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05/12

Lixo do Rock in Rio processado com energia solar

O aparelho pioneiro é português e é a primeira vez que recolhe resíduos num evento destas dimensões.

O lixo deixado no Parque da Bela Vista pelas 125 mil pessoas que foram ao arranque do Rock in Rio foi recolhido por uma máquina completamente nova, alimentada a energia solar. O mesmo vai acontecer no próximo fim de semana e também no Rock in Rio Madrid, que acontece no final de junho e início de julho.

O equipamento de grandes dimensões, Solartainer, é uma criação da Tnl, especializada em recolha e contentorização de resíduos sólidos urbanos.

O Solartainer foi concebido em Portugal e esta é a primeira vez que é usado um evento de grandes proporções. A Tnl já tinha vendido alguns equipamentos para o Brasil e Abu Dhabi.

No primeiro fim-de-semana do Rock in Rio, o Solartainer recolheu milhares de plásticos e embalagens depositadas no lixo pelos espectadores – e também pelos artistas e as celebridades que passaram pela tenda VIP, indica Jorge Pedrosa, responsável comercial da Tnl.

Idealizado para a recolha de resíduos em grandes edifícios, centros comerciais, praias, complexos desportivos e eventos de grande dimensão, o ‘Solartainer’ é compacto e autónomo, alimentado exclusivamente a energia solar.

Jorge Pedrosa adianta que a empresa, sediada no Porto, tem cerca de 100 unidades em negociação com empresas de todo o mundo.(31/05/2012/Fonte : Dinheiro Vivo)

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Bruxelas quer salários mais baixos em Portugal

Nas suas recomendações anuais de política económica, a Comissão Europeia elogia a implementação do programa de ajustamento em Portugal, mas defende a redução dos custos do trabalho. Bruxelas adverte que o desemprego vai continuar a subir e apela à inovação e ao combate às rendas excessivas. Na Zona Euro, nem a Alemanha escapa às críticas de pouca ambição nas reformas estruturais.

A Comissão Europeia aconselhou Portugal a prosseguir o programa acordado com a Troika e a adotar reformas estruturais, tendo em vista reduzir os custos do trabalho, aumentar a flexibilidade e acabar com as margens de retorno excessivas, as denominadas "rendas".
Nas suas recomendações de política económica, ontem divulgadas, Bruxelas considera que o país "está a progredir em várias frentes", sublinhando que o Governo está a implementar reformas para melhorar a gestão orçamental e o controlo das despesas, para além de avançar com um programa de privatizações. A Comissão nota, contudo, que Portugal enfrenta "desafios consideráveis", sobretudo o desemprego.

Desemprego agrava-se
Neste quadro, o mercado laboral deteriorou-se "significativamente" nos últimos meses, lê-se no documento de recomendações, onde se estima que o desemprego se agrave este ano. As previsões da Comissão, que já tinham sido anunciadas no início do mês, apontam para uma taxa de desemprego de 15,5% este ano e de 15,1% no próximo.
A entidade presidida por Durão Barroso considera que "cumprir as metas orçamentais continua a ser essencial", embora acrescente que o Governo também deve "concentrar-se em reformas para melhorar a competitividade".
Dado que Lisboa não adotou planos para uma desvalorização fiscal (redução da taxa social única), uma medida proposta inicialmente pela Troika, "é crucial a adoção de reformas estruturais nos mercados do trabalho e de produtos com vista a reduzir os custos do trabalho, aumentar a flexibilidade, reduzir as barreiras de entrada e acabar com os lucros excessivos", adverte.

Madeira como mau exemplo
Por outro lado, Bruxelas entende que o Executivo liderado por Passos Coelho deve anunciar "urgentemente" um plano para pagar as dívidas em atraso das empresas públicas, particularmente dos hospitais, onde a situação é considerada grave. No mesmo sentido, as autoridades europeias sublinham ser necessária uma "revisão aprofundada" das leis das finanças locais e regionais, de forma a reforçar o controlo orçamental sobre as autarquias e as regiões autónomas.
Acresce que essa revisão iria "beneficiar de assistência técnica". Para justificar o reforço dos poderes do Estado central sobre as autarquias e regiões, Bruxelas avança o exemplo da Madeira: "Desenvolvimentos recentes na Região Autónoma da Madeira demonstraram dramaticamente os riscos orçamentais resultantes da falta de transparência e de controlo orçamental".
No que diz respeito às rendas, o Governo vai tomar novas medidas para corrigir as margens de retorno excessivas no setor da Energia. "Será necessário tomar medidas significativas adicionais para tornar sustentável a dívida crescente do sistema de eletricidade (défice tarifário) através da correção dos lucros excessivos ligados à produção de energia".

Apelo à inovação
O investimento português em Investigação e Desenvolvimento (I&D) continua "significativamente abaixo" da média europeia e é improvável que o país cumpra as metas definidas no programa estratégico Europa 2020, alertou a Comissão Europeia. Bruxelas concretiza que o investimento nacional em I&D atingiu a fasquia dos 1,59% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, quando o objetivo para 2020 consiste em elevar este valor para 3% do PIB. No entanto, "esta meta poderá ser difícil de alcançar", tendo em conta o processo de consolidação orçamental e de desendividamento da economia em curso", pode ler-se no documento.
Entre os problemas identificados está um "desajustamento parcial entre as necessidades da economia e as qualificações universitárias". Outro entrave é a "reduzida capacidade de absorção de conhecimento pelas empresas, que reflete o peso reduzido dos setores que dependem da investigação" na economia.
Bruxelas concluiu a análise sobre Portugal considerando que o esforço exigido pela aplicação do programa de ajustamento económico e financeiro definido pela Troika formada por Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia está a "testar os limites da capacidade administrativa do setor público".

Berlim não escapa às críticas
As autoridades comunitárias advertem que a Alemanha deve aprofundar as reformas que está a implementar para melhorar a sua economia, considerando "limitados" os esforços feitos ao nível da participação no mercado de trabalho, educação e serviços. Segundo Bruxelas, a economia germânica enfrenta problemas no médio e longo prazo, com as alterações demográficas a ameaçarem um impacto negativo no futuro potencial de crescimento e sustentabilidade das finanças públicas. Bruxelas sugere que Berlim atraia trabalhadores qualificados de outros países.
No mesmo sentido, as reformas apresentadas em França são insuficientes, com a estratégia de consolidação das finanças públicas a precisar de ser reforçada e a correção do défice excessivo em 2012 a precisar de esforços adicionais, em particular na "sustentabilidade do sistema de pensões a longo prazo". Ao nível dos impostos, Bruxelas critica a "falta de ambição" em algumas medidas fiscais, considerando discutível a eficiência das taxas reduzidas de IVA.

