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11/09

Fecho da Lear de Palmela deixa 200 sem emprego

 

A Lear de Palmela, fabricante de capas para bancos de automóveis, vai encerrar em 2010 e despedir 200 trabalhadores, anunciou o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul.

De acordo com um comunicado divulgado no site da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgica, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas (Fequimetal), a administração da Lear Corporation anunciou a decisão aos trabalhadores na sexta-feira, prevendo-se o encerramento total da produção para o início do próximo ano.

A Volkswagen, Citröen e Peugeot são os principais clientes desta fábrica que tinha despedido 39 trabalhadores em Março e que sofreu "instabilidade na produção" devido à saída do trabalho de montagem de bancos para a Autoeuropa.

O Sindicato salienta que nada fazia prever este desfecho já que a administração informou, no início do Verão, que os problemas "estavam ultrapassados com a entrada de três novos projectos".

O mesmo documento adianta que foi solicitada uma reunião ao ministro da Economia e que está marcado um plenário dos trabalhadores para quarta-feira.

Contactada pela Agência Lusa, fonte da Lear Corporartion remeteu qualquer comentário para quarta-feira porque a fábrica se encontra encerrada hoje, segunda-feira, devido à "ponte" que antecede o feriado.
(30.11.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Produção industrial baixa 5% em Outubro

 

A produção industrial em Portugal baixou 5,0% em Outubro face ao período homólogo de 2008, após um recuo de 6,1% no mês anterior, segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).


Apenas o agrupamento energia registou progressão, com a produção neste segmento a aumentar 9,2% em Outubro.

Nos bens intermediários a produção recuou 7,7%, enquanto nos bens de investimento a diminuição foi de 17,2%.

Face a Setembro a produção industrial caiu 1,3%, após um recuo de 2,4% no mês anterior.

A variação média dos últimos 12 meses, também calculada pelo INE, mostra uma quebra da produção industrial de 8,7%, com todos os agrupamentos em queda, excepto o da energia, que subiu 3,8%.(30.11.09
/Fonte : OJE)

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Quebra das vendas a retalho abranda em Outubro

 

No mês passado, o volume de negócios do comércio a retalho registou uma quebra de 0,6% face ao mesmo mês de 2008, metade da redução verificada em Setembro.

Se forem excluídos das contas os valores do comércio de combustíveis, as vendas do comércio a retalho português aumentaram 0,4% em Outubro, contra a quebra de 0,9% observada em Setembro, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A mesma fonte adianta que o emprego, o índice de horas trabalhadas corrigido dos efeitos de calendário e as remunerações apresentaram taxas de variação homóloga de -2,2%, -3,4% e 2,6%, respectivamente. Consulte aqui os dados do INE.
(27.11.09/Fonte : Diário Económico)

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Reforma vai ser metade do salário

 

Estudo: Pensão das gerações mais novas será de apenas 50% do salário. Os portugueses vão perder metade do salário no momento da reforma, segundo um estudo ontem revelado sobre pensões.

Segundo a Optimize, as gerações mais novas são as mais prejudicadas e dá o exemplo: "Para quem tem actualmente 30 anos e aufira de um salário ilíquido de 2000 euros, após 40 anos de contribuições e quando se reformar aos 65 anos, receberá apenas 41,2% do último salário se tiver um aumento salarial anual três por cento acima da inflação", isto porque quanto mais elevado for o salário, menor será a taxa de substituição, ou seja, menor o valor da pensão pago.

Na maioria dos casos, segundo a gestora independente, os portugueses vão perder entre 25% a 50%" do seu vencimento quando se reformarem. Isto significa que para manterem o seu nível de vida, cada português terá de poupar mais de um terço do salário para garantir apenas 80% do rendimento no momento da reforma. O valor médio das pensões pago pela Segurança Social está actualmente perto dos 75% do valor do último salário ilíquido.

A solução, segundo a Optimize, é a aplicação de poupança para a reforma em produtos financeiros, com destaque para os fundos PPR, o que exige que os portugueses vençam "a sua aversão ao risco" e procurem "soluções que lhes permitam reforçar a rentabilidade potencial dos seus investimentos".
(26.11.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Pinhais vão deixar indústria sem madeira nos próximos anos

 

Incêndios, pragas e falta de gestão.
Se nada for feito, restam três hipóteses aos industriais: fechar fábricas, importar madeira ou emigrar. O cenário é traçado por Fernando Rolin, da Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP). A razão? O pinhal nacional não irá conseguir abastecer a indústria num futuro muito próximo. Para tentar resolver alguns dos estrangulamentos, o Governo vai rever o plano de investimentos para o sector.

A única espécie que está em franco declínio no país é o pinheiro-bravo. Já se sabia desde o último Inventário Florestal Nacional (2006) e já se adivinhava face ao que se tem vindo a passar no terreno. Se não são os incêndios, que nos últimos anos têm sido particularmente vorazes em zonas de pinhal, é o nemátodo do pinheiro, que no ano passado invadiu a Região Centro, onde o seu combate é muito mais difícil. E todos estes problemas derivam de um maior: a ausência de gestão.

Agora, um estudo feito pela AIMMP e pela Sociedade Portuguesa de Inovação, com o patrocínio do Ministério da Agricultura e divulgado ontem num encontro na Curia, vem quantificar o drama: as necessidades de toda a indústria ligada ao pinho (serrações, painéis, carpintaria e mobiliário) para os próximos 20 anos vão aumentar 50 por cento, para 8,39 milhões de toneladas. Hoje, a floresta consegue oferecer 4,8 milhões de toneladas.

