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04/14
Invenções portuguesas crescem 19% em três anos
Pedidos de patentes de âmbito nacional e europeu estão a crescer desde 2011. Universidade de Aveiro é a entidade que mais registos fez no Instituto Nacional de Propriedade Industrial.
A inovação é fundamental para a Delta Cafés Rui Soares
O número de pedidos de protecção de invenções portuguesas aumentou 19% em três anos e está a crescer desde, pelo menos, 2011. Só os pedidos que chegaram ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que apenas produzem efeitos no território nacional, cresceram de 772 em 2011, para 867 em 2013, ou seja, cerca de 8%. Comparando com 2012, a subida foi de 12%. Quanto aos requerimentos preenchidos por inventores portugueses no Instituto Europeu de Patentes chegaram aos 199 no ano passado, uma subida expressiva de 34% em comparação com 2012. Recuando a 2011, o crescimento foi de 57%.
Contas feitas, no total registaram-se 1066 pedidos de protecção nestes dois organismos, valor que compara com 899 feitos em 2011.
Fonte oficial do INPI sublinha que além dos pedidos de patentes, o registo de marcas cresceu cerca de 2% em 2013, face ao ano anterior, somando agora 17.805. Esta é uma inversão da tendência de quebra que se sentiu em 2012, mas ainda não é suficiente para regressar aos números de 2011 quando foram feitos 19.151 requerimentos. Estes “direitos de propriedade industrial” são os mais comuns e os mais “susceptíveis à conjuntura económica”, sublinha a mesma fonte, acrescentando que “o incremento verificado na procura é um sinal muito positivo”.
São as marcas, e não as invenções propriamente ditas, que acumulam mais pedidos no INPI. O instituto, criado em 1976, explica que a maior incidência deste tipo de registo prende-se com a “necessidade crescente de diferenciação e visibilidade num determinado produto ou serviço no mercado face à concorrência, e com a própria natureza do tecido empresarial português, maioritariamente composto por pequenas e médias empresas”.
Em 2013, a maioria das marcas são da área da “educação, formação e divertimentos” (3063 pedidos), “publicidade, gestão e negócios comerciais” (2655), bebidas alcoólicas (excepto cervejas) com 1849 e, finalmente, vestuário, sapatos e chapelaria (1600 pedidos).
Contrariando o cenário de crescimento, os pedidos de protecção de design de âmbito nacional recuaram 7% face a 2012, para 400 (no caso de imagens gráficas, embalagens, símbolos, por exemplo), e 8% para 1939, quando se referem a produtos.
Segundo informações fornecidas pelo INPI, os portugueses pedem protecção para invenções na área das “necessidades da vida” (32%), química e metalurgia (19%), “técnicas industriais diversas e transportes” (15%) e física (14%). Já no design, o maior número de pedidos foram para peças de mobiliário, vestuário e retrosaria, ou “artigos de adorno”. “Estas classes representam 43% dos pedidos e 66% do número de objectos”, adianta fonte do instituto.
A Universidade de Aveiro lidera a lista das entidades com mais pedidos de invenções nacionais em 2013. Avançou com 19 requerimentos no INPI e é seguida de perto pelo Instituto Superior Técnico (com 15 pedidos), a Universidade do Minho (10) e o Instituto Politécnico de Leiria (7). José Paulo Rainho, coordenador da Unidade de Transferência de Tecnologia da Universidade de Aveiro (UATEC), diz que nos últimos anos o registo de patentes encabeçados pela instituição tem aumentado e muito se deve, não só à investigação, mas também a uma “mudança cultural”.
“No meio académico, as pessoas só conseguem progredir se publicarem [artigos]. E se publicarem antes de protegerem com patente, esta poderá não ser atribuída. Por isso, na universidade, avançámos com uma iniciativa para que os investigadores protejam primeiro e só depois divulguem. É um formulário de comunicação da invenção, que nos ajuda a analisar se depois se avança ou não para a protecção antes que o artigo seja publicado”, descreve o responsável. Este novo procedimento rendeu à instituição um número crescente de inovações protegidas, mas José Paulo Rainho acrescenta que nada “disto é possível” sem investigação de qualidade.
