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02/20
Obras de construção e reabilitação de casas aumentaram 9,4% em 2019.
Ritmo da construção aumentou o consumo de cimento em Portugal para máximos com seis anos. Área metropolitana do Porto esteve em destaque.
As obras de construção e reabilitação de edifícios habitacionais licenciadas pelas câmaras municipais aumentaram 9,4% em 2019, em comparação com o ano anterior. Os dados divulgados pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) indicam que foram realizadas 16 461 obras deste género durante o ano passado (face às 15 043 feitas em 2018).
Já o número de fogos licenciados em construções novas foi de 23 737 em 2019, o que representa um crescimento homólogo de 17,2% (20 259 em 2018).
Em sequência destes números, verificou um natural aumento do consumo de cimento no mercado nacional em 2019: foram utilizadas 3,23 milhões de toneladas de cimento, o que corresponde a um crescimento de 14,9% face a 2018 e a um máximo dos últimos seis anos – aproximando-se dos níveis registados no ano de 2012.
Pese a tendência de crescimento em 2019, o volume de crédito concedido pela banca às empresas de construção e imobiliário sofreu uma redução homóloga de 6,6%, fixando-se em 16 mil milhões de euros, ou seja, no valor mais baixo desde o início do século XXI, segundo divulgou a AICCOPN..Em dezembro do ano passado, o valor médio da habitação em Portugal para efeitos de avaliação bancária foi de 1 321 euros por metro quadrado, o que traduz um aumento de 8,3%, (comparativamente face aos 1 220 euros por metro quadrado apurados em dezembro de 2018), o que significa um aumento de 9,7% nos apartamentos e de 4,7% nas moradias.
A área metropolitana do Porto esteve em destaque em 2019, com um número de fogos licenciados em construções novas a chegarem às 4270, o que traduz um aumento de 29,1% (face aos 3 308 alojamentos licenciados em 2018). Deste número total, 45% foram registados como sendo de tipologia T3 e 26% de tipologia T2.(24/02/2020/Fonte : Jornal I)Setor do metal com recorde de exportações de quase 20 mil milhões em 2019.
O setor do metal registou um novo recorde de exportações em 2019, no valor de 19.590 milhões de euros, anunciou esta terça-feira a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP).
"O setor que mais contribui para o PIB [Produto Interno Bruto] português volta a dar provas da sua vitalidade com um novo recorde de 19.590 milhões de euros no valor das exportações", referiu a associação, em comunicado.
Relativamente ao destino das exportações no ano passado, os principais países foram Espanha, Alemanha e França, com um valor de 4.723 milhões, 3.265 milhões e 3.034 milhões de euros, respetivamente.
Já em relação ao crescimento, numa comparação em termos homólogos, as exportações para a Alemanha foram as que mais subiram, cerca de 11,2%, seguindo-se Espanha, com um crescimento de 8,8% no volume exportado, e França, com mais 4,9%.
“O principal desafio em 2019 foi continuar a manter a trajetória ascendente que ao longo dos últimos anos sistematicamente o setor do Metal Portugal [marca que agrega empresas metalúrgicas e metalomecânicas] tem vindo a conseguir concretizar e continuar a crescer as exportações nos mercados mais relevantes, que são Espanha, França, Alemanha e Reino Unido, onde, apesar do ‘brexit’, conseguimos manter basicamente os mesmos números do ano anterior”, disse à Lusa o vice-presidente da AIMMAP, Rafael Campos Pereira.
“Porém, há um crescimento substancial no mercado do Canadá, para onde começámos em 2019 a exportar com algum significado”, sublinhou Rafael Campos Pereira.
A diferenciação dos produtos e equipamentos das empresas portuguesas, a aposta no ‘design’ e na tecnologia, bem como a “excelente relação qualidade/preço” dos produtos portugueses são as razões destacadas pelo vice-presidente da AIMMAP para o crescimento das exportações do setor do metal.
Em relação à epidemia provocada pelo coronavírus detetado em Wuhan, na China, e nas consequências que pode ter nos negócios, Rafael Campos Pereira admitiu não estar muito preocupado, apesar de ressalvar que qualquer fator que prejudique as deslocações, pode também prejudicar de algum modo os negócios.
