Já foi notícia !
01/22
Economia portuguesa cresce 4,9% em 2021, acima do esperado pelo Governo. É o valor mais elevado desde 1990
Dados divulgados pelo INE indicam que a economia portuguesa cresceu 4,9% em 2021, o valor mais elevado desde 1990. Números superam as estimativas do Governo e das principais instituições nacionais e internacionais.
A economia portuguesa cresceu 4,9% em 2021, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O crescimento de 4,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 é uma décima acima do esperado pelo Governo na proposta do Orçamento do Estado para 2022, entregue em outubro, e o mais elevado desde 1990.
Segundo o INE, no quarto trimestre de 2021, o PIB cresceu 5,8% em termos homólogos e 1,6% em cadeia
"No conjunto do ano 2021, o PIB registou um crescimento de 4,9% em volume, o mais elevado desde 1990, após a diminuição histórica de 8,4% em 2020, na sequência dos efeitos marcadamente adversos da pandemia COVID-19 na atividade económica", refere o INE.
Os dados superam quer as estimativas do Governo, quer das principais instituições nacionais e internacionais.
O ministro das Finanças, João Leão, recorde-se, assegurou a 17 de janeiro que as medidas de apoio à economia e saúde adotados em dezembro devido ao agravamento da covid-19 no país "não alteram a previsão" de crescimento económico de 4,8% em 2021.
"Portugal conseguiu resistir bastante bem a esta fase da pandemia e não tivemos de impor medidas com grande impacto na economia e, portanto, espera-se que o valor de 4,8% [de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)] previsto pelo Governo seja alcançado", declarou na altura o governante.
No entanto, na terça-feira, durante uma arruada em Coimbra, o primeiro-ministro, António Costa, apontou para uma estimativa de crescimento de 4,6%. Rui Rio, presidente do PSD, criticou depois o secretário-geral do PS, acusando-o de divulgar um dado a que só teve "acesso sob reserva" por ser primeiro-ministro.
Entre as principais instituições nacionais e internacionais, a menos otimista era o Fundo Monetário Internacional, que projetava um crescimento de 4,4%, enquanto a Comissão Europeia previa uma subida de 4,5% e o Conselho das Finanças Públicas de 4,7%.
"Contributo expressivo" da procura interna e "crescimentos significativos das importações e das exportações de bens e de serviços"
No quarto trimestre de 2021, o PIB cresceu 5,8% em termos homólogos e 1,6% em cadeia. Em termos homólogos, o contributo da procura externa líquida foi positivo, devido a uma aceleração em volume das exportações de bens e serviços, tendo-se registado também um contributo positivo da procura interna.
"Refira-se ainda que no quarto trimestre de 2021 se verificou uma perda significativa nos termos de troca, mais intensa que nos dois trimestres precedentes, em resultado do crescimento pronunciado do deflator das importações, nomeadamente de bens energéticos e matérias-primas", refere o relatório do INE.
Já a variação em cadeia do PIB no quarto trimestre refletiu uma diminuição do contributo positivo da procura externa líquida.
Leão acredita em crescimento acima de 5,5% este ano
O ministro das Finanças, João Leão, está confiante que o crescimento da economia supere os 5,5% inicialmente estimados para este ano, com o Produto Interno Bruto (PIB) a ultrapassar o nível pré-pandemia já no primeiro semestre.
"Esta evolução do PIB reforça a confiança na continuação da rápida recuperação da economia portuguesa durante o ano de 2022, antecipando-se que se possa ultrapassar o nível pré-pandemia já no 1.º semestre e inclusivamente superar as estimativas do Governo para este ano, de 5,5%", afirma o Ministério das Finanças, num comunicado divulgado esta segunda-feira em reação aos dados divulgados pelo INE.
O Ministério das Finanças sublinha que este é o "mais elevado crescimento dos últimos 31 anos (desde 1990)", explicando que "a evolução positiva do investimento e das exportações foi determinante para este crescimento".
"Esta foi mesmo a segunda taxa mais alta de crescimento em cadeia da União Europeia, à data de hoje", assinala a tutela, considerando que "este é um resultado muito positivo para Portugal que mostra que a economia nacional está numa fase de forte recuperação e que retomou o processo de convergência com a União Europeia desde o segundo trimestre de 2021".
