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12/20

2021: Previsões para o crescimento económico português entre os 1,7% e os 6,5%

As previsões para o crescimento da economia nacional em 2021 vão desde os 1,7% da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aos 6,5% do Fundo Monetário Internacional (FMI), depois de um 2020 marcado pela pandemia de covid-19.

Depois de um 2020 marcado pela pandemia, as previsões para o crescimento da economia portuguesa em 2021 vão desde uma previsão mais otimista de 1,7% da OCDE aos 6,5% do FMI. Pelo meio ficam outras estimativas.

Os números mais otimistas, do FMI, contrastam com os do Governo e da Comissão Europeia, que apontam de forma igual para um crescimento do PIB de 5,4%, ao passo que o Conselho das Finanças Públicas (CFP) espera uma recuperação de 4,8% em 2021.

O Banco de Portugal divulgou em 14 de dezembro a sua atualização de previsões, apontando para um crescimento económico de 3,9% em 2021, esperando ainda crescimentos de 4,5% e 2,4% em 2022 e 2023, respetivamente.

A previsão mais pessimista é a da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que aponta para um crescimento económico de apenas 1,7% no próximo ano.

Para 2020, o FMI aponta para uma queda de 10,0% da economia portuguesa, com a Comissão Europeia e o CFP a esperarem uma recessão de 9,3%, o Governo de 8,5%, a OCDE de 8,4% e o Banco de Portugal de 8,1%.

Nos números do Governo, patentes no relatório do Orçamento do Estado para 2021, o executivo aponta para "um contributo positivo, tanto da procura interna (4,1 p.p.), como da procura externa líquida (1,3 p.p.), por via de um maior dinamismo das componentes de consumo privado, investimento e consumo público, e de um crescimento das exportações mais intenso que o esperado para as importações".

"Assim, para 2021, prevê-se um aumento do consumo privado em 3,9%, após uma redução esperada de 7,1% em 2020", pode ler-se no documento, que também dá conta de "uma gradual melhoria no mercado de trabalho, levando a um ligeiro aumento no rendimento disponível das famílias e a uma redução da taxa de poupança", estimando ainda "um crescimento do consumo público de 2,4% em 2021 (-0,3% em 2020)".

Já o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, assinalou, na apresentação do Boletim Económico de dezembro, que o final do ano de 2020 prejudicará a recuperação económica em 2021.

"Nós não divulgamos projeções trimestrais, mas temos uma recuperação gradual claramente mais a partir do segundo trimestre, da economia, em 2021, sendo que o que aqui está subjacente é precisamente alguma manutenção de medidas de contenção no primeiro trimestre de 2021 e depois, então, um retomar da atividade económica com mais intensidade a partir e incluindo o segundo trimestre" de 2021, disse.

Face ao crescimento previsto para 2022 (4,5%), "a taxa de crescimento para 2021 está muito afetada pelo mau ponto de partida originado no quarto trimestre de 2020", disse Mário Centeno, considerando que "é um pouco enganadora para a dinâmica que, trimestre após trimestre, se irá consubstanciando em Portugal".

Relativamente ao crescimento da dívida pública, o Governo estima que atinja os 130,9% em 2021, depois de uma previsão de 134,8% para 2020.

"Prevê-se uma redução do rácio de -3,9 p.p. [pontos percentuais] para 130,9% do PIB. O principal contributo será dado pela retoma do crescimento nominal do PIB e, em segundo plano, pela redução dos depósitos das administrações públicas em cerca de 1,7 p.p. do PIB", pode ler-se no relatório do OE2021.

A previsão do Governo aproxima-se das do FMI (130,0%) e da Comissão Europeia (130,3%), ficando abaixo das previsões do CFP (134,5%) e OCDE (139,7%).

Desemprego pode aumentar mais em 2021
O Banco de Portugal projeta ainda que após uma subida de 6,5% para 7,2% em 2020, a taxa de desemprego deverá aumentar ainda mais em 2021, para 8,8%, descendo depois para 8,1% e 7,4%, respetivamente, em 2022 e 2023.

Para 2021, além da previsão do BdP, a OCDE aponta para uma taxa de desemprego de 9,5%, o CFP de 8,8%, o Governo de 8,2%, e o FMI e a Comissão Europeia de 7,7%.

Em 2021, o Governo espera ainda uma descida do défice dos 7,3% previstos para 2020 para 4,3%, ao passo que a Comissão Europeia aponta para um défice de 4,5%, o CFP de 3,2%, FMI de 2,7%, e a OCDE de 6,3%.

Para o próximo ano está ainda marcada a avaliação das medidas relativas ao Pacto de Estabilidade e Crescimento da Comissão Europeia, que estão atualmente suspensas, mas que poderão estar de volta em 2022, data em que o Governo já prevê ter o défice dentro dos limites pedidos por Bruxelas (3%).

O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, já salientou que "é importante não cometer os mesmos erros que foram cometidos na anterior crise, em que se tentou voltar à consolidação orçamental cedo demais".

