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Portugal vende mais remédios. EUA são o principal comprador

Em 2014, país exportou 775 milhões de euros, subida de 74,5% comparando com 2010. Alemanha e Angola estão no top 5.

A venda de medicamentos rendeu a Portugal 775 milhões de euros no ano passado. Um aumento de 74,5% quando comparado com 2010. A tendência mantém-se: nos primeiros nove meses deste ano, as farmacêuticas exportaram remédios no valor de 590 milhões de euros, mais 3% do que no período homologo de 2014. Os Estados Unidos passaram a ocupar o primeiro lugar na lista de compradores no ano passado, onde Alemanha, Reino Unido e Angola fazem parte do top 5. Em 2014 Portugal importou remédios no valor de 1,6 mil milhões de euros.

Entre os principais produtos que indústria nacional exporta estão antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos, cardiovasculares, medicamentos para o sistema nervoso central e digestivo, epilepsia. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) enviados ao DN, desde 2010 que Portugal está a crescer nestas exportações de forma sustentada. Por exemplo, de 2013 para o ano passado os ganhos subiram 20%.

A lista dos cinco principais compradores tem-se mantido estável: Alemanha no lugar cimeiro, seguida de Reino Unido, Angola, França e Bélgica. Em 2014, os Estados Unidos passaram para o primeiro lugar do top 5 (perto de 162 milhões de euros), lugar que, para já, mantêm neste ano com 127 milhões. A venda de remédios representou 1,6% do total das exportações em 2014 (em 2010 foi 1,2%). Até setembro deste ano representava 1,5%.

A farmacêutica Bial é uma das empresas portuguesas que estão a conquistar o mercado americano, com um medicamento inovador para a epilepsia, que recebeu autorização da agência americana do medicamento (FDA) no final de 2013 como tratamento adjuvante (conjugado com outro). "Os Estados Unidos são o maior mercado a nível mundial e onde todas as empresas querem estar", disse ao DN António Portela, CEO da Bial. A estratégia passou por desenvolver medicamentos inovadores para conquistar os mercados americano, europeu, japonês. Há cinco anos as vendas para o exterior representavam cerca de 30% da faturação. "Atualmente, o exterior deverá representar 60% da faturação. É uma forma de a companhia crescer", explica.

Garantia de qualidade
Sobre o que torna Portugal atrativo, Joaquim Cunha, diretor executivo da associação Health Cluster Portugal, aponta para vários fatores. "Uma fatia importante será de genéricos. Outros são produtos fabricados cá para outras empresas e há os inovadores, que é uma componente que está a crescer e que pode ter alguma importância. Estou convencido de que uma das questões mais importantes é o binómio preço-qualidade. Compram-nos porque têm a certeza da qualidade e o preço será competitivo. Um ponto forte da nossa indústria é a competitividade. Conseguimos produzir menores quantidades e dar resposta mais imediata aos pedidos", refere . "É importante gerar atratividade para termos investimento. Gera o reconhecimento que fazemos parte da primeira liga. Olhamos para a saúde como fonte de despesa, mas é uma fonte de riqueza, um motor da economia e do emprego qualificado", frisa.

Já neste ano o remédio inovador para epilepsia da Bial recebeu autorização da FDA como monoterapia, o que aumenta o potencial de vendas de 35% para 65%. "Todas as empresas portuguesas têm feito um esforço para entrar nos mercados externos. Sem isso não será possível sobreviverem. Este é um trabalho individual de cada empresa, mas temos tido o apoio de organismos como o Health Cluster Portugal, a AICEP e o Infarmed. Têm tido um papel muito importante na credibilização do que fazemos. Portugal ainda tem poucos pergaminhos na área do medicamento", diz.

