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01/13

Quase sete mil empresas declararam insolvência em 2012

O número de empresas insolventes em Portugal aumentou 41% em 2012, para 6688, face a 2011, com o setor da construção a ser o mais atingido, indica, esta quarta-feira, um estudo anual da seguradora de crédito e caução COSEC.

Este setor representou cerca de 28% do total das insolvências verificadas em 2012, com 1.846 casos, explica também o estudo, realçando que o total das insolvências de empresas aumentou 43% no ano passado, quando comparado com o ano anterior.

A administradora da Cosec, Berta Dias da Cunha, considerou que "o ano 2012 confirmou as estimativas [da COSEC] de menor crescimento do comércio internacional que, em conjunto com políticas monetárias e fiscais mais restritivas, sobretudo na Europa, justificaram o desaparecimento de um número considerável de empresas".

Por distritos, o Porto continua a ser o que maior peso apresenta, com 24% das insolvências a nível nacional, seguido de Lisboa com 21% e de Braga com 12%.

Contudo, em Bragança verificou-se o menor número de casos, apenas 0,5% do total de insolvências (33 registos), abaixo de Portalegre, Beja e Açores, com 0,7%.

A Cosec destaca também que 76% das empresas que entraram em insolvência são microempresas, com prevalência para um número acentuado de registos nos setores da construção (20%), retalho (14%) e nos serviços (13%)", salienta o documento.

Os setores do retalho (16%), com 1.093 casos, serviços (15%), com 1.015 casos e o setor têxtil (8%), com 519 casos também mereceram destaque no estudo.

No entanto, os setores em que se registaram maior variação no número de casos de insolvência, face a igual período de 2011, foram o dos serviços, metalúrgico e produtos químicos com uma variação de 58%, 56% e 54%, respetivamente.

A Cosec realça que o setor dos computadores e telecomunicações representou, contudo, somente 0,4% dos casos e que setor da eletrónica correspondeu a 0,9%.

A seguradora de crédito e caução adiantou no seu estudo que "Portugal será um dos quatro países europeus, em conjunto com o Reino Unido, Noruega e Suíça, que deverá apresentar uma redução no número de insolvências em 2013.

Esta situação acontecerá após sete anos consecutivos de "um acentuado crescimento" deste indicador, sublinha.

De acordo com a Cosec, a nível mundial, as insolvências registaram um aumento de 1% em 2012, face ao ano precedente.

A Cosec avança que o número de insolvências deverá aumentar 4% este ano a nível mundial, quando comparado com 2012.(30/01/2013/Fonte : Jornal de Notícias)

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Portugal ultrapassa Espanha e torna-se o quarto maior exportador mundial de tomate transformado

Alguns dos principais destinos são o Reino Unido e o Japão.
Portugal tornou-se em 2012 o quarto maior exportador internacional de tomate transformado, ultrapassando Espanha e ficando apenas atrás de Itália a nível europeu, segundo a Associação dos Industriais de Tomate (AIT).

Portugal exporta 95% do total da produção e processou, no ano passado, 1,2 milhões de toneladas de tomate, correspondentes a um volume de negócios superior a 250 milhões de euros.

A Itália é o principal exportador europeu de tomate transformado, seguindo-se Portugal, com quase 20% do total.

A produção nacional tem como principal destino a Europa, sendo o Reino Unido o maior mercado, seguido de Espanha, Holanda e Alemanha.

Fora das fronteiras europeias, o Japão é o maior cliente, representando cerca de 10% do total exportado.

Outros grandes importadores são o Kuwait, a Rússia e a Austrália, com cerca de 7500 toneladas cada.

Portugal produz pasta de tomate e outros produtos, como molhos e ketchup.(30/01/2013/Fonte : Público)

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Algarve é o melhor destino de Golfe da Europa

O Algarve foi considerado pelo 2.º ano consecutivo o melhor destino de golfe da Europa Continental pela relação preço/benefício (best value for money), no âmbito dos prémios atribuídos pela revista britânica "Today's Golfer".

O destino algarvio foi o grande vencedor dos "Today's Golfer Travel Awards" ao reunir 43% dos votos de mais de 7.000 eleitores, revelou a publicação. O Algarve foi ainda a região do país a figurar mais vezes na lista dos premiados, com seis distinções no total.

