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09/15

Australianos compram parques eólicos em Portugal

Terceiro maior produtor de energia eólica no país vendeu todos os activos de renováveis à First State Wind Energy Investments.

O terceiro maior produtor de energia eólica em Portugal vendeu por 900 milhões de euros à First State Wind Energy Investments todos os activos de energias renováveis no mercado português, concentrados na Finerge.

Além dos parques eólicos que detém nas regiões do centro e norte de Portugal, através da sua filial Finerge, que detém a 100%, o grupo de energias renováveis detém também 40% do consórcio Eneop - Eólicas de Portugal e 33% dos Empreendimentos Eólicos do Vale do Minho.

A Finerge detém também uma participação de 35,96% no consórcio Eneop, e que está atualmente em processo de divisão jurídica de ativos pelos acionistas (a Enel Green Power tem uma posição de 40%, tal como a EDP Renováveis, e a Generg tem os restantes 20%).

Tal como a empresa anunciou há algumas semanas, a venda da empresa portuguesa de energias renováveis Finerge e a retirada do grupo do setor das energias renováveis português faz parte da estratégia do grupo italiano para os próximos quatro anos.

A Enel Green Power opera na Península Ibérica com uma potência total instalada de 1.868 MW e mais de 140 instalações em Espanha e Portugal, tendo resultado da integração das atividades de energias renováveis da elétrica italiana Enel e da espanhola Endesa na região, lê-se no site da companhia.

A Endesa lucrou 435 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, um resultado 4% acima do período homólogo do ano anterior, quando tinha negócios não só em Espanha e Portugal, mas também na América Latina.

O banco Santander Totta foi o assessor financeiro da First State Investments na compra da Finerge bem como da estruturação do financiamento da operação, anunciou o banco em comunicado. Além disso, o Santander Totta liderou o sindicato de bancos financiadores da operação.(30/09/2015/Fonte : Diário Económico)

Preços das casas crescem ao ritmo mais alto desde 2009

Os preços da habitação subiram 3,7% entre o primeiro e o segundo trimestre, revela o INE.

É nas casas novas que o preço mais sobe.
"Entre o primeiro e o segundo trimestre de 2015, o Índice de Preços da Habitação (IPHab) cresceu 3,7%, taxa superior em 2,1 pontos percentuais à observada no mesmo período de 2014", revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O instituto estatístico avança que "este valor foi o mais elevado da série, interrompendo um período de três trimestres consecutivos com taxas de variação de sinal negativo ou nulo (-0,4%, -0,3% e 0%, para o terceiro e quarto trimestres de 2014 e primeiro trimestre de 2015, respectivamente)".

A série do INE sobre este indicador teve início no primeiro trimestre de 2009 e, por isso, grande parte das taxas de variação registadas reflectem o período de crise económica, vivido na sequência da crise financeira de 2008, ano em que o banco de investimento Lehman Brothers faliu. O ano de 2009 foi, aliás, o primeiro de recessão na economia portuguesa. Até agora, a subida mais alta tinha acontecido no quarto trimestre de 2013.

Esta taxa de variação em cadeia referente ao segundo trimestre é tanto mais relevante quanto a frequência de subidas no total de registos da série. Em 25 trimestres, apenas 13 observaram evoluções positivas.

O INE revela ainda que é nas casas novas que o crescimento dos preços foi maior. "Ambos os segmentos registaram acréscimos de preços, tendo os alojamentos novos, com uma variação de 5,3% (0,2% no primeiro trimestre de 2015), registado uma subida mais expressiva que os existentes", diz o instituto estatístico.

A evolução da taxa de variação homóloga sustenta também a tendência de crescimento dos preços. "Entre Abril e Junho de 2015, o IPHab apresentou uma variação de 2,9% (0,8% no trimestre anterior) face ao período homólogo, interrompendo, desta forma, a tendência para a redução do ritmo de crescimento dos preços verificada desde o terceiro trimestre de 2014", revela o INE.

Os últimos dados sobre as obras licenciadas indicam que o sector da construção vai continuar a viver uma tendência de quebra, mas o mau momento não vai ser sentido da mesma forma por todos.

As obras de reabilitação vão manter um comportamento de queda, mas a construção nova começa a dar alguns sinais de melhoria. O número de edifícios licenciados recuou 8,3% no segundo trimestre do ano, quando comparado com o mesmo período de 2014.

No entanto, as obras de construção e de reabilitação não vão ter comportamentos semelhantes.

