Já foi notícia !

Fique a seber tudo sobre a comunidade portuguesa de França !

10/14

Salário mínimo português é dos mais baixos da Europa ocidental, diz OCDE

 A OCDE considera que o salário mínimo português é um dos mais baixos da Europa Ocidental e lembra que o número de trabalhadores que o auferem quase duplicou entre 2007 e 2011.

"O Salário Mínimo Nacional (SMN) português é relativamente alto no âmbito de uma comparação internacional (...) mas é o mais baixo na Europa Ocidental", diz o relatório da OCDE "Economic Survey: Portugal", hoje divulgado.

A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) considera que o SMN "cresceu significativamente" entre 2007 e 2010, tal como o número de trabalhadores que ganham esta remuneração.

Entre 2007 e 2011, a percentagem de trabalhadores a receber o salário mínimo passou de 6% para 11,3%, refere a organização.

No relatório sobre a economia portuguesa a OCDE defende que, no futuro, os aumentos do SMN devem ser definidos em linha com o crescimento da produtividade e com a inflação, "tal como foi anunciado pelo Governo".

O SMN foi aumentado dos 485 euros para os 505 no inicio deste mês, depois de ter estado congelado desde 2010.

Este relatório da OCDE, que é publicado de dois em dois anos, vai ser apresentado esta manhã no Ministério das Finanças pelo secretário-geral da Organização, Angel Gurría, numa cerimónia onde estará também a ministra Maria Luís Albuquerque.
(27/10/2014/Fonte : Diário de Notícias)

Pobreza em Portugal está a aumentar e afeta mais as crianças

A OCDE recomenda que Portugal fortaleça a rede de segurança social, dê prioridade às crianças, alargue os requisitos para o subsídio de desemprego e desenvolva a educação de adultos como forma de reduzir a pobreza.

No relatório de avaliação de Portugal, divulgado esta segunda-feira, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) refere que "Portugal tem uma distribuição de riqueza das mais desiguais da Europa e os níveis de pobreza são elevados", referindo que a atual crise económico-financeira veio interromper uma fase de declínio gradual tanto da pobreza, como das desigualdades.

"A pobreza e o número de famílias pobres estão a aumentar, com as crianças e os jovens a serem particularmente afetados", lê-se no relatório.

Para contrariar estes dados, a OCDE propõe que Portugal fortaleça a rede de segurança social, reduzindo a sobreposição entre os vários programas e assegurando uma melhor orientação.

Isto "poderia gerar recursos para, eventualmente, aumentar o nível de benefícios" do Rendimento Social de Inserção (RSI), diz a OCDE.

Por outro lado, a OCDE sugere que Portugal dê prioridade ao apoio dado a crianças e jovens, aumentando, por exemplo, o peso das crianças no cálculo do RSI ou aumentando o abono de família.

"Torne os subsídios de desemprego independentes da idade e reduza os requisitos de elegibilidade, de forma a alargar a sua cobertura", propõe a OCDE.

Recomenda também que o salário mínimo nacional seja aumentado apenas em linha com o aumento da produtividade e da inflação, mas que sejam ponderadas alternativas que possam aumentar os rendimentos das pessoas com mais baixos salários.

Na opinião da OCDE, Portugal precisa continuar a intensificar as políticas ativas do mercado de trabalho e deve desenvolver a educação de adultos e programas de retorno à escola para ajudar os desempregados a adquirirem as habilitações necessárias.

Ainda em matéria de educação, a OCDE considera importante que as taxas de abandono escolar no ensino secundário sejam diminuídas, sugerindo que isso seja feito através da redução das taxas de repetência e promovendo tempo de ensino extra para os alunos com mais dificuldades educativas.

Para alcançar este último objetivo, a OCDE diz mesmo que se for preciso, Portugal deve considerar aumentar o número de alunos por turma.
(27/10/2014/Fonte : Jornal de Notícias)

Hotelaria teve Verão em cheio com subida de 10% nas dormidas

Nos meses de Junho, Julho e Agosto hotéis nacionais registaram um total de 17,5 milhões de dormidas. Só nos Açores houve uma queda, de 1,1%. A maior subida nas dormidas nos três meses de época alta deu-se em Lisboa.

As dormidas nos hotéis nacionais aumentaram 10% nos meses de Junho, Julho e Agosto, chegando ao fim da época alta aos 17,5 milhões.

Em comparação com o ano passado, este foi um ano cheio para as unidades de alojamento e foi, sobretudo, em Agosto que se verificou a maior subida: de 6,4 milhões de dormidas para 7 milhões, ou seja, mais 11,3%. Os dados são do INE, que calcula este indicador com base na permanência de uma pessoa num estabelecimento entre as 12 horas de um dia e as 12 do dia seguinte.

Sem surpresas, o Algarve foi o principal destino de férias e captou 43% das dormidas. Nesta região, houve um aumento de 11% face ao mesmo período de 2013. Contudo, o maior crescimento nos três meses de época alta deu-se em Lisboa. A capital encheu-se de turistas e os hotéis registaram um total de 3,7 milhões de dormidas, mais 14% em comparação com o ano passado. O melhor mês foi Agosto: mais de 1,4 milhões de dormidas, que equivalem a uma subida de 15%.

O Alentejo foi o destino que maior crescimento registou em Julho (+17%) e, no total da época alta, cresceu 12% para mais de 491 mil dormidas. As regiões Norte e Centro também conseguiram atrair mais 10% de turistas.

Os Açores foram a única região do país a registar uma tendência contrária. Depois de terem conseguido aumentar o número de dormidas em Junho (2%), viram cair este indicador no mês seguinte (-5%). Em Agosto, o arquipélago foi incapaz de compensar esta evolução, registando uma tímida subida de 0,1%. Finda a época alta, as dormidas recuaram 1,1%. Na Madeira (que representa 11% das dormidas), o crescimento também foi pouco expressivo (1%), para 1,9 milhões.

Proveitos crescem a dois dígitos
Entre Junho e Agosto, o número de dormidas de turistas portugueses cresceu 13,5%, acima do dos estrangeiros (+8%), para mais de 5,7 milhões. As dormidas de não residentes totalizaram perto de 11,9 milhões.

Nos proveitos totais (os que resultam da actividade dos hotéis, não só alojamento como restauração ou cedência de espaços) a evolução também foi positiva: subiram 11% no período em análise para um total de 857 milhões de euros. Também os proveitos de aposento, ou seja, das dormidas de todos os hóspedes, cresceram 12%, para 632 milhões de euros.

Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, diz que se começa a consolidar a circunstância de, quer os proveitos gerais, quer de aposento, “estarem a crescer acima da procura”. “Não se trata de haver mais proveitos porque há mais turistas, mas sim de haver turistas a gastar mais do que gastavam”, analisa, acrescentando que em Agosto se registou um aumento de despesa por turista e mais recurso a empreendimentos qualificados.

O secretário de Estado ressalva que, apesar de os números demonstrarem um aumento no perfil de gastos, são precisos mais anos como este “para que os preços possam ser o que os hoteleiros desejam”. Quanto ao aumento de turistas nacionais, recorda que se seguem a um ano de queda.

“Sendo um crescimento sólido, temos ainda muito trabalho pela frente”, conclui.
(15/10/2014/Fonte : Público)

Voltar