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05/15

Banca cortou 13% dos trabalhadores e vai encolher mais.

Em quatro anos, a banca reduziu o número de trabalhadores em 13%, o que equivale a menos 7400 quadros, e vai ter de reforçar a diminuição de custos. Angola e imóveis entre os maiores riscos.

O sistema bancário português está mais magro. Entre 2010 e 2014, a banca reduziu em 15% a rede de balcões e em 13% o número de trabalhadores. Mas a diminuição dos custos operacionais não chega e deve continuar ou mesmo ser reforçada para assegurar que o setor regresse aos lucros. A consolidação é um dos caminhos para alcançar essa redução de custos operacionais.

Segundo dados da Associação Portugesa de Bancos (APB), que incluem sucursais de bancos estrangeiros, o setor empregava 56844 colaboradores. Uma diminuição de 13% equivale a menos 7390 efetivos.

Apesar da redução de efetivos ser uma realidade sentida em todas as instituições, houve bancos internacionais que anunciaram processos de redimensionamento que envolveram a saída negociada de muitos colaboradores, como o Barclays ou o BBVA. Instituições portuguesas tiveram de fazer restruturações como contrapartida de apoios públicos, como o Banif ou o BCP, e diminuíram o número de trabalhadores, por via de rescisões negociadas.

Ainda segundo a APB para 2010, o número de balcões chegava a 6240. Um corte de 15% representa o fecho de 936 agências.

A necessidade de apertar ainda mais os custos é um dos alertas do relatório do estabilidade financeira divulgado esta terça feira pelo Banco de Portugal. O documento assinala a recuperação ao nível dos resultados da banca em 2014, excluindo o Banco Espírito Santo, mas realça que o setor continua pressionado pelos baixos níveis de rendibilidade. O nível historicamente baixo das taxas de juro, que degrada a margem financeira, é um dos principais problemas a ultrapassar.

O corte dos custos focado no pessoal é também uma resposta à crescente penetração dos canais online na prestação dos serviços tradicionais da banca.

A baixa rendibilidade e os crescentes desafios à intermediação financeira, são um dos principais riscos apontados pelo supervisor, mas há mais.

Angola e imobiliário são riscos para a banca
A exposição ao setor imobiliário, à dívida soberana e aos países produtores de petróleo, com Angola em grande destaque, são outros três sinais de alerta. A subida rápida dos prémios de risco, um cenário que regressou à zona euro, e a perda de confiança dos clientes nos mercados financeiros, são outros factores referidos.

No caso de Angola, cerca de um sexto do crédito a empresas concedido no final de 2014 estava concentrado em grupos empresariais com relações ao mercado angolano. Mas o maior perigo resultará da exposição direta de alguns dos bancos ao mercado angolano através de operações locais que têm apresentado níveis de rendibilidade particularmente relevantes. O BPI é o banco com maior exposição a Angola, o que resulta também de alterações regulatórias da União Europeia que obrigaram a reconhecer a 100% o risco relacionado com a operação angolana, com destaque para a dívida pública do país.

Nos imóveis, as imparidades e provisões já reconhecidas e a recuperação “incipiente” do mercado imobiliário, não chegam para afastar este perigo. Para além dos imóveis em carteira, os bancos estão expostos através da participação em fundos de investimento imobiliário ou fundos de reestruturação de empresas do setor, mas também por via das garantias concedidas no crédito, com destaque para o setor da habitação.

O risco soberano volta a ganhar relevância por causa dos desenvolvimentos na Grécia que têm pressionado os juros das dívidas públicas. A exposição da banca ao Estado é da ordem dos 7%.

Riscos excluem venda do Novo Banco
No menu de riscos do Banco de Portugal não consta a venda do Novo Banco, uma operação que pode trazer prejuízos adicionais ao sistema bancário português que terá de assumir a eventual perda que resulte da diferença entre o capital injetado e o preço da alienação. O supervisor só ponderou os riscos estruturais.

Apesar dos riscos, há também sinais de reforço da estabilidade financeira da banca, com destaque para o crescimento do financiamento assegurado pelos recursos de clientes que passou de 43% do total em 2010 para 59% no final do ano passado. A dependência do BCE diminuiu.