O licenciamento de obras para construção de nova aumentou 2,3% no segundo trimestre em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Só para habitação familiar houve um acréscimo de 14,3% nas obras licenciadas, o que permite antever uma recuperação na construção futura para este fim.(25/09/2015/Fonte : Diário Económico)

Portugueses criam 108 empresas por dia

Em Portugal foram constituídas 26.358 empresas entre janeiro e agosto de 2015. Em média, foram criadas 108 novas empresas por dia. A constituição de empresas em 2015 cresceu 10,5% face ao período homólogo do ano anterior, divulgou a Ignios.

No que diz respeito às insolvências, depois de um primeiro semestre com descidas face a 2014, os dados do acumulado de agosto confirma a inflexão para o crescimento já registado em julho, avança a mesma empresa no relatório “Observatório de Insolvências, Novas Constituições e Créditos Vencidos”. Foram declaradas insolventes 4.955 empresas entre janeiro e agosto de 2015, mais 2,7% do que no período homólogo.

O ritmo de constituição de empresas está mas acelerado do que em igual período dos dois anos anteriores. A constituição de empresas entre janeiro e agosto de 2015, representa um crescimento de 10,5% face ao período homólogo do ano anterior. Em 2014 foram criadas 99 empresas por dia (23.859 no total). Em 2013, foram criadas 100 empresas por dia (24.407 no acumulado) nos primeiros oito meses do ano.

Entre janeiro e agosto de 2015, o mês de janeiro (com 4.534 empresas criadas) foi o mais dinâmico e o de agosto o menos (2.326 empresas), com a maior parte dos restantes meses a registar mais de 3.000 empresas constituídas.

António Monteiro, CEO da Ignios, assinala que “os indicadores económicos positivos, com o PIB a crescer há sete trimestres consecutivos, deixam antever que a confiança dos empresários continue a solidificar-se, pelo que a constituição de empresas deverá terminar o ano acima dos dois anos anteriores”.

O sucesso do atividade turística, que tem vindo a evoluir positivamente, continuou a refletir-se na constituição de empresas, como é visível no forte aumento registado na criação de empresas nas áreas de Alojamento e de Restauração, esta última com um crescimento homólogo de 16,3%. O aumento dos negócios também influenciou o crescimento das constituições no Comércio de Veículos (+20,1%). O Comércio a Retalho ainda lidera com 3.182 constituições (+5,9%), mas a Agricultura, Caça e Pesca teve precisamente o mesmo aumento absoluto (177 empresas) para 1.380 empresas (+14,7%). Pelo contrário, o Comércio por Grosso continuou a diminuir, com 2.020 constituições (-2,3%).

A criação de empresas é liderada pelos distritos de Lisboa (peso de 28%), Porto (18,8%), Braga (8,2%), Setúbal (6,0%) e Aveiro (5,9%).

Nas insolvências, o percurso no acumulado do ano (janeiro a agosto) é agora menos animador, com os dois últimos meses a apresentarem um crescimento acumulado de empresas insolventes.

Ao longo dos primeiros seis meses de 2015, apesar de uma desaceleração progressiva no ritmo, a evolução das insolvências tinha sido sempre favorável, com um pico máximo de -14,7% em janeiro e mínimo de -1,0% em junho. De acordo com os dados da Ignios, no final de agosto registavam-se 4.955 empresas insolventes em Portugal, evidenciando um aumento de 2,7% face às 4.823 empresas que em 2014 estavam nas mesmas condições.

Este aumento deve-se ao crescimento de 12,7% nos processos de declaração final de insolvência (já concluídos), que concentravam no final e agosto 2.001 insolvências. Isto porque, nos processos em curso – quer nas insolvências requeridas pelos credores quer nas apresentadas pela própria empresa -, a nota foi de descida, respetivamente de -1,2% e de -2,6%.

Numa análise geográfica, o aumento mais significativo de insolvências foi em Braga, que passou de 504 para 623 empresas, (+19,1%). Lisboa aumentou para 1.169 empresas (+6,9%), Coimbra aumentou para 184 (+16,8%), Setúbal aumentou para 328 insolvências (+7%) e Aveiro para 377 empresas (+5,3%). Tiveram uma diminuição com expressão, o Porto para 980 empresas (-11,5%) e Faro para 135 ( -25,9%).

Em termos de áreas de atividade, uma vez mais, os serviços mais diretamente dependentes da procura interna e de consequentes importações, concentram a maioria das insolvências. Não obstante, alguns destes setores reduziram o número de insolvências, com destaque para o Comércio por grosso e a retalho e Construção. Já os Transportes (+13,1%), Alojamento e Restauração (+8,6%), Comércio de veículos (+11,8%) e Outros Serviços (+4,6%), registara aumento das insolvências face ao mesmo período do ano passado.

