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06/10

Gasóleo aumenta 12% na primeira metade do ano

 

Há mais de um ano que não custava tanto abastecer um carro a 'diesel'.

O litro do gasóleo está no valor mais alto dos últimos 18 meses e já aumentou 12% desde o início do ano.
No primeiro semestre do ano, as petrolíferas mexeram nos preços dos combustíveis por várias vezes. Segundo os dados da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG), num total de 26 semanas, a gasolina desceu sete vezes e o gasóleo diminuiu quatro.

No início do ano, segundo os mesmos dados, um litro de gasolina custava 1,295 euros, enquanto o litro do gasóleo valia 1,057 euros. Hoje, passados seis meses, a gasolina custa mais 10,1 cêntimos por litro enquanto o gasóleo vale mais 12,4 cêntimos que na primeira semana de 2010.

Isto quer dizer que os portugueses estão a pagar mais 5,05 euros do que pagavam no início do ano para encherem um depósito com 50 litros de gasolina. Para encher um depósito de gasóleo a diferença é superior em 6,2 euros.

A influenciar a subida dos combustíveis está, segundo fontes do sector, a subida dos produtos refinados que, este semestre, sofreram aumentos de 20% para o gasóleo e de 19% para a gasolina - e de 16% para o crude - segundo dados da Bloomberg. Em comparação, o preço dos combustíveis nos postos subiu 11,7% no caso do gasóleo e 7,7% no caso da gasolina.

No que diz respeito ao gasóleo, a última vez que os preços estiveram tão elevados foi em Outubro de 2008. Nesse ano, em que os preços dos combustíveis ultrapassaram todas as expectativas, um litro de gasóleo chegou a valer 1,428 euros em Portugal e o barril do ‘brent' alcançou o recorde histórico de 146 dólares.

Gasolina é a 8º mais cara
De acordo com o último relatório de Bruxelas, depois de impostos, o preço médio da gasolina 95 octanas praticado em Portugal é o oitavo mais caro em toda a União Europeia. Já o gasóleo ocupa a 11ª posição entre os 27 países do espaço comunitário.

Os preços dos combustíveis afectam de forma directa o orçamento das empresas e também os custos das companhias, tendo por isso um forte impacto na competitividade do tecido empresarial bem como no consumo privado.

Entre os sectores mais expostos à evolução dos mercados petrolíferos estão, por exemplo, as companhias aéreas e todas as transportadoras, bem como a indústria da cerâmica. Já a título particular, todas as deslocações diárias são afectadas.

(valores em euros)

Janeiro 2010 Junho 2010
Gasolina 1,295 1,396
Gasóleo 1,057 1,181 (Fonte: DGEG)
(30.06.10/Fonte : Jornal Económico)

Dois terços dos portugueses não vão sair de casa nas férias

 

Dois terços dos portugueses não vão sair de casa nas férias, ao contrário dos suecos, holandeses e belgas, revela um estudo realizado em 19 países.

O levantamento da GfK, feito em parceria com o Wall Street Journal, indica que 66% dos portugueses não saem de casa nas férias, tal como os húngaros, búlgaros, polacos e romenos.

Pelo contrário, suecos, holandeses e belgas pretendem gastar mais nas férias e apenas 25% ficam em casa.

O trabalho mostra que Portugal é um dos países onde menos se gasta em período de lazer, já que dois terços dos portugueses não pretendem fazer despesas, 17% vão gastar até 500 euros e apenas 7% mais de mil euros.

Dos portugueses menos afectados pela crise e que planeiam passar férias fora de casa, 49% apenas o vai fazer por um período máximo de uma semana e 23% por 15 dias, segundo o estudo, a que a agência Lusa teve acesso.

Um valor consideravelmente inferior ao da média dos europeus, já que 31% pretendem gozar 15 dias de férias fora de casa.

Os alemães são os que mais usam períodos de 15 dias de férias e os holandeses os que mais dias pretendem ter de férias.

Os portugueses que vão gozar férias pretendem fazê-lo acompanhados com a família (76%).

A maioria dos europeus pretende passar férias nos respectivos países e os portugueses não fogem à regra: 69% pretendem aderir ao lema "faça férias cá dentro", uma percentagem ligeiramente superior à dos italianos (67%) e dos espanhóis (66%).

Na Europa, os espanhóis são os que mais referem que passarão o seu período de férias sozinhos: 13%, seguidos dos britânicos, com 11%, refere também o estudo da GfK, uma multinacional de estudos de mercado.

O estudo foi realizado em 15 países europeus, Estados Unidos da América, Brasil, Colômbia e Índia, num total de 16 364 entrevistas, a indivíduos de 15 e mais anos de idade, realizadas em Fevereiro e Março de 2010. Em Portugal a amostra foi de 1250 entrevistas.
(29.06.10/Fonte : OJE)

Vida vai ficar ainda mais difícil

 

A contagem decrescente já começou. Faltam três dias para 1 de Julho, data em que entram em vigor todos os aumentos e cortes anunciados pelo Governo, integradas no Plano de Estabilidade e Crescimento.

O aumento do IVA em um ponto percentual terá como consequência a subida generalizada de todos os produtos, mesmo os básicos. A nova sobretaxa de IRS vai cortar nos salários. Mesmo assim, passa a ficar disponível um novo produto de poupança.

IVA
O aumento é de um ponto percentual em todos os escalões do IVA, e não escapam mesmo as taxas mais baixas. A partir de quinta-feira as novas taxas serão: 6%, 13% e 21%. Aumentos que na prática se reflectem nas compras diárias. A começar pelos transportes públicos, que vão aumentar 1,2%, subida que já incorpora o aumento do IVA.

Nos supermercados o mais certo é contar com contas um pouco mais elevadas. Isto, apesar dos supermercados Lidl, Intermarché e E.Leclerc, terem garantido que não vão reflectir o aumento do IVA nos seus preços. Já o Pingo Doce, Modelo e Continente dizem que vão manter preços competitivos. Para outros artigos a situação é diferente. A multinacional sueca Ikea assumiu que vai fazer reflectir o aumento do IVA, o mesmo acontecendo na FNAC.

Salários
Quem já recebeu o salário, sentiu o corte. A sobretaxa de IRS já está em vigor. O impacto da medida foi ainda maior para quem recebeu o subsídio de férias, uma vez que este vencimento extra também apanha com a nova sobretaxa do IRS. Esta taxa adicional aplica-se igualmente a rendimentos de trabalho que até agora estavam isentos.

Por exemplo, um casal com dois filhos não pagava IRS até aos 628 euros; agora essa isenção acaba nos 587 euros. No escalão dos 675 euros, a retenção era de 1%; agora passa a 2%.

De acordo com o Governo, o aumento na retenção na fonte tem dois objectivos. Primeiro, o Estado arrecada receita imediata; segundo, para os contribuintes suaviza o aumento do imposto, uma vez que é feito mensalmente. Dados divulgados, em Maio, pelo Ministério das Finanças indicavam que o aumento de impostos irá contribuir com cerca de 60% do esforço neste meio ano para a redução do défice.

Subsídio de desemprego
As medidas de austeridade também chegam aos milhares que estão desempregados. De acordo com a nova legislação, altera-se o limite para o subsídio de desemprego, que não pode ultrapassar os 75% do salário ilíquido recebido. Além disso, terão que trabalhar mais tempo, 15 meses, para terem direito a subsídio.

As regras mudam também no que diz respeito a trabalhos a aceitar. Durante os primeiros 12 meses sem trabalho terão que acolher ofertas de emprego que proponham um salário 10% superior ao subsídio, a partir do 13º mês basta um ordenado igual ao subsídio.

As medidas extraordinárias para o combate ao défice cortam também com o recente subsídio social de desemprego. Os que já estão a receber continuarão até concluírem os seis meses. Mas as regras mais rigorosas não se limitam aos desempregados. Todos os que recebem qualquer prestação social não contributiva serão abrangidos por novos métodos de avaliação, que dependem da consulta de dados bancários e fiscais. Quem tiver mais de 100 mil euros em depósitos ou acções não terá direito a apoios.

Scut
Dia 1 de Julho é a data prevista para o início da cobrança de portagens nas três SCUT a Norte - Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata. Uma cobrança que implica nova tecnologia, que os partidos da Oposição chumbaram no parlamento.

O Governo diz que a legislação em vigor permite a introdução de portagens nessa data; a Oposição responde que tecnicamente é verdade, mas politicamente é um erro. Para já, mantêm-se as negociações entre PS e PSD. Talvez as portagens sejam adiadas até à introdução de cobrança também nas outras quatro SCUT, como exige o PSD e já admitiu o PS.