Nas categorias de "Melhor Campo de Portugal" e de "Melhor Hotel/Resort de Portugal", o destino continuou a liderar as preferências: o Oceânico Old Course, em Vilamoura, e Vale do Lobo ficaram em 1.º lugar, com 30% e 15% dos votos, respetivamente.

"Os campos de golfe algarvios são cerca de 40 e registam mais de um milhão de voltas por ano. Já foram distinguidos com vários prémios internacionais e este é mais um de que nos orgulhamos, sobretudo por ser atribuído por uma revista do Reino Unido, que continua a ser o nosso principal mercado emissor de turistas", afirma o presidente do turismo algarvio, Desidério Silva.

A "Today's Golfer" é uma das revistas temáticas mais vendidas do Reino Unido e todos os meses chega a mais de 200 mil golfistas britânicos. É desde 2010 uma publicação aprovada pela IAGTO (International Association of Golf Tour Operators). Fonte: Turismo do Algarve.(28/01/2013/Fonte : Welcome Media)

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Turismo de Portugal vende casas a estrangeiros

O presidente do Turismo de Portugal, Frederico Costa, espera que, daqui a dois anos, tenham sido vendidas 10% das 6 a 10 mil unidades de habitação que estão atualmente prontas a serem vendidas no mercado do turismo residencial.

O Governo lançou esta segunda-feira o programa "Living in Portugal", que pretende promover a venda de casas a cidadãos estrangeiros que procurem em Portugal uma segunda residência.

Em declarações à agência Lusa à margem da iniciativa, o presidente do Turismo de Portugal esclareceu que existem, "em todo o país, entre 6 a 10 mil unidades de habitação prontas a serem vendidas", considerando que, se nos próximos dois anos fosse escoada "pelo menos 10% desta oferta que está parada, isso seria um grande resultado".

O programa hoje lançado conta com um investimento total de 828 milhões ("mil"!) de euros para os próximos dois anos, um valor que, de acordo com Frederico Costa, poderá ascender aos dois milhões de euros em cinco anos, caso seja aprovada uma candidatura que o Turismo de Portugal e a Associação Portuguesa de Resorts está a preparar para garantir fundos comunitários.

"O objetivo é escoar a oferta existente, mas - muito importante a par disso - é fazer uma promoção diferente do país, manter a sustentabilidade das rotas aéreas, apoiar as empresas que vivem do turismo residencial e do turismo em geral e contribuir para atenuar a sazonalidade", referiu Frederico Costa.

O programa inclui também uma componente de promoção externa da imagem de Portugal, estando agendado um 'roadshow' que arranca em fevereiro, em Londres, no Reino Unido, e que deverá passar por países como Alemanha, França, Rússia, Suécia e Holanda até ao final do ano.

O Governo, em parceria com o Turismo de Portugal, lançou ainda o portal www.livinginportugal.com, que reúne todo o tipo de informação relevante, desde os regimes jurídicos e fiscais vigentes em Portugal até a informações sobre os sistemas de saúde, de educação e de transportes do País.(28/01/2013/Fonte : Correio da Manhã)

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Trabalhadores portugueses em grande número na Bélgica

Portugal é o terceiro país de origem destes empregados. Segundo dados oficiais da Inspecção Social são maioritariamente contratados para trabalhar nas obras, matadouros e na condução de camiões

Portugal é o terceiro país de origem de trabalhadores estrangeiros na Bélgica - 22.084 -, segundo dados da inspecção do trabalho deste país revelados pelo jornal ‘Le Soir’ nesta quinta-feira.

A Polónia é onde os patrões belgas mais contratam pessoas - 70.000 -, seguida da Roménia - 28.160 - e de Portugal - 22.084 -, segundo dados oficiais da Inspecção Social, para trabalhar nas obras, matadouros e na condução de camiões.

A Eslováquia - 12.568 -, a Hungria - 10.311 - e a Bulgária - 5.443 - seguem-se na tabela das contratações.

Segundo disse ao ‘Le Soir’ Raf Knuts - mestre de obras na empresa de construção civil Kumpen (que tem importantes adjudicações em Bruxelas) -, os polacos e os romenos são contratados para os trabalhos pesados, enquanto os portugueses são procurados para os acabamentos.