Crescimento de 4,9% em 2021 revela "trajetória de recuperação saudável", diz Siza Vieira
O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse que o crescimento de 4,9% em 2021 revela uma "trajetória de recuperação saudável", destacando que a taxa de desemprego esperada para dezembro é "das mais baixas de sempre".
"A recuperação da economia ficou a dever-se a uma recuperação do consumo interno e também a uma aceleração das nossas exportações ao longo do ano. É uma trajetória de recuperação saudável, depois de uma queda muito brusca do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020", afirmou Siza Vieira, num vídeo divulgado pelo Ministério da Economia e da Transição Digital, em reação aos dados hoje publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Pedro Siza Vieira destacou que o crescimento ultrapassa as projeções do Governo, do Banco de Portugal e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, bem como as previsões do Fundo Monetário Internacional ou da Comissão Europeia".
O ministro de Estado sublinhou ainda que o crescimento do PIB de 5,8% em termos homólogos coloca Portugal "bastante acima da média da zona euro e da União Europeia".
"Voltámos por isso a convergir com a União Europeia", vincou.
De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat, no quatro trimestre de 2021, a economia da zona euro avançou 4,6% e a da União Europeia 4,8%, face ao mesmo período de 2020, uma aceleração quando comparados com os 3,9% e 4,1%, respetivamente, do terceiro trimestre.
Portugal registou o terceiro maior crescimento homólogo do PIB, de 5,8%, entre os países da zona euro no quarto trimestre e o segundo maior (1,6%) face ao terceiro trimestre.
Pedro Siza Vieira defendeu ainda que a taxa de desemprego estimada para dezembro de 5,9%, conhecida hoje, "é o sinal de uma economia que continua a criar emprego, a crescer" e a projetar para este ano "uma recuperação em força", assinalando ser "das taxas mais baixas de sempre".
"Boas notícias por parte da capacidade das nossas empresas conseguirem conquistar mercados externos e recuperar da quebra muito grande do ano passado", acrescentou.(31.01.22/Fonte: Diário de Notícias)PS absoluto: Costa 2022 supera Cavaco 1991 em Portugal Continental
Partido Socialista venceu todos os círculos eleitorais do Continente nas legislativas. Em 1991, PSD perdeu distrito de Beja para a CDU.
António Costa conseguiu algo inédito para o PS em eleições legislativas: vitória em todos os distritos de Portugal Continental. O desempenho dos socialistas supera a maioria absoluta do PSD em 1991.
Nas legislativas de 1991, o PSD conseguiu ganhar em todos os círculos eleitorais do Continente menos em Beja, na última vez que a CDU conquistou um distrito em eleições parlamentares.
Nesse ano, o partido então liderado por Aníbal Cavaco Silva também conquistou os círculos eleitorais da Europa e de Fora da Europa. O PSD venceu essas legislativas e obteve 135 mandatos - recorde para um Parlamento com 230 deputados.
Nas legislativas de 2005, o PS conquistou 17 círculos eleitorais no continente - a exceção foi Leiria - e perdeu a disputa na região autónoma na Madeira e no círculo de fora da Europa. O partido então liderado por José Sócrates obteve 121 mandatos. Até hoje, era a única maioria absoluta obtida pelo PS em eleições legislativas.
Fechadas as contas nos círculos eleitorais de Portugal, o PS obteve 41,68%, com 2,246 milhões de votos (117 mandatos). O PSD terminou em segundo, com 27,8%, com 1,498 milhões de votos (76 mandatos). O Chega ficou em terceiro, com 7,15%, 385,5 mil votos (12 mandatos).
A taxa de abstenção em território nacional foi de 42,04%, abaixo dos 45,5% registados nas eleições legislativas anteriores.(31.01.22/Fonte: Dinheiro Vivo)Preço das casas subiu 12,2% em 2021
Desde o início da pandemia, registou-se uma valorização acumulada das casas de 13,7%. Um claro contraste com o registado no tempo da troika, em que se verificou uma desvalorização de 7,4%.
Imune aos efeitos da pandemia, o preço das casas no país cresceu 12,2% em 2021, igualando a valorização registada em 2017 e sendo apenas superado pelo aumento de mais de 15% observado em 2018 e em 2019.
Segundo avança a Confidencial Imobiliário, em dezembro do ano passado, os preços da habitação em Portugal continental acumulavam uma subida de 13,7% face ao início da pandemia, em março de 2020.