Défice britânico assusta
O relatório europeu destaca que o Reino Unido, "embora tenha começado a fazer progressos na redução do défice, ainda está previsto que se fique pelos 6,1% em 2012/2013", um dos níveis mais altos da UE. Deste modo, a consolidação orçamental é um desafio "urgente". No caso da vizinha Irlanda, o executivo de Durão Barroso recomenda firmeza na implementação do plano de ajuda financeira, reconhecendo que todas as condições do programa foram atingidas. "Os principais riscos no período que se segue estão relacionados com o clima externo adverso e, em particular, com o risco de desenvolvimentos desfavoráveis na Zona Euro". Em Itália, Mario Monti terá de ter em consideração que "os maiores desafios continuam a estar nas finanças públicas, mercado laboral, educação e regulamentação dos mercados, havendo espaço para tornar o sistema tributário mais favorável ao crescimento e para melhorar a eficiência da justiça".

Integração exige reforço
Ao nível da Zona Euro, a Comissão Europeia escreve que a recente deterioração da situação económica demonstra que os mercados continuam tensos e a confiança fraca. Perante este cenário, Durão Barroso defendeu a necessidade de maior integração, esperando que os líderes europeus acordem um "roteiro" para aprofundar a união económica e monetária.
A Comissão Europeia apresentou ontem as suas recomendações anuais de política económica para os 27 países da UE. No caso de Portugal, que está sob um programa de ajustamento (tal como Grécia e Irlanda), as recomendações estão subordinadas ao que foi definido no memorando de entendimento.
(31.05.12/Fonte : OJE)

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Famílias e empresas estão menos pessimistas

A confiança dos consumidores está a aumentar há quatro meses consecutivos.

Os indicadores de clima económico e confiança dos consumidores em Portugal voltaram a melhorar no último mês de Maio, apesar de estarem ainda próximos dos mínimos recorde recentes, divulgou esta manhã o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com a mesma fonte o indicador de clima económico subiu para -4,6 em Maio de 2012 contra -4,7 no mês anterior e o indicador de confiança dos consumidores melhorou para -52,6 em Maio de -53,3 em Abril de 2012.

A confiança dos consumidores está a aumentar há quatro meses consecutivos, contrariando o movimento descendente observado desde finais de 2009.

"O indicador de clima económico recuperou ligeiramente entre Março e Maio, após registar o mínimo da série", referiu o INE. De acordo com os mesmos dados "os indicadores de confiança da Indústria Transformadora e dos Serviços aumentaram, observando-se uma diminuição dos indicadores do Comércio e da Construção e Obras Públicas".
(18.05.12/Fonte : Diário Económico)

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Lisboa é a 58.ª melhor cidade do mundo para criar um negócio

Lisboa é a 58.ª melhor cidade do mundo para recrutar, contratar e deslocar colaboradores, numa lista de 131 cidades liderada por Nova Iorque, segundo o estudo "People Risk Index 2012", da consultora de recursos humanos Aon Hewitt.

O estudo, a que a agência Lusa teve acesso e que será lançado a nível mundial, avalia os riscos que as empresas correm com o recrutamento, emprego e deslocalização de funcionários em 131 cidades do mundo, considerando fatores como a demografia, o acesso à educação, o desenvolvimento de capacidades, as práticas de emprego e a legislação dos respetivos países.

"Pese a descida de oito lugares no People Risk Index e a conjuntura económica que atualmente se verifica em Portugal, com as empresas e as famílias a debaterem-se com dificuldades e o desemprego a atingir índices muito elevados, Lisboa continua a ser uma cidade favorável para o estabelecimento de negócios", indica o responsável da Aon Hewitt Portugal, Rui Silva, em documento enviado à Lusa.

Devido a "baixos índices de violência, estabilidade política, boas infraestruturas ao nível de parques empresariais e um sistema educativo capaz de acompanhar a demanda de quadros técnicos qualificados, Lisboa está a par de cidades como Milão e acima de cidades europeias como Roma, Atenas ou Budapeste, entre outras grandes cidades mundiais como Buenos Aires, São Paulo ou Joanesburgo", sublinha.

O principal fator de risco que se apresenta às empresas que queiram instalar-se em Lisboa é comum a outras cidades europeias: o envelhecimento da população e a redução do número de pessoas em idade ativa.

No estudo da Aon Hewitt, Lisboa surge à frente de cidades como o Rio de Janeiro, mas atrás de Madrid, Barcelona e Berlim.

A encabeçar o ranking das cidades com menores riscos do mundo encontram-se, a seguir a Nova Iorque, Toronto, Singapura, Montreal e Londres.

As menos desejáveis para os empregadores são Lagos (Nigéria), Adis Abeba (Etiópia), Bagdad (Iraque), Saná (Iémen) e Damasco (Síria).
(29.05.12/Fonte : OJE)

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10% dos portugueses têm mais do dobro da riqueza do resto da população (*)

A classe que maiores rendimentos é detentora de uma riqueza média superior a 500 mil euros por ano, o que significa sete vezes mais do que a classe com menores rendimentos. A sua riqueza é duas vezes superior ao conjunto das restantes classes.

A classe mais rica de Portugal, por rendimento monetário médio, tem uma riqueza líquida de 511 mil euros. Este valor compara com os 69,7 mil euros detidos pela classe com menores rendimentos. São mais 633%, de acordo com os dados divulgados no inquérito à situação financeira das famílias de 2010, publicado hoje pelo Banco de Portugal e pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em termos de riqueza líquida, a classe mais alta tem 805,1 mil euros, um valor que supera o conjunto da riqueza das outras classes, que perfaz 374,2 mil euros. É mais do dobro entre o que detém uma classe e o conjunto das restantes.

Em termos de activos financeiros, o relatório revela que são os depósitos a prazo os activos com maior peso, “representando quase 60% da riqueza financeira”.

É sem surpresa que as pessoas com escolaridade mais alta são as que detêm maior riqueza, segundo o mesmo relatório. E os dados indicam que os trabalhadores por conta própria têm uma riqueza três vezes superior à dos trabalhadores por conta de outrem.

São os indivíduos entre os 55 e os 64 anos que têm maior riqueza, bem como as famílias mais numerosas - entre quatro, cinco ou mais membros.

O relatório adianta ainda que “quase 40% das famílias estão endividadas, sendo o valor mediano da dívida de 31,7 mil euros”. “Cerca de 25% das famílias têm hipotecas sobre a sua residência principal e cerca de 3% têm hipotecas sobre outros imóveis. Quanto às restantes dívidas, 13% das famílias têm empréstimos não garantidos e cerca de 8% têm dívidas associadas a cartões de crédito, linhas de crédito ou descobertos bancários.”

