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05/10
Desemprego agrava-se para 10,8% e é o que mais sobe na zona euro
Dados de Bruxelas mostram um novo agravamento do número de desempregados em Portugal.
A taxa de desemprego na zona euro subiu para 10,1% em Abril.
O último relatório do Eurostat, hoje divulgado, avança com uma taxa de desemprego de 10,8% em Portugal em Abril, contra os 10,6% registados em Março. Em termos mensais, o desemprego em Portugal foi o que mais subiu em toda a zona euro. Espanha, por exemplo, que continua a ter a taxa mais elevada da união monetária, viu o desemprego cair de 19,7 para 19,6%.
Estes 10,8% afastam ainda mais Portugal da zona euro, onde a taxa média de desemprego se situa em 10,1% (face aos 10% registados em Março).
Portugal tem agora a quarta taxa de desemprego mais elevada na união monetária, sendo apenas superado pela Espanha, Eslováquia (14,1%) e Irlanda (13,2%). (Relatório da Eurostat).(28.05.10/Fonte : Diário Económico)“Quero que Alegre ganhe as eleições”
A comissão nacional do PS aprovou ontem com apenas dez votos contra e uma abstenção o apoio a Manuel Alegre na corrida a Belém. No final, José Sócrates destacou a "visão progressista para o País" do poeta como justificação para o apoio e manifestou o desejo da vitória: "Eu também quero que Manuel Alegre ganhe". Sítio de apoio : http://www.manuelalegre.com/ (28.05.10/Fonte : Correio da Manhã)
Confiança dos portugueses está em mínimos de 10 meses
Os portugueses estão mais pessimistas há cinco meses consecutivos.
O indicador que mede a confiança dos consumidores em Portugal desceu pelo quinto mês consecutivo, em Maio, e está em mínimos de Agosto.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou hoje que a confiança dos consumidores deslizou para os 38,3 pontos negativos, em Maio, face aos 36,7 pontos negativos registados no mês anterior.
O indicador regista, assim, a quinta descida consecutiva, estando em mínimos de 10 meses.
"As expectativas sobre a evolução da situação económica do país têm vindo a apresentar o contributo negativo mais expressivo para o andamento do indicador desde o final de 2009", explica o INE.
Em sentido inverso, o indicador de clima económico, que acompanha o sentimento dos empresários quanto à evolução da economia, melhorou para -0,1 pontos em Maio, valor que compara com os -0,3 pontos registados em Abril. Este é o valor mais elevado desde Setembro de 2008.
"O indicador de clima económico aumentou nos últimos três meses, retomando o movimento ascendente iniciado em Maio de 2009", frisa o INE.
O índice que mede a confiança dos consumidores segue assim em sentido oposto ao que mede o clima económico, numa altura em que Portugal se prepara para a implementação de novas medidas de austeridade que incluem, entre outras, um aumento generalizado de impostos.(28.05.10/Fonte : Diário Económico)Governo corta já oito medidas de apoio social anticrise
Vai ser preciso trabalhar mais três meses para receber subsídio de desemprego. Famílias perdem 13.º mês do abono em Julho.
Será preciso voltar a trabalhar e descontar mais três meses, num total de 450 dias, para ter direito ao subsídio de desemprego. A redução transitória do chamado período de garantia, para 365 dias, era uma das oito medidas que constavam no pacote social anticrise para vigorarem durante 2010, mas que vão ser eliminadas, presumivelmente já em Julho, meio ano antes do previsto, devido ao plano de austeridade para enfrentar o descontrolo orçamental.
O Governo vai igualmente acabar já com o alargamento do subsídio social de desemprego por mais seis meses. A excepção será apenas para quem já estiver a beneficiar daquela prestação, também ela criada com carácter transitório, precisou ontem a ministra do trabalho.
As medidas foram ontem apresentadas por Helena André, aos parceiros sociais, em sede de Concertação Social, semanas depois de ter alterado e restringido as regras de acesso e manutenção do subsídio de desemprego. Os parceiros sociais, dos sindicatos às confederações sociais, manifestaram-se surpreendidos e críticos, lembrando que algumas das medidas a retirar em Julho entraram em vigor apenas a 5 de Maio.
Importante, até pelo carácter simbólico, é, por exemplo, o fim anunciado da majoração do subsídio de desemprego para casais em que ambos estejam desempregados e tenham filhos a cargo. Outra medida com influência directa nos rendimentos das famílias é a eliminação do pagamento adicional do abono de família a partir do segundo escalão de rendimentos. Por outras palavras, tal significa que todas as famílias que não tiverem rendimentos muito, muito baixos deixam de ter acesso ao 13.º mês do abono. Aquela medida foi criada em Novembro de 2008, nada tendo que ver com o pacote anticrise. O objectivo era estender o pagamento do 13.º mês, em Setembro, para as famílias acima do primeiro escalão, como forma de apoio às despesas extras com o início do ano escolar. No momento em que o Governo estendeu o apoio aos vários escalões apontou-se uma estimativa de mais 780 mil beneficiários e um custo em torno dos 20 milhões de euros anuais, devendo ser dessa ordem a poupança a obter com a eliminação da iniciativa. Questionado pelo DN, o gabinete da ministra escusou-se a avançar com estimativas de poupança com os cortes no apoio aos desempregados, à parentalidade e aos incentivos ao emprego. O assunto deverá ir hoje a Conselho de Ministros.
Eliminados vão ser também os incentivos especiais para a criação do próprio emprego pelos desempregados, que dispunham de linha de crédito reforçada mas também os apoios aos trabalhadores em lay-off. São ainda retirados os apoios à requalificação de cinco mil jovens licenciados em áreas de baixa empregabilidade. Do lado das empresas, perdem a redução em três pontos percentuais nas contribuições de trabalhadores com mais de 45 anos. João Proença, da UGT, disse que a retirada destes apoios "vai ter consequências negativas no emprego"; a CGTP considerado que "os desempregados vão ficar pior". Para a confederação do comércio, a ideia de um pacto para o emprego só fará sentido se definir passos para dinamizar economia.(27.05.10/Fonte : Diário de Notícias)Orçamento das famílias [portuguesas] vai apertar ainda mais em Junho
Portugueses vão pagar mais IRS e IVA. Transportes mais caros em Julho.
Mais IRS, mais IVA, menos benefícios fiscais, acesso mais difícil ao crédito à habitação e ainda transportes mais caros. É este o cenário com que as famílias portuguesas contam nos próximos meses, a agravar ainda mais o orçamento já apertado pela crise.