Certificados do Tesouro
A partir de quinta-feira estará disponível um novo produto de investimento, os Certificados do Tesouro, que inicialmente estarão em cerca de 300 balcões dos CTT e no Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público. O valor mínimo a subscrever é de mil euros e o máximo de um milhão. O limite de permanência são dez anos. De acordo com um estudo da Deco, têm mais rentabilidade que os Certificados de Aforro, mas a longo prazo.(28.06.10
/Fonte : Jornal de Notícias)

Buraco na Defesa já atinge 190 milhões

 

Em Junho, o orçamento do Ministério da Defesa para salários dos militares já tem uma insuficiência de 190 milhões de euros. Em dois meses, a falta de verbas disparou 137 por cento.

 

O buraco orçamental nas despesas com pessoal no Ministério da Defesa ascende, em Junho, a 190 milhões de euros. Desde Abril passado, quando a Direcção-Geral do Orçamento (DGO) detectou uma insuficiência orçamental de 80 milhões de euros, o défice nas verbas para pagar os salários aumentou 137 por cento. Por isso, o Ministério das Finanças terá nos últimos meses deste ano de transferir uma verba avultada para o Ministério da Defesa, a fim de garantir o pagamento dos salários dos militares.

Ao que o CM apurou, o novo valor da insuficiência orçamental para ordenados foi verificado pelo gabinete do ministro da Defesa, nos últimos dez dias, após reuniões com os chefes dos Estado-Maior do Exército, general Pinto Ramalho, da Marinha, almirante Melo Gomes, e da Força Aérea, general Luís Araújo, e o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), Valença Pinto. O gabinete de Augusto Santos Silva reuniu também com os responsáveis financeiros dos três ramos das Forças Armadas e com os dirigentes da Secretaria-Geral do Ministério.

O aumento da despesa nos gastos com o pessoal está a causar preocupação no Ministério da Defesa, mas o gabinete de Augusto Santos Silva já disse que não faltará dinheiro para salários. Ontem, o gabinete do ministro explicou esta situação de forma simples: "No dia 1 de Janeiro de 2010, decorrente do regime de transição para as posições remuneratórias de todos os militares, independentemente da categoria a que pertencem, foram reposicionados numa posição remuneratória cujo montante corresponde aos valores auferidos a 31 de Dezembro de 2009."

Para já, entre Janeiro e Maio deste ano, segundo o Boletim de Execução Orçamental da DGO deste mês, as despesas com pessoal no Ministério da Defesa registam uma taxa de crescimento elevada: as "remunerações certas e permanentes", que incluem os vencimentos, aumentaram 7,9 por cento; já os "abonos variáveis ou eventuais", em que estão integrados os subsídios, dispararam 23,5 por cento.

SAIBA MAIS
EFECTIVO
O efectivo dos três ramos das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea) ronda, neste momento, 37 400 militares. O Exército reúne o maior número de efectivos.

2,2 Mil milhões de euros é o orçamento para o funcionamento do Ministério da Defesa em 2010. Essa verba corresponde a 51,7 por cento dos gastos totais da Defesa.

GUERRA
A Guerra Colonial em África decorreu entre 1961 e 1974. No total, nos teatros de guerraV em Angola, Moçambique e Guiné morreram quase 8300 militares.

DISCURSO DIRECTO
"MAL-ESTAR NOS QUARTÉIS", Lima Coelho, Líder da Associação Nacional de Sargentos

Correio da Manhã – O novo regime remuneratório está a gerar um avultado buraco orçamental. Como crítico deste regime, como analisa a situação?

Lima Coelho – 0 buraco orçamental no final do ano é incontrolável. No final do ano passado apelámos ao sr. ministro para que suspendesse a eficácia do novo sistema retributivo até se corrigir as anomalias, para evitar esta situação de injustiça relativa. Infelizmente, ninguém nos ouviu.

– Que injustiça relativa?

– 0 novo regime está a ser aplicado com distorções nos vencimentos dos sargentos e dos praças, trazendo mal-estar aos quartéis das Forças Armadas. A maior parte do dinheiro relativo a vencimentos é para os oficiais, porque os níveis remuneratórios são muito mais elevados.

– Como se resolve agora a situação?

– Se o ministro tivesse tido a coragem de não implementar o diploma e corrigir os erros, isto hoje não estava a acontecer. Agora, têm uma bota difícil de descalçar.

DESPACHO CONJUNTO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL AINDA POR PUBLICAR
Seis meses após a entrada em vigor do novo regime remuneratório dos militares das Forças Armadas, o despacho conjunto dos ministros das Finanças e da Defesa, destinado à execução orçamental das normas daquele regime, ainda está por publicar.

O Ministério da Defesa garantiu ontem ao CM que o despacho de Teixeira dos Santos e Augusto Santos Silva "está em fase de preparação". O gabinete do ministro da Defesa precisa que esse despacho, que "assegura a aplicação do mecanismo de correcção, decorrente de progressões e promoções, tem como finalidade assegurar as verbas correspondentes às necessidades decorrentes desse mecanismo, e está em fase de preparação".

APOIO A PENSÕES GERA DÍVIDA COLOSSAL
O Ministério da Defesa tem uma dívida de 109 milhões de euros à Caixa Geral de Aposentações (CGA) e à Segurança Social (SS) por causa dos encargos com o Fundo dos Antigos Combatentes (FAC). Como o Ministério da Defesa nunca dotou o FAC de verbas próprias, os encargos com o complemento especial de pensão e com o acréscimo vitalício de pensão, criados pelo ex-ministro da Defesa Paulo Portas em 2004, têm sido suportados pelos orçamentos da CGA e da SS.

A dívida mais elevada é à CGA: no final de 2009, segundo o relatório anual da CGA, a dívida ascendia a 81,3 milhões de euros, um aumento de quase 15 por cento face ao ano anterior. O Ministério da Defesa, através do gabinete do ministro Augusto Santos Silva, justifica esta dívida com a constatação de que 'a receita gerada no âmbito da aplicação da Lei de Programação de Infra-Estruturas Militares [entrou em vigor em 2008] não foi ainda suficiente para se proceder a qualquer entrega [de verbas] à CGA'.

Mesmo assim, o Ministério da Defesa frisa que "ao longo dos últimos anos foram efectuadas pontualmente algumas transferências para a CGA, a partir de receitas originadas pela alienação de prédios militares não incluídos na Lei de Programação de Infra-Estruturas Militares". E dá um exemplo: "Entre 2007 e 2009 foram pagos 9,2 milhões à CGA."

O mesmo acontece em relação à despesa suportada pela SS com o FAC: no final de 2009, a dívida do Ministério da Defesa à SS ascendia a 27,88 milhões de euros, um decréscimo ligeiro face aos 29,08 milhões de euros relativos ao ano anterior. O próprio Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) deixa claro que "o valor em dívida tem sido previsto anualmente no orçamento da SS, e tem vindo a ser progressivamente regularizado pelo Ministério da Defesa".

NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS ATINGE 300 MIL
O Fundo dos Antigos Combatentes (FAC) abrange cerca de 300 mil beneficiários. O complemento especial de pensão e o acréscimo vitalício de pensão, atribuídos como reconhecimento do País pelo tempo de serviço dos ex-combatentes, são pagos uma vez por ano.

Desde Agosto de 2004, quando foi publicada a portaria com o formulário para os pedidos, cerca de 500 mil ex-combatentes candidataram-se a estes complementos da pensão. Os beneficiários do FAC são, entre outros, os seguintes ex-militares: mobilizados entre 1061 e 1975 em África, presos ou capturados em combate na Índia, estacionados em Timor em 25 de Abril , do Quadro Permanente.

IMPACTO: PREVISÃO INICIAL
A anterior equipa do Ministério da Defesa, liderada por Severiano Teixeira, estimou que o impacto financeiro do novo regime remuneratório seria de cerca de 50 milhões de euros em 2010

ORÇAMENTO 2010: MAIS VERBAS
Em 2010, por causa das alterações ao sistema remuneratório e ao suplemento da condição militar, o orçamento do Ministério da Defesa aumentou de 9,1 por cento

AOFA: DIRIGENTES ATENTOS
A Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA) manifesta "alguma preocupação", segundo o secretário-geral Sequeira Alves, mas acredita que não faltará verba para os salários(28.06.10
/Fonte : Correio da Manhã)

Portugal é líder no número de meses necessários para ter direito ao subsídio de desemprego

 

Quem ficar desempregado a partir de 1 de Julho terá mais dificuldades em aceder ao subsídio de desemprego, já que o tempo de descontos necessário para ter direito à protecção voltará a ser de 15 meses.

 

Com o diploma ontem publicado e que produz efeitos já a partir da próxima quinta-feira, Portugal volta a estar entre os países que mais descontos exigem aos trabalhadores para possam ter direito ao subsídio de desemprego, acabando o regime excepcional criado para responder à crise.