“Nós não compramos muito na China e a China também não tem sido um dos nossos principais mercados nos últimos tempos […] o que estamos a verificar é que, eventualmente, até tem havido um aumento de encomendas, provavelmente em consequência das dificuldades que a China está a passar nalguns subsetores”, esclareceu, adiantando que “há encomendas que estão a ser retiradas da China e estão a ser localizadas noutras paragens”.
O ano de 2019 para o setor metalúrgico e metalomecânico português ficou também marcado por cinco recordes mensais, com o mês de maio a representar “o melhor de sempre” para o setor com cerca de 1.884 milhões de euros em exportações.
Os meses de março, setembro, outubro e novembro foram os outros quatro meses com novos máximos, tendo todos eles registado valores de mais de 1.700 milhões de euros.(18/02/2020/Fonte : Jornal Económico)
PORTUGAL : Exportações de vinho aumentaram 2,5% em 2019.
As exportações portuguesas de vinho atingiram, em 2019, novo máximo histórico. No total, Portugal vendeu ao exterior quase 296 milhões de litros, no valor global de 820,5 milhões de euros, um aumento de 2,5% face ao ano anterior. O preço médio foi de 2,77 euros por litro.
"É uma boa notícia. Continuamos a crescer mais do que a nossa economia e, se tivermos em conta as perturbações no mercado americano, a China a fechar-se e a Europa em abrandamento, este crescimento é muito bom", diz o presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro.
EUA geram apreensão
Do lado oposto, o crescimento, a dois dígitos, do mercado americano, que vale já quase 90 milhões de euros. A ameaça de Trump de impor tarifas aduaneiras de 100% sobre todos os vinhos europeus é uma das maiores preocupações do setor para 2020. "As últimas informações que temos é que esta medida não deverá avançar, fruto da sensibilização feita pelos operadores americanos para o aumento do desemprego que traria. Mas não deixa de ser uma preocupação", acrescenta o presidente da ViniPortugal.
Já o presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes fala num "ano de ouro" para os produtores da região. "Crescemos em volume, em valor e no preço médio, e aumentámos o número de destinos. O vinho verde chega hoje a 111 países do Mundo", salienta Manuel Pinheiro. As exportações de vinho verde totalizaram os 65,7 milhões de euros, um aumento de 4,28%, e os EUA são o principal mercado de destino, assegurando 14 milhões, mais 1,2 milhões do que em 2018. Seguem-se a Alemanha e o Brasil, com tendências opostas. O primeiro a cair (para 10,8 milhões), o segundo a crescer (para 6,5 milhões de euros).
Também na Região Demarcada do Douro, o ano foi positivo. É que embora as exportações do DOC Douro tenham caído cerca de 9%, isso sucedeu, sobretudo, nos vinhos standard.
"Esta é uma queda meramente conjuntural, devido à produção escassa da vindima de 2018. Até porque o preço médio subiu", diz a diretora-geral da Associação das Empresas de Vinho do Porto.
No vinho do Porto, as exportações cresceram cerca de 1,5%, para mais de 307 milhões de euros. "Foi um ano claramente positivo, esperamos que possa constituir uma inversão positiva de um ciclo negativo de 20 anos", defende Isabel Marrana. O mercado nacional voltou a ser o principal consumidor de vinho do Porto, impulsionado pelo crescimento do turismo.
ViniPortugal admite adiar ou cancelar eventosA VinExpo de Hong Kong foi adiada, de maio para julho, por causa do coronavírus e a ViniPortugal está a ponderar se deve fazer o mesmo. A entidade responsável pela promoção dos vinhos portugueses no Mundo tem duas provas agendadas na China em maio e junho. "Estamos a avaliar", admite Jorge Monteiro, lembrando que, a manterem-se os eventos, os vinhos têm de ser expedidos dentro de duas semanas.(13/02/2020/Fonte : Jornal de Notícias)
PORTUGAL : Exportações aumentam 5,4% e importações crescem 1,2% em dezembro.
