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09/11
Mais horas de trabalho ou menos férias já em 2012
A descida da Taxa Social única já deu o que tinha a dar. Agora, a alternativa para aumentar a competitividade das empresas passa pelos horários e dias de descanso, avança hoje o jornal i. A medida-bandeira de Passos Coelho pode morrer às mãos dos próprios sociais-democratas. O FMI abre a porta a alternativas acrescenta o i.
A medida foi sempre apresentada por Passos Coelho como a solução para melhorar a competitividade das empresas e criar emprego, mas agora são cada vez mais as vozes sociais-democratas a defender que o executivo deve pensar em alternativas à redução da taxa social única (TSU). Quais? Em cima da mesa estão propostas de aumento do horário de trabalho ou redução do número de dias de férias, escreve hoje o jornal i.
A medida emblemática do primeiro-ministro pode assim morrer às mãos do próprio partido. O primeiro a insurgir-se foi Marques Mendes, que defendeu um aumento de meia hora de trabalho por dia - uma proposta que não é descartada por Miguel Frasquilho.
O deputado acredita que é uma solução a "ponderar" e acrescenta a redução das férias anuais. "São medidas que servem para um aumento da produção", justificou ao i.(30.09.11/Fonte : Diário de Notícias)Contratos a prazo vão ser prolongados por 4,5 anos
O Governo quer alargar por mais 18 meses a duração dos contratos a prazo.
A proposta, ontem entregue aos parceiros sociais, vai fazer que, no limite, algumas pessoas fiquem com este tipo de vínculo precário por quatro anos e meio. A crise económica e a difícil situação das empresas foram invocadas para justificar a medida.(30.09.11/Fonte : Diário de Notícias)Turistas estrangeiros gastaram mais em Portugal
Um estudo revelou que entre maio e agosto deste ano as despesas de turistas estrangeiros em Portugal cresceram 13,23 por cento, face ao mesmo período do ano passado.
As conclusões são do estudo realizado pela Visa Europe, intitulado ‘Mediterranean Rim Tourism Monitor’, que revela que os turistas gastaram 872 milhões de euros em Portugal, comparativamente aos 770 milhões de euros registados no ano anterior.
Os consumidores franceses, diz o trabalho, são os que mais contribuíram para o valor das despesas efectuadas em Portugal, com um crescimento anual da despesa, no período entre maio e agosto, de cerca de dez por cento (de 254 milhões de euros em 2010 para 277 milhões de euros em 2011).
Por sua vez, o mesmo estudo a que a agência Lusa teve acesso, revela que a despesa dos turistas angolanos em Portugal cresceu 53,5 por cento, aumentando de 49 milhões de euros, entre Maio e Agosto de 2010, para 76 milhões de euros no mesmo período de 2011.
Já os turistas brasileiros efectuaram mais 34,8 por cento de despesas em terras portuguesas.
Retalho e hotelaria foram os sectores que mais beneficiaram com o aumento de despesas, aponta ainda o estudo da Visa, que teve por base todos os dados transaccionais transfronteiriços registados que envolvam a utilização de cartões Visa de débito, crédito e pré-pagos.(27.09.11/Fonte : Correio da Manhã)AICEP, IAPMEI e Turismo de Portugal poderão convergir para uma única agência
O Governo poderá agregar várias entidades numa só agência. Entre elas estão a AICEP, a IAPMEI e o Turismo de Portugal, de acordo com o estudo de diplomacia económica que está ser apresentado.
A AICEP, IAPMEI, Turismo de Portugal, DGAE, DGATE, GPEARI (excluindo gabinete de estudos) poderão evoluir a prazo para uma agência única de acordo com estudo diplomacia económica que está ser apresentado.
A diplomacia e segurança económicas devem ser inscritas pelo Conselho Superior de Informações nas prioridades do SIED e do SIS.
As propostas apontam para uma uniformização das redes externas aproveitando missões diplomáticas no mundo.
O estudo aponta também para um reforço do papel das embaixadas congregando redes diplomáticas, AICEP e Turismo de Portugal.
O relatório, que segundo Braga de Macedo, coordenador do estudo, tem 1.463 páginas, aponta cinco consensos e outros cenários que poderão ser escolhidos pelo Governo, mas a que os seis estudiosos não chegaram a consenso.
De acordo estão que o processo de diplomacia económica seja assumido pelo primeiro-ministro, mas abrangendo todo o Governo. Aliás, Braga de Macedo salientou, por várias vezes, que o relatório é um auxílio, mas as opções são políticas.
Além da coordenação macro feita pelo primeiro-ministro, há consenso sobre a necessidade de uniformizar as redes externas, sugerindo-se um reforço das embaixadas e a criação da figura de embaixador itinerante, para que a rede tenha uma maior abrangência.
Em todos os cenários se pressupõe a articulação do Aicep com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e com os privados. Também todos os cenários apontam para o reforço do IPAD (Instituto para o Apoio ao Desenvolvimento). No entanto, os cenários depois divergem sobre as competências de cada ministério, nomeadamente a integração do Aicep. O primeiro cenário é manter, do ponto de vista institucional, as instituições como as conhecemos, com pequenas alterações, mas que teria a vantagem de ser de fácil implementação, mas manteria a dificuldade na articulação do Iapmei com o Aicep.
O segundo cenário analisa uma situação em que o conselho de administração do Iapmei e Aicep se uniformizariam, com administrações cruzadas com o IPAD e Turismo de Portugal.
