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12/09

Fábrica têxtil Regency suspende laboração devido a insolvência

 

A fábrica têxtil Regency, instalada há 20 anos em Caminha e actualmente com 174 trabalhadores, vai paralisar a produção a partir de quinta-feira, depois de ter sido declarada insolvente pelo tribunal, informou hoje fonte sindical.
A paralisação deve manter-se pelo menos até à assembleia de credores, agendada para 23 de Fevereiro, onde será decidido avançar com um plano de recuperação da empresa ou declarar a sua falência.

Entretanto, os trabalhadores, na sua esmagadora maioria mulheres com mais de 40 anos, vão receber o subsídio de desemprego.

Quando pediu a insolvência, em inícios de Dezembro, a Regency, que pertence a uma multinacional de capitais indianos e se dedica à confecção de fatos, alegou dificuldades económico-financeiras, traduzidas numa dívida de 3,2 milhões de euros, repartida pela banca (1,2 milhões milhões de euros) e pela casa-mãe (1,3 milhões de euros).

Em comunicado, a administração da fábrica sustentou que, "tal como a maioria das empresas têxteis no sul e centro da Europa, a Regency tem, nos últimos anos, vindo a sofrer os efeitos da concorrência, seja dos concorrentes portugueses, seja da grande oferta do leste da Europa e Ásia".

A redução das encomendas e a falta de trabalho nos vários departamentos já tinha obrigado a algumas medidas como "antecipação e alteração de férias, redução de prémios e implementação forçada de redução de benefícios salariais".

Em Junho, a Regency implementou um "lay off" parcial, por um período de seis meses, laborando apenas três dias por semana, com uma redução salarial de um terço.

No fim do período legal de "lay off", a 30 de Novembro, a Regency voltou a trabalhar a semana completa, sendo que cinco dias depois a administração pediu a insolvência da empresa.

Agora, o administrador judicial decidiu suspender a laboração da fábrica, alegando que a sua continuidade apenas agravaria o buraco financeiro.

"O que dizem é que o preço de fabrico de cada fato é superior ao preço de venda", adiantou a fonte sindical.

A Regency é o maior empregador privado do concelho de Caminha.

A câmara local já encetou contactos com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, para tentar encontrar um investidor eventualmente interessado em aproveitar as instalações da Regency.
(31.12.09/Fonte : OJE)

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Famílias têm menos dinheiro disponível

 

Reembolsos do IRS mais cedo, quebra nas remessas do exterior e desvalorização dos activos das famílias afectam rendimentos.

As famílias portuguesas sentiram, no terceiro trimestre de 2009, uma das maiores reduções do poder de compra dos últimos anos. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), os rendimentos recuaram 1,1% face ao trimestre anterior, interrompendo a tendência de subida que se mantinha desde o início do ano passado. A antecipação dos reembolsos do IRS é uma das causas desta quebra nos rendimentos.

A conclusão é retirada da análise do rendimento disponível (RD) das famílias, um indicador que representa o somatório de todos os rendimentos que as famílias têm à disposição - desde salários a remunerações de poupanças, passando por prestações sociais como o subsídio de desemprego -, depois de pagas as dívidas. De forma geral, identifica a quantidade de dinheiro que cada família tem para gastar.

E, de acordo com o INE, o Rendimento Disponível teve o maior recuo desde que a actual série histórica começou a ser publicada, em 1999. Uma série na qual, de resto, não se verificam quaisquer contracções superiores a 0,1% - excepção feita aos 1,1% registados agora no terceiro trimestre do ano.
(30.12.09/Fonte : Diário Económico)

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Mau tempo causa prejuízos de 10 milhões no Oeste

 

O mau tempo deixou um rasto de destruição em vários equipamentos da via pública.


Os prejuízos possíveis de apurar causados pelo mau tempo rondam os 10 milhões de euros em cinco municípios da região Oeste.

O valor resulta do levantamento efectuado pelos municípios de Alenquer, Cadaval, Lourinhã, Mafra e Sobral de Monte Agraço, que são dos mais afectados pela chuva e vento fortes que se têm vindo a sentir e constam do levantamento enviado pelas câmaras ao Governo Civil de Lisboa.

Este montante junta-se aos 53 milhões de prejuízos registados só no concelho de Torres Vedras, que foram revelados ontem.

Dos cinco concelhos, Mafra é o que soma o maior número de prejuízos - cerca de três milhões de euros - conforme adiantou à Lusa o vereador da Protecção Civil, Hélder Silva.

O mau tempo deixou um rasto de destruição nos vários concelhos em vários equipamentos da via pública: ecopontos, candeeiros de iluminação pública, caixotes do lixo e diverso mobiliário urbano, bem como em abrigos de passageiros de autocarros e sinalização rodoviária.

Além de milhares de árvores arrancadas, que ainda permanecem visíveis à beira de muitas estradas da região, o mau tempo afectou estufas, com produções destruídas e milhões de prejuízos nos estragos efectuados.
(29.12.09/Fonte : Diário Económico)

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Hotéis [portugueses] lotados na passagem de ano

 

A par da habitual enchente na ilha da Madeira, de norte a sul do País há muitos hotéis que já têm a lotação esgotada para a noite de passagem de ano e são unânimes em dizer que a procura superou a dos anos anteriores.

"As ocupações para o fim de ano variam consoante a região geográfica, mas esperamos ocupações superiores às do ano passado", disse a directora de Imagem e Comunicação do grupo Pestana.