Uma família com um salário mensal de 5787 euros vai pagar (no caso de ser reembolsada, deixa de receber) este ano mais 144 euros de IRS do que em 2009, segundo uma simulação da Associação de Defesa do Consumidor (Deco). Em 2011, este valor será ainda mais alto, quase 265 euros, já que abrange a totalidade do ano e não apenas sete meses, como acontece este ano.
Mas as penalizações em IRS não ficam por aqui, já que o Governo reduziu os benefícios fiscais com o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC). Assim sendo, quem tem um rendimento colectável anual superior a 7250 euros, terá um corte de 100 euros nas diversas despesas que pode apresentar para reduzir o imposto (como saúde e educação). Os cortes nas deduções vão até 700 euros nos escalões mais altos.
Quanto ao IVA, o impacto no orçamento das famílias não será tão grande, já que grande parte do comércio vai absorver o aumento de 1% nas três taxas do imposto. Assim sendo, António Ernesto Pinto, fiscalista da Deco, calcula que num cabaz mensal de 400 euros de compras, o aumento seja pouco superior a três euros.
O crédito à habitação também está mais caro, já que os spreads praticados pelos bancos estão mais elevados - para os novos contratos a taxa está entre 1 e 4,4%. Isto deve-se não só ao facto dos bancos se estarem a financiar a uma taxa de juro mais alta no mercado, mas também ao aumento do risco do cliente, graças à crise.
No início de Julho, os portugueses verão ainda aumentar o preço dos transportes. O Ministério dos Transportes chegou a afirmar ontem, em comunicado, que "não existe, neste momento, qualquer decisão sobre esta matéria, não estando a mesma na agenda das decisões do Governo", mas desmentiu-o minutos depois. A Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Passageiros espera uma actualização das tarifas entre 3 e 4%.(26.05.10/Fonte : Diário de Notícias)Portugal e Holanda vão ser os primeiro na Europa a comercializar o Leaf
Portugal e Holanda vão ser os "primeiros países europeus" onde vai ser comercializado, a partir de "Dezembro", o Nissan Leaf, um veículo automóvel totalmente eléctrico, com baterias de iões de lítio, e de emissões zero, foi hoje revelado.
"Portugal e Holanda vão ser os primeiros países europeus a dispor do Leaf, que vamos comercializar em Dezembro", adiantou hoje à Agência Lusa António Pereira Joaquim, director de comunicação da Nissan Ibéria em Portugal.
O mesmo responsável falava à Lusa a propósito da iniciativa que decorre hoje em Lisboa, no Terrapleno de Algés, intitulada EV Tour Lisboa.
A Nissan Ibéria - Portugal vai dar a conhecer aos jornalistas um novo automóvel totalmente eléctrico, promovendo também a condução de um veículo do protótipo EV que serve de base ao Leaf.
Na ocasião, a aliança Renault-Nissan vai ainda assinar uma Carta de Intenções (LOI) com o Governo.
"A Carta de Intenções é mais um passo para afirmar a liderança da Aliança Renault-Nissan nos veículos eléctricos e de Portugal como país líder na introdução deste tipo de automóveis", limitou-se a revelar António Pereira Joaquim. Relativamente ao Leaf, o director de Comunicação da Nissan Ibéria em Portugal explicou tratar-se do "primeiro veículo totalmente eléctrico destinado, à semelhança de qualquer outro automóvel, à comercialização em massa".
"O veículo, com emissões zero, vai começar a ser comercializado no Japão e nos EUA, em Novembro, chegando depois à Europa", disse. Com capacidade para "cinco passageiros", o novo automóvel pertence "ao segmento C", acrescentou, frisando que o Leaf já vai incluir "as baterias".
O responsável referiu ainda que o veículo vai ter um preço de 34.955 euros, mas salientou que os compradores vão poder beneficiar do "incentivo de cinco mil euros aprovado pelo Governo".
"Por isso, o preço final do automóvel vai ser 29 955 euros", sublinhou, garantindo que "o único custo" para os automobilistas que optarem por este veículo "vai ser a electricidade, que custa um euro por cada cem quilómetros, em média".
A Lusa contactou o Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento (MEID) sobre a Carta de Intenções com a Renault-Nissan, mas não obteve esclarecimentos. O Governo português e a Renault-Nissan assinaram, em Julho de 2008, um protocolo para a comercialização em Portugal de um veículo eléctrico a partir de 2011.
A Renault-Nissan escolheu Cacia, Aveiro, para instalar a Fábrica de Baterias da Nissan, tendo o Governo assumido a garantia de desenvolvimento de uma rede de abastecimento dos veículos eléctricos.
O ministro da Economia, Vieira da Silva, esta terça feira, à saída de uma reunião dos 27, em Bruxelas, garantiu que Portugal "está numa posição um pouco mais avançada que a maioria dos países" no que respeita aos veículos eléctricos, podendo mesmo estar na vanguarda de uma mudança radical na área da indústria automóvel.(26.05.10/Fonte : OJE)Mil postos de trabalho em risco na Brisa
O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP) estima que a "substituição de trabalhadores por máquinas" nas portagens da Brisa pode redundar na perda de mais de mil empregos. A Brisa nega que esteja a despedir os portageiros, mas o CESP defende que a empresa está a planear um despedimento massivo "encapotado por rescisões por mútuo acordo".
A Brisa diz que a introdução de uma nova linha de equipamentos de cobrança automática (já em funcionamento nas auto-estradas 17 e 15) vai ter uma função complementar à dos portageiros e da Via Verde, mas o sindicato teme a "redução no número de trabalhadores efectivos", através de "rescisões voluntárias por mútuo acordo a consumar-se em Setembro de 2010", a "não renovação do contratos" a termo certo e o recurso a trabalhadores de empresas de trabalho temporário "apenas em picos e férias".
Aos trabalhadores que adiram ao programa de rescisões voluntárias, a Brisa propõe, segundo o CESP, uma "indemnização de dois meses de salário base mais diuturnidades por cada ano de antiguidade, com valor mínimo de 35 mil euros para trabalhadores a tempo completo".
Franco Caruso, porta-voz da Brisa, confirmou que está a decorrer internamente um programa de rescisões voluntárias, destinado aos 900 operadores de cabine. (25.05.10/Fonte : Jornal de Notícias)Portugal é n.º 2 na banda larga móvel
Portugal é o segundo Estado-membro da União Europeia (UE) em penetração da banda larga móvel, com uma taxa de 16,1%, só ultrapassado pela Finlândia, com 17%, segundo dados hoje divulgados em Bruxelas.
Segundo um relatório da Comissão Europeia sobre o mercado único europeu das comunicações electrónicas, a taxa média de penetração do acesso à Internet através de banda larga móvel na UE é de apenas 5,2%, dados relativos a Janeiro último.
Já no que respeita à taxa de penetração geral da banda larga, Portugal está abaixo da média europeia (24,8%), com 18,6%.
