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01/23

Economia portuguesa cresce 6,7% em 2022, o valor mais alto desde 1987

O crescimento de 6,7% do PIB em 2022 situa-se uma décima abaixo da previsão do Governo, já que o ministro das Finanças se tinha afirmado convicto, no final de dezembro, que Portugal iria finalizar "o ano de 2022 com um crescimento [da economia] de cerca de 6,8%".

A economia portuguesa cresceu 6,7% em 2022, "o mais elevado desde 1987", de acordo com a estimativa rápida divulgada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O crescimento de 6,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 situa-se uma décima abaixo da previsão do Governo, já que o ministro das Finanças, Fernando Medina, se tinha afirmado convicto, no final de dezembro, que Portugal iria finalizar "o ano de 2022 com um crescimento [da economia] de cerca de 6,8%".

Esta taxa fixa-se, contudo, acima dos 6,5% estimados no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que deu entrada no parlamento em outubro passado.

Segundo o INE, "no conjunto do ano 2022, o PIB registou um crescimento de 6,7% em volume, o mais elevado desde 1987, após o aumento de 5,5% em 2021 que se seguiu à diminuição histórica de 8,3% em 2020, na sequência dos efeitos adversos da pandemia na atividade económica".

A maioria dos economistas das principais instituições nacionais e internacionais esperavam que o PIB português tivesse crescido entre 6,5% e 6,8% em 2022, uma revisão em alta face ao que se chegou a projetar após o despoletar da guerra na Ucrânia.

O Banco de Portugal (BdP) era o mais otimista, após, ao longo do ano passado, ter revisto sucessivamente em alta a perspetiva de crescimento do PIB português: em março cortou as previsões para 4,9%, em junho melhorou para 6,3%, em outubro para 6,7% e em dezembro para 6,8%.

Já as projeções das restantes instituições eram semelhantes: o Conselho das Finanças Públicas (CFP) esperava uma expansão de 6,7% da economia portuguesa, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) 6,7% e a Comissão Europeia 6,6%. Já o Fundo Monetário Internacional previa um crescimento do PIB de 6,2%.

A explicar a evolução registada no ano passado está, segundo o INE, "um contributo positivo expressivo" da procura interna, embora "inferior ao observado no ano anterior", verificando-se ainda "uma aceleração do consumo privado e um abrandamento do investimento".

Já o contributo da procura externa líquida "foi positivo em 2022, após ter sido negativo em 2021", tendo-se registado "uma aceleração em volume das exportações de bens e serviços e uma desaceleração das importações".

No quarto trimestre de 2022, o PIB cresceu 3,1% em termos homólogos (desacelerando face aos 4,9% do terceiro trimestre) e 0,2% em cadeia (0,4% no trimestre anterior).

Em termos homólogos, o contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB "diminuiu no quarto trimestre, verificando-se uma desaceleração do consumo privado e uma redução do investimento". O contributo positivo da procura externa líquida também diminuiu, tendo as exportações de bens e serviços em volume "desacelerado mais intensamente que as importações".

O INE nota ainda que, no quarto trimestre de 2022, se observou "uma perda dos termos de troca em termos homólogos, mas menos intensa que as perdas observadas desde o segundo trimestre de 2021, em resultado da desaceleração mais pronunciada do deflator das importações que o das exportações".

Já comparando com o terceiro trimestre de 2022, o PIB aumentou 0,2% em volume, tendo "diminuído o contributo positivo" da procura interna para a variação em cadeia do PIB, enquanto o contributo da procura externa líquida se manteve "ligeiramente negativo".

De acordo com o INE, a estimativa rápida hoje divulgada "incorpora nova informação primária, nomeadamente no que se refere ao comércio internacional de bens relativo ao terceiro trimestre de 2022, que, contudo, não implicou revisões nas taxas de variação homóloga e em cadeia do PIB divulgadas na edição das Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional de 23 de dezembro de 2022".(31.01.23/Fonte: Diário de Notícias)

Mais de metade dos trabalhadores recebia menos de 1.000 euros em 2022

No caso dos jovens, 65% recebiam abaixo de 1.000 euros, em 2022, segundo dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Mais de 50% dos trabalhadores receberam salários inferiores a 1.000 euros em 2022, uma percentagem que sobe para 65% no caso dos jovens com menos de 30 anos, segundo dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

De acordo com o documento elaborado pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, apresentado na Concertação Social, no ano passado 56% dos trabalhadores em Portugal recebiam um salário inferior a 1.000 euros, uma percentagem que compara com 72% em 2015.

