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06/11

Bruxelas autoriza novo prolongamento de plano de apoio à banca portuguesa

A Comissão Europeia autorizou hoje um novo prolongamento, até 31 de Dezembro, de dois programas portugueses de apoio ao sector bancário, um de garantias e outro de recapitalização, cujos orçamentos são também aumentados.

Adoptados inicialmente em Outubro de 2008 (regime de garantias) e Maio de 2009 (recapitalização), no quadro do combate à crise financeira, os programas portugueses já haviam sido prolongados três vezes, a última das quais em Janeiro passado, até à data de hoje, sendo assim esta a quarta vez que Bruxelas dá luz verde a nova extensão dos planos de apoio.

A Comissão indica também que autorizou igualmente um aumento dos orçamentos de ambos os esquemas, para 35 mil milhões de euros no caso das garantias (que inicialmente eram no valor de 20 mil milhões), e para 12 mil milhões de euros no caso da recapitalização.

O executivo comunitário considera que os programas de recapitalização e de garantias respeitam as directrizes sobre as condições em que podem ser concedidos "auxílios de Estado" às instituições financeiros definido durante a crise, embora sublinhando que se trata de medidas limitadas no tempo e âmbito.

As autoridades portuguesas notificaram a Comissão Europeia em 15 de Outubro de 2008 da criação de um regime de garantia destinado a facilitar o acesso das instituições de crédito ao financiamento no contexto da crise financeira, tendo Bruxelas dado o seu aval ao programa a 29 de Outubro.

O regime concede garantias do Estado a contratos de financiamento e à emissão de dívida não subordinada de curto e médio prazo das instituições de crédito solventes com sede em Portugal.

O regime prevê um acesso não discriminatório, na medida em que estará disponível para todas as instituições bancárias solventes com sede em Portugal, mediante uma comissão a preços de mercado, em conformidade com as recomendações do Banco Central Europeu.

Em Maio de 2009, Bruxelas deu luz verde ao regime de recapitalização das instituições de crédito sedeadas em Portugal, que visa permitir a realização de injecções de capital nas instituições de crédito elegíveis, quer sejam financeiramente sólidas ou não, em troca de instrumentos elegíveis para os fundos próprios de base (acções ordinárias ou preferenciais).

Segundo Lisboa sublinhou na altura, a medida destina-se a criar as condições para que as instituições de crédito possam reforçar a sua base de capital para fazer face a eventuais prejuízos, em conformidade com as recomendações do Banco de Portugal.
(30.06.11/Fonte : Jornal de Negócios)

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Soares da Costa ganha concessão nos EUA no valor de 65 milhões de euros

A construtora liderada por Pedro Gonçalves ganhou o concurso para as obras de ampliação de uma auto-estrada na Florida, através da sua participada Prince.

“O Grupo Soares da Costa informa que a sua participada Prince, Inc., apresentou a melhor proposta para a ampliação de um troço da auto-estrada I-75, na zona de Tampa, na Florida, nos Estados Unidos”, diz o comunicado enviado hoje à CMVM.

“A obra compreende construção de 13 pontos, drenagens, movimentos de terras, pavimentações e reabilitação de estradas numa extensão de 13 milhas”, acrescenta a o grupo de construção.

O valor da obra ascende a 94,7 milhões de dólares, equivalente a 65,4 milhões de euros” ou 40% da carteira de encomendas da Prince, refere o comunicado.

No final do primeiro trimestre, o Grupo Soares da Costa detinha 100% da sua subsidiária para os Estados Unidos, através de uma participação indirecta.

As acções da Soares da Costa seguem a negociar inalteradas nos 0,40 euros, tendo negociado mais de oito mil títulos na sessão de hoje.
(30.06.11/Fonte : Jornal de Negócios)

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El Corte Inglés arranca com projecto de 200 milhões em Carcavelos

O grupo espanhol, El Corte Inglés, prevê a construção de uma das maiores obras na Península Ibérica, a arrancar já este ano. O projecto está previsto iniciar ainda este ano, em Carcavelos, e inclui uma loja, um hotel e alguns escritórios. Contudo, o projecto está para aprovação da autarquia de Cascais. No que toca ao investimento e ao número de colaboradores, estes serão relativamente os mesmos aos das lojas de Lisboa e Gaia. Isto é, 200 milhões de euros e cerca de 2 mil postos de trabalho directos e indirectos. O local do projecto está previsto na fronteira com o concelho de Oeiras, no lado sul da A5, perto da povoação do Arneiro.(30.06.11/Fonte : Diário de Notícias)

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Vivem em Portugal 10,56 milhões de pessoas

A população em Portugal aumentou cerca de 1,9% na última década - mais 199 mil pessoas que em 2001.

"A população residente em Portugal em 21 de Março de 2011 era de cerca de 10,56 milhões. Este valor representa um crescimento de cerca de 1,9% face a 2001", pode ler-se no relatório com os resultados preliminares dos Censos, divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Estatística.

Em relação às famílias, regista-se também um aumento em relação à última década. Em 2011 foram contabilizadas 4.079.577 famílias, o que significa um crescimento de 11,6%.

Os maiores crescimentos da população e das famílias, bem como dos alojamentos e edifícios, ocorreram nas regiões do Algarve e Autónoma da Madeira. Nestas regiões, o crescimento dos alojamentos atingiu níveis muito elevados, 36,9% e 36,0% respectivamente. Também os edifícios aumentaram significativamente em relação a 2001, 24,9% no Algarve e 23,0% na Região Autónoma da Madeira.