Em termos de preços de chamadas na rede móvel, o relatório mostra que Portugal acompanha a média da UE com preços que baixaram dos 14 cêntimos por minuto, em 2007, para os 12 cêntimos, em 2008.
No que respeita ao tempo que leva a mudar de operador, Portugal está abaixo da média europeia (4,1 dias), com 3,73 dias, segundo dados de Outubro de 2009.
"O rápido crescimento da banda larga móvel e a oferta de acesso à Internet a preços mais comportáveis são boas notícias para os consumidores nestes tempos economicamente difíceis", disse a comissária europeia para a Agenda Digital, Neelie Kroes.
A responsável adiantou, no entanto, que "os Estados Membros têm de fazer mais para garantir que as regras das telecomunicações sejam devidamente aplicadas e efectuados os investimentos necessários em serviços inovadores, para benefício dos 500 milhões de consumidores europeus".(25.05.10/Fonte : OJE)Nova taxa do IRS só a partir de 1 de Junho
Não haverá retenções na fonte relativas aos salários deste mês. Um despacho do Ministério das Finanças com as novas tabelas de retenção em sede de IRS diz claramente que a respectiva entrada em vigor ocorreria hoje, dia seguinte ao da publicação em Diário da República.
No entanto, José Sócrates garantiu, ao início da tarde e à entrada do Parlamento, que o despacho era claro: as novas regras do IRS só serão aplicadas a partir de 1 de Junho.
O próprio Ministério das Finanças acaba de emitir um comunicado para clarificar a situação. "A aprovação e publicação do referido despacho, com alguma antecipação em relação ao início do mês de Junho, visa permitir o conhecimento atempado dos valores actualizados de tais retenções, evitando constrangimentos decorrentes da necessidade de adaptação nos sistemas de processamento de rendimentos das entidades sobre as quais a lei impende a obrigação de retenção".Conheça a nova tabela de retenção na fonte do IRS.(21.05.10/Fonte : Jornal de Notícias)Malparado no crédito ao consumo aumenta para níveis nunca vistos
As famílias continuam a revelar dificuldades em cumprir com os pagamentos dos seus créditos, em especial no que corresponde aos empréstimos ao consumo, que, em Março atingiu o valor mais elevado desde que há histórico.
As famílias continuam a revelar dificuldades em cumprir com os pagamentos dos seus créditos, em especial no que corresponde aos empréstimos ao consumo, que, em Março atingiu o valor mais elevado desde que há histórico.
Em Março, o peso do malparado entre os particulares aumentou para 2,80% em relação ao total dos empréstimos concedidos. Esta evolução é justificada pelos segmentos de consumo e outros fins, já que no crédito à habitação o malparado diminuiu.
De acordo com o Boletim Estatístico de Março, divulgado hoje pelo Banco de Portugal, o peso do crédito malparado face ao total dos financiamentos da banca às famílias ascendeu a 2,80%, o que compara com os 2,78% registado no mês anterior.
Face ao mesmo período do ano passado, o peso do incumprimento também aumentou, já que em Março de 2009 os incobráveis correspondiam a 2,48% do total dos empréstimos aos particulares.
No total, as famílias portuguesas devem 3,89 mil milhões à banca em incobráveis.
Por segmentos, no crédito à habitação o malparado desceu para 1,72% do crédito concedido, um valor que apesar de representar uma descida em cadeia, corresponde a um aumento face ao mesmo mês de 2009, altura em que este indicador estava nos 1,61%.
Já no crédito ao consumo e para outros fins a evolução foi oposta. O peso do malparado nos financiamentos ao consumo atingiu, em Março, 6,96% do total dos empréstimos, um valor que não tem precedente nos dados do Banco de Portugal, que vão até Dezembro de 1997.
Já no crédito para outros fins, o peso aumentou para 7,11%, o valor mais alto desde Julho de 1999.(20.05.10/Fonte : Jornal de Negócios)Embraer tem luz verde da UE para investir em Évora
A Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia deu luz verde ao avanço dos projectos de investimento da Embraer na construção de duas fábricas na área da aeronáutica em Évora, disseram hoje à Lusa fontes do Governo português.
A comunicação por parte da Direção-Geral da Concorrência europeia, que levantou dúvidas sobre a legalidade das ajudas a conceder pelo Estado português ao projecto de investimento da multinacional brasileira em Portugal, acontece no dia em que se inicia em Lisboa a 11º cimeira Luso-brasileira com a presença do chefe de Estado do Brasil, Lula da Silva.
Com esta resposta da Direção-Geral da Concorrência europeia, o Governo português considera que o projecto da Embraer em Évora "está muito bem encaminhado".
O projecto da Embraer em Évora, anunciado em 2008, prevê a instalação de duas fábricas no parque industrial aeronáutico de Évora, uma delas de estruturas metálicas (asas) e outra para produzir materiais compósitos (caudas), sendo que as unidades serão dedicadas inicialmente ao suporte logístico de jactos executivos.
O investimento está orçado em 400 milhões de euros.
Em Abril, a Comissão Europeia tinha indicado que esperava concluir em Junho a investigação sobre a compatibilidade entre as regras europeias de concorrência e as ajudas do Governo ao investimento do fabricante de aviões Embraer em Évora.
A Embraer é uma multinacional brasileira que ocupa a terceira posição mundial no ramo da indústria aeronáutica.(19.05.10/Fonte : OJE)Portugal: Desemprego subiu para máximo histórico de 10,6 por cento
A taxa de desemprego continua a aumentar em Portugal, tendo no primeiro trimestre deste ano crescido para 10,6 por cento da população activa, face a 10,1 por cento no segundo trimestre do ano passado, segundo a estimativa hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Este valor representa também um crescimento de 1,7 pontos percentuais face à taxa de desemprego observada no primeiro trimestre do ano passado (8,9 por cento), tendo a população desempregada sido estimada em 592,2 mil pessoas.
Estes valores constituem um máximo histórico quer da série de dados existente desde que o INE começou a acompanhar a evolução do desemprego, no segundo trimestre de 1983, quer desde que há registo nas séries longas do banco de Portugal, a partir de 1953, segundo o Diário Económico. Neste último caso, trata-se de desemprego em sentido lato (população activa com mais de 12 anos).
O valor agora divulgado pelo INE fica acima dos dados revelados antes pelo Eurostat para o primeiro trimestre, que apontavam para taxas de 10,3 por cento em Janeiro e Fevereiro e 10,5 por cento em Março.
O aumento do número de desempregados agora registados representa um crescimento de 5,1 por cento face ao trimestre precedente e de 19,4 por cento face ao primeiro trimestre de 2009.
