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01/11
Portugal: Lojistas com quebra de 30% nos saldos [de Inverno]
São de entre 25% a 30% as quebras na facturação nos saldos de Inverno, a decorrer até 28 de Fevereiro. De Norte a Sul do país, sucedem-se as histórias de comerciantes em apuros para manter as portas abertas. Mesmo com 70% de desconto, os clientes não compram.
"Não houve reacção dos consumidores à época de saldos", comenta Maria do Céu Prim, secretária da União de Associações do Comércio e Serviços e presidente da Associação Comercial de Moda do Distrito de Lisboa. O resultado dessa indiferença dos consumidores àquela que, em tempos, teria sido a época mais esperada do ano, é uma "quebra de 25% em relação ao ano anterior", que já foi apontado como sendo um ano de quebras.
"Neste momento, há situações muito preocupantes de comerciantes em dificuldades, a fechar portas, a recorrer a ajudas familiares para subsistir", relata a empresária, que recusa culpar apenas a crise por tal descalabro. "A grande machadada no comércio tradicional foi o decreto-lei que permitiu todas as liberdades às grandes superfícies", aponta, acusando os hipermercados de "matar todo o comércio, impondo a lei dos mais fortes, afectando a concorrência, os trabalhadores e o país, uma vez que não compram os artigos na indústria nacional e o próprio capital é, muitas vezes, estrangeiro".
Armazéns cheios sem escoar
Também Vasco Mello, vice-presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, adianta que os comerciantes portugueses estão "muito pessimistas", pois a recessão prevista no final de 2010 "vai confirmar-se agora e 2011 não será muito melhor". Ciente das dificuldades nas zonas do país mais afectadas pelo desemprego, o representante diz, ainda, que "no Norte, principalmente, os comerciantes estão dependentes das receitas dos saldos para comprar mercadorias e, neste momento, correm o risco de não conseguir renová-las". Esse é o maior receio de Miguel Dias, proprietário da sapataria "Praça do Feirante", no Porto: "Estou a vender artigos ao preço de custo, porque vale mais perder dinheiro do que não conseguir comprar a nova colecção. Mas, com as quebras que tenho tido (30%, só em Janeiro), estou a ver que vou ter de ir buscar artigos da Primavera passada e colocá-los em promoção, porque não está a vender-se nada".
Habituado a clientes que procuram preços em conta, o comerciante confessa que tem "um receio medonho do que o futuro traz", pois com os "cortes nos ordenados da Função Pública e o desemprego, há muita gente a passar fome nas cidades".
"Não há dinheiro, nem mesmo para comprar em saldos", resume Júlia Lima, responsável pela loja Fabio Lucci, da Rua do Bolhão, no Porto, que aumentou a agressividade da campanha de saldos, oferecendo duas peças em quatro.
O presidente da Associação de Comerciantes do Porto, Nuno Camilo, considera que as dificuldades já são para todos e encontra aí explicação para "as grandes superfícies fazerem campanhas e ofertas, para diminuir as quebras".
Dá a ideia, inclusive, que quanto maior o desconto, mais fogem os clientes. "A Blanco já tem a colecção nova toda exposta, está cheia de gente e há poucos artigos em saldos", comenta uma vendedora concorrente.
"Já não sabemos o que fazer para convencer os clientes a entrar na loja, só porque não temos um nome sonante", acrescenta Bárbara Almeida, da Tanara, na Rua de Santa Catarina, no Porto.
"Estamos com perdas, certamente, a rondar os 30% na região", revela, também, João Rosado, presidente da Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve. Sem turistas que compensem pela diminuição do consumo interno, nesta época do ano, vão promovendo "feiras de stock-off para haver oportunidades de escoar stock fora de saldos".(31.01.11/Fonte : Jornal de Notícias)Segurança Social prepara-se para cortar mais de 83 mil prestações sociais
A Segurança Social prepara-se para cortar mais de 83 mil prestações sociais a partir de Fevereiro, depois de avaliadas as provas de rendimento entregues por mais de um milhão de beneficiários.
O anúncio foi feito pelo Ministério do Trabalho, que confirmou já ter analisado a prova de rendimentos feita por um milhão de beneficiários. Os agregados familiares foram chamados a fazer prova dos seus rendimentos junto dos serviços da Segurança Social até Janeiro, conforme previsto no diploma de condição de recursos que entrou em vigor a 1 de Agosto e que define o novo conceito de agregado familiar e as novas naturezas de rendimentos.
Em comunicado, citado pela TSF, o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social anunciou que se registaram 1.021.675 provas de condição de recursos. Destas provas resulta que 823.000 beneficiários terão as prestações reavaliadas. As restantes correspondem a beneficiários que cessaram a sua prestação porque conseguiram emprego ou por cessação dos escalões mais elevados de abono de família.
Segundo a nota do Ministério, estima-se ainda que durante o próximo mês de Fevereiro sejam suspensas 83.500 prestações sociais. A larga maioria corresponde a prestações de abono de família de beneficiários que não fizeram o pedido de palavra passe necessário junto da Segurança Social até ao dia 31 de Dezembro.
Na prova de rendimentos, os beneficiários tiveram de comprovar, por exemplo, o património mobiliário do agregado não excede os 100 mil euros ou disponibilizando os extractos até à data ou permitindo que os serviços consultassem as instituições financeiras.
Com as novas regras, além dos salários, passam assim a ser contabilizados outros rendimentos do agregado familiar, tais como os rendimentos de capitais e prediais, as pensões, as prestações sociais, os apoios à habitação com carácter de regularidade e as bolsas de estudo e formação.
O conceito de agregado familiar é ele próprio também alterado com a nova legislação, passando a ser consideradas todas as pessoas que vivam em comum com o beneficiário, incluindo parentes e afins maiores “em linha recta e em linha colateral até ao terceiro grau”. Com entrada em vigor do diploma, a Segurança Social passa também a cancelar o apoio aos beneficiários do Rendimento Social de Inserção, entre os 18 e os 55 anos, que recusem “emprego conveniente”, trabalho socialmente necessário ou propostas de formação.(31.01.11/Fonte : Público)[Empresa pública] Taguspark dá aumentos salariais superiores a 10% [em 2010]
Assessor de Rui Pedro Soares teve uma subida de 98% no ordenado e passou a ganhar 5.893 euros.