Patrícia Reimão diz que "os hotéis Pestana na Madeira já estão totalmente completos e no Algarve as taxas de ocupação também são elevadas.

A porta-voz do grupo adianta que os hotéis do Porto, Lisboa, Sintra e Cascais estão igualmente com boas taxas, mas "ainda com margem para crescer".

O aumento da procura também se sente nas Pousadas de Portugal, que registam "taxas de ocupação superiores às do ano passado". Nas pousadas novas - do Porto, Viseu e de Estói - "a procura tem sido muito elevada", refere.

Na vila de Melgaço, o hotel Monte Prado tem a lotação esgotada desde o início de Dezembro.

O Montebelo Hotel & Spa, em Viseu, "esgotou mais cedo do que é habitual".

A cadeia Tivoli está com níveis de ocupação que oscilam entre os 65 e os 70%, o que"se equipara aos níveis do ano passado".

A cadeia de hotéis Íbis, que não organiza qualquer festa para a passagem de ano, prevê entrar em 2010 com lotação esgotada.
(28.12.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Sector do calçado [português] investe 9 milhões

 

O sector do calçado vai investir nove milhões de euros em 2010 em 80 acções promocionais no exterior.

São mais 48% do que em 2009, anunciou a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado (APICCAPS), no mesmo dia em que a União Europeia decidiu prorrogar por mais 15 meses as medidas anti-dumping sobre as importações de calçado da China e Vietname. A taxa sobre estas importações destina-se a proteger a indústria europeia e estará em vigor até Março de 2011.

Enquanto isso, e já no próximo ano, Portugal participará em 76 feiras e exposições internacionais e em quatro missões de prospecção a Angola, Líbia, México e Tunísia. Este ano, participou em 53 feiras no exterior e realizou apenas uma missão comercial ao estrangeiro, a Angola.

No total, a APICCAPS prevê a participação de mais de 140 empresas de calçado neste "mega-programa de promoção à escala internacional". De acordo com a associação, "trata-se do terceiro ano consecutivo em que o investimento do sector de calçado em promoção comercial externa aumenta", já que, "desde o início de 2008 até final de 2010, o sector investe 24 milhões de euros na promoção comercial externa".

Para 2010, a estratégia promocional está definida: consolidar a posição do calçado português nos mercados externos, diversificar o destino das exportações, abordar novos mercados e ajudar novas empresas a iniciar um processo de internacionalização.

O sector apostará em feiras e exposições de plataforma mundial e em feiras de forte expressão regional e de nicho. "O destaque recairá, no entanto, numa aposta sem precedentes em mercados com elevado potencial de crescimento como o Brasil, China, Emirados Árabes Unidos, EUA, Grécia, Japão, Polónia e Rússia", destaca a APICCAPS.
(23.12.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Prolongados apoios às prestações da casa para desempregados

 

O Ministério das Finanças está a ponderar o prolongamento da moratória do crédito à habitação. Esta medida, de apoio aos desempregados, abrangeu 1.052 famílias, havendo mais 289 pedidos em apreciação. Houve 436 indeferimentos.

A moratória do crédito à habitação, através da qual e ao longo de 24 meses, o Estado garante o pagamento de metade da prestação mensal do empréstimo da casa de pessoas em situação de desemprego, acaba no próximo dia 31 de Dezembro, mas a medida poderá vir a ser prorrogada. Fonte oficial do Ministério das Finanças avançou ao JN que esta hipótese está a ser equacionada, havendo intenção de discutir essa possibilidade com os bancos.

A hipótese de prorrogar o acesso à medida ao longo de 2010, é encarada de forma positiva pelo presidente da Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor (APDC), Mário Frota, e virá ao encontro das previsões que esperam ainda alguma agravamento do desemprego ao longo do próximo ano. Ouvido pelo JN, Mário Frota sublinhou ainda que por falta de informação e também por causa de alguma iliteracia financeira, a moratória do crédito à habitação para desempregados acabou por não ter a adesão que poderia esperar-se.

A moratória do crédito à habitação, que entrou em vigor em Maio, permite às pessoas, que se encontrem em situação de desemprego há pelo menos três meses, pagar apenas metade da prestação do empréstimo da casa, durante 24 meses. Ao longo deste período, a outra metade é suportada pelo Estado, mas apenas até ao limite de 500 euros mensais.

Dados facultados ao JN pelo Ministério das Finanças mostram que até 4 de Dezembro tinham dado entrada 1777 pedidos de acesso à moratória, tendo sido aprovados 1052. Se se considerar que a média das prestações mensais rondará os 500 euros, isso significa que o "encargo" mensal do Estado ronda actualmente os 263 mil euros.

Além dos processos já em curso, estão em fase de apreciação mais 289 novos pedidos, havendo 436 que foram recusados. Esta recusa pode ter sido por os candidatos não preencherem os requisitos ou também por os bancos credores entenderem que a pessoa, mesmo com a ajuda do Estado, não tem capacidade para pagar a sua parte e evitar a entrada em situação de incumprimento.

De acordo com o decreto-lei que cria esta moratória, "apenas pode ser recusado o acesso à linha de crédito se resultar manifestamente evidente que o mutuário, independentemente do montante da redução da prestação, não tem condições para cumprir com o serviço da dívida".