Os resultados preliminares dos Censos 2011 mostram que Portugal continua a ser um país com mais mulheres que homens. A relação de masculinidade (rácio homens/mulheres) continua a acentuar essa tendência, tendo passado de 93% em 2001 (dados definitivos) para 92% em 2011. Isto significa que existem actualmente 92 homens por cada 100 mulheres.
(29.06.11/Fonte : Diário de Notícias)

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Portugal duplica espaço para novas centrais fotovoltaicas

Tecnologias de concentração solar vão ter mais capacidade para crescer.
As empresas com projectos de centrais fotovoltaicas assentes nas tecnologias de concentração vão ter mais espaço para os implementarem. Uma portaria assinada ainda pelo anterior secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, e publicada no passado dia 24, mais do que duplicou o limite de capacidade nacional para a instalação de potência fotovoltaica em projectos de demonstração de novas tecnologias.
(30.06.11/Fonte : Jornal de Negócios)

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Governo prepara imposto extraordinário

Passos Coelho deverá anunciar taxa especial de IRS em 2011 perante receios de derrapagem orçamental.
O Governo está a estudar o lançamento de um imposto extraordinário ainda este ano para garantir que as metas de redução do défice negociadas com a troika são atingidas.

Em causa está uma taxa especial de IRS a recair sobre os contribuintes singulares, cobrada a título excepcional e de uma só vez, soube o Negócios junto de parceiros sociais que esta semana estiveram reunidos com o novo Executivo.
(29.06.11/Fonte : Jornal de Negócios)

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Conheça a nova equipa de secretários de Estado

A nova equipa de secretários de Estado será constituída por 35 governantes. Confira aqui os nomes apontados.

Secretário de Estado da Cultura - Francisco José Viegas

Secretário de Estado do Orçamento - Luís Filipe Morais Sarmento

Secretária de Estado do Tesouro e das Finanças - Maria Luís Albuquerque

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais - Paulo Núncio

Secretário de Estado da Administração Pública - Hélder Rosalino

Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Europeus - Miguel Morais Leitão

Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação - Luís Brites Pereira

Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas - José Cesário

Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional - Paulo Braga Lino

Secretário de Estado da Administração Interna - Filipe Lobo D'Ávila

Secretário de Estado da Administração Patrimonial e Equipamentos do Ministério da Justiça - Fernando Santo

Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares - Feliciano Barreiras Duarte

Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade - Teresa Morais

Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa - Paulo Simões Júlio

Secretário de Estado do Desporto e Juventude - Alexandre Miguel Mestre

Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional - António Almeida Henriques

Secretário de Estado do Emprego - Pedro Miguel Silva Martins

Secretário de Estado do Empreendorismo, Competitividade e Inovação - Carlos Nuno Oliveira

Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações - Sérgio Silva Monteiro

Secretário de Estado da Energia - Henrique Gomes

Secretária de Estado do Turismo - Cecília Meireles

Secretário de Estado da Agricultura - Diogo Santiago Albuquerque

Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural - Daniel Campelo

Secretário de Estado do Mar - Manuel Pinto de Abreu

Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território - Pedro Afonso de Paulo

Secretário Adjunto do Ministro da Saúde - Fernando Leal da Costa

Secretário de Estado da Saúde - Manuel Teixeira

Secretário de Estado do Ensino Superior - João Filipe Rodrigues Queiró

Secretária de Estado da Ciência - Maria Leonor Parreira

Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar - João Casanova de Almeida

Secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário - Isabel Maria Santos Silva

Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social - Marco António Costa

Subsecretária de Estado Adjunta do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros - Vânia Dias da Silva

Secretário de Estado adjunto do Primeiro-ministro - Carlos Moedas

Secretário da Presidência e do Conselho de Ministros - Luís Marques Guedes
(28.06.11/Fonte : Diário Económico)

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Portugal no maior salão aeronáutico do mundo
Paris Air Show Le Bourget 20-26 Junho

Projecto "Life" : Veja Aqui o Vídeo

Decorre de segunda feira dia 20 de junho ao domingo 26 de junho a maior feira aeronáutica do mundo em Paris, Le Bourget, onde este ano pela primeira vez da história o salão vai contar com a presença de um pavilhão nacional de Portugal com 34 empresas e organismos. A notável participação de Portugal nesta feira demonstra o nível de desenvolvimento das nossas competências nestes sectores de ponta que são a aeronáutica e as tecnologias espaciais. Da manutenção, engenharia, design, software, componentes aero-estruturas e transportes, todas as vertentes do sector aeronáutico estarão representadas nesta feira profissional.

De segunda-feira dia 20 a quinta-feira dia 23 a feira dedica-se exclusivamente aos profissionais do sector, período durante o qual os expositores ali presentes tentarão angariar um numero máximo de clientes. Visto a evolução do sector aeronáutico mundial e as suas fortes perspectivas de crescimento esta edição da feira projecta-se com boas expectativas de negócios, esperando que os empresários portugueses consigem novos negócios durante este período.

De sexta-feira dia 24 a domingo dia 25 de junho, o grande publico poderá, como habitualmente descobrir, ao vivo, um grande leque de aeronaves ali presentes. Podendo ainda ser espectador de demonstrações aéreas de vários aviões, inclusive aviões de caça, particularmente espectaculares.

A lista das empresas portuguesas presentes nesta feira pode ser consultada via o "Catálogo do Pavilhão de Portugal em Le Bourget". Note-se que junto ao pavilhão de Portugal, estarão presentes a TAP M&E e a OGMA, habituais participantes portuguesas nesta feira. No total o espaço de Portugal representa cerca de 400m2 de exposição.