No terceiro cenário, a situação mudaria. O Aicep transitaria para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, excepto a gestão de fundos. Também a promoção de Portugal passaria para o ministério de Paulo Portas. Ou seja, é o cenário em que os Negócios Estrangeiros saem reforçados. E que a gestão de fundos de apoio passaria para o Ministério das Finanças. O que significa que Economia ficaria a tutelar Iapmei e Turismo de Portugal, sem fundos.
Estes são os três cenários bases, derivando deles dois outros cenários, prevendo-se a criação de um Gabinete de Investimento Privado, para grandes investimentos nacionais ou estrangeiros, à semelhança da extinta API. O GPI ficaria dependente do primeiro-ministro.
"A nossa visão unânime é que o processo implica liderança clara do Chefe do Governo", salientou Braga de Macedo.(26.09.11/Fonte : Jornal de Negócios)ONU: Português faz pleno nas intervenções dos países CPLP
O Português será a língua usada pelos governantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) nas suas intervenções do debate geral da Assembleia Geral das Nações Unidas, de decorre até dia 27 de setembro em Nova Iorque.
Para os ministros dos Negócios Estrangeiros dos «oito», que hoje se reuniram à margem da Assembleia Geral num restaurante próximo da ONU, trata-se de «consolidar o espaço» da língua portuguesa nas organizações internacionais, mas não ainda de avançar para um pedido do reconhecimento como língua oficial de trabalhos da organização internacional.
«Conseguimos todos usar o Português nas nossas intervenções», destacou à Agência Lusa após o encontro o ministro angolano George Chicoty, cujo país preside atualmente à CPLP.(23.09.11/Fonte : Diário Digital)[Bancos] Estrangeiros cortam crédito às empresas públicas [portuguesas]
O Credit Suisse é um dos bancos que tem recusado refinanciar algumas empresas públicas nacionais.
UBS, Crédit Suisse e Deutsche Bank negam financiamentos às empresas públicas, cuja dívida de 25 mil milhões pode obrigar Portugal a novo resgate.
Os bancos estrangeiros estão a cortar o crédito às empresas públicas portuguesas, colocando estas companhias a um passo da falência e tornando mais provável um novo pedido de resgate por parte do Estado, apurou o Diário Económico junto de fontes do sector financeiro. Nas últimas semanas, o Crédit Suisse, o UBS e o Deutsche Bank rejeitaram operações de refinanciamento de RTP, Refer, CP, Estaleiros de Viana, STCP e Metro de Lisboa.
A banca estrangeira quer reduzir a exposição a Portugal e aos outros país periféricos. Pelo que, nesta conjuntura, as fontes contactadas pelo Diário Económico consideram que a situação das empresas públicas é uma "bomba relógio" prestes a explodir e que poderá, inclusive, obrigar o País a um novo pedido de resgate.
"O empréstimo internacional [acordado entre o anterior Governo e a ‘troika'] deveria ter sido superior, para mais de 100 mil milhões de euros, precisamente para contemplar esta necessidade", defendeu uma das fontes, referindo-se ao financiamento de 78 mil milhões de euros concedido a Portugal.
Em causa estão largas centenas de milhões de euros em dívida que vence este ano, adiantaram as mesmas fontes. Em alguns casos, trata-se de contratos de financiamento com ‘rating target', isto é, que podem ser denunciados pela banca em caso de cortes na notação financeira das empresas. Mas houve também operações de dívida sindicada em que os respectivos leilões ficaram vazios devido à indisponibilidade da banca estrangeira, lembraram vários responsáveis do sector financeiro.(23.09.11/Fonte : Diário Económico)Crise : Risco de bancarrota das economias do euro em máximos históricos
Pagar para ter protecção contra o incumprimento da Alemanha, França, Itália e Espanha nunca foi tão caro.
Os ‘credit default swaps' (CDS) sobre obrigações do Tesouro (OT) funcionam como um seguro no caso de incumprimento de um Estado ou de uma empresa. E de acordo com o monitor da Bloomberg, os CDS sobre obrigações dos maiores países da zona euro estão hoje em máximos desde a adesão à moeda única europeia.
O custo para segurar a dívida soberana da Alemanha atingiu hoje os 107,25 pontos. Já em França os contratos fixaram-se nos 202,75, ao passo que em Espanha este instrumento vale 449,50 pontos. Os títulos italianos são no entanto os que apresentam o valor mais alto das maiores economias europeias: 547,125 pontos.
Também o preço dos CDS sobre Obrigações do Tesouro português subia 67 pontos base para 1.208,66 pontos, a subida mais expressiva no monitor da Bloomberg para 156 países.
Ainda assim, o custo de subscrição do 'seguro' para um eventual incumprimento da dívida grega é actualmente o mais elevado na Europa, isto apesar de estar a cair 1.436,7 pontos base para 3.533,66 pontos.
Tudo isto depois de o Fed ter decidido ontem comprar até ao fim de Junho de 2012 um total de 400 mil milhões de dólares das obrigações do Tesouro de médio e longo prazo do país, usando como pagamento as obrigações com maturidade inferior a três anos que detém.
O objectivo da "Operation Twist" é retirar pressão sobre os juros das obrigações com as maturidades mais alargadas e, no médio-longo prazo, melhorar o sentimento de confiança nos mercados.
