúncio, num evento que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa, nas instalações fabris de Mangualde.

A Stellantis anunciou que irá dar início à produção de veículos comerciais ligeiros (VCL)elétricos na fábrica de Mangualde a partir de 2025, assumindo-se como a primeira unidade industrial em Portugal a produzir veículos elétricos a bateria (BEV).

O anúncio foi feito por Carlos Tavares, CEO do grupo Stellantis, um dos maiores do mundo no que diz respeito à indústria automóvel, num evento que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa, nas instalações fabris de Mangualde.

Tavares reconheceu o desempenho elevado em termos qualitativos da fábrica portuguesa no quadro global do grupo, situando-se ciclicamente no top 3 na relação entre qualidade e custo de todas as fábricas, mérito que lhe vale assim a produção de quatro modelos elétricos da geração K9, incluindo a Citroën e-Berlingo, Peugeot e-Partner, Opel Combo-e e Fiat e-Doblò.

Indicando que esta decisão de produzir os novos veículos comerciais ligeiros elétricos em Mangualde respeita "uma lógica de meritocracia no grupo", Carlos Tavares apontou que um dos objetivos é reforçar a dianteira por parte da companhia na área dos veículos elétricos, na qual deposita um grande esforço até final desta década.

"A situação de liderança da Stellantis nos VCL no mundo inteiro é muito forte, sendo número 1 também em Portugal e na Europa. A nossa quota de mercado dos VCL em Portugal é de 43% mas, no caso dos elétricos, é de 54%, pelo que, quando a transformação elétrica avançar, vamos estar na frente e com mais destaque porque já temos a experiência", afirmou o CEO da Stellantis.

De acordo com a Stellantis, a fábrica de Mangualde irá ter uma capacidade de produção anual de cerca de 50 mil unidades entre modelos da Peugeot, Citroën, Opel e Fiat. O início da produção está agendado para o ano de 2025, embora Carlos Tavares tenha adiantado que a administração da fábrica de Mangualde está a "fazer todos os possíveis para que isso aconteça já no final de 2024".

Para o efeito, a infraestrutura já está a ser preparada para o futuro, com novas instalações, tanto na área da montagem, como da ferragem, além da criação de uma nova linha de montagem de baterias.

No sentido da sustentabilidade, o responsável português adiantou ainda que a Stellantis será neutra em carbono em 2038. Neste sentido, rumando para o caminho da energia limpa, Tavares anunciou que a fábrica de Mangualde terá uma produção autónoma de 30% de energia sustentável, um crescimento de 20% face ao deste ano, prevendo que em 2025 seja de 80%, produzida internamente a partir de meios solares e eólicos.

Adicionalmente, foi ainda detalhada a agenda mobilizadora GreenAuto, criada para promover a inovação para a indústria automóvel em Portugal tanto em termos de eletrificação, como de digitalização. No total, prevê-se um investimento de 119 milhões de euros neste consórcio que reúne 37 entidades parceiras como a Delphi ou a Simoldes.(30.03.23/Fonte: Diário de Notícias)

Vendas de casas caíram para níveis de 2017 no final do ano passado

Quebras no rendimento disponível e custo do dinheiro justificam abrandamento do mercado nos últimos três meses de 2022. Estrangeiros também compraram menos.

Os efeitos do aumento do custo de vida e da subida das taxas de juro já estão a travar a dinâmica do mercado imobiliário português. Com menos rendimentos disponíveis e com os custos do financiamento bancário em escalada, os portugueses começam a adiar a aquisição de nova habitação.

O retrato estatístico da habitação no quarto trimestre de 2022 é claro. Entre outubro e dezembro, meses em que habitualmente se realizam o maior número de transações no ano, foram vendidas pouco mais de 38 500 residências, menos 16% que no mesmo período de 2021.

E é preciso recuar ao quarto trimestre de 2017 para se observar um menor número de aquisições. Estes indicadores serão as primeiras evidências de uma inversão no mercado, que já se vem a sentir noutros países da Europa.

O valor das transações nos últimos três meses do ano passado atingiu assim os 7,4 mil milhões de euros, volume que traduz uma quebra de 10,5% face ao quarto trimestre de 2021, divulgou ontem o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Esta quebra nos negócios imobiliários foi acompanhada por um abrandamento no crescimento do preço das casas no país. No quarto trimestre do ano passado, o índice de preços da habitação registou uma subida homóloga de 11,3%, a taxa mais baixa registada no ano, e uma quebra de 1,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior.

A conjuntura económica começou a fazer-se sentir com mais acutilância e não só junto dos portugueses. A procura internacional também abrandou na reta final do ano passado. De acordo com os dados do INE, nos últimos três meses de 2022, as famílias adquiriram 32 847 casas, uma quebra homóloga de 16,4%, tendo investido menos 12,4%, perfazendo um total de 6,2 mil milhões de euros.

Neste período, foram vendidas 2616 residências a compradores internacionais, das quais 1336 respeitaram a cidadãos da União Europeia e 1280 a investidores de outros países. Estes números representam um decréscimo homólogo de 20,6% no total das aquisições de realizadas por estrangeiros.