Em termos de activos financeiros, o relatório revela que são os depósitos a prazo os activos com maior peso, “representando quase 60% da riqueza financeira”.(*: os dados são todos referentes a riqueza líquida e não a remunerações).(25/05/2012/Fonte : Jornal de Negócios)

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Construção civil perde 350 mil empregos em três anos

Escreve hoje o jornal i que na construção civil a quebra de concursos públicos provoca saída de 350 mil trabalhadores. O sector empregava 600 mil pessoas em 2010, 450 mil em 2011 e vai chegar ao final do ano com 250 mil

Segundo o jornal i, nos primeiros três meses de 2012 apenas foram lançados 457 concursos públicos, o que representa uma queda de 19% face ao mesmo período do ano anterior.

No que diz respeito a adjudicações, de acordo com a Associação das Indústrias da Construção Civil e Obras Públicas, registaram-se 859 concursos públicos adjudicados, o que representa uma queda de 20% em termos homólogos.(24/05/2012/Fonte : Diário de Notícias)

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Por dia 300 portugueses deixam de pagar empréstimos [no 1° trimestre]

O número de famílias com dificuldades em pagar os seus empréstimos continuar a aumentar.

Em março, os valores de malparado voltaram a atingir novos recordes e só no primeiro trimestre deste ano 27.800 portugueses entraram em situação de incumprimento, ou seja, por dia há mais de 300 portugueses que deixam de pagar os seus empréstimos.

Em cada 100 famílias com empréstimos à banca 15,3 já estão em situação de incumprimento, segundo os dados da Central de Responsabilidades de Crédito, do Banco de Portugal. Ou seja, no final de março deste ano o número total de portugueses com crédito vencido era de 698.422, ou seja, mais 27.822 face ao final de dezembro do ano passado.(22/05/2012/Fonte : Diário de Notícias)

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Dois terços dos trabalhadores em Portugal ganham menos de 900€

Mais de metade dos 63,5% que ganham abaixo dos 900 euros líquidos por mês têm rendimentos mensais que não ultrapassam os 600 euros

Em Portugal, quase dois terços dos trabalhadores na vida ativa ganham menos de 900 euros líquidos por mês, conclui o estudo "Um ano de troika e de governo PSD/CDS para os trabalhadores", organizado pelo economista Eugénio Rosa.

De acordo com as conclusões do estudo - que compara dados do primeiro trimestre de 2011 com os relativos ao mesmo período deste ano -, 35,5% dos trabalhadores por conta de outrem têm um rendimento salarial mensal líquido inferior a 600 euros, o que reflete um aumento de 1,9% face ao mesmo período de 2011, com 1,3 milhões de pessoas a ganharem até 600 euros líquidos por mês e mais de 2,3 milhões - 65,3% - ganhavam menos de 900 euros, mais 1,2% do que no período homólogo do último ano.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), entre 2011 e 2012, a percentagem de trabalhadores a receber salários líquidos inferiores a 310 euros também aumentou, de 3,7% para 4%, assim como os que têm rendimentos entre 310 e 600 euros (de 31,1% para 31,5%).

Em 2012, esta tendência de redução de rendimentos deverá aumentar: de acordo com as previsões da primavera divulgadas em maio, a Comissão Europeia prevê uma redução de 3,1% nos salários nominais dos trabalhadores portugueses (esta redução acompanha o aumento de IRS superior a 673 milhões de euros determinado pela diminuição de muitas deduções que tinham rendimentos do trabalho, acrescenta o estudo). Na administração pública, o valor atinge os 14%, na sequência da medida que retira aos funcionários públicos os subsídios de férias e de Natal, o que equivale a uma redução de 723 milhões de euros no seu rendimento disponível.(21/05/2012/Fonte : Dinheiro Vivo)

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Mais de 10 mil portugueses abandonaram o país nos últimos quatro meses

O número de desempregados que cancelaram as suas inscrições nos centros de emprego para emigrar subiu 42%.

De acordo com os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional, citados pela TSF, mais de 10 mil desempregados anularam por motivo de emigração as inscrições nos centros de emprego nos primeiros quatro meses de 2012, o que corresponde a um crescimento de 42% face a igual período de 2011.

Assim, números revelam que são pelo menos 85 os desempregados a sair, em média, por dia, do país. Mais de 2550 por mês. No total, foram 10202 os portugueses inscritos nos centros de emprego que anularam os pedidos de trabalho por motivo de emigração.

Em 2011, entre Janeiro e Abril, tinham sido apenas 7183, num número que já representava uma subida em relação a 2008 (5270) e 2009 (6093). O número de pessoas a sair do país para trabalhar, com base nos dados do IEFP, nos primeiros quatro meses de 2012 é claramente o maior dos últimos anos, ainda de acordo com os dados enviados à TSF pelo IEFP.

A mesma fonte revela ainda que são cada vez mais os desempregados com a inscrição anulada nos centros de emprego por faltas nos controlos postais ou incumprimento do dever de se apresentarem de 15 em 15 dias - 65330 nos primeiros quatro meses de 2011 e 67891 em 2012.

Pelo contrário, caiu 12% os desempregados que conseguiram encontrar trabalho, em Portugal, pelos próprios meios (44.105 em 2012 contra 50560 nos primeiros quatro meses de 2011).
(18.05.12/Fonte : Diário Económico)

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Taxa de desemprego entre os jovens atinge 36,2%

A taxa de desemprego para jovens entre os 15 aos 24 anos voltou a subir no primeiro trimestre deste ano e atingiu os 36,2%. Os números foram divulgados, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística.

Nunca a taxa de desemprego jovem teve um valor tão alto. Portugal atingiu um máximo histórico.

Em relação ao período homólogo, houve uma subida de 8,4 pontos percentuais no desemprego jovem.

Há agora, segundo os números do Instituto Nacional de Estatística (INE), 154,4 mil jovens desempregados. Este valor representa mais de um terço do total do grupo etário entre os 15 e os 24 anos.

Os mais jovens são, proporcionalmente, o grupo mais afetado pelo desemprego. A segunda taxa de desemprego mais alta é a dos jovens entre os 25 e os 34 anos, com um valor de 16,9%.

Segundo dados divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), metade dos jovens europeus sem emprego não aparece nas estatísticas oficiais de desemprego, uma vez que já desistiram de procurar trabalho.

O número de jovens entre os 15 e os 24 anos desempregados reduziu entre o final de 2011 e o início de 2012: caiu de 156,3 mil para 154,4 mil. Contudo, o número de jovens empregados caiu mais ainda: de 285,1 mil para 272,3 mil.

Esta diferença pode ser justificada com a passagem de 18 mil jovens da condição de população ativa para inativa. Por outro lado, verificou-se um fluxo migratório que também poderá justificar a oscilação.