Este aumento do desemprego resulta em parte da subida da população activa no país e em parte da diminuição do emprego. A população activa cresceu ligeiramente face ao trimestre homólogo e 0,3 por cento face ao trimestre anterior, enquanto o número de desempregados diminuiu 1,8 por cento face ao primeiro trimestre do ano passado e 0,3 por cento face ao último.
As mulheres continuam a ser mais afectadas pelo desemprego do que os homens, com a sua taxa de desemprego a situar-se nos 11,4 por cento, face a 9,8 por cento para os homens.
O desemprego cresceu mais nas mulheres e na população entre os 25 e os 45 anos e ainda entre aquela que tem no máximo o terceiro ciclo do ensino básico.
O INE calcula as taxas de desemprego através de um inquérito trimestral por amostragem (e por isso se diz que a taxa é estimada), a partir do qual disponibiliza valores trimestrais e anuais. A metodologia do Eurostat é diferente.(18.05.10/Fonte : Público)Carro eléctrico da Nissan lançado [em Portugal] em Fevereiro de 2011
O Leaf, carro eléctrico da Nissan com baterias produzidas em Aveiro, vai ser comercializado em Portugal, Holanda, Reino Unido e Irlanda a partir de Fevereiro do próximo ano.
Segundo anunciou hoje a empresa, citada pela Bloomberg, o Leaf vai custar 23.350 libras (27.322 euros) no Reino Unido, tendo já em conta os incentivos a conceder pelo Governo britânico para aquisição de carros eléctricos.
A empresa nipónica tinha confirmado em Março que o Leaf seria construído em Sunderland, no Reino Unido.
O Leaf será um carro familiar completamente eléctrico, sendo que a Nissan já anunciou que irá aceitar encomendas do novo modelo já este Verão em alguns mercados europeus, entre os quais Portugal.
Numa primeira fase, o carro eléctrico da Nissan, o primeiro a ser construído à escala global, não incluirá as baterias produzidas em Portugal, porque a nova fábrica portuguesa vai começar a ser construída no Outono do próximo ano no complexo da Renault em Cacia, Aveiro.
O objectivo é produzir um total de 50 mil baterias por ano", sendo que as primeiras deverão sair da unidade de Cacia no final de 2012", num investimento total de 160 milhões de euros.
O novo Leaf irá concorrer com outros no segmento C (VW Golf, Opel Astra, Renault Mégane, etc), mas com a diferença de que será totalmente movido a electricidade.
Uma carga completa da bateria fornece um alcance de aproximadamente 160 km, o que irá satisfazer as necessidades de 80 por cento dos condutores que utilizam os seus automóveis em distâncias menores num dia normal.(17.05.10/Fonte : Jornal de Negócios)As 17 medidas para diminuir buraco nas contas do Estado
O governo pede sacrifícios aos portugueses para recuperar as finanças públicas. Conheça quais as medidas que vão ser implementadas.
Corte nos salários
A partir de Julho, os trabalhadores vão levar menos dinheiro para casa. Para saber quanto pode perder, veja no recibo qual é o seu salário bruto. Se for superior a 1284 euros conte com um corte de 1,5%; se for inferior, perderá 1%. Quem ganha o salário mínimo não paga IRS, pelo que não será afectado. O Governo espera encaixar 400 milhões de euros este ano e 850 milhões em 2011. Ainda serão publicadas novas tabelas de retenção na fonte.
Quem tem uma matéria colectável superior a 150 mil euros pode contar com um IRS ainda mais alto. Foi criado um último escalão de IRS, a incidir apenas sobre estas pessoas. A medida deverá gerar uma receita de 30 milhões de euros.
Comprar coisas vai custar mais dinheiro
Desde os bens essenciais aos artigos de luxo, tudo ficará mais caro: um ponto percentual mais caro. Os bens de primeira necessidade, como leite ou pão, a maioria dos medicamentos, luz, gás e água, passarão a pagar 6% de IVA; almoçar num restaurante passará a ser taxado a 13%; e os carros, frigoríficos ou detergentes voltarão a pagar 21%. O IVA é o imposto que mais dinheiro rende ao Estado e a subida de um ponto percentual em todas as taxas deverá representar um encaixe de 425 milhões de euros.
Sócrates não disse quanto, mas será mais caro pedir um empréstimo para comprar carro, telemóveis, viagens ou electrodomésticos, por exemplo. O objectivo, disse, é encarecer o crédito ao consumo e incentivar as pessoas a poupar mais. A sobretaxa incidirá sobre o montante concedido.
As regras do subsídio de desemprego vão mudar: para incentivar o regresso dos desempregados ao mercado de trabalho, diz o Governo; para baixar o valor da prestação e do salário que as pessoas serão forçadas a aceitar, dizem os sindicatos. Em todo o caso, é certo que serão penalizados os subsídios iguais ou superiores a 574 euros. E um desempregado será obrigado a aceitar um emprego com salário bruto 10% superior ao montante do subsídio, o que implicará que, ao trabalhar, estará a perder poder de compra.
Apoios sociais mais apertados
Até agora, apoios sociais como o abono de família, o rendimento social de inserção ou o subsídio social de desemprego eram dados mediante os valores inscritos nas declarações de IRS, ou seja, nos rendimentos de trabalho. O Governo quer também incluir os rendimentos de capital, como depósitos bancários, para saber quem recebe quanto.
Apesar da contestação, o Governo mantém a cobrança de portagens em três auto-estradas sem custos para o utilizador, no Norte, com a expectativa de receber 120 milhões de euros, já este ano. A partir de 1 de Julho, ir do Porto a Caminha (a Norte) Mira (a Sul) ou Lousada (a Leste) pagará portagem. Entre os líderes locais, têm sido contestados os dois critérios que ditaram a cobrança nestas três vias: a riqueza da população e a existência de estradas alternativas.
Ganhar na bolsa paga mais imposto
Quem ganhar mais de 500 euros em bolsa no espaço de um ano pagará imposto sobre isso, a uma taxa de 20%.
A medida vale pelo simbolismo e não pelo resultado financeiro, sublinhou José Sócrates que recusou por isso contabilizar o valor. Ficou também por saber se o corte abrange o salário base ou também os prémios dos gestores.
Entradas na Função Pública congeladas
Ao longo do próximo ano e meio, nem a regra de uma entrada por, pelo menos, cada duas saídas será observada. Segundo o Ministério das Finanças só "haverá admissões na Função Pública em casos excepcionais e devidamente fundamentados". A medida aplica-se ao Estado, autarquias e serviços e fundos autónomos.
Autarquias terão menos dinheiro
Entre autarquias e regiões autónomas, o Estado vai fazer um corte nas transferência de cerca de 102 milhões de euros.