Além deste motivo de recusa, é apenas exigido a quem queira beneficiar desta moratória, que esteja desempregado há mais de três meses e que o empréstimo tenha sido contraído até 19 de Março de 2009.
(21.12.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Contas das famílias vão subir em 2010

 

Água, luz e combustíveis vão subir no próximo ano, o que vai aumentar a factura das famílias portuguesas. A grande incógnita está nos transportes, cuja decisão do Governo está "para breve", e também na prestação da casa, que só deverá subir no segundo semestre. Também o preço do gás só será actualizado no Verão. Para já, mantêm-se inalterados os preços do leite, pão e portagens, sendo que nas telecomunicações há baixa de preços, nas chamadas fixas, anunciou a PT

O início do ano será semelhante a 2009 no que toca às contas das famílias, mas estas vão aumentar ao longo de 2010. É que para já apenas está definido o aumento da electricidade, que sobe 2,9% em Portugal continental (2,1% nos Açores e 2,5% na Madeira), o que corresponde a mais um euro por mês para uma conta de luz da ordem dos 40 euros.

Nos próximos meses serão conhecidos os aumentos da água, embora não seja possível para já quantificá-los, pois as tarifas são fixadas, na maior parte dos casos, pelas autarquias, motivo pelo qual o preço da água varia de concelho para concelho. No entanto, é expectável a subida dos preços, de modo a diminuir o défice tarifário acumulado nos últimos anos.


Também os combustíveis deverão subir ao longo do próximo ano, já que o preço do petróleo irá aumentar com a tão esperada retoma de 2010. Apesar de o crude estar longe dos máximos atingidos no Verão de 2008, o seu valor vai subir e arrastar consigo o preço da gasolina e do gasóleo, que desde a liberalização deixa de estar regulado.


A grande incógnita está no preço dos transportes, que em 2009 foram congelados, pela primeira vez em 30 anos, devido à descida do petróleo. O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações deverá anunciar "muito em breve" a actualização destas tarifas, que até ao fecho desta edição estava ainda em análise, segundo fonte oficial daquela entidade.


Quanto à prestação da casa, esta só deverá aumentar no segundo semestre de 2010, já que as taxas de referência do Banco Central Europeu deverão manter-se em 1% até ao final do primeiro semestre.
O pão e o leite vão manter os seus preços inalterados, segundo afirmaram ao DN os responsáveis de associações do sector. No entanto, a previsão de crescimento da inflação média para 2010, entre 0,8 e 1,2%, poderá fazer com que o preço destes produtos, assim como os restantes bens alimentares, subam de preço ao longo do ano, depois de uma inflação média negativa de 1% em 2009. Quanto a aumentos, o salário mínimo deverá subir 25 euros, para 475 euros.
(18.12.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Despedimento colectivo em Portugal sobe 27%

 

A taxa de desemprego portuguesa supera já os 10%.

Até Novembro 4.213 pessoas perderam o seu posto de trabalho na sequência de um despedimento colectivo, o que significa um aumento de 27% em comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com os dados da Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), foram 314 as empresas a concluir estes procedimentos, contra 211 no período homólogo. As situações de despedimento por mútuo acordo também têm vindo a aumentar, apesar de o Governo já ter limitado o acesso ao subsídio de desemprego em alguns destes casos. Este ano, 200 trabalhadores deixaram o seu posto por rescisão amigável, mais 20% em comparação com os primeiros onze meses de 2008.

O despedimento colectivo começou a ser particularmente utilizado pelas empresas neste período de crise. Até aqui, e apesar da flexibilidade que a lei oferecia, era um recurso legal esquecido por vários motivos, nomeadamente pela má imagem com que as empresas são conotadas.

Este ano, 682 firmas iniciaram processos para despedir 10.509 trabalhadores (17% do total de funcionários). Relativamente a igual período de 2008, trata-se de um aumento de 51% de trabalhadores que potencialmente podem perder o seu posto. Recorde-se no entanto que alguns destes processos podem já estar concluídos ou poderão não ter tido seguimento, informações que a DGERT não fornece.
(17.12.09/Fonte : Diário Económico)

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Governo não quer ceder no salário mínimo

 

Patrões fora de um acordo que fixa a remuneração mínima em 475 euros.

O aumento do salário mínimo para 2010 deve ficar decidido hoje e tudo indica que o Governo não vai mexer na sua proposta inicial: subir a remuneração mínima para 475 euros. Mas a actualização não agrada ao patronato, que já disse que não vai subscrever esta decisão.

Três das quatro confederações patronais (excluindo Agricultura) apresentaram no início da semana um documento onde defendem o aumento do salário mínimo para 460 euros mas, ao que o Diário Económico apurou, o Governo não vai ceder nos valores. Mas só a discussão entre parceiros sociais poderá definir o futuro desta garantia mínima.
(17.12.09/Fonte : Diário Económico)

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Ryanair duplica investimento em Faro e voa para 14 destinos

 

Se dúvidas houvesse acerca do dinamismo da companhia aérea de baixo custo irlandesa, Ryanair, ontem tinham acabado. Michael O"Leary, presidente da companhia, veio a Portugal anunciar a segunda base no país - assinalou em Faro a instalação da sua 39.ª base na Europa - e decidiu, no regresso a casa, a caminho de Dublin, duplicar o investimento anunciado.

Os aviões que vão ficar estacionados na capital do Algarve serão seis, em vez dos três anunciados, o que duplica, também, o investimento necessário, e que passa para 420 milhões de euros.

As rotas mantêm-se, por enquanto, nas 14 anunciadas. Mas, assegurou ao PÚBLICO o porta-voz da companhia, Daniel de Carvalho, é expectável que venha a ser alterado o mix de oferta, com a retirada de aviões (e destinos) de outras bases europeias.

