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11/12
Faurecia anuncia despedimento coletivo de 92 trabalhadores
A Faurecia, um dos maiores fornecedores da Autoeuropa, em Palmela, anunciou hoje o despedimento coletivo de 92 trabalhadores, segundo o Diário Económico.
O coordenador da comissão de trabalhadores da Faurecia, Daniel Bernardino, afirmou que a decisão prende-se "com o encerrar da linha de pintura", que pertencia à SPPM, "com a redução de produção para a Peugeot em Espanha" e "com a redução de produção prevista pela Autoeuropa para o próximo ano".
A empresa, que empregava 396 trabalhadores no início do ano, já despediu desde então 140 pessoas, o equivalente a 40% do número de colaboradores. Quarenta desses trabalhadores acertaram a rescisão por mútuo acordo.
Daniel Bernardino afirmou que a Faurecia vai terminar o ano "com apenas 192 trabalhadores", lamentando que a situação se esteja a alastrar "a todo o parque industrial da Autoeuropa".
Antes da tomada de decisão, a administração da Faurecia procurou alternativas com os trabalhadores, colocando a hipótese de transferir os colaboradores para outras unidades da empresa no país ou para a SAS e Vanpro, das quais detém 50% do capital.
O grupo francês perdeu o negócio da pintura da Autoeuropa em 2005 para a SPPM, empresa que tentou adquirir mas sem nunca ter chegado a acordo.
A Faurecia produz diversos componentes para a Autoeuropa, contando, para além da fábrica em Palmela, com unidades em Bragança, Nelas, São João da Madeira e Vouzela.
Em Palmela, o grupo francês conta com duas 'joint-ventures' com a Vanpro e a SAS.(30/11/2012/Fonte : Diário de Notícias)Exportações de vinhos portugueses crescem 9,9% no 1.º semestre
As exportações de vinhos portugueses cresceram 9,9% no primeiro semestre deste ano face ao período homólogo de 2011, atingindo os 304,3 milhões de euros, de acordo com o presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro.
Em termos interanuais, ou seja, nos 12 meses até junho deste ano, o crescimento das exportações de vinhos nacionais atinge os 9,4%, de acordo com o presidente da associação responsável pela promoção dos vinhos nos mercados interno e externo. "Há alguns dados que não são extraordinariamente elevados, mas que são bons e que se se mantiverem por um período longo é excelente", disse Jorge Monteiro, explicando que se o ano do setor fosse encerrado em junho o total anual móvel somaria 679 milhões de euros em exportações, mais 22 milhões que em 2011.
O presidente da ViniPortugal acrescentou que nos últimos dezanos o setor assistiu a um crescimento anual de 4,5% em valor, o que "visto ano a ano é pouco, mas é muito mais do que a economia".(28/11/2012/Fonte : OJE)Kemet Electronics avança com despedimento coletivo de 154 trabalhadores
A fábrica de Évora da multinacional norte-americana Kemet Electronics vai avançar com o despedimento coletivo de cerca de metade dos trabalhadores, num total de 154, e a deslocalização da produção para o México, revelou hoje fonte sindical.
A fábrica de Évora da Kemet Electronics, que emprega cerca de 320 trabalhadores, produz condensadores de tântalo para telemóveis e para a indústria automóvel.
"A administração reuniu-se na segunda-feira connosco e comunicou-nos que ia proceder ao despedimento coletivo de 154 trabalhadores", disse à agência Lusa Hugo Fernandes, delegado sindical e dirigente do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI).
Contactada hoje pela Lusa, a administração da empresa escusou-se prestar qualquer informação.
Segundo o sindicalista, a administração da Kemet Electronics informou na segunda-feira uma comissão sindical do SIESI que ia avançar com a reestruturação da fábrica de Évora, iniciando o processo de despedimento coletivo a 4 de dezembro.
A reestruturação da unidade fabril, disse, envolve a "deslocalização da produção de condensadores de tântalo para o México" e a instalação de uma linha de "produção de condensadores eletrolíticos", proveniente de uma unidade em Inglaterra.