No caso dos jovens, 65% recebiam abaixo de 1.000 euros, em 2022, face a 84% em 2015.

O salário médio dos trabalhadores com remuneração declarada à Segurança Social era no ano passado de 1.269,34 euros, superior em 29% ao valor de 2015, enquanto para os jovens (até 30 anos), o salário médio era de 1.037,57 euros, mais 40% em comparação com 2015.

Os dados do GEP mostram ainda que a percentagem de trabalhadores a receber até 760 euros (o valor do salário mínimo nacional em 2023) reduziu-se para metade em 2022 face a 2015, tendo passado de 60% para cerca de 30%.

Quanto à dinâmica salarial, o documento indica que os trabalhadores que mudaram de empresa viram o seu salário crescer em média 16,3% em 2022 face a 2021, enquanto que os que se mantiveram na mesma empresa tiveram um aumento médio de 6,2%.

Considerando o total de trabalhadores em outubro, em média, os salários aumentaram 5,2% face a 2021, indicam os dados.(19.01.23/Fonte: Diário de Notícias)

Valor das remessas de emigrantes em 2021 representa 1,7% do PIB português

A Suíça e a França continuam a ocupar as duas posições cimeiras entre os países com o valor mais elevado de remessas.

O valor total das remessas de emigrantes em 2021 foi de 3.677,76 milhões de euros, o mais alto das últimas duas décadas e que representa 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) português, de acordo com o Relatório da Emigração.

Citando dados do Banco de Portugal, o relatório elaborado pelo Observatório da Emigração, um centro de investigação do Iscte - Instituto Universitário de Lisboa, identifica um aumento de 1,8% do valor das remessas, em relação a 2020.

A Suíça e a França continuam a ocupar as duas posições cimeiras entre os países com o valor mais elevado de remessas, sendo que "mais de metade das remessas recebidas" é proveniente destes dois países: 1.051,26 milhões de euros e 1.023,45 milhões de euros, respetivamente.

O documento identifica os países com o maior volume de transferências para Portugal, como o Reino Unido (429,38 milhões de euros), Angola (251,82 milhões), Estados Unidos da América (250,54 milhões), Alemanha (223,44 milhões), Espanha (124,44 milhões), Luxemburgo (71,85 milhões), Bélgica (58,05 milhões) e Países Baixos (44,56 milhões).

Em 2021, registou-se um aumento de 64,9 milhões de euros no valor das remessas recebidas, o que corresponde a um aumento de 1,8% em relação a 2020.

Ainda em comparação com 2020, e tendo por base a análise dos 10 países com maior volume de remessas em 2021, o relatório refere uma variação positiva em seis: Reino Unido (13,19%), Espanha (11,33%), Angola (2,56%), Estados Unidos (2,37%), Suíça (1,37%) e Países Baixos (0,20%).

Registou-se uma variação negativa nos restantes quatro países das 10 principais fontes de remessas: Luxemburgo (menos 8,35%), Bélgica (menos 1,44%), França (menos 1,27%) e Alemanha (menos 1,08%).

O Relatório da Emigração 2021 será hoje apresentado no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa.(11.01.23/Fonte: TSF)

Três empresas portuguesas apresentam inovações Estados Unidos

A Noras Performance, BestHealth4U e Omniflow estiveram na feira de tecnologia CES,em Las Vegas à procura da expansão no mercado norte-americano.

Três empresas representaram Portugal na grande feira de tecnologia CES, que encerra hoje em Las Vegas depois de quatro dias de apresentações, lançamento de produtos e serviços e a participação de cerca de 100 mil pessoas.

A Noras Performance, BestHealth4U e Omniflow estiveram na feira pela primeira vez e apresentaram as suas inovações em busca da expansão no mercado norte-americano.

"Tem sido uma boa surpresa e é fácil perceber porque é que os Estados Unidos são o país que são", disse à Lusa Jorge Noras, CEO da Noras Performance, que levou à feira a boia salva-vidas U SAFE criada e produzida em Torres Vedras.

"Ainda não tínhamos posto o pé nos Estados Unidos com este produto. O constrangimento da covid impossibilitou-nos de viajar e este produto é preciso ir demonstrar", explicou o responsável.