Localizado no Hall 3 A40 - B59, o pavilhão de Portugal conta assim com a presença de 37 empresas, universidades, associações empresariais e uma entidade municipal.(18.06.11/Fonte : Luso Planet)

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SAIBA QUEM SÃO OS MINISTROS DE PASSOS COELHO

Clique nos nomes e fique a saber mais sobre o novo Executivo PSD/CDS-PP
Ministro de Estado e das Finanças - Vítor Gaspar
Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros - Paulo Portas
Ministro da Defesa Nacional - José Pedro Aguiar Branco
Ministro da Administração Interna - Miguel Macedo
Ministra da Justiça - Paula Teixeira da Cruz
Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares - Miguel Relvas
Ministro da Economia e do Emprego - Álvaro Santos Pereira
Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território - Assunção Cristas
Ministro da Saúde - Paulo Macedo
Ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência - Nuno Crato
Ministro da Solidariedade e da Segurança Social - Pedro Mota Soares
(17.06.11/Fonte : Diário de Notícias)

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Lista negra das Finanças tem quase 43 mil nomes e dívida de 3,2 mil milhões

Pagamento das dívidas permitiria ao Estado encaixar 3,2 mil milhões

O aviso de que o seu nome iria ser colocado na lista de devedores fiscais chegou já a mais de 92 mil contribuintes. Mais de metade optaram por pagar e evitar esta exposição pública. Em cinco anos, as Finanças recuperaram 1,4 mil milhões de euros.

Desde que a lista de devedores foi criada, foram já publicitados os nomes de 42 874 contribuintes. Que no seu conjunto respondem por uma dívida global de 3,2 mil milhões de euros. O Fisco conseguiu, entretanto, já recuperar 1,4 mil milhões de euros.(18.06.11
/Fonte : Jornal de Notícias)

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Mais turistas estrangeiros em Portugal este Verão

O Verão vai trazer este ano mais estrangeiros a Portugal do que no ano passado, segundo a maioria dos operadores turísticos inquiridos no Barómetro Academia do Turismo, do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo.

Os resultados do barómetro, na sua 36.ª edição, indicam que 58,8% dos inquiridos estima que o território nacional vai receber este verão mais turistas estrangeiros do que no mesmo período de 2010.

Sete em cada dez inquiridos acreditam que o volume de proveitos dos mercados internacionais vai ser "melhor", ou pelo menos "igual", ao registado em 2010. Quando questionados sobre a evolução do turismo interno, as perspectivas não são tão animadoras: 41,2 por cento prevê a quebra do número de turistas, e 62,9 % dos inquiridos antevê também uma quebra do volume de receitas.
(16.06.11/Fonte : Jornal de Notícias)

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Vinho Verde : Exportação rende 36 milhões de euros

O vinho verde está na moda e as exportações, que no ano passado bateram todos os recordes, têm tendência para crescer.

Manuel Pinheiro, presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, diz que na última década as exportações duplicaram, assegurando que representam já 30 por cento da produção.

"Este é o caminho, uma vez que o mercado nacional está estagnado. Os produtores devem apostar no branco, na reconversão da vinha e na qualidade das castas", afirma Manuel Pinheiro, lembrando que "o vinho verde representa vinte por cento do mercado dos vinhos em Portugal".

Em 2010, a Região dos Vinhos Verdes exportou quase 30 mil pipas de vinho, o que equivale a 20 milhões de garrafas, num montante próximo dos 36 milhões de euros. A Quinta da Lixa, no concelho de Felgueiras, é um exemplo de produção familiar que tem apostado na qualidade, na reconversão da vinha, em novos produtos e no mercado externo, vendendo hoje para 23 países.

"É um vinho leve e fresco, de baixo teor alcoólico e que tem grande facilidade de penetração em mercados tão exigentes como o alemão, o canadiano ou o norte-americano", disse ao Correio da Manhã Carlos Teixeira, enólogo responsável da Quinta da Lixa.

Diana Meireles, administradora da Quinta da Lixa, diz que "não chega produzir uvas de boa qualidade, é preciso inovar e ter padrões elevados em todo o ciclo de produção, de modo a que o vinho tenha uma identidade definida".

A Quinta da Lixa, que este ano assinala os 25 anos, atingiu na colheita de 2010 os três milhões de garrafas, entre branco, tinto, rosé e espumante. O volume de exportação rondou os 30 por cento, mas nos primeiros cinco meses deste ano já ultrapassou os 40 por cento. Uma das apostas desta empresa familiar é o enoturismo: recebe quatro mil visitantes por ano, pelo que está a construir um hotel rural com adega experimental e sala de provas.

UVA DA CASTA ALVARINHO É A MAIS CARA DO PAÍS
O vinho Alvarinho (sub-região de Monção e Melgaço) é um mundo à parte no universo dos vinhos verdes. É mais encorpado, mais completo ao nível dos aromas, tem um fim de boca mais prolongado e é bastante mais caro.

Aliás, a uva Alvarinho, ao produtor, é a mais cara do País, superando mesmo a do Vinho do Porto. No ano passado ascendeu a 1,2 euros por quilo, três vezes mais do que a uva branca de outras castas, como Loureiro ou Trajadura.

Em 2010, os 56 engarrafadores dos dois concelhos, incluindo a Adega Cooperativa de Monção, colocaram no mercado um milhão e meio de garrafas, o que representa um volume de facturação a rondar três milhões de euros.

Para João Cerdeira, da Quinta de Soalheiro, Melgaço, o sub-sector do Alvarinho atravessa um bom momento, mas alerta para o facto de ser necessário apostar ainda mais na exportação e no enoturismo.

"Recebemos aqui cerca de mil pessoas por ano que, para além de comprarem Alvarinho, almoçam e dormem na região, ou seja, enriquecem a nossa economia", explica o produtor, que espera ultrapassar este ano as cem mil garrafas.