Para esta evolução contribuiu de forma decisiva, o reforço dos depósitos que estão ao nível mais alto de sempre, depois de subirem cinco mil milhões de euros em em 2014.
(26/05/2015/Fonte : Observador)

Setor metalúrgico e metalomecânico vai exportar mais de 14 mil milhões este ano

As exportações do setor metalúrgico e metalomecânico em Portugal atingiram os 1.309 milhões de euros em março, o segundo melhor valor mensal de sempre, esperando-se que superem a barreira dos 14 mil milhões de euros no final do ano.

Segundo dados divulgados pela AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos Metalomecânicos e Afins de Portugal, em março deste ano observou-se um aumento de 14,3% das vendas para o exterior, para 1.309 milhões de euros, face a igual mês do ano passado, e espera-se que o setor continue a crescer e supere a barreira dos 14 mil milhões de euros no final deste ano.

“Depois de um 2014 único, em que se atingiram os melhores valores de sempre no setor metalúrgico e metalomecânico, o primeiro trimestre deste ano permite já antecipar um 2015 ainda melhor, ao somar um valor acumulado de 3.726 milhões de euros [de exportações], superior em 15% face aos três primeiros meses do ano passado”, disse hoje à agência Lusa o vice-presidente da AIMMAP, Rafael Campos Pereira.

“Uma vez mais, os resultados falam por si. Não poderíamos estar mais satisfeitos com o esforço que as empresas do setor têm desenvolvido no sentido de inovarem e de se manterem competitivas, com a diversificação de mercado a assumir-se como forte aposta e que tem sido reconhecida internacionalmente”, salientou.

“Trata-se do décimo quarto mês consecutivo de crescimento das exportações e décimo quinto mês em que este valor ultrapassou os mil milhões”, realçou à Lusa, lembrando que o êxito alcançado se deve também à aposta do setor “na formação e qualificação dos trabalhadores e da gestão das empresas”.

A marca “METAL PORTUGAL”, através da qual a associação “quer levar o metal português aos quatro cantos do mundo”, deverá dar um forte contributo para que as exportações do setor atinjam “um novo recorde”, estima a AIMMAP.

Os subsetores mais exportadores, em março, foram o do material de transporte (492 milhões de euros), máquinas e equipamentos (303 milhões de euros), produtos metálicos (258 milhões de euros), metalúrgica de base (159 milhões de euros), material elétrico (81 milhões de euros) e móveis metálicos (12 milhões de euros), foram os responsáveis pelos bons resultados do setor.

A Europa lidera como destino de exportações, com a Espanha a representar 22% do valor global exportado, seguida pela Alemanha (17%), França (13%), Reino Unido (8%) e Itália (2%) e Bélgica (2%).

“Atualmente, a Europa representa 70% do valor das exportações globais do setor metalúrgico e metalomecânico, mas o que pode ser considerado como uma excessiva exposição das exportações, está agora a ser mitigado com a aposta e o reforço noutras geografias como os países do Magrebe, Angola, Golfo Pérsico, Estados Unidos e América Latina (mais precisamente, a Colômbia e o México) ”, sublinhou o responsável da AIMMAP.

Fora da Europa, Angola é o principal país recetor, ao atingir 6%, seguido da China (3%), dos Estados Unidos (2%), da Argélia (2%) e de Marrocos (2%).

O crescimento homólogo das exportações em geral, em Portugal, foi de 10,9% em março, face a igual mês do ano anterior, enquanto a indústria transformadora registou um acréscimo de 10,2%.

O setor metalúrgico e metalomecânico, por seu turno, está acima da média, atingindo os 14,3% no mês de março, em relação a idêntico mês de 2014.

Englobando uma grande diversidade de produtos, serviços e competências, o setor metalúrgico e metalomecânico representa cerca de 15.000 empresas e emprega 200.000 colaboradores.
(21/05/2015/Fonte : OJE)

Delta compra distribuidor de café para duplicar clientes em França

A DAC, Distribuition Azurenne de Café, distribui há 20 anos a marca portuguesa na região da Côte D’Azur, onde a Delta quer reforçar presença

Nos próximos três anos, a Delta quer duplicar o número de clientes em França, mercado que considera prioritário para a expansão internacional do negócio. E, por isso, avançou para a compra de um distribuidor local que, há 20 anos, assegura o fornecimento da marca portuguesa a 500 cafés e restaurantes na zona da Côte d’Azur.

