Já foi notícia !

Fique a seber tudo sobre a comunidade portuguesa de França !

04/18

Clima favorável ajuda retoma do vinho português

Em ano de seca, Portugal aumentou produção em 10% e subiu as exportações. É o 9.º exportador mundial mas importa de Espanha

 Portugal recuperou a sua média anual de produção de vinho, com 6,7 milhões de hectolitros em 2017, e aumentou as exportações para os três milhões de hectolitros, a valerem 752 milhões de euros, o que mantém o país como o nono exportador mundial, de acordo com o relatório anual da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) apresentado esta semana. No fundo trata-se de uma recuperação, após um ano mau, a nível de produção e de exportações, com Angola a voltar a comprar vinho português em quantidade, sobretudo vinho não certificado (antes conhecidos como vinhos de mesa), segmento em que os preços baixaram. Para responder a esta procura, Portugal ainda recorre à importação de vinho, sobretudo de Espanha, para depois reexportar. Nos mercados de maior valor, com os vinhos DOC (Denominação de Origem Certificada) e Indicação Geográfica Protegida (IGP) houve subida nos preços.

O presidente da ViniPortugal aponta dois fatores para que tenha havido um aumento de produção em Portugal em contraciclo com o registado a nível global, em que segundo a OIV os 250 milhões de hectolitros de vinho produzidos em 2017 são um dos valores mais baixos de sempre. "No ano anterior tínhamos produzido menos que o habitual em Portugal e agora recuperamos para o que é a nossa média. Por outro lado, o ano foi bom em termos de clima, apesar da seca. Teve dias secos mas noites frescas, sem grandes incidentes climatológicos, como granizos, geadas ou chuvas. Itália, Espanha e França sofreram mais com o clima", disse ao DN Jorge Monteiro.

Desta forma, Portugal atingiu em 2017 os 6,7 milhões de hectolitros produzidos, "recuperando muito bem e entrando de novo na média nacional que tem sido de 6,6 milhões", aponta o responsável da ViniPortugal, a organização interprofissional do vinho de Portugal, que agrupa estruturas associativas e organizações de profissionais ligadas ao comércio, à produção, às cooperativas, aos destiladores, aos agricultores e às denominações de origem. Dos 6,7 milhões produzidos, três milhões foram a exportação, indica o relatório anual da OIV. De acordo com o documento da OIV, Portugal cresceu nas exportações em volume e em valor. "Os resultados estão em linha com o habitual. Estamos em crescimento e, a nível mundial, apesar de haver uma diminuição da produção, o consumo até subiu e está estável", disse ao DN Frederico Falcão, presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).

Os preços do vinho português são contudo díspares. Jorge Monteiro alerta que "há várias formas de ler os preços", e aponta que há segmentos em consolidação, como são os casos dos DOC, como os vinhos verdes, do Douro e do Dão, e os IGP, sendo Setúbal um exemplo, a conseguirem crescimento de 1 e 2%. Isto, com dados já referentes a fevereiro de 2018, os últimos conhecidos. Os vinhos do Porto tiveram uma descida no preço médio mas "é circunstancial".

Os vinhos não certificados é que sofreram redução acentuada de preços. "Baixaram muito e isso tem que ver com o volume exportado para Angola." Após uma quebra brutal em 2016 motivada pela crise, o país africano é um dos principais importadores de vinho português, o nono na tabela geral, mas sobretudo destes vinhos não certificados, com 2017 a registar um aumento de 40%, segundo dados do Instituto do Vinho e da Vinha. O Brasil registou também um forte aumento, de 53%, mas aqui com muito maior valor (mais 60%) do que Angola.

O mercado dos vinhos não certificados origina que a produção em Portugal não consiga satisfazer a procura. "Portugal tem um défice crónico, a produção não é suficiente e importamos vinhos, sobretudo de Espanha, para satisfazer o consumo", diz Jorge Monteiro. Frederico Falcão admite que "importamos para reexportar", mas tal não afeta a reputação dos vinhos nacionais. "Estamos a falar de gama baixa mas em que os produtores sabem o que estão a comprar. Não vai desvirtuar a produção nacional", afirma o presidente do IVV.

Menos área de vinha

A OIV assinala também que Portugal regista uma redução da área vinícola, apesar de a produção aumentar. Jorge Monteiro desvaloriza estes indicadores. "De um modo geral são atualizações administrativas. Há uma tendência de redução de área, a maioria por abandono de terras por pequenos proprietários. E isso reflete-se. É como os cadernos eleitorais, quando se fazem atualizações." De 220 mil hectares, o território nacional regista agora 190 mil de área de produção vinícola.