“Há realmente um esforço muito grande do ponto de vista da investigação. Alguma chega a bom porto. Quando as aplicações podem trazer vantagem competitiva para as empresas ou novas empresas decide-se, então, proteger”, diz o coordenador da UATEC, sublinhando que o tempo do “registo só porque sim” já passou. “As patentes, além de serem um instrumento legal, são instrumentos económicos. São dos poucos que nos permitem tirar partidos destas duas realidades distintas e que podem ser trabalhados em benefício de uma entidade”, continua José Paulo Rainho.
Cerca de 35 a 40% das patentes são detidas em parceria com empresas, parceiros na comercialização da invenção. “Isso dá-nos a garantia de que a investigação não vai ficar na gaveta”, justifica.
As áreas mais produtivas de inovação são a de materiais (como a cerâmica, por exemplo), telecomunicações, electrónica, informática e ambiente. Foi, por exemplo, da Universidade de Aveiro que saiu toda a tecnologia que dá suporte à gestão documental na Assembleia da República, ou o Vital Jacket, a camisola que monitoriza os sinais vitais do corpo humano e que é usado por pessoas com problemas cardíacos ou profissões de risco elevado. “Ainda há muito para fazer. Tem sido um grande esforço das universidades – não do Governo – em cortar noutras coisas para manter estas estruturas”, desabafa o coordenador da UATEC, que tem uma equipa de seis funcionários dedicados a analisar invenções que podem ser transferidas para o mundo real.
Portugal em 36º entre 50 países
Portugal esteve em destaque, o ano passado, quando conseguiu aumentar em quase 35% os pedidos de protecção no Instituto Europeu de Patentes (IPE). Foi um dos crescimentos mais elevados da Europa. “Os pedidos vindos de Portugal têm crescido em média 11,3% ao ano nos últimos dez anos, um crescimento só igualado pelos países asiáticos”, lê-se numa nota de imprensa do IPE. Portugal ocupa, agora, o 36º lugar no ranking mundial composto por 50 países, quando em 2012 estava em 40º.
De acordo com o IPE, 15% dos pedidos referem-se a invenções na área da engenharia civil (13% em 2012), 9% são de tecnologia médica, 6% química e 6% patentes no sector dos transportes. O país tem uma “elevada especialização em engenharia civil e química alimentar”, destaca o IPE.
A lista das entidades que mais requerimentos de protecção de nível europeu fizeram em 2013 é encabeçada pela Oliveira & Irmão (Oli), empresa que se especializou no fabrico de autoclismos em plástico e componentes para autoclismos cerâmicos e que tem sete pedidos. É seguida pela farmacêutica Bial e a Universidade do Minho (ambas com quatro requerimentos).
Na tabela, composta por oito organizações, está também a Novadelta, empresa responsável pela torrefacção, empacotamento e venda de café da marca Delta. Em 2013 avançou com três pedidos de protecção de patente europeia e quatro de nível nacional, um aumento face às quatro invenções registadas em 2012. Rui Miguel Nabeiro, administrador da Delta Cafés, adianta que a empresa tem ainda “diversos pedidos de patentes internacionais pendentes, relacionados com novos produtos que resultam do alinhamento estratégico de negócio”.
Sem querer adiantar que invenções foram alvo de protecção, Rui Miguel Nabeiro defende que, hoje, “a única certeza é a incerteza, e as empresas sustentáveis são as que criam, de forma contínua e ágil, novo conhecimento e o disseminam pela organização, incorporando-o em novos modelos de negócio, tecnologias e produtos”. Além de um departamento de Investigação e Desenvolvimento, a Delta comprou a Diverge, agora transformada numa unidade de negócio com dez trabalhadores dedicados, em exclusivo, à inovação e criação de propriedade industrial. Além disso, colabora com várias universidade e com uma rede externa de parceiros que observam “sinais de mudança” no mundo, tentando antecipar o futuro. É com base nesse modelo que capta tendências e traça “cenários futuros de inovação disruptiva para gerar novos hábitos de consumo e modelos de negócio, e incrementar a sua notoriedade”, sublinha Rui Miguel Nabeiro.