"Os mercados tomaram nota dos alertas lançados pelo Fed em relação ao crescimento económico e aos riscos financeiros", referiu Mohamed A. El-Erian, especialista da Pacific Investment Management, à Bloomberg. Mas "os investidores reconhecem que o programa do Fed pode ter uma influência limitada na economia", acrescentou.
A deixar os investidores com os nervos em franja está também a situação da Grécia. O governo grego viu-se ontem forçado a ceder à 'troika' internacional, apresentando uma série de novas medidas de austeridade que atingem o coração e o bolso da função pública do país.
O novo pacote de austeridade contempla um corte de 20% nas pensões superiores a 1.200 euros e de 40% aos reformados com menos de 55 anos que recebam mais de mil euros. Além disso, inclui a redução de 30 mil postos de trabalho na função pública (3% do total).(22.09.11/Fonte : Diário Económico)Portugal com a 4.ª maior subida nas encomendas à indústria na UE em Julho
Portugal foi o quarto país da União Europeia com maior aumento nas encomendas à indústria em Julho, com uma variação homóloga de 19,6%, acima dos 8,4% registados na Zona Euro.
Segundo os dados divulgados hoje pelo Eurostat, em Julho de 2011 as encomendas à indústria aumentaram 6,8% nos 27 países da União Europeia face ao mesmo mês de 2010.
A Estónia foi o país em que o número de encomendas à indústria mais cresceu em termos homólogos (24,5%), seguindo-se a Lituânia, Bulgária e Portugal.
Comparativamente ao mês anterior, em Julho o índice de encomendas caiu 2,1% na Zona Euro (-1,2% em Junho) e 0,8% na UE27 (idêntica à de Junho).
Em Portugal, a variação foi de 1,8% (1,3% em Junho).(22.09.11/Fonte : OJE)Crédito às famílias volta a cair e malparado a atingir máximos históricos
Habitação e o consumo registam maiores quedas
O crédito concedido pelos bancos às famílias diminuiu pelo terceiro mês consecutivo em julho, 326 milhões de euros face a Julho, enquanto o considerado de cobrança duvidosa, o malparado, subiu pelo quarto mês consecutivo e bate novo máximo histórico.
De acordo com os dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal, o crédito concedido pelos bancos a particulares caiu de 141.575 milhões de euros em Junho para 141.249 milhões de euros, com a maior diminuição a surgir do crédito à habitação, que apresenta uma redução de 144 milhões de euros.
O crédito concedido para consumo também apresentou uma diminuição em Julho de 131 milhões de euros, tendência igualmente verificada no crédito para outros fins, que apresenta uma queda de 51 milhões de euros.
O malparado seguiu em sentido inverso, registando a quarta subida mensal consecutiva, com um aumento de 64 milhões de euros de junho para Julho. No total, 4.381 milhões de euros eram considerados de cobrança duvidosa em Julho, batendo novamente o seu máximo histórico.
Neste caso, foi o crédito concedido para outros fins que viu aumentar mais o malparado, em 41 milhões de euros de Junho para Julho, seguido do crédito à habitação, mais 31 milhões de euros, enquanto o malparado no crédito concedido para consumo apresentou uma ligeira diminuição da ordem dos 8 milhões de euros.
O crédito à habitação continua a ser o que mais peso tem no total destes créditos considerados de cobrança duvidosa, representando cerca de 46 por cento do total.(21.09.11/Fonte : Correio da Manhã)Aumentaram pedidos de subsídios de desemprego
Os pedidos de subsídio aumentaram 25% em Agosto. É a maior subida desde Julho de 2009, numa altura em que as regras destes apoios estão mais apertadas.
O "Diário Económico" escreve que o número de novos pedidos de prestações de desemprego aceites pela Segurança Social aumentou 24,7% em Agosto, face ao mesmo mês de 2010. Esta é a maior subida desde Julho de 2009, revelam os mais recentes dados publicados pela Segurança Social.
Dentro das 17.593 prestações deferidas no mês de Agosto, contam-se 2.687 subsídios sociais, que apontam para um crescimento homólogo de 19,7%, o maior crescimento desde Maio de 2009. Curiosamente, esta subida acontece precisamente no mês em que a nova lei de condição de recursos celebra um ano. Ou seja, o maior aumento do subsídio social sentido em mais de dois anos surge numa altura em que os beneficiários de apoios sociais já contam com um regime mais apertado.(20.09.11/Fonte : Diário de Notícias)Desemprego agrava-se no sector da construção civil
Quase 93 mil trabalhadores do sector da construção estavam desempregados no final do segundo trimestre deste ano, o que corresponde a cerca de 14% do número total de portugueses sem emprego.
Segundo os números fornecidos à Lusa pela Instituto Nacional de Estatística (INE), no segundo trimestre deste ano, a estimativa do número de desempregados à procura de novo emprego cujo sector da última actividade era a construção ascendia a 92,9 mil.
Este valor representa uma subida em relação aos primeiros três meses deste ano, quando o número de desempregados do sector da construção totalizava 91,3 mil.
No primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego em Portugal situou-se nos 12,1%, o que significa que 675 mil portugueses estavam sem emprego, 13,7% do quais oriundos do sector da construção.
A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) tem alertado para o facto de o sector ter em risco 140 mil postos de trabalho, devido à crise que o sector atravessa e à suspensão das obras públicas.