Nem será preciso esperar 20 anos para que o desequilíbrio seja tão evidente. Bastarão os próximos cinco. Ou mesmo nenhum, pois, conforme se verifi ca no estudo, Portugal tem vindo cada vez a importar mais madeira de pinho, com a contrapartida que deixou de exportar, dado o embargo à madeira em rolaria em vigor desde meados de 2008 devido, mais uma vez, ao nemátodo. Até porque entraram no mercado dois novos actores, grandes consumidores de madeira: as centrais de biomassa e a produção de pellets (tipo de combustível, geralmente produzido a partir de serrim e estilha compactados).

O estudo, que incidiu muito sobre as serrações, embora acabe por dar um panorama sobre todo o sector, lembra que em causa estão 250 empresas e 4500 postos de trabalho só neste subsector. Acrescem todos os outros ligados à fileira, e que vão da indústria dos painéis ao mobiliário.

Os autores, em conversas com quem está no terreno, chegam a outra conclusão: com o recuo do pinheiro bravo, irão abrir-se alas a outra espécie – o eucalipto. Com a evolução do nemátodo, que obriga ao corte de centenas de árvores doentes, será a biomassa que ganhará. Soluções: mais gestão florestal, maior investimento no pinheiro-bravo, tanto em plantações como em melhorias genéticas, e competitividade.(26.11.09
/Fonte : Público)

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Há 20 mil rendas em atraso

 

Proprietários dizem que há 20 mil rendas em atraso.

Vinte mil rendas em atraso por ano, num valor que ronda os 36 milhões de euros. As contas são da Associação Nacional de Proprietários (ANP) e resultam de um levantamento efectuado junto dos associados durante o passado mês de Outubro.

 

Vinte mil rendas em atraso por ano, num valor que ronda os 36 milhões de euros. As contas são da Associação Nacional de Proprietários (ANP) e resultam de um levantamento efectuado junto dos associados durante o passado mês de Outubro.

"São inquilinos que não pagam, mas que também não saem das casas, provocando enormes prejuízos aos proprietários", sublinha António Frias Marques, presidente da ANP. "As rendas faltosas são maioritariamente acima dos 400 euros mensais (cerca de 86%), enquanto que dos contratos superiores a 500 euros, nos últimos três anos 29% não foram cumpridos", acrescenta o responsável.

Justificação? A crise, mas não só. "Se muitos não pagam porque não podem, outros não pagam porque já sabem que as instâncias judiciais não são céleres na resposta e são verdadeiros profissionais do viver à borla." A Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), por seu turno, confirma que as fraudes são muitas e significativas e os valores envolvidos elevados.
(25.11.09/Fonte : Jornal de Negócios)

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Zmar: o primeiro parque de campismo ecológico português

 

Localizado no Parque Nacional do Sudoeste Alentejano, na Zambujeira do Mar, o Zmar - Eco Camping Resort & Spa orgulha-se de ser o primeiro parque de campismo ecológico do país.


Projectado com base numa filosofia totalmente ecológica, o Zmar apresenta a madeira como material de eleição, "porque permite conforto térmico, isolamento acústico, poupança energética, maior durabilidade e reduzido custo de conservação e reciclagem da matéria-prima".

Mas esta não é a única característica verde do Zmar. Este Eco Camping Resort utiliza o plástico reciclado no mobiliário exterior, os edifícios são orientados tendo em consideração a luz solar, as sombras e a procura de minimização da uso do ar condicionado e fontes de energia renováveis como os painéis solares fotovoltaicos e energia térmica.

Idealizado por Francisco de Mello Breyner e desenhado por Aida Correia, o Zmar ganhou este ano o Prémio de Construção Sustentável atribuído pelo Salão Imobiliário de Lisboa e participou no Planet Earth, evento que encerrou o Ano Internacional do Planeta Terra, que decorreu no passado fim-de-semana no Oceanário de Lisboa.(25.11.09
/Fonte : OJE)

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MAN instala-se em Setúbal

 

A empresa alemã MAN Diesel, líder mundial no fornecimento de motores diesel para a marinha, inaugurou ontem novas instalações em Setúbal que representam um investimento de dois milhões de euros e a criação de 20 novos postos de trabalho.

A MAN Diesel optou pela instalação no Parque Industrial Sapec Bay, em Praias do Sado, para garantir melhor assistência ao elevado número de embarcações com motores MAN Diesel que cruzam águas portuguesas.

"Decidimos vir para Setúbal porque já tínhamos aqui um superintendente dinamarquês residente na área, que actuava frequentemente nos estaleiros da Lisnave, um dos principais estaleiros em termos de reparação naval, onde os navios vêm para as grandes reparações", explicou António Penaforte, responsável pela área de vendas da empresa.

TRABALHADORES: 7800
A empresa alemã tem 7800 colaboradores espalhados pelo Mundo e um volume de vendas de 2,5 mil milhões de euros em 2008.
(25.11.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Queda do valor das encomendas à indústria agravou-se em Agosto

 

O valor das novas encomendas à indústria diminuiu 26,4 por cento homólogos em Agosto, o que é ligeiramente pior do que a queda de 26,2 por cento de Julho, segundo valores divulgados hoje pelo INE respeitantes a médias móveis de três meses do índice respectivo.