Num comunicado divulgado nesta quinta-feira, a empresa de Campo Maior fundada por Rui Nabeiro detalha que a DAC – Distribuition Azurenne de Café é um antigo “distribuidor e parceiro” e que a aquisição tem como objectivo o reforço da presença no mercado francês, em particular no sul do país. Esta é, pelo menos, a segunda aquisição que a Delta faz em França. Em 2005 também comprou o seu distribuidor em Paris, passando a operar directamente nesta região.

“Pretendemos continuar a crescer além-fronteiras e a reforçar a nossa presença nos vários mercados em que estamos presentes, para que cada vez mais a Delta Cafés se torne uma marca global. Esta aquisição no mercado francês tem como base a nossa visão estratégica e aposta num mercado prioritário onde queremos duplicar o número de clientes nos próximos três anos”, disse Rui Miguel Nabeiro, neto do fundador e administrador do grupo Delta Cafés. “Queremos que a proximidade com os nossos consumidores seja cada vez mais uma realidade e que possamos levar aos vários mercados toda a nossa expertise e qualidade dos nossos produtos”, sublinhou.

A presença da Delta em França reforçou-se a partir de 2013 quando, depois de ter mudado a imagem e apostado nos mercados internacionais, entrou pela primeira vez na grande distribuição com as cápsulas Delta Q e o café Delta. O primeiro teste foi feito nos supermercados E. Leclerc na zona de Paris, numa clara intenção de depender cada vez menos do chamado mercado da saudade. Inicialmente, a Delta começou a ser vendida nos supermercados detidos pela comunidade nacional residente em França e a entrada no E. Leclerc foi a primeira incursão no mercado local.

A empresa está em 35 países através de uma rede de distribuidores e em cinco de forma directa (Espanha, principal mercado externo, Angola, França, Luxemburgo e Brasil). No Brasil, o café português será servido, este ano, num total de 45 cafetarias Deltaexpresso, numa parceria entre a empresa portuguesa e a Eurobrasil. A rede tem actualmente 34 unidades que oferecem as marcas Delta Café e Delta Q (cápsulas) e tem ajudado a fabricante nacional a conhecer melhor o mercado brasileiro. Neste país, a Delta abriu já a segunda loja própria e está em 200 supermercados e 300 restaurantes e lojas de electrodomésticos (com as máquinas da Delta Q).

A Delta tem mais de 3000 trabalhadores, produz anualmente 20 milhões de toneladas de café e reporta vendas de 300 milhões de euros.
(22/05/2015/Fonte : Público)

Construção. Sinais de melhoria no primeiro trimestre

Estimativas apontam para a variação positiva da produção em 2015. Pode ser o fim de 13 anos de perdas.

No primeiro trimestre deste ano o sector da construção continuou a registar alguns sinais de melhoria, com diversos indicadores a mostrarem uma evolução favorável. “É o que sucede com o número de desempregados registados, que reduziu 22%, as insolvências de empresas, com uma diminuição de 20,6%, ou o licenciamento de obras que cresceu 6,1%”, revela o presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI). Reis Campos acrescenta que estes números representam “uma evolução positiva que importa agora consolidar e traduzir em efeitos concretos ao nível do tecido empresarial, o qual ainda enfrenta muitos constrangimentos, tanto ao nível da falta de obras, como em matéria de acesso ao financiamento”.

Para 2015, as perspectivas são animadoras: “As actuais estimativas apontam para uma variação positiva da produção do sector da construção de 1,5%”. A concretizar-se, “significará o fim de um ciclo de 13 anos consecutivos de perdas”. No plano do investimento, a confederação revela que os valores oficiais relativos à construção e ao valor acrescentado bruto do sector no primeiro trimestre ainda não são conhecidos, existindo apenas “uma estimativa para o PIB, que terá crescido 1,4% neste período”. No entanto, “todos os dados apontam para uma melhoria face aos valores observados no último trimestre de 2014”.