DISCURSO DIRECTO
"ESTAMOS A DESPERDIÇÃO O ENOTURISMO": Manuel Pinheiro, Pres. da Comissão dos Vinhos Verdes
CM – O sector dos vinhos verdes está a resistir à crise?
Manuel Pinheiro – Graças ao mercado externo, sim. O nosso volume de exportações duplicou em dez anos, está nos 30 por cento da produção total, com tendência para subir. Vamos resistindo.
– O que mais o preocupa?
– Penso que há dois problemas que temos de resolver: os engarrafadores da região têm de se unir e fundir, 600 é demais, e temos de encarar com seriedade o desafio do enoturismo.
– Está pouco explorado?
– Infelizmente, tirando um ou outro caso, está praticamente tudo por fazer e é uma oportunidade de ouro que estamos a desperdiçar.
– Que conselho dá aos novos produtores?
– Que apostem no vinho branco, em castas de qualidade e na reconversão das vinhas existentes.
(14.06.11/Fonte : Correio da Manhã)

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Cientistas portugueses identificaram zonas de Marte onde vida é mais provável

Uma equipa de cientistas portugueses identificou os lugares de Marte onde é mais provável que possa existir vida e, ao mesmo tempo, menos inóspitos para os astronautas que venham um dia a aterrar no "planeta vermelho".

O geólogo Ivo Alves, da Universidade de Coimbra, disse à agência Lusa que o trabalho da sua equipa permitiu identificar os locais de Marte onde existem campos magnéticos que protegem a superfície do planeta e quaisquer formas de vida que possa albergar.

Ivo Alves explicou que "há 3500 milhões de anos", Marte teve um campo magnético a protegê-lo das radiações cósmicas, tal como a Terra tem, permitindo assim que a vida se desenvolva e evolua.

Mas o núcleo de Marte deixou de girar, é hoje sólido e não produz um campo magnético global para todo o planeta. O que resta são campos magnéticos "cristalizados nas rochas" que garantem que "zonas com milhares de quilómetros quadrados" têm protecção das radiações cósmicas.

"Esses campos remanescentes podem ter preservado das radiações e permitido que houvesse evolução", referiu o cientista, explicando que é nessas zonas que será "mais interessante apontar esforços para encontrar vida".

Ao mesmo tempo, quando um dia aterrarem seres humanos em Marte, poderão nessas zonas encontrar maior protecção sem terem que a levar consigo da Terra.

Apesar de o clima de crise financeira não ser propício a aventuras extraterrestres, Ivo Alves afirmou que "já existe tecnologia na Europa para colocar um astronauta em Marte", um projecto que teria mais hipóteses numa colaboração de vários países com mais meios, como a França, a Alemanha e Itália.

"Ou então será um país como a China, que pode tirar uma grande fatia do seu orçamento" para ir à conquista de Marte, apontou.

De qualquer maneira, para já a tendência é usar "o mais rápido, o mais pequeno e o mais barato": sondas não tripuladas e robôs.

Foi justamente com dados transmitidos pela sonda Mars Odyssey que a equipa de Ivo Alves, que incluiu ainda um biólogo e um astrónomo, conseguiu fazer o mapa das zonas com maiores campos magnéticos.

No total, analisaram "23 milhões de registos" da sonda, que leu os níveis de radiação a cada momento. Depois, foi descobrir de que locais vinham as leituras.

As conclusões deste e de outros estudos vão ser apresentadas a partir de segunda-feira numa conferência internacional sobre a habitabilidade em Marte, que decorre em Lisboa, numa organização conjunta das agências espaciais europeia e americana e da Universidade de Coimbra.

Especialistas de todo o mundo vão debater os avanços mais recentes no estudo das condições do planeta Marte que os cientistas admitem poder albergar vida.
(13.06.11/Fonte : Jornal de Notícias)

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Há alunos a abandonar a escola para ajudar a pagar contas em casa

Um pouco por todo o país há alunos a abandonar a escola por causa das dificuldades financeiras da família. Uns fazem-no para ajudar os pais, outros simplesmente porque deixaram de ter dinheiro para estudar.

No agrupamento de Escolas da Cruz de Pau, no Seixal, há mais mesas vazias nas salas de aula desde o final do segundo período.

"Este ano tenho recebido várias anulações de matrículas: dez, até agora. São de alunos do 9º ano ou com mais de 15 anos. Três delas tenho a certeza de que foram feitas por questões económicas, porque os alunos falaram comigo", conta à Lusa o director do agrupamento, Nuno Adeganha.

Os casos detectados aconteceram na escola do 2.º e 3.º ciclos, frequentada por cerca de 870 estudantes e "inserida num contexto económico frágil".

No entanto, sublinha Nuno Adeganha, os alunos que têm anulado as matrículas "não são dos bairros mais problemáticos. Pertencem à classe média baixa, são de famílias que de um momento para o outro deixaram de ter dinheiro para pagar coisas elementares. Dois dos casos são de famílias mono parentais, o outro é de uma família em que os pais ficaram desempregados", explica.

Na perspectiva do representante dos encarregados de educação do distrito, o cenário não é tão delicado como Nuno Adeganha o descreve. António Amaral, presidente da Federação Regional de Setúbal das Associações de Pais, afirma que "o abandono escolar está ao nível do ano passado" e considera que existem no distrito apenas casos "pontuais".

A Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) discorda e diz que o fenómeno acontece um pouco por todo o país. Manuel Pereira, presidente da ANDE, lembra que algumas famílias em situação limite vêem nos filhos uma fonte de rendimento extra: "Sei que há miúdos que estão a apoiar as famílias", diz.

Pessoalmente, Manuel Pereira conhece apenas um caso: "Um aluno meu que frequentava um curso de formação e o pai tirou-o da escola para ir trabalhar", revela.

Já o presidente do Conselho de Escolas, Manuel Esperança, diz que há regiões onde o trabalho sazonal tem forte impacto, "nomeadamente no Algarve, onde os alunos deixam a escola para ir trabalhar". O responsável conta à Lusa que o início da época balnear é sinónimo de salas de aulas mais vazias.