Neste sentido, a confederação presidida por Reis Campos tem reivindicado a aposta na reabilitação urbana e a readaptação das verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) numa tentativa de dinamizar o sector e estancar o desemprego.
Como consequência da crise do sector da construção, o número de empresas a fechar portas também tem aumentado.
Nos últimos doze meses, deixaram de operar no sector da construção 1.446 empresas ou empresários individuais, segundo dados da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS) divulgados este mês.(19.09.11/Fonte : Jornal de Notícias)Consumo das famílias agrava queda histórica em Agosto
Indicador que mede o consumo privado recuou mais de 4% em Agosto, acentuando a descida verificada no mês anterior, que já era a mais elevada em 30 anos. A actividade económica também está em contracção.
Os indicadores de conjuntura hoje divulgados pelo Banco de Portugal mostram que a economia portuguesa está a acentuar o movimento negativo, com o consumo das famílias a registar em Agosto uma queda ainda mais forte do que a verificada em Julho, que já tinha sido a mais elevada em 30 anos.
O Indicador Coincidente do Consumo Privado, divulgado pelo Banco de Portugal, registou uma queda homóloga de 4,1% em Agosto, o que representa a descida mais intensa desde pelo menos 1978, primeiro ano para o qual há registos sobre a evolução do consumo das famílias portuguesas.
Quanto ao Indicador Coincidente da Actividade, que avalia a economia da economia, a queda em Agosto foi de 2,3%, o que representa a mais forte desde Junho de 2,4%.
Julho foi já o nono mês consecutivo de quedas no consumo privado em Portugal, uma tendência que espelha as dificuldades das famílias portuguesas perante o aumento dos impostos e outras medidas de austeridade implementadas que têm impacto directo no rendimento disponível dos portugueses.
A actividade económica desceu em Agosto pelo sétimo mês, sinalizando que a economia portuguesa terá permanecido em recessão no terceiro trimestre.
A queda do consumo privado é uma das principais justificações para a quebra da economia portuguesa este ano. O PIB português recuou 0,9% no segundo trimestre, em termos homólogos, um desempenho que o INE justificou com a quebra no consumo e no investimento. Ainda assim, as previsões da troika apontam para uma queda de 2,2% no PIB português este ano.(16.09.11/Fonte : Jornal de Negócios)Portugueses estão a ser mais afectados pela crise, alemães nem por isso
Em 2009, apenas 47% dos cidadãos nacionais diziam estar a ser prejudicados pela crise económica. Em 2011, essa percentagem dispara para 80%.
São mais os portugueses e os norte-americanos afectados pela crise em 2011 do que aqueles que o eram em 2010. Em sentido contrário caminham os alemães e os turcos, que sentem um desagravamento da crise no presente ano.
Segundo o “Transatlantic Trends” relativo a 2011, publicado pelo German Marshall Fund of the United States, 80% dos portugueses indicam que estão a ser pessoalmente afectados pela recente crise económica.
Foi este ano que Portugal pediu uma assistência financeira internacional por não conseguir cumprir as suas obrigações. Em 2010, começaram a ser implementadas medidas de austeridade no país, com efeitos no consumo nacional, com o objectivo de impedir esse resgate.
Nesse sentido, em 2010, a percentagem de respostas positivas à pergunta “sente-se afectado pela crise financeira” era de 78%. Há dois anos, eram apenas 47% os que assinalavam sofrer com a crise financeira.
Pelo contrário, apenas 20% dos portugueses entrevistados no estudo não sofreram com a crise, neste ano. Em 2010, este número estava em 22% e, no ano anterior, em 52%.
A acompanhar Portugal no sentimento de um maior choque com a crise estão os Estados Unidos. Em 2010, 75% dos americanos sentiram que as contas das suas famílias foram afectadas pelas dificuldades económicas. Este ano, o número subiu para 82%.
Alemães e turcos menos prejudicados pela situação económica
O sentido inverso é verificado pela Alemanha e pela Turquia. 45% dos habitantes da maior economia do euro que responderam ao referido estudo consideram-se lesados pela actual situação económica. Uma percentagem que compara com os 54% verificados em 2010.
Da mesma forma, os turcos estão agora em melhor posição do que no ano passado. O desempenho da economia euro-asiática fez com que a percentagem de habitantes afectados pela crise descesse de 76% para 55% em apenas um ano, de acordo com o “Transatlantic Trends 2011”.(14.09.11/Fonte : Jornal de Negócios)Produção automóvel [em Portugal] cai 26% em Agosto
O número de veículos fabricados em Portugal desceu para 7.729 unidades em Agosto, devido à descida de produção nos comerciais e nos ligeiros de passageiros.
Os números hoje divulgados pela ACAP-Associação Automóvel de Portugal apontam para uma diminuição de 24,3% no fabrico de ligeiros de passageiros, em Agosto face ao mês homólogo de 2010, para 7.027 unidades.
Ainda assim, aquele que é de longe o segmento com maior peso na indústria automóvel portuguesa continua a registar um crescimento de 33,6% entre Janeiro e Agosto, face aos primeiros oito meses do ano passado, uma vez que a evolução nos meses anteriores tinha sido fortemente positiva. Até ao final do mês passado, tinham saído das fábricas portuguesas um total de 96.847 ligeiros.