O gestor, neto do fundador da Delta, Rui Nabeiro, aponta as máquinas da Delta Q e as cápsulas como um dos produtos concretos que saíram directamente do laboratório para o mercado. Para a Delta, “inovação é a primeira comercialização”, sublinha. O driver fundamental “para a criação de valor e proveitos para a empresa”.(28/04/2014/Fonte : Público).Desempregados inscritos caem 6,1% em março
Dados do IEFP de março são em relação ao período homólogo.
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego diminuiu 6,1% em março, face ao período homólogo, estando inscritas 689.825 pessoas ao todo, segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).De acordo com os dados do IEFP relativos a março, também se verificou uma queda face ao mês anterior, de 1,6%, o que representa menos 11.129 desempregados inscritos nos centros de emprego. Estas 689.825 pessoas inscritas correspondem a 73,6% do total de pedidos de emprego registados no IEFP, que ascendem aos 936.858 pedidos..(22/03/2014/Fonte : Correio da Manhã).
Produção automóvel aumentou 18,4% no trimestre
A produção automóvel registou um crescimento de 18,4%, no primeiro trimestre de 2014, para um total de 44.457 veículos, refere o comunicado a Associação Automóvel de Portugal (ACAP).
Produção automóvel aumentou 18,4% no trimestre
"Este acréscimo da produção foi determinado pelo crescimento da produção de veículos ligeiros de passageiros (+21,2%) e de comerciais ligeiros (+15,3%). A produção de veículos pesados caiu 28%", adianta a ACAP. A impulsionar esta subida estão as unidades fabris VW Autoeuropa e Peugeot Citroën (PSA).
A produção de ligeiros de passageiros aumentou 36,9% em Março passado, face ao mesmo mês de 2013, para um total de 12.477 unidades, enquanto os comerciais ligeiros decresceram ligeiramente, 1,2% para 3.589 unidades. A maior quebra vai para a produção de pesados, que decresceu 40,4%, para 164 veículos.
Do total de veículos produzidos no primeiro trimestre de 2014, destinaram-se à exportação 43.162 unidades, o que representa 97,1% da produção nacional e mais 17,5% do que o número de veículos exportados no mesmo trimestre do ano anterior.(08/04/2014/Fonte : Diário Económico)OCDE reforça perspectivas de expansão da actividade económica em Portugal
Indicadores avançados da organização apontam para tendência positiva na zona euro.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) manteve, nesta terça-feira, a trajectória de expansão da economia portuguesa, ao reforçar nos seus indicadores avançados a previsão de uma melhoria na actividade económica.
Nos indicadores mensais que agora publicou, a OCDE tenta antecipar o comportamento da actividade económica dos países com seis a nove meses de avanço, procurando detectar os primeiros sinais de viragem nos ciclos económicos.
Em relação a Portugal, o indicador está pelo sexto mês consecutivo a crescer acima dos cem pontos, o que significa que a OCDE projecta uma expansão da economia. Em Fevereiro, a instituição liderada por Ángel Gurría subiu o indicador para 102,94 pontos, uma diferença de 0,54 pontos face a Janeiro.
Em alta desde o início do ano passado, o indicador passou em Setembro para o patamar dos cem pontos (a média de referência de longo prazo), continuando em alta desde aí.
Os indicadores da OCDE, que traduzem apenas informação qualitativa sobre a actividade económica dos países, tentam antecipar os ciclos económicos, acompanhando indicadores de conjuntura, a partir de informação estatística sobre a produção industrial, as encomendas na indústria, as exportações de bens, a variação dos preços ou as expectativas sobre a actividade económica, entre outros indicadores base.
Quando os valores estão acima de cem pontos e em sentido crescente, a OCDE projecta uma expansão da actividade económica; se o indicador está em sentido descendente, aponta para uma desaceleração; quando o indicador está abaixo dos cem pontos e sem sentido decrescente, as perspectivas são de contracção da actividade económica; já se o indicador registar valores inferiores a cem e estiver a crescer, é sinal de recuperação.