Há alguns anos "a taxa de abandono escolar em algumas escolas era surpreendente: era vê-los sair para ir trabalhar nas praias, nos bares e cafés", recorda.

Também neste sentido, o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais, Albino Almeida, admite "situações pontuais" em zonas com produção de calçado e vestuário, que nesta altura do ano "precisam de mais trabalhadores para acabar as encomendas a tempo de irem de férias".

Mas não considera generalizado o fenómeno do abandono escolar em prol da economia familiar. Até porque, defende, "o mercado não tem capacidade para absorver este tipo de mão de obra tão jovem e tão pouco qualificada".

Actualmente, os alunos só precisam de ter o 9.º ano ou 15 anos para poderem abandonar a escola. A partir de Setembro, o ensino obrigatório estende-se a 12 anos. E só o tempo vai poder dizer de que forma vai isso reflectir-se nos números do abandono escolar.

Este domingo comemora-se o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil.
(11.06.11/Fonte : Jornal de Notícias)

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Famílias sobreendividadas quase duplicam em Maio

O número de famílias sobreendividadas que pedem auxílio não pára de aumentar.

Em Maio, os processos chegados aos gabinetes de apoio aos sobreendividados (GAS) da Associação de Defesa do Consumidor (Deco) cresceram 88,3% face ao número de casos iniciados em igual mês do ano passado. Foram 403 os pedidos de auxílio entregues aos técnicos desta associação no último mês, contra 214 em Maio do ano passado, avança hoje o DN.

O agravar da situação económica, com os cortes salariais e a deterioração das condições laborais, a somarem-se à subida do desemprego, está a empurrar cada vez mais famílias da classe média para aflitivas situações de incumprimento crescente. Entre estas, começam a aparecer cada mais funcionários públicos, que perderam parte dos seus salários e prestações sociais, diz ao DN Natália Nunes, responsável pelos GAS da Deco.

Nos primeiros cinco meses deste ano, 1864 famílias em dificuldades já pediram auxílio a esta associação. Este número corresponde já a 65,7% do total de processos instaurados ao longo de 2010.

Os valores registados entre Março e Maio deste ano, com mais de 400 processos por mês, são os números mensais mais elevados desde 2000, ano em que a Deco iniciou a sua prestação de auxílio aos sobreendividados.
(10.06.11/Fonte : Diário Económico)

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Açores: Produção de queijo cresce 2,9 por cento

O Serviço Regional de Estatísticas (SREA) revelou esta sexta-feira que a produção açoriana de queijo cresceu 2,9 por cento no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2010, para 6.542 toneladas.

O queijo é um dos produtos de maior valor acrescentado da principal indústria do arquipélago e o acréscimo de produção registado entre Janeiro e Março resultou de uma quebra no volume de leite em pó produzido no período nas fábricas das ilhas.

Segundo o SREA, a produção açoriana de leite em pó baixou no primeiro trimestre deste ano de 4.746 para 4.042 toneladas, registando-se, pelo contrário, um aumento no volume de leite para consumo lançado no mercado de 22, 9 milhões para 28,3 milhões de litros.

O volume de leite entregue entre Janeiro e Março nas fábricas dos Açores, que concentram quase um terço da produção nacional, atingiu cerca de 128 milhões de litros, acusando uma quebra de um por cento face ao período homólogo de 2009.
(10.06.11/Fonte : Correio da Manhã)

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Famílias portuguesas põem travões recorde na factura do supermercado

Ao contrário da recessão de 2009, as famílias portuguesas não estão apenas a cortar nos bens duradouros: estão já cortar no consumo corrente.

Os dados do INE, hoje revelados, confirmam que a economia portuguesa entrou em recessão no início de 2011, em larga medida devido ao comportamento do consumo que sofreu, entre Janeiro e Março, a maior queda (2,6%) desde, pelo menos, 1996.

Enquanto a pressão dos mercados financeiros levou Estado a fazer cortes recorde nos gastos (- 4,3%), o “mix” de salários mais baixos, e preços e impostos mais altos forçou também as famílias a pôr travões a fundo no consumo (-2,1%).

Olhando mais de perto o comportamento dos gastos das famílias, sobressai a queda nos bens duradouros (automóveis e outros): 9,8%, quando ainda no trimestre anterior tinham subido 8,8%.

O INE chama, no entanto, a atenção para o facto de os dados relativos à recta final de 2010 provavelmente terem sido inflacionados por uma corrida à compra de automóveis, em antecipação do aumento da taxa normal de IVA e do Imposto Sobre Veículos, que entrou em vigor a partir do início de 2011, assim como do ao fim do incentivo fiscal ao abate de veículos em fim de vida para a aquisição de veículos novos não exclusivamente eléctricos.

Por outro lado, ainda que expressiva, a queda de 9,8% nos gastos em bens duradouros foi amplamente superada num passado recente: nos três primeiros trimestres de 2009 – quando Portugal vivia a última recessão - caíram sempre mais de 10% e, no primeiro trimestre, o recuo foi mesmo de 20%.

Bem diferente face a 2009 é a circunstância de as famílias portuguesas estarem já a cortar no consumo corrente. As despesas em serviços e bens correntes (que não alimentares) caíram no primeiro trimestre 1,7% - o maior recuo desde, pelo menos, 1996. Já a “factura do supermercado” – o consumo de bens alimentares – aumentou, mas apenas 0,4%, o que traduz também o valor mais baixo desde, pelo menos, 1996.