A base do Porto não está na lista das que poderão assistir a reduções, já que "Porto e Faro não competem - apenas mantêm uma rota entre si". E, no Sul da vizinha Espanha, também não é expectável que tal venha a acontecer, já que o Governo tem em marcha "uma agressiva campanha de descontos, que pode chegar a cem por cento das taxas aeroportuárias, se as companhias mantiverem o número de passageiros transportados", explicou Daniel de Carvalho.

A base do Porto foi inaugurada em Setembro, pressupõe um investimento de 147 milhões de euros e demorou mais de quatro anos a negociar. Criou 300 postos de trabalho.

A partir de Março, a Ryanair passa a voar, desde Faro, para Birmingham, Derry, Kerry e Knock (no Reino Unido), para Billund (na Dinamarca), para Eindhoven e Maastricht (na Holanda), para Madrid (Espanha), para Paris e Marselha (na França), para Memmingen (na Alemanha) e Milão (na Itália), e para as capitais da Noruega e da Suécia, respectivamente, Oslo e Estocolmo.
(17.12.09/Fonte : Público)

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Portugal: Produção automóvel caiu 29,7 por cento até Novembro

 

A produção automóvel portuguesa caiu 29,7 por cento de Janeiro a Novembro, quando comparada com o mesmo período de 2008, para 118.342 veículos, revelou hoje a ACAP- Associação Automóvel de Portugal.

Este valor resulta de uma queda de 16 por cento no mês de Novembro, para 13.288 veículos e representa o menor volume de produção nacional no sector desde o ano 2000.

A queda de produção foi muito maior nos segmentos de comerciais ligeiros, onde diminuiu -41,1 por cento homólogos até Novembro, para 2697 veículos, e de pesados, com uma queda homóloga de 67,4 por cento. No mês passado, os valores destas classes apresentaram quedas homólogas de respectivamente 38,2 e 51,6 por cento.

Do total de veículos produzidos em Portugal em Novembro de 2009, 97 por cento destinaram-se ao mercado externo (-15,9% do que no em Novembro de 2008).
(16.12.09/Fonte : Público)

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Portugueses preocupados com o desemprego, situação económica e inflação

 

O desemprego, a situação económica e a inflação são as maiores preocupações dos europeus, e também dos portugueses, segundo o último estudo de opinião europeu publicado hoje, segunda-feira, pela Comissão Europeia em Bruxelas.

Os primeiros resultados do inquérito Eurobarómetro revelam que para 57 por cento de portugueses, o desemprego continua a ser o principal problema que o país tem de enfrentar, mais do que os 51 por cento de europeus.

Os portugueses mostram-se também preocupados com a situação económica (36 por cento) e a subida dos preços (29).

Quando se pergunta aos portugueses quais as principais preocupações a nível pessoal, a grande preocupação passa a ser a inflação para 42 por cento deles (38 dos europeus) seguida da situação económica para 32 (26) e desemprego para 24 (20).

A maior parte dos portugueses (40 por cento) pensa que a situação no mercado de trabalho vai piorar nos próximos 12 meses, contra 15 por cento, que pensam que vai melhorar.

Quanto à evolução da situação económica nos próximos 12 meses, 32 por cento dos portugueses estimam que vai piorar (31 de europeus), 18 que vai piorar (28) e 41 (37) que vai manter-se inalterada.

"Os cidadãos deixaram claro que o emprego é a sua principal preocupação e a UE deve continuar a prestar toda a atenção e a empenhar-se plenamente na luta contra a crise", disse Margot Wallstrom, vice-presidente da Comissão Europeia, responsável pela Estratégia de Comunicação.

Este inquérito Eurobarómetro decorreu sob a forma de entrevistas pessoais realizadas pela TNS Opinion & Social.

Foram entrevistadas, no total, 30 238 pessoas entre 23 de Outubro e 18 de Novembro de 2009 nos 27 Estados-membros, entre os quais 1 025 em Portugal.

Os inquéritos Eurobarómetro deste tipo têm lugar duas vezes por ano, na Primavera e no Outono.
(15.12.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Receitas da hotelaria nacional com queda homóloga de 9,5 por cento em Outubro

 

As receitas da hotelaria portuguesa apresentaram em Outubro uma queda homólogas de 9,5 por cento nos proveitos totais e de 8,8 por cento nos relativos a aposentos, para respectivamente 153,4 milhões e 102 milhões de euros.

O número de dormidas diminui por seu lado 5,5 por cento face ao mesmo mês do ano passado, para 3,2 milhões. Esta variação resulta da quebra de 8,1 por cento das dormidas de estrangeiros, pois as de nacionais subiram 0,6 por cento, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A estada média manteve-se quase inalterada em Outubro, e apresenta um aumento de 2,9 por cento na variação acumulada desde o início do ano.

A variação acumulada até Outubro apresenta no entanto uma variação um pouco mais negativa nas receitas, com uma queda homóloga de 10 por cento nos proveitos totais e de 9,8 por cento nos relativos a alojamento, para respectivamente 1588 e 1082 milhões de euros.

A receita média por quarto teve uma evolução ainda mais negativa, com uma queda homóloga de 10,1 por cento em Outubro e de 13,7 por cento desde o início do ano.

Quase 70 por cento das dormidas geradas nos hotéis concentraram-se nas regiões de Lisboa, Algarve e Madeira. Nos últimos cinco anos foram abertos mais 96 hotéis no país. [Os dados do INE (pdf)](15.12.09
/Fonte : Público)

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Portugal é o 3º país da UE que mais empregos perde

 

A taxa de desemprego em Portugal ultrapassou os dois dígitos em Outubro.
 