Já o segmento dos veículos comerciais, o segundo mais importante, teve uma quebra ainda mais significativa tendo em conta apenas o mês de Agosto, de 39,5% face ao mês homólogo de 2010 (para 702 unidades). Ainda assim, em termos acumulados continua a registar-se um aumento de 12,9%.(14.09.11/Fonte : Público)Perto de 1500 empresas de construção encerraram nos últimos 12 meses
Quebra no valor das obras públicas adjudicadas. No segundo trimestre, foram licenciados menos 10,4% de edifícios
Desde Setembro do ano passado, deixaram de operar na construção 1.446 empresas ou empresários individuais, revela o relatório de análise de conjuntura da associação que representa o sector.
Segundo a Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS), são agora 61.492 as entidades a exercer actividade, menos 2,3% do que há um ano.
A conjuntura do sector, a que não está indiferente esta diminuição, traduziu-se, segundo a AECOPS, tanto no número de fogos licenciados a nível nacional, como no valor das obras públicas lançadas.
Houve, nos últimos 12 meses, menos 31% de novos fogos e uma quebra de 20% do valor das obras públicas adjudicadas no Continente. Não são revelados números absolutos sobre estes dados.
Considerando apenas as quatro áreas abrangidas pela associação – Algarve, Alentejo, Lisboa e Centro – a região sul é a que a que “mais fortemente” tem sido penalizada pela crise. A AECOPS fala mesmo numa “redução dramática” do valor das obras públicas lançadas, face à quebra de 52% até final de Agosto. O sul continuará a revelar uma “tendência mais desfavorável” do que a média nacional.
Segundo o Instituo Nacional de Estatística (INE), que hoje revelou dados do sector sobre o segundo trimestre, foram licenciados entre Abril e Junho menos 10,4% de edifícios a nível nacional, para 6,4 mil, face aos mesmos meses do ano passado.
Nestes, o número de fogos licenciados em construções novas para habitação contraiu 22,3% face ao ano passado.
A tendência não se repete, no entanto, no número de edifícios concluídos, que sobe 9,4%, para 8,9 mil. A trajectória é explicada pelo INE com uma “uma maior concentração da actividade da construção na conclusão das obras em curso”.
Outra das preocupações das empresas de construção tem a ver com o desemprego. O sector já representa 14,4% do número de inscritos nos centros de emprego a nível nacional. Desde Janeiro, mais de 48 mil postos de trabalho ficaram sem efeito na construção.
Também aqui o sul volta a diferenciar-se pela negativa. Para a AECOPS, o Algarve enfrenta uma situação “preocupante” quanto ao desemprego, já que, nesta região, 26% do total dos desempregados vem do sector da construção.(13.09.11/Fonte : Público)Mais de metade dos docentes do superior em risco de serem dispensados
Do total de 24.650 professores, cerca de 12.880 podem não vir a ter o seu contrato renovado.
Cerca de 12.880 docentes do ensino superior estão em risco de não verem o seu contrato renovado, durante o próximo ano lectivo. Um número que representa mais de metade (52%) do universo total de cerca de 24.650 docentes do ensino universitário e politécnico, que estão a leccionar a contrato a termo certo ou que são convidados pelas instituições de ensino, segundo dados avançados pela Fenprof ao Diário Económico com base nos números do GPEARI, o Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério da Educação e Ciência.
Esta é uma das consequências que os reitores já assumiram, caso não recebam a autorização do Governo para serem utilizados os saldos transitórios (as verbas que conseguiram do ano anterior) e venham a ser aplicados os 2,5% de cativação das receitas próprias. Para reduzir custos, "os contratos a termo certo podem vir a não ser renovados", admite ao Diário Económico a reitora interina da Universidade Técnica de Lisboa, Helena Pereira. Posição partilhada pelo vice-reitor da Universidade de Lisboa, Vasconcelos Tavares, que assegura que "é evidente que se não temos verbas, temos que reduzir muito pessoal docente".(12.09.11/Fonte : Diário Económico)Três vinhos portugueses estão entre os 25 melhores do mundo
Três vinhos portugueses foram eleitos para o grupo dos 25 melhores a nível mundial pela revista especializada Decanter, que anunciou ontem à noite os vencedores dos Prémios Mundiais do Vinho.
O Bacalhoa Moscatel 2004 foi eleito o melhor vinho licoroso a menos de 10 libras (11 euros), o Tagus Creek Shiraz e Trincadeira 2010 o melhor tinto de mistura a menos de 10 libras, e o Madeira Verdelho Henriques & Henriques 15 anos o melhor vinho licoroso a mais de 10 libras.
Hugo Campbell, importador e director da Ehrmanns wines, explicou que o "estilo português de moscatel está tornar-se mais conhecido [no mercado britânico] pela elevada relação qualidade-preço", como o Bacalhoa, que custa cerca de nove libras (10 euros), "tendo em conta que estes vinhos são envelhecidos cerca de seis anos".
Para Humberto Jardim, administrador, este é mais um prémio internacional para os vinhos da Henriques & Henriques, produtor de vinho da madeira que já tinha sido galardoado há dois anos pela Decanter, algo que admite ser "benéfico" para as vendas, embora não tenha quantificado.
O júri da Decanter avaliou no total 12.254 candidatos, dos quais 237 foram distinguidos com medalhas de ouro e 118 receberam troféus regionais.
Na lista dos vencedores internacionais estão também vinhos franceses, italianos, espanhóis, neo-zelandeses, argentinos e, surpreendentemente, um chinês, vencedor do prémio internacional de tinto varietal Bordéus a mais de 10 libras.