Esta valorização contrasta com o comportamento observado na anterior crise, lembra a consultora. No período em que o país esteve sob intervenção da troika, registou-se uma desvalorização acumulada de 7,4%.
A consultora recorda ainda que a subida do preço das casas em tempo de pandemia sucedeu essencialmente nos últimos oito meses do ano passado, já que até abril a subida acumulada face ao início da pandemia estava nos 3,5%.
O primeiro trimestre de 2021, influenciado por um novo confinamento geral, ficou marcado por uma estabilização dos preços que se vinha a sentir desde o início da pandemia. A Confidencial imobiliária aponta que, no final desse trimestre, o aumento trimestral nos preços era de 1,2% e em termos homólogos de 2,6%, o menos robusto dos últimos cinco anos.
A partir de abril, a subida de preços intensificou-se, destacando-se, nesse período, o último trimestre do ano, com aumentos mensais superiores a 1% e uma valorização trimestral que culminaria em 3,9%.
O ano de 2021 fechou com o preço médio de venda das casas a atingir os 1.822 euros por metro quadrado, com um valor médio de 2.826€/m2 na habitação nova e de 1.731€/m2 na habitação usada.(14.01.22/Fonte: Dinheiro Vivo)Crédito pessoal acelera 40% e cartões de crédito sobem 17,8% em Novembro
Empréstimos para a compra de carros também aumentaram, mas essencialmente nos usados.
O novo crédito ao consumo atingiu 629,228 milhões de euros em Novembro de 2021, um crescimento de 9,6% face ao mês anterior, e de 24,4% face ao mesmo mês de 2020. Os maiores contributos para este crescimento vieram do crédito pessoal e dos cartões de crédito e outros descobertos bancários.
Os dados revelados nesta segunda-feira pelo Banco de Portugal (BdP) mostram que o crédito pessoal, onde se encontra o destinado a educação, saúde energias renováveis, financiamento de equipamentos, consolidação ou outros, registou o maior crescimento, de 12,3% face a Outubro, e 40,4% face ao mesmo mês de 2020, período fortemente impactado pela pandemia de covid-19. No total deste segmento foram emprestados perto de 283 milhões de euros.
O segundo maior crescimento verificou-se através de cartões de crédito e outros descobertos bancários, como as contas-ordenado, que atingiram os 113 milhões de euros, uma aceleração de 16,5% face a Outubro e de 17,8% em relação ao mesmo mês de 2020.
No terceiro segmento, o do crédito automóvel, foram emprestados cerca de 221 milhões de euros, mais 3,6% do que em Outubro, e mais 10,3% do que em Novembro de 2020, com destaque para a compra de usados.
Para carros usados com reserva de propriedade e outros foram emprestados 152,199 milhões de euros, apenas mais 0,7% do que em Outubro e mais 18,5% face a Novembro de 2020. Para compra de novos com reserva de propriedade foram concedidos 47,4 milhões de euros, mais 10,2% do que no mês anterior, e mais 7% face a Novembro de 2020.
O crédito assegurado na modalidade de locação financeira ou ALD caiu em termos homólogos nos novos e usados. Nos carros novos totalizou 16,1 milhões de euros, 16,8% abaixo do registado em Novembro de 2020 e mais 20,5% face a Outubro. Nos usados, o montante emprestado foi de 5,1 milhões de euros, menos 35,9% e menos 8,2%, respectivamente.
Em Novembro, o novo crédito à habitação atingiu os 1353 milhões de euros, máximo do ano e pelo menos desde 2018.
Entre Janeiro e Novembro, os bancos já emprestaram aos particulares 20.315 milhões de euros, para consumo e habitação, um aumento de 26% face aos mesmos meses de 2020.(17.01.22/Fonte: Público)Exportação de vinhos portugueses aumenta em 2021 e Douro atinge os 547 ME
O mês de novembro registou os melhores resultados para a exportação de vinhos do Douro e Porto.
As exportações de vinhos portugueses cresceram 3,8% em volume e 8,6% em valor entre janeiro e novembro, comparativamente com 2020, com o Douro a aumentar 11% em quantidade e 18% em valor, aproximando-se dos 547 milhões de euros.
Os dados são do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) e foram divulgados esta quarta-feira, em comunicado, pelo Ministério da Agricultura.