Portugal foi visitado, em março, por uma "equipa de ação" da Comissão Europeia destinada a estudar a forma de utilizar fundos comunitários para reduzir o desemprego jovem.

Esta iniciativa foi lançada pelo presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, durante o Conselho Europeu de janeiro, e visa reduzir o desemprego jovem nos oito países da União com taxas mais elevadas.

Na definição europeia da taxa de desemprego jovem, Grécia e Espanha têm as taxas mais altas, acima dos 50 por cento, e Portugal é o terceiro país com mais jovens desempregados.

A taxa de desemprego total em Portugal no primeiro trimestre de 2012 atingiu os 14,9%.
(16.05.12/Fonte : Jornal de Notícias)

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Desemprego em Portugal continua o segundo mais elevado da OCDE

A taxa de desemprego em Portugal só é ultrapassada pela Espanha.

A taxa de desemprego média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) manteve-se nos 8,2% em março, nível que se regista desde Fevereiro de 2011.

Nos dados hoje apresentados pela OCDE, Portugal tinha a segunda taxa de desemprego mais elevada da organização (15,3%): inferior apenas à da Espanha (24,1%). Contudo, a OCDE não dispunha de dados para todos os seus 30 estados-membros; é provável que a Grécia tenha actualmente uma taxa acima dos 20%.

Há mais de um ano que a taxa de desemprego média da OCDE se mantém todos os meses nos 8,2%. No entanto, esta estabilidade esconde duas tendências distintas: o desemprego cresce na Europa, diminui nos Estados Unidos. A taxa nos EUA diminuiu 0,7 pontos percentuais no espaço de um ano; na Europa cresceu 0,8 pontos.

Os números do desemprego da OCDE para os países europeus são idênticos aos da taxa harmonizada do Eurostat, divulgada há algumas semanas.

Entre os países da União Europeia, a média da taxa de desemprego ascenda a 10,2%. Portugal e Espanha foram os países onde a taxa de desemprego mais cresceu entre março de 2011 e março de 2012: 2,9 pontos percentuais em Portugal, 3,3 pontos em Espanha.

Também hoje, a OCDE manifestou a sua preocupação pelo crescimento do desemprego entre jovens de 15 a 24 anos - que já atinge os 22,6% para a média dos 30 membros da organização. Em alguns países, contudo, a situação é muito mais grave: em Espanha e na Grécia a taxa ultrapassa os 50%, em Portugal está nos 36,1%. Estes dados não incluem muitos jovens que "desistiram de procurar por emprego".

Os valores da taxa de desemprego harmonizada do Eurostat não são necessariamente iguais aos da taxa oficial de desemprego calculada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Na quarta-feira, o INE divulga os seus números atualizados sobre o mercado de emprego, com dados para o primeiro trimestre deste ano.
(15.05.12/Fonte : Diário Económico)

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Carregadores elétricos de automóveis da [portuguesa] Efacec líderes de mercado com projetos em Chicago e Califórnia

Novos projetos em Chicago e na Califórnia asseguraram a liderança da Efacec no mercado norte-americano nos carregadores elétricos de automóveis, animado pelo investimento de grandes retalhistas como a Wallgreens ou Starbucks, disse à Lusa o responsável pela mobilidade elétrica.

"Neste momento somos líderes de mercado e, pelo andar da carruagem, não vai ser fácil tirar-nos de lá", disse Mário Coutinho em entrevista nos EUA.

A vantagem em relação aos seus 3 concorrentes no fabrico de carregadores rápidos (DC) esteve num desenvolvimento mais rápido da tecnologia, graças à parceria com a Nissan na Europa, mas também em "alguma dificuldade" técnica da concorrência.

A Efacec adquiriu nos Estados Unidos uma empresa de automação e redes inteligentes, a Advanced Control Systems, que lhe deu uma solução completa de gestão de redes de carregamento.

Fabricados em Norcross, Estado da Geórgia, os seus carregadores "QC50 Electric Vehicle DC" permitem carregar totalmente a bateria de um Nissan Leaf em 30 minutos.

Tem um contrato de longo prazo com a empresa 350 Green para fornecer 900 carregadores DC até final de 2014, que já estão espalhados pelo país, desde Chicago a Palo Alto, na Califórnia.

"Não há ninguém, nenhum fornecedor, que tenha nada que se pareça com isto", diz Mário Coutinho.
(14.05.12/Fonte : OJE)

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Exportações [portuguesas] aumentam 11,6% no primeiro trimestre

Mercados fora da Europa continuam a aguentar o ritmo do comércio externo.

As exportações nacionais somaram 11,4 mil milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, de acordo com os dados publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor representa um aumento de 11,6% face a igual período do ano passado.

No entanto, os dados do INE mostram que o ritmo de crescimento tem vindo a cair. Em Março, as vendas aumentaram 8,3% em termos homólogos, valor que compara com variações acima dos 15% em Janeiro e Fevereiro.

O crescimento das exportações continua a ser apoiado em larga escala pelo mercado extracomunitário. Entre Janeiro e Março, as vendas para fora da Europa aumentaram 32,3%, enquanto as exportações intracomunitárias cresceram 5,4%.

Nesse sentido, destaque para o facto de Angola aparecer como o quarto maior parceiro comercial do país no início do ano, atrás de Espanha, Alemanha e França. Itália, a contas com a crise de dívida, deixou de aparecer nos cinco primeiros.

As importações da economia portuguesa recuaram 3,3% em termos homólogos no primeiro trimestre, o que levou a um desagravamento do défice comercial em cerca de 1.670,3 milhões de euros.

Recorde-se que o Governo reviu recentemente em alta a previsão para o crescimento das exportações para o período 2012 - 2016. De acordo com o Documento de Estratégia Orçamental (DEO), as vendas ao exterior deverão crescer 3,4% este ano e 5,6% no próximo. O optimismo do Executivo neste capítulo é tal que prevê que Portugal passe a ter um supéravit externo já em 2014 - números que são contestados pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), num relatório enviado ao Parlamento na terça-feira. Consulte aqui o relatório do INE.
(10.05.12/Fonte : Diário Económico)

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Turistas gastam cada vez mais dinheiro em Portugal

Em 2011, o sector do turismo registou aumentos em todos os principais indicadores, apesar da instabilidade económica que afectou todos os principais mercados emissores. A nível interno, o ano foi de retracção, mas as subidas no lado dos visitantes estrangeiros compensaram. Os turistas continuam a preferir o Algarve, ficam sobretudo em hotéis de quatro estrelas. E, quando viajam de avião, escolhem as companhias tradicionais. No ano passado, gastaram mais 544 milhões de euros no país.