Em regra, as empresas belgas contratam através de firmas no país de origem, vindo os trabalhadores em regime de destacamento.(24/01/2013/Fonte : Correio da Manhã)

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28 mil empregos destruídos em Portugal, em três meses

Estatísticas hoje divulgadas pela OCDE colocam Portugal como o segundo país com maior destruição de emprego. Apenas a Grécia está pior.
A taxa de emprego em Portugal registou nova quebra no terceiro trimestre de 2012, representando agora 61,9% da população ativa, contra 66,3% no trimestre anterior. Em termos absolutos, esta descida traduz a destruição de 28 mil postos de trabalho entre junho e setembro de 2012, segundo indicam os dados hoje divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

No conjunto dos países da OCDE, Portugal surge como o segundo onde a taxa de emprego mais caiu no terceiro trimestre do ano passado, por comparação com igual período de 2011. Apenas a Grécia registou um nível de destruição de postos de trabalho mais acentuado.

De acordo com a OCDE, Portugal tinha no final de setembro de 2012 4,351 milhões de pessoas empregadas, o que corresponde a uma taxa de emprego de 61,9%. Trata-se do valor mais baixo desde 2008. Em relação ao trimestre imediatamente anterior contam-se agora menos 28 mil postos de trabalho.

A comparação homóloga é igualmente reveladora dos efeitos nefastos da crise económica. Há um ano, a taxa de emprego medida pela OCDE era de 64,4% (correspondendo a 4,526 milhões de pessoas), o que significa que em um ano, a economia portuguesa assistiu á destruição de 165 mil empregos.

A quebra homóloga da taxa de emprego (que mede a proporção de pessoas empregadas entre os 15 e os 64 anos) foi em Portugal de 2,55%, apenas ultrapassada pela Grécia, onde se registou uma descida de 4,6%.Esta situação negativa em dois dos países alvo de um programa de assistência financeira não tem paralelo na Irlanda, onde os dados da OCDE indicam crescimentos homologo e trimestral da taxa de emprego.

Estes dados permitem ainda constatar que em Portugal a situação se degradou mais naquele terceiro trimestre do que em Espanha. É que em junho de 2012, Espanha e Grécia surgiam à nossa frente em termos de destruição de emprego, mas em setembro, Portugal trocou de posição com o país de Rajoy.

No conjunto da OCDE, regista-se, de resto, uma subida da taxa de emprego na maioria dos países. Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Luxemburgo e Reino Unido são exemplos onde a situação era em setembro mais favorável do que um ano antes.

Na zona euro, a taxa de emprego era de 63,8% no terceiro trimestre de 2012, registando uma ligeira quebra em termos homólogos, mas estabilizada face ao trimestre anterior.(23/01/2013/Fonte : Dinheiro Vivo)

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88% dos reformados recebem menos de 600 euros de pensão

O FMI propõe cortar na despesa com pensões. Mas a maioria aufere valores baixos. E as pensões milionárias são menos de mil.
O sistema de pensões português é um dos principais visados nas soluções apontadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para o corte na despesa pública. Mas o retrato dos pensionistas da Segurança Social revela que 88% têm reformas inferiores a 600 euros. Acima dos 5 mil euros mensais, contam-se apenas 965 reformados.

As alterações ao sistema de pensões introduzidas pelo primeiro Governo de José Sócrates são consideradas pelo FMI como importantes para cortar na despesa a médio prazo, mas pouco conseguirão fazer para travar a evolução dos gastos com reformas. Além disso, não acautelam o problema de as gerações que agora estão no ativo se irem defrontar com valores de reforma inferiores aos atualmente pagos. São estas conclusões que justificam os vários cortes e mudanças nas fórmulas de cálculo sugeridas pelo Fundo no relatório que foi conhecido há cerca de duas semanas.

Mas a margem é estreita, pelo menos tendo em conta os dados sobre os pensionistas da Segurança Social - em número muito superior aos da Caixa Geral de Aposentações (CGA). Os dados revelam que muitos recebem valores baixos, próximos do salário mínimo nacional (485 euros). Inversamente, as pensões milionárias são escassas.