No ano passado, com o desemprego a atingir um número recorde de pessoas, o Governo reduziu de 15 (450 dias) para 12 meses (365 dias) o prazo de garantia do subsídio de desemprego. A medida acabou por ser estendida para este ano, mas a necessidade de conter os gastos com as despesas sociais acabou por ditar o seu fim. Portugal ultrapassa assim os prazos exigidos em países como a Espanha ou a Alemanha, ficando no topo da tabela dos principais parceiros europeus.

O Decreto-lei 77/201 que acaba com a redução extraordinária do prazo de garantia era a peça que faltava para completar a reforma da protecção social no desemprego prevista no Programa de Estabilidade e Crescimento. É que, além de ser preciso descontar durante mais tempo para ter subsídio, a prestação será mais reduzida e os desempregados serão obrigados a trabalhar por menos dinheiro. A partir da próxima quinta-feira os novos desempregados terão de contar com um novo limite ao valor do subsídio, que não poderá ser superior a 75 por cento do salário ilíquido que recebiam quando estavam no activo. Além disso, os desempregados - novos e actuais - serão obrigados a aceitar propostas de trabalho por um salário mais baixo do que até aqui. Nos primeiros 12 meses de desemprego, as pessoas terão que aceitar ofertas que lhes proponham um salário dez por cento superior ao valor do subsídio de desemprego e do 13º mês em diante basta que o salário seja igual ao subsídio.

O diploma ontem publicado acaba também com o prolongamento extraordinário por mais seis meses do subsídio social de desemprego (pago a quem esgota o subsídio de desemprego e não tem rendimentos para sobreviver ou a quem não fez os descontos suficientes). A medida não abrange, contudo, as pessoas que já estão a beneficiar deste prolongamento, que mantêm a prestação até se esgotarem os seis meses.

Os restantes desempregados não terão direito a qualquer prolongamento do subsídio social e já serão abrangidos pelas novas regras para aceder a esta prestação: o rendimento dos beneficiários de prestações sociais não contributivas (onde o Governo inclui o subsídio social) passará a ter em conta os juros de depósitos bancários, as rendas ou os apoios à habitação, que até agora não eram contabilizados. E quem tiver mais de 100 mil euros em depósitos ou acções não terá direito aos apoios.
(25.06.10/Fonte : Público)

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Portugal é o oitavo país do mundo com maior risco de colapso

 

A probabilidade de Portugal entrar em bancarrota é superior a 25%. A percepção de risco em relação a Portugal não dá sinais de acalmia.

Portugal voltou a subir ao 8º lugar na lista dos países com maior risco de bancarrota, com uma probabilidade de 'default' superior a 25%.

É que o preço de ter um seguro contra o eventual incumprimento de Portugal está a novamente a avançar, um sinal de que os investidores continuam preocupados com as contas públicas portuguesas. Desta forma, o preço dos 'credit-default swaps' (CDS) sobre obrigações do Tesouro a cinco anos portuguesas está hoje a subir 2,1 pontos base para os 322,99 pontos.

Quer dizer que por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida portuguesa, os investidores têm de pagar um seguro anual de 322,99 mil euros.

A liderar as subidas mundiais estão hoje os CDS da Hungria e da Grécia com a mesma maturidade. Os CDS gregos sobem 22,6 pontos para 1.018,51 milhões euros, enquanto os húngaros avançam 27,7 pontos para 335,56 mil euros.

A Venezuela é, contudo, o país onde a percepção de risco é mais elevada. O preço pago pelos investidores para se protegerem de um eventual incumprimento deste país, através de ‘credit-default swaps', situa-se nos 1287,75 milhões de euros.(25.06.10
/Fonte : Diário Económico)

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Crédito malparado das famílias aumentou 18% num ano

 

O valor do crédito concedido às famílias considerado de cobrança duvidosa, o malparado, aumentou 18% em Abril face ao mesmo mês do ano passado, com a habitação e o consumo como principais responsáveis.

Este valor representa 2,84% do total dos empréstimos concedidos pelos bancos em Abril (139 484 milhões de euros).
De acordo com o Boletim Estatístico do Banco de Portugal , ontem divulgado, o valor do crédito considerado de cobrança duvidosa, em Abril, foi de 3955 milhões de euros face aos 3351 milhões de euros do mesmo mês de 2009, um aumento de 604 milhões de euros.

Em Abril, o valor emprestado pelos bancos às famílias foi de 139 484 milhões de euros, o que representa um aumento de 4599 milhões de euros face a Março e 6152 milhões de euros quando comparado com o mesmo mês de 2009.

O crédito ao consumo aumentou 31 milhões de euros para os 1129 milhões. Face ao mesmo mês de 2009, o malparado no consumo subiu em 219 milhões de euros, mais 24%.

No caso da habitação, o valor dos empréstimos concedidos aumentou em 418 milhões de euros de Abril para Março, situando-se nos 111 386 milhões de euros. Em comparação com Abril de 2009, o valor dos empréstimos aumentou em 540 milhões. O malparado no crédito à habitação aumentou 17 milhões de euros na evolução mensal, para os 1930 milhões de euros, e aumentou em 217 milhões relativamente a Abril de 2009.

O valor depositado pelos particulares subiu 293 milhões de euros para 116 778 milhões de euros, de Abril para Março, numa tendência que aponta para uma maior poupança dos portugueses. Depois de em Março o valor de poupança nos bancos ter descido face a Fevereiro, neste mês houve uma inversão de tendência.(24.06.10
/Fonte : Jornal de Notícias)

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Número de milionários em Portugal aumentou em ano de crise e recessão

 

Existem em Portugal 11 mil pessoas com uma fortuna acima de um milhão de dólares, um número que representa um crescimento de 5,5% e ocorreu num ano em que a economia sofreu uma forte recessão e a crise se acentuou.

 

Existem em Portugal 11 mil pessoas com uma fortuna acima de um milhão de dólares, um número que representa um crescimento de 5,5% e ocorreu num ano em que a economia sofreu uma forte recessão e a crise se acentuou.

De acordo com o estudo “World Wealth Report”, realizado pela Capgemini e Merrill Lynch, no ano passado existiam 11 mil pessoas em Portugal com uma fortuna acima de um milhão de dólares (814 mil euros), o que compara com os 10,4 mil registados em 2008.

A subida da bolsa no decorrer do ano passado, o aumento dos preços do imobiliário (em 0,2%) e a forte descida das taxas de juro foram os factores que contribuíram que o número de milionários em Portugal aumentasse em mais de 5%.

No ano passado, a praça portuguesa valorizou 33,5%, o que terá contribuído para a valorização do património de muitos investidores em Portugal.

Estes factores mais que anularam o impacto negativo da recessão da economia portuguesa. No ano passado o PIB recuou 2,7%, com uma queda de 21,8% nas exportações e de 8,1% na produção industrial.

A Capgemini e a Merrill Lynch classificam de milionários os indivíduos que possuem activos líquidos superiores a 1 milhão de dólares, excluindo a sua residência principal e os bens consumíveis.

A nível mundial, os indivíduos com mais de 1 milhão de dólares também aumentou, atingindo os 10 milhões. Além disso, o seu volume de riqueza aumentou 18,9% para 39 biliões de dólares.

“Os últimos anos têm sido relevantes para os investidores ricos. Enquanto em 2008 a riqueza global dos HNWI sofreu um declínio sem precedentes, um ano depois existem claros sinais de recuperação, e nalgumas áreas verifica-se mesmo o regresso aos níveis de riqueza e crescimento registados em 2007”, afirma Sallie Krawcheck, President, Global Wealth & Investment Management, Bank of America.(24.06.10
/Fonte : Jornal de Negócios)

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Portugueses são dos mais aflitos com a chegada do fim do mês

 

Os portugueses são o terceiro povo da União Europeia que diz estar a sentir maiores dificuldades em pagar, ao fim do mês, todas as contas da família e as prestações de crédito acumuladas. Em situação mais aflitiva apenas surgem os gregos e letões.

 

Os portugueses são o terceiro povo da União Europeia que diz estar a sentir maiores dificuldades em pagar, ao fim do mês, todas as contas da família e as prestações de crédito acumuladas. Em situação mais aflitiva apenas surgem os gregos e letões.

Esta é uma das conclusões que se podem retirar do mais recente inquérito europeu, Eurobarometro, realizado em torno da evolução da percepção de pobreza nos 27 países da União.

Portugal não compara mal quando a pergunta é sobre se “algumas ou muitas contas” ficam por pagar no fim do mês: apenas 7% dos inquiridos responde que sim, um valor próximo da média europeia (5%), que fica aquém do apurado na Irlanda (6%), Espanha (8%) e sobretudo na Letónia (17%), Bulgária (15%) ou Grécia (14%).