A ex-administração do Taguspark, parque tecnológico de maioria de capitais públicos, deu em 2010 aumentos salariais superiores a 10% a vários funcionários, avança hoje o "Correio da Manhã".
"Segundo a auditoria pedida pela nova equipa de gestão às contas deixadas pelos antigos administradores, um assessor de Rui Pedro Soares, então administrador não-executivo do Taguspark em representação da Portugal Telecom, foi contemplado com uma subida no vencimento de 98%, a mais elevada entre os nove quadros contemplados com actualizações nos ordenados", escreve o "Correio da Manhã".
O jornal escreve ainda que esta auditoria revelou que Américo Thomati, João Carlos Silva e Vítor Castro, então membros da comissão executiva do parque tecnológico, aprovaram aumentos salariais entre 10% e 98% a um conjunto de nove funcionários.
"A actualização dos ordenados foi aplicada, segundo fonte próxima da ex-administração. 'em função do contributo das pessoas para os resultados do Taguspark'", refere o jornal.
A maior subida salarial, segundo a auditoria, foi atribuída a Paulo Bernardino. Em Dezembro de 2009, este inspector da Polícia Judiciária reformado recebia 2.980 euros, valor que subiu para 5.893 euros, um aumento de 98%, em Dezembro de 2010.
Paulo Bernardino terá ingressado no Taguspark a convite de Rui Pedro Soares, "devido à insegurança que existia à data na área daquele parque tecnológico".
Nuno Manalvo, ex-chefe do gabinete de Isaltino Morais, também foi contemplado com um aumento salarial de 58%. Os restantes aumentos salariais oscilaram entre 26%, para a assessora jurídica Carla Pimenta, e os 10% atribuídos à assessora Sandra Ayres, que "também terá ingressado no Taguspark a convite de Rui Pedro Soares".(31.01.11/Fonte : Jornal de Negócios)Exportações portuguesas para a China aumentam 67,9% em 2010
As exportações portuguesas para a China aumentaram 67,9% em 2010, somando 571 milhões de euros, anunciou hoje fonte diplomática portuguesa à agência Lusa, citando a Administração Geral das Alfandegas chinesas.
"Estamos num óptimo momento das nossas relações comerciais. Entre os 27 países da União Europeia Portugal foi um dos cinco cujas exportações para a China mais cresceram", disse a fonte.
As exportações chinesas também aumentaram (38,9%), para 1.907 milhões de euros, indicou a mesma fonte.(28.01.11/Fonte : OJE)Universidade de Évora cria Instituto Português de Energia Solar
A Universidade de Évora vai criar um instituto nacional dedicado à energia solar para "potenciar a ajudar a desenvolver" o sector em Portugal, fomentando a criação de conhecimento e o desenvolvimento tecnológico e a sua aplicação industrial.
O reitor da Universidade de Évora (UÉvora), Carlos Braumann, adiantou hoje à Agência Lusa que a criação do Instituto Português de Energia Solar se insere na aposta nas energias renováveis pela academia alentejana. "A UÉvora tem, de facto, um projecto de desenvolvimento na área das energias renováveis, nos vários sectores, e esta ideia nasceu muito recentemente", disse.
A intenção de criar o instituto conta com "o apoio do Ministério da Economia e da secretaria de Estado da Energia e Inovação", segundo Carlos Braumann, e é apresentada sexta-feira, num simpósio em Évora. O colóquio, no âmbito da Cátedra BES Energias Renováveis da UÉvora, vai abordar a alta concentração solar e a produção de electricidade, devendo contar com a presença do secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho, divulgou a organização.
A iniciativa, explicou o reitor, "vai servir para fazer o ponto da situação dos últimos desenvolvimentos tecnológicos" relacionados com energia solar e, ao mesmo tempo, "para lançar a pedra de criação do instituto". Dentro de "uns meses", a academia pretende ter já "um projecto mais detalhado" do Instituto Português de Energia Solar, para ser submetido à "avaliação das entidades governamentais".
"Estamos convictos de que terá sucesso", afiançou, estimando que, em 2012, o instituto esteja criado, para "potenciar e ajudar a desenvolver todo o sector de interface entre a criação do conhecimento e o desenvolvimento tecnológico" na área da energia solar e "a sua aplicação industrial". O reitor lembrou que a academia alentejana, além da cátedra, ministra a "primeira licenciatura" nacional em Engenharias Renováveis, tem mestrados, doutoramentos e investigação na área e acolhe ainda vários projectos de demonstração tecnológica em parceria com empresas. "Há aqui um grande potencial, em que Évora e a universidade se estão a situar como uma frente de desenvolvimento científico e tecnológico virado para a utilização empresarial" da energia solar, sublinhou.
O secretário de Estado Carlos Zorrinho lembrou à Lusa que o Alentejo "tem condições muito favoráveis" para a instalação de tecnologia solar e que, dos 18 projectos nacionais de teste lançados recentemente pela Direcção-Geral de Energia e Geologia, "parte muito significativa" escolheu localizar-se no concelho de Évora. "Estamos disponíveis para fazer tudo o que estiver ao nosso alcance" para que o Instituto Português de Energia Solar "seja uma realidade", assegurou o governante.(27.01.11/Fonte : OJE)Piores expectativas económicas [em Portugal] levam bancos a restringir mais o crédito
Os bancos portugueses aumentaram as restrições na atribuição de crédito no último trimestre de 2010, devido à importância dada à "deterioração" das expetativas económicas, com o aperto a sentir-se mais nos empréstimos às empresas, disse hoje o Banco de Portugal.
O Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, que o Banco de Portugal (BdP) hoje divulgou, refere ainda que os bancos portugueses preveem também para o primeiro trimestre de 2011 restrições ao crédito -- em especial às empresas -- e uma quebra nos pedidos de empréstimo, sobretudo para comprar casa.
"Os critérios de concessão de empréstimos às sociedades não financeiras tornaram-se significativamente mais restritivos no quarto trimestre de 2010", refere o inquérito do banco central.
"Este aumento da restritividade, apesar de transversal aos vários segmentos, foi particularmente intenso nos empréstimos a grandes empresas e nos empréstimos a longo prazo", acrescenta.
Os dois factores principais que levaram ao perto do crédito às empresas e aos particulares foram, segundo o inquérito do BdP, a "importância dada à deterioração das expetativas quanto à atividade económica em geral" e "a deterioração das condições de financiamento e restrições de balanço, bem como da posição de liquidez dos bancos".