A variação em Agosto foi determinada pelo reforço do comportamento negativo do mercado externo, que teve uma queda homóloga de 31 por cento em Agosto (-29,1 em Julho). A queda do valor das encomendas do mercado nacional foi de “apenas” 21,9 por cento em Agosto, face a 23,4 por cento em Julho.

A variação foi negativa em todos os grandes agrupamentos industriais considerados pelo INE. Os bens intermédios, com uma queda homóloga de -35,3 por cento (-32,6% em Julho) no valor das encomendas à indústria nacional, tiveram o maior peso na queda do índice em Agosto. Os bens de consumo diminuíram 12,5 por cento, e os de investimento 16,9 por cento.

A variação mensal do índice foi de -9,7 por cento em Agosto, quando tinha sido de 5,3 por cento em Julho e de -13,8 em Junho, também considerando médias móveis de três meses.
(24.11.09/Fonte : Público)

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Carro eléctrico da Renault rola primeiros quilómetros em Portugal

 

Comercialização começa dentro de 18 meses. A Renault prepara uma versão eléctrica do Kangoo.


O primeiro carro eléctrico que a Renault vai pôr à venda no mercado vai rolar os primeiros quilómetros em Portugal na quarta-feira. Trata-se de uma versão eléctrica do Kangoo, que a marca quer vender ao mesmo preço que a versão diesel.

Ao Kangoo eléctrico, seguir-se-á o Fluance (que, tal como o Kangoo, parte de uma base já existente com motor térmico) e mais tarde o Twizy e o Zoe, estes dois desenhados e pensados exclusivamente para o mercado eléctrico.

“A Renault vai comercializar o seu primeiro carro eléctrico dentro de 18 meses. O sentido em que hoje trabalhamos é o de que venderemos o automóvel e a bateria será alugada, num serviço prestado pela Renault”, disse à Lusa o director de comunicação da Renault Portugal, Ricardo Oliveira.

Apesar de a bateria ser a componente tecnologicamente mais desenvolvida num carro eléctrico – e consequentemente a mais cara –, a Renault planeia vender o Kangoo eléctrico ao mesmo preço da versão com motor de combustão a diesel.

“Para os carros que tenham uma equivalência no motor térmico, e estamos a falar por exemplo no Kangoo, venderemos o carro a um preço equivalente ao carro a diesel. Mesmo sem a bateria”, disse a mesma fonte.

“Há aqui um efeito de economia de escala”, explicou Ricardo Oliveira. “Anualmente vendem-se 60 milhões de carros de motor térmico. Nós sabemos que o carro eléctrico não vai ter esse volume, nem pouco mais ou menos. Portanto, apesar de o carro ser em teoria mais barato na produção, há um efeito de volume que também vai pesar no preço inicial”, completou.

A Renault conta com outro factor: a diferença de custo da utilização do eléctrico face ao carro de motor térmico [de combustão interna]. “Meter o ‘combustível’ – neste caso a electricidade – torna o custo de utilização do carro eléctrico cerca de 30 por cento inferior ao de um carro a motor diesel”, disse Ricardo Oliveira.

Os obstáculos iniciais que o carro eléctrico tem que vencer são muitos: pouca autonomia (abaixo dos 200 quilómetros), indefinição quanto aos pontos de carregamento e o preço inicial do carro são as principais críticas apontadas.

A Renault propõe três soluções para o carregamento: “o normal, que se faz em qualquer lugar onde haja uma ficha eléctrica (demora oito horas), o carregamento rápido, que implica uma infra-estrutura onde se carrega o carro em 20 minutos – com corrente trifásica e 32 amperes – e a troca de baterias numa estação de serviço, em que um robot tira a bateria e mete outra carregada, em menos de três minutos”, enumerou Ricardo Oliveira.

A Renault, acrescentou Ricardo Oliveira, está optimista quanto à penetração do carro eléctrico em Portugal, país onde identificou uma “série de vantagens”.

“É um país pequeno, em que a maioria das deslocações não implica muita quilometragem. Depois, o país tem um fornecedor de energia preferencial [a EDP] que vai ajudar no desenvolvimento da infra-estrutura [de carregamento]. O terceiro é a apetência que os portugueses têm pelas novas tecnologias”, sublinhou.
(23.11.09/Fonte : Público)

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'Buraco' nos impostos é de 1,6 mil milhões

 

O défice das contas do Estado nos primeiros nove meses do ano dava já para pagar dois aeroportos como Alcochete. Crise económica "roubou" aos cofres fiscais mais de 4,3 mil milhões de euros. Aumento do desemprego obrigou o Estado a gastar mais 378,2 milhões em apoios sociais.

Os gastos do Estado com a Educação, Saúde, investimentos e apoios à economia, salários da função pública e Segurança Social superaram as receitas fiscais em 11,7 mil milhões de euros entre Janeiro e final de Outubro. Resultado: o défice mais que duplicou (2,4 vezes mais) em relação a igual período do ano passado e dava para pagar dois aeroportos de Alcochete.

O que explica a hecatombe das contas do Estado? Com a crise, o fisco cobrou menos 4,3 mil milhões de euros em impostos. A maior parte destas perdas era esperada e foi isso que levou Teixeira dos Santos, o ministro das Finanças, a subir a previsão do défice orçamental de 3,9% do PIB para os 5,9%, em Maio.

Mas, de acordo com os cifrões, o ministro deveria ser mais cauteloso. É que, ainda assim, faltam 1,64 mil milhões de euros em impostos, dos quais 890 milhões de euros em IVA. Esta é uma das razões que explicam o anúncio do novo agravamento do défice para os 8% do PIB (ver caixa).