Mas os portugueses saltam para o topo da lista quando a possibilidade de resposta passa a ser “as contas são pagas, mas é uma luta constante”. Quase 40% dos inquiridos (39%) diz que é nessas circunstâncias que encara a chegada do fim do mês, uma proporção só ultrapassada pelos gregos (44%). Somadas as duas possibilidades de resposta, a situação parece ser mais aflitiva para as famílias gregas, seguidas das letãs e das portuguesas.

Ainda assim, o panorama é sombrio em toda da UE: um em cada seis europeus afirma ter constantemente dificuldade para pagar as despesas correntes e três quartos consideram que a pobreza aumentou no seu país no último ano, revelam os resultados deste inquérito, realizado em Maio, quando já está decorrida a primeira metade do Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social de 2010 e após o compromisso assumido, em 17 de Junho, pelos dirigentes da UE, de retirar 20 milhões de europeus da pobreza e da exclusão social na próxima década.

Questionados sobre como perspectivam a evolução das finanças familiares nos próximos doze meses, romenos e gregos destacam-se pelo pessimismo, com 76% e 69% dos inquiridos, respectivamente, a responder que antecipa uma deterioração.

Em Portugal, este universo é mais contido, 42%, mas é muito acentuado o seu crescimento, tendo em conta que, em Março de 2010, apenas 28% dos portugueses diziam esperar que a “ginástica” nos orçamentos familiares se tornasse um exercício ainda mais exigente.

Os inquéritos foram realizados entre 18 e 22 de Maio. Em Portugal foram entrevistadas 1005 pessoas.(23.06.10
/Fonte : Jornal de Negócios)

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Efacec ganha rede eléctrica de Atenas

 

A Efacec anunciou que vai fornecer um sistema de gestão da rede de distribuição eléctrica à maior empresa de energia eléctrica da Grécia, para a região que integra Atenas, e que responde por mais de um terço da energia consumida no país.

A empresa portuguesa vai fornecer à Public Power Corporation (PPC) "um sistema SCADA/DMS, tecnologia 100% Efacec," numa encomenda com um valor aproximado de 5,6 milhões de euros.

O sistema vai fazer a gestão da rede eléctrica de distribuição na região de Attica, que integra a capital, Atenas, e que conta com 2,4 milhões de consumidores, explicou a Efacec em comunicado.

O sistema a fornecer pela Efacec "inclui o software e o hardware necessários para equipar um Centro de Comando a localizar em Atenas", que permitirá aos operadores da empresa grega "monitorizar e actuar sobre o estado de todos os equipamentos importantes da sua rede eléctrica".

Além deste centro de comando, a Efacec também fornecerá e instalará "117 Unidades Remotas Terminais (URT), equipamentos que se destinam a equipar outras tantas subestações de distribuição de energia da PPC dispersas pela região, permitindo a comunicação com o Centro de Comando".

A empresa considera que esta encomenda "reforça a presença da Efacec (em particular na área da gestão e automação de redes de distribuição de energia) na Europa Central, um dos mercados estratégicos para o crescimento internacional" da companhia.

A Public Power Corporation é a maior empresa de energia eléctrica na Grécia e é responsável pela geração, transmissão e distribuição de energia eléctrica para todo o país. O volume de negócios ascendeu a seis mil milhões de euros em 2009.
(23.06.10/Fonte : OJE)

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Défice orçamental agrava-se nos primeiros cinco meses de 2010 devido à subida das despesas sociais

 

As contas públicas referentes aos primeiros cinco meses do 2010 registaram um agravamento do défice face ao verificado em igual período de 2009.

No ano passado, o défice foi de 3220 milhões de euros e passou este ano para 3727 milhões, como resultado dos números divulgados anteontem pela Direcção-Geral do Orçamento.

Esse agravamento deveu-se sobretudo à descida do saldo positivo da Segurança Social de 1104 milhões de euros em 2009 para 720 milhões de euros em 2010 e ainda, embora em menor grau, de uma ligeira subida do défice do Estado - de 4358 para 4424 milhões de euros.

Na Segurança Social, refere-se na nota da DGO que o objectivo traçado no Orçamento do Estado de 2010 é de um saldo de 270 milhões de euros, dando a entender que ainda poderá ser atingido. Mas as contas da Segurança Social reflectem a situação social que se vive no país, com a subida do desemprego mesmo em relação aos números de 2009.

Apesar da subida das contribuições de 2,1 por cento - que se compara com uma subida de 0,5 por cento em 2009 - o certo é que as despesas continuam a subir mais rapidamente.

A despesa corrente da Segurança Social subiu 9,6 por cento face a 2009, que já tinham subido 9,8 por cento em 2009. De igual modo, subiram as despesas com pensões e com prestações sociais. Mas, comparativamente com 2009, parece assistir-se a um abrandamento dessas despesas. O gasto com pensões subiu 4,3 por cento nos primeiros cinco meses de 2010, quando no mesmo período de 2009 tinham subido 4,5 por cento face a 2008. E os custos com as outras despesas sociais subiram 12,5 por cento, contra 20,5 por cento em 2009. Ainda assim, estas subidas estão a crescer mais rapidamente do que o previsto no OE.

A cobrança fiscal melhorou após a sangria verificada em 2009. Cresceu 6,3 por cento em relação à receita até Maio de 2009.

O acréscimo de 755 milhões de euros até então registado ficou sobretudo a dever-se a mais 800 milhões de euros de IVA e de 257 milhões de IRC. Já o IRS ficou abaixo do cobrado em 2009 em quase 600 milhões de euros. No conjunto, a receita dos impostos indirectos subiu 1087 milhões de euros.(23.06.10
/Fonte : Público)

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Cortes na despesa arrancam hoje

 

Estado vai reduzir o pagamento de horas extraordinárias e eliminar várias medidas de combate ao desemprego.

O plano do Governo para reduzir a despesa pública arranca hoje, com a entrada em vigor do decreto-lei com as disposições necessárias à execução do Orçamento do Estado para 2010 e que estabelece, entre outras medidas, cortes no pagamento de horas extraordinárias e subsídio por trabalho nocturno, e o reforço dos procedimentos de controlo da admissão de pessoal na administração pública. Tendo em vista a "plena execução" do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), entra também hoje em vigor a revogação de várias medidas de combate ao desemprego.

Aprovado no final de Maio em Conselho de Ministros e publicado ontem em Diário da República, este decreto-lei define a cativação de 20% das verbas orçamentadas em matéria de horas extraordinárias, de subsídio de trabalho nocturno, assim como de outros abonos em numerário ou espécie. Os cortes estendem-se igualmente às despesas de representação, com comunicações e de assistência técnica. O diploma estabelece ainda a adopção da regra geral "três por um" na aquisição de viaturas pelo Estado em 2010.

Além das novas regras consagradas neste diploma, foi igualmente publicada ontem em Diário da República a revogação de várias medidas de combate ao desemprego, "que haviam sido tomadas com o objectivo de apoiar as empresas e os cidadãos num período excepcional de crise" e que deixam de ser aplicadas em nome da redução do défice orçamental, explica o Governo.

Entre as medidas revogadas encontram-se os benefícios concedidos a empresas que empregassem trabalhadores com mais de 45 anos (beneficiavam de uma redução de 3% na taxa contributiva), bem como as acções de formação para empregados sazonais. Terminam assim os apoios concedidos no âmbito do Programa Qualificação-Emprego para reforçar as qualificações de trabalhadores e activos desempregados em sectores com ritmo de trabalho intermitente (construção civil, cerâmica, metalurgia, metalomecânica, comércio, madeira e mobiliário, têxtil e turismo).

O pacote de redução da despesa pública que hoje entra em vigor consagra ainda, no que diz respeito à transição de saldos dos serviços, "um regime mais restritivo", em que cabe ao ministro das Finanças a última palavra na autorização das transições. De acordo com o ministério tutelado por Teixeira dos Santos, com a entrada em vigor deste diploma, saem reforçados "os procedimentos de controlo da admissão de pessoal na administração pública".

O Decreto-Lei 72-A/2010, de 18 de Junho, adopta também novas medidas de simplificação na reafectação e na flexibilização das verbas para os projectos financiados no âmbito do QREN, permitindo, desta forma, uma aceleração da execução desses projectos.

"Por exemplo, as verbas afectas a projectos que não sejam efectivamente utilizadas no prazo definido poderão passar a ser reafectadas a novos projectos", pode ler-se no diploma. O decreto-lei estabelece ainda "um enquadramento jurídico destinado a continuar a potenciar a simplificação administrativa", como a possibilidade de realizar notificações electrónicas no âmbito de procedimentos administrativos, da autorização para a adopção de aplicações, de formulários ou de modelos disponibilizados electronicamente e do incremento da possibilidade de utilização do multibanco para alguns actos administrativos.