A Decanter afirma que "o país para o qual os consumidores e especialistas devem estar atentos é Portugal, que ganhou prémios para mais de 84% dos candidatos, incluindo três troféus internacionais". Este ano, Portugal igualou a França, país tradicionalmente reconhecido pelos seus vinhos, no número de prémios internacionais e ultrapassou-a no total de medalhas atribuídas este ano.
Os vencedores dos prémios partem agora em digressão por uma série de provas de vinho em 21 países, incluindo o Brasil, EUA, França, China e Rússia. Ganham também o direito de usar para efeitos promocionais o prémio e um autocolante nas garrafas com um D dourado correspondente à distinção feita pela Decanter, cujo efeito nas vendas é substancial.
Hugo Campbell, da Ehrmanns wines, revelou à Agência Lusa que uma recomendação como esta pode impulsionar as vendas em "30 a 40%".
A Decanter é uma revista especializada em vinhos com milhares de leitores em mais de 150 países, tendo lançado estes prémios internacionais em 2004.(07.09.11/Fonte : OJE)Pagamentos em atraso no Estado ultrapassam os 4 mil milhões
As autarquias e os hospitais EPE lideram a lista dos pagamentos em atraso no sector público verificados em Junho deste ano, que ascende a 4.051 milhões de euros, revelou esta terça-feira a Direcção Geral do Orçamento (DGO).
De acordo com a informação publicada no site da DGO, o atraso incide sobre as facturas correspondentes "ao fornecimento dos bens e serviços após o decurso de 90 dias, ou mais, sobre a data convencionada para o pagamento da factura ou, na sua ausência, sobre a data constante da mesma".
A administração local (as autarquias) lidera a lista que apresenta os pagamentos em atraso do sector público no valor de 1.633 milhões de euros.
A ocupar o segundo lugar na lista de devedores estão os hospitais com regras de gestão empresarial (Entidades Públicas Empresariais - EPE), com uma dívida de 1.345 milhões de euros, montante a que acresce a dívida do subsector da saúde, integrado nas administrações públicas, cujas facturas em atraso se fixam nos 240 milhões de euros.
A administração regional, ou seja, Madeira e Açores, surge no terceiro lugar da tabela de devedores, com pagamentos em atraso no montante de 634 milhões de euros.
De acordo com a DGO, "o stock dos pagamentos em atraso no fim de junho foi determinado através de um inquérito que abarcou 6157 entidades".
Acrescenta ainda que "o inquérito é desagregado segundo os agrupamentos da classificação económica que só são desagregados nas situações necessárias para permitir a consolidação dentro das Administrações Públicas".
O levantamento dos pagamentos em atraso foi entregue à 'troika' -- Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu -- a 31 de Agosto, ao abrigo do acordado no memorando de entendimento.(07.09.11/Fonte : Correio da Manhã)Fim do subsídio atinge quase 15 mil desempregados/mês
Cerca de 14 600 pessoas estão a esgotar, em média, todos os meses, o tempo do subsídio de desemprego.
O fenómeno deve-se sobretudo ao fim do período de duração da prestação, uma vez que a dinâmica de criação de empregos na economia é muito pobre e negativa há vários trimestres.
As regras aprovadas em 2010 ajudaram a afastar pessoas, mas o plano da troika aponta para critérios ainda mais exigentes.(07.09.11/Fonte : Diário de Notícias)Economia portuguesa estagnou no segundo trimestre de 2011
O Eurostat confirmou, esta terça-feira, a estagnação da economia portuguesa no segundo trimestre, face ao anterior, e a queda de 0,9% do PIB face ao período homólogo, indicando também um abrandamento do crescimento na Zona Euro e UE.
De acordo com as segundas estimativas divulgadas pelo gabinete de estatísticas das comunidades europeias, o crescimento económico na Zona Euro terá abrandado para os 0,2% do PIB deste conjunto de países, igual valor registado na União Europeia, comparando com o primeiro trimestre do ano.
No primeiro trimestre, em igual comparação, a economia da Zona Euro cresceu 0,7%, e da União Europeia 0,8%.
Os valores no segundo trimestre, quando comparados com o período homólogo de 2010, também denotam um abrandamento face aos valores do primeiro trimestre.
Nesta base de comparação, o crescimento económico no primeiro trimestre havia sido de 2,4% tanto para a Zona Euro, como para o conjunto dos 27 países que compõem a União Europeia, tendo neste trimestre crescido apenas 1,6 e 1,7%, respectivamente.
Prova deste abrandamento é também a estagnação do crescimento económico em França no segundo trimestre, face aos valores dos primeiros três meses do ano, e o crescimento residual verificado na Alemanha -- maior economia europeia -- que apresenta uma variação positiva de apenas 0,1% face ao primeiro trimestre do ano.
Portugal regista assim o pior crescimento a par da França e Hungria quando comparado com os primeiros três meses do ano (Irlanda, Grécia, Luxemburgo e Malta não apresentam dados) e é o único país a apresentar uma contracção do PIB quando comparado com período homólogo de 2010 (mais uma vez, Irlanda, Grécia, Luxemburgo e Malta não apresentam dados para o segundo trimestre deste ano).