De acordo com uma análise do Turismo de Portugal, os hotéis receberam cerca de 14 milhões de hóspedes em 2011, especialmente nos meses mais quentes do ano. Entre Junho e Setembro, entraram 5,9 milhões de clientes na hotelaria (ou seja, 42% do total). Face ao ano anterior, registou-se um aumento global de 3,8%, apesar de ter havido uma quebra de 1,4% nos hóspedes portugueses. Do lado dos turistas estrangeiros, verificou-se um aumento de 8,8%, para um total de 7,4 milhões de clientes.

Apesar de o Reino Unido liderar o número de dormidas em Portugal, os espanhóis ocuparam a primeira posição do ranking, tendo dado entrada um total de 1,4 milhões de clientes provenientes do país vizinho nos hotéis nacionais. Os ingleses ficaram em segundo lugar, representando 16,7% do total. Seguiram-se os alemães e os franceses (com um peso de 10 e 8,9%, respectivamente).

Em 2011, Portugal registou 39,6 milhões de dormidas turísticas, o que significou uma subida de 5,8% face ao período homólogo. O Algarve manteve-se como o destino preferido dos viajantes, com uma quota de 35,5%, representativa de um total de 14 milhões de estadias. O maior crescimento foi protagonizado pela Madeira (a terceira região que reúne mais preferências, a seguir a Lisboa). O arquipélago assistiu a um acréscimo de 11,5% nas dormidas, passando a ter uma quota de 14%.

Em sintonia com os aumentos no lado da procura externa, os movimentos nos aeroportos também registaram uma evolução positiva, com uma subida de 8,6% no número de passageiros que chegaram em voos internacionais, alcançando um total de 12,2 milhões. Neste campo, as companhias de aviação tradicionais mantiveram a liderança, com uma quota de 56,4%. As low cost têm vindo a aproximar-se, tendo dominado 36,4% do mercado em 2011. Já os portos receberam mais 79 cruzeiros, que trouxeram 152 mil passageiros adicionais face a 2010.

Quanto ao tipo de alojamento escolhido, os hotéis de quatro estrelas destacaram-se, representando 22,9% das estadias registadas em 2011, depois de terem assistido a uma subida de 9,3% ao longo do ano. Apesar da actual crise, as cadeias hoteleiras de cinco estrelas tiveram um aumento considerável, na ordem de 18,3%, mas surgem apenas na quinta posição nas preferências dos turistas.

Ao longo de 2011, o sector gerou receitas de 8,1 mil milhões de euros, o que significou uma subida homóloga de 7,2%. Tratou-se de um acréscimo nominal de 544 milhões, suportado, em grande parte, pelos visitantes do Reino Unido. No que toca a despesas feitas por portugueses no exterior, houve uma quebra de 0,7%, para perto de três mil milhões de euros, o que fez com que o saldo da balança turística crescesse para 5,2 mil milhões de euros.
(09.05.12/Fonte : Público)

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Mês de Abril foi "o mais frio do século" em Portugal continental

O mês de Abril foi "o mais frio deste século" em Portugal continental, com uma temperatura média de 11.96ºC (graus centígrados).

O mês de Abril foi "o mais frio deste século" em Portugal continental, com uma temperatura média de 11.96ºC (graus centígrados), uma "anomalia de -1.20ºC" face ao valor normal registado entre 1971 e 2000, segundo o Instituto de Meteorologia.

Num comunicado hoje divulgado, o Instituto (IM) afirmou que as maiores diferenças no último mês de Abril em relação ao valor normal foram registadas na temperatura máxima, "com um valor médio no continente de 16.36ºC (anomalia de -1.82ºC em relação ao valor normal), o que corresponde ao sétimo valor mais baixo desde 1931".

A temperatura média mínima durante Abril foi de 7.56ºC, o que representa uma anomalia de 0.58ºC em relação ao valor normal.

A quantidade de precipitação, por seu lado, esteve muito próxima do valor normal (78.9 milímetros), nos 76.6 milímetros.

Considerando os níveis de precipitação, Abril foi classificado como normal nas regiões do Norte e Centro, excepto no Gerês e em Bragança, onde foi chuvoso, e na Serra da Estrela, onde foi muito chuvoso. Na região Sul, Abril foi um mês normal a seco, excepto em Sagres, onde foi chuvoso.

Quanto à seca meteorológica, esta foi uma situação que se manteve em abril para o território continental, mas verificou-se um "desagravamento significativo", deixando de se observar situações de seca extrema, a mais grave.

Na sequência da ocorrência de precipitação, "no final do mês de Abril, 59% do território encontrava-se em seca severa, 39% em seca moderada e três por cento em seca fraca", tinha já informado o IM na semana passada.
(09.05.12/Fonte : Diário Económico)

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Desemprego já supera os 20% em 12 cidades

A meio da tarde de um dia de semana, um homem de 30 anos mata o tempo a beber minis, sozinho, num café em Mesão Frio, no Douro. No concelho com mais desemprego do país, onde um quarto da população não tem trabalho, grande parte dos dias é passada ao balcão.

Foi assim que o SOL se cruzou pela primeira vez com Bruno Santos, há dois anos. Numa família de seis irmãos, quatro estavam sem emprego.

Vivia com a mulher em casa dos pais, com um filho recém-nascido. Ia emigrar para a Bélgica assim que lhe acabasse o subsídio de desemprego, mas só conseguiu fazê-lo há meses. Demorou dois anos até conseguir um trabalho que lhe permitisse "sair da zona de conforto".

«Foi embora em Fevereiro. Deixou a mulher e o filho cá», contam agora ao SOL, no mesmo café onde ocorreu o primeiro encontro, em 2010.

Há dois anos, o nosso jornal calculou a taxa de desemprego para cada concelho do Continente. Havia quatro vilas e cidades com mais de 20% de desemprego. Mesão Frio liderava a lista.

Repetimos agora as contas, com dados de 2012, e triplicou o número de concelhos com mais de 20% da população sem trabalho. Existem agora 12 vilas e cidades neste patamar. E revisitar as mesmas pessoas ouvidas há dois anos mostra que as dificuldades se intensificaram: o trabalho precário e a emigração são as únicas soluções para escapar ao desemprego.

«Sempre vivi com o FMI»
Mesão Frio continua a ser o concelho mais flagelado, com uma taxa de desemprego de 25,1%. Nesta região, muitos moradores viviam da agricultura e da construção, mas desde que parou uma das principais obras da região _– o Túnel do Marão – as dificuldades acentuaram-se. Tal como muitos outros, Bruno procurou a construção civil no estrangeiro.

No Douro, não foi preciso chegarem conselhos deste Governo para as pessoas começarem a emigrar. «Alguns desempregados mais novos estão a regressar à tradição de cultivar a terra, mas a maioria da população afastou-se do campo. Muitos estão a sair do país», relata ao SOL Álvaro Francisco Pereira. Este morador de Baião, um concelho vizinho de Mesão Frio e com 23,3% do desemprego, fez isso mesmo, há décadas atrás.