"Os vinhos portugueses têm revelado uma evolução notável, em grande parte impulsionada pelas exportações. Os dados agora divulgados pelo INE vêm sublinhar isto mesmo, ao mesmo tempo que evidenciam a resiliência do setor", afirmou a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, citada no comunicado.
De acordo com o INE, entre janeiro a novembro de 2021, as exportações de vinho registaram um crescimento de 3,8% em volume, de 8,6% em valor e de 4,6% em preço médio, em comparação com o período homólogo do ano anterior.
No mesmo período, os vinhos da Região Demarcada do Douro registaram um aumento de 11%, em quantidade, e de 18%, em valor, aproximando-se de um volume de negócios de 547 milhões de euros.
Segundo o comunicado, novembro de 2021 "foi um mês particularmente positivo" para as vendas de vinhos do Douro e Porto, "tendo sido o melhor mês de todos, desde o início de 2019, em termos de volume de negócio, quer no mercado nacional, quer ao nível das exportações".
Desde o início do ano passado e até novembro, o 'top cinco' dos mercados de destino da exportação de vinho nacional, em termos de valor, foram França, Estados Unidos da América (EUA), Reino Unido, Brasil e Alemanha.
"O Ministério da Agricultura tem apostado num acompanhamento próximo aos produtores e agricultores, definindo e implementando as medidas necessárias para lhes garantir previsibilidade e estabilidade, e queremos felicitá-los por estes resultados, que nos deixam muito satisfeitos", afirmou Maria do Céu Antunes.(12.01.22/Fonte: Diário de Notícias)Produção renovável abastece 59% do consumo de eletricidade em 2021
Dos 59%, 26% correspondem a energia eólica, 27% a hidroelétrica, 7% a biomassa e 3,5% a fotovoltaica.
A produção de energia renovável abasteceu 59% do consumo de eletricidade em Portugal em 2021, com destaque para a energia eólica, que representou 26%, enquanto a produção não renovável abasteceu 31%, segundo dados da REN, divulgados esta terça-feira.
De acordo com a REN - Redes Energéticas Nacionais, dos 59% do consumo de eletricidade abastecido por produção de energia de fontes renováveis no ano passado, 26% correspondem a energia eólica, 27% a hidroelétrica, 7% a biomassa e 3,5% a fotovoltaica.
No caso da energia solar fotovoltaica, ainda que tenha continuado a ser a menos significativa no conjunto das renováveis, a REN destacou o seu crescimento acentuado (37%) face ao ano anterior.
Já quanto aos 31% do consumo de eletricidade abastecidos por produção de energia não renovável em 2021, 29% dizem respeito a carvão, com a última central encerrada no final de novembro (Pego, em Abrantes) a representar menos de 2%.
Os restantes 10% correspondem a importação.
Em 2021, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 0,93 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade eólica 1,01 (média histórica igual a 1).
Quanto ao consumo de eletricidade no ano passado, registou-se um crescimento de 1,4%, ou 1,7% com correção de temperatura e dias úteis, mas ficou ainda a 1,7% do valor registado em 2019.
Já o consumo total de gás natural registou, no período em análise, uma variação negativa de 4,6%, face ao período homólogo, que resultou de quedas de 1,5% no segmento convencional e de cerca de 10% no segmento de produção de energia elétrica.
Quando comparado com 2019, o consumo de gás natural registou uma queda de 6%.
No mês de dezembro, o consumo de energia elétrica caiu 1%, face ao mesmo mês de 2020, que se acentua para 1,8% considerando os efeitos da temperatura e número de dias úteis.
Naquele mês, explicou a REN, as condições mantiveram-se muito negativas para a produção hidroelétrica, com o índice de produtibilidade respetivo a não ultrapassar os 0,42 (média histórica igual a 1), ao contrário da produção eólica que registou um índice particularmente elevado, com 1,37 (média histórica igual a 1).
A produção renovável abasteceu 66% do consumo em dezembro, a não renovável abasteceu 26%, enquanto os restantes 8% corresponderam a energia importada.
Já no mercado de gás natural, manteve-se em dezembro a tendência verificada nos últimos meses, ainda condicionada pelas condições atuais do mercado, com o segmento convencional a registar uma contração homóloga de 18%, enquanto o consumo global caiu apenas 1% devido ao comportamento positivo do segmento de produção de energia elétrica que registou um crescimento homólogo de 50%, quase compensando a redução do segmento convencional..(04.01.22/Fonte: TSF)