"A recetividade tem sido impecável", continuou, referindo que o espaço da Noras Performance na feira foi visitado por responsáveis do exército norte-americano interessados na boia, além de potenciais parceiros e compradores.

A boia foi distinguida pela associação que organiza a feira, Consumer Technology Association (CTA), com um CES 2023 Innovation Award na categoria "Human Security for All" (Segurança Humana para Todos).

"Entrámos nos Estados Unidos, eu acredito, da melhor maneira", considerou Jorge Noras. "Ser reconhecido como um dos melhores produtos para a segurança humana é importante", acrescentou.

A boia patenteada é feita de material resistente e depois de ser atirada à água pode ser guiada remotamente para ir buscar a pessoa que se está a afogar. A empresa já vendeu unidades a várias guardas costeiras na Europa, incluindo Itália, França, Noruega e Suécia, e está agora a apostar no mercado norte-americano.

O interesse, segundo Jorge Noras, vem não apenas do governo, mas também de outras áreas, como o segmento dos super iates de luxo e concessões de praia.

"Este ano não tenho dúvidas que vai ser exponencial", afirmou o responsável. "Nos Estados Unidos estamos a falar de dimensões completamente diferentes", salientou.

É também do tamanho do mercado que fala Sónia Ferreira, fundadora e CEO da BestHealth4U, que esteve na CES 2023 integrada no Pavilhão Europeu. A empresa mostrou o Bio2Skin, um adesivo biomédico sem cola que não danifica a pele, e o adhesiv.AI, um adesivo biomédico com sensores que permite monitorizar à distância o processo de recuperação das feridas.

"A dimensão do mercado americano é muito maior e o investimento que fazem na área da saúde também é muito maior que na Europa", disse a responsável à Lusa. "Na nossa área estamos a falar de várias empresas que trabalham na área do cuidado de feridas, e também de clínicas e hospitais que usam este tipo de tecnologia", explicou.

A BestHealth4U venceu um desafio da Johnson & Johnson, concretizou uma ronda de investimento semente em Portugal e recebeu ainda apoio europeu para ajudar a desenvolver a empresa, baseada na inovação por detrás destes adesivos que se ligam à pele sem colar.

"Estamos também à procura de investidores nos Estados Unidos para a próxima ronda, porque 'startups' na área da saúde precisam de capital", explicou Sónia Ferreira. "Estamos a tentar trabalhar isto no sentido de nos implementarmos no mercado americano, porque a internacionalização da BestHealth passa por se instalar cá", sublinhou.

O Bio2Skin, que é um material para ser usado em produtos finais como pensos, emplastros, sacos de ostomia e outros, deverá estar no mercado já em 2023. O adhesiv.AI, por precisar de estudos clínicos e aprovação do regulador FDA (Food and Drug Administration), deverá chegar em 2024.

No caso da Omniflow, os produtos já estão estabelecidos no mercado. A empresa portuguesa criou uma luminária inteligente alimentada por sol e vento e esteve na CES, também no Pavilhão Europeu, à procura de parceiros e clientes, com o intuito de alargar o seu mercado internacional.

"Nós temos particular interesse na Califórnia, Nevada, Texas, Florida e também Nova Iorque", disse à Lusa o fundador e CEO Pedro Ruão. "O mercado é enorme. Só Los Angeles tem 400 mil luminárias que pretende substituir", exemplificou. "Eles instalaram a primeira geração de LED que agora já é obsoleta e vão ter de trocar. É uma oportunidade gigantesca", acrescentou.

A luminária Omniled não só é alimentada por energia solar e eólica como também tem armazenamento de energia e pode fornecer Wi-Fi, 5G, ter câmaras e captação de áudio, sensores de qualidade do ar. "É uma plataforma de serviços inteligente completamente aberta", resumiu Pedro Ruão.

Com projetos-piloto a decorrer em paragens de autocarro de Los Angeles, outra área de interesse nos Estados Unidos será a educação, já que a luminária pode conter, por exemplo, um botão de alerta para campus universitários ou análise de som para detetar riscos em escolas.

"Este ano tudo indica que vamos crescer cinco vezes em relação ao ano passado", revelou Pedro Ruão. A produção é feita no Porto e a maioria do material é?fabricado em Portugal.

