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06/22
Redes de alta velocidade já chegam a seis milhões de casas
Dos cerca de seis milhões de alojamentos residenciais e não residenciais cabladas com rede de alta capacidade, 5,8 milhões são já servidas por fibra ótica, mais 4,4% do que no primeiro trimestre de 2021.
Cerca de 5,9 milhões de alojamentos residenciais e não residenciais estavam cablados com redes fixas de alta velocidade no final do primeiro trimestre. Esta é uma estimativa da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) que consta no relatório "Redes e serviços de alta velocidade em local fixo - 1.º trimestre de 2022". A cobertura das redes de alta velocidade atinge os 92,5%, em Portugal. O governo já anunciou que vai assumir o financiamento na implementação de redes de capacidade muito elevada nas zonas desfavorecidas (zonas brancas), para elevar a percentagem de cobertura.
De acordo com a Anacom, a Área Metropolitana de Lisboa e as regiões da Madeira e dos Açores registavam índices de cobertura "superior à média nacional". Por outro lado, até março, o maior crescimento do número de alojamentos cablados verificou-se no Algarve (+5,7%), Centro (+5,2%), Norte (+3,4%) e Alentejo (+3,2%), regiões "onde a cobertura de redes de alta velocidade se aproximou da média nacional". Mais de 66% dos novos lares e estabelecimentos com redes de alta velocidade "foram efetivamente utilizados para prestar serviços a clientes residenciais e não residenciais".
Das cerca de seis milhões de casas residenciais e não residenciais cabladas com rede de alta capacidade, 5,8 milhões são já servidas por fibra ótica, mais 4,4% do que no primeiro trimestre de 2021. Aliás, a cobertura de casas com fibra ótica já supera os 90%.
No entanto, "a proporção de alojamentos e estabelecimentos cablados com fibra ótica efetivamente utilizados [apenas] atingiu os 46,5% no final do primeiro trimestre de 2022".No final do primeiro trimestre, "o número de clientes residenciais de serviços de alta velocidade em local fixo atingiu 3,4 milhões, mais 7,6% do que no mesmo período do ano anterior" e, segundo a Anacom, "nove em cada dez novos clientes contrataram um serviço suportado em redes de fibra ótica".
Atualmente, a percentagem de famílias que dispõem de serviços suportados por redes de alta velocidade ascende a 80,7%. Por região, em Lisboa (94,7%), Açores (89,7%) e Madeira (88,5%) "registaram-se penetrações acima da média", ao passo que as regiões Algarve (80,7%), Norte (77,1%), Centro (72,0%) e Alentejo (62,9%) têm níveis mais baixos, embora tenham crescido "acima da média nacional".
"As assimetrias regionais têm vindo a esbater-se", afirma o regulador liderado por João Cadete de Matos.Governo assume responsabilidade de acabar com zonas brancas
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, afirmou em maio, aquando do congresso das comunicações da APDC, que o Estado vai assumir o financiamento na implementação de redes de comunicações de alta capacidade e que o concurso público para cobrir as zonas brancas (zonas sem cobertura ou com cobertura insuficiente) será lançado este ano.
O concurso com o objetivo de implementar redes nas zonas brancas deverá ser lançado nos últimos três meses.
"O setor das comunicações tem sabido responder às necessidades dos cidadãos e das empresas, investindo e dando o seu contributo para essa rápida transição digital" e "Portugal é, sabemos, um dos países da União Europeia com maior taxa de cobertura de redes fixas de capacidade muito elevada", afirmou, então, o ministro. "Portugal é, sabemos, um dos países da União Europeia com maior taxa de cobertura de redes fixas de capacidade muito elevada", acrescentou.
"No entanto, passados 15 anos após o início do investimento, o país ainda não está totalmente coberto", lamentou o governante, defendendo que "estas redes de capacidade muito elevada, que são já uma realidade nas áreas urbanas, têm de chegar também aos territórios do interior e de baixa densidade, por respeito das suas populações e valorização das suas empresas".
A importância do acesso a estas redes, apontou Pedro Nuno Santos, "justifica que o governo tenha assumido o compromisso claro de promover o acesso de todos às infraestruturas digitais de que necessita para viver e trabalhar".(26.06.22/Fonte: DinheiroVivo)Exportações aceleram e crescem 17% em Abril
Entre Janeiro e Abril de 2022, as exportações totalizam 24.451 milhões de euros, mais 18% do que no ano passado. Já as importações aumentaram quase 35% nesse período.
As exportações de bens realizadas por Portugal aceleraram em Abril e aumentaram mais de 17%, enquanto as importações cresceram perto de 30%, taxa de variação que representa uma ligeira desaceleração face ao mês anterior, mas que, ainda assim, se mantém muito acima do aumento das exportações. Os dados foram publicados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que indica que o défice da balança comercial se agravou, assim, em mais de mil milhões de euros.
Em Abril deste ano, segundo os dados do INE, Portugal exportou 6246 milhões de euros em bens, valor que representa um aumento de 17,3% face ao mesmo mês do ano passado. No acumulado dos quatro primeiros meses de 2022, as exportações totalizam 24.451 milhões de euros, mais 18% do que se registava em igual período do ano passado.
á as importações totalizaram 8691 milhões de euros no mês em análise, um aumento de 29,2% face a Abril de 2021. Este valor eleva para 33.570 milhões de euros o montante total de importações de bens feitas por Portugal no conjunto dos quatro primeiros meses do ano, o que corresponde a um aumento de quase 35% em relação ano passado.