As exportações de bens aumentaram 5,4% e as importações subiram 1,2% em dezembro de 2019, face ao mesmo mês de 2018, em termos nominais, divulgou o Instituto Nacional de Estatística.
Segundo as Estatísticas do Comércio Internacional divulgadas esta sexta-feira, "em dezembro de 2019, as exportações e as importações de bens registaram subidas homólogas nominais de 5,4% e 1,2%, respetivamente (+8,4% e +1,0% em novembro de 2019, pela mesma ordem)".
Nas exportações, o INE destaca o acréscimo dos combustíveis e lubrificantes, que subiram 38,5%, essencialmente nos produtos transformados e principalmente para Marrocos..Por outro lado, observou-se um decréscimo acentuado nas exportações de automóveis para transporte de passageiros, que caiu 26,2%, "neste último caso em resultado da elevada exportação registada em dezembro de 2018, após o desbloqueio da saída destes bens do porto de Setúbal".
O aumento nas importações provenientes de Espanha é o que mais se destaca (+6,2%), segundo o INE, principalmente na categoria de bens de consumo.
O INE realça ainda que, excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 2,8% e as importações subiram 0,9% (em novembro tinham subido 5,9% e 2,6%).
Já o défice da balança comercial de bens registou uma diminuição de 165 milhões de euros face ao mês homólogo de 2018, atingindo 1.425 milhões de euros em dezembro de 2019.Quando se exclui os combustíveis e lubrificantes, a balança comercial regista um saldo negativo de 1.195 milhões de euros no mês em análise, correspondendo a uma diminuição do défice de 64 milhões de euros em relação ao mesmo mês de 2018.
Numa análise por trimestre, em outubro, novembro e dezembro de 2019 as exportações e as importações aumentaram 7,5% e 3,0%, respetivamente, face ao 4.º trimestre de 2018 (+7,3% e +6,5%, pela mesma ordem, no trimestre terminado em novembro de 2019), refere o Instituto.
No conjunto do ano de 2019 as exportações e as importações de bens aumentaram 3,6% e 6,6%, respetivamente (+5,1% e +8,1% em 2018), tendo o défice da balança comercial de bens aumentado 2.842 milhões de euros.
Excluindo os combustíveis e lubrificantes, em 2019 as exportações e as importações cresceram respetivamente 4,5% e 7,4% (+5,3% e +7,8% em 2018).(07/02/2020/Fonte : Jornal de Notícias)Salário médio bruto sobe 2,7% para 1276 euros em 2019.
A remuneração bruta mensal média por trabalhador aumentou 2,4% no 4.º trimestre de 2019 para 1418 euros, subindo 2,7% para 1.276 euros no conjunto do ano, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A remuneração bruta regular - que resulta da soma das remunerações brutas de caráter regular e frequência mensal, e exclui componentes como subsídios de férias e de Natal - aumentou 2,5%, atingindo 1.041 euros, no mesmo quarto trimestre de 2019, face ao mesmo período do ano anterior.
Os dados referem-se a 4,2 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações.
"Em termos reais, tendo em consideração a taxa de variação do Índice de Preços do Consumidor, no mesmo período, a remuneração bruta mensal média por trabalhador aumentou 2,1% e a componente regular aumentou 2,2%", ressalva o instituto.
Em 2019, a remuneração bruta mensal por trabalhador aumentou 2,7%, para 1.276 euros, e a componente regular subiu 2,6%, para 1.038 euros, mas em termos reais as variações foram de 2,4% e 2,2%, respetivamente.
Em 2018, em termos nominais, a remuneração bruta mensal média tinha aumentado 2,1% (e a componente regular 1,7%) e, em termos reais, 1,1% (e 0,7%, respetivamente).
Quanto à remuneração por atividade económica, o INE registou, em dezembro de 2019, que a remuneração total variou entre 860 euros, na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, e 3.403 euros, nas atividades de eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio.Por sua vez, a remuneração regular variava entre 653 euros, nas atividades administrativas e dos serviços de apoio, e 2.497 euros, nas atividades de eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio.