A restrição aos empréstimos teve como consequência o aumento dos 'spreads' nos empréstimos de médio e alto risco, bem como no aumento das condições que os bancos exigem para emprestar, refere o BdP.(27.01.11/Fonte : Jornal de Notícias)Milhares [de Portugueses] já não pagam luz, água e telefone
Dívidas a empresas estão a entupir os tribunais. O Jornal de Notícias fala em 104 mil acções, a maioria relacionadas com não pagamento de telefone, gás, água, telefone e luz.
Prestadores de serviços públicos, bancos, seguradoras e instituições de crédito têm milhares de processos de dívida em tribunal e foram as empresas que mais apresentaram queixas em 2009, de acordo com o "Jornal de Notícias"(Ver artigo abaixo).
Na maioria dos casos, escreve o mesmo jornal, tratam-se de dívidas de valor inferior a 500 euros.(26.01.11/Fonte : Diário de Notícias)
Bancos, seguradoras, instituições de crédito ao consumo e prestadores de serviços públicos essenciais são as empresas que mais processos de dívida têm a correr nos tribunais. Em 2009, foram responsáveis por 104 mil acções executivas.
A crise e alguma (prévia) desadequação do nível de consumo ao rendimento têm levado muitos portugueses a deixar de pagar as suas contas de água, luz, electricidade e telecomunicações (os chamados serviços essenciais). É esta situação que faz com que as empresas que prestam estes serviços sejam as que maior número de acções executivas instauraram em 2009. Em causa estão, na maioria das situações, dívidas de valor inferior a 500 euros.
Às prestadoras de serviços públicos essenciais, juntam-se ainda os bancos, as seguradoras e as instituições de crédito ao consumo como as principais litigantes neste tipo de acções cíveis. Numa análise ao universo das 31 empresas que mais acções instauraram em 2009, a Comissão para a Eficácia das Execução (CPEE) verifica que só estas foram responsáveis por 104 204 processos.
Ainda que em 2009 tenha havido uma "enchente" destas acções na sequência da alteração do prazo de prescrição de algumas dívidas - que ao baixar para seis meses deixou menos campo de manobra para empresa e cliente devedor poderem estabelecer um plano faseado de pagamento da dívida em causa - tudo aponta para que a tendência se mantenha. De acordo com os últimos dados disponíveis, entre Abril de 2009 e Junho de 2010 foram instauradas 291 mil novas acções executivas (destas, cerca de 59 mil entraram já em 2010 e as restantes entre Abril a Dezembro do ano anterior).
Em regra, cerca de 85% das acções executivas são entregues a agentes de execução, o que faz com que a média de processos por agente ronde actualmente os 410. Apesar de nos últimos anos a resolução das acções executivas ter acelerado, nomeadamente devido à desmaterialização dos procedimentos, continua a ser elevado o número de novas acções que vão dando entrada. Neste âmbito, a CPEE tem também vindo a alertar para a necessidade de as empresas evitarem interpor acções que "são inviáveis à partida" e aconselha os potenciais credores a conhecer melhor os clientes antes de efectuarem um contrato.
Citações electrónicas poupam 1 milhão
As citações aos credores públicos (Finanças e Segurança Social) feitas no âmbito de acções executivas (dívidas) já podem ser feitas por via electrónica. Este novo método está disponível desde a passada sexta-feira e, segundo as estimativas da Comissão para a Eficácia das Execuções (CPEE), vai permitir às partes em litígio poupar cerca de um milhão de euros por ano.
"Mais simples, mais rápido e mais barato". Foi desta forma que a presidente da CPEE, Paula Lourenço, classificou ao JN o novo procedimento que vem desmaterializar quase totalmente o processo da acção executiva.(26.01.11/Fonte : Jornal de Notícias)Cavaco é o Presidente do País da gigantesca abstenção
Cavaco esmagou em todos os distritos, mas é o PR menos votado da História. Alegre desiludiu em toda a linha, tendo menos votos com apoios partidários do que sozinho.
Confirmaram-se as indicações das sondagens, a tradição eleitoral, as previsões dos comentadores, o senso comum: Cavaco Silva foi reeleito, como gritavam os seus apoiantes durante a campanha eleitoral, "à primeira!"; e Manuel Alegre registou um resultado pior do que quando concorreu, em 2006, sem apoios partidários.
Mas, no país da abstenção (52,4%, valor só superado nas escolhas para o Parlamento Europeu), apesar de triunfar em todos os distritos (na maioria esmagando Alegre), com 52,9% e 2,2 milhões de votos, mesmo assim Cavaco Silva é o Presidente menos popular da III República: não só é o único que nunca teve três milhões de votos, como ficou abaixo de Jorge Sampaio, que tinha registado o pior desempenho até à data, com 55,6% e 2,4 milhões na reeleição de 2001.
O resultado de Manuel Alegre (19,8%), inferior aos 20,7% que teve quando concorreu sozinho - a origem desse milhão de votos de 2006 terá sido sobretudo dos que contestavam os partidos e, agora, votaram em Fernando Nobre -, pode ser terrível para o poeta, mas também é péssimo para o PS, o BE e o PCTP/MRPP - que somaram 43,7% (2,2 milhões de votos) nas legislativas de 2009. E, em especial, para José Sócrates, líder do partido que elegeu dois PR (Mário Soares e Jorge Sampaio) e, depois, obteve votações irrisórias nos candidatos que decidiu apoiar na corrida a Belém em 2006 e em 2011.(24.01.11/Fonte : Diário de Notícias)Preço da gasolina atinge recordes históricos
De acordo com o site do Diário Económico, o preço da gasolina avançou para o valor mais elevado de sempre, superando o máximo registado em Julho de 2008 de 1,525 euros por litro.
As gasolineiras voltaram a aumentar o preço dos combustíveis, noticia a edição online do "Diário Económico". A Galp aumentou o preço do litro da gasolina em 2 cêntimos e o gasóleo em 3 cêntimos, avançou fonte da empresa ao jornal económico. Um litro litro de gasolina na Galp custa agora 1,533 euros e o gasóleo 1,348 euros o litro.
A BP também aumentou os preços. A gasolina sem chumbo 95 e o gasóleo sofreram um acréscimo de 1 cêntimo, passando para 1,529 euros e 1,329 euros por litro, respectivamente.