A CES é uma das feiras tecnológicas mais importantes do mundo e termina hoje em Las Vegas, depois do arranque a 05 de janeiro.(08.01.23/Fonte: Dinheiro Vivo)

C&W: Investimento imobiliário em Portugal aumenta 39% em 2022 para 3 mil milhões de euros

Subida de 39% face ao observado em 2021, com o segmento da hotelaria a representar 30% deste total, o de escritórios 27%, o industrial 21% e o retalho 9%.

investimento imobiliário atingiu três mil milhões de euros em 2022 (+39%), com o país a entrar em 2023 com investimentos identificáveis de valor semelhante a 2022, mas com menor robustez de concretização, segundo a consultora Cushman & Wakefield (C&W).

Numa apresentação hoje aos jornalistas, a consultora salientou o "excelente ano" que 2022 se revelou, registando um "desempenho muito consistente" e a mostrar que "Portugal continua no radar dos investidores".

O valor global de três mil milhões de euros em investimento registado em 2022 traduz uma subida de 39% face ao observado em 2021, com o segmento da hotelaria a representar 30% deste total, o de escritórios 27%, o industrial 21% e o retalho 9%.

Durante a apresentação, Eric van Leuven, diretor-geral da consultora em Portugal, salientou que muitas das operações que contribuíram para aquele valor global foram fechadas no final do ano, o que revela "um sinal de grande confiança do mercado" e dá "algum alento para antever que 2023 será um ano mais ativo do que a atual conjuntura poderia levar a antecipar".

O país, disse, entra em 2023 com um 'pipeline' [projetos em carteira] de investimentos já identificáveis de valor semelhante ao observado na entrada de 2022 (cerca de dois mil milhões de euros), porém, referiu, "a robustez" deste 'pipeline' é este ano "mais fraca".

"Há uma maior incerteza à entrada do ano", disse, acrescentando que entre os vários segmentos do mercado, aquele em que apresentará maior incerteza no conjunto dos investimentos identificáveis é o do retalho, o que tem a ver sobretudo com o atual contexto de perda de rendimento dos consumidores (perante a subida dos preços e das taxas de juro).

Apesar de os "fundamentais" do mercado português se manterem robustos e inalterados e de o país continuar no radar dos investidores internacionais, o responsável pela C&W em Portugal olha para 2023 com mais cautela.

"Depois de um ano surpreendentemente positivo para o mercado português, considerando as circunstâncias, estamos um pouco mais cautelosos no que respeita a 2023", refere Eric van Leuven, assinalando que "Portugal não ficará imune ao clima de apreensão que reina no norte da Europa", onde são tomadas "muitas das decisões relativamente a investimento no nosso país".

Dos três mil milhões de investimento em 2022, 76% são de capital estrangeiro -- sendo que esta percentagem não inclui os investimentos conjuntos de capital nacional e estrangeiro.

Por outro lado, assinala, a subida das taxas de juro e a maior dificuldade de financiamento "resultam num clima de incerteza quanto ao real valor dos ativos, o que por sua vez fará adiar decisões de investimento até haver maior clareza", além de que os indicadores existentes apontam para uma expansão das 'yields', o que resultará "em valores de venda inferiores".

Sobre o ano de 2022, os dados da consultora indicam que, no segmento de escritórios, a área da Grande Lisboa teve em 2022 o melhor ano de sempre, com este mercado a absorver quase 260 mil metros quadrados e a surgir com uma oferta futura de cerca de 255 mil metros quadrados (74% dos quais já absorvidos).

No retalho, a C&W aponta a tendência de recuperação registada ao longo de 2022, "particularmente suportada pela retoma dos planos de expansão dos retalhistas nacionais e internacionais".

No segmento industrial e de logística, o ano de 2022 não bateu os recordes de 2021, mas os resultados atingidos foram "muito bons", ao registar uma absorção de 331.400 metros quadrados entre janeiro e setembro.

O ano que agora acabou foi igualmente de "enorme recuperação" na atividade turística, tendo sido inauguradas 44 novas unidades, com cerca de 2.600 quartos, perto de metade dos quais com classificação 4 estrelas.

"Quanto à oferta futura encontram-se em fase de projeto e/ou construção cerca de 115 novos projetos hoteleiros que totalizam 9.900 quartos, com abertura prevista para os próximos três anos", refere a consultora que em 2022 avançou com o serviço de 'design & build'.(04.01.23/Fonte: Dinheiro Vivo)

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