O universo total de reformados do Centro Nacional de Pensões ascende a 2,79 milhões de pessoas (incluindo aqui 688 mil pensões de sobrevivência). Daquele universo, 88,3% têm uma reforma inferior a 600 euros por mês e 7,9% um rendimento mensal que oscila entre os 600 e os 1100 euros. É, no entanto, nestes dois patamares que se concentra a maior fatia dos cerca de mil milhões de euros que o CNP paga todos os meses. O primeiro grupo (até 600 euros) "absorve" 688,8 milhões de euros, enquanto o segundo recebe 163,2 milhões de euros.(21/01/2013/Fonte : Jornal de Notícias)

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Franceses, brasileiros e irlandeses salvam hotelaria

Hotéis com mais 7% de dormidas em novembro
Os franceses, brasileiros e irlandeses dormiram mais em hotéis portugueses em novembro do ano passado, do que no mesmo mês de 2011, sendo os principais responsáveis pelo aumento de 7% registado nas dormidas da hotelaria, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Ao contrário dos não residentes, os portugueses recorreram menos à hotelaria, registando um quebra de 2,7% face a novembro de 2011, segundo os números divulgados pelo INE.

Ao todo, os hotéis registaram dois milhões de dormidas, mais 7% que em novembro de 2011, ascendendo a 23,1% o aumento das dormidas com origem nos mercados francês, irlandês e brasileiro.

O grupo dos principais mercados emissores, que inclui estes três países junto com a Alemanha, Países Baixos e o Reino Unido, representou 71,2% das dormidas de não residentes naquele mês.

Lisboa liderou no crescimento dos resultados das dormidas, com um aumento de 14,2%, seguindo-se o Norte (+10,4%), o Algarve (+9,2%) e a Madeira (+8,8%), sendo que a evolução positiva da Madeira acontece após um período de oito meses consecutivos de resultados homólogos negativos.

As restantes regiões registaram reduções no número de dormidas, mais acentuadamente nos Açores onde caíram 18,7%.

Os dados do INE revelam também um aumento dos proveitos do setor que subiram 1,6% e os de aposento cresceram 3,5%.

No período de janeiro a novembro 2012, os estabelecimentos hoteleiros registaram 13,2 milhões de hóspedes e 38,1 milhões de dormidas, o que traduz uma queda de 0,8% para os hóspedes e um aumento de 0,8% para as dormidas.

Só no mês de novembro, a hotelaria alojou 785,5 mil hóspedes, mais 6,2% que no mês homólogo de 2012.(14/01/2013/Fonte : Correio Manhã)

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Exportações de mobiliário atingem valor recorde

As exportações do mobiliário e colchoaria cresceram 6% entre janeiro e novembro de 2012, em termos homólogos, para 1.007 milhões de euros, no que deverá ter sido um ano recorde, disse hoje a associação setorial.

As vendas do setor do mobiliário e colchoaria nos 11 meses de 2012 contabilizados chegaram a 138 países, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) citados pela Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA).

A APIMA prevê que o crescimento de 6% se tenha mantido em dezembro, "ultrapassando, consequentemente, o ano de 2011 e constituindo, dessa forma, o valor mais elevado de sempre verificado nas exportações do setor".

França continua a ser o principal mercado setorial, com uma quota de 30%, o que representa um volume de faturação de 297 milhões de euros.(12/01/2013/Fonte : OJE)

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Sector da construção agrava queda para 19,3%

O sector da construção continua em queda com os dados do Instituto Nacional de Estística (INE) divulgados hoje a confirmarem uma retracção na produção de 19,3%.

Segundo dados divulgados hoje pelo INE, o índice de produção na construção apresentou, em novembro de 2012, uma taxa de variação homóloga de -19,3%, o que compara com a redução de 18,0% observada em outubro.

Os dois segmentos considerados, construção de edifícios e engenharia civil, registaram agravamentos das respetivas variações homólogas, que se fixaram em -16,9% e em -21,3% em novembro, mais intensas em 1,8 pontos percentuais (p.p.) e em 0,9 p.p. que as observadas em outubro.

Em termos de volume de emprego, o setor da construção diminuiu 19,0% em termos homólogos quando a variação em outubro foi de -18,4%.

Quando comparado com o mês anterior, o índice de emprego registou uma taxa de variação de -2,2% (-1,4% em novembro de 2011).

O índice de remunerações efetivamente pagas pelo setor da construção decresceram 20,3%, em termos homólogos, contra os -21,4% em outubro.