Portugal foi o terceiro país entre os 27 da União Europeia que perdeu mais postos de trabalho no terceiro trimestre, revelou hoje o Eurostat.

Segundo os dados do Gabinete de Estatística europeu, o mercado de trabalho português sofreu uma contracção de 1,1% entre Julho e Setembro, face ao trimestre anterior, o que corresponde ao terceiro pior desempenho da UE.

Com a pior 'performance' entre os 27 Estados-membros surge a Letónia, cujo mercado de trabalho se contraiu em 5,7% no terceiro trimestre, seguida pela Espanha, onde o número de empregados desceu mais 1,5%.

Os mesmos dados revelam que na zona euro houve 712 mil pessoas que perderam os seus postos de trabalho no terceiro trimestre do ano, o que corresponde a uma quebra de 0,5% em relação aos três meses anteriores.

As condições do mercado de trabalho na UE a 27 também se degradaram, tendo o emprego diminuído 0,5% no terceiro trimestre do ano, o que significa que, no total, mais de um milhão de europeus ficaram sem emprego.

A taxa de desemprego em Portugal subiu para 10,2% em Outubro, o valor mais elevado de que há registo, também de acordo com os últimos dados mensais do Eurostat. Já na zona euro, o desemprego terá estabilizado nos 9,8%.
(14.12.09/Fonte : Diário Económico)

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Oito em cada 10 costumam ter dificuldades

 

Situação financeira das famílias melhorou face ao ano passado, mas a larga maioria continua com problemas.

Em cada dez portugueses, oito tiveram problemas financeiros com alguma frequência, no último ano, diz um estudo que põe Portugal em 4.º lugar dos países mais vulneráveis - uma melhoria face ao 1.º lugar de 2008.

O estudo feito pelo Centro de Investigação de Finanças Pessoais, da Universidade britânica de Bristol a pedido da seguradora Genworth, mostra que Portugal conquistou lugares no ranking, face ao ano passado. Nessa altura, tinha surgido como o país cujas famílias eram mais vulneráveis, do ponto de vista financeiro; este ano, três outros países estão em pior situação: Irlanda, Polónia e Grécia, por esta ordem.

A evolução de Portugal não ficou, contudo, a dever-se à real melhoria da situação financeira das famílias, mas sim ao facto de estas terem expectativas menos negras face ao futuro: se, no ano passado, a larga maioria imaginava que a vida seria pior dentro de um ano, agora já diz que ficará igual à que tem hoje, seja ela boa ou má. Aliás, a grande parte das pessoas (oito em cada dez) disse ter passado "sempre" ou "algumas vezes" por dificuldades financeiras, no último ano. Só a Polónia e a Grécia conseguem ter tanta gente com problemas frequentes.

Por outro lado, em Portugal, só 13% disseram ser raro ter problemas de dinheiro e apenas 6% reportaram não ter tido qualquer constrangimento, no último ano - percentagens comparativamente menores, mas, ainda assim, melhores das registadas em 2008.

Já quanto às expectativas, a situação deste ano é muito diferente da de 2008. Se, no ano passado, mais de metade das famílias admitia que a sua vida iria piorar, este ano só 18% o dizem.

A conjugação dos dois indicadores leva os autores do estudo a posicionar Portugal em quarto lugar, entre os 14 europeus analisados, quando, no ano passado, liderava o ranking. Esse facto foi realçado por Catarina Frade, do Observatório do Endividamento. "A economia vive muito de expectativas e é importante que as pessoas tenham a noção de que o sentimento global já não é tão negativo", afirmou.

A melhoria das expectativas poderá ajudar a revitalizar a economia, mas a investigadora lembra que só quando o desemprego começar a regredir é que se pode esperar um progresso efectivo na vida das famílias. Tanto que se, este ano, a descida a pique das taxas de juro ajudou a compor o orçamento familiar, nada garante que elas não voltem a subir, a partir do momento em que a economia volte a crescer, quer o desemprego já esteja a baixar, quer ainda continue alto.

Já Elaine Kempson, do Centro de Investigação de Finanças Pessoais da universidade inglesa responsável pelo estudo, reconheceu que os diversos níveis de vulnerabilidade em toda a Europa, sem dúvida, reflectem as diferentes experiências de recessão em diversos países e a extensão na qual alguns mercados estão a começar a mostrar sinais de recuperação económica, enquanto outros não".
(11.12.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Famílias [portuguesas] cortam 1% nas compras

 

Os gastos das famílias caíram pelo terceiro trimestre consecutivo, o que só encontra paralelo na crise de 2003.

Ainda não se chegou ao ponto de cortar na alimentação, mas as outras compras são restringidas ao máximo.

Entre Julho e finais de Setembro, os gastos em bens alimentares aumentaram apenas 1%, mas em contrapartida as compras de bens duradouros - como carros - baixaram 11,4%.(10.12.09/Fonte : Diário de Notícias)

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País perde 157 mil empregos num ano

 

Em apenas um ano, a economia perdeu 157 mil empregos e o número de postos de trabalho já está abaixo da fasquia dos cinco milhões, o que já não sucedia desde 1999, de acordo com os dados do INE referentes ao emprego, na óptica das contas nacionais.

 

Desde o terceiro trimestre de 2008, o "emprego por conta de outrem" acusa uma perda de mais de 74 mil postos de trabalho. A erosão no mercado ajuda a explicar porque é que o consumo das famílias em bens alimentares e duradouros continua deprimido e o investimento não descola.