Também a Cepsa alterou os preços, com um aumento de 2,1 cêntimos no gasóleo e de 1 cêntimo na gasolina. Na Cepsa, um litro de gasóleo custa 1,339 euros e a gasolina 1,523 euros o litro.(18.01.11/Fonte : Diário de Notícias)Exportações de mobiliário sobem 30%
O sector português de mobiliário terá encerrado 2010 com um crescimento de 30% das exportações, para perto dos mil milhões de euros, nível que admite ser "muito difícil" manter futuramente, apesar da forte aposta na internacionalização.
Em entrevista à agência Lusa, o secretário-geral da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA) congratulou-se com o crescimento de 36% das exportações sectoriais nos três primeiros trimestres de 2010, para mais de 700 milhões de euros.
Embora os totais de 2010 não estejam ainda fechados, Hugo Vieira arrisca, "por baixo", que o sector "deverá fechar o ano com 30% de crescimento face a 2009", altura em que as vendas internacionais somaram 735 milhões de euros. Uma evolução que, destaca, "é um sinal positivo, mas não significa que a crise passou ao lado" do sector. "Quando começámos a receber a factura pesada dos efeitos adversos da crise percebemos que não podíamos dispersar recursos, ou seja, devíamos apontar baterias para os mercados onde já estávamos presentes e onde seria mais fácil aplicar uma estratégia de curto prazo de aumento da agressividade comercial", afirmou. Neste sentido, a APIMA "afinou" a estratégia do seu projecto de promoção internacional - o Interfurniture - e privilegiou os mercados de Espanha e França, já "maduros para Portugal", mas ainda com consideráveis oportunidades de negócio.
Em linha com a aposta feita, as vendas para estes dois países registaram, até Setembro de 2010, os maiores crescimentos, com Espanha a importar 280 milhões de euros e França 200 milhões.
Espanha reforçou a sua quota nas exportações, que em 2009 foi de 37%, equivalente a 270 milhões de euros, e França seguiu o mesmo caminho, depois de no ano passado ter comprado 205 milhões de euros, equivalente a uma quota de 28%. Segue-se Angola, que em 2009 importou quase 90 milhões de euros, equivalentes a uma quota de 12%.(17.01.11/Fonte : OJE)Exportação de vinhos do Alentejo para o Brasil cresce 48% em 2010
As exportações de vinhos do Alentejo para o Brasil cresceram cerca de 48% em 2010 face ao ano anterior, sendo o mercado que registou o maior aumento de vendas, revela Dora Simões, presidente da CVRA - Comissão Vitivinícola Regional Alentejana.
Dora Simões adianta à agência Lusa que o Brasil é o segundo mercado importador de vinhos do Alentejo, para o qual foram exportados 2,1 milhões de litros em 2010, enquanto no ano anterior as vendas tinham atingido 1,4 milhões de litros, representando um crescimento "significativo". "Estamos muito satisfeitos com este notável aumento de vendas num mercado competitivo como é o brasileiro e consideramos que este é o resultado prático de acções de divulgação e de um trabalho comercial intenso dos produtores de vinhos do Alentejo e dos importadores no Brasil".
A presidente da CVRA considera ainda que, se os vinhos do Alentejo conseguiram este "espantoso aumento de 48%", essa é a tradução efectiva que demonstra que o vinho e os produtores alentejanos se encontram num patamar de qualidade e de notoriedade elevados".
Segundo a responsável da CVRA, Angola continua a ser o principal mercado importador de vinhos do Alentejo, para o qual foram vendidos 2,3 milhões de litros em 2010, logo seguido do Brasil, com 2,1 milhões de litros.
Dora Simões indica que os vinhos do Alentejo estão a ser exportados para os quatro cantos do mundo, sendo Angola, Brasil, EUA, Canadá e Suíça alguns dos principais mercados.
O Alentejo abrange oito sub-regiões vitivinícolas: Portalegre, Borba, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vidigueira, Moura, Évora e Granja/Amareleja.(13.01.11/Fonte : OJE)Dívida portuguesa: “Emissão foi um sucesso” e “Portugal não precisa de ajuda”
Sócrates considera que a emissão de dívida mostra que os mercados estão a recompensar Portugal pelas medidas de consolidação.
Em declarações aos jornalistas em Frankfurt, José Sócrates disse que a procura e o juro pago na emissão de dívida de hoje foram "bons" e reafirmou que "Portugal não precisa de mais nada além de confiança".
"Não precisamos de ajuda. Somos capazes de resolver os nossos problemas", disse, citado pela Reuters.
O primeiro-ministro frisou ainda que vai manter-se vigilante e que o Governo português ao estar a defender Portugal também está a lutar pela Europa e pelo euro.
Na mesma ocasião, José Sócrates repetiu que Portugal vai fechar 2010 com um défice inferior a 7,3%, tal como avançou ontem, em conferência de imprensa.(10.01.11/Fonte : Diário Económico)Dívida portuguesa: Preparativos para ajuda do FMI a Portugal já começaram
Apesar dos desmentidos que foram ontem emitidos por várias capitais europeias sobre a iminência de um recurso de Portugal ao Fundo de Estabilidade do euro e ao FMI, os preparativos técnicos para essa eventualidade prosseguiam muito confidencialmente, podendo gerar uma primeira discussão formal entre os ministros das Finanças da zona euro já na próxima semana.
Os Governos alemão, francês e espanhol, a par da Comissão Europeia, negaram estar a exercer qualquer tipo de pressão sobre Portugal para pedir a assistência financeira do Fundo de Estabilidade do euro (EFSF na sigla inglesa), como foi relatado por vários jornais europeus. Mas, de acordo com o que o PÚBLICO apurou, as discussões prosseguem muito discretamente ao nível técnico sobre o que poderão vir a ser os termos e as necessidades de uma assistência a Portugal, por enquanto estimada entre 60 e 100 mil milhões de euros.
Estas questões deverão ser analisadas hoje pelo comité económico e financeiro europeu, a estrutura encarregada de preparar as reuniões dos ministros das finanças dos Dezassete países da zona euro da próxima segunda-feira, e dos Vinte e Sete da União Europeia (UE) no dia seguinte. "O tema não está formalmente na agenda, mas vai quase seguramente ser discutido", afirmou um diplomata europeu, o que foi confirmado por outro.
Ambos garantiram, por outro lado, que Portugal vai estar no centro das discussões dos ministros do euro na segunda-feira à noite.