A curva ascendente do indicador agregado da OCDE para Portugal coincide com a trajectória de alguns indicadores económicos nacionais, numa altura em que se regista uma melhoria no clima económico medido pelo Instituto Nacional de Estatística e na confiança dos consumidores, que se mostram menos negativos sobre a evolução da economia, sobre o desemprego e a situação financeira das famílias.
O mesmo movimento é projectado para o conjunto da zona euro, onde a progressão no indicador foi igualmente ligeira, com uma subida de 101 pontos para 101,1 entre Janeiro e Fevereiro.
Se, nas duas maiores economias da moeda única, Alemanha e França, o indicador se mantém inalterado nos dois primeiros meses do ano, em Itália, a terceira potência da zona euro, houve uma aceleração da trajectória ascendente deste indicador. Na Alemanha, o valor manteve-se nos 100,8 pontos, em França estabilizou em 100,3 pontos, enquanto em Itália passou de 101,2 pontos para 101,4.
No conjunto dos países da OCDE, o indicador continua igualmente acima dos cem pontos, tendo estabilizado pelo terceiro mês consecutivo. De Dezembro a Fevereiro, a organização mantém o valor inalterado em 100,7 pontos, o mesmo valor que é projectado para o conjunto das sete maiores economias da OCDE (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá). No entanto, o comportamento divergente entre estes países colocou o indicador em sentido descendente, o que significa que a OCDE aponta agora para uma desaceleração da economia.
Esse movimento é projectado para os Estados Unidos (de 100,6 pontos para 100,5), Reino Unido (de 101,2 para 101,1) e Canadá (o único dos sete que desce do patamar dos cem pontos, para 99,9). Para a economia japonesa, o indicador mantém-se estável nos 101,2 pontos.(08/04/2014/Fonte : Público).Exportações de calçado criam 2000 postos de trabalho
Entre 2009 e 2012, o desemprego em Felgueiras diminuiu 40%, mas só no setor do calçado a redução foi de 75%, passando de cerca de 2.500 desempregados para pouco mais de 500.
As exportações de calçado produzido em Felgueiras cresceram 60% de 2009 até 2012, o que permitiu criar 2.000 postos de trabalho no concelho, revelam números da associação do setor.
De acordo com dados da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado Componentes e Artigo de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), aos quais a Lusa teve acesso, naquele período o desemprego diminuiu 75% no setor em Felgueiras.
De acordo com a APICCAPS, o concelho de Felgueiras é o maior produtor de calçado do país, com um mercado internacional de mais de 150 clientes, exportando 95% da sua produção.
O volume das exportações do calçado que sai de Felgueiras era de 577 milhões de euros em 2012. O volume global de negócios daquela indústria no concelho é superior a 600 milhões de euros.(03/04/2014/Fonte : Correio da Manhã)Vendas de automóveis cresceram 40,5% no primeiro trimestre
A venda de automóveis em Portugal tem vindo a crescer mês após mês desde Janeiro. No primeiro trimestre deste ano, foram vendidos quase 44 mil veículos ligeiros de passageiros automóveis, uma subida de 40,5% face ao mesmo período do ano passado.
Já no ano passado o mercado tinha dado sinais de melhoria, ao terminar com uma subida de vendas de 3,9%, depois de 2012 ter sido o pior ano para o sector desde 1985.
Segundo os números divulgados nesta terça-feira pela Associação Automóvel de Portugal, que agrega empresas do sector, foram vendidos em Março 14.149 ligeiros de passageiros, mais 47% do que há um ano. Em Fevereiro, tinham sido vendidos 10.541 carros e, em Janeiro, 9255. Valores muito acima dos mesmos meses de 2013.
Também a venda de comerciais ligeiros disparou. No trimestre passado, foram vendidos 5765 destes carros, o que significa um crescimento de 66,5%. Já de veículos pesados foram vendidas 742 unidades, uma subida de 42,7%.
Nos automóveis ligeiros, a liderança, em termos de unidades vendidas, é da Renault, com uma quota de mercado de 11,2%. Segue-se a Peugeot, com 9,2% (e que tinha terminado o ano passado em terceiro lugar), e a Volkswagen, com 8,7% do total (era a segunda marca no final de 2013).(02/04/2014/Fonte : Público).