O défice da balança comercial fixou-se, assim, 2445 milhões de euros em Abril, um agravamento de 1039 milhões de euros face a Abril do ano passado, mas uma ligeira melhoria em relação ao défice de 2461 milhões que era registado em Março deste ano.Importações de combustíveis mais do que duplicam
A explicar o crescimento das exportações e das importações está, sobretudo, a componente de combustíveis e lubrificantes, numa altura em que os preços do petróleo têm mantido uma tendência de aumento acentuado nos mercados internacionais.
“Nas exportações de Abril de 2022, face ao mesmo mês de 2021, salientam-se os aumentos de fornecimentos industriais (+26,7%) e de combustíveis e lubrificantes (+95,5%), ambos principalmente para Espanha. Em sentido contrário, destaca-se o decréscimo nas exportações de material de transporte (-8,2%), sobretudo para Espanha e Reino Unido”, indica o INE.
O mesmo se verificou na compra de bens. “Nas importações de Abril de 2022, face a igual mês de 2021, salientam-se o acréscimo de combustíveis e lubrificantes (+128,4%), em parte reflectindo a subida dos preços, e o aumento de fornecimentos industriais (+29,7%), ambos provenientes principalmente de Espanha”, detalha o INE.
Considerando o conjunto dos quatro primeiros meses deste ano, Portugal já importou um total de 5351 milhões de euros em combustíveis e lubrificantes, o que também representa um aumento de 128% em relação a igual período do ano passado.Comércio com Reino Unido e França derrapa
Na análise por parceiros comerciais, o INE destaca que os maiores crescimentos se verificam na relação com Espanha, onde se registam aumentos de 17% das exportações e de 33% das importações.
Em sentido contrário, as exportações para o Reino Unido derraparam mais de 13% em Abril, tendo sido este o único país entre os principais clientes de Portugal a registar uma queda das exportações no mês em análise. Já as compras feitas por Portugal a França recuaram perto de 13% em Abril, essencialmente devido à quebra nas importações de material de transporte.(09.06.22/Fonte: Público)Empresa aeroespacial Tekever produz primeiro radar de abertura sintética em Portugal
Com este equipamento, segundo o presidente executivo da Tekever, Ricardo Mendes, é possível observar, por exemplo, "através das nuvens ou através das folhagens das árvores [zonas florestais] ou no mar".
A empresa aeroespacial Tekever está a desenvolver o primeiro radar de abertura sintética produzido em Portugal, equipamento que tem como objetivo capacitar a indústria para a observação e vigilância terrestre e marítima, foi divulgado esta sexta-feira.
O projeto, que teve início há cerca de cinco anos, contou com vários parceiros, sendo um dos principais a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
"Com um radar de abertura sintética nós conseguimos na mesma produzir imagens, mas numa gama de sequências diferentes, que nos permite ver coisas que uma câmara de infravermelhos não nos permite ver", explicou o presidente executivo da Tekever, Ricardo Mendes, em declarações à agência Lusa.
Com este equipamento, segundo o responsável, é possível observar, por exemplo, "através das nuvens ou através das folhagens das árvores [zonas florestais] ou no mar".
"É uma tecnologia que já existe, é bastante rara, são poucos os produtores mundiais deste tipo de tecnologia", acrescentou.
Uma parte deste projeto da Tekever, que trabalha na área de rádios definidos por software e é também uma das maiores produtoras de 'drones', foi desenvolvido no interior do microssatélite português Infante.
Com uma tecnologia base "muito complexa", estes equipamentos que podem ser produzidos de várias formas e características, podem ter um custo, segundo Ricardo Mendes, de "cerca de meio milhão de euros, até aos vários milhões de euros".
O CEO da Tekever sublinha que este tipo de equipamento permite observar situações que "não são visíveis a olho nu, nem com uma câmara térmica", sendo os mesmos formados por várias versões e objetivos e atingir.
O mercado do espaço, dos `drones´ ou aviões, são os setores que a empresa pretende conquistar ao produzir os radares de abertura sintética.
"No espaço, estes equipamentos vão ser integrados em satélites para fazer observação da terra. Este equipamento poderá também ser usado na vigilância marítima", disse.
"Este é um sensor excelente para proteger, vigiar, evitar e ajudar a prevenir casos de contrabando, no fundo atividades ilegais no mar", acrescentou.
Através deste tipo de equipamento, é também possível detetar matérias na superfície da água, difíceis de detetar a olho nu, como por exemplo manchas de óleo e, ao mesmo tempo, classificar que tipo de matéria se encontra naquele espaço.
Já na área da floresta, o equipamento poderá detetar através das copas das árvores a existência de movimentações, situação que poderá contribuir para evitar furtos de madeiras mais valiosas.
"Num drone, nós conseguimos ver cerca de 20 a 40 quilómetros para cada lado, com as antenas do radar, depende da altura a que estamos a voar. Se estivermos a voar a oito mil pés, conseguimos ver seguramente mais de 30 quilómetros para cada lado, estamos assim a varrer uma faixa de 60 quilómetros", explicou.
A empresa Tekever, com unidades em Ponte de Sor, Caldas da Rainha, Porto e Lisboa, já está a comercializar este equipamento para a área espacial, nomeadamente para constelações de satélites e indústria aeronáutica.(03.06.22/Fonte: Dinheiro Vivo)