O desenrolar deste processo, e o ritmo das decisões europeias, dependerá muito do que acontecer amanhã, quando o Governo for ao mercado da dívida colocar entre 750 e 1250 milhões de euros em títulos. Uma eventual dificuldade em encontrar comprador, ou uma subida exagerada dos prémios de risco exigidos, não permitirá ao Governo continuar a resistir à ajuda, e acelerará o processo de activação do EFSF.
Tal como o PÚBLICO tem vindo a relatar, a pressão sobre Portugal para pedir assistência externa acentuou-se desde Novembro, altura em que vários países começaram a defender uma activação do EFSF simultânea com a da Irlanda, de modo a travar o risco de contágio da crise da dívida soberana à Espanha e outras economias de maior dimensão.
A pressão cresceu ao longo das três reuniões do eurogrupo em que o tema foi abordado no quadro dos esforços de resolução da crise da dívida soberana. Na última destas ocasiões, no início de Dezembro, a pressão foi exercida por praticamente todos os países da moeda única, com excepção, porventura, da Espanha. Em todas, Teixeira dos Santos resistiu firmemente, embora com cada vez maiores dificuldades, segundo relataram ao PÚBLICO vários diplomatas.
As mesmas fontes precisaram, por outro lado, que é sobretudo o primeiro-ministro, José Sócrates, que assume a linha da frente da resistência, com o argumento de que o seu Governo poderá não resistir à entrada do FMI em Portugal. O Governo irlandês, que teve de activar o EFSF no fim de Novembro, viu-se obrigado a convocar eleições para Fevereiro.
A pressão sobre Portugal só não se tornou desde logo insustentável porque os países do euro estão ao corrente da impossibilidade constitucional de operar qualquer mudança de Governo antes de 9 de Março, por causa das eleições presidenciais. O que os levou a temer criar uma situação de vazio político no país no momento da negociação da assistência financeira, o que poderia agravar ainda mais a instabilidade da moeda única.
Em contrapartida, Teixeira dos Santos é visto como mais conciliador - da mesma forma que o seu homólogo irlandês, Brian Lenihan, se resignou mais depressa à assistência externa do que o primeiro-ministro, Brian Cowen - "porque percebe melhor o que está em causa", afirmou um destes diplomatas.
Em Bruxelas e em várias capitais, aliás, o recurso de Portugal ao EFSF já não está em questão e a única dúvida que persiste tem a ver com o calendário. Se o processo não for formalmente lançado na próxima semana, poderá ser abordado pelos chefes de Estado ou de Governo de 4 de Fevereiro.
Ontem, a Comissão Europeia negou a existência de quaisquer preparativos para uma ajuda a Portugal, frisando que o país está a fazer tudo o que se comprometeu em termos de redução do défice orçamental e de reformas estruturais, uma mensagem que foi repetida em Paris, Berlim e Madrid. "Não há quaisquer discussões neste sentido e não estão sequer previstas nesta fase (...) para Portugal ou qualquer outro país", afirmou o porta-voz da Comissão para os Assuntos Económicos e Financeiros.
"Portugal não precisará de qualquer ajuda externa" porque "está a cumprir todos os seus compromissos", garantiu, por seu lado, Elena Salgado, ministra espanhola das Finanças.(11.01.11/Fonte : Público)Em 2010 faliram cinco empresas por dia em Portugal
Estas conclusões constam do "Estudo anual de insolvências, constituições e créditos vencidos" da Coface. A construção e o sector têxtil foram os mais afectados.
Em média, por dia, cinco empresas abriram falência no ano passado. No total, em 2010, 1805 empresas foram declaradas insolventes, mais 554 do que em 2009, escreve o "Jornal de Notícias".
Ainda de acordo com o JN, o maior peso nas insolvências registou-se no distrito do Porto (23,7%), logo a seguir surgem Lisboa (18,7%) e Braga (16,1%). Os sectores mais atingidos nas insolvências foram o têxtil, vestuário e calçado. A construção liderou os fechos.(11.01.11/Fonte : Diário de Notícias)Encomendas à indústria [portuguesa] registam a maior subida em 9 anos
Em termos mensais, os novos pedidos às fábricas portuguesas cresceram 22% em Novembro.
Os novos pedidos às fábricas portuguesas aumentaram 25% em Novembro, face a igual mês do ano anterior.
Em Novembro de 2010, o total de novas encomendas recebidas na indústria em Portugal cresceu 24,5% face ao mesmo período de 2009, reflectindo a forte aceleração da procura no mercado externo (+43%), avança hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). No mercado nacional, as encomendas cresceram 5,4% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Este é o melhor desempenho das novas encomendas às fábricas nacionais desde pelo menos Outubro de 2001, altura em que deixa de ser possível consultar os registos do INE.
Todos os agrupamentos contribuíram para esta subida do índice total, destacando-se os Bens Intermédios, onde os pedidos aceleraram 42% durante o mês em análise.
Em termos mensais, as novas encomendas à indústria nacional cresceram 21,5% em Novembro, a maior subida desde Setembro de 2008.(10.01.11/Fonte : Diário Económico)Malparado nas famílias em máximos de 10 anos
Pela primeira vez desde Junho de 1998, o crédito malparado dos particulares ultrapassou os 3% do crédito total concedido.
De acordo com os dados estatísticos do Banco de Portugal, o malparado continuou a subir em Novembro. Entre os particulares, o crédito em cobrança duvidosa atingiu quase 4,3 mil milhões, o que representa 3,04% do total de crédito concedido a particulares.
Este é o valor mais elevado desde Junho de 1998, mês em que o malparado se situou em 3%.
Na habitação, o malparado aproxima-se dos dois mil milhões de euros, com a taxa de incumprimento a evoluir para 1,75%, o que já não se verificava desde Novembro de 2009.
No segmento empresarial, os créditos em cobrança duvidosa subiram pelo segundo mês consecutivo. O incumprimento atingiu mais de 6,1 mil milhões em Novembro, o equivalente a 5,19% do total de crédito concedido às sociedades não financeiras.(10.01.11/Fonte : Diário Económico)Presidências 2011: Cavaco : “Não apetece” falar do FMI
Cavaco escusa-se a falar do FMI
"A um domingo, falar de FMI, a caminho das queijadas, é qualquer coisa que não apetece mesmo", disse o candidato Presidencial.