Segundo o Ministério das Finanças, à semelhança dos anos anteriores, as normas previstas no decreto-lei abrangem os orçamentos dos serviços integrados, os orçamentos dos serviços e fundos autónomos e o orçamento da Segurança Social.
(22.06.10/Fonte : Diário de Notícias)

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Portugueses têm menos poder de compra que os gregos

 

Países como o Chipre ou Malta conseguiram ultrapassar o poder de compra de Portugal.
 

Portugal é o 9º país mais pobre da União Europeia. Luxemburgo é o mais rico, revela o Eurostat.

Equiparar as condições de vida em toda a União Europeia continua a ser um sonho. O poder de compra dos habitantes dos países membros oscila entre 41% e 268%, segundo um estudo do Eurostat que exprime o produto interno bruto (PIB) per capita de cada país em termos de poder de compra.

Em termos de evolução, nos últimos três anos, a posição de Portugal no 'ranking' europeu manteve-se inalterada, o que fez com que países como o Chipre ou Malta conseguissem ultrapassar o poder de compra nacional.

Segundo o Eurostat, o poder de compra em Portugal é idêntico ao de Malta que está 22% abaixo da média europeia, enquanto o da Grécia, por exemplo, situa-se 5% abaixo.

O fosso entre os países mais ricos e os mais pobres do bloco é visivel. O Luxemburgo é de longe o país mais rico da UE, com quase o triplo de rendimentos per capita em relação à média, seguido pela Irlanda, Holanda e Áustria.

Os mais pobres são a Polónia, a Lituânia, a Letónia, a Roménia e a Bulgária, que encerra a lista com um PIB per Capita 59% abaixo da média.
(21.06.10/Fonte : Diário Económico)

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Clima económico melhora em Maio, segundo o INE

 

O indicador de clima económico português melhorou em Maio, completando três meses consecutivos de subidas, segundo a Síntese Económica de Conjuntura, publicada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A síntese económica de conjuntura do INE aglomera as principais estatísticas já divulgadas ao longo do mês relativos à economia portuguesa.

"Em Portugal, o indicador de clima económico, disponível até Maio, aumentou nos últimos três meses, retomando o perfil ascendente iniciado em Maio de 2009", refere o INE.

O indicador de clima económico passou de -0,3 pontos percentuais em Abril para -0,1 pontos em Maio.

De acordo com o instituto de estatísticas, "o indicador de actividade económica recuperou em Abril, mantendo o movimento ascendente observado desde Agosto".

O indicador de consumo privado voltou a aumentar em Abril, "atingindo o valor mais elevado desde Março de 2000, em resultado do contributo positivo de ambas as componentes, consumo corrente e consumo duradouro".

Em Abril, "as importações e as exportações registaram crescimentos homólogos nominais expressivos, passando de taxas de 7,8% e 14,2%, em Março, para 12,9% e 18,4%, respectivamente", segundo o INE.

Em Maio, a variação homóloga mensal do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 1,1%, superior em 0,4 pontos percentuais à do mês anterior.

Excluindo a energia e os bens alimentares não transformados, a sua variação homóloga foi de -0,1%.
(21.06.10/Fonte : OJE)

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Subsídio social pode ser retirado ao fim de 6 meses

 

Quem já estiver a receber prestação social de desemprego vai ser afectado. Para terem o mesmo acesso a apoios, famílias não podem ter mais de 100 600 euros, nem casas de valor superior a 250 mil euros.

Alguns dos 120 mil beneficiários do subsídio social de desemprego, que contavam com aquela prestação durante 12 meses, podem vir a perder a prestação ao fim de seis meses, mesmo que parte dela decorra de contribuições pagas.

Esta é uma consequência da lei publicada na quarta-feira, que altera radicalmente os conceitos de rendimento e de agregado familiar para efeitos de acesso a apoios sociais e que, na maioria dos casos, promete reduzir ou eliminar as prestações sociais de um universo de cerca de dois milhões de beneficiários.

Outra questão importante que decorre da lei tem a ver com a relação entre propriedade de imóveis e a possibilidade de aceder a apoios sociais. Quem tiver casa própria para habitação de valor superior a 250 mil euros pode vir a ser penalizado com uma redução ou mesmo eliminação dos apoios sociais, seja no âmbito da acção social escolar, isenção no pagamento de medicamentos, taxas moderadoras ou na assistência a doentes acamados ou em reabilitação. Isso mesmo decorre do artigo 9.º do decreto-lei.

Se a casa valer, por exemplo, 300 mil euros, o Estado contará 5% da diferença entre 250 mil e 300 mil euros para o cálculo do rendimento, explicou ontem o secretário de Estado da Segurança Social. Pedro Marques considerou que "as pessoas não devem ser exauridas, de um momento para o outro, de todo o património que tenham, mas devemos considerar uma parte desse património antes de estar a aceder a apoios sociais do Estado".

O secretário de Estado admite que o conjunto das medidas referentes a cortes nos apoios sociais e revisão do subsídio de desemprego permitirão uma poupança de cerca de 151 milhões de euros este ano e de 200 milhões de euros no próximo ano, admitindo que, na maioria dos casos, tal vai resultar numa redução do universo de beneficiários ou dos valores a que terão direito. Isto, mesmo que, em alguns casos, também possa haver quem saia beneficiado pelas mudanças na consideração do agregado familiar.

Mas se o Governo fala na necessidade de introduzir "maior rigor" na concessão de apoios que são pagos por todos, o secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, referiu ontem que estamos a assistir ao maior roubo organizado da história da humanidade", considerando que "o dinheiro de todos foi utilizado para colmatar dívidas dos privados". Referindo-se à revisão do subsídio de desemprego, Carvalho da Silva sublinhou que o Governo "elimina o direito a subsídio de desemprego, um direito de proteção social", para depois "apresentar propostas precárias e dizer que é melhor do que não ter nada". Refira-se que, amanhã, o PSD recebe a UGT para discutir a proposta das confederações patronais para flexibilizarem a legislação laboral durante os próximos três anos de vigência do Plano de Estabilidade e Crescimento. Isto depois de o Governo ter referido que vai estudar formas de aumentar a competitividade e de travar a evolução dos custos salariais.

A nova legislação, tal como o DN noticiou ontem, estipula ainda que todos os agregados familiares que, no seu conjunto, tenham depósitos, juros ou acções de valor superior a 100 600 euros não terão direito ao conjunto de apoios considerados exteriores ao regime contributivo.

Todos os beneficiários destes apoios terão de abdicar do sigilo bancário e o novo cálculo do rendimento per capita baixa o valor das prestações.
(18.06.10/Fonte : Diário de Notícias)

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Uso de cartões de crédito aumentou 10%

 

Pagamentos com cartões - de crédito e débito - estão a aumentar. É o consumo a comandar a retoma.

Os portugueses recorreram mais ao pagamento com cartões de crédito nos primeiro cinco meses deste ano, acentuando uma tendência que começou a evidenciar-se já no final do ano passado. O total de facturação registada, ou seja, compras pagas com recurso a este tipo de cartões, ascendeu a 1,8 mil milhões de euros, mais 10,6% do que o registado até Maio do ano passado, tendo em conta os dados da rede de aceitação da Unicre, que detém 56% dos terminais em Portugal. Os restantes pertencem basicamente à rede Multibanco.

O aumento do uso de cartões de crédito foi idêntico ao dos de débito, ou seja, mais 10,2%. Tendo-se registado uma facturação de 3,7 mil milhões de euros, até Maio, em comparação com igual mês do ano passado.

Para além de a forma de pagamento com dinheiro estar a ser substituída pelos cartões, o recurso a este meio de pagamento poderá ter a sua explicação na crise económica, que gera uma maior propensão para o consumo compensador e "antidepressivo". Um aumento que encontra paralelo em toda a Europa.

Nos primeiros cinco meses do ano, a utilização de cartões estrangeiros em Portugal também registou um crescimento mais acentuado, de 7,5%, atingindo uma facturação de 795,3 milhões de euros.

No entanto, esta subida entre os estrangeiros foi mais intensa no que respeita aos cartões de débito, cuja facturação disparou 184,7% nos primeiros cinco meses de 2010. Os cartões de crédito estrangeiros, por seu lado, pagaram menos 11,7% de compras até Maio.

No total das transacções com cartões emitidos no exterior e usados em Portugal , o valor médio por transacção cresceu de 88,5 para 91,4 euros, uma variação de 3,3%. No que respeita ao valor médio de cada compra com cartões nacionais, registou-se igualmente uma melhoria entre Maio de 2009 e 2010, passando de 36,9 euros para 37,1 euros.