Esta semana foi também divulgado o Barómetro Informa D&B, no qual é referido que nasceram 2,5 empresas por cada uma que encerrou. De acordo com este estudo, os nascimentos de empresas e outras organizações aumentaram 9%, entre janeiro e agosto de 2015, enquanto as insolvências desceram 6%.
(24/09/2015/Fonte : OJE)

Mais de 100 mil portugueses deixaram o país entre 2012 e 2013

Número divulgado pela OCDE revela que a emigração anual tanto em 2012 como 2013 foi mais do dobro da verificada em 2010.

Mais de 100 mil emigrantes de longa duração deixaram Portugal entre 2012 e 2013, de acordo com o relatório "Perspetivas das Migrações Internacionais - 2015", divulgado hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

"A emigração de cidadãos portugueses aumentou com a recessão, nomeadamente depois de 2010. O número de emigrantes a longo prazo foi estimado em 52.000 em 2012 e 53.800 em 2013, contra 23.700 em 2010", referiu o estudo publicado hoje em Paris.

O documento referiu ainda que "o número total de emigrantes (de curta e longa duração) situou-se em 128.100 em 2013, dos quais 96% portugueses e somente quatro por cento de estrangeiros - proporções idênticas ao ano anterior".

Ou seja, 122.980 portugueses deixaram o país e 5.120 estrangeiros saíram de Portugal naquele ano.

Os países da Europa ocidental, indicou o relatório, continuam com o primeiro destino (mais de 60% de saídas em 2013) dos emigrantes portugueses, mas certos países não europeus, como o Brasil e sobretudo Angola, tornaram-se destinos importantes.

"Embora a sua quota esteja a crescer, as mulheres representam apenas um terço de todos os emigrantes", segundo o documento, indicando ainda que "os emigrantes qualificados são cada vez mais numerosos, especialmente aqueles que emigram para o Reino Unido ou para a Noruega".

No total, um saldo migratório negativo de 36.200 pessoas foi registado em Portugal, no ano de 2013, segundo a OCDE.

O Governo português confirmou que, desde 2010, a emigração tem aumentado "muito rapidamente", adiantando que em 2012 deverão ter saído de Portugal "mais de 95 mil" pessoas, segundo o Relatório da Emigração 2014, divulgado pelo Observatório da Emigração.

De acordo com este documento, a tendência de emigração está a ter maior impacto nas zonas urbanas, especialmente na Grande Lisboa e, além dos "destinos tradicionais", os portugueses estão agora a optar por novos lugares, situados "nos mais variados pontos do mundo".

O Governo refere "três conjuntos de países de emigração". Brasil, Canadá, Estados Unidos e Venezuela acolhem emigrantes em "grande volume", mas trata-se de populações "envelhecidas e em declínio", pois atualmente registam uma "redução substancial" na chegada de novos portugueses, segundo o relatório do Observatório da Emigração.

Países como Alemanha, França e Luxemburgo, "com grandes populações portuguesas emigradas envelhecidas, mas em crescimento", têm registado "uma retoma" desta emigração.

Por último, surge "um conjunto de novos países de emigração", que atrai populações jovens, como é o caso do Reino Unido, "hoje o principal destino" dos portugueses (50 por cento) e também "o mais importante polo de atração" dos mais qualificados.

De acordo com o Relatório da Emigração 2014, haverá mais de 2,3 milhões de emigrantes portugueses, número que mais do que duplica se se acrescentar os seus descendentes.
(22/09/2015/Fonte : Diário Económico)

Portugal sobe duas posições em ranking de inovação

Índice de inovação global coloca Portugal na 30.ª posição. Portugal chegou a estar na na 39ª posição.

Investigação científica Inovação Negócios Demografia questões sociais Entre 141 países, Portugal ocupa a 30ª posição num ranking de inovação das economias mundiais elaborado anualmente pela Universidade de Cornell, pela escola de gestão Insead e pela agência das Nações Unidas, WIPO (World Intellectual Property Organization)

Esta classificação no índice de inovação global (cuja sigla inglesa é GII, de Global Innovation Index) divulgado nesta sexta-feira representa uma subida de duas posições em relação ao ano de 2014, obtendo uma pontuação de 46.6 numa escala de 0 a 100.

Apesar da melhoria na classificação, Portugal está entre os poucos países do grupo considerado com “rendimentos elevados” que continua a investir menos em investigação e desenvolvimento do que o verificado no período antes da crise. Finlândia, Singapura e África do Sul são outros dos exemplos nomeados.