 

É que as famílias, receosas relativamente ao futuro (a confiança está em níveis mínimos) e muito endividadas - as dívidas acumuladas com empréstimos à habitação e consumo ultrapassam em 35% o salário anual -, adoptam estratégias mais defensivas, privilegiando a poupança. Daí a retracção nas compras, que acaba por induzir quebras nas vendas comerciais e na produção da indústria transformadora.(10.12.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Famílias portuguesas poupam menos

 

Depósitos bancários diminuíram nos últimos meses. Ao mesmo tempo, consumidores têm-se contido nos empréstimos, menos para a compra de casa.

Desde Julho, as famílias têm vindo a depositar menos dinheiro, acabando com as subidas consecutivas registadas desde o início da crise. Será devido ao desemprego, admite o Observatório do Endividamento.

Os dados mais recentes do Banco de Portugal mostram que as famílias estão a entregar menos dinheiro à Banca, sob a forma de depósitos. E estão a fazê-lo, todos os meses, desde Julho, depois de mais de um ano de aumentos consecutivos.

Embora seja ainda cedo para se perceber se a diminuição da poupança é passageira ou veio para ficar (só no final do ano se perceberá se a taxa global subiu ou desceu) o facto é que a tendência dos últimos meses se pode ficar a dever ao aumento do consumo, ou à redução da quantidade de dinheiro disponível para guardar.

Catarina Frade, investigadora do Observatório do Endividamento, não tem uma resposta taxativa, mas admite que o aumento do desemprego será uma causa provável para a redução da taxa de poupança. "Se as famílias estivessem a consumir mais, veríamos os indicadores de confiança a melhorar, o que não tem acontecido", justificou.

Qualquer que seja a justificação, contudo, a verdade é que a poupança estava a aumentar mais de 10% por mês, comparando sempre com o mês homólogo, e que nos últimos meses o ritmo abrandou bruscamente. Em Outubro, últimos dados disponíveis, a quantidade de dinheiro depositada pelas famílias tinha crescido apenas 2% face à mesma altura do ano passado. Nesse mês, os bancos geriam 114 mil milhões de euros de depósitos das famílias.

O valor dos depósitos não chega, contudo, para compensar os empréstimos dados às famílias (já para não falar dos concedidos às empresas). Em Outubro, a Banca tinha emprestado aos consumidores um total de 136 mil milhões de euros, a esmagadora maioria dos quais para comprar casa. Portugal é, aliás, um dos países europeus mais endividado para a compra de habitação.

O crédito à habitação foi, de resto, o único a crescer nos últimos meses, ainda que a um ritmo inferior ao tradicional. No consumo, os valores estão estáveis, o que mostra quer a "maior cautela" da parte das famílias quer "restrições mais fortes" à concessão de crédito por parte da Banca, disse Catarina Frade. Tanto que o crédito malparado continua a disparar, no que respeita tanto a empréstimos dados às famílias quanto às empresas.

"É curiosa a maneira como o discurso muda consoante a situação económica", diz Catarina Frade. Durante anos, os portugueses ouviram dizer que estavam a viver acima das possibilidades e a gastar mais do que o que produziam, repetindo-se os apelos à poupança. Mas desde o início da crise, o tom inverteu-se a consumir (para que as empresas tenham quem lhes compre os bens e serviços) passou a ser uma porta de saída para a crise.

Para Catarina Frade, contudo, a grande questão será o mercado de trabalho. "Até a situação das empresas estabilizar, a vida das pessoas vai continuar a piorar. E como já há sinais de recuperação das empresas, poderá haver um aumento das taxas de juro, que vai apanhar as famílias ainda em fase descendente", explicou.
(09.12.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Standard & Poor's baixa avaliação das finanças públicas portuguesas

 

A agência de notação financeira Standard & Poor’s piorou hoje a avaliação da dívida pública portuguesa de “estável” para “negativa”, devido à elevada deterioração das finanças públicas e aponta para 8 por cento o défice orçamental em 2009.

“A revisão do outlook reflecte a nossa perspectiva do aumento do potencial para uma diminuição do rating devido à maior deterioração das finanças públicas de Portugal do que a que esperávamos, incluindo um esperado rápido aumento da taxa de dívida publica em percentagem do PIB (Produto Interno Bruto) para mais de 90 por cento em 2011”, afirmou o analista de crédito da agência Kai Stukenbrock, em comunicado.

A agência considera ainda que as debilidades estruturais e a elevada alavancagem da economia portuguesa, aliadas à fraca competitividade externa, devem manter o crescimento económico em níveis baixos, o que, por sua vez, “tornará a consolidação orçamental ainda mais difícil nos próximos anos”.

A Standard & Poor’s estima também que o défice orçamental português atinja os 8 por cento em 2009, um valor que se deve manter em 2010, porque “o Governo estará relutante em iniciar esforços de consolidação significativos enquanto a recuperação económica não for mais forte”.

As projecções da agência apontam ainda para um crescimento acelerado da dívida pública, para mais de 90 por cento do PIB em 2011, para uma contracção da economia de 2,9 por cento em 2009, seguido de um crescimento praticamente nulo em 2010. Nos anos seguintes, o crescimento da economia portuguesa é estimado entre 1 e 1,5 por cento.

“Na nossa opinião, o Governo terá muitas dificuldades em reduzir o muito elevado défice público de Portugal num ambiente de reduzido crescimento, particularmente sem uma maioria parlamentar”, afirmou Kai Stukenbrock.