A dois meses de fechar as contas orçamentais, Teixeira dos Santos reafirmou que os gastos estão sob controlo. Seja como for, as despesas subiram 5,8%, entre Janeiro e Outubro e poderão aumentar ainda mais até ao fim do ano.

É que uma quarta parte do aumento da despesa é explicada pelo combate à crise, no âmbito da Iniciativa para o Investimento e o Emprego (IEE). Neste capítulo, o Governo já gastou 536,7 milhões de euros - 46% do programado -, dos quais 190 milhões de euros no apoio a PME e exportações. Outros 184 milhões de euros foram gastos com a modernização das escolas. Até ao fim do ano terá de gastar mais 630 milhões de euros, se quiser cumprir com o plano IEE para reanimar a economia.

O défice orçamental em contabilidade pública - Administração Central, mais Segurança Social, as contas com as câmaras, regiões autónomas e serviços do Estado - ultrapassa os 10,2 mil milhões de euros. Este montante já excedia em 600 milhões de euros o previsto em Maio, para todo o ano, incluindo compromissos de despesa (contabilidade nacional).

Na Segurança Social, o Governo ainda consegue apurar um "lucro" de 999 milhões de euros, apesar da pressão do desemprego e da necessidade de mais apoios sociais. Significa uma quebra de 904 milhões de euros em relação a 2008, explicado, também, por uma forte desaceleração na receita com as contribuições. Estas subiram apenas 0,3%, número que chegou a 4,8% graças à transferência do Estado de cerca de 600 milhões de euros.

Eis a lista de despesas sociais que estão a pressionar as contas da Segurança Social: com o subsídio do desemprego, o Estado gastou mais 378,2 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano. Foi um aumento de 30%, mas o desemprego obrigou a mais dispêndios. As facturas com subsídios à formação profissional - que serve para combater o desemprego - registaram um acréscimo de 238 milhões de euros, mais 47%, em comparação com o ano passado.

Em ano de eleições, as autarquias ameaçam contribuir também para a deterioração orçamental. O Governo esperava fechar as contas das autarquias com um saldo positivo de 41,6 milhões de euros; mas nos nove primeiros meses do ano regista-se já um défice de 334,7 milhões de euros, "o que representa", dizem as Finanças, "uma deterioração de 430,9 milhões de euros". Aqui, pode estar, também, uma parte da explicação para o aumento do défice até aos 8% do PIB.
(21.11.09/Fonte : Diário de Notícias)

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OCDE mais optimista para Portugal prevê crescimento de 0,8% em 2010

 

A OCDE reviu hoje em alta o crescimento da economia portuguesa, apontando para uma recessão de menor dimensão em 2009 (-2,8%) e um crescimento mais acentuado no próximo ano, com o PIB a crescer 0,8% em 2010.

 

A OCDE reviu hoje em alta o crescimento da economia portuguesa, apontando para uma recessão de menor dimensão em 2009 (-2,8%) e um crescimento mais acentuado no próximo ano, com o PIB a crescer 0,8% em 2010 e 1,5% em 2011.

No “outlook” hoje divulgado a OCDE duplicou a previsão de crescimento para as 30 economias que integram a organização, tendo também melhorado a previsão para Portugal.

As novas estimativas apontam para que o PIB vá registar uma contracção de 2,8% este ano, para recuperar 0,8% em 2010 e um crescimento de 1,5% no ano seguinte.

De acordo com a OCDE, a economia portuguesa será impulsionada pelo consumo privado, que irá crescer 0,6% em 2010 e 0,9% em 2011, e ainda pelas exportações, que deverão registar uma expansão de 1,7% no próximo ano e de 3,2% em 2011.

Para o desemprego as expectativas não são tão animadoras, já que a OCDE antecipa uma taxa de 9,2% este ano e 10,1% em 2010, seguido de um abrandamento para 9,9% em 2011.

Quanto ao défice orçamental, a OCDE projecta um valor de 6,7% este ano, uma subida para 7,6% em 2010 e novo agravamento para 7,8% no ano seguinte.

Já a inflação deverá ser negativa em 0,9% este ano e regressar a valores positivos nos anos seguintes: 0,7% em 2010 e 1% em 2011.
(19.11.09/Fonte : OJE)

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Rota Porto-Faro dinamiza escapadinhas de Outono

 

Ryanair tem registado taxas de ocupação de 80% nos voos domésticos portugueses, o que significa que cerca de 1200 pessoas têm viajado, por semana, entre o Norte e o Sul do país.


Em três semanas de operação, a rota Porto-Faro, inaugurada pela Ryanair a 26 de Outubro, já demonstra ser um êxito. 80% de ocupação nos quatro voos semanais representam já 3600 passageiros transportados a uma tarifa média de 32 euros.

A base de amostragem é aleatória, de acordo com Daniel Carvalho, do departamento de comunicação da companhia de aviação irlandesa Ryanair, e foi feita a pedido do JN: "Abrimos 20 reservas em dez voos diferentes, porque não costumamos recolher estatísticas por períodos tão restritos como aquele em que esta rota opera". E os dados, ainda que "não representativos", demonstram desde logo um cenário de êxito.