Os valores revelados esta terça-feira pelo Eurostat para a economia portuguesa confirmam assim os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística a 16 de Agosto.(06.09.11/Fonte : Jornal de Notícias)Exportações para o Brasil cresceram mais de 50 %
A fugir da crise na Europa, os empresários portugueses focaram-se no mercado brasileiro, o que levou a uma alta de 50,6% nas exportações para o Brasil, apenas nos primeiros sete meses do ano.
De acordo com Arlindo Varela, representante da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, o crescimento ocorreu em função de um "redireccionamento" das exportações portuguesas, tradicionalmente voltadas para os parceiros europeus.
"Portugal sempre teve como foco de seu comércio exterior a União Europeia, com praticamente 80% de suas exportações destinadas aos parceiros europeus. Agora, com a redução do consumo nesses países, devido à crise, isso despertou o interesse em expandir as vendas no Brasil", explicou Varela à Lusa.
Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio brasileiro, o volume total negociado entre os dois países, no primeiro semestre deste ano, foi de 1,32 mil milhões de dólares (cerca de 574 mil milhões de euros), o que representou uma alta de 52 por cento em relação ao montante contabilizado no ano primeiro semestre do ano passado.
"O aumento ocorreu dos dois lados. Tanto Brasil exportou mais para Portugal, quanto Portugal exportou mais para o Brasil. Nossa balança comercial sempre fica superavitária para o Brasil, porém, proporcionalmente, tem havido um aumento maior das exportações portuguesas", destaca.
A considerar os sete primeiros meses do ano, de janeiro a julho, houve um aumento de 52,91% nas exportações brasileiras para Portugal, acompanhados de uma alta de 50,64% das exportações portuguesas para o Brasil.
O crescimento expressivo - que ele vê como uma tendência a ser esperada também para os próximos meses - teve ainda mais peso para Portugal, proporcionalmente, durante o passado.
Em 2010, as exportações portuguesas para o Brasil cresceram em 33%, em relação a 2009, enquanto as exportações brasileiras para Portugal aumentaram em 18%, na mesma base comparativa.
Varela explicou que os empresários portugueses tanto passaram a explorar mais os mercados nos quais já actuavam -- com destaque para produtos básicos e alimentos, como azeite, vinhos e bacalhau - como começaram a buscar outros nichos, até então pouco explorados.
"O Conselho realizou uma pesquisa e formulou uma lista dos mercados em que havia potencial de crescimento para produtos portugueses. São produtos que Portugal produz e o Brasil consome, mas ainda não compravam de fabricantes portugueses", explica.
A lista à qual se refere possui quase 50 itens que vão desde peixes secos e salgados (além do bacalhau) até peças de aparelhos eléctricos e electrónicos. A intenção é seguir o ritmo e buscar ainda novos sectores inexplorados.
Para tanto, ele lembra que no próximo dia 16 se realizará, no Rio de Janeiro, o 6º Encontro de Negócios Brasil-Portugal, que conta com o apoio do Conselho das Câmaras portuguesas.
O evento, que se tem realizado a cada dois anos, servirá como plataforma de debate para discutir as oportunidades de negócios entre os dois países, com foco nas potencialidades que virão a partir dos dois grandes eventos desportivos que o Brasil sediará em 2014 e 2016.(05.09.11/Fonte : Jornal de Notícias)O que vai ser cortado na Saúde
O ministro tem um grande desafio pela frente e como o próprio avisou, existem interesses privados "claros" e "fortíssimos" na área da Saúde.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo disse que os cortes na saúde vão incidir na indústria farmacêutica e nos prestadores de saúde privados, passando também pela redução das horas extraordinárias. O ministro assegurou que haverá um "esforço repartido" para poder proteger os mais carenciados.
Em Portugal, o Serviço Nacional de Saúde, é "universal e geral" e "tendencialmente gratuito", conforme disposto no artigo 64º da Constituição da República Portuguesa, onde está previsto que "todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica" tenham acesso à saúde.
O ministro tem um grande desafio pela frente e como o próprio avisou, existem interesses privados "claros" e "fortíssimos" na área da Saúde, mas que está preparado para essa luta.
Saiba quais as dez medidas que abrangem o Serviço Nacional de Saúde e que o podem afectar.
1. Até agora, a Administração Fiscal permite que por cada 100 euros de despesa com saúde (medicamentos, óculos, aparelhos para os dentes, consultas) se abatam 30 euros ao imposto a pagar. E estabelece ainda que não haja qualquer limite na declaração deste tipo de despesa. Em 2012 já não será assim
- No memorando que assinou com Portugal, a troika estipula que até ao final de Setembro legislação que crie "um tecto global" para estas despesas. A medida terá um forte impacto na factura de IRS das famílias
- Basta referir que os portugueses apresentaram uma média de 650 milhões de euros por ano em despesas de saúde ao longo dos últimos anos e que a troika quer que sejam eliminados "em dois terços do total" as deduções fiscais em encargos de saúde
2. Foi publicado em Diário da República o documento que oficializa a redução de 10% nas horas extraordinárias praticadas na área da saúde. A medida entrou em vigor no dia 1 de Agosto.