Os 79 indicadores medidos por este índice estão distribuídos por sete segmentos, sendo eles instituições, capital humano e investigação, infra-estruturas, sofisticação do mercado, sofisticação de negócio, produção de conhecimento e tecnologia e produção criativa.

Destes segmentos, Portugal regista a melhor classificação em capital humano e investigação, instituições e produção criativa, ocupando a 25ª posição nos três. Pelo contrário, é na sofisticação de negócio que o país alcança piores resultados, estando em 65ª lugar.

As melhores classificações obtidas por Portugal estão nas categorias de rácio aluno-professor, crédito doméstico ao sector privado em percentagem do PIB (isto apesar dos elevados níveis de endividamento de particulares e sociedades não financeiras), facilidades nas insolvências, facilidades em iniciar um negócio, e investimento em software – todas entre o 7º e o 10º. Outros indicadores bem classificados são ambiente para fazer negócios, publicações científicas e sustentabilidade ecológica.

No sentido inverso, Portugal regista o pior desempenho em indicadores como formação bruta de capital fixo em percentagem do PIB (120ª posição), facilidade na obtenção do crédito (80ª), investimento (78ª), joint ventures e parcerias público-privadas (83ª) e paridade de poder de compra (89ª). O índice também regista como negativa a percentagem de empresas que dão formação aos trabalhadores.

A lista começou a ser publicada em 2007, ano em que Portugal se fixou na 39ª posição. Em 2011, a classificação portuguesa neste índice ficou pelo 33º posto, caindo no ano a seguir para 35ª. Com o 34º lugar registado em 2013, o país inverteu a tendência de descida.

A elaboração deste índice visa, segundo os autores, “fazer uma análise multifacetada da inovação para fornecer as ferramentas que podem ajudar na adaptação de políticas para promover o crescimento a longo prazo, a melhoria da produtividade e o crescimento do emprego”.

Apesar de a tabela ser liderada por Suíça, Reino Unido e Suécia, países como a China, Malásia, Vietnam, Índia, Quénia ou Uganda demonstram, segundo a análise dos autores, um ritmo de evolução dos indicadores superiores à média dos restantes países.

Outra das conclusões do documento é que a diferença tecnológica entre países desenvolvidos e em desenvolvimento está diminuir. Esta observação fica a dever-se em parte a uma melhor performance destes países no que toca à produção e aplicação de inovação. Os últimos lugares do índice de inovação global são ocupados pela Guiné, Togo e Sudão.(21/09/2015/Fonte : Público)

Portugal entre os mais velhos em 2050

Portugal junta-se ao Japão, Coreia do Sul, Grécia, Itália e Espanha no grupo de países que, em 2050, terá uma das economias mais envelhecidas do mundo, onde mais de 40% da população terá mais de 60 anos, de acordo um estudo recente. Isto representa um fardo nas gerações vindouras que estarão, por essa altura, a pagar o sistema de Segurança Social numa economia estrangulada por um crescimento anémico e uma dívida galopante.

A HelpAge International, uma organização não-governamental sedeada em Nova Iorque, compilou o ranking de 2015 onde os mais velhos têm melhor qualidade vida. Os ratings são baseados em fatores como reformas, infraestruturas de saúde e acesso aos transportes públicos.

Entre os seis países que estão a ficar mais envelhecidos, apenas o Japão – o país com a população mais envelhecida do mundo – parece estar a prever a forma como tratar dos seus idosos. Grécia e Coreia do Sul são considerados os piores países para se viver para a população acima dos 60 anos.

O relatório de 28 páginas realça como a crise financeira de 2008 teve um impacto devastador nas gerações mais velhas, especialmente nos países do sul da Europa.

A Grécia, que se posiciona junto a Venezuela e África do Sul, foi forçada a cortar nas pensões de reforma em troca de um resgate que lhe vai permitir manter-se na zona euro.

Nos próximos 35 anos e a nível mundial, o número de pessoas com mais de 60 anos irá crescer para 2,1 mil milhões sendo que em 2015 existem cerca de 901 milhões de idosos. Em 35 anos, a percentagem de idosos irá passar dos atuais 12,3% para 21,5% da população global.
(10/09/2015/Fonte : OJE)

Grupo têxtil alemão investe 16,5 milhões em Famalicão

O grupo têxtil alemão Olbo&Mehler escolheu Vila Nova de Famalicão para investigar e desenvolver novos produtos têxteis. E fê-lo porque em Vila Nova de Famalicão encontrou recursos humanos altamente qualificados e infraestruturas tecnológicas de investigação e inovação, capazes de responder aos desafios constantes, tendo concluído recentemente o investimento de 16,5 milhões de euros que iniciou em 2010.