O candidato presidencial Cavaco Silva escusou-se hoje, em Sintra, a falar das consequências políticas de uma eventual entrada do FMI em Portugal, dizendo que esse tema não era apetecível "a um domingo, a caminho das queijadas".
No final de uma acção de campanha no centro de Sintra, que durou cerca de meia hora, Cavaco Silva ouviu um homem pedir-lhe para pôr "o Governo na ordem", e acenou com a cabeça. "Precisamos, precisamos", concordou o homem.
Antes, questionado se o recurso por parte de Portugal ao Fundo Monetário Internacional (FMI) deve conduzir a uma mudança de Governo, Cavaco Silva respondeu: "A um domingo, falar de FMI, a caminho das queijadas, é qualquer coisa que não apetece mesmo".
O ainda Presidente da República e candidato às eleições presidenciais de 23 de Janeiro apoiado pelo PSD, CDS-PP e MEP reiterou que acredita que a entrada do FMI em Portugal não é um cenário iminente: "Não, temos de acreditar que não, temos de acreditar que não".
Nesta acção de campanha, Cavaco Silva esteve acompanhado, entre outros, pela sua mulher, Maria Cavaco Silva, pelo seu mandatário nacional, João Lobo Antunes, pelo seu mandatário para o distrito de Lisboa, Luís Campos e Cunha, pelo presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, pelo presidente da distrital de Lisboa do PSD, Carlos Carreiras, e pelo presidente da JSD, Duarte Marques.
Cavaco Silva comeu uma queijada, distribuiu cumprimentos, tirou fotografias com crianças e, no final, como tem sido habitual nas suas acções de rua, empoleirou-se no carro onde se desloca acenando para a população.(10.0111/Fonte : Jornal de Negócios)Presidências 2011: Contrato de venda de acções de Cavaco na SLN não existe
O contrato de venda das acções que o actual Presidente da República detinha na SLN, sociedade proprietária do BPN, afinal não existe. O diário "i" noticia hoje que os acordos de recompra eram feitos directamente com Oliveira e Costa, pelo que não há documentação a comprovar os negócios de Cavaco Silva.
A publicação cita Alberto Queiroga Figueiredo, presidente da SLN Valor e membro da Comissão de Honra de Cavaco: "Não existe contrato. Os únicos contratos que existiam eram contratos de recompra, o que não é o caso".
E o preço de venda – 2,4 euros, o que representou uma mais-valia de 140% – até foi mais barato do que se pensava. O semanário "Sol" noticia hoje que, na altura em que Cavaco vendeu, houve acordos que previam um preço de 2,75 euros por acção.
"As acções de Cavaco - adquiridas em 2001, por um euro cada - foram compradas pela SLN, dois anos depois, pelo preço unitário de 2,4 euros, quando o preço que esta já praticava era de 2,75. Cavaco perdeu, assim, cerca de 36.682 euros", escreve o semanário.
De qualquer forma, a operação esteve isenta de tributação. Isto porque, à altura da operação (2003), o Código do IRS previa a isenção do pagamento de mais-valias provenientes da alienação de acções detidas há mais de 12 meses.(07.0111/Fonte : Jornal de Negócios)Dívida portuguesa: Juros batem máximos históricos acima de 7%
A taxa exigida pelos investidores para comprar dívida portuguesa a 10 anos continua acima de 7%.
O índice que mede a taxa cobrada pelos mercados internacionais para absorver obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos subiu hoje até aos 7,133%. Este agravamento colocou o diferencial face à dívida alemã da mesma maturidade acima dos 420 pontos base.
A linha viva de dívida pública portuguesa negociada a 10 anos também continua acima dos 7%, estava em 7,4%, o valor mais elevado de sempre, segundo dados da CBBT e compilados pela Bloomberg.
No universo dos 'credit-default swaps' (CDS) - uma espécie de seguro contra o eventual incumprimento de Portugal - os CDS sobre obrigações portuguesas a 5 anos aumentavam 4 pontos, a décima segunda subida mais expressiva no monitor da Bloomberg para 157 países. Este seguro contra o 'default' português está agora a valer 520 mil euros anuais por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida pública de Portugal.
Esta subida acontece mesmo depois de o Governo português ter garantido ontem que o objectivo de baixar o défice para 7,3% do PIB em 2010 foi cumprido.
O próximo teste de Portugal nos mercados internacionais está marcado para a próxima quarta-feira, dia 12 de Janeiro, altura em que o IGCP realizará a primeira emissão de obrigações do Tesouro em 2011.(07.12.11/Fonte : Diário Económico)Dívida portuguesa: Suiça já não aceita dívida portuguesa
Dívida de Portugal deixou de servir como garantia para financiamento por parte do Banco Nacional da Suíça, um dos principais do mundo.
O "Jornal de Negócios" escreve que o banco central da Suíça, um dos principais do mundo, já não aceita dívida do Estado ou bancos portugueses como garantia nos espréstimos que concede. A exclusão prende-se com o baixo "rating" do País e a elevada percepção de risco, que ontem se aproximou do recorde.
A subida dos juros deu-se após o anúncio da primeira emissão de dívida de longo prazo do ano, que se realizará na próxima quarta-feira.(07.01.11/Fonte : Diário de Notícias)Presidências 2011: Vital Moreira associa má gestão do BPN ao cavaquismo
O caso BPN está a marcar a campanha presidencial.
O eurodeputado diz ser preciso explicar as ligações do actual Presidente ao banco que foi liderado por “figuras do cavaquismo”.
"Cavaco até pode ganhar a reeleição para Belém com uma perna às costas" mas deve "esclarecer as suas alegadas ligações ao BPN, que são de indiscutível relevância política e interesse público".
Quem o diz é Vital Moreira o agora eurodeputado que, na campanha das europeias, responsabilizou "gradas figuras do PSD pela roubalheira" que ocorreu na instituição antes de ser nacionalizada.
Num texto de opinião publicado no seu blog, Vital diz que Cavaco está a esquecer "as verdadeiras responsabilidades de quem anteriormente o instrumentalizou [BPN] em proveito pessoal e o levou à ruína, onde avultavam conspícuas figuras do cavaquismo governante (anos 80-90)". E termina com uma pergunta: "Caso a estória dissesse respeito a outro candidato com anteriores responsabilidades políticas, será que Cavaco Silva prescindiria de exigir o devido esclarecimento do assunto?".(06.12.11/Fonte : Diário Económico)Portugal com a maior quebra da Europa no retalho
O comércio a retalho diminuiu em novembro 0,6 por cento na zona euro e 0,4 por cento na União Europeia, face a outubro, mas Portugal liderou as descidas ao cair 4,2 por cento, segundo o Eurostat.