Foi professor de línguas e história em França, mas dificuldades no reconhecimento das suas habilitações, quando regressou a Portugal, impediram-no de trabalhar. Para efeitos fiscais, está sem rendimentos de trabalho desde 1994. «Tenho heranças de família. Mas se não fosse poupado e não vivesse atrelado à minha mulher hoje, provavelmente, seria sem-abrigo», desabafa.

Nas estatísticas, Álvaro é um inactivo desencorajado – alguém que deixou de procurar trabalho, porque considera que não vale a pena procurar, segundo a definição do Instituto Nacional de Estatística (INE). Mas, segundo ele, prefere assumir-se como um «desempregado de longa duração», a mesma definição que usou quando o SOL o encontrou em Baião há dois anos.

Aos 63 anos, continua a ocupar os dias na quinta, mas não tira qualquer rendimento dessa actividade: a madeira e a vinha dos seus terrenos dão mais despesas do que receitas, assegura.

Paga do seu bolso os medicamentos para aliviar o stress de guerra e ainda tem um filha a estudar. A pensão da mulher, professora aposentada, ainda dá para os gastos, mas terão de fazer mais contas à vida, porque vão ficar sem os subsídios de Natal e de férias – que nunca foram usados para esse fim. Há 25 anos que o casal não vai de férias. «Sempre vivemos com o FMI», ironiza.

Como sempre viveu abaixo das suas possibilidades, o casal ainda não teve de fazer mudanças substanciais no estilo de vida. Mas Álvaro teme pelo destino da região e do país. Os cafés e restaurantes estão desertos, à hora de almoço. E, na sua opinião, ainda não fecharam muitos porque há solidariedade entre comerciantes. Os talhantes aceitam que os restaurantes só paguem quando têm mais folga. E os restaurantes aceitam o mesmo dos clientes regulares. Afinal, a falta de negócio afecta todos.

«O melhor de Portugal – as pessoas que trabalham, que têm potencial – vai morrer mais cedo. Vão ter de trabalhar demais até aos 65 anos e depois estão gastas», remata.

Receber salário em champôs
No grupo de Rita Belinha e Gonçalo Sapage, dois amigos de Espinho, a entrada no mercado de trabalho, de uma forma consistente, teima em não acontecer. Ao fim de dois anos depois da primeira visita do SOL, a espiral de desemprego, estágios e contratos precários é de tal forma avassaladora que, quando contada, parece uma tragi-comédia.

Gonçalo, depois de vários anos entre o desemprego e contratos a prazo no El Corte Inglés e nos CTT, está agora, aos 30 anos, no terceiro contrato de dois meses com o Barclays, como comercial. Já a irmã foi para o desemprego depois de um estágio. A namorada também e, com o curso de Direito na Universidade Católica, está agora a concorrer para um emprego como controladora aérea.

Uma amiga, que tirou um curso de fisioterapeuta, trabalha numa padaria. Outra está desempregada e a única proposta que recebeu, nos últimos tempos, foi de uma empresa de cosméticos cujo salário seria pago em produtos capilares. «É pena que não dê para almoçar champô ou pagar a casa com pomadas para a seborreia», brinca Rita.

Depois da primeira visita do SOL, também Rita está novamente desempregada. Licenciada em Novas Tecnologias da Comunicação e a acabar agora um mestrado na mesma área, fez um estágio profissional na Academia RTP, em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), mas ao fim dos nove meses foi informada de que não iria continuar. As contribuições que fez para a Segurança Social não chegaram para ter subsídio de desemprego. Aos 24 anos, teve de regressar a casa da mãe, depois de ter arrendado casa. Sandro, o namorado, é um professor de Educação Física. Mas não conseguiu colocação este ano em nenhuma escola.

«Quem está a começar tem de sujeitar-se ao que a empresa define em termos monetários. Está tudo de forma tão terrível que as pessoas têm de trabalhar dez anos para ter um salário digno. Pedir um empréstimo para casa é impensável», lamenta Rita.

Pela primeira vez na vida, não fez férias de Verão no Algarve. A mãe é funcionária pública e o corte salarial falou mais alto.

Ao contrário de Mesão Frio e Baião, Espinho é um concelho urbano. A relativa proximidade do Porto fazia com que muita população trabalhasse nos concelhos limítrofes, mas o extenso areal dava-lhe trunfos no turismo local.

Mas as coisas mudaram. «As pessoas têm medo de arriscar. O comércio está a fechar, mesmo na rua mais movimentada da cidade. A culpa, muitas vezes, é dos senhorios, que querem rendas altas», considera Gonçalo, que até tem esperanças de que o contrato a prazo no banco se transforme num trabalho nos quadros, no final do mês.

Infelizmente, não pelos melhores motivos. «Com as novas regras de indemnizações de despedimento torna-se mais fácil depois mandarem-me embora. E sei que isso vai acontecer, mais ou menos dia. Estão a pedir cada mais licenciados para comerciais».

Resta-lhe o voleibol. Continua a jogar, na Associação Académica de Espinho, onde ter o 12º ano não é um factor impeditivo para assegurar um lugar nos quadros. Conheça o desemprego no seu concelho: Ficheiro PDF.
(08.05.12/Fonte : SOL)

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Hollande recusa disciplina alemã e quer Europa rumo ao crescimento

François Hollande confirmou as sondagens e os resultados da primeira volta. Derrotou Sarkozy e conseguiu o que nenhum canditado do Partido Socialista Francês conseguia há 17 anos: mandar no Eliseu. Hollande recusa disciplina alemã e quer Europa rumo ao crescimento Francois Hollande festeja com a companheira, Valerie Trierweiler, a vitória nas eleições presidenciais francesas.

S aber se foi Hollande a conquistar o poder ou se foi Sarkozy a perdê-lo poderá ser matéria de discussão, mas a porta do Eliseu por onde entrará o socialista não será certamente a pequena, onde, de resto, se cruzaria com o presidente cessante.

Na segunda volta de ontem, em que cerca de 80% dos eleitores franceses foram às urnas, Hollande ganhou com 52% dos votos, derrotando Nicolas Sarkozy (ficou-se pelos 48%), que procurava a sua reeleição.

"Assumo a derrota. Tentei dar o meu melhor para proteger os franceses", declarou Sarkozy, conformado, após o anúncio dos resultados.

O presidente cessante apostou tudo na relação com Angela Merkel e fez da Alemanha um exemplo na luta pela austeridade.A França não gostou e virou-se para François Hollande, que percebeu que a disciplina orçamental imposta pela Alemanha precisava de ser contestada.