Estes dados acompanham a segunda estimativa do INE, que hoje reviu a evolução do PIB, apontando agora para uma quebra menor no primeiro trimestre, de 0,6% em vez de 0,7%, quer em cadeira quer em termos homólogos. Ainda assim, estes números confirmam que Portugal entrou em recessão no primeiro trimestre, ao acumular dois trimestres consecutivos de queda em cadeia do PIB.
(09.06.11/Fonte : Jornal de Negócios)

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Aumento das exportações melhora défice da balança comercial para 248,3 milhões

O défice da balança comercial portuguesa registou um desagravamento de 248,3 milhões de euros entre Fevereiro e Abril de 2011 face ao período homólogo de 2010, com a exportações a aumentarem 16,2% e as importações 8,8%.

Segundo os dados do comércio internacional do primeiro trimestre de 2011, hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de cobertura foi de 70%, o que corresponde a uma melhoria de 4,4 pontos percentuais face à taxa registada no período homólogo do ano anterior.

A instabilidade que se tem sentido nos países do Norte de África parece estar a afectar a importação de bens daquela zona geográfica, nomeadamente a importação de Combustíveis minerais da Líbia.

No entanto, adianta o INE, não se evidenciam ainda reflexos na exportação de bens para os países do Norte de África.

Em termos das variações homólogas, em Abril as saídas registaram um aumento de 15,1%, sobretudo em resultado da evolução positiva do Comércio Intracomunitário e as entradas também apresentaram um acréscimo de 9,6% face aos valores registados em Abril de 2010, devido ao aumento verificado fundamentalmente nas importações de bens originários dos mercados extracomunitários.

No que se refere ao comércio intracomunitário, os dados do INE revelam que no período de Fevereiro a Abril de 2011, as expedições aumentaram 16,7% e as chegadas 6,2% face ao mesmo período de 2010.

Já relativamente às variações homólogas, em Abril de 2011 o Comércio Intracomunitário apresenta acréscimos em ambos os fluxos, nomeadamente de 12,7% nas expedições e de 1,2% nas chegadas.

Nas expedições, refere o INE, contribuíram mais significativamente os aumentos registados nos veículos e outro material de transporte, nos produtos químicos, nas pastas celulósicas e papel e nas máquinas e aparelhos.

Em relação ao acréscimo nas chegadas, foram sobretudo os produtos plásticos e de borracha que mais contribuíram para essa variação. Já relativamente ao comércio extracomunitário, os dados do INE revelam que no período de Fevereiro a Abril de 2011, as exportações aumentaram 14,7% e as importações 17,0%, face ao mesmo período de 2010.

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 15,6% e as importações 12,7%, em comparação com igual período do ano anterior.

O saldo da balança comercial, com exclusão deste tipo de produtos, atingiu um excedente de 138,2 milhões de euros e a correspondente taxa de cobertura foi de 106,8%, enquanto nos resultados globais (incluindo os combustíveis e lubrificantes) se registou um défice de 1 308,9 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 66,4%.

Em termos homólogos, em Abril de 2011 ambos os fluxos apresentam acréscimos, de 22,4% nas exportações e de 36,9% nas importações, devido principalmente à subida dos combustíveis minerais, em ambos os fluxos.
(09.06.11/Fonte : OJE)

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Juros do crédito à habitação têm maior subida de sempre

A taxa de juro que inclui todos os encargos com o crédito para a compra de casa (TAEG) subiu, em Abril, de 4,2% para 4,64%, em média. Um acréscimo de 0,44 pontos percentuais, e a maior subida mensal de sempre. Mas apenas metade desta subida se deve a efeitos de aumentos do ‘spread' e do indexante, ou seja, 0,23 pontos percentuais. Os restantes derivam de aumentos de comissões e seguros por parte dos bancos que, com as receitas pressionadas por créditos antigos cujo ‘spread' não cobre o aumento de custos actual para os bancos, tentam assim aumentar as margens.

O crédito à habitação foi o mais pressionado com a subida dos juros em Abril, uma vez que a taxa média no crédito ao consumo permaneceu quase inalterada, e os juros do crédito para outros fins diminuiu em 0,21 pontos percentuais, para 6,21%. Isto apesar de o malparado na habitação permanecer estável desde Julho de 2009, em torno dos 1,72%, enquanto nos restantes créditos o incumprimento continua a aumentar de mês para mês, para níveis perto de máximos históricos. O malparado no total do crédito concedido aos particulares atingiu os 3%, o segundo valor mais elevado de sempre, enquanto nas empresas segue nos 4,78%. O nível de incumprimento no segmento de particulares está a ser pressionado principalmente pelo crédito ao consumo, onde o malparado atingiu os 8,61%, em máximos históricos. Também as empresas estão a pagar uma factura elevada para obter financiamento: às pequenas e médias empresas é-lhes cobrada, em média, uma taxa de juro de 6,66%, enquanto as grandes empresas pagam em média juros de 4,97%, as taxas mais elevadas desde Janeiro de 2009.

Em contrapartida os bancos continuam a aumentar a remuneração dos depósitos a prazo, cuja taxa sobe há 12 meses consecutivos. Em Abril atingiu os 3,33% em média, o que compara com os 3,13% pagos no mês anterior. Uma medida que está a dar resultados: desde o início do ano, o montante de novos depósitos cresce consistentemente acima dos nove mil milhões de euros mensais, valores que não eram vistos desde Julho de 2009. No entanto o volume total da carteira de depósitos aumentou apenas 504 milhões de euros, o que indica uma elevada rotatividade de depósitos.
(07.06.11/Fonte : Diário Económico)

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Portugal vira à direita e Sócrates demite-se do PS

O PSD foi o partido mais votado nas Eleições Legislativas de ontem, obtendo um total de 39,38% dos votos (à hora de fecho desta edição), resultado que, a somar aos 11,39% do CDS-PP, torna muito provável o estabelecimento de um governo de coligação entre estas duas forças, por forma a assegurar a maioria absoluta no parlamento.