Estas alterações "não absorvem a totalidade do capital humano da empresa. Dizem que têm gente a mais e que vão ter que despedir pessoas", indicou Hugo Fernandes, citando a administração da empresa.(28/11/2012/Fonte : OJE)Português é a 3a língua mais utilizada no Facebook
Segundo a Socialbakers, que apresenta as estatísticas das dez línguas mais utilizadas na rede social Facebook, destacamos com orgulho a evolução da utilização da língua portuguesa.
Importante para uma interconexão dos lusófonos espalhado pelo planeta, mas também importante para os profissionais de marketing (!!) a rede Facebook que está disponível em 70 idiomas apresenta agora uma estatística de evolução da utilização das línguas entre Maio de 2010 e Novembro de 2012.
O primeiro resultado, sem surpresa, e que o inglês permanece a 1ª língua mais utilizada, mas está em relativa estagnação. Nos últimos dois anos os utilizadores do inglês aumentaram de “apenas 69%”, apenas porque as restantes variações são muito mais “brutais”. Assim o português, devido naturalmente a cada vez maior utilização do Facebook no Brasil (entre outros) registou um aumento superior aos 800%! Representando mais de 52 milhões de utilizadores em cerca de dois anos… Só no Brasil a base de utilizadores do Facebook aumentou de 13 milhões apenas nos últimos seis meses.
O português é seguido pela língua árabe com mais de 400% (+16,7 milhões de utilizadores), a língua alemã com cerca de 200% (+19,5 milhões de utilizadores) e a língua espanhola com cerca de 100% e +81,7 milhões de utilizadores.
Para todos os lusófonos fora de Portugal que usam o Facebook na língua do pais de residência, podem aumentar o numero de utilizadores de português na Facebook escolhendo nas opções a “SUA” língua : Português! (23/11/2012/Fonte : LUSO PLANET)92% dos jovens sem emprego não recebem subsídio
Desemprego jovem atinge recorde, mas a concessão de prestações sociais abrange universo reduzido de pessoas entre os 18 e os 24 anos
Cerca de 92% dos jovens entre os 18 e os 24 anos que estão sem trabalho não recebem subsídio de desemprego e a ausência deste apoio tem-se agravado nos últimos meses. No início do verão, esta prestação social chegava a 15 478 jovens, mas em setembro já só abrangia 14 502. Esta descida verificou-se ao mesmo tempo que a taxa de desemprego jovem aumentava 3,5 pontos percentuais, estando já nos 39%.
Em setembro, os serviços da Segurança Social processaram prestações de subsídios de desemprego a 376 065 pessoas, das quais 14 502 tinham até 24 anos. Tendo em conta que no final do terceiro trimestre deste ano o Instituto Nacional de Estatísticas reportava a existência de 175 100 jovens desempregados, isto significa que 92% estavam fora do alcance daquele apoio social. Ou seja, menos de um em cada dez.
Em relação aos desempregados em geral, os números são igualmente desanimadores. Numa altura em que o acesso ou a manutenção do subsídio social de desemprego passou a estar dependente da prova de condição de recursos (cujos requisitos têm levado alguns apertos), é sobretudo a subida do desemprego e a dificuldade em voltar a encontrar um trabalho que explica que o número de beneficiários do subsídio de desemprego tenha registado em setembro o valor mensal mais alto desde pelo menos janeiro de 2010.
Em causa estão 376 065 beneficiários, a maior parte dos quais (310 736) encontra-se ainda a receber subsídio de desemprego - aos quais se somam mais cerca de 62 mil que estão a receber o subsídios social de desemprego (o inicial, o subsequente e na versão de prolongamento).
Esta situação não impede, contudo, que esteja igualmente a subir o número de pessoas que fica fora da esfera destes apoios sociais - seja porque esgotou o prazo de atribuição, seja porque não consegue "passar" para o subsídio de desemprego social. Por comparação com o número de desempregados inscritos nos centros de emprego no mês de setembro, constata-se que cerca de 45% destas pessoas não recebem qualquer daqueles apoios sociais.