Os indicadores referentes ao período do verão apontavam já para uma desaceleração nas operações de compra de habitação. Agora, a publicação das estatísticas do mercado habitacional em 2022 desfizeram as dúvidas.

Como adianta o INE, o exercício de 2022 apresentou duas realidades distintas. Nos primeiros seis meses do ano, o mercado registou um crescimento de 14,1% no número de operações de venda e de 30,7% em valor.

Na segunda metade do ano dá-se uma inversão, que acompanha a decisão do Banco Central Europeu de terminar com os juros negativos e subir as taxas diretoras. No total do segundo semestre de 2022, o número de transações caiu 9,6% e o volume de negócios desceu 1%.

Ano de novos recordes

Apesar do abrandamento do mercado, 2022 foi - sem surpresas -, um ano de recordes no imobiliário português. Venderam-se perto de 168 mil casas, um aumento de 1,3% face ao exercício anterior, e o volume das transações atingiu os 31,8 mil milhões de euros, mais 13,1%, impulsionado por mais uma subida histórica dos preços.

Comprar casa ficou 12,6% mais caro no ano passado, um incremento 3,2 pontos percentuais face a 2021. Segundo o INE, foi a taxa de variação média anual "mais elevada na série disponível".

O instituto faz ainda notar que, entre 2018 e 2022, o valor das casas transacionadas cresceu 50,6%, muito acima do aumento no número de transações, que subiu 11%.

As famílias portuguesas compraram 145 515 casas, o que representa 86,7% do total das vendas, o registo mais elevado desde 2019. O número de transações corresponde a um aumento de 2,7% face a 2021. Os portugueses investiram 27,3 mil milhões, um aumento de 13,2% (85,8% do total do volume transacionado).

Do total das quase 168 mil casas transacionadas no ano passado, 10 722 foram adquiridas por cidadãos estrangeiros, um aumento de 20,2% quando comparado com 2021. Estes compradores investiram 3,6 mil milhões na aquisição dessas casas, mais 25,3%.(23.03.23/Fonte: Diário de Notícias)

Governo anuncia fábrica para comboios que criará mil empregos

De acordo com o ministro das Infraestruturas, que esteve a ser ouvido esta quarta-feira num audição regimental no Parlamento, a aposta na ferrovia é "uma maneira de industrializar o país".

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, revelou esta quarta-feira que os planos do governo para a ferrovia prevê a criação de "pelo menos uma" nova fábrica para construção de comboios da CP.

O anúncio ocorreu numa audição regimental na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, na Assembleia da República, quando o governante respondia a questões do deputado do PS Hugo Costa, que referiu que a nova fábrica poderá gerar mil postos de trabalho.

De acordo com João Galamba, a aposta da ferrovia "é uma maneira de industrializar o país", notando que há iniciativas que se "traduzem em investimento".

Além da nova fábrica de comboios, o ministro das Infraestruturas referiu que há "investimentos na área de recuperação de material circulante e aquisição de novos comboios", sublinhando que "a CP vai reforçar a oferta com 117 novos comboios". Algo que será feito em simultâneo com a criação de "uma nova fábrica em Portugal".

Na mesma audição, João Galamba também mencionou que o governo está a "ultimar um pacote de medidas que iniciará um novo capítulo para os portos nacionais". Em causa está uma reforma legislativa para simplificação das regras, definir linhas estratégias, alterar o limite do prazo das concessões portuárias, promover a valorização profissional e ainda por rever o modelo de governação portuária. A atual legislação data de 1990.

"Tendo em conta que Portugal se prepara para ser um relevante produtor de hidrogénio e os seus derivados - amónia e metanol - e ainda de combustíveis sintéticos como o jet fuel, os portos nacionais podem constituir-se como uma das principais plataformas de bunkering [abastecimento] na Europa", argumentou.

Por isso, considerou ser "urgente que o setor incorpore rapidamente respostas e medidas tendo em conta os efeitos e impacto da pandemia e do conflito na Ucrânia, apostando no reforço da industrialização".

"Portugal beneficia de condições naturais e de uma posição geoestratégica única da qual se deve tirar ainda mais partido", adiantou, considerando ser este "um caminho" para "reduzir a dependência externa e aumentar as exportações".(22.03.23/Fonte: Dinheiro Vivo)

Portugal bem nas energias renováveis e emissões mas mal na economia circular e resíduos

Em 2020, Portugal gerou mais resíduos urbanos "per capita" do que a média europeia. Foi também um dos países com as taxas mais elevadas de deposição em aterro".

Portugal tem um bom desempenho em áreas como as energias renováveis, emissões de gases com efeito de estufa e qualidade do ar, mas precisa melhorar na valorização de resíduos e economia circular.

Os dados constam da quarta revisão de desempenho ambiental de Portugal hoje divulgada pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), na qual a organização de 38 países deixa 26 recomendações, que "visam ajudar Portugal a reforçar a coerência das políticas para impulsionar uma recuperação económica ecológica" e progredir na neutralidade carbónica e desenvolvimento sustentável.