Face ao mês anterior, o INE refere que as remunerações aumentaram 20,8%, devido a uma maior concentração de pagamento de subsídios que ocorre habitualmente neste período.(10/01/2013/Fonte : Diário de Económico)

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Remessas de emigrantes aumentaram 12,6%, a maior subida desde 1997

Só nos dez primeiros meses de 2012, os portugueses em Angola enviaram para Portugal mais 50% do que no ano inteiro de 2011. De Janeiro a Outubro de 2012, os portugueses em Angola enviaram para Portugal mais 50% do montante enviado em todo o ano de 2011. Na Alemanha, o crescimento foi de 54%. É o reflexo de uma vaga de emigração? Haverá mais espaço para emigrar em 2013?

As remessas de emigrantes aumentaram 12,6% nos dez primeiros meses de 2012 face ao período homólogo de 2011, e esta é a maior subida desde pelo menos 1997. Segundo contas feitas a partir dos dados do Banco de Portugal – que, em relação a 2012, só tem números até Outubro (inclusive) –, as remessas passaram de pouco mais de 2000 milhões de euros para 2200 milhões de euros.

Analisando os dez primeiros meses do período entre 1996 e 2012, a maior subida tinha acontecido em 2000 (mais 10,8% do que em 1999), o que já faz de 2012 um ano recorde. Os dados de 1996 a 2012 – período disponibilizado pelo Banco de Portugal – mostram ainda que é geralmente no terceiro trimestre que mais remessas são transferidas para Portugal.

Queda de França
Emigrantes em países como Espanha, Angola, Alemanha ou Reino Unido enviaram mais dinheiro em dez meses de 2012 do que em todo o ano de 2011. Entre os países no topo, Angola foi dos que tiveram a maior subida: mais quase 50% em dez meses, quando comparado com todo o ano de 2011, subindo de cerca de 147 milhões para cerca de 219 milhões euros (não há dados discriminados por meses em relação a Angola).

Comparando o período homólogo de 2011 e 2012, o total de remessas enviadas da Alemanha subiu 54% (de 92 para 142 milhões de euros); da Espanha cresceu 46% (de mais de 72 para mais de 105 milhões de euros); e do Reino Unido cresceu 22,2% (de 88 para 107 milhões).

Países como a Holanda tiveram um crescimento muito mais alto, mas os valores monetários são bem mais baixos: os 75% a mais representam uma subida de 17,6 milhões para quase 32 milhões. A França, o país de onde mais se enviam remessas e com uma diferença enorme em relação aos outros – quase 750 milhões de euros nos dez primeiros meses de 2011 –, desceu 4,1%, confirmando uma tendência de ligeira queda desde pelo menos 2009. A Suíça é o segundo país do “topo”: 540 milhões de euros foram transferidos para Portugal nos primeiros dez meses de 2012.

Vaga de emigração? Para continuar?
O volume de remessas está, obviamente, associado ao número de emigrantes, mas as subidas em determinados países estarão ligadas aos novos destinos escolhidos pelos portugueses. Nos países onde houve um maior aumento, os dados mostram que há 100 mil portugueses em Angola, 84 mil no Reino Unido, 146 mil em Espanha, 92 mil na Alemanha – e foi para o Reino Unido que mais portugueses terão emigrado em 2011 (mais de 16 mil), de acordo com os dados do Observatório da Emigração, que não tem números de 2011 para países como Angola.

Ainda não há números sobre emigração para 2012, mas especialistas pensam que existiu um aumento dos quase 44 mil, que emigraram em 2011, segundo o Instituto Nacional de Estatística. Quantificar o aumento e qualificar o fenómeno não é fácil. Primeiro porque, como afirma João Peixoto, investigador do Observatório da Emigração, os dados disponíveis nem sempre são muito recentes e são difíceis de comparar, pois as estatísticas produzidas em Portugal e no estrangeiro obedecem a conceitos e metodologias diferentes. Depois, “os fluxos registados nem sempre correspondem ao volume total dos movimentos”.

O investigador dá o exemplo de Angola, em que os dados não discriminam quantos dos 100 mil registados oficialmente serão emigrantes de curta ou de longa duração – “não se pode tratar da mesma forma um emigrante ‘temporário’ e um ‘permanente’” – e exemplifica ainda com o Brasil, para onde há muitos portugueses que vão como turistas “e prolongam a sua residência de forma irregular”.

