Já foi notícia !

Fique a seber tudo sobre a comunidade portuguesa de França !

01/19

Nestlé vai contratar 100 em Portugal para começar já em março

Os novos colaboradores vão reforçar as equipas das áreas financeira e de gestão do centro de serviços partilhados Nestlé Business Services Lisbon.

A Nestlé  vai contratar mais cem pessoas em Portugal para reforçar as equipas das áreas financeira e de gestão do seu novo centro de serviços partilhados Nestlé Business Services Lisbon (NBS Lisbon).

Os novos colaboradores vão reforçar as equipas das áreas financeira e de gestão do centro de serviços partilhados Nestlé Business Services Lisbon. Pedem-se candidatos com conhecimentos de alemão, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, inglês, italiano, norueguês e sueco.

O recrutamento será efetuado no decorrer de dois ‘Open Days’ multilingues a realizar em parceria com a empresa de recursos humanos Adecco nas instalações desta no Porto e em Lisboa. Na cidade Invicta, a ação realiza-se a 13 de fevereiro e na capital a 23 do mesmo mês. Além de informação sobre a operação em curso será realizada a primeira entrevista presencial com o candidato.

O NBS Lisbon da Nestlé é um centro de serviços partilhados que, além de Portugal, presta serviços a Espanha, países nórdicos, Itália, França, Reino Unido, Irlanda, Bélgica, Luxemburgo, Suíça, Holanda, Áustria e Alemanha, em atividades transacionais relacionadas com o processamento de encomendas, compras e desenvolvimento de campanhas de media sociais digitais. (31/01/2019/Fonte : Jornal Económico)

Aposta da Inditex na Turquia afeta Portugal

Grupo que detém a Zara está a diminuir encomendas a empresas lusas, mas continua a ser o melhor cliente espanhol das têxteis nacionais.

O grupo espanhol Inditex, que detém as marcas Zara, Bershka, Pull & Bear, Stradivarius, Massimo Dutti, entre outras, está gradualmente a deixar de comprar em Portugal e a passar a produção para países como Marrocos e, sobretudo, Turquia. Este último país tem sido uma grande aposta, tanto na abertura de lojas como na contratação de empresas de confeção, em detrimento de Portugal.

"Houve uma desvalorização em 40% da moeda na Turquia e a Inditex está a deslocalizar as encomendas para aumentar as margens", confirmou ao JN Paulo Vaz, diretor-geral da Associação de Têxtil e Vestuário de Portugal. O setor está ainda a tentar perceber se esta deslocalização "é estrutural ou conjuntural" porque a Turquia é um país "vulnerável nas questões sociais e políticas", explicou.

Ainda assim, a Inditex continua a ser o melhor cliente espanhol das empresas têxteis em Portugal, embora os números conhecidos até novembro do ano passado apontem para uma quebra de 4% nas exportações para o país vizinho, o que significou perdas balizadas entre os 60 e os 70 milhões de euros. Nada que os têxteis portugueses não tenham já vivido no passado, mas que na última década foi minorado pelas convulsões no Norte de África e no Médio Oriente, o que levou muitas empresas internacionais a escolherem Portugal.

Perigo do cliente único
"Nunca podemos aconselhar ninguém a estar dependente de um só cliente", sublinhou Paulo Vaz, frisando que a quebra no mercado espanhol, mas também do Reino Unido, "tem sido compensada com Itália".

Algumas empresas, nomeadamente do Vale do Ave, que dependam exclusivamente ou em grande parte da Inditex, podem vir a passar por dificuldades, mas Paulo Vaz lembra que o tecido económico nacional tem tido a capacidade de "reagir às conjunturas e encontrar alternativas encarando as coisas sem dramas", anunciando ainda que o setor têxtil em Portugal deverá apresentar em 2018 um crescimento de 2%.

O JN ouviu a administração de uma empresa muito ligada à Inditex que confirmou a baixa no número de encomendas. "Estão a fugir para a Turquia porque a moeda desvalorizou e não conseguimos concorrer", assumiu o empresário, sem querer dar a cara. Exemplificou com uma peça de vestuário que feita em Portugal pode custar à Inditex 1,25 euros, mas que baixa para os 80 cêntimos se vier da Turquia.

A redução das encomendas também parece ser uma realidade em Famalicão. "Temos empresas a trabalhar para o grupo Inditex e, de facto, há aqui alguma sensação de quebra de algumas encomendas, mas não temos informação que seja ao ponto de chegar a encerramentos", adiantou Augusto Lima, vereador da Economia da Câmara de Famalicão.

O vereador acrescenta que os anos anteriores foram "muito bons", por isso agora têm de ser feitos ajustes. "Mas julgo que as empresas no passado fizeram adaptações e algumas já não estão tão dependentes do grupo Inditex", afirmou.
SABER MAIS
Fábricas no país
A Inditex tem atualmente 161 fornecedores em Portugal. Eram 171 há três anos. No caso das fábricas em território português a produzir para o grupo espanhol, o site oficial indica 1344 unidades. Segundo o "Jornal de Negócios", há três anos, eram 887 as fábricas a trabalhar para a Inditex.

E na Turquia...
Na Turquia, o grupo Inditex tem 177 fornecedores e um total de 1459 fábricas a trabalhar para as várias marcas espanholas.

Lira desvalorizada
Segundo um artigo publicado em agosto pelo site espanhol "Bolsamanía", a Inditex tem beneficiado muito da desvalorização acentuada da lira turca relativamente ao euro, uma vez que tem parte da produção naquele país. Na vertente comercial, não tem parado de abrir lojas e já vai em 228.

COMÉRCIO
340
lojas do grupo espanhol estão situadas em Portugal, 86 das quais da Zara e 50 da Pull & Bear.

228
lojas da Inditex estão situadas na Turquia, 43 das quais da marca Zara e 34 da Pull & Bear. (12/01/2019/Fonte : Jornal de Notícias)

Voltar