A comparação com os dados do INE (que reporta o número de desempregados quer estes mantenham ou não alguma ligação ao centro de emprego) revela um panorama ainda mais negativo, pois indicam que apenas 43% dos 870 900 desempregados podem contar com o subsídio de desemprego. Ou seja, 494 853 pessoas estão fora do "chapéu" desta prestação.
Em setembro, os serviços da Segurança Social deferiram 25 032 novos pedidos de subsídio de desemprego, sendo este o segundo número mais alto desde o início do ano.
Só em janeiro este ritmo de respostas foi superior, mas nessa altura os pedidos de subsídio de desemprego avolumaram-se para antecipar a entrada em vigor das novas regras (mais penalizadoras) desta prestação social. Uma dessas novas regras, por exemplo, traduziu-se na redução do valor máximo deste subsídio, que desceu de 1257 para 1048 euros.
Apesar disto, o valor médio pago a cada um dos beneficiários rondava em setembro os 505 euros por mês, montante que se tem mantido estável desde o início do ano.
Como este valor está já influenciado por aquele novo limite máximo, esta "manutenção" indicia que mais pessoas com salários mais elevados estão a perder o emprego.(22/11/2012/Fonte : Dinheiro Vivo)Emigração de jovens ameaça futuro do País
Recuperação lenta poderá espoletar uma perigosa saída de jovens qualificados.
O FMI não alinha com os que aligeiram os riscos para Portugal da saída de jovens do País à procura de melhores oportunidades. Elogiando em toda a linha a actuação do Governo, nas reformas estruturais e nas políticas de austeridade que vêm sendo adoptadas, as equipas do FMI consideram que um dos riscos mais graves na actual conjuntura, especialmente se a recuperação for lenta, é a perda de mão-de-obra jovem qualificada. Essas saídas podem não ser reversíveis, avisam os técnicos da instituição.
“Um risco de médio longo prazo que Portugal enfrenta é de o crescimento recuperar de forma demasiado lenta para ter impacto significativo no elevado desemprego”, lê-se num comunicado divulgado há minutos, onde o FMI sintetiza as conclusões da análise regular ao País ao abrigo do artigo IV. Se assim for, continuam, tal poderá “espoletar a emigração de trabalhadores jovens, bem educados que poderá ser difícil de reverter”.
No último ano o Governo introduziu por várias vezes no discurso público as vantagens e oportunidades colocadas pela emigração, um tema que gerou sistematicamente debate.
Além das reformas em curso, o FMI avisa ainda para a necessidade do País melhorar os seus níveis de educação. “Num horizonte mais longo, Portugal precisa de fazer mais progressos no obstáculos mais profundos ao crescimento, como os baixos níveis de educação em comparação com os seus parceiros comerciais e concorrentes”, lê-se na nota divulgada à imprensa.(20/11/2012/Fonte : Jornal de Negócios)Tyco Electronics investe milhões na expansão da fábrica de Évora
A Tyco Electronics, produtora de relés para a indústria automóvel, vai expandir a sua fábrica de Évora, num investimento de quase 31 milhões de euros, dos quais 25 milhões são incentivos comunitários. Investimento já foi aprovado pelo Governo.
O investimento já foi aprovado pelo Governo e o respectivo despacho, assinado pelos ministros da Economia e do Emprego e de Estado e dos Negócios Estrangeiros, foi esta segunda-feira publicado em Diário da República (DR).
Contactado pela agência Lusa, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, António Dieb, congratulou-se pelo projecto de expansão apresentado pela multinacional norte-americana. "Para a nossa região, é importante porque se trata de mais investimento produtivo e mais postos de trabalho", destacou António Dieb.
Além disso, acrescentou, a aposta do Grupo Tyco tem "o efeito demonstrativo" de que, mesmo em tempos de crise, "o Alentejo tem condições reais de ser competitivo".