A agência acrescenta que o Outlook pode ser revertido para “estável” caso o Governo apresente um plano “credível, compreensível e significativo” para reduzir o défice orçamental.
(08.12.09/Fonte : Público)

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Fábrica de baterias da Renault-Nissan fica em Aveiro

 

A fábrica de baterias para os carros eléctricos da aliança Renault-Nissan será localizada em Aveiro, revelou hoje, terça-feira, em Lisboa, o vice-presidente-executivo da Renault-Nissan, Carlos Tavares.

O anúncio oficial foi feito por Carlos Tavares, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, numa cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro, José Sócrates.

Esta fábrica, que terá uma capacidade anual de produção de 60 mil baterias, representa um investimento de 250 milhões de euros e vai criar 200 postos de trabalho.

Em Julho, o vice-presidente da Nissan Europa, Eric Nicolas, anunciou que Portugal e o Reino Unido tinham sido os dois países escolhidos para a instalação de fábricas de baterias para veículos eléctricos.

Na altura, o primeiro-ministro qualificou a fábrica, que deverá começar a funcionar em 2012, como um "investimento âncora" para a instalação de novos investimentos no país na área dos carros eléctricos.

Portugal já arrancou com uma rede de abastecimento de automóveis eléctricos e o Governo já aprovou, na generalidade, um decreto sobre o regime de mobilidade eléctrica, que prevê um conjunto de incentivos fiscais e financeiros até 2012 para particulares e empresas que adquiram estes automóveis.
(08.12.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Dívida Pública aumenta 28 mil milhões e chega a 113%

 

Pela primeira vez, este ano a dívida do Estado e das empresas públicas à banca e em títulos ultrapassa a riqueza produzida no País. Factura com juros vai subir nos próximos meses

A dívida do Estado, incluindo as empresas públicas, deverá este ano atingir 113,3% do produto interno bruto (PIB), contra 93% do PIB em 2008. Os empréstimos públicos contraídos à economia - no montante de 182,6 mil milhões de euros - através de créditos bancários e em títulos como as obrigações do Tesouro, aumentaram 28 mil milhões de euros, em relação a 2008, uma verba que daria para construir cinco aeroportos como o de Alcochete.

A dívida directa do Estado - contraída junto de investidores portugueses e estrangeiros, para financiar sucessivos défices orçamentais que serviram para pagar despesas com a Saúde, Educação, Defesa, investimentos e salários públicos, pensões - deverá orçar em 132,5 mil milhões de euros, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério das Finanças.

Só a dívida do Estado, sem contabilizar as empresas públicas, no final deste ano deverá representar 81,2% do PIB e, em 2010, deverá alcançar os 90% da produção, atingindo os 100% em 2013, tal como sublinhou o Fundo Monetário Internacional esta semana. Mas, para este ano, isto significa mais despesa para além do estimado em Setembro passado, pelo Instituto Nacional de Estatística, quando se calculava um endividamento de 74,5% do produto. Contas feitas, após sucessivas alterações orçamentais, o Estado endivida-se este ano em 15 mil milhões de euros.

A somar à dívida do Estado, estão os passivos das empresas públicas, a maioria titulados em empréstimos bancários e em emissões de títulos, como as obri- gações. Para não aumentar o défice orçamental, a maioria destas EP são "empurradas" a endividarem-se, assumindo custos financeiros crescentes. No final de Setembro, a dívida conjunta das cerca de 80 empresas publicas atingia os 50 mil milhões de euros, 31% do PIB, de acordo com dados ontem divulgados.

Metade desta dívida está concentrada nas Estradas de Portugal, Refer e CP. Em apenas um ano, estas empresas aumentaram o passivo em 1,8 mil milhões de euros, 1,1% da riqueza do país. O Metro de Lisboa e o Metro do Porto, no conjunto, contraíram dívidas de 6,4 mil milhões de euros e, em apenas um ano pediram à banca mais 700 milhões de euros. Tal como a Refer e a CP, estas empresas estão tecnicamente falidas, com os passivos a superarem já os activos.

E as responsabilidades futuras do Estado não param por aqui. Nas parcerias público-privadas (PPP), os compromissos assumidos para os próximos três anos (até 2012) implicam já uma despesa de quatro mil milhões de euros.
(04.12.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Leoni de Viana do Castelo fecha daqui a um ano e deixa 599 desempregados

 

A Leoni de Viana despediu em meados do ano 120 trabalhadores.
A fábrica de cablagens para o sector automóvel Leoni, de Viana do Castelo, vai encerrar em Dezembro do próximo ano, colocando 599 trabalhadores no desemprego, disse hoje à Lusa José Simões, do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA).

José Simões disse que a informação foi dada hoje pela administração da fábrica numa reunião com as organizações sindicais que representam os trabalhadores da fábrica.

De acordo com o dirigente do SIMA, o primeiro lote de trabalhadores, no total de 210, vai sair em Março do próximo ano.

“Entre Junho e Julho de 2010 saem 254 trabalhadores directos (ligados à produção) e 79 indirectos (que fazem a ligação com a produção)”, adiantou José Simões.

Em finais de Outubro saem mais 45 trabalhadores, segundo Miguel Moreira, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Norte e Centro (STIENC).

A fábrica de Viana do Castelo do grupo alemão Leoni deverá encerrar em Dezembro do próximo ano, altura em que estarão a trabalhar apenas 11 trabalhadores.

De acordo com o coordenador do STIENC, a empresa justificou o encerramento com a falta de encomendas e o custo da mão-de-obra.