No total, a facturação com cartões de débito e de crédito que passaram pela rede da Unicre ascendeu a 6,4 mil milhões de euros, contra apenas 5,8 mil milhões nos primeiros cinco meses do ano passado, um aumento de 10%. O crescimento total do débito foi de 13,8%, enquanto o mesmo indicador para o crédito foi de 4,3%.(18.06.10
/Fonte : Diário de Notícias)

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Aerosoles despede 187

 

A Investvar, dona da marca de calçado Aerosoles, vai despedir até ao final do mês 187 trabalhadores das fábricas do grupo.

 

Os 37 operários da Ilpe Ibérica, em Castelo de Paiva, que se encontravam em lay-off receberam ontem cartas de despedimento e, no final deste mês, será a vez dos restantes 30 trabalhadores da fábrica de solas do grupo Investvar, informou ontem o administrador de insolvência do grupo.

Já esta semana, a Glovar, outra empresa do antigo campeão nacional de exportações de calçado, tinha despedido 120 trabalhadores.

Segundo o administrador, os dispensados irão receber indemnizações "se houver dinheiro para as pagar". O Sindicato do Calçado de Aveiro promete analisar a situação, reconhecendo, porém, que se as empresas não tiverem dinheiro não há como pagar indemnizações.

TRABALHADORES: 600
O grupo Investvar tinha um total de 600 trabalhadores e é actualmente controlado pelo Fundo de Recuperação de Empresas.(18.06.10
/Fonte : Correio da Manhã)

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AMI sem alimentos para responder aos pedidos

 

A Assistência Médica Internacional (AMI) não tem alimentos suficientes para responder às necessidades. São cada vez mais as famílias a pedir ajuda às organizações, mas os excedentes do programa comunitário e a ajuda da sociedade civil não chegam.

Aos casos já existentes de pobreza, somam-se novas vítimas da crise e cada vez mais as famílias pedem alimentos para cozinhar em casa. O Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados não cobre todo o ano e, durante um trimestre, a população necessitada fica “a descoberto”, destaca Ana Martins, directora do Departamento de Acção Social da AMI. Além disso, os excedentes da Europa, distribuídos através da Segurança Social e mediante regras rigorosas, não chegam para resolver as carências alimentares.

São enviados cereais, arroz, leite, queijos, manteiga, farinha e açúcar. Mas ?isto é um complemento, não é uma solução alimentar?, destaca Ana Martins, lamentando, por exemplo, que fiquem de fora bens como azeite e carne.
Por outro lado, os alimentos que chegam da sociedade civil, ou que recolhem nos hipermercados e escolas escasseiam, testemunha quem está nos Centros Porta Amiga. A ajuda é necessária para lanches e outros suplementos.

“Nunca temos latas de conserva e fazem imensa falta”, exemplificou Ana Martins, lembrando que os sem-abrigo não têm onde cozinhar. Esta população procura os abrigos nocturnos e os refeitórios da AMI, onde quem tem rendimentos paga 1,35 euros por cada refeição confeccionada por uma empresa de catering.

No ano passado, cerca de 9370 pessoas recorreram à AMI, a nível nacional. Um acréscimo de 18% face às 7702 de 2008. Também cresce o número de novos casos. Foram 4363 no ano passado. Acompanhando a tendência, aumenta o número de famílias que a AMI apoia com o programa comunitário. Em 2009, foram 1946 famílias e 5600 pessoas. A quantidade de alimentos distribuída duplicou. Quanto ao perfil dos mais de 9 mil utentes, 79% estão desempregados, 26% da população activa recebem o Rendimento Social de Inserção e 28% têm outros subsídios e apoios institucionais.

Também na Legião da Boa Vontade (LBV) desde 2008 que os pedidos de ajuda têm vindo a crescer, quer na distribuição mensal de alimentos quer nas rondas nocturnas que são feitas em Lisboa e no Porto. “Há muitas pessoas que por vezes só conseguem pagar um quarto e não têm como se alimentar. De madrugada, vêm à procura das equipas de rua para comer”, contou Elsa Pereira, da LBV. Para poder responder ao acréscimo da procura – os cabazes mensais só dão para cerca de 100 famílias – a LBV adoptou um regime de rotatividade e, durante o mês, assegura distribuições pontuais a quem precisa. Porque as doações das empresas também baixaram, este ano os voluntários também têm estado a fazer mais campanhas de recolha.

À Cruz Vermelha também chegam cada vez mais pedidos de ajuda, sobretudo de pessoas que ficaram desempregadas e que não podem fazer face aos compromissos financeiros que tinham assumido com a compra da casa e dos créditos pessoais. No último ano, no âmbito da campanha ?País solidário?, a Cruz Vermelha gastou cerca de 500 mil euros a ajudar a pagar as contas de cerca de 850 pessoas. Na maioria, prestações da casa, água, luz e gás que deixaram ficar em atraso.
(17.06.10/Fonte : Jornal de Notócias)

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Prada inaugura hoje a primeira loja em Portugal

 

A marca de luxo italiana escolheu a Avenida da Liberdade para receber a sua 281ª loja mundial, que é também a primeira loja sede da marca em Portugal.

A Prada inaugura hoje oficialmente a sua primeira loja em Portugal. O novo espaço fica na Avenida da Liberdade, em Lisboa, onde a marca de luxo italiana será vizinha de nomes igualmente sonantes da moda mundial como a Emporio Armani.

O presidente-executivo da Prada, Patrizio Bertelli, garante ao Diário Económico há já alguns anos que a marca pensava instalar-se na capital portuguesa. "Mas esperámos pelo local ideal para receber a nossa marca, pois este é um ponto fundamental na nossa estratégia de retalho", revelou. Encontraram-no na Avenida da Liberdade, quase à beira do centenário da marca. Porém, a empresa recusa-se a divulgar os valores investidos no projecto.

No interior da loja de 650 metros quadrados distribuídos por dois pisos, concebida pelo arquitecto Roberto Baciocchi, ouvem-se várias línguas: inglês na zona onde estão expostos os sapatos; italiano no piso de baixo, onde está exposta a colecção feminina; português, por todo o lado. Podíamos estar em qualquer parte do mundo, em qualquer das 280 lojas da marca. E a ideia é mesmo essa: a Prada esforça-se para que a sua identidade corporativa esteja bem vincada nos espaços que detém.

A inovação foi uma das razões apontadas por Bertelli para a escolha de Lisboa como destino da marca. "Portugal é um país em crescimento, com uma longa tradição em matéria de elegância. Além disso, acolhe um tipo de cliente que sabe reconhecer e apreciar a beleza intrínseca e a qualidade de um produto. Nos anos mais recentes, os portugueses demonstraram uma grande abertura e um forte dinamismo em relação à sua projecção no futuro e de uma forma inovadora", revelou.
(17.06.10/Fonte : Diário Económico)

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Portugal é o 8º país da UE com mais ligações de Internet por banda larga

 

Portugal é o oitavo país da União Europeia (UE) com mais ligações de Internet por banda larga e o décimo terceiro dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo um estudo divulgado por esta organização.

De acordo com os valores referentes a Dezembro de 2009, nas ligações em banda larga na Europa, Portugal posiciona-se à frente de países como Finlândia, Irlanda, Alemanha, França, Espanha e Reino Unido.

A liderar esta lista estão o Japão e a Coreia do Sul.
"Relativamente à taxa de penetração de banda larga fixa, Portugal subiu duas posições em relação ao período homólogo de 2009, colocando-se agora em 23.º lugar com 17,9 subscrições de banda larga fixa por 100 habitantes", acrescenta a OCDE.

Na UE, Portugal também subiu dois lugares, sendo em Dezembro de 2009 o décimo quarto país com mais penetração de Internet por banda larga.

Para estes cálculos não contam os acessos de banda larga através de dispositivos móveis.
 

No entanto, o relatório lembra que segundo os dados da Comissão Europeia, de Janeiro de 2010, Portugal tem a segunda maior taxa de banda larga móvel entre os 27 Estados-membros.(16.06.10/Fonte : OJE)

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Ryanair investe 58 milhões no Porto e ultrapassa TAP

 

A Ryanair anunciou ontem um novo investimento em Portugal. Vai gastar mais 58 milhões de euros para aumentar o número de rotas a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.


O Norte do país passa, assim, a ser servido por mais ligações da low-cost irlandesa que, de acordo com um estudo divulgado ontem, já ultrapassou a quota de mercado da portuguesa TAP na região.

Este reforço vai avançar em Novembro e elevar o número de ligações na Cidade Invicta para 31. Os sete novos destinos são Barcelona, Bolonha, Bremen, Maastricht, Marrakesh, Munique e Valência. O objectivo da transportadora aérea é que as novas rotas resultem num aumento "de dois para 2,5 milhões de passageiros anuais" transportados para o Norte do país, o que poderá contribuir com "mais 275 milhões de euros de receitas turísticas para a região", avançou Daniel de Carvalho, director de comunicação da empresa para a Europa, acrescentando que a operação no Porto está a registar "um crescimento muito acentuado".