Até ao final de Março foram celebrados contratos no valor de 209 milhões de euros em empreitadas de obras públicas, dos quais 71 milhões dizem respeito a contratos no âmbito de ajustes directos e 132 milhões a contratos celebrados em resultado de concursos de obras públicas, segundo dados do CPCI. Comparados com os do primeiro trimestre de 2014, estes dados verificam uma quebra de 28% em termos globais, que correspondem a uma variação negativa de 3% nos ajustes directos e de 31% nos concursos públicos.

desafios O sector da construção “está num momento crucial”, afirma Reis Campos, que acrescenta existir também uma “expectativa muito grande em torno da inversão deste ciclo de profunda crise que atravessamos.” Para o presidente da CPCI, na Europa não restam dúvidas em torno do papel desta actividade em matéria de competitividade, de crescimento económico e de emprego.” Em Portugal, existem desafios que são prioritários para o futuro imediato: “É o caso da execução do QREN, que contempla 1,2 mil milhões de euros em fundos comunitários por executar, destinados a infra-estruturas e projectos de proximidade que terão de ser executados até ao final deste ano”. O presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário chama também a atenção para o arranque do projecto Portugal 2020 e o processo de definição do Plano Europeu para o Investimento “o qual deverá constituir uma importante ferramenta para a dinamização da economia europeia e que tem de ser devidamente acompanhado por Portugal”.

Em matéria de captação de investimento privado, destaca a reabilitação urbana, que já foi objecto de um significativo conjunto de medidas, “designadamente, em matéria de enquadramento legislativo, mas que aguarda pela concretização do já anunciado Fundo para a Reabilitação Urbana”, que poderá atingir 2,2 mil milhões de euros.
(18/05/2015/Fonte : Jornal I)

Fiação investe 10 milhões em Famalicão e cria mais de 100 empregos

A Inovafil Fiação instalou em Vila Nova de Famalicão a sua nova fábrica, que significou um investimento de 10 milhões de euros e emprega mais de uma centena de trabalhadores, foi hoje anunciado.

O diretor-geral da empresa, Rui Martins, disse à Lusa que a fábrica funciona na freguesia de S. Cosme do Vale, ocupando parte das antigas instalações da Têxtil Manuel Gonçalves, que arrendou.

Uma “boa parte” da mão-de-obra também foi recrutada localmente, aproveitando o “know-how” de trabalhadores com muitos anos de experiência em fiação, mas que entretanto ficaram desempregados.

“A existência de instalações e de mão-de-obra foram fatores que pesaram decisivamente na nossa escolha de Famalicão para nos instalarmos”, referiu Rui Martins, sublinhando que o investimento foi, sobretudo, em maquinaria, já que o edifício “apenas precisou de pequenas obras”.

A fábrica dedica-se à produção de fios técnicos, de valor acrescentado, “articulados com a tendência da moda do momento”.

Em causa estão fios multicores, com brilhos metálicos, diferentes aplicações e mistura de fibras.

“Trabalhamos por encomenda, ao lote”, acrescentou, sublinhando que os fios ali produzidos se dedicam essencialmente à indústria de malhas e à tecelagem.

Aos trabalhadores experientes, a empresa juntou uma geração mais jovem, para garantir a transferência do conhecimento e o futuro do negócio.

Neste momento, 15 a 20 por cento da produção da Inovafil já é para “exportação direta”.

“Mas, na prática, quase toda a produção é para exportação, já que muito do produto que é comprado por clientes nacionais acaba por ir lá para fora”, disse ainda Rui Martins.

A fábrica é inaugurada na segunda-feira, numa cerimónia onde está prevista a presença do ministro da Economia, António Pires de Lima.
(14/05/2015/Fonte : OJE)

Exportações de vinhos portugueses crescem 1,1% em 2014

Exportações no setor vínico atingiram os 730 milhões de euros em 2014.
As exportações de vinhos portugueses cresceram 1,1% em 2014, face ao ano anterior, rondando os 730 milhões de euros, dos quais 55% corresponderam a vendas para o mercado europeu, revela um estudo da consultora Informa D&B divulgado esta segunda-feira.

O trabalho sobre o setor do vinho em Portugal realça "o crescimento contínuo das vendas de vinho português nos mercados externos" e lembra que as exportações se situaram perto dos 730 milhões de euros em 2014, face a 582 milhões contabilizados em 2009.

Cerca de 65% das exportações correspondem a vinhos com Denominação de Origem Protegida (DOP), destacando-se o vinho do Porto, com uma participação sobre o valor total próxima dos 45%.

O comportamento anual das exportações entre 2009 e 2014 tem originado um aumento significativo do saldo positivo (em inglês 'superavit') da balança comercial do setor, salienta o estudo. No conjunto dos países da União Europeia, o destaque vai para a França e o Reino Unido como os principais mercados de destino das exportações portuguesas para a Europa.
(04/05/2015/Fonte : Correio da Manhã)