A nível mundial, Portugal apresenta-se mesmo como "o país que por hectare menos vinho produz", o que é justificado por ter muita vinha de montanha, no Douro, e não existir prática de rega na vinha. Regiões como o Douro e o Alentejo são secas, com solos relativamente pobres, com clima quente, e isso reflete-se na quantidade de vinho por hectare. Mas, alerta Jorge Monteiro, a solução em Portugal não é a rega, indicada para produzir em volume como faz Espanha.

Em relação à redução da produção mundial de vinho, o presidente da ViniPortugal recorda que existiu uma reforma em 2006 a nível mundial que visou acabar com os excedentes crónicos. "Produz-se menos vinho em geral e Portugal acompanha essa tendência. Hoje a nível mundial há um maior equilíbrio entre oferta e procura."

A estratégia para o futuro é seguir o rumo já definido. "É ter paciência e manter a estratégia de procurar sempre padrões de qualidade elevados, com vinhos diferentes baseados nas castas autóctones", diz Jorge Monteiro, reconhecendo que no mercado dos vinhos licorosos é difícil crescer: "É uma tendência a nível mundial. Bebe-se menos mas de melhor qualidade."

Frederico Falcão alinha no mesmo cenário. "Crescemos no mercado interno e externo. Objetivo é manter este rumo e conseguir subir o preço médio", conclui o presidente do Instituto da Vinha e do Vinho.(29/04/2018/Fonte : Diário de Notícias)

Viseu troca funicular por autocarro sem condutor

Viriato é o autocarro autónomo que vai começar a circular em Viseu a partir do início de 2019. O sistema de condução será controlado por computador.

O sobe e desce pelas ruas de Viseu vai começar a mudar nos próximos meses. O funicular que liga o recinto da feira de S. Mateus à Sé será substituído por dois autocarros autónomos. O Viriato vai começar a circular no início de 2019 e foi apresentado esta quarta-feira na Smart Cities Summit, que decorre na FIL, em Lisboa.

Com capacidade para 24 passageiros, cada autocarro autónomo vai contar com um sistema de condução elétrico totalmente controlado por um computador e que vai ter de lidar com o trânsito automóvel e de pedestres.

O Viriato será um veículo bidirecional, ou seja, pode circular em ambas as direções sem ter de fazer inversão de marcha. Os dois autocarros vão funcionar em simultâneo: um sobe e outro desce pelas ruas de Viseu.

A nível técnico, o Viriato vai contar com sistemas de segurança na parte da frente e na parte de trás.

Viseu troca funicular por autocarro sem condutor Na parte da frente, cada Viriato vai contar com um laser para detetar possíveis obstáculos. Conforme a proximidade do objeto, o autocarro pode reduzir a velocidade ou mesmo parar. Há ainda um sistema de emergência [Bumpers] que pára imediatamente o Viriato se houver risco de colisão.

Na parte de trás, há um sistema de ultrassons, que medirá a distância dos obstáculos e que serão particularmente úteis nas estações de entrada e saída de passageiros.

Funicular de Viseu está em funcionamento desde 2009. A adaptação do autocarro às ruas de Viseu será feita com identificadores por radiofrequência, que vão indicar as zonas em que o Viriato poderá andar mais depressa ou mais devagar.

No interior do autocarro, os passageiros poderão saber várias informações sobre a viagem, como a posição do veículo e a estimativa de tempo de chegada ao destino.

Será ainda instalado um centro de controlo, com câmaras de videovigilância, que vão acompanhar as viagens do Viriato pelas ruas de Viseu.

Desenvolvimento em Coimbra

O Viriato vai começar a circular nas ruas de Viseu graças a uma parceria entre a Siemens e a Tula, empresa de Coimbra que detém a tecnologia e os direitos de comercialização do Move, o meio de transporte inovador de circulação de pessoas baseado num veículo elétrico sem condutor e controlado pelo computador.

As viagens de Viriato serão gratuitas, como acontece com o funicular. A manutenção deste serviço deverá custar 13 mil euros por mês à Câmara Municipal de Viseu, segundo a informação enviada às redações.(11/04/2018/Fonte : Dinheiro Vivo)

Auchan investe 90 milhões em Portugal e muda nome ao Jumbo

A Auchan Retail Portugal vai investir 90 milhões de euros no mercado português, valor que inclui a mudança da marca Jumbo para a Auchan.

"Já não tínhamos este valor de investimento há muitos anos", afirmou o diretor-geral, Pedro Cid, numa conferência de imprensa em Lisboa, onde anunciou que a marca Jumbo em Portugal vai dar lugar à marca Auchan.

O responsável salientou o valor do investimento para os próximos dois anos, quando comparado com os cerca de 60 milhões de euros investidos em 2017.

Deste total, Pedro Cid disse que entre "40 a 50 milhões de euros" são para "a mudança de marca e 'rebranding'", e os restantes 40 milhões de euros "para novas aberturas".(05/04/2018/Fonte : Jornal de Notícias)