O comércio a retalho nacional tinha estabilizado em outubro, ao subir 0,6 por cento, depois de ter caído 1,7 por cento em setembro e 0,4 por cento no mês anterior.
Da lista de países europeus, Portugal destaca-se como o país com maior quebra no comércio a retalho em novembro (menos 4,2 por cento face a outubro), seguindo-se a Lituânia onde o comércio caiu 1,9 por cento e a Bulgária com uma quebra de 1,5 por cento.
Mas a quebra no comércio a retalho em Portugal é ainda maior quando comparada com o mês de novembro do ano anterior, registando os dados uma descida de 4,7 por cento.
"Alimentação, bebidas e tabaco" caiu em novembro 0,9 por cento na zona euro e 0,4 por cento na Europa dos 27, face a outubro, segundo os dados do Eurostat hoje divulgados, enquanto os bens não alimentares (exceto combustível) caíram 0,8 por cento e 0,4 por cento, respetivamente.
Em novembro passado, comparando com o mesmo mês do ano anterior, o grupo "alimentação, bebidas e tabaco" caiu 0,1 por cento na zona euro e 0,3 por cento na Europa dos 27, enquanto o setor não alimentar subiu 0,7 por cento e 0,2 por cento, respetivamente.(06.01.11/Fonte : Diário de Notícias)Portugueses gastaram mais 103 milhões no final de ano do que em 2009
Os portugueses movimentaram no total mais de 1,6 [mil] milhões de euros com cartões de débito e crédito entre 27 de Dezembro 2010 e 2 de Janeiro deste ano, mais 103 milhões face ao período homólogo, revelou hoje a SIBS.
Este valor corresponde a um aumento do dinheiro movimentado, através de levantamentos e compras pagas nos terminais de pagamentos automáticos, de 9,7%.
De acordo com a SIBS, que gere a rede Multibanco, no período entre 27 de Dezembro do ano passado e 2 de Janeiro deste ano, foram efectuados, nas caixas automáticas da rede Multibanco, 7,1 milhões de levantamentos no valor de 519 milhões de euros, mais 4,21%. Uma média de 73 euros por dia, quando em 2009 este valor se fixou nos 72 euros.
No mesmo período, foram efectuadas nos terminais de pagamento automático 14,3 milhões de compras no valor de 643 milhões de euros, o que representa um aumento de 14,6%.
A média diária de compras foi de 45 euros, mais dois euros que no período homólogo.(05.01.11/Fonte : OJE)
Os remédios que vão ficar sem comparticipação do Estado
O Governo vai retirar comparticipação a medicamentos não sujeitos a receita médica já no primeiro trimestre de 2011.
Medicamentos -- Forma terapêutica -- Dosagem
Paracetamol Accel -- Comprimido -- 500 mg
Proclor 10 mg cápsulas duras gastrorresistentes-- Cápsula gastrorresistente --10 mg
Proclor 10 mg cápsulas duras gastrorresistentes-- Cápsula gastrorresistente --10 mg
Teniverme --Suspensão oral --20 mg/ml
Aspegic 500 -- Pó para solução oral -- 900 mg
Dioralyte (Sabor Limão) -- Pó para solução oral -- Associação 37%
Panasorbe -- Comprimido -- 500 mg 37%
Panasorbe -- Supositório -- 125 mg 37%
Panasorbe -- Supositório -- 250 mg
Panasorbe -- Supositório -- 500 mg 37%
Panasorbe -- Supositório -- 1000 mg 37%
Lisaspin 500 -- Pó para solução oral -- 900 mg
Teniverme -- Comprimido -- 100 mg 37%
Panasorbe -- Solução oral -- 32 mg/ml
Cebiolon -- Gotas orais, solução -- 100 mg/ml 37%
Acarilbial -- Solução cutânea -- 277 mg/ml 37%
Fonte: Infarmed(05.12.11/Fonte : Diário Económico)Presidências 2011: "Cavaco tem de mostrar contrato das acções da SLN"
O caso BPN promete marcar as Presidenciais de 23 de Janeiro.
Manuel Alegre exige que Cavaco Silva explique a mais-valia com acções da sociedade que detinha o BPN.
"O Presidente tem de mostrar o contrato de venda daquelas acções [da SLN]" que "apesar de não estarem cotadas em bolsa permitiram uma mais-valia de 145%". A frase de Manuel Alegre, de visita à ilha da Madeira, demonstra bem como o candidato apoiado pelo PS e Bloco de Esquerda não pretende deixar cair o caso BPN.
Para Alegre é preciso também discutir "a outra questão" [para além do processo de nacionalização] porque "pode ser que não haja nada" mas "se houver existe um caso político".
O caso BPN foi trazido para a campanha presidencial por Defensor Moura que, no debate televisivo frente a Cavaco Silva, confrontou o actual Presidente da República com o tema.
Já depois disso, no debate frente a Manuel Alegre, Cavaco lançou críticas à actual administração do BPN, o que desencadeou críticas do Governo e uma resposta tanto de Francisco Bandeira, responsável pela gestão do banco nacionalizado, como da própria Caixa Geral de Depósitos.(04.12.11/Fonte : Diário Económico)Venda de carros de luxo disparou em 2010
A Porsche aumentou vendas em 88,4%.
Mais de 28 mil portugueses aproveitaram para comprar carro em Dezembro último e fugir à subida de impostos que o novo ano trouxe. A venda de automóveis ligeiros de passageiros subiu 61,9%, sendo que a procura de carros de luxo cresceu cerca de 50% em 2010.
Em Dezembro do ano passado, o mercado nacional de automóveis ligeiros de passageiros registou a venda de 28 142 veículos, o que correspondeu a um crescimento de 61,9% em relação a igual mês de 2009.
A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) explica que esta antecipação da procura no final de 2010 se deveu a factores, que de forma conjugada, proporcionaram um aumento da carga fiscal em 2011, como é o caso da extinção do programa de incentivos ao abate de veículos em fim de vida para carros não exclusivamente eléctricos e dos aumentos do IVA, do Imposto Sobre Veículos e do Imposto Único de Circulação.