Um estudo divulgado ontem confirma estas afirmações, ao concluir que 33 por cento dos turistas que viajaram em lazer até à cidade escolheram a Ryanair. De acordo com o relatório, elaborado pelo Instituto do Planeamento e Desenvolvimento do Turismo, em parceria com a Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte e com o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, a low cost é responsável por "uma em cada três viagens", ultrapassando a portuguesa TAP.

A companhia de aviação nacional, que, até aqui, era líder na região, é agora responsável por 29 por cento das viagens, refere o estudo, que inquiriu 558 turistas, durante o primeiro trimestre deste ano. Já no que diz respeito a viagens em negócios, a TAP assegura 57 por cento das ligações, enquanto a Ryanair e a britânica Easyjet ficam apenas com sete por cento do mercado.

A companhia de aviação irlandesa continua a fazer um esforço para conquistar mais clientes. Para assinalar a criação das novas rotas no Porto, vai lançar uma promoção de 500 mil lugares a oito euros para viajar na Europa, entre Setembro e Outubro. A oferta está disponível até à meia-noite da próxima quinta-feira.
(15.06.10/Fonte : Público)

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Falências aumentaram 10% no início deste ano

 

Até ontem, fecharam 1836 empresas, mais de 11 por dia. Comércio é o pior sector

A crise económica e as dificuldades em obter financiamento da banca estão a obrigar inúmeras empresas a fecharem as suas portas. Até ontem, 1836 sociedades entraram em insolvência, um aumento de quase 10% face aos números do ano passado, de acordo com os dados do Instituto Informador Comercial, a que o DN teve acesso. Em média, são 11,2 insolvências por dia. O número de insolvências, que no final do primeiro trimestre pouco ultrapassava as mil, regista um crescimento de 50% face a Junho de 2008.

O Porto é a região com maior número de falências, embora com uma melhoria face ao ano anterior - 419 empresas apresentaram insolvência este ano, uma quebra de 8,7%. Segue-se Lisboa, com 315 insolvências, mais 8,6% que em igual período de 2009, e Braga, que registou a falência de 257 companhias, menos 10,5%. De salientar ainda Aveiro, com 152 insolvências em 2010, um crescimento de 7,8%. No entanto, a maior subida deste ano é registada em Portalegre - 15 empresas faliram no distrito alentejano até agora, o que representa um crescimento de 200% em relação ao mesmo período do ano passado, altura em que apenas cinco companhias tinham apresentado insolvência.

Analisando o número de falências por sectores, o comércio, a construção e o vestuário são os mais penalizados. No comércio, 448 empresas entraram em insolvência no primeiro semestre deste ano. Este número corresponde a 251 falências no comércio por grosso, excepto de veículos automóveis e motociclos (caiu 2,7% em relação a 2009) e 197 insolvências no comércio a retalho, excepto de veículos automóveis e motociclos (subiu 2%).

Na construção, são 351 as empresas que fecharam a actividade ao longo do ano. Destas, 245 são companhias de promoção imobiliária e construção de edifícios, sector que registou um aumento de 53,1% no número de insolvências. As restantes 106 operavam em actividades especializadas de construção, que cresceu 16,5%. Já a indústria de confecção e vestuário registou uma subida de 4,5% no número de insolvências, com 162 empresas já fechadas este ano.

No entanto, o maior aumento no número de falências ocorreu no sector da reparação, manutenção e instalação de máquinas e equipamentos, que disparou 900%, seguida das actividades de aluguer, que subiram 233,3%.

O agravamento das falências implica também um aumento do número de trabalhadores a solicitar à Segurança Social o pagamento dos ordenados deixados em atraso por muitos empregadores.

Segundo os últimos dados disponíveis, referentes a 2009, o Fundo de Garantia Salarial da Segurança Social pagou 81 milhões de euros a trabalhadores de empresas falidas. Este valor ficou 20 milhões acima do previsto e orçamentado para este apoio.

É que a Segurança Social previa que fossem apresentados cerca de 13 mil requerimentos a este fundo. Todavia, o ano acabou por encerrar com 25 385 pedidos, o dobro dos valores de 2008, dos quais 18 265 foram pagos.
(14.06.10/Fonte : Diário de Notícias)

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RPP Solar cria 1900 postos de trabalho em Abrantes

 

O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) assinou hoje um protocolo de cooperação na área da formação com a empresa RPP Solar, que vai criar 1900 postos de trabalho em Abrantes através de um Projecto Integrado de Energia Solar (PIES).

 

O protocolo hoje assinado, que contou com a presença do promotor do investimento, Alexandre Alves, do presidente do IEFP, Francisco Madelino, e do secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, Valter Lemos, estabelece as bases de cooperação no que concerne ao recrutamento e formação dos cerca de 1900 trabalhadores a contratar, “com formação profissional à medida”, assim como acordam na utilização das medidas governamentais de apoio ao emprego, “enquanto instrumentos de suporte à criação de emprego e ao combate ao desemprego”.

Instalada em Pego, Abrantes, num terreno com 82 hectares de área, esta nova fábrica de painéis fotovoltaicos, vocacionada para a exportação, visa “agregar” toda a cadeia de produção de energia solar, e implicará um investimento global de 1072 milhões de euros (ME) e a criação de 1.900 postos de trabalho, até 2013.

A empresa, com arranque de produção anunciado para Julho, quer afirmar-se como “a maior do sector nacional e uma das maiores da Europa e do Mundo”, tendo em carteira contratos assinados com Espanha, Itália, Alemanha e “outros oito em fase final de assinatura, como seja com o Japão e China”, afirmou à Lusa o empresário e promotor do projecto, Alexandre Alves.

Segundo acrescentou, “os contratos assinados permitem dizer que já temos tudo vendido e o produto vai ser todo escoado a partir de Abrantes numa lógica patriota e de aposta na exportação”, apontando para uma estimativa de “1700 camiões por ano, com 600 painéis cada, a carregarem painéis para toda a Europa”.

Valter Lemos, secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, realçou a “importância e dimensão” do projecto PIES para aquela região do interior do país, tendo afirmado que a sua presença na cerimónia pretende “dar o sinal de que o Governo está com os projectos dinamizadores e optimistas”.

“O pessimismo está na moda, e a imprensa não dá conta das coisas boas que acontecem, até parecendo que é proibido das boas notícias”, acrescentou.

Com recrutamento de base local e regional, a RPP Solar vai receber 128 milhões de euros de incentivos, ao abrigo do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), sendo 58 milhões de incentivos financeiros e os restantes 70 milhões de incentivos fiscais.

Com o arranque de produção anunciado para Julho, com 670 colaboradores a contratar, o projecto é composto por cinco fases, duas em 2010, outras duas no próximo ano e a última, e também a de maior capacidade instalada e com um investimento de 400 milhões de euros, no ano 2012, então já com 1900 trabalhadores.

Com “tecnologia de ponta alemã”, nomeadamente da Siemens, “esta será a primeira fábrica integradora na área fotovoltaica e produzirá integralmente todos os componentes do painel solar”.
(14.06.10/Fonte : Público)

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Portugal apoia Cabo Verde na implementação de TI nas escolas

 

Os ministérios das Finanças português e caboverdiano estabeleceram um memorando com vista à implementação de tecnologias de informação nas escolas do país africano, bem como à criação de um grupo de trabalho para intensificar a cooperação entre os dois países.

"No âmbito da Cimeira Luso-Caboverdiana foi [quarta-feira] assinado um Memorando de Entendimento entre o Ministério das Finanças e da Administração Pública da República Portuguesa e o Ministério das Finanças da República de Cabo Verde relativo à identificação de projectos para a implementação de tecnologias de informação em ambiente escolar em Cabo Verde, e seu enquadramento no âmbito dos instrumentos de cooperação financeira entre os dois países", revelou em comunicado o gabinete tutelado por Teixeira dos Santos.

Paralelamente, "foi ainda acordada a criação de um grupo de trabalho com vista à implementação de instrumentos complementares de cooperação, em áreas como a fiscalidade, a cooperação empresarial e o desenvolvimento de novas fontes de financiamento, públicas e privadas, que permitam a potenciação das sinergias dos projectos em curso, para benefício dos dois países e dos seus tecidos empresariais", adiantou o Ministério das Finanças.

De acordo com a informação disponibilizada, este grupo de trabalho deverá apresentar um relatório detalhado das suas conclusões no prazo de 45 dias, "permitindo assim manter o dinamismo dos laços de cooperação criados entre os dois países".