Paulo Lilaia, presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos, refere que o mercado nacional representa cerca de 1,5% do mercado mundial. "É normal que as empresas se esforcem pela internacionalização. É um trabalho difícil, gradual e continuo. A crise e a redução de preços em Portugal reforçaram a necessidade de apostar no exterior", aponta. "A Europa é o nosso mercado nacional. Depois vem o mercado de língua oficial portuguesa, como Angola, Cabo Verde ou Moçambique. A indústria portuguesa está a ser reconhecida pela positiva. O país está mais moderno e tecnológico. Temos menos farmacêuticas portuguesas, mas mais capazes de competir internacionalmente", salienta.(24/11/2015/Fonte : Diário de Notícias)

Portugueses são dos que mais horas trabalham por ano e menos ganham

Segundo dados da OIT, em Portugal o salário médio é de 1.094 euros. Os portugueses trabalham 1.852 horas por ano.
A conclusão já não surpreende: Portugal é dos países da zona euro com o salário médio mais baixo, ocupando o 12º lugar entre quinze países analisados. Porém, é onde mais horas por ano são dedicadas ao trabalho. Esta é uma das conclusões que se pode retirar do relatório KILM da Organização Mundial do Trabalho (OIT) que reúne 17 indicadores sobre o mercado laboral em cerca de 200 países.

De acordo com o documento disponibilizado ontem, o salário médio em Portugal era de 1.094,7 euros em 2012, o último ano para o qual existem dados disponíveis. Comparando com os países da zona euro referidos no relatório, verifica-se que o valor é superior apenas ao da Eslováquia (888 euros), Estónia (887) e Letónia (685).

Por outro lado, o país da zona euro com o salário médio mais elevado é o Luxemburgo, com 4.171 euros, seguido da Finlândia, com 3.206 euros e da Bélgica, com 2.955 euros. Em quarto lugar está França (2.738 euros) e só em quinto surge a Alemanha (2.538 euros). Por sua vez, Espanha encontra-se dois lugares acima de Portugal, em décimo lugar, com um salário médio mensal de 1.883 euros.

Apesar dos salários pagos em Portugal serem dos mais baixos entre os países da zona euro, o relatório da OIT mostra que os portugueses são dos que mais horas dedicam ao trabalho anualmente. De acordo com o documento, em Portugal o número anual de horas trabalhadas por pessoa foi, em 2013, de 1.852, enquanto na Alemanha, por exemplo, se fixou em 1.363 horas. Um dos países da zona euro mais próximos a Portugal no que respeita a este indicador é a Estónia, que também acompanha no valor relativo aos salários. Já no Luxemburgo, que lidera a tabela dos salários da zona euro, trabalha-se menos 203 horas por ano do que em Portugal.

O relatório KILM analisa ainda a produtividade em mais de uma centena de países. Aqui, olhando para a zona euro, Portugal está a meio da tabela, com 111,9 pontos referentes a 2013. Para o mesmo ano, verifica-se que os países da zona euro com maior produção por trabalhador são a Letónia (165,9 pontos), a Eslováquia e Estónia (150). Por outro lado, entre os países com produtividade mais baixa quando comparado com o caso português estão Bélgica, Chipre, Alemanha ou França, entre outros.

Numa análise mais global, o relatório da OIT refere que as economias de rendimentos médios (Brasil, Índia, China, por exemplo) registaram o mais rápido crescimento da produtividade dos últimos quinze anos e também o maior crescimento económico após a crise. Já nos países de economias de elevados rendimentos, onde se incluem os países da zona euro, o aumento da produtividade foi mais lento, de 1,2% por ano, em média.

Em 2015, a grande maioria (72%) dos trabalhadores mundiais situam-se em países de economia de rendimentos médios, enquanto 20% estão empregados nas economias de elevados rendimentos, diz a OIT. Apenas 8% dos trabalhadores se encontram a trabalhar em economias de baixos rendimentos. (17/11/2015/Fonte : Diário Económico)

PIB sobe 1,4% apesar de desaceleração do investimento

O Produto Interno Bruto (PIB) português aumentou 1,4% em volume no terceiro trimestre de 2015 face ao período homólogo do ano anterior. O crescimento foi de 1,6% face ao trimestre anterior, anunciou o Instituto Nacional de Estatística, nas suas estimativas rápidas.

A procura interna diminuiu refletindo a desaceleração do investimento e, embora em menor grau, também do consumo privado.

Também a procura externa líquida registou uma quebra face à variação homóloga do PIB, embora de uma magnitude inferior à observada no trimestre anterior

A atual estimativa rápida em implícito um ganho de termos de troca superior ao verificado no trimestre anterior, com o deflator das importações a registar uma redução significativa, em resultado nomeadamente da diminuição dos preços dos bens energéticos.