Para um especialista da OCDE em migração, Georges Lemaître, que apresentou recentemente um estudo sobre Portugal, não há uma definição de “vaga de emigração”. Calcula que, para se falar de emigração maciça em Portugal seria necessário ter números próximos das 100 mil saídas por ano, e durante pelo menos dez anos consecutivos – o que daria uma “perda” de 1% da população. “Depois é preciso perceber quanto tempo ficam os que saem, se têm filhos nos países para onde vão.”

Razões para sair
Apesar de admitir que o número de saídas de portugueses está a aumentar, João Peixoto, investigador português do Instituto Superior de Economia e Gestão, não quer fazer projecções concretas para 2013. Mas estima que a “tendência será sempre de aumento”.

Porém, é uma incógnita se serão saídas de longa ou curta duração, diz. “As migrações são um fenómeno que não depende apenas de um país. Em particular no caso das migrações económicas, a oferta e a procura de trabalho à escala internacional explicam muitos dos movimentos”, frisa. Ou seja, a emigração não depende apenas de Portugal, onde existem várias razões que incentivam a saída, como a alta taxa de desemprego e a descida dos salários – algo que afecta outros países europeus.

Por seu lado, Lemaître diz que, de acordo com os seus dados, foi justamente em 2007, antes da crise de 2008, que se registou um grande aumento da emigração (os seus números apontam para 60 mil saídas nesse ano). Lembra que as pessoas não saem do país imediatamente quando as crises começam: “Só no último ano e meio é que as pessoas começaram de facto a sair da Europa do Sul.”

Ou seja, Lemaître prevê que, enquanto a situação económica não melhorar, a tendência de saídas irá manter-se. Além disso, Portugal é dos países da OCDE onde há o maior número de pessoas sobrequalificadas para os cargos profissionais que ocupam, factor que pode impulsionar a emigração. E se já muitos partiram, muitos poderão seguir as passadas, porque “uma das coisas que acontecem quando se emigra e se tem boas experiências é que as pessoas começam a falar disso: os emigrantes são muito bons a passar informação”. “A questão é: por quanto tempo é que as pessoas ficam? Quanto tempo é que a tendência dura?”(07/01/2013/Fonte : Público)

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Exportações [portuguesas] para a China aumentaram 34,4% em 11 meses de 2012

Trocas comerciais entre a China e países de língua portuguesa aumentaram 9,7% entre Janeiro e Novembro de 2012. Portugal exportou mais 34,39% do que em 2011. Pequim exportou 1,7 mil milhões de euros do total de 2,8 mil milhões do volume comercial com Portugal.

As exportações portuguesas para a China aumentaram 34,39% durante os primeiros 11 meses de 2012, para os mil milhões de euros, de acordo com os dados da alfândega chinesa divulgados nesta segunda-feira.

Portugal mantém-se como o terceiro destino comercial da China de entre os países da lusofonia. A balança comercial continua, no entanto, favorável à China, que exportou 1,7 mil milhões do total de 2,8 mil milhões de euros das trocas comerciais entre os dois países.

Em relação a 2011, a China importou mais 11,86% aos oito países lusófonos, o que se traduz num total de 61,7 mil milhões de euros. Por outro lado, a China exportou mais 5,31%, num total de 28,4 mil milhões de euros. Com Portugal, as trocas comerciais aumentaram 1,75% em volume.

Dentro do grupo dos países de língua portuguesa, o Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com um volume de trocas a crescer mais 0,66% do que em 2011, para os 60 mil milhões de euros.

Mas, ao contrário do que aconteceu com Portugal, as exportações do Brasil para Pequim caíram 0,54%, colocando o peso da balança comercial para o lado chinês, uma vez que as compras brasileiras aumentaram 2,63% em comparação com os primeiros 11 meses de 2011.

Já com Angola, o segundo principal parceiro comercial no mundo lusófono, as trocas comerciais aumentaram 37,73% até Novembro, para 26,5 mil milhões de euros. As vendas angolanas à China aumentaram 36,73% e as compras 46,72%.