Em 2014 a Olbo&Mehler concentrou em Vila Nova de Famalicão todas as competências do grupo alemão na produção de telas para correias de transporte e no desenvolvimento de outros têxteis técnicos e de valor acrescentado, usados em corrimões de escadas rolantes, lagartas de motos de neve ou coletes à prova de bala.

Resultado de uma forte aposta na inovação e na melhoria contínua, vem também desenvolvendo tecidos inovadores, em parceria com o CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Tecnológicos e Inteligentes, o Citeve – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal, sediados em Famalicão, e a Universidade do Minho. “Uma das missões a cumprir é encontrar um tecido capaz de resistir a uma chama direta a incidir sobre ele, com temperaturas de 800 graus Celsius. Outro desafio é encontrar um substituto têxtil da fibra de vidro resistente a grandes amplitudes térmicas. Em estudo estão ainda soluções antibacterianas”, revela o presidente da Olbo&Mehler, Alberto Tavares, que espera que dentro de cinco anos estes produtos façam parte da produção diária da empresa.

Segures ganha nova vida
Foi em 2014 que a Segures Têxteis, na freguesia de Landim, passou a chamar-se Olbo&Mehler, tal como na Alemanha, onde o grupo mantém apenas duas dezenas de vendedores, e recebe toda a produção de tecidos especiais que estava na fábrica da República Checa. A Olbo&Mehler – que Paulo Cunha foi hoje visitar no contexto do roteiro Famalicão Made IN – é uma empresa do grupo Mehler AG, controlado pelos alemães da KAP, cuja holding está cotada na bolsa de Frankfurt.

O valor global desta operação, que consistiu na ampliação e modernização da antiga Segures – onde em 1996 o grupo instalou a primeira unidade industrial –, e que ficou fechada recentemente com um investimento de 2,5 milhões de euros numa linha de tratamento de tecidos, atingiu os 10 milhões de euros. Só nos últimos cinco anos o investimento alemão na unidade famalicense atingiu os 16,5 milhões de euros.

Apesar do nome germânico, a “nova” Olbo&Mehler está cada vez mais portuguesa. Na presidência executiva está Alberto Tavares, um gestor de 48 anos que substituiu um alemão e se juntou aos diretores financeiro, Francisco Cruz, e de operações, Marcelo Garcia, e à responsável da equipa de inovação, Elisabete Silva, também portugueses.

Alberto Tavares aponta como “fatores competitivos” para a decisão do grupo de centralizar em Famalicão os seus maiores desafios o know how têxtil existente na região nas áreas de desenvolvimento de produto e inovação, a mão de obra altamente qualificada e a posição geográfica privilegiada do município famalicense. O segredo português para a competitividade do sector têxtil no mercado global, sublinha o presidente da Olbo&Mehler, “está diretamente ligado à qualidade dos jovens técnicos formados na Universidade do Minho e na Faculdade de Engenharia do Porto”.

Mais vendas, mais colaboradores
Depois de conquistar toda a produção do grupo alemão de telas para correias de transporte, designadamente para a indústria mineira, a unidade famalicense atingiu os atuais 300 efetivos (número que duplicou face a 2010), enquanto que o volume de negócios disparou para os 42 milhões de euros. “As previsões para 2015 apontam para vendas de 45 milhões”, aponta Alberto Tavares.

Os produtos da Olbo&Mehler destinam-se às indústrias mineira, militar, farmacêutica e automóvel, entre outras, de 39 países dos cinco continentes. No “chão de fábrica” de 30 mil metros quadrados são produzidas mensalmente entre 800 a 1000 toneladas de tecidos que seguem na íntegra para exportação. O grupo alemão Continental é o principal cliente.

O Presidente da Câmara, Paulo Cunha, foi perentório nos elogios à Olbo&Mehler. “É um orgulho para Vila Nova de Famalicão ter esta empresa de dimensão internacional no seu território”, disse, acrescentando: “A Olbo&Mehler é mais um sinal da pujança empresarial e da atratividade do nosso concelho para o investimento. E o facto de ter escolhido Vila Nova de Famalicão para concentrar todas as suas competências é revelador de que o concelho fez investimentos que foram adequados e fundamentais”.

O edil enalteceu ainda o facto de a Olbo&Mehler estar cada vez mais fortalecida ao duplicar o volume de negócios e o número de colaboradores nos últimos anos.
(08/09/2015/Fonte : OJE)