No despacho governamental, pode ler-se que a Tyco Electronics - Componentes Electromecânicos apresentou uma candidatura ao sistema de incentivos à inovação no âmbito do Programa Operacional Factores de Competitividade (COMPETE).
Trata-se, segundo o documento, da expansão da unidade industrial do grupo localizada em Évora, num investimento superior a 30,6 milhões de euros, com a criação de 25 novos postos de trabalho directos e a manutenção de 1.537.
"Estão a decorrer os procedimentos normais para a assinatura do contrato", revelou o presidente da CCDR Alentejo, afirmando esperar que o acordo possa ser formalizado "dentro de 15 dias a três semanas".
O contrato envolve a atribuição de 25 milhões de euros de fundos comunitários e, no seu período de vigência, a Tyco prevê atingir um valor acumulado de vendas de cerca de 1.668 milhões de euros e um valor acrescentado bruto acumulado de 640,1 milhões de euros.
O projecto, refere o despacho governamental, assinado no passado dia 09, representa "a consolidação e reforço da presença em Portugal, particularmente na região de Évora, de uma unidade de média-alta tecnologia".
O Grupo Tyco estima "um crescimento de 25% da capacidade de produção" da unidade alentejana, enquanto o volume de negócios adjudicado a outras empresas "deverá aumentar "10% a 15%", o que representa "um significativo efeito de arrastamento em actividades a montante".
O objectivo da multinacional é concentrar na cidade alentejana a sua actividade mundial de produção de relés para a indústria automóvel, "reforçando a posição da empresa portuguesa neste sector de actividade".
"A escolha da fábrica de Évora para a execução desta estratégia deve-se à experiência acumulada pela empresa portuguesa ao longo de quase quatro décadas, para além da sua competitividade em termos de custos de produção", frisa o despacho.
Dado o seu "impacto macroeconómico" e "efeito estruturante para o desenvolvimento, diversificação e internacionalização da economia portuguesa", o projecto foi considerado pelo Governo como tendo "grande relevância para a economia nacional".(19/12/2012/Fonte : Correio da Manhã)Emigração portuguesa aumenta mais de 50% na Alemanha
A entrada de emigrantes portugueses na Alemanha aumentou 53% no primeiro semestre de 2012, num total de cerca de duas mil pessoas.
A imigração aumentou 15 % na Alemanha no primeiro semestre de 2012, em resultado do fluxo de pessoas provenientes de países europeus tocados pela crise económica, de acordo com o departamento oficial de estatísticas alemão (Destatis), que divulgou os dados num comunicado.
O saldo migratório (diferença entre as chegadas e as saídas) aumentou 35% no período de janeiro a junho, em 182 mil pessoas, assinalou o organismo alemão no comunicado.
Cerca de 500 mil chegadas (15 por cento) foram registadas, contra 318 mil saídas, segundo dados preliminares.
A maior parte das pessoas que entraram na Alemanha são originárias de países da União Europeia, sublinhou o Destatis, que forneceu uma cifra de 306 mil, um aumento de 24 por cento.
"O destaque no primeiro semestre de 2012 é o forte aumento da imigração dos países da União Europeia, particularmente tocados pela crise financeira", sublinhou o instituto de estatísticas.
A maior parte dos migrantes são provenientes de países da Europa central e a Polónia situa-se em primeiro lugar no ranking (89 mil entradas no primeiro semestre).
"A imigração proveniente da Europa do sul tem números mais baixos, mas regista um recorde na taxa de progressão", indicou o instituto.
As entradas de gregos cresceram 78%, uma subida de 6.900 imigrantes em relação ao mesmo período do ano anterior.
A imigração proveniente da Espanha para a Alemanha também aumentou 53% (cerca de 3.900 pessoas), assim como a portuguesa (2.000 pessoas).