"No momento certo, e em 2021, dependendo da evolução da pandemia, temos de equacionar como é que vamos prever e ter as regras para 2022. Mas ainda é cedo demais para definir desde já quais é que serão as regras", disse, em dezembro, João Leão.
(29.12.20/Fonte: Expresso)

Filhos de emigrantes passam a poder ser registados e pedir nacionalidade online

Numa primeira fase, serviço de registo de nascimento online no estrangeiro irá abranger os filhos dos residentes em França e no Reino Unido, com menos de um ano de idade e com dois progenitores de nacionalidade portuguesa.

Os filhos de portugueses residentes no estrangeiro passam, a partir desta segunda-feira, a poder ser registados e pedir a nacionalidade online, numa nova medida de simplificação administrativa do Governo para as comunidades portuguesas apresentada em Lisboa.

O serviço de registo de nascimento online no estrangeiro irá abranger, numa primeira fase, os filhos dos residentes em França e no Reino Unido, com menos de um ano de idade e com dois progenitores de nacionalidade portuguesa, como explicaram durante a apresentação pública da medida as secretárias de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, e da Justiça, Anabela Pedroso.

A medida deverá abranger mais de 1,2 milhões de portugueses com residência registada nestes dois países e terá "impacto direto" em sete consulados-gerais de Portugal: Londres, Manchester, Bordéus, Estrasburgo, Lyon, Marselha e Paris.

Na mesma ocasião do registo, será possível também pedir a nacionalidade, uma vez que os descendentes de nacionais nascidos no estrangeiro têm de manifestar vontade de ter nacionalidade portuguesa.

"A partir de hoje os cidadãos portugueses que vivem no Reino Unido e na França e que tenham filhos com menos de um ano podem fazer o registo de nascimento 'online' com pedido de nacionalidade sem terem de se deslocar aos consulados", disse a secretária de Estado das Comunidades.

Berta Nunes considerou que esta medida é "particularmente importante" nesta altura devido a "todos os problemas de mobilidade" causados pela pandemia de Covid-19, mas lembrou que, em circunstâncias normais, há "nas comunidades, cidadãos que vivem a muitos quilómetros dos consulados e têm de se deslocar, por vezes, até de avião".

O pedido online de registo de nascimento e de nacionalidade apenas pode ser feito mediante autenticação com Chave Móvel Digital ou com Cartão de Cidadão.

Esta medida vem juntar-se à possibilidade que já existe de os portugueses residentes no estrangeiro renovarem o Cartão de Cidadão online, alternativa que, segundo Berta Nunes, "ainda não está a ser utilizada no seu potencial".

"Temos de fazer uma grande campanha da Chave Móvel Digital e dos serviços a que as pessoas podem ter acesso" com ela, disse, adiantando que está igualmente em preparação a entrega do Cartão de Cidadão no domicílio.

A responsável sublinhou a importância destas medidas na redução de agendamentos e na retirada de pressão dos consulados, bem como os ganhos de comodidade para os utentes.

A secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, defendeu, por seu lado, que não faz sentido ter medidas em Portugal que não possam depois ser aplicadas às comunidades portuguesas.

De acordo com dados oficiais, entre 13 de abril e 13 de dezembro de 2020 deram entrada nos serviços de registo um total de 70.090 declarações de nascimento, das quais 22.196 foram submetidas online (31,7%).

A responsável assinalou a simplicidade de um processo que "em seis passos" permite registar um bebé e fazer o seu pedido de nacionalidade, que será posteriormente confirmado por email e o assento de nascimento enviado por correio.

Em 2019, foram registados nos postos consulares 77.240 menores portugueses nascidos no estrangeiro.

Destes, 41.486 na Europa, dos quais 24.176 na rede em França e no Reino Unido.

O registo de nascimento e o pedido de nacionalidade 'online' inserem-se no quadro do Novo Modelo de Gestão Consular do Governo, no âmbito do qual está em análise a curto e médio prazo a entrega de Cartão de Cidadão por via postal no estrangeiro, medida que o executivo estima concretizar no primeiro semestre de 2021.

O lançamento do serviço para registo de filhos de cidadãos portugueses no estrangeiro é uma iniciativa conjunta dos Negócios Estrangeiros e da Justiça, e prevê abranger progressivamente todas as comunidades portuguesas residentes no estrangeiro.
(21.12.20/Fonte: TSF)

Mais de 160 hotéis à venda em Portugal devido à pandemia. Mais caro custa 36 milhões

Maior número de hotéis para venda encontra-se na região centro (53), seguido pelo norte (37) e Algarve (29). O mais caro encontra-se situado na Praia da Oura, em Albufeira, no distrito de Faro, por um valor de 36 milhões de euros.

A crise provocada pela pandemia da Covid-19 atingiu em força o sector da hotelaria, de tal forma que no mês de outubro existiam entre Portugal Continental e regiões autónomas, 166 hotéis para venda, de acordo com os dados revelados por um estudo do ‘Idealista’ esta terça-feira, 15 de dezembro.