Já se sabia que as empresas do Estado passariam a ter um limite de endividamento e ontem Sócrates disse que também irão baixar as transferências do Orçamento do Estado. Ou seja, empresas como a CP ou a RTP terão que viver com menos dinheiro.
Governo gasta menos dinheiro
Comunicações, prémios salariais ou despesas de representação do Governo estão entre as que irão baixar já este ano. Quanto, Sócrates não disse. Além disso, segue o comboio de alta velocidade Lisboa/Madrid, mas será fechada a torneira do investimento público.
Imposto extra sobre lucros
Será o contributo das empresas (incluindo a Banca): as que tenham um lucro superior a dois milhões de euros pagarão um imposto adicional de 2,5%. De fora deverão ficar as PME, que dificilmente terão lucros desta ordem de grandeza.
Depósitos a prazo pagam mais
As taxas libertórias, que incidem, por exemplo sobre os rendimentos de capitais como os depósitos a prazo, vão ser agravadas em 1,5%. Na prática significa que, até 2011, a taxas liberatórias que agora são de 20% vão passar a ser de 21,5%.
Limitação vai manter-se
O Governo mantém a intenção de limitar as deduções e benefícios fiscais, tal como previsto no PEC, mas apenas o fará em 2011 porque, disse Passos Coelho, o PSD negociou este "atraso". Seja como for, mesmo que entrasse em vigor para os rendimentos de 2010, esta mudança apenas poderia ser contabilizada pelo Estado em 2011.
"Eliminação antecipada das medidas anti-crise". O Governo não disse se o corte vale para todas as medidas, mas poderão ter os dias contados apoios como as ajudas à contratação de jovens ou pessoas com mais de 55 anos de idade; a redução do tempo que as pessoas têm que descontar para terem acesso a subsídio de desemprego; o alargamento do tempo de atribuição do subsídio social de desemprego ou a ajuda dada aos desempregados que não conseguem pagar as prestações dos créditos à habitação. Ou ainda, no que toca a empresas, às linhas de crédito PME Investe, apoios à promoção de produtos nacionais noutros países ou incentivos à reestruturação das empresas, entre outros.(14.05.10/Fonte : Jornal de Notícias)IVA a 22% e dobro de imposto no 14.º mês podem tapar o buraco
Teixeira dos Santos admitiu um "aumento os impostos" numa frase carregada de "ses". Mas esse pode ser um cenário inevitável para Portugal cumprir a promessa de reduzir em mais um ponto - de 8.3% para 7.3% - o défice deste ano. O Governo tem um mês para levar a Bruxelas a nova receita para pôr as contas em ordem. José Sócrates, sabe o DN, só pedirá novos sacrifícios depois de negociar a nova versão do PEC com o PSD.
Em números redondos, o Estado precisa de cortar ou arrecadar perto de 1.6 mil milhões de euros adicionais. De acordo com o DE, o Governo está a estudar um aumento de um ou dois pontos no IVA e a criação de um imposto sobre o 14º mês, o subsídio de Natal.
Um aumento de dois pontos do IVA - de 20% para 22% - implicaria um encaixe adicional de 600 mil milhões de euros. Ainda não se conhece o plano para o 14º mês. Mas, por hipótese, se o Governo duplicasse o IRS sobre o subsídio, conseguiria arrecadar outros 650 milhões. Os 350 milhões em falta podem vir de reduções nas prestações sociais, do congelamento das obras públicas e do último (e novo) escalão do IRS.
Enquanto o IVA é um imposto cego sobre o consumo, afectando todos por igual, uma taxa sobre o 14º mês pode distribuir o sacrifício de forma proporcional pelos contribuintes. Este imposto - que foi também criado pelo Governo grego - será, ao que tudo indica, aplicado sobre o subsídio de Natal e não sobre o de férias.
Antigos ministros das Finanças ouvidos pelo DN não ficaram surpreendidos com as notícias de um provável aumento da carga fiscal. Medina Carreira disse que o Governo sobe os impostos por não conseguir travar a despesa. "Para isso tem de atingir os salários e as prestações sociais, mas não têm coragem porque afectaria seis milhões de pessoas. É o que eu chamo o Partido do Estado".
Campos e Cunha, que foi ministro das Finanças de José Sócrates, afirmou que é preciso ver essa medida no pacote. "Deve fazer-se outro PEC. E depois avaliam-se as medidas pelo que está e não está no programa," afirmou.
Os dois ex-ministros consideram que a reponderação das obras públicas é uma boa decisão, mas insuficiente e tardia. Sobre a insistência no troço do TGV, Medina Carreira afirmou: "Fazer meio TGV é pior do que fazer o TGV inteiro. Vamos demorar tanto tempo de Lisboa ao Poceirão como do Poceirão a Madrid."(11.05.10/Fonte : Diário de Notícias)Lisboa e Porto são as 6.ª e 19.ª cidades preferidas pelos empresários, diz estudo
Lisboa está em sexto lugar e o Porto em 19.º numa tabela de cidades preferidas por empresários, divulgada hoje em Bruxelas, e que inclui 37 localidades de 19 países.
A cidade alemã de Frankfurt lidera a tabela geral, enquanto a capital italiana é a que os empresários menos preferem.
No ranking sectorial Porto e Lisboa surgem muito bem colocadas - respectivamente em segundo e quarto lugares - no que respeita à pré-criação de uma empresa, considerada uma fase crucial pelos autores do estudo.
O ranking empresarial das cidades europeias (ECER, na sigla inglesa) mostra ainda que na área da facilidade com que os empresários têm acesso a financiamento para lançar o seu negócio Lisboa está em 16.º lugar e o Porto em 22.º.
Na tabela por países, a Polónia está em primeiro lugar, seguida da Finlândia, Suécia, Alemanha, Portugal, Áustria, França, Holanda, Roménia, Bélgica, Espanha, República Checa, Reino Unido, Grécia, Dinamarca, Suíça, Hungria, Itália e Letónia.
A terceira edição do estudo, conduzido pela Associação ECER, com o apoio do Banco Popular, tem por base entrevistas telefónica realizadas entre Dezembro de 2009 e Janeiro de 2010, feitas junto de empresas criadas entre 2005 e 2006 dos sectores comercial, industrial e serviços.(10.05.10/Fonte : OJE)
TGV: Assinado contrato do troço Poceirão-Caia
O ministro das Obras Públicas, António Mendonça afirmou, na cerimónia de assinatura do contrato do troço de alta velocidade Poceirão-Caia, que a terceira travessia do Tejo vai merecer uma "reponderação".
Em relação à terceira travessia do Tejo, o ministro fala em "reponderação", mas ressalva que essa avaliação não põe em causa a ligação Lisboa/Madrid.