A Alemanha já tinha registado um aumento de 20% da imigração em relação ao ano precedente, que permitiu um ligeiro aumento da população alemã.(15/11/2012/Fonte : Jornal de Notícias)Desemprego jovem em Portugal atinge 39%
A taxa de desempego entre os jovens subiu para um novo recorde no terceiro trimestre.
O desemprego voltou a subir no terceiro trimestre, atingindo um novo máximo em 15,8% da população. No caso dos mais jovens, com idades compreendidas entre 14 e 25 anos, a taxa subiu para um novo recorde de 39%.
Quando analisado por faixas etárias, a taxa de desemprego entre os jovens tem sido a mais expressiva, e subido sucessivamente ao longo do ano: no primeiro trimestre era de 30%, passou para 35,5% no segundo, e atingiu um novo recorde de 39% entre Junho e Setembro.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), hoje divulgados, o universo de jovens desempregados nesta faixa etária passou de 138 mil para 175 mil entre o primeiro e o terceiro trimestre do ano.
Em termos absolutos, a maior fatia da população portuguesa desempregada continua a ser a que tem 45 anos ou mais (são 260 mil), ao passo que o ritmo de progressão do desemprego tem sido mais acelerado entre os que têm 25 e 34 anos.
Em termos globais, a população desempregada, estimada em 870,9 mil pessoas, aumentou 26,3% em relação ao trimestre homólogo de 2011 ( 181,3 mil pessoas) e 5,3% em relação ao trimestre anterior (44 mil).
Explica o INE que esse aumento de 181 mil desempregados desde há um ano se desdobra em mais homens (113,5 mil) que mulheres ( 67,8 mil). O instituto destaca ainda a subida de 55,8 mil pessoas desempregadas dos 25 aos 34 anos e de 46,9 mil com 45 e mais anos.
Por qualificações, os dados do INE sugerem que o aumento do desemprego no último ano deixou de estar relacionado com as habilitações académicas, ao registar um acréscimo de 69,7 mil pessoas desempregadas com um nível de escolaridade completo correspondente, no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico e de 68,3 mil pessoas desempregadas com ensino secundário e pós-secundário. Em conjunto, estes dois níveis de escolaridade explicaram 76,1% do aumento ocorrido no desemprego total.(14/11/2012/Fonte : Jornal de Negócios)Salários baixos e medo de perder emprego travam adesão à greve no comércio
Sindicato não antecipa encerramento de lojas mas apela aos empresários do comércio tradicional que também se juntem à paralisação, em defesa do sector.
A tradição deverá cumprir-se no sector do comércio e serviços. O sindicato que representa estas actividades não espera uma elevada adesão à greve de amanhã mas no contacto que tem feito com os trabalhadores, garante que há “maior predisposição” em aceitar a documentação distribuída pelas estruturas sindicais e maior vontade em aderir à segunda greve geral convocada pela CGTP este ano.
“Há maior predisposição mas também maior pressão sobre as pessoas. Há receio em perder o emprego e a questão salarial também pesa. São trabalhadores que ganham pouco mais do que o salário mínimo e um dia de greve é muito dinheiro”, disse ao PÚBLICO Manuel Guerreiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP). Não haverá lojas encerradas mas há estabelecimentos que “já estão a trocar horários”. “Os que já se sabe que fazem greve estão a ser colocados de folga”, afirma.
No comércio tradicional o apelo à paralisação também é dirigido aos próprios comerciantes. “São tão ou mais atingidos do que os trabalhadores”, sublinha Manuel Guerreiro. Também a Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio Escritórios e Serviços considera que o sector sofre com um “aumento brutal de encerramentos, insolvências, despedimentos e desemprego”, com horários de trabalho “desregulados”, diminuição do pagamento em dias de feriado e do trabalho suplementar.(13/11/2012/Fonte : Público)Greve de quarta-feira pára transportes, aeroportos e correios
No dia de greve geral, marcada para a próxima quarta-feira, o sector dos transportes parece ser um dos mais afectados.