Em relação ao período homólogo de 2018, a maior variação da remuneração total foi registada nas atividades das indústrias extrativas (5,6%), seguida das atividades administrativas e dos serviços de apoio.
A remuneração por dimensão de empresa revela que, em 2019, a remuneração total variou entre 804 euros nas empresas do escalão de um a quatro trabalhadores e 1.578 euros nas empresas com 250 a 499 trabalhadores, enquanto nas empresas com 500 e mais trabalhadores a remuneração total foi inferior, de 1.562 Euros.
"A remuneração média por trabalhador no escalão de 50 a 99 trabalhadores (1.257 euros) foi a que se situava mais próxima do total da economia (1.276 euros)", afirma o INE.(07/02/2020/Fonte : Jornal de Notícias)Produção de azeitona para azeite será das maiores “dos últimos 80 anos”.
Previsões agrícolas do INE apontam para que a campanha de 2019 atinja 907 mil toneladas de azeitona para a produção de azeite. Azeitona de mesa mantém média dos últimos cinco anos.
A produção de azeitona para azeite na campanha de 2019 deverá ultrapassar “as 900 mil toneladas”, “posicionando esta campanha como uma das mais produtivas dos últimos 80 anos”.
As afirmações constam do último boletim Previsões Agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Janeiro de 2020, com dado recolhidos até 15 de Janeiro.Segundo o INE, o olival português deverá gerar 907 mil toneladas de azeitona para azeite, um crescimento de 25% face à campanha de 2018 e uma subida de 42% face à média entre as campanhas de 2014 e 2018.
A confirmarem-se as previsões do INE para a campanha de 2019, elas superam a safra de 2017, que foi de 858 mil toneladas.
As campanhas oleícolas têm início em Outubro de um ano e terminam em Setembro do ano seguinte, decorrendo a colheita, em média, nos primeiros quatro a cinco meses desse período. Os dados da campanha agora apresentados são referentes à campanha que arrancou no último trimestre de 2019.
Historicamente, a campanha oleícola altera anos de safra e contra-safra, de maior e menor colheita, o que se confirma nos números mais recentemente publicados pelo INE: a campanha de 2014 saldou-se em 438 mil toneladas, a de 2015 em 702 mil toneladas, a de 2016 em 476 mil toneladas, a de 2017 em 858 mil toneladas e a de 2018 em 725 mil toneladas.Se compararmos, por exemplo, 2019 com 2017, o crescimento é somente de 5,71% (face aos já referidos 25% entre 2018 e 2019).
Dois factores têm, contudo, alterado as variações históricas na produção de azeitona: um mundial, que advém do impacto das alterações climáticas no extremar de anos muito bons com anos muito maus (Itália, por exemplo, sofreu um corte profundo na produção há três anos, elevando os preços a máximos); e um nacional, que advém do crescimento dos olivais intensivos e superintensivos, com crescimento exponencial da produção mas cujas consequências económicas e ambientais estão a ser contestadas nos últimos anos.
Segundo o INE, a produção nacional deverá ainda recolher 18 mil toneladas de azeitona de mesa, o que significa um crescimento de 35% face à campanha de 2018 e de 3% face à média das campanhas entre 2014 e 2018.
O aumento global de produção, de acordo com a análise do Instituto de Estatística, deve-se essencialmente à região do Alentejo – que em 2018 já perfazia três quartos da produção nacional de azeitona para azeite - cuja produção não sofreu consequência de maior com a precipitação de Dezembro – e “não condicionou a colheita mecânica da azeitona nos olivais intensivos e superintensivos” nem “o estado sanitário dos frutos”, cuja quantidade foi tendencialmente maior do que na campanha anterior. O impacto “da entrada em produção de novos olivais” também veio ajudar ao aumento da produção.
Pelo contrário, em Trás-os-Montes, a outra principal região produtora do país (responsável por 15% da produção na campanha de 2018), o INE explica que “a ocorrência de ventos fortes e ataques intensos da mosca da azeitona provocaram a queda de uma parte considerável dos frutos” o que, antevê, “conduzirá previsivelmente a uma diminuição da produção na região”.(08/02/2020/Fonte : Público)