Comparativamente com o 2º trimestre, o PIB registou uma taxa de variação nula em termos reais (0,5% no 2º trimestre). O contributo da procura interna foi negativo devido principalmente à redução do Investimento, enquanto a procura externa líquida contribuiu positivamente, tendo as Importações de Bens e Serviços diminuído de forma mais intensa que as Exportações de Bens e Serviços.(15/11/2015/Fonte : OJE)

BBVA Portugal fecha 26 agências e corta 187 postos de trabalho

A última etapa do processo de reestruturação do BBVA Portugal vai implicar o encerramento de 26 agências e a redução do quadro de pessoal em 187 colaboradores, tal como foi hoje comunicado internamente, confirmou à Lusa fonte oficial do banco.

Contactada após a informação ter sido passada aos representantes dos trabalhadores numa reunião que decorreu esta manhã, fonte oficial do banco liderado por Luís Castro e Almeida garantiu que o BBVA Portugal “vai manter sempre a sua presença no país, porque se trata de um mercado de grande inter-relação com Espanha, a principal geografia do Grupo”.

Com estas novas medidas, o BBVA Portugal fecha o processo de reestruturação iniciado há um ano, que é visto pelo grupo espanhol como essencial para garantir a sustentabilidade da operação no mercado português.

O ajuste da estrutura é feito com “o objetivo de permitir ao BBVA Portugal continuar a sua estratégia de crescimento de negócio com os seus clientes, garantindo um modelo de relação mais focado no serviço e alicerçado na tecnologia e proximidade através do serviço BBVA Consigo”, sublinhou à Lusa fonte oficial.

E acrescentou: “A estratégia de crescimento em Portugal consiste em reduzir os custos do modelo, ganhando, ao mesmo tempo, competitividade comercial e melhorando a qualidade do serviço”.

Atualmente, o BBVA Portugal conta com 583 colaboradores e 38 agências, tendo registado um prejuízo de 62 milhões de euros no exercício de 2014.

O banco está presente no mercado português desde 1991, sendo a 11.ª instituição em termos de quota de mercado, e conta hoje em dia com 85 mil clientes.(12/11/2015/Fonte : Dinheiro Vivo)

Produção industrial em Portugal cresce mais do dobro da média do euro

Em Portugal, a produção industrial cresceu 4% em Setembro face ao mesmo mês do ano anterior, enquanto a média da Zona Euro não superou os 1,7%. Contudo, em termo mensais, a produção das fábricas nacionais caiu 1,4%.

A produção das fábricas portuguesas cresceu 4% em Setembro, face ao mesmo mês do ano passado, revela o Eurostat esta quinta-feira, 12 de Novembro. Esta subida é mais do dobro da média da Zona Euro (1,7%) e da União Europeia (1,8%).

Segundo os dados do gabinete estatístico da União Europeia, o crescimento de 1,7% da produção industrial na região da moeda única deve-se, essencialmente, à produção de bens de consumo duradouro e bens de capital, que subiu 2,6% e 2,2%, respectivamente. Na União Europeia, o crescimento do índice geral explica-se, sobretudo, pelo aumento da produção de bens de capital (2,7%).

Entre os estados-membro, as maiores descidas da produção industrial, em termos homólogos, foram observadas na Holanda (-5,6%), Estónia (-4,1%) e Lituânia (-0,6%) enquanto as maiores subidas tiveram lugar na Irlanda (14,6%), Hungria (7,9%), Eslováquia (7,2%) e Suécia (7,1%). Portugal registou o sexto melhor desempenho entre os vários países da União Europeia.

Contudo, em termos mensais, a produção industrial portuguesa desceu 1,4%, em Setembro, igualando o desempenho do mês anterior.

Esta descida foi superior à média da Zona Euro e da União Europeia. Na UE, a produção das indústrias desceu 0,1% em Setembro, face ao mês anterior, enquanto na Zona Euro a quebra foi de 0,3%. Uma descida superior às estimativas, que apontavam para um decréscimo de apenas 0,1%.

As maiores descidas mensais tiveram lugar na Irlanda (-2,4%), Lituânia (-2,3%) e Grécia (-1,9%), enquanto as maiores subidas aconteceram na Croácia (5,9%), Hungria (2,9%), República Checa (2,6%) e Eslováquia (2,2%). (12/11/2015/Fonte : Jornal de Negócios)

EDP Renováveis vai construir central de energia solar no Alentejo

Companhia que opera no ramo das energias renováveis comprou empresa que detém licença de construção e exploração de central de produção de energia solar.