"Vai haver uma reapreciação de projetos que ainda não tinham sido objeto de compromisso", afirmou o ministro das Obras Públicas.
Deverão ser estudadas "ligações transitórias" para se cumprir a ligação entre Lisboa e o Poceirão.
Em relação às novas estruturas aeroportuárias, o ministro referiu que "a necessidade de um novo aeroporto é vital" e que "nada estava decidido relativamente ao modelo de construção".
"Resolvemos protelar a decisão sobre o modelo de construção do novo aeroporto", afirmou o ministro.
O troço Poceirão-Caia, que fará parte da futura linha de alta velocidade Lisboa-Madrid, foi adjudicado ao consórcio Elos - Ligações de Alta Velocidade, co-liderado pela Brisa e pela Soares da Costa.(08.05.10/Fonte : Diário de Notícias)Juro da dívida portuguesa aproxima-se dos 6%
Os indicadores de risco para Portugal estão hoje de novo em máximos históricos.
A 'yield' das obrigações portuguesas a 10 anos negoceia perto dos 6% e está em máximos da década.
Os investidores estão cada vez mais receosos quanto à capacidade do Estado português pagar as suas dívidas e isso reflecte-se nos principais indicadores de risco.
O agravamento da situação surge depois de ontem a Moody's ter alertado que poderá baixar o 'rating' da dívida portuguesa em um ou dois níveis nos próximos três meses.
Entretanto, a agência de notação financeira alertou hoje para o risco de contágio da crise do mercado de dívida ao sistema financeiro de países como Portugal, Espanha, Itália, Irlanda e Reino Unido.
O 'spread' das Obrigações do Tesouro português a 10 anos, face às 'bunds' alemãs comparáveis, a referência do mercado, superou hoje a barreira dos 300 pontos base pela primeira vez desde pelo menos 1997.
O mesmo acontece com a 'yield' destes títulos da dívida pública portuguesa, que atingiram hoje os 5,9%, um máximo de Janeiro de 2000.
Já o preço dos ‘credit default swaps' (CDS) sobre obrigações do Tesouro português a cinco anos subia hoje 19 pontos para 406,67 pontos base, um máximo de sempre.(06.05.10/Fonte : Diário Económico)Moody's avisa que pode baixar "rating" de Portugal em dois níveis
A agência de notação financeira Moody's colocou hoje a dívida soberana portuguesa sob alerta, avisando que pode cortar o "rating" da República Portuguesa em dois níveis dentro de três meses.
A agência de notação financeira Moody's colocou hoje a dívida soberana portuguesa sob alerta, avisando que pode cortar o "rating" da República Portuguesa em dois níveis dentro de três meses.
Numa nota enviada à comunicação social, a agência norte-americana, que actualmente atribui o “rating” Aa2 a Portugal, a Moody's esclarece que “espera que, no cenário de uma descida, o “rating” possa descer um, ou no máximo, dois níveis”.
A agência recorda que desde Outubro de 2009 colocou a dívida soberana portuguesa sob vigilância negativa. Uma decisão final “deverá ser concluída no horizonte de três meses”.
A justificar o anúncio está “a recente deterioração das finanças públicas portuguesas assim como os desafios de longo prazo que a economia enfrenta”.
Anthony Thomas, vice-presidente e analista sénior para o risco de soberanos, sublinha que uma possível descida da notação da dívida portuguesa terá por objectivo “reposicionar” Portugal para “reflectir uma deterioração potencialmente duradoura da dinâmica das finanças públicas”.
Tratando-se de uma “pequena economia com baixo crescimento, esta dinâmica de endividamento poderá não ser mais consistente com um ‘rating’ Aa2”, acrescenta.
Custo de financiamento vai aumentar durante algum tempo
A Moody’s diz esperar que “um maior risco de discriminação nos mercados financeiros possa aumentar os custos de Portugal se financiar” e que essa factura acrescida na captação de recursos poderá “durar algum tempo”. “Ainda assim, esperamos que o serviço da dívida permaneça muito acessível no curto e no médio prazo”, precisa a agência, que acrescenta que o "perfil bem estruturado da dívida significa que os riscos no refinanciamento são modestos".
O pré-anúncio da Moody’s surge depois de a agência de notação Standard & Poor’s (S&P) ter na semana passada cortado o "rating" de Portugal em dois níveis, de A+ para A-.
A fragilidade das contas públicas e o fraco crescimento económico foram então os principais argumentos utilizados pela S&P para degradar o risco da República.
No mesmo dia, a S&P baixou também o ‘rating’ da Grécia em três níveis, numa descida sem precedentes para um país da Zona Euro, que fez com que os títulos do país passassem a ser classificados BB+, uma notação equivalente a investimento especulativo (“junk”, ou lixo).
Moody's aplaude compromisso do Governo
A Moody’s atira a responsabilidade da vulnerabilidade das finanças públicas portuguesas para os sucessivos Governos que, desde a entrada no euro, em 1997, falharam no objectivo de reduzir consistentemente os défices orçamentais.
Contudo, a agência faz uma apreciação positiva dos esforços realizados pelo actual Executivo, sublinhando que este tem “reiterado o seu objectivo de atingir ou mesmo ultrapassar as metas de redução do défice estabelecidas no Programa de Estabilidade e Crescimento”, no qual o Governo se compromete a reduzir o défice para valores inferiores a 3% no final de 2013, depois de o indicador ter atingido o recorde de 9,4% do PIB em 2009. Já a dívida pública deverá continuar a subir para valores superiores a 90% do PIB, só devendo ser invertida no final do período.
País Fitch País Moody's País S&P Aústria AAA Aústria Aaa Aústria AAA Finlândia AAA Finlândia Aaa Finlândia AAA França AAA França Aaa França AAA Alemanha AAA Alemanha Aaa Alemanha AAA Luxemburgo AAA Luxemburgo Aaa Luxemburgo AAA Holanda AAA Holanda Aaa Holanda AAA Espanha AAA Espanha Aaa Bélgica AA+ Bélgica AA+ Bélgica Aa1 Espanha AA+ Eslovénia AA Irlanda Aa1 Irlanda AA Chipre AA- Chipre Aa3 Eslovénia AA Irlanda AA- Itália Aa2 Chipre A+ Itália AA- Portugal Aa2 Itália A+ Portugal AA- Eslovénia Aa2 Eslováquia A+ Malta A+ Malta A1 Malta A Eslováquia A+ Eslováquia A1 Portugal A- Grécia BBB+ Grécia A2 Grécia BB+ Fonte: Bloomberg (05.05.10/Fonte : Jornal de Negócios)
Quatro bancos privados lucraram um milhão por dia
Santander Totta, BES, BCP e Banco BPI ganharam menos de um milhão por dia, no primeiro trimestre de 2010, havendo uma quebra de 10% em relação ao período homólogo do ano passado. A culpa está na queda dos juros
Os lucros dos quatro maiores bancos privados portugueses caíram 9,4% nos primeiros três meses de 2010. No conjunto, Santander Totta, BES, Millennium bcp e Banco BPI ganharam 361,9 milhões de euros até Março, ou seja, 991 mil euros por dia, abaixo dos 1,095 milhões de euros diários obtidos em igual trimestre do ano passado.