Assim, a maioria dos viajantes são portugueses, viajam em grupos de dois a quatro passageiros e ficam, em média, três dias no destino (seja Porto, seja Faro). Tal parece indicar, como a nossa reportagem (ver caixas) confirmou, ontem, no aeroporto Francisco Sá Carneiro, que há quem esteja a aproveitar os preços baixos - a tarifa média em todas as rotas é, este ano, de apenas 32 euros - dos voos para vir conhecer o Norte ou, no sentido inverso, procurar os dias de Outono mais ameno do Algarve.

Mas, também há estrangeiros a viajar nesta rota doméstica. "Não sabemos se são residentes do Algarve, mas há voos de Faro para o Porto feitos por ingleses e irlandeses. O maior grupo de estrangeiros é composto por espanhóis", revelou Daniel Carvalho.

A expectativa de que o Norte aproveite os voos da Ryanair para promover "escapadinhas" na região poderá ser, afinal, legítima. Não só entre os estrangeiros que se encontram, tradicionalmente, de férias no Algarve, como também entre os próprios portugueses que, vivendo no Sul, possivelmente mal conhecem os encantos do Norte.

A Entidade Regional de Turismo do Algarve apercebeu-se, rapidamente, do potencial desta ligação aérea e, a par do investimento que, em tempo de crise, mas com carácter duradouro, obrigatoriamente foi feito no mercado interno, já está a promover, esta semana, um roadshow do Algarve junto dos profissionais do turismo do Norte e Centro do país, de forma a captar mais turistas.

Potenciar ligação aérea e conquistar mercado interno

A Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA) inicia, hoje, o "Roadshow Sensação Algarve", uma iniciativa de divulgação da região junto dos agentes do sector no Porto, em Aveiro, em Viseu e em Guimarães.

"Este é um testemunho do nosso interesse em fazer crescer o mercado interno, por isso vamos ao Norte e ao Centro, também para potenciar aquilo que a ligação aérea Porto-Faro pode trazer ao turismo do Algarve", disse, ao JN, o presidente da ERTA, Nuno Aires.

O investimento nesta acção de charme, que também servirá para dar a conhecer os novos hotéis da região, ronda os cem mil euros.

A equipa estará, hoje, no Sheraton Porto Hotel & Spa, no Porto; amanhã, no Melia Ria Hotel & Spa, em Aveiro; depois de amanhã, no Montebelo Hotel & Spa, em Viseu; e, na quinta-feira, no Hotel de Guimarães, em Guimarães.

Em cada cidade, workshops reservados aos profissionais colocarão os agentes de viagens em contacto com os hoteleiros e operadores turísticos algarvios, que assim farão a promoção e venda directa da sua oferta.
(16.11.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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'Ajudas' do IEFP chegaram a mais de 310 mil pessoas

 

Mais de metade (62,8%) dos abrangidos pelas medidas de emprego, formação e reabilitação estavam registados como desempregados.
 

O número de pessoas abrangidas por medidas de emprego, formação e reabilitação profissional subiu 34,8% em Setembro face a igual mês de 2008, para 310.127, divulgou o IEFP.

De acordo com os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional, esta evolução (mais 80.135 pessoas do que há um ano atrás) tem um "forte contributo da formação profissional", com mais 65 mil formandos (mais 43,7%) do que no mesmo período de 2008.

Os programas de emprego também registaram um crescimento significativo face à execução homóloga, com mais 15.046 abrangidos (mais 21,8%) em actividades que promovem o contacto com o mercado de trabalho, refere o IEFP na Síntese dos Programa e Medidas de Emprego e Formação Profissional de Setembro.

A tendência de crescimento verificou-se em todas as regiões (à excepção do Alentejo, que manteve os valores de 2008), com destaque para o Norte, onde o número de abrangidos pelas diferentes acções de emprego subiram 52,5% até Setembro, face ao mesmo período do ano passado.

Mais de metade (62,8%) dos abrangidos pelas medidas de emprego, formação e reabilitação estavam registados como desempregados, correspondendo maioritariamente a desempregados à procura de novo emprego.

As mulheres representam 57,3% dos abrangidos pelas medidas de emprego, formação e reabilitação profissional, enquanto os jovens com menos de 25 anos são 22,8% dos abrangidos.

O grupo etário dos 25 aos 34 anos é o mais significativo a nível global, com um total de 81.684 pessoas abrangidas (29,4%).

Relativamente às habilitações literárias, o IEFP destaca que 97.255 formandos não possuem a escolaridade obrigatória, correspondendo a 35% dos abrangidos.

De acordo com o IEFP, no final de Setembro, o grau de execução das medidas de Emprego e de Formação Profissional, no seu conjunto, rondava os 58,1%, enquanto a Reabilitação Profissional registava um grau de execução de 61,8%.(16.11.09
/Fonte : Diário Económico)

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Portugal é o terceiro país europeu que mais cresce

 

O primeiro-ministro, José Sócrates, dirige uma das economias mais dinâmicas da União Europeia.
A economia portuguesa registou o terceiro melhor desempenho da União Europeia no terceiro trimestre, ao crescer 0,9% contra a média europeia de 0,4%, revelou o Eurostat.

Com um crescimento trimestral maior do que Portugal encontram-se apenas a Lituânia (6,0%) e Eslováquia (1,6%). A Áustria registou um desempenho igual ao nosso país entre Julho e Setembro, ao crescer também 0,9% face ao segundo trimestre do ano.

Próxima do desempenho português esteve a República Checa, que cresceu 0,8% em relação ao trimestre anterior.
A mesma fonte precisa que ainda em recessão encontram-se as economias do Reino Unido, Espanha, Chipre, Estónia, Hungria e Roménia.