O socialista, um deputado sem qualquer experiência governativa, propôs-se a cumprir uma tarefa que os cépticos garantem ser impossível: recuperar uma França estagnada e sem dinheiro a golpes de investimento de Estado.

Sendo certo que acrise não acaba com a eleição do candidato socialista, não é por acaso que Hollande declarou quea sua vitória trouxe à Europa a "esperança, com a ideia de que a austeridade já não é uma fatalidade". É preciso "reorientar a Europa para um caminho de crescimento", acrescentou.

É a palavra mágica da esquerda europeia para mobilizar os povos fustigados pela austeridade. O líder socialista português, António Seguro, reagiu com satisfação à vitória de Hollande, que, na sua opinião, devolve "a esperança em políticas de crescimento económico e de promoção do emprego que alivie os sacrifícios das famílias e das empresas". O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz declarou também esperar que que a vitória socialista francesa signifique que "haja impulsos fortes para o crescimento e o emprego na Europa".

É a vez do MerkHollande?
Resta portanto saber a resposta a duas perguntas. Será Hollande capaz de cumprir as suas promessas e provar que existe alternativa à austeridade? Como irá reagir Angela Merkel à vontade do socialista francês?

A dupla Merkozy acabou às mãos da crise. E mesmo que a chanceler alemã tenha telefonado a Hollande a pedir um encontro em Berlim e que tenha declarado que "vai trabalhar com a França para preparar um plano de crescimento para a Europa", a dupla MerkHollande vai ser mais difícil de se acertar.
(07.05.12/Fonte : Jornal de Notícias)

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Inovação portuguesa: Robô vigilante deteta intrusos e incêndios

Um robô que deteta intrusos, temperaturas demasiado elevadas ou inundações, pode passar a vigiar instalações de grandes dimensões, como armazéns ou centros comerciais, evitando situações perigosas para os seguranças, um projeto desenvolvido pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto.

"O robô vigilante transporta um conjunto de sensores, de fumo, gás, monóxido de carbono, temperaturas, ou inundações de água no chão, e faz rondas como se fosse um segurança", disse, esta segunda-feira, à agência Lusa um dos coordenadores do grupo de Robótica e Sistemas Inteligentes dos Laboratórios de Tecnologia e Ciência do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC TEC).

António Paulo Moreira explicou que o projeto "inclui câmaras de vigilância, mas também uma câmara térmica que vê a temperatura e deteta corpos quentes", tanto em caso de incêndio como de alguma máquina a aquecer demasiado, através de uma imagem em que a cor reflete a temperatura.

Trata-se de câmaras móveis interligadas com o sistema de segurança do edifício, que podem complementar a vigilância das câmaras fixas, mais habituais.

A "ronda" do robô vigilante, chamado de "Robvigil", é seguida em "tempo real" na sala de controlo da entidade, que pode situar-se na unidades ou num local distante.

Se o profissional de segurança "viu", através da imagem enviada pelo robô, uma pessoa que não devia estar naquele local e pretende interpelá-la, pode "entrar em modo de teleconferência", como se estivesse a fazer uma chamada de vídeo, com som e imagem, relatou António Paulo Moreira.

O especialista, também professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, referiu que, ao detetar situações anómalas, que "até poderiam ser perigosas para o segurança", como um assalto ou uma fuga de gás, "é possível enviar o robô ao local e tentar resolver".

O robô é adequado a espaços de grandes dimensões, em que seja necessário o vigilante "andar muito", como armazéns, centros comerciais ou garagens, até porque "tem um software que lê automaticamente matrículas de automóveis e pode detetar a presença de monóxido de carbono, um gás perigoso quando presente em determinadas quantidades", referiu ainda.

O projeto teve o trabalho dos investigadores do grupo de Robótica e Sistemas Inteligentes do INESC TEC e resultou de um pedido de colaboração de três empresas portuguesas que querem fabricar e comercializar o robô vigilante.

O primeiro "Robvigil" vai ter a sua apresentação pública no âmbito do Fórum do Mar, que decorre de quinta-feira a sábado, na Exponor, em Leça da Palmeira e deverá começar o "trabalho" numa empresa em julho, a título experimental.

"A ideia é exportar esta solução, em primeiro lugar para o mercado europeu", frisou António Paulo Moreira.

O valor total do projeto, que inclui toda a mão-de-obra das quatro entidades (três empresas mais o INESC TEC) e equipamento, atinge cerca de 150 mil euros.
(07.05.12/Fonte : Jornal de Notícias)

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Grécia e França decidem futuro este domingo

Este Domingo é dia de eleições na Grécia e em França. Tanto num caso, como no outro, não há vencedores antecipados. Hollande ou Sarkozy? Samaras ou Venizelos? O Negócios acompanha até dia 6 de Maio todos os detalhes sobre estas eleições.

17h05 A Grécia terá que "suportar as consequências", caso, no próximo domingo, eleja um governo que não respeite os compromissos assumidos pelo executivo de Papademos com a Europa, afirmou o ministro das Finanças da Alemanha, citado pela Reuters.

Wolfgang Schaeuble defendeu que o futuro governo da Grécia deve honrar os compromissos assumidos pela actual coligação. O responsável pela pasta das Finanças sublinhou que os resultados eleitorais em França e na Grécia não terão impacto nas políticas financeiras do seu país.

14h51 Cinco sondagens divulgadas entre ontem e hoje mostram que o candidato socialista François Hollande continua à frente das intenções de voto.

Em três destas cinco sondagens a distância entre os candidatos diminuiu após o debate televisivo de quarta-feira.

11h36 No próximo domingo, alemães e italianos também vão as urnas.

Na Alemanha decorrem as eleições na região norte de Schleswig-Holstein. De acordo com as últimas sondagens, o partido de Angela Merkel poderá perder o poder para uma coligação formada pelos sociais democratas e os verdes.

A 6 e 7 de Maio, 10 milhões de eleitores italianos deverão participar nas eleições locais. As sondagens dão vitória ao Partido Democrático. O partido de Berlusconi deverá ficar em segundo.

11h10 Na última sessão antes das eleições em França e na Grécia, a maioria dos mercados negoceia em terreno negativo. As excepções são a bolsa portugues, espanhola e italiana. Uma viragem à esquerda - caso Hollande ganhe as presidenciais francesas - "pode marcar o início de um movimento político anti-austeridade que pode espalhar-se por toda a Europa", afirmou um analista da Capital Spreads à agência Bloomberg.

10h51 As eleições legislativas de domingo vão custar aos contribuintes gregos 50 milhões de euros, avançou o ministro do Interior, de acordo com o "Athens News". Este valor representa uma redução face aos 83 milhões de euros gastos nas eleições de 2009. As legislativas de 2009 foram ganhas pelo PASOK, então liderado por George Papandreou. Os socialistas ocuparam 160 dos 300 assentos do Parlamento helénico.