Num acto eleitoral marcado pela discussão em torno do futuro do País, a braços com as exigências da ajuda externa, a necessidade de uma maioria parlamentar tem sido apontada como uma condição de estabilidade "sine qua non". As eleições legislativas ficaram marcadas pela viragem política no Parlamento e no Governo, mas também pela demissão de José Sócrates do cargo de secretário-geral do Partido Socialista (ver caixa). Até à hora de fecho desta edição, os resultados do PS ameaçavam mesmo tornar-se dos piores alcançados pelo partido em actos legislativos, com 28,25% dos votos expressos.

A abstenção, por seu lado, superou a das legislativas de 2009: 41,35%, contra 39,38%.

PUNIÇÃO
Politólogos contactados pela agência Lusa quando ainda decorria o apuramento dos resultados consideram que os eleitores puniram "a governação socialista" dos últimos anos e a "esquerda radical", optando por uma "mudança forte".O politólogo André Freire considerou - numa altura em que as projecções já davam o sentido do resultados final - que os portugueses optaram pelo "voto negativo de punição ao engenheiro Sócrates e da governação socialista pelos seus resultados". O professor do Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) disse ainda acreditar que a "concentração de votos no PS" não terá sido "provavelmente muito entusiástica", considerando que foi antes "um voto útil para conter o avanço da direita".

Para André Freire, o desfecho das eleições para a "esquerda radical" mostrou que "pode-se ser punido sem se estar no Governo". O politólogo disse que a concentração de voto no PS e um grande recuo do BE "pode significar que o protesto, só por si, não chega".

Também para o docente André Azevedo Alves se assistiu a uma vontade de "mudança forte" no panorama político português, embora os partidos mais à esquerda não tenham conseguido "capitalizar o descontentamento" dos tradicionais votantes do PS. Uma parte "muito substancial" do eleitorado base do PS não terá votado ontem, numa "punição forte" ao partido que terá contribuído para o número elevado da abstenção hoje registada, acredita o doutorado em Ciência Política e docente na Universidade de Aveiro.

"Sem ter seguido a campanha e considerando que o Governo do PS foi o que levou o país a um pedido de ajuda externa", o resultado do PSD "não será particularmente brilhante". Porém, "face à forma como correu a primeira parte da campanha, acaba por ficar como um bom resultado que certamente satisfará a direcção do PSD".

O país abriu um novo ciclo político com uma viragem ao centro-direita para uma legislatura que está condicionada pelo memorando de entendimento com a Troika. À hora de fecho desta edição PSD e CDS obtinham maioria absoluta.

José Sócrates: "A derrota é minha"
José Sócrates anunciou a demissão de secretário-geral do Partido Socialista (PS) na sequência da derrota eleitoral e o seu regresso a uma "vida inteiramente privada".

"Não me escondo atrás das circunstâncias. Esta derrota eleitoral é minha", disse, para, de seguida, sublinhar que é chegado o momento para um novo ciclo de liderança do PS: "O novo ciclo político será capaz de cumprir o principal dever, que é uma preparar uma alternativa consistente e mobilizadora".

Sócrates afasta-se da liderança do PS e regressa à militância de base, não assumindo o lugar de deputado. Afirmou que não ocupará qualquer cargo político nos próximos anos, encerrando uma etapa de um percurso de 23 anos.

"Estou profundamente grato aos portugueses por me terem dado a oportunidade para servir o país e os meus compatriotas", sublinhou no discurso no Altis, onde assumiu a derrota da campanha eleitoral, que "quem assume a posição de cidadão estará sempre na vida política", o que significa que como futuro militante de base será sempre uma voz reconhecida.

Num breve historial, muito emotivo, Sócrates reafirmou alguns "chavões" da sua campanha eleitoral, ao afirmar que "todas as lideranças cometem erros, cometi alguns, mas nunca cometi o erro de não agir, também não cometi o erro de fugir ou virar a cara às dificuldades".

Sublinhou que ao longo dos últimos seis anos, o PS "deu tudo o que tinha, honrando a sua identidade, soube ser solidário, um partido forte e de muita coragem, actuou em tempos muito difíceis que merecem ser estudados nos livros de história, aceitando correr o risco da impopularidade. O contexto económico não permite a devida visibilidade do que se fez". Sócrates afirmou, mais do que uma vez, que o PS será um partido disponível para o dialogo com o PSD.: "Nunca o país precisou tanto de diálogo e de entendimento como agora e isso não muda com o resultado das eleições. Os votos do PS estarão, como sempre, ao serviço de Portugal".

Terminou afirmando que "o PS travou por todo o país grandes combates pelas suas ideias" e sublinhou que não perderá "um momento a lamentar o que podia ter feito e não fiz. Não levo nem ressentimentos nem amarguras".
(06.06.11/Fonte : OJE)

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Função Pública perde 1,5% no subsídio de férias

Todos os funcionários públicos, no activo ou reformados, vão sofrer um corte no subsídio de férias de 1,5%.

O motivo é que o Orçamento do Estado de 2011 estipulou que os descontos para a ADSE se apliquem sobre os subsídios de férias e de Natal e segundo o Correio da Manhã, os serviços que processam os vencimentos já estão a preparar essa cobrança de 1,5% do subsídio.

As novas regras implicam que não só os empregados do Estado que já se aposentaram tenham de descontar a 14 meses para a ADSE, mas também os funcionários públicos no activo que entraram para o Estado antes de 2009 e que até agora descontavam apenas a 12 meses.

Num salário de 1500 euros brutos, são menos 22,5 euros no ordenado. E, como em Junho são pagos dois ordenados, os funcionários públicos que beneficiem da ADSE vão perder 45 euros.
(03.06.11/Fonte : Diário Económico)

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Azeite Gallo formalmente lançado na China

Os azeites Gallo foram hoje formalmente lançados em Xangai, a capital económica de um país cuja gastronomia tradicional não inclui aquele produto mas que se tornou em apenas dois anos o quinto mercado daquela marca portuguesa.