A Leoni Viana, que produz essencialmente cablagens para a indústria automóvel de veículos ligeiros, efectuou, em meados deste ano, um despedimento colectivo, abrangendo 120 trabalhadores, justificado com a “redução dramática” de encomendas da indústria automóvel.

Antes disso, tinha ajustado a semana de trabalho de cinco para quatro dias, uma medida que seria para vigorar entre Fevereiro e Julho, mas acabou por ser suspensa antes da data prevista.(04.12.09
/Fonte : Público)

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FMI: Portugal vai ter de aumentar impostos. Não há alternativa

 

Depois do Banco de Portugal, ontem foi a vez do FMI: o governo deverá acabar com algumas deduções fiscais e estudar uma subida do IVA. (O governo de José Sócrates mantém que não aumenta impostos até 2013)

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que a redução do défice orçamental português para 3% do PIB até 2013 é de tal forma prioritária e difícil que implicará subidas nos impostos, aponta um documento publicado ontem pela instituição. Este é a segunda recomendação pública de que um aumento na carga fiscal será inevitável, depois do aviso feito há dez dias pelo governador do Banco de Portugal.

"A necessidade de consolidação é suficientemente grande para que se deva considerar também a melhoria da receita", aponta o documento ontem publicado, que precede o relatório anual sobre a economia portuguesa (o chamado artigo IV). A equipa do FMI que segue Portugal esteve no país entre 16 e 21 de Novembro e reuniu com o Ministério das Finanças e o Banco de Portugal.

Para aumentar a receita - uma vez que os cortes da despesa serão insuficientes para corrigir as finanças nacionais -, o FMI sugere que o governo se foque primeiro na redução das deduções fiscais, sem especificar em que impostos. No ano passado, as deduções fiscais custaram um total de 1,28 mil milhões de euros aos cofres públicos, com as receitas do IRC, do IRS e do imposto sobre os combustíveis (ISP) a serem as mais penalizadas. O FMI avança ainda outra medida: subir o imposto que mais rende ao Estado, o IVA. "Subir a taxa de IVA, mesmo que seja indesejável em termos gerais, deveria ser uma opção se as outras medidas ficarem aquém", propõe.

As recomendações do Fundo - assim como as do governador Vítor Constâncio (ver cronologia ao lado) - vão ao encontro da história das finanças públicas portuguesas nos últimos 25 anos: sempre que o défice orçamental e a despesa pública aumentaram, a carga fiscal subiu para compensar. Em 2009, o défice "não vai ficar abaixo de 8%" (o mais alto em 24 anos), indicou ontem o ministro das Finanças, no debate parlamentar sobre o Orçamento rectificativo. Contudo, Teixeira dos Santos continua a afirmar que, quando os riscos que pendem sobre a economia desaparecerem e Portugal voltar a um crescimento sustentado, "regressaremos ao caminho da consolidação orçamental". "Essa consolidação exigirá um grande controlo e disciplina do lado da despesa - recusamos a via do aumento de impostos", garantiu.

Para o FMI (tal como para o Banco de Portugal) o problema, contudo, está precisamente neste desejado regresso ao "crescimento sustentado" referido pelo governo. Depois da contracção próxima de 3% este ano, a economia deverá crescer apenas 0,5% em 2010, "e a perspectiva é pouco melhor no longo prazo", aponta o Fundo. Por isso, sem medidas adicionais, o défice poderá aumentar no próximo ano e chegar a 2013 (o prazo dado pela Comissão Europeia) entre 5% e 6% do PIB - valores acima do limite de 3% e que, mesmo assim, implicariam um apertar do cinto, aponta o FMI.

O Fundo sugere que o esforço de consolidação seja menor em 2010, devido à fragilidade da retoma da economia - mas mesmo assim aponta que "o défice não deveria aumentar" no próximo ano, o que implicaria já "um aperto de pelo menos 0,5 pontos do PIB" no desequilíbrio. Para tal, sublinha o FMI, serão sobretudo precisas medidas do lado da despesa .

Com desemprego já acima de 10% e com tendência a subir até 2011, o FMI explica por que considera que reduzir o défice - mesmo à custa de mais impostos - é uma prioridade. "Se bem feita [a consolidação], ajudaria a reduzir as vulnerabilidades da economia, a melhorar a confiança e a um impulso no potencial de crescimento no longo prazo". O resto terá de ser feito por reformas estruturais - na justiça, na educação, na concorrência e regulação - que precisam de duas condições, explica o Fundo: "Uma base de apoio ampla e uma liderança determinada ao longo de muitos anos".
(03.12.09/Fonte : I-Online)

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Autarquias são as vítimas que se seguem na crise fiscal

 

A débil saúde financeira das autarquias ameaça sofrer um novo abalo a partir do próximo ano, altura em que as transferências que recebem do Orçamento do Estado (OE) deixam de estar protegidas por cláusulas de salvaguarda que põem os municípios mais pequenos a salvo das flutuações das receitas fiscais.

 

O fim desta protecção terá um impacto especialmente grande em 2011, já que as câmaras vão receber o dinheiro com base nos impostos recolhidos este ano, que deverão cair cerca 13%.(02.12.09/Fonte : Jornal de Negócios)

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Taxa de desemprego supera os 10% em Portugal

 

A taxa de desemprego em Portugal superou a fasquia dos 10%. De acordo com os dados do Eurostat, referentes a Outubro, a taxa escalou para os 10,2%, sendo que a revisão efectuada revela que já em Setembro tinha superado os dois dígitos. (01.12.09/Fonte : Jornal de Negócios)

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