O Ministério das Finanças português acrescentou que "estas novas iniciativas permitirão às empresa portuguesas, em conjunto com as empresas cabo-verdianas, aproveitar as novas oportunidades de negócio criadas pelo acelerado desenvolvimento verificado ao nível das infra-estruturas daquele arquipélago".
(11.06.10/Fonte : OJE)

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Portugueses gastam menos lá fora

 

Turistas nacionais já estão a gastar menos no estrangeiro e maioria passa férias em Portugal

 

Cavaco Silva apelou aos portugueses para que evitem passar férias no estrangeiro este ano. E Vieira da Silva pediu cautela. Tanto o Presidente da República como o ministro da Economia têm razão. Ficar em Portugal contribui para a redução das importações no sector do turismo, cuja balança comercial, apesar de positiva, viu o saldo final cair 6,6 por cento em 2009. Mas se outros países seguirem a mesma lógica, as consequências serão ainda piores, tal é o peso das receitas geradas pela vinda de turistas estrangeiros.

Os apelos feitos por Cavaco Silva no passado sábado e reafirmados ontem, em Santarém, foram recebidos com reservas por Vieira da Silva. O Presidente da República entende que "as férias passadas no estrangeiro aumentam a dívida externa portuguesa", uma vez que são registadas como importações porque significam gastos realizados fora de Portugal.

As estimativas do Banco de Portugal (BdP) revelam que essas receitas têm vindo a cair. No ano passado, diminuíram 7,7 por cento, passando de 2938 para 2712 mil euros, o que segue a tendência já sentida, ainda que com menos intensidade, em 2008. Esta queda indica que houve menos gastos no exterior, mas não significa necessariamente que os portugueses transferiram as despesas para território nacional.

No entanto, cruzando estes dados com os divulgados recentemente pelo Eurobarómetro da Comissão Europeia, conclui-se que há uma mudança nas escolhas dos portugueses quanto ao destino de férias. Já em 2009, 69 por cento dos inquiridos tinham escolhido o mercado doméstico. Este ano, as previsões indicam um ligeiro aumento, para 71 por cento.

Menos receitas do exterior
O ministro da Economia reagiu aos apelos de Cavaco Silva com cautela. "Só espero que os Presidentes de outros países não façam o mesmo apelo. Caso contrário, perdemos uma fonte de receitas importante para o país", afirmou ontem, à margem das cerimónias oficiais do Dia de Portugal, em Xangai.

As estimativas do BdP mostram claramente a dependência do sector do turismo relativamente às receitas geradas pelos visitantes estrangeiros. Em 2009, situaram-se em 6918 mil euros, o que gerou um saldo positivo da balança comercial, na ordem dos 4206 mil euros.

Houve, no entanto, um decréscimo destes gastos (registados pelo banco central como exportações), que atingiu os sete por cento, depois de uma ligeira subida de 0,5 por cento em 2008. Tendência que resulta, em parte, da desvalorização da libra, já que o Reino Unido é o principal mercado emissor de turistas estrangeiros com destino a Portugal. Os dados do primeiro trimestre revelam já uma inversão, quando comparados com o mesmo período de 2009, registando-se uma subida de 6,3 por cento.

De acordo com o Turismo de Portugal, entre Janeiro e Março deste ano, o número de hóspedes de origem portuguesa que permaneceram em território nacional aumentou 0,9 por cento. No entanto, nem todas as regiões tiveram igual desempenho. Enquanto, nos Açores, o número de turistas portugueses cresceu 6,2 por cento, na Madeira houve uma quebra de 4,7 por cento, também por causa do temporal de Fevereiro.
(08.06.10/Fonte : Público)

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Vendas de vinhos portugueses para o Brasil, Angola e Canadá crescem 30%

 

Os mercados de maior crescimento das exportações de vinhos portugueses têm sido o Brasil, Angola e Canadá, "com aumentos na ordem dos 30% no último ano", revelou Domingos Alves de Sousa, da Independent Winegrouwers Association.

"Dentro destes mercados de maior crescimento, destaca-se Angola, que é o que tem revelado maior apetência pelos vinhos de gama alta", destacou este viticultor do Douro, conhecido pela marca Quinta da Gaivosa e pelo tinto "Abandonado 2005", considerado em 2008 pelo influente crítico norte-americano Robert Parker o melhor vinho português.

Alves de Sousa faz parte da Independent Winegrouwers Association (IWA), um projecto de cinco viticultores portugueses para promoverem os seus vinhos de uma forma mais eficaz por todo o mundo. Os outros são a Casa de Cello (com quintas em Amarante, no Dão), Luís Pato (Bairrada), Quinta do Ameal (Ponte de Lima, região dos vinhos verdes) e Quinta dos Roques (Dão). Ao longo de todo ano levam a cabo acções de promoção do Japão à Califórnia (EUA), passando pela Europa e pelo Atlântico Sul, e, uma vez por ano, apresentam os seus vinhos em Portugal. Foi o que sucedeu na terça-feira, no Hotel Ritz, em Lisboa.

"Esmagadoramente, a nossa produção vai para o estrangeiro", adianta João Pedro Araújo, da Casa de Cello. "É lá que vendemos 60 a 70% do que fazemos".

Segundo os seus produtores, os vinhos da IWA distinguem-se pela "elevada consciência ambiental" dos métodos da sua produção e por só serem feitos por uvas das próprias quintas, ao contrário das políticas seguidas pelas grandes companhias.

"Para nós é fundamental apostar na inovação", acrescentou Luís Pato, que acaba de lançar vinhos elaborados com técnicas de concentração molecular a que chamou "Abafado Molecular". Para este produtor da Bairrada, um dos primeiros em Portugal a apostar nos principais mercados exportadores, o desafio do momento "é criar produtos que possam conquistar novos públicos para o vinho".
(03.06.10/Fonte : OJE)

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Autarquias [portuguesas] gastaram mais 680 milhões em quatro anos

 

Encargos com pessoal representam 28,5% dos orçamentos e cresceram 206 milhões.

As despesas das autarquias com pessoal cresceram 206 milhões de euros de 2005 a 2008. Já o crescimento dos encargos com a aquisição de bens e serviços, onde são contabilizados os recibos verdes, foi ainda maior: 474 milhões. No total, a despesa cresceu 680 milhões de euros.

O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, divulgado pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, aponta para um crescimento constante nestas rubricas, duas das mais importantes fontes de despesa autárquica. Nos quatro anos em causa, os encargos anuais com pessoal passaram de 1948 para 2154 milhões de euros, ao mesmo tempo que as aquisições de bens e serviços tinham um aumento de 1308 para 1782 milhões.

A despesa com pessoal é a "mais representativa" na generalidade das autarquias, representando cerca de 28,5% dos orçamentos (28,3% em 2005). Os gastos com a aquisição de bens e serviços dispararam 28,6%, diz o estudo.

Em declarações ao DN, o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, diz que já "tinha alertado" para o efeito que resultaria, por um lado, da necessidade de pessoal para "pôr em funcionamento" os diversos equipamentos municipais entretanto construídos e, por outro, pelo facto de as autarquias terem assumido novas competências em matéria de Educação, designadamente com pessoal não docente e nas actividades de enriquecimento curricular.

"Não é apenas o pessoal não docente. O Inglês generalizado a todas as escolas do primeiro ciclo, por exemplo, é garantido pelas câmaras e para isso são necessários funcionários. Chamei logo a atenção para não se esquecerem que esta disponibilidade para colaborar iria ter transcrição no aumento de pessoal".

Quanto ao pessoal não docente, fonte autárquica diz que esse reflexo ainda não se fará sentir nas contas relativas a 2005-2008 já que só no neste ano é que "foram assinados os primeiros contratos de execução" com o Ministério da Educação para a transferência de competências relativas aos funcionários com contrato individual.

Recordando que as câmaras já têm um "limite percentual" relativo aos encargos com trabalhadores, Ruas diz que "teoricamente, nenhuma autarquia quer aumentar o pessoal pois quanto mais gastar em despesas correntes menos sobra para investir em obras". Mas lembra que há situações que não dispensam aumento de pessoal: "Quando se faz um pavilhão ou um equipamento cultural é preciso gente para o pôr a funcionar".

A estes dois factos, o recém-eleito presidente da câmara de Alandroal acrescenta outro: o "despesismo" em períodos eleitorais. "Entre finais de 2008 e 2009 foram lançados muitos concursos para aumentar o quadro de pessoal e abriram-se aqui à volta de 70 lugares. Em plena campanha estavam a decorrer concursos e a serem notificadas pessoas para irem a entrevistas", diz. À frente de uma lista de independentes, João Grilo encontrou um município com mais de 220 funcionários. "Gastamos mensalmente mais de metade do que recebemos com pessoal", assegura. Já para não contar com as situações a recibo verde.
(02.06.10/Fonte : Diário de Notícias)

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