A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau que reúne ao nível ministerial de três em três anos.(07/01/2013/Fonte : Público)

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IRS, IMI, tabaco...e tudo ficou mais caro em 2013

Prepara-se para pagar mais em quase tudo, ganhando menos. Saiba o que aumentou e em quanto este ano.

Todos os contribuintes vão sentir o aumento dos impostos este ano. O mais importante será o IRS, que terá uma subida significativa, mas o IMI, o tabaco e o antigo selo do carro também vão aumentar.

Reforma do IRS reduz escalões mas aumenta taxas
O Governo reduziu o número de escalões de IRS dos actuais oito para cinco escalões. Os novos escalões de IRS variam entre 14,5%, para quem ganha até sete mil euros por ano e 48%, para rendimentos anuais acima de 80 mil euros. Actualmente são oito os escalões de rendimento e variam entre os 11,5% para os rendimentos até 4.898 euros e os 46,5% para quem ganha acima de 153,3 mil euros por ano.

Sobretaxa de 3,5%
Os contribuintes terão também de suportar uma sobretaxa de 3,5%. A taxa será semelhante à cobrada em 2011 e implicou um corte de cerca de metade do subsídio de Natal acima de 485 euros. Mas, ao contrário do que aconteceu em 2011, a sobretaxa será agora cobrada mensalmente. O efeito conjunto do aumento das taxas e da sobretaxa vai fazer aumentar a taxa média de IRS de 9,8%, para os 13,2%. Em 2014, quando entregarem as declarações de rendimentos deste ano, os contribuintes terão de pagar mais imposto ou menos reembolso. Inicialmente a proposta do Governo apontava para uma sobretaxa de 4%, mas durante a discussão do Orçamento do Estado para este ano foi reduzida para 3,5%.

Trabalhadores independentes pagarão mais imposto
Os trabalhadores independentes que estejam abrangidos pelo regime simplificado passarão a ter uma fatia maior do rendimento sujeito a IRS e um aumento da taxa de retenção na fonte. Assim, até aqui o Fisco considerava 30% do rendimento anual ganho como despesa, sujeitando a IRS os restantes 70%, mas agora esta percentagem sobe para 75%. Mas a proposta inicial do OE/13 sugeria um aumento da tributação para 80%. Apesar deste desagravamento face à proposta inicial, os trabalhadores a recibos verdes são os que vão ter o maior aumento de imposto a pagar em 2013 face ao ano anterior. Ainda assim, continuarão a pagar menos do que os trabalhadores por conta de outrem. Outra das alterações tem a ver com o agravamento da retenção na fonte que passa agora a ser de 25%.

Deduções fiscais são muito reduzidas
Os limites às deduções e benefícios foram revistos. Apenas o primeiro escalão de rendimentos - até sete mil euros - fica de fora dos novos limites e poderá continuar a fazer as suas deduções, por exemplo, com despesas de saúde, como até aqui. A partir daí as deduções vão variando consoante os rendimentos. Quem ganha mais de 80 mil euros não terá direito a deduções. Por outro lado, os abatimentos com as despesas com a casa serão muito reduzidos. Até aqui, os contribuintes podem deduzir 15% dos juros de dívidas contraídas com empréstimos e rendas de casas até um limite de 591 euros. A partir de agora este limite baixa para os 296 euros. Por sua vez, as deduções pessoais - que são abatidas à colecta - são reduzidas de 55% para 45% do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) - 419,22 euros. Para as famílias monoparentais, esta dedução cai de 80%, para 70%. Quem tem filhos sai beneficiado, já que o abatimento sobe de 40% para 45% do valor do IAS por cada dependente.

IMI sobe mas com cláusula de salvaguarda
O processo de avaliação geral do valor patrimonial tributário dos imóveis vai levar a um aumento do IMI. Mas o Governo vai aplicar uma cláusula de salvaguarda que vai travar o aumento brusco do imposto. Nos próximos dois anos, o incremento não poderá ser superior a 75 euros ou a um terço da diferença entre o IMI resultante da reavaliação e o IMI devido no ano anterior. Mas em 2015, os contribuintes sentirão o aumento na sua plenitude. O Governo chegou a ponderar a não aplicação da cláusula de salvaguarda, aumentando o IMI já a partir deste ano. No entanto, e depois de várias críticas, o Executivo recuou. Têm sido muitos os alertas que dão conta dos aumentos do imposto que serão incomportáveis para muitas famílias já com dificuldades financeiras.