Em termos acumulados, de Janeiro a Dezembro do ano anterior, foram vendidos 269 162 veículos ligeiros em Portugal, o que significa um acréscimo de 34,6% em relação a 2009, que foi um dos piores anos da história do sector, no que a vendas diz respeito.
Renault, Volkswagen, Peugeot, Opel e Ford, por esta ordem, foram as cinco marcas de automóveis mais comercializadas no ano passado, tendo sido responsáveis por quase 43% das vendas.
A antecipação de compras no final de 2010, embora em menor extensão, também se verificou nos automóveis pesados, com o segmento a crescer 53,4% em Dezembro (359 veículos vendidos). Estes dados inverteram um pouco a tendência registada ao longo de 2010, já que as vendas de pesados, no ano passado, apresentaram uma queda de 6,3%, reflectindo também a queda de actividade económica evidenciada pelo nosso país nesse período.
Feitas as contas, o mercado automóvel em Portugal, em 2010, entre veículos ligeiros e pesados, registou vendas superiores a 272 mil unidades, o que representou um crescimento de 33,9% em relação ao ano anterior.
Procura de carros de luxo subiu
Olhando os números da ACAP, outro indicador se destaca: o aumento da procura de marcas de luxo. As vendas do segmento raramente reflectem a conjuntura económica, sendo principalmente ditadas, em muitas ocasiões, pelo lançamento, ou não, de novos modelos.
Juntas, marcas como Porsche, Jaguar, Ferrari, Aston Martin, Lamborghini, Bentley e Maserati venderam um total de 785 unidades, subindo 50% face a 2009.
E bem que se pode dizer que a grande vencedora, na área do luxo, foi a Porsche. A marca alemã aumentou vendas em 88,4%, para um total de 469 veículos (mais 220 do que em 2009).
Já a Jaguar vendeu um total de 258 veículos (mais 32,3%), enquanto a Lamborghini aumentou de quatro para seis, o número de carros comercializados.(04.01.11/Fonte : Jornal de Notícias)Famílias começam a sentir medidas de austeridade
A partir de hoje, sábado, as famílias portuguesas começam a sentir os custos da entrada no novo ano, marcado por cortes salariais, redução de benefícios fiscais e aumento dos preços, impulsionado pela subida do IVA.
A nova taxa do IVA aumenta hoje para 23%, influenciando assim o preço dos transportes, da energia, da alimentação, entre outros.
Os utilizadores dos transportes públicos vão pagar mais 3,5% nos passes e 4,5% no global das tarifas. A Brisa, gestora de várias auto-estradas, vai aumentar os preços, em média, em 0,6%.
O preço do gasóleo aumentará 4 cêntimos por litro já em Janeiro.
Também o preço da electricidade terá aumentos de 3,8% nas tarifas dos consumidores domésticos, correspondentes a um aumento anual de 18 euros.
O pão, um dos mais tradicionais alimentos portugueses deverá aumentar, muito por culpa do custo da farinha, que disparou 40%.
Na área da saúde, as taxas moderadoras dos serviços e exames no Serviço Nacional de Saúde também aumentam a partir de hoje.
Nas telecomunicações, o preço das chamadas efectuadas deverá registar uma subida de 2,2%, em linha com a inflação esperada.(03.01.11/Fonte : Jornal de Notícias)Têxtil e vestuário com exportações recordes
Sector pode ter atingido em 2010 o maior aumento da última década.
A indústria têxtil e do vestuário deverá terminar o ano com uma subida de 5% das exportações. A acontecer será o maior crescimento percentual da última década. Até Outubro, o sector exportou 3049 milhões de euros, mais 4,8% do que no ano anterior.
"Pode dizer-se que 2010 será bastante positivo e que poderemos ter o maior crescimento das exportações da última década", adianta ao JN o director-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP). Segundo Paulo Vaz, o último ano em que as exportações de têxtil e vestuário cresceram foi o de 2007 e, nesse ano, o aumento foi de 4,6%.
"Até Outubro, as exportações cresceram 4,8% e acredito que vamos fechar o ano acima dos 5%", refere o director-geral da ATP.
A potenciar este aumento estão os sectores dos fios e tecidos e têxteis-lar e, apesar de, no vestuário, o capítulo do vestuário de malha (que tem um peso de mais de 40% nas exportações desta indústria) registar uma diminuição, o sector está optimista.
A quebra das exportações no vestuário de malha é, na opinião de Paulo Vaz, "marginal", situando-se nos 0,1% em Outubro, bem menor do que a registada no ano anterior. Esta melhoria deve-se, em parte, ao regresso dos compradores europeus.
"Já se começa a ver o retorno de compradores que foram para a China. Fruto de experiências mal sucedidas, e devido ao aumento dos custos e da necessidades de ter rapidamente reposições de artigos em tempo útil", adianta o presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção (ANIVEC/APIV), Alexandre Pinheiro. Um regresso que significou um acréscimo de trabalho para a indústria de vestuário de moda em 2010.
"É evidente que os números em si são razoáveis. Neste momento, a nossa indústria de vestuário de moda vive um bom momento, de facto, de mais trabalho nas empresas que resistiram", frisa o presidente da ANIVEC/APIV.
Alemanha e Itália reforçam
Na Empresa Têxtil Nortenha, ETN, as exportações representam 92% da facturação e, em 2010, cresceram 8%, atingindo cerca de 11 milhões de euros. A ETN produz vestuário para várias marcas internacionais que reforçaram as compras. "Face às oscilações de nível económico e social dos países concorrentes, as grandes marcas de qualidade regressam a Portugal", adianta a administradora da ETN, Inês Branco. Entre os vários mercados para onde exportam, refere Inês Branco, Itália foi um dos que reforçou as compras. A ETN tem, ainda, como principais mercados, o Reino Unido, Alemanha, França e Estados Unidos.
No sector dos tecidos e fios, também, a Somelos registou uma subida da procura. A empresa exporta 90% da sua produção e, segundo o administrador, Almeida Santos, de 2009 para 2010, as exportações subiram 15%, favorecidas pela procura dos mercados de Itália e de Inglaterra.
A nível global, um dos mercados que têm reforçado a procura de empresas nacionais é o alemão. A Alemanha ocupava a quinta posição entre os principais mercados de exportação do têxtil e vestuário e, em 2010, subiu para a terceira posição, refere o director-geral da ATP.(03.01.11/Fonte : Jornal de Notícias)