À excepção do BES, que conseguiu um inesperado aumento de 17,6% nos seus resultados trimestrais, as restantes três grandes instituições privadas viram os seus lucros caírem face ao primeiro trimestre do ano passado, com reduções quase idênticas.
A queda da margem financeira, resultante da descida das taxas de juro, foi a grandes responsável por este comportamento da banca. No conjunto dos quatro bancos, este importante indicador caiu 13,3%, com destaque aqui para o BES, que viu a sua margem reduzir-se quase 20%.
Ontem, na apresentação de resultado, Ricardo Salgado, presidente-executivo da instituição financeira, considerou que a evolução da margem continua a ser uma "incógnita", que "não está a facilitar a actividade dos bancos". E acrescentou: "Não conseguimos ver o que poderá acontecer, enquanto o actual temporal não acalmar."
Para compensar as fortes perdas nos ganhos auferidos pelos bancos, pela diferença entre os juros cobrados e os juros pagos, todos eles aumentaram significativamente as comissões.
No conjunto dos quatro bancos, o aumento das comissões cobradas aos clientes cresceu na mesma proporção em que caiu a margem financeira, ou seja, 13%. Nesta rubrica, coube ao Millennium bcp o mais forte crescimento, de quase 20%.
Apesar das fortes restrições, os bancos apresentam crescimentos moderados no crédito concedido a clientes. O BES foi o banco que mais aumentou a concessão, 5,6%, com o Santander Totta a apresentar uma evolução ligeiramente negativa.
Neste indicador, de referir os aumentos muito tímidos no crédito à habitação, boa parte deles graças a ligeiros incrementos da procura no primeiro mês do ano.
Outro dado interessante foi a recuperação dos ganhos em operações financeiras. Depois dos maus resultados dos mercados registados no primeiro trimestre de 2009, o presente ano trouxe alguma melhoria, com o Santander Totta a liderar os ganhos, com mais 60,1%.
Igualmente com bons indicadores estiveram a gestão de activos e operações sobre títulos. Nestas duas últimas rubricas, de destacar o Millennium BCP, com subidas respectivamente de 21,7% e 50,8%.
A actividade internacional registou igualmente um forte contributo para os resultados trimestrais destes bancos. No caso do BES, um grupo presente em vários mercados, os resultados internacionais contribuíram com 40% dos lucros totais, um factor que Ricardo Salgado considerou ontem ser determinante para a manutenção da rentabilidade. O Millennium bcp, através essencialmente da sua operação na Polónia, conseguiu que o contributo internacional para os lucros atingisse uma fatia de 25%.(04.05.10/Fonte : Diário de Notícias)Trabalhadores da Rohde aprovam encerramento da empresa
Os trabalhadores da Rohde votaram hoje o encerramento da fábrica, que era a maior empregadora nacional da indústria do calçado em Portugal. Na assembleia de credores compareceram 921 dos cerca de 980 operários da empresa, sendo que 866 votaram contra o plano de viabilização apresentado pela insolvente, assim determinando o encerramento da fábrica.(04.05.10/Fonte : OJE)
Presidentes das empresas do PSI-20 receberam 22,6 milhões de euros em 2009
Os presidentes executivos das empresas do PSI-20 ganharam 22,6 milhões de euros em 2009, um dado que só agora ficou conhecido, após a última empresa do principal índice bolsista, a Altri, ter apresentado o seu Relatório e Contas na sexta-feira, ao final da tarde.
António Mexia, o presidente executivo (CEO) da EDP, onde o Estado tem 20,5 por cento, lidera a lista dos mais bem remunerados, graças aos prémios de desempenho referentes ao período entre 2006 e 2008. No total, recebeu um ordenado de 3,1 milhões de euros.
Foi a primeira vez que os relatórios e contas das cotadas portuguesas reportaram em detalhe e de forma individualizada a remuneração dos presidentes e restantes administradores executivos, após a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter definido novos regulamentos nesta matéria, seguindo práticas internacionais que ganharam maior importância depois da crise financeira mundial.
No último Relatório de Avaliação do Cumprimento do Código de Governo das Sociedades da CMVM, referente a 2008, uma das recomendações que registavam elevada taxa de não-adopção era a da divulgação individualizada das remunerações dos órgãos de administração e fiscalização. Com as novas regras, o cenário mudou.
Bons salários na Galp
Zeinal Bava, CEO da PT, é o segundo executivo com maior salário total (incluindo um ordenado-base de 711,5 mil euros e remuneração variável de 1,8 milhões, referente também a um prémio plurianual): ganhou 2,5 milhões de euros. Segue-se Ana Fernandes, da EDP Renováveis, que auferiu o ano passado 2,4 milhões de euros - 1,8 milhões variáveis no âmbito de prémio plurianual -, recebendo o seu ordenado através da EDP e da EDP Renováveis.
Entre os gestores do PSI-20, Ana Fernandes ocupa um lugar de destaque, já que é das que mais ganharam em variáveis durante o ano passado, posicionando-se em segundo lugar, atrás de António Mexia e à frente do CEO da PT. Assim, não admira que sejam a EDP e a PT as empresas que mais se destacam no peso dos prémios anuais sobre o vencimento total (77 por cento no caso de Mexia, e 72 por cento no caso de Zeinal Bava). O responsável da Inapa, José Morgado, é o gestor com menor peso das variáveis (21,6 por cento), sendo que tanto a comissão executiva do BCP como o presidente da Brisa, Vasco de Mello, não quiseram receber bónus no ano passado.
Analisando apenas a componente fixa, ou seja, o salário-base, verifica-se que a liderança cabe a Manuel Ferreira de Oliveira, presidente executivo da Galp Energia. De um milhão e 574 mil euros que ganhou, a remuneração fixa vale um milhão e 70 mil euros.
Seguem-se, depois, o BCP e a PT. Carlos Santos Ferreira prescindiu de receber variáveis em 2008 e 2009, mas o salário foi de 650 mil euros. No caso da PT, Zeinal Bava auferiu, independentemente das variáveis, 771,5 mil euros.