Em Lisboa, o metro vai estar fechado e vão estar a circular 11 carreiras de autocarro da Carris, a funcionar a 50% do horário de Verão e assegurados por trabalhadores não aderentes à greve, se os houver. Esta foi uma decisão do tribunal, já contestada pela Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações.
Quanto às ligações fluviais, o tribunal arbitral decidiu ainda definir uma lista de 40 circulações obrigatórias, que ligam o Cais do Sodré ao Montijo, ao Seixal, a Cacilhas e ao Barreiro.
Várias companhias aéreas anunciaram já que vão cancelar voos que estavam previstos para quarta-feira. A ANA, empresa que gere os aeroportos portugueses, recomenda aos passageiros que confirmem todos os voos marcados para 14 de Novembro.
Ao contrário do que tem acontecido nas últimas greves gerais, não estará aberta uma estação de correios aberta em cada município do país, estando a trabalhar com serviços mínimos muito reduzidos. No dia 14, vai apenas funcionar a distribuição de telegramas, de vales postais da Segurança Social e de correspondência que “titule prestações por encargos familiares ou substitutivas de rendimentos de trabalho”, desde que devidamente identificada.
Concentrações promovidas pela CGTP
A grevegeral de quarta-feira, convocada pela CGTP, terá impacto em pelo menos 12 distritos do país nos quais estão agendadas 39 concentrações, algumas das quais vão culminar em desfiles de protesto.
Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, Açores e Madeira são, de acordo com a informação facultada à Lusa pela CGTP, distritos onde trabalhadores, desempregados e pensionistas poderão mostrar nas ruas o protesto que levou à marcação da grevegeral. Em Lisboa, está marcada uma concentração para as 14:30, na praça do Rossio.
A grevegeral, a segunda desde que Arménio Carlos assumiu a liderança da Intersindical, tem como lema "Contra a Exploração e o Empobrecimento, Mudar de Política - Por um Portugal com Futuro".
"Esta não é uma grevesó de protesto, é sobretudo uma grevede propostas alternativas para o país", disse Arménio Carlos na altura, lembrando que a central sindical apresentou recentemente um conjunto de propostas alternativas às medidas de austeridade que o Governo tem vindo a apresentar.(13/11/2012/Fonte : I-Online)Portugueses compram cada vez menos produtos alemães
A importação de bens provenientes da Alemanha atingiu no terceiro trimestre o valor mais reduzido desde 2007. Os portugueses estão a comprar menos carros e máquinas germânicas. Mas os alemães também estão a comprar menos produtos portugueses.
No relatório onde apresenta os dados do Comércio Internacional de Setembro e em vésperas da visita da chanceler alemã Angela Merkel a Portugal, o Instituto Nacional de Estatística analisa a evolução das trocas comerciais entre Portugal e a Alemanha.
Conclui-se que Portugal está a exportar menos bens para a maior economia europeia, mas que a queda nas importações alemãs é mais forte.
Desde meados de 2008 que os portugueses estão a cortar na compra de produtos alemães, sendo que no terceiro trimestre deste ano as importações da Alemanha atingiram um mínimo desde o início da série em 2007, nos 1,488 mil milhões de euros.
A excepção a esta tendência de queda, que se verifica desde 2008, surge nos trimestres em que Portugal comprou os dois submarinos à Alemanha (segundo trimestre de 2010 e quarto trimestre de 2010).
A recessão ou fraco crescimento que afecta a economia nacional nos últimos anos levou os portugueses a cortarem na aquisição de bens duradouros, precisamente os bens que a Alemanha mais vende ao exterior, como é o caso dos automóveis.
O INE nota que antes de 2010 as máquinas e aparelhos eram o principal grupo de produtos adquirido à Alemanha, mas nos anos de 2010 e 2011 verificou-se uma hegemonia dos veículos e outro material de transporte. Contudo, este ano os veículos e outro material de transporte voltaram a perder peso, já que as compras destes produtos alemães por parte de Portugal recuaram 29% em 2012. Uma queda que até é inferior à das vendas de automóveis em Portugal.(09/11/2012/Fonte : Jornal de Negócios)Multinacional francesa cria 200 empregos no Porto
Armatis escolhe Portugal para crescer e já arrendou dois pisos na Baixa.