10h25 O líder da Nova Democracia, Antonis Samaras, pediu aos seus eleitores um "mandato forte" que permita "mudar tudo". "Não quero governar com o Pasok. Se formarmos governo com o Pasok ficaremos reféns das suas políticas, com medo, a cada passado, que a coligação se desmembre", disse Samaras, ontem à noite, durante um comício em Atenas. "O nosso plano é simples: recuperação, coesão social, crescimento e segurança."

Quinta-feira, dia 4 de Maio

19h44 O resultado das eleições gregas continua a ser "altamente incerto". Num sufrágio em que vão participar 32 forças, Samaras e Venizelos deverão arrecadar o maior número de votos.

Mas a Nova Democracia, de Antonis Samaras, e o socialista Pasok, de Evangelos Venizelos, não devem conseguir uma maioria absoluta, o que poderá dificultar a nomeação de um primeiro-ministro e, posteriormente, de um governo que receba a aprovação parlamentar.

19h18 O candidato centrista às presidenciais francesas François Bayrou anunciou hoje que votará no socialista François Hollande.

"Eu vou votar em François Hollande", afirmou Bayrou, acrescentando no entanto que não dá indicações gerais de voto.

19h09 "A 6 de Maio, é esperado que a França vire à esquerda e eleja François Hollande, que questiona o novo pacto europeu orçamental de inspiração germânica, acordado no passado mês de Dezembro, e que apelou à Europa que dê enfase ao crescimento." Leia aqui o artigo de opinião de Jean Pisani-Ferry, director do think tank de economia internacional Bruegel, sobre as eleições francesas e o colapso da coligação holandesa.

18h59 Conheça aqui os 12 principais partidos a votos na Grécia.

Grécia e França vão a votos este Domingo. Os resultados estão em aberto. Em França, Hollande e Sarkozy disputam a segunda volta das presidenciais. As últimas sondagens dão vantagem ao candidato socialista.

Na Grécia, mais de 30 partidos participam nas eleições legislativas. Os dois principais candidatos – Antonis Samaras e Evangelos Venizelos – "arriscam-se" a alcançar, em conjunto, apenas 38% dos votos, "percentagem que não é suficiente para uma maioria parlamentar".

"Ofuscadas pela perspectiva de uma vitória socialista em França, as eleições legislativas na Grécia representam riscos muito maiores para a Zona Euro", escreve hoje o diário grego "Kathimerini".
(05.05.12/Fonte : Jornal de Negócios)

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Portugal: Vendas de carros novos sofreram queda de 42% em abril

O mercado automóvel em Portugal continua em forte contração, com as vendas de ligeiros de passageiros em abril a descerem 41,7%, em termos homólogos, para 8.400 unidades, numa sequência de quedas que dura há 16 meses consecutivos.

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), "em termos acumulados, no primeiro quadrimestre de 2012 as vendas de automóveis ligeiros de passageiros atingiram as 31.932 unidades, o que representou uma forte quebra de 46,8%, relativamente ao período homólogo de 2011".

Quanto ao mercado de veículos comerciais ligeiros, no mês de abril "assistiu-se a uma fortíssima queda de 63,1% em relação ao mês homólogo de 2011, tendo sido vendidos apenas 1.029 veículos. A situação do mercado sofreu um agravamento como resultado do forte aumento da carga fiscal verificado no início do corrente ano e que veio penalizar veículos inequivocamente de trabalho", realçou a ACAP.

No primeiro quadrimestre de 2012, o mercado situou-se nas 5.167 unidades, sofrendo uma queda de 55,1% face ao período homólogo do ano anterior.

Por último, o mercado de veículos pesados registou em abril "uma queda bastante acentuada", tendo sido comercializados apenas 110 veículos, o que se traduziu num decréscimo de 69,6% face ao mês homólogo do ano anterior.

No primeiro quadrimestre de 2012 as vendas não foram além das 689 unidades, tendo-se verificado uma queda de 51,1%, relativamente ao período homólogo do ano anterior.
(03.05.12/Fonte : Jornal de Notícias)

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Falências de famílias quase triplicam e representam 60% dos processos [em 2011]

Dados da Justiça revelam um máximo histórico de 5.753 falências de famílias em 2011.

Os níveis de insolvências decretadas pelos tribunais judiciais em Portugal, em 2011, atingiram um máximo histórico, totalizando 10.262 processos. Os particulares são os mais afectados, em consequência do desemprego e das medidas de austeridade, com o número de famílias falidas a ultrapassar o das empresas nessa situação: foram declaradas insolventes 5.743 famílias e 4.519 empresas. Os processos de pessoas singulares são duas vezes e meia mais do que em 2010 (2.251)

Este é o balanço oficial do Ministério da Justiça, de acordo com os últimos dados publicados no final de Abril, onde se conclui que desde o início da crise, em 2007, as falências decretadas pelos tribunais quase quadruplicaram, passando de 2.612 para 10.262.

Para este novo nível histórico contribuíram os valores recorde registados no último trimestre do ano com os tribunais a declararem a insolvência a 1.904 famílias, quase três vezes mais do que o valor registado no período homólogo de 2010 (766 processos), e a falência de 1.255 empresas. O peso das pessoas singulares do total das insolvências decretadas é já 60,1%, quase três vezes mais que as 125 famílias declaradas insolventes há quatro anos (no segundo trimestre de 2007). Há quatro anos, as famílias na falência pesavam apenas de 17,8% no total de processos.
(03.05.12/Fonte : Diário Económico)

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Portugal com taxa de 15,3% em março

Portugal chegou ao final de março com uma taxa de desemprego de 15,3 por cento, uma subida de 0,3 por cento face a fevereiro e a terceira mais elevada da União Europeia (UE), revelou hoje o Eurostat.

De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, apenas Espanha (24,1 por cento) e a Grécia (21,1, em dados que remontam a janeiro) se encontram em pior situação que Portugal.

Segundo o Eurostat, a taxa de desemprego avançou uma décima na zona euro em março, para 10,9 por cento, ao passo que no conjunto dos 27 da UE o valor estabilizou nos 10,2 por cento.

Áustria (4 por cento), Holanda (5,0) e Luxemburgo (5,2) são os Estados-membros onde o indicador é mais reduzido.

Relativamente a Portugal, registou-se ainda uma subida do desemprego entre os jovens (menos de 25 anos) de 35,4 por cento em fevereiro para 36,1 por cento em março.

O Eurostat calcula mensalmente uma taxa harmonizada de desemprego para todos os países da UE. Esta taxa utiliza uma metodologia comum a todos os 27 para permitir comparações. Os resultados do Eurostat não são necessariamente iguais aos obtidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
(02.05.12/Fonte : Diário de Notícias)

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