"Quando começámos a expandir internacionalmente a nossa actividade, em 2006, a China não existia. Era zero. Hoje, estamos em seiscentas lojas da China, sobretudo em Xangai, Pequim e outras grandes cidades", realçou à agência Lusa o presidente da Gallo Worldwide, Pedro Cruz.

No ranking da Gallo, uma marca quase centenária e vendida em cerca de 50 países, a China já ocupa o quinto lugar, a seguir a Portugal, Brasil, Venezuela e Angola. "Há três ou quatro anos, Portugal representava 70 por cento das nossas vendas, enquanto hoje está nos 25 por cento. É este o caminho. Um dia a China vai ser um grande mercado", disse Pedro Cruz.

O empresário considera, contudo, que a aposta naquele país, iniciada há dois anos, com um representante permanente em Xangai, "é um grande maratona e não uma corrida ao sprint".

O azeite, como produto associado à saúde, "está bem posicionado" nas preferências dos consumidores das classes média e alta chinesas, mas "não faz parte dos hábitos locais" e o mercado, neste setor, encontra-se ainda numa "fase muito embrionária", indicou Pedro Cruz.

"A China consome anualmente 38.000 milhões de toneladas de gorduras alimentares, sobretudo óleos", referiu.
(01.06.11/Fonte : Diário de Notícias)

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Vendas de materiais de construção caem quase 50 por cento homólogos no primeiro trimestre

As vendas no sector dos materiais de construção registaram uma queda de quase 50 por cento no primeiro trimestre de 2011, relativamente ao mesmo período de 2010, segundo a Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC).

De acordo com os dados fornecidos à agência Lusa pela APCMC, neste sector o volume de vendas em 2011 caiu 48,8 por cento relativamente ao primeiro trimestre de 2010.

O texto refere igualmente que 68,3 por cento do total das empresas indicam ter diminuído o seu volume de vendas face ao período homólogo do ano anterior, percentagem que se eleva para 72,2 por cento no caso do subsector retalhista.

Face ao trimestre anterior, ainda de acordo com a APCMC, as vendas no sector caíram 4,5 por cento, passando de um saldo negativo de 34,7 por cento para 39,2 por cento.

Os dados mostram que os “preços de venda” voltaram a subir pelo segundo trimestre consecutivo, desta vez 9,1 por cento, contra os 3,6 por cento do trimestre anterior.

A Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção tem actualmente 341 associados.
(01.06.11/Fonte : Público)

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Vendas de automóveis ligeiros desceram 23,9 por cento nos primeiros cinco meses

As vendas de automóveis ligeiros novos desceram 23,9 por cento nos primeiros cinco meses do ano, face ao período homólogo, afirmou à Lusa a associação de comerciantes, que admite que o sector vive “momentos de grande dificuldade”.

A crise económica está a reflectir-se também nas oficinas automóveis, segundo Jorge Nunes da Silva, da Associação Nacional das Empresas do Comércio e Reparação Automóvel (Anecra).

Está a ser feito um estudo sobre o impacto da crise nas oficinas de reparação automóvel, que ainda não está terminado, mas o secretário-geral da Anecra acredita que “a situação este ano pode ser mais grave do que em 2010, quando fechavam quatro a cinco empresas por dia”.

A possibilidade de muitos portugueses, que se vêem com uma significativa redução dos rendimentos, poderem estar a poupar nas revisões dos automóveis, preocupa os responsáveis da Anecra, não só pelo impacto que terá no sector da reparação, mas ainda pelas consequências ambientais e na segurança rodoviária.

Os veículos poderão estar a circular em condições de segurança mais frágeis e muitos portugueses poderão procurar fazer as revisões automóveis em casa, o que levanta a questão: “O que fazem aos óleos usados? Provavelmente deitarão nas sarjetas e nos campos, com grave impacto ambiental.”

Jorge Nunes da Silva afirma que esta crise está a afectar gravemente o sector, mas “pode ser ao mesmo tempo uma oportunidade”. Recorda a realização do 7.º Encontro Nacional da Reparação Automóvel, que decorre este fim-de-semana no Porto, em que vão ser discutidas todas as questões que afectam o sector.

Uma das novas questões que terão repercussões no sector da reparação automóvel tem a ver com a proposta da Comissão Europeia que “vai permitir que os proprietários de automóveis possam fazer reparações em oficinas independentes sem perderem o direito à garantia da marca”.

São muitos os factores que determinam a situação de quebra das vendas de veículos automóveis novos, desde logo o rendimento das famílias, mas também o baixíssimo índice de confiança. “Quando as pessoas vivem numa incerteza sobre o futuro, não fazem compras com impacto financeiro para os anos seguintes”, explica Jorge Nunes da Silva.

O contínuo aumento dos preços dos combustíveis, o aumento dos impostos, a alteração ao sistema de incentivo aos veículos em fim de vida, as alterações das taxas com incidência no preço dos veículos, tudo isto afecta o sector automóvel.

Preocupa também os responsáveis da Anecra o crescimento da economia paralela no sector da reparação. “Não temos números, esta deve ser uma preocupação da ASAE, porque é uma actividade económica sem controlo, que foge aos impostos e afecta a concorrência leal”, diz Nunes da Silva.

Perante a situação que se vive no sector, o secretário-geral da Anecra afirma que se vai mudar o paradigma português quanto à compra e venda de veículos automóveis particulares.

“Há uns anos as pessoas trocavam de carro, em média, de quatro em quatro anos, com o cenário que vivemos acredito que daqui a alguns anos os portugueses passarão a trocar de veículo de dez em dez, ou de 11 em 11 anos”, concluiu.(01.06.11
/Fonte : Público)

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