Estes 166 hotéis representam um aumento de 4% face ao mês de março (160), altura em que foi declarado o estado de emergência. A região do país que concentra maior oferta é o centro (53), o equivalente a uma subida de 15% ao mês de março (46).

Segue-se a zona norte (37), o que representou uma descida de 21%, quando comparado com março (47) e o Algarve (29), num aumento de 16%, face aos 25 que se verificavam em março. Por sua vez, a cidade de Lisboa registou uma quebra de 19%, passando dos 21 hotéis de março, para 17 em outubro.

No entanto, foi a região autónoma da Madeira que viu a venda de hotéis subir em 100%, passando das cinco unidades de março, para dez em outubro. Já a região autónoma dos Açores verificou um aumento de 33%, tendo quatro hotéis para venda em outubro, face aos três de março.

Olhando aos preços das unidades hoteleiras, o mais caro encontra-se situado na Praia da Oura, em Albufeira, no distrito de Faro, por um valor de 36 milhões de euros. Também na zona de Albufeira, em Olhos de Água, está o segundo hotel mais caro deste ranking, por 20 milhões de euros. O top 3 fica encerrado com o hotel localizado na cidade de Lamego, no distrito de Viseu, que se encontra à venda por 14 milhões de euros.

Olhando para as principais cidades do país, em Lisboa a unidade hoteleira para venda acima dos 10 milhões de euros encontra-se localizada na Praça de Espanha, por 12,5 milhões de euros, enquanto no Porto, existe uma unidade de quatro estrelas em Vila Nova de Gaia que pode ser adquirida por 14 milhões de euros.
(15.12.20/Fonte: Jornal Económico)

Quase 60% portugueses fica com menos de 20% de rendimento após pagar contas

Portugal está em 22.º lugar na lista de 24 países europeus com "capacidade de pagar as contas".

Mais de metade (59%) dos portugueses fica com menos de 20% do rendimento após pagar as contas, na sequência da pandemia de Covid-19, segundo um estudo da Intrum, realizado entre agosto e e outubro, divulgado.

"Devido à pandemia Covid-19, 59% dos portugueses inquiridos afirma ficar com menos de 20% do seu rendimento após pagar as suas contas", um valor que é "superior à média europeia, de 41%", refere o estudo ECPR - European Consumer Payment Report 2020, realizado em plena pandemia, entre agosto e outubro, da Intrum.

O estudo tem "por objetivo a partilha de informação sobre a vida quotidiana dos consumidores europeus, os seus hábitos de despesa e a capacidade de gerir as suas finanças domésticas mensalmente", refere.

De acordo com o barómetro "bem-estar financeiro Intrum", na categoria "capacidade de pagar as contas", Portugal está em 22.º lugar na lista de 24 países europeus, "posicionando-se assim entre os três últimos países da classificação".

O relatório anual baseia-se num inquérito externo realizado simultaneamente em 24 países na Europa, num total de 24.198 consumidores.

"O estudo da Intrum revela ainda que os jovens adultos e os pais são os grupos etários que estão mais vulneráveis, encontrando-se sob grande pressão", de acordo com o estudo.

"Cerca de um terço dos europeus afirma que o seu rendimento diminuiu como resultado da Covid-19 e 25% admite que possa vir a diminuir em breve", sendo que, "em Portugal, 49% dos homens dizem que o seu rendimento diminuiu na sequência da pandemia, um valor substancialmente superior à média europeia, que é de 36%".

Das medidas analisadas para responder à situação, em Portugal a mais mencionada pelos inquiridos foi o corte de gastos em bens não essenciais (62%), ligeiramente acima da média, que é 57%.

"A preocupação com o futuro e o aumento do stress e ansiedade atinge cada vez mais os portugueses", adianta o estudo, que salienta que "as faixas etárias dos 22 aos 37 anos (61%) e dos 45 aos 54 anos (63%) afirmam estar, neste momento, mais preocupadas com o seu bem-estar financeiro do que em qualquer outro momento da sua vida".

"A crise Covid-19 terá um impacto duradouro na capacidade de os consumidores europeus gerirem as suas finanças domésticas e a convulsão económica de 2020 está a pesar fortemente na mente dos consumidores", sendo que "muitos estão preocupados com o aumento das contas e com a impossibilidade de cumprirem com as suas obrigações financeiras, o que afeta o seu bem-estar", refere o diretor-geral da Intrum Portugal, Luís Salvaterra, citado em comunicado.

"Ao mesmo tempo, os consumidores adaptam os seus estilos de vida às restrições impostas pelo confinamento e priorizam os diferentes tipos de contas", acrescenta, salientando que, "em 2020 e neste momento, estão a dar prioridade a uma série mais vasta de contas do que em 2019, com especial incidência nos serviços que são bens essenciais", conclui.
(07.12.20/Fonte: TSF)

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