Crescimento do PIB no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior:
País Evolução (em %)
Lituânia +6,0%
Eslováquia +1,6%
Portugal +0,9%
Áustria +0,9%
República Checa +0,8%
Alemanha +0,7%
Itália +0,6%
Bélgica +0,5%
Holanda +0,4%
França +0,3%
Espanha -0,3%
Grécia -0,3%
Reino Unido -0,4%
Roménia -0,7%
Chipre -1,4%
Hungria -1,8%
Estónia -2,8%
Fonte: Eurostat
Nota: Inclui apenas os países da União Europeia para os quais estão disponíveis os dados do terceiro trimestre.
(13.11.09/Fonte : Diário Económico)

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Portugal já é o maior centro da norte-americana Cisco na Europa

 

Empresa injectou perto de 50 milhões de euros no país nos últimos três anos e vai continuar a investir. O governo português agradece.

 

É a terceira vez em dois anos e meio que a multinacional norte-americana Cisco escolhe Portugal para instalar um dos seus super-centros europeus. Depois de garantir os projectos Hércules e Liberty, a empresa responsável pela "canalização" da internet vai estabelecer o Inside Sales Supercenter no seu complexo em Oeiras.

São seis milhões de euros que se juntam aos mais de 40 milhões que a empresa injectou no país entre 2007 e 2009 com os outros dois centros. Ou seja, perto de 50 milhões de euros de investimento directo estrangeiro (IDE) em menos de três anos. E o Inside Sales Supercenter, que para já vai empregar 25 trabalhadores qualificados, nem sequer terá incentivos do Estado.

"Portugal está no mapa da Cisco e reúne todas as condições para chamar novos investimentos", afirmou ontem o vice-presidente da empresa para o Mediterrâneo, Jordi Botifoll, num discurso integralmente em português. Este centro irá transformar Portugal no principal ponto de operações de vendas e suporte da Cisco em toda a Europa, algo que o novo secretário de Estado da Economia e Inovação fez questão de frisar. Carlos Zorrinho realçou que "Lisboa é uma localização líder para estes serviços de valor acrescentado" e que está a ser criado um cluster de centros tecnológicos no país. "Queremos ser a plataforma europeia da Cisco para o mundo", afirmou Zorrinho, confiante no interesse de outras multinacionais em investimentos semelhantes no futuro.

O Inside Sales Supercenter será instalado em parceria com a multinacional alemã SellByTell, que também vai abrir escritório em Portugal - criando mais oportunidades de emprego à margem do centro, como frisou o director-geral da Cisco Portugal, Carlos Brazão. Todos os trabalhadores do centro serão contratados via SellByTell no âmbito desta parceria.

A empresa norte-americana tem ainda mais coelhos à espera de sair da cartola. Jordi Botifoll revelou ao i que a Cisco "está compradora" e anda à procura de pequenas empresas com tecnologias inovadoras. "Portugal está no nosso radar", indicou o responsável, explicando que os grandes centros de desenvolvimento tecnológico da Cisco em países como Israel e Itália surgiram a partir de aquisições.

Por outro lado, a empresa que fabrica os equipamentos de rede para ligação à internet quer entrar no consumo e Portugal é visto como um mercado prioritário. A marca continua a ser associada a um nicho muito específico de tecnologias e Bortifoll quer mudar isso "passo a passo" - aproveitando as aquisições mais recentes da casa-mãe, nomeadamente da Pure Digital, que fabrica as populares Flip Cameras. Estas câmaras digitais de fácil utilização e partilha poderão ser o cartão de entrada da Cisco no segmento do consumo. Dentro da empresa, as novidades são a "Show and Share" e a "Enterprise Collaboration Platform". Uma espécie de YouTube e Facebook para empresas, que permite partilhar vídeos e construir redes sociais para uso interno dos colaboradores.
(12.11.09/Fonte : IOlnine)

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Malparado nas empresas aumenta mais de 100%

 

Associações apontam como razão a crise mundial e a dificuldade de aumentar a facturação.

O crédito malparado nas empresas atingiu 4,751 mil milhões, em Setembro, o que significa um aumento de 100,97% face a igual mês do ano passado, uma subida que se verificou em todos os sectores de actividade.

Em paralelo com a situação do incumprimento, deu-se também um aumento dos empréstimos por parte das empresas (+6,97%). No entanto, a evolução do malparado destacou-se nos últimos dados do Banco de Portugal (BdP). O JN seleccionou dois sectores de actividade: imobiliária e serviços e o de alojamento e restauração. Em ambos os casos, os responsáveis pelas associações dessas actividades apontam a crise mundial como principal razão.

Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), aponta o dedo à dificuldade de financiamento para a compra de casa, que "acaba por levar muitos promotores, especialmente os que têm imóveis para a gama média/baixa, a entregarem as casas aos bancos por não as conseguir vender".

Pelas contas da APEMIP, são cerca de 100 mil imóveis nas periferias das cidades que estão para venda, "mas para as quais não há mercado, porque a banca só empresta 80% do valor e poucos têm os outros 20%".

Luís Lima defende que para travar o crescimento do crédito malparado no sector, "e a falência de muitos promotores, o Estado deveria encontrar uma forma de avalizar os restantes 20% que a Banca não cobra".