Imposto Único de Circulação
Os carros mais poluentes e os de grande cilindrada vão ser penalizados no Imposto Único de Circulação (IUC), o antigo selo do carro. Os carros com uma cilindrada (CC) superior a 2.500 e os que têm uma componente ambiental (CO2) acima de 180 g/Km, serão especialmente prejudicados. Os carros que reúnam estas duas condições - alta cilindrada e mais poluentes - terão aumentos ainda mais expressivos, de 10%. Mas as gamas inferiores também sobem, mas com menor intensidade: 1,3%.

Imposto sobre o tabaco
O maior aumento do imposto do tabaco em 2013 incidirá no tabaco de enrolar que poderá atingir acréscimos de 1,5 euros. E nas cigarrilhas e charutos, cuja taxa passa de 15% para 25%. O objectivo do Governo é nivelar os níveis de tributação de todas as formas de tabaco para evitar o desvio de consumo que se tem registado para outros produtos depois dos cigarros, que, em 2013, terão também impostos agravados. O elemento específico do imposto para os cigarros sobe de 78,37 para 79,39 euros por cada mil cigarros. Um aumento que levará a que um maço de Marlboro passe dos actuais 4,2 euros para 4,3 euros ou que uma bolsa de 20 gramas de tabaco de enrolar da marca West suba dos actuais 2,5 euros para quatro euros.(04/01/2013/Fonte : Diário de Económico)

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2012: Queda nas vendas de carros "fechou" 2500 empresas e deixou 21 mil sem trabalho

O secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) afirmou hoje que encerraram 2.500 empresas do sector em 2012, correspondendo a despedimentos na ordem das 21 mil pessoas, confirmando assim as estimativas avançadas há um ano.

Hélder Pedro disse que a ACAP "tem indicações que vêm confirmar o encerramento de 2.500 empresas durante o ano passado entre oficinas de reparação, concessionários e produção de automóveis", numa altura em que a associação anunciou que as vendas de carros caíram para valores de 1985 ao fecharem 2012 com 95.290 automóveis ligeiros de passageiros colocados no mercado.

"Para além do setor da reparação automóvel, um dos mais afetados, houve concessionários e marcas a realizarem despedimentos coletivos", acrescentou o secretário-geral da ACAP, sublinhando a queda de 40,9% nas vendas de carros em 2012 devido a uma diminuição do rendimento das famílias em Portugal.

Hélder Pedro referiu que para este ano "ainda não é possível dar um valor percentual, mas a indicação é de uma nova queda nas vendas", até porque o Governo não cedeu na proposta da ACAP de voltar a ser inscrito no Orçamento do Estado para 2013 um incentivo ao abate de automóveis em fim de vida.

"O Governo não deu qualquer importância à nossa proposta", disse Hélder Pedro, sublinhando que foi uma opção política que "não pode ser desculpável com imposições da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu)".

O responsável da ACAP frisou que a associação esteve reunida com a 'troika' e que lhes foi comunicado que o incentivo ao abate para carros no fim de vida "era uma matéria de opção política do Governo".

A compra de carros em Portugal caiu mais de 2,3 mil milhões de euros em dois anos, fruto de uma redução abrupta no consumo interno e devido à austeridade imposta pela assistência da 'troika' ao país.

Segundo dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), em 2011 e 2012 o mercado automóvel 'perdeu' vendas de 128 mil automóveis novos.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) de importação de carros e seus componentes vão de encontro à situação do setor, com uma quebra de 1,2 mil milhões de euros de janeiro a setembro relativamente ao mesmo período do ano passado, menos 27,6%.

O INE refere que, no período em análise, as importações de automóveis passaram de 4.331 milhões de euros em 2011 para 3.139 milhões de euros até setembro deste ano. Por exemplo, a compra de carros à Alemanha e França, os dois principais mercados (Volkswagen, Audi, Opel, Mercedes, BMW, Renault, Peugeot, Citroën), caíram 28,3% entre janeiro e setembro para os 1.541 milhões de euros, menos 607 milhões do que em 2011.

A Alemanha foi a mais penalizada com as importações a diminuírem 422 milhões de euros e a França registou uma queda de 185 milhões de euros.(03/01/2013/Fonte : Diário de Económico)

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