- O documento assinado pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Ferreira Teixeira, é claro: "os serviços e estabelecimentos da área da saúde (...) devem proceder à redução mensal, em 10 pontos percentuais, dos custos com trabalho extraordinário". É, assim, exigida por parte do Governo uma redução de 10% face à despesa com horas extraordinárias em igual período do ano passado
3. Os hospitais deixam de poder prescrever exames complementares para entidades exteriores ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)
- Na prática, significa que o exame complementar prescrito num hospital não poderá ser feito fora do SNS. "Os hospitais que integram o SNS devem assegurar a realização dos MCDT necessários aos seus utentes como regra, através da sua capacidade instalada", é referido no mesmo despacho
4. Uma circular normativa de 9 de Agosto determinou a suspensão dos reembolsos directos aos utentes, com efeitos a partir do dia seguinte
- A suspensão de reembolsos é válida para próteses, óculos, armações, lentes e calçado ortopédico, serviços de estomatologia, tratamentos termais e o transporte não urgente de doentes. Em 2010, estes serviços custaram cerca de 38 milhões de euros
- A assistência médica no estrangeiro, a assistência abrangida por legislação comunitária e as comparticipações no âmbito da ostomia vão continuar a ter direito ao reembolso directo, esclareceu a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS)
5. Hospitais e centros de saúde poderão ter que prestar contas todos os meses. Estes indicadores mensais de gestão de desempenho
- os indicadores a serem divulgados são indicadores de qualidade de serviço (taxas de re-internamento nos primeiros cinco dias), rácio entre consultas externas e urgências e desempenho económico-financeiro
6. O pagamento nas horas extraordinárias dos médicos baixam de 35 para 30 euros
- Publicado hoje em Diário da República, o despacho do secretário de Estado da saúde entra já em vigor a partir do próximo dia 01 de Setembro. Um médico especialista antes ganhava no máximo 35 euros por hora, a partir de agora vai passar a receber menos, 30 euros.
7. O plano do Governo para a Linha Saúde 24 passa por gastar menos 16,6 milhões de euros. O Ministério da Saúde decidiu não renovar o contrato que estava em vigor, lançando um novo concurso público. A empresa privada que vencer terá que prestar os mesmo serviços, mas com uma redução de lucros na ordem dos 10 por cento.
8. O Governo aprovou um diploma que facilita a entrada de medicamentos mais baratos no mercado.Esta proposta visa criar melhores condições de acesso dos medicamentos genéricos ao mercado, contribuindo para o aumento da respectiva quota de mercado e consequente redução dos custos com fármacos.
9. As taxas moderadoras vão aumentar e o Governo prevê mesmo acabar com algumas isenções ainda vigentes. É pelos rendimentos que vão passar a ser determinadas.
10. Apesar de nenhuma farmácia ainda ter aderido, o Ministério da Saúde mantém a intenção de prosseguir com o projecto de vender medicamentos em unidose.(02.09.11/Fonte : Dinheiro Vivo)Despedimento colectivo na Opway
A Opway vai avançar com o despedimento colectivo. Trabalhadores já começaram a ser contactados.
Albano Ribeiro adiantou à Lusa que a empresa está a contactar os trabalhadores individualmente com vista ao procedimento de despedimento colectivo, tendo o sindicato sido já abordado por cerca de uma dezena de funcionários.
Um trabalhador da Opway confirmou à Lusa a situação, dizendo estarem em causa centenas de postos de trabalho. Contactado pela Lusa, o presidente da Opway, Almerindo Marques, remeteu comentários para os serviços de comunicação da construtora, que se escusaram a tomar uma posição.
Já a 17 Fevereiro deste ano, o Diário Económico avançava que a Opway tinha iniciado um processo de despedimento colectivo que envolvia 65 dos seus colaboradores. A Opway é detida a 100 por cento pela Rioforte, sociedade de investimentos do Grupo Espírito Santo, e tem cerca de 650 trabalhadores, segundo o 'site' da empresa.
De acordo com a página da Internet, a empresa nasceu em Janeiro de 2008 após a aquisição da SOPOL pela OPCA, que foi uma das mais prestigiadas empresas a actuar no sector da engenharia, construção civil e obras públicas desde 1932, tendo assumido ao longo das últimas décadas uma posição relevante no sector.
A OPWAY desenvolveu vários projectos no mercado nacional como a subconcessão do Douro Interior e a variante da Trofa, além do edifício Municipal do Seixal, do edifício Parque Palácio no Estoril e do Fórum Barreiro, entre outros.(02.09.11/Fonte : Diário Económico)O IVA sobre a electricidade e sobre o gás natural sobe hoje de seis para 23 por cento, agravando a próxima factura destes serviços essenciais. A subida do imposto foi anunciado pelo Governo e decorre do memorando de entendimento assinado com a troika.
Trata-se do segundo aumento este ano da factura da electricidade e do gás que subiram, respectivamente, 3,8 por cento em Janeiro e 3,9 por cento em Julho, por indicação da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e subscrita pelo Governo.
O aumento da taxa de IVA de 6 para 23 por cento fará com que, na electricidade, uma factura de 45 euros - a média dos portugueses - passe para 52,02 euros, ao passo que, a nível de gás, uma factura de 25 euros sofrerá um aumento de cerca de quatro euros, para os 28,9 euros.
No total, os 70 euros gastos em média pelos portugueses em electricidade e gás serão actualizados para 81 euros por mês.
Desta forma, o Estado deverá arrecadar, até ao final do ano, cerca de 100 milhões de euros em impostos.
As empresas fornecedoras vão actualizar directamente o imposto, dado que o preço da energia é fixado pela ERSE, sobretudo no caso do gás natural, em que tudo é determinado por aquela entidade reguladora. (01.09.11/Fonte : Correio da Manhã)