A EDP Renováveis adquiriu a Stirlingpower, uma empresa que detém uma licença para construir e explorar, já a partir de 2016, uma central de produção de energia solar em Évora.

O negócio vai ser avaliado pela Autoridade da Concorrência (AdC), depois de na semana passada ter sido dado a conhecer ao regulador, pode ler-se no comunicado publicado nesta sexta-feira na página da entidade.

A operação de concentração consiste no controlo exclusivo da Stirlingpower através da aquisição da totalidade do seu capital social por valores que não foram tornados públicos.

A empresa do grupo EDP, que desenvolve actividades na área da produção de energia eléctrica, adquire assim uma sociedade cujo principal activo é uma licença para a construção e exploração da central solar fotovoltaica de Alcamises, no distrito de Évora.

Segundo a informação publicada pela AdC, a central de produção de energia solar tem uma capacidade de 2,5 megawatts e o início da sua exploração está previsto para 2016. (02/11/2015/Fonte : Público)

Fábrica das bolachas Triunfo encerra e deixa 97 sem emprego.

Produção da unidade de Mem Martins, Sintra, da Mondelez, a única da multinacional em Portugal, vai ser deslocalizada para a República Checa. Fábrica da Triunfo em Coimbra encerrou em 2011. Agora foi a vez da produção de Mem Martins.

A fábrica de Mem Martins da Mondeléz Internacional, multinacional que detém as bolachas Oreo ou os chocolates Cadbury e que em Portugal é dona da Triunfo, vai fechar as portas no terceiro trimestre de 2016. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pela empresa aos seus 97 trabalhadores. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústria da Alimentação, Tabaco e Bebidas (Sintab), a notícia foi recebida com surpresa e justificada com a pouca utilização da capacidade de produção, que será agora deslocalizada para a República Checa.

“Esta empresa trabalha sábados e domingos e produz em grande bolachas de água e sal da marca Ritz, não tem dívidas. Mas finalizaram agora uma fábrica na República Checa com grande capacidade de produção…”, lamenta Fernando Rodrigues, dirigente do Sintab, que vai pedir reuniões de emergência com os grupos parlamentares. Além da Ritz, a unidade produzia bolachas das marcas belVita, Fruit & Fit, LU, Chipmix, Vitasnella, Triunfo, Proalimentar e Fontaneda. É a única fábrica da Mondelez em Portugal.

Em comunicado, a multinacional confirma o encerramento mas recorda que a empresa emprega no país outros 120 trabalhadores. A decisão, justificou, “prende-se com o facto de a fábrica utilizar apenas 35% da sua capacidade de produção, um cenário que se verifica já desde 2012”.

“Ao longo dos últimos três anos, com o objectivo de impulsionar a produção na fábrica de Mem Martins, a Mondeléz investiu mais de quatro milhões de euros na aquisição de equipamento tecnológico e transferiu volumes de produção de outras marcas para Portugal. Contudo, não foi possível atingir os níveis de eficiência adequados, face a uma concorrência cada vez maior no sector alimentar. Desta forma, a maioria da produção da fábrica portuguesa vai ser transferida para a fábrica de Opava na República Checa”, continua.

A Mondeléz nasceu da cisão do gigante Kraft Foods e ficou com o negócio de bolachas, snacks e guloseimas, onde se inclui a história Triunfo. Esta marca portuguesa com mais de 100 anos foi fundada por um grupo de empresários de Coimbra em 1913, esteve nas mãos da holding pública IPE e foi comprada nos anos 1990 pelo grupo de Jorge de Mello. A Nutrinveste, holding do sector agro-industrial do grupo (dono do azeite Oliveira da Serra), encerrou a emblemática fábrica de Coimbra em 2011 – ainda hoje abandonada - e concentrou a produção em Mem Martins. Contudo, em 2004, vendeu a unidade e a marca de bolachas à United Biscuits (UB), de origem britânica. Foi o início de uma era de gestão e capital estrangeiros.

Dois anos depois, a gigante Kraft Foods compra a marca portuguesa no âmbito da aquisição do negócio Ibérico da UB. E, em 2011, a multinacional decidiu separar os seus negócios de bolachas, snacks e guloseimas da área de alimentação e bebidas. A Mondelez International passou, assim, a ser dona da portuguesa Triunfo.(02/11/2015/Fonte : Público)