Já no sector da hotelaria e restauração, as contas são outras, referindo que o problema está a montante. "Para a hotelaria, a tendência é de quebra transversal, na ordem dos 15 a 20%, na restauração a queda é entre os 25 e 30%".

Perante estes números, José Manuel Esteves, presidente da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), diz que é fácil entender o malparado. Sublinha ainda que a situação "é pior para os grandes hotéis, que trabalham com empresas, áreas de congressos, convenções e operadores estrangeiros, que tentam dilatar os prazos de pagamento".

No que diz respeito aos restaurantes, a pior situação "é para os que trabalham para o Estado e também para empresas, cujas dificuldades se reflectem também nas cobranças", frisou .
(10.11.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Sapatos portugueses vivem período negro

 

Apesar de as exportações estarem em queda e das duas maiores empregadoras do país terem a sua sobrevivência em risco, o sector acredita no futuro.

As exportações de sapatos portugueses estão a cair. O INE divulgou ontem que o sector sofreu uma queda de 8,2% nas exportações, totalizando vendas para o exterior de 875,5 milhões de euros entre Janeiro e Agosto. Esta quebra vem interromper um ciclo de crescimento que se iniciou em 2005. E a somar a esta tendência de falta de procura, as duas maiores empregadoras do sector - a Rohde com 984 trabalhadores e a Aerosoles que responde por 650 postos de trabalho - estão em agonia.

A Rohde entrou com um processo de insolvência e ultima agora um plano de recuperação, que irá a votos no próximo dia 20 deste mês. Já a Aerosoles aguarda pelo apoio do Estado, enquanto os seus trabalhadores esperam pelo salário de Outubro. Mas o futuro dos sapatos ‘made in Portugal' não parece estar em causa.

Basílio Horta, presidente da AICEP, sublinha que o sector "está a evoluir do antigo conceito de indústria tradicional para um patamar diferenciado da indústria de tradição por excelência". E realça que "Portugal é no calçado de couro o 5º exportador europeu e o 6º exportador mundial".
(10.11.09/Fonte : Diário Económico)

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Dois meses sem salário

 

Trabalhadores da Califa desesperados.

Os cerca de 250 trabalhadores da empresa de vestuário Califa, em São João da Madeira, estiveram ontem em protesto por causa dos dois meses de salários em atraso. Os trabalhadores acusam a empresa de mentir e não acreditam num bom desfecho. "Já não sei o que fazer, já tive de recorrer à minha mãe para não passar fome", desabafou ao CM Arminda Correia, costureira na Califa há mais de 20 anos.

A trabalhadora da empresa de vestuário foi uma das dezenas que ontem se manifestaram à porta do Finibanco de São João da Madeira, a principal credora da empresa. Na companhia do marido, Manuel Cardoso, também funcionário na Califa, Arminda Correia desespera por uma solução: "Recebemos o salário mínimo e nem isso nos pagam. Tenho uma filha na Universidade e contas para pagar. Estou revoltada porque a fábrica tem encomendas."

SINDICATO ACUSA
Leonilde Capela, do Sindicato Têxtil, denuncia: "O patrão disse que o banco não disponibiliza o dinheiro, o que não é verdade."(10.11.09
/Fonte : Correio da Manhã)

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Portugal: Balança comercial melhorou no terceiro trimestre

 

Desagravamento em 1489,6 milhões de euros.

Foi o comércio para fora da UE que permitiu a melhoria homóloga no terceiro trimestre.


As exportações portuguesas tiveram uma fortíssima queda homóloga de 17,5 por cento no terceiro trimestre, mas que foi superada pela queda superior das importações, que no mesmo período foi de 20,4 por cento, revelou hoje o INE.

Estas variações permitiram um desagravamento da balança comercial em 1489,6 milhões de euros no mesmo período e uma subida da taxa de cobertura das importações pelas exportações para 63,7 por cento, quando um ano antes tinha sido de 61,4 por cento.

Esta evolução apresentou um perfil idêntico ao que tem dominado o comércio externo nacional desde o início do ano. No primeiro e segundo trimestre do ano, as importações também recuaram mais do que as exportações.

Esta dinâmica global foi no entanto conseguida à custa dos países de fora da UE, com uma queda de 21 por cento nas exportações e de 35,1 por cento nas importações, com a taxa de cobertura a passar de 61,1 por cento no terceiro trimestre de 2008 para 74,4 por cento no mesmo período deste ano.

No comércio com a UE, a tendência foi inversa, com as exportações a recuarem 16 por cento e as importações 14,5 por cento homólogos para o mesmo período.
(09.11.09/Fonte : Público)

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50% do azeite que Portugal consome vem de Espanha

 

Das cerca de 95 mil toneladas absorvidas pelo mercado nacional, 40 a 50 mil são importadas do país vizinho.
Quase metade do azeite consumido pelos portugueses vem de Espanha, garante o presidente da Federação Nacional do Azeite (Fenazeites), Aníbal Martins.

Portugal importa entre 40 mil a 50 mil toneladas/ano do país vizinho, para um consumo total da ordem das 95 mil toneladas. Contudo, diz o presidente da Fenazeites, "dentro de três, quatro anos, Portugal será auto-suficiente". Essa auto-suficiência justifica-se com o facto de os olivais recentemente plantados estarem "em plena produção daqui a quatro anos".

Espanha, que representa quase 95% do volume total das importações do sector, é o principal investidor no nosso país.