A multinacional francesa Armatis vai inaugurar em Fevereiro um "contact center" no Porto, onde serão criados perto de 200 postos de trabalho. Com 14 escritórios em França, a empresa escolheu Portugal para expandir o processo de internacionalização – tem também escritórios na Polónia e na Tunísia –, tendo já rubricado o contrato de arrendamento e iniciado as obras nos dois pisos que ocupará no Centro Comercial Trindade, localizado na Baixa da Invicta.(08/11/2012/Fonte : Diário Económico)Pedidos de insolvência sobem 57% e atingem novo máximo histórico
Quase 60 empresas e pessoas por dia pediram falência. Os particulares são os mais afectados.
O número de pedidos de insolência não pára de aumentar em Portugal e os particulares são os mais afectados. Entre Abril e Junho deste ano, os pedidos de falência aos tribunais dispararam 57% face a período homólogo, atingindo um novo máximo histórico. De acordo com as estatísticas do Ministério da Justiça referentes ao 2º trimestre deste ano, deram entrada 5.316 pedidos de declaração de insolvência, mais 932 que em igual período de 2011.
Feitas as contas, entre Abril e Junho deste ano, 59 empresas ou particulares pediram por dia a falência, quando em igual período de 2011 foram 26 pessoas e empresas por dia. Isto é: duplicou o número das pessoas (ou empresas) sem condições financeiras de assegurarem os compromissos e as necessidades do dia-a-dia. Mas são os particulares que têm o maior peso no bolo total das falências já decretadas por um tribunal. Já assim era no início do ano e a tendência continua a ser de subida.
Particulares com mais falências do que empresas
Nos primeiros três meses deste ano, o peso das falências de particulares era de 40,8%, contra os 37,3% das empresas. No trimestre seguinte, as famílias voltam a ser as mais sacrificadas, atingindo um peso de 41,9% no bolo total das insolvências decretadas por um juiz, ao passo que o peso das empresas cai para 35,8%. O desemprego e as medidas de austeridade levaram muitas famílias a ver decretada a situação de insolvência.(02/11/2012/Fonte : Diário Económico)Famílias levantaram valor recorde de depósitos a prazo em Setembro
As férias e o regresso às aulas são duas das explicações possíveis.
As famílias portuguesas levantaram 725 milhões de euros de depósitos a prazo durante o mês de Setembro, o que corresponde ao valor mais elevado no espaço de três anos e meio e poderá representar uma inversão de tendência.
Uma das explicações avançadas para a corrida aos bancos prende-se com a sazonalidade, já que às férias alia-se também o regresso às aulas, altura em que as despesas das famílias aumentam bastante. Os dados do Banco Central Europeu, divulgados pelo Diário Económico nesta sexta-feira, indicam que não acontecia nenhuma corrida deste género aos depósitos desde Maio de 2009.
Tendo também em consideração os depósitos à ordem, os particulares retiraram no total 851 milhões de euros dos bancos. Em Agosto já tinham sido levantados mais de mil milhões de euros. Contudo, enquanto nesse mês as famílias recorreram principalmente às aplicações à ordem, das quais levantaram 980 milhões de euros, em Setembro os portugueses recorreram às poupanças a prazo, escreve o mesmo jornal.
Na última avaliação que o Fundo Monetário Internacional fez à ajuda externa que Portugal está a receber, justificava-se a ligeira redução nos depósitos de clientes nos últimos meses com a concorrência de obrigações de empresas direccionadas para o retalho e, ainda, com o regresso aos certificados de aforro.
Além disso, as taxas de juro dos depósitos continuam a cair, com a taxa de juro média para particulares a cair em Setembro para os 2,71%. O problema é que esta quebra vai traduzir-se em mais cortes na concessão de crédito, como forma de compensar as perdas nos depósitos.(02/11/2012/Fonte : Público)