Tal como as revisões de desempenho em 1993, 2001 e 2011, a quarta revisão analisa o desempenho ambiental de Portugal, neste caso respeitante à última década. Os dois países examinadores foram a Costa Rica e o Luxemburgo.

Entre os principais indicadores ambientais, referentes a 2021, destaca-se pela positiva a percentagem de energias renováveis no aprovisionamento energético total, 29%, com a média da OCDE nos 12%, ou a intensidade de emissões de gases com efeito de estufa "per capita", que é de 5,6 toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente, quando a média da OCDE está nas 10,5 toneladas.

Na exposição média da população a partículas finas (PM2.5), um dos principais poluentes atmosféricos, Portugal também está melhor posicionado, como também está ligeiramente melhor nos resíduos municipais per capita.

Já na valorização de materiais de resíduos urbanos, a percentagem de compostagem e reciclagem no tratamento total é em Portugal de 28%, quando a média na OCDE é de 34%, uma média também superior a Portugal na área da economia circular.

"Portugal regista um atraso relativamente à economia circular", pode ler-se no documento, que acrescenta que "a geração de resíduos urbanos cresceu a um ritmo mais rápido do que a economia. Em 2020, Portugal gerou mais resíduos urbanos "per capita" do que a média europeia. Foi também um dos países com as taxas mais elevadas de deposição em aterro". E para 2020 o país "não cumpriu a maior parte das suas metas de resíduos".

Se no tratamento de águas residuais urbanas Portugal está bastante acima da média da União Europeia (92% para 76%), a OCDE alerta no documento, em relação à água, que as captações agrícolas, a principal fonte de captações de água doce, aumentaram cerca de 25% desde meados da década de 2010.

E alerta também que o estado dos 'habitats' e das espécies se deteriorou.

Nas despesas de proteção do ambiente Portugal reserva 0,7% do PIB, com a média da União Europeia a ser de 0,9% e a da OCDE a ficar-se pelos 0,5%.

Mas a OCDE "ganha" no orçamento de investigação e desenvolvimento na área ambiental e energética, 6,4% da despesa pública de investigação e desenvolvimento, quando em Portugal se chega apenas a 4,3%.

"Portugal tem feito progressos no tratamento de águas residuais e expandido áreas protegidas. No entanto, são necessários esforços para gerir melhor a água e os resíduos e inverter a deterioração dos habitats e das espécies", refere o documento.

Salientando o "bom desempenho" na redução das emissões de gases com efeito de estufa" (GEE), e os "progressos louváveis" no desenvolvimento das energias renováveis e na eliminação progressiva do carvão em 2021, a OCDE acrescenta que é preciso o país "aproveitar o potencial de descarbonização de todos os setores para alcançar a neutralidade carbónica até 2050".

O relatório salienta as ameaças decorrentes das alterações climáticas, como por exemplo as secas e aconselha a que seja feito mais para "melhorar o conhecimento e acompanhar os progressos das políticas de adaptação, e aumentar o valor das zonas rurais para a mitigação das alterações climáticas e a adaptação às mesmas".(14.03.23/Fonte: Dinheiro Vivo)

Produção industrial aumenta 4,5% em janeiro

Excluindo o agrupamento de Energia, há a registar um aumento de 1,7% em janeiro, contra uma queda de 1,8% no mês precedente.

A produção industrial registou um aumento homólogo de 4,5% em janeiro deste ano, depois de ter tido um crescimento de 1,9% em dezembro passado, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira.

No entanto, o INE explica que, no caso de se excluir o agrupamento de Energia, há a registar um aumento de 1,7% em janeiro, contra uma queda de 1,8% no mês precedente.

De acordo com o INE, o índice de produção industrial denotou um aumento homólogo de 4,5% em janeiro, isto é, "2,6 pontos percentuais (p.p.) superior à observada em dezembro", sendo que este aumento foi "particularmente influenciado" pelo agrupamento de Energia, sem o qual o índice agregado teve apenas uma subida de 1,7%, contra uma queda de 1,2% no mês anterior.

É referido também pelo INE que em janeiro de 2022 estiveram em vigor medidas restritivas para o combate à pandemia da Covid-19, o que em seu entender "pode ter gerado algum efeito base" no mês homólogo.

Quanto aos agrupamentos, da Energia apresentou o "contributo mais influente" para o aumento índice total (3,1 pontos percentuais), originado por uma subida de 18,6%, contra um aumento de 17,4% no mês precedente.

Já os agrupamentos de Bens de Consumo e de Bens de Investimento contribuíram com 1,4 p.p. e 0,8 p.p., respetivamente, em resultado dos aumentos homólogos de 4,1% e 5,9% (0,7% e 5,0% em dezembro).

O INE sinaliza que o único contributo negativo (-0,8 p.p.) partiu do agrupamento de Bens Intermédios que, ainda assim, passou de uma queda de 5,9%, em dezembro, para um recuo de 2,2% no mês análise.

Em termos mensais, o Índice de produção industrial apresentou uma queda de 2,6% em janeiro, contra uma subida de 3,6% em dezembro passado, salienta o INE.(01.03.23/Fonte: Dinheiro Vivo)

Voltar