Portugal exportou 30704 mil toneladas de azeite em 2008, correspondentes a 92 milhões de euros, ou seja, 32,3% da produção nacional. O Brasil (30%) é o principal destino, seguido da Espanha, EUA, Coreia do Sul, Venezuela e Angola.(09.11.09
/Fonte : Diário de Notícias)

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Os últimos dias dos têxteis e lanifícios da Beira Alta

 

Última resistente na região, a Beiralã enfrenta um processo complexo, em que os trabalhadores são os últimos da fila de credores. Dificuldades começaram há sete anos, com o fecho da Gartêxtil

As indefinições no processo de insolvência da têxtil Beiralã, de Seia, prolongam a agonia da última grande empresa do sector dos lanifícios da Beira Alta, mas o toque de finados começou há quase sete anos, quando fechou a Gartêxtil. Os trabalhadores são os últimos da longa fila de credores de um sector que "foi explorado enquanto deu e que nunca investiu, nem na modernização, nem na requalificação dos trabalhadores".

Desde 2008, quando se concretizou oficialmente a insolvência da Gartêxtil (ver caixa), que o sector dos têxteis da Beira Alta, lanifícios, malha e confecção entrou numa lenta agonia. Os dias do fim chegam agora, com a mais que provável insolvência da Beiralã, a última grande resistente.

Dominado por "empresários que nunca investiram e que retiram o máximo que podem das empresas, o sector não está irremediavelmente condenado, mas precisa de apostar na modernização e qualificação dos trabalhadores", defende o presidente do Sindicato Têxtil da Beira Alta.

A crise "que vai ditando as falências começou na década de 1990 e foi propiciada por má gestão e falta de cabeça de muitos patrões, que apenas apostaram em salários baixos", afirma Carlos João. Se nos lanifícios a média de idades dos operários ronda os 50 anos, nas confecções e malhas "há muitos trabalhadores jovens que só precisam de que se aposte na sua qualificação", diz o sindicalista. Mas os números não enganam e desde os anos 90 que o encerramento das têxteis atirou para o desemprego milhares trabalhadores. O último exemplo vem da Beiralã, cuja assembleia de credores vai reunir no dia 26 para analisar o plano de insolvência traçado pelo administrador judicial.

O plano prevê a viabilização da fábrica, a criação de 150 postos de trabalho no prazo de um ano, a liquidação da totalidade da dívida à Segurança Social e o pagamento faseado das dívidas aos outros credores. Os trabalhadores deverão receber a totalidade dos salários em atraso, subsídios de Natal e de férias e respectivos proporcionais, pagos em 36 prestações mensais, assim como o pagamento de indemnizações até 8100 euros, através do Fundo de Garantia Salarial, acrescenta. O documento preconiza ainda a entrega da secção de fiação da Beiralã a outra empresa, mantendo-se as de tecelagem e de tinturaria. Os trabalhadores, "quase sempre os sacrificados", não abdicam do que quer que seja. "Quando trabalham não ultrapassam o salário mínimo e quando são despedidos vão para o fundo da lista", atira Carlos João.

A Beiralã fechou portas no final de Julho, quando o administrador judicial considerou não haver condições para pagar os vencimentos aos 90 trabalhadores que continuavam em funções. A fábrica está insolvente desde 1 de Abril, data em que foram despedidos os 120 trabalhadores.A Beiralã foi fundada em 1989 na cidade da Covilhã e em 1997 adquiriu o património da extinta Fisel, em Seia. Chegou a ter 210 trabalhadores.
(06.11.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Lista de devedores [ao fisco] passa barreira dos 20 mil nomes

 

Entre contribuintes com impostos em falta há 27 clubes de futebol e SAD e 2750 administradores de empresas. Pela primeira vez, a lista de devedores do fisco ultrapassou a barreira dos 20 mil nomes, sendo 63% de pessoas singulares.

Entre os 8096 colectivos, mais de 10% são do ramo da construção e contam-se ainda 27 clubes de futebol.

Mais 4600 contribuintes com dívidas fiscais passaram a constar, desde ontem, da lista de devedores - o maior número de sempre de uma vez só. Esta lista, que começou a ser divulgada em Julho de 2006, tem agora 22 mil nomes, sendo que a parte mais significativa se concentra nos escalões de dívida mais baixos. Mas têm também subido os contribuintes individuais e colectivos com, respectivamente, mais de um milhão e cinco milhões de euros em falta.

Com base na actualização agora efectuada pelas Finanças (a última tinha acontecido no final de Maio), a lista de devedores passou a integrar 8096 contribuintes colectivos e 14 255 (ou 63%) contribuintes singulares. Entre este segundo grupo, registou-se uma subida nas "entradas directas" para os escalões mais elevados de dívidas, porque uma nova operacionalidade do sistema informático da DGCI permite efectivar a responsabilidade financeira e patrimonial dos administradores e gerentes pelo pagamento das dívidas das respectivas empresas. Ao todo, já constam da lista cerca de 2750 administradores e gerentes de empresas, sendo que 1855 foram acrescentados ontem. Estes gerentes foram chamados a responder pelos impostos em falta das empresas, na ausência de património destas que garantisse aquele pagamento. Em causa estão situações de apropriação indevida do IRS retido aos trabalhadores e do IVA recebido de clientes. Ao todo, as Finanças contabilizam 126 contribuintes que devem mais de um milhão de euros, e mais de 600 com dívidas entre 250 mil e um milhão de euros.

Entre os sujeitos colectivos, há 14 com dívidas de valor superior a cinco milhões de euros, e 88 respondem por faltas de impostos