Ainda falta transparência
Em termos globais, o presidente executivo que menos recebeu foi Paulo Fernandes, da Altri, com um salário anual da cerca de 205,4 mil euros. No entanto, esta empresa não divulgou os vencimentos de forma individualizada (justificando a ausência de total transparência, tal como sucedeu na Portucel, com o facto de os pagamentos serem feitos pelas subsidiárias), pelo que se dividiu o total pelo número de executivos (cinco). Ou seja, Paulo Fernandes, como presidente, recebeu certamente um valor superior. A este dado acresce o facto de receber (tal como outros três outros gestores) ainda outros dois salários pelas funções executivas que desempenha na F. Ramada e na Cofina (um total da ordem dos 276 mil euros) e de ser um dos principais accionistas destes grupos, ganhando também por via dos dividendos.
O caso da Altri destaca-se ainda por ter pago mais dinheiro através de variáveis do que de remuneração fixa, sem explicar porquê. No seu relatório, a empresa escreve que os critérios de atribuição das variáveis "não se encontram formalmente definidos", embora prometa alterar isso no próximo encontro de accionistas.
Na lista dos que menos receberam em 2009 estão ainda Carlos Bianchi de Aguiar, presidente da Sonae Indústria, com 410,6 mil euros, e o presidente da Inapa (onde o Estado detém cerca de um terço do capital), José Morgado, com 446,6 mil euros (olhando para os lucros, o seu ordenado vale 20,3 por cento face aos 2,2 milhões de euros registados em 2009).
Ajudas não incluídas
A forma como as cotadas apresentaram a remuneração individual dos seus gestores não é uniforme e, por isso, os resultados globais serão sempre aproximados da realidade. A Portucel, por exemplo, não divulgou o salário do seu presidente executivo, José Honório. Neste caso, o PÚBLICO optou, como no caso da Altri, por dividir o total pago pelo número de gestores e, por isso, o ordenado de José Honório está subavaliado.
Já no relatório da Semapa é referido que, além dos vencimentos pagos aos seus gestores, incluindo o CEO, estes receberam mais 6,7 milhões de euros, uma remuneração efectuada com base nas funções exercidas em outras sociedades do grupo.
No caso da Cimpor, a cimenteira sofreu diversas alterações no seio da comissão executiva ao longo de 2009, o que torna impossível chegar a valores exactos. Pedro Maria Teixeira Duarte foi CEO desde o início do ano até 13 de Maio, data em que foi substituído por Jorge Salavessa Moura. Este, por sua vez, foi substituído por Ricardo Bayão Horta a partir de 3 de Dezembro. O que se fez foi um cálculo médio do salário pago ao presidente da cimenteira. Por outro lado, muitos dos valores divulgados não incluem Planos de Poupança-Reforma, ajudas de custos - na Galp Energia os executivos que residem longe recebem três mil euros por mês para ajudar a pagar a renda de casa ou os transportes - ou outros benefícios, como automóveis e telemóveis que, somados, aumentariam o salário global pago.
Em termos das regras de boa gestão, ainda há várias empresas do PSI- 20 que não cumprem todas as recomendações da CMVM. A comissão de remuneração da Mota-Engil, por exemplo, é dominada pelos maiores accionistas e membros da administração, a família Mota.
Certo é que, de acordo com os dados disponíveis, as comissões executivas que mais ganharam em 2009 foram a da EDP (os seus sete membros auferiram no total 17,6 milhões de euros, incluindo prémio plurianual), a do BES (11 elementos que ganharam 9,6 milhões) e a da PT (sete administradores, 8,3 milhões de euros, incluindo prémio plurianual). Do lado oposto, as que menos salário total receberam foram a Inapa (apenas dois executivos que, no total, auferiram 481 mil euros). Seguem-se os responsáveis das empresas do grupo Altri (cinco executivos, pouco mais de um milhão de euros) e os gestores da Sonae Indústria (três elementos, mais de um milhão de euros). Face ao lucro, a Inapa, Zon e Semapa foram as cotadas do PSI-20 que pagaram aos seus gestores uma remuneração mais elevada.
No que diz respeito às médias salariais por gestor, não contabilizando o salário do CEO, quem mais ganhou no ano passado foram os executivos da EDP (2,9 milhões de euros para cada um), da PT (964 mil euros) e da Sonae SGPS (924 mil euros). No sentido inverso esteve o universo empresarial da Altri (205,4 mil euros, em média, por gestor), a Sonae Indústria (335 mil euros), a REN (394 mil euros) e a Sonaecom (417 mil euros), que se destacam como as que pagaram salários mais baixos. Comparando com os custos com pessoal, a Inapa ocupa o primeiro lugar: o salário da comissão executiva pesa quase 27 por cento nos gastos com trabalhadores. Segue-se a Zon (sete por cento) e a REN, com 5,3 por cento. A diferença salarial face aos colaboradores é grande em todas as 20 cotadas analisadas.(03.05.10/Fonte : Público)CP corta investimento: Despesa pública: Empresa adia compra de 74 comboios
A CP deverá adiar a compra de 74 comboios, um investimento superior a 400 milhões de euros, apurou o Correio da Manhã. Será pois nestes investimentos, do âmbito das empresas públicas, que o Ministério das Obras Públicas deverá cortar para reduzir a despesa pública, e não nos grandes projectos.
O concurso para a maior aquisição de sempre da ferroviária nacional encontra-se numa fase preliminar, pelo que ainda poderá ser adiado sem quaisquer custos para a empresa.
Ainda este mês a CP deveria escolher os concorrentes seleccionados para a disputa final, ou seja, entrar na fase de negociações directas com os potenciais fornecedores das composições.
Em causa está o fornecimento de 49 unidades de tracção eléctrica e de 25 unidades de tracção a diesel, nomeadamente para os serviços suburbanos e regionais da CP das linhas de Cascais e do Sado, tendo quatro empresas inclusive já apresentado as suas propostas: Bombardier, Alstom, Siemens e CAF.
Esta última empresa é espanhola e garantia no princípio desta semana que a sua proposta prevê, face aos concorrentes mais próximos no concurso, um preço global inferior de 59 milhões de euros para as unidades eléctricas e de menos dez milhões para as unidades a diesel.
PORMENORES
VENDA AO PERU
A CP vendeu recentemente ao Peru as antigas automotoras ao serviço da Linha do Vouga, no distrito de Aveiro. O negócio rendeu 760 mil euros à ferroviária nacional. Os comboios transportam agora turistas até Machu Picchu, uma das Sete Maravilhas do Mundo.
PASSAGEIROS
No ano passado, foram transportados nos comboios da empresa de caminhos-de-ferro mais de 130 milhões de passageiros ao longo dos 2830 quilómetros de rede. Os comboios urbanos representam perto de 86 por cento do total de passageiros transportados em todo o País.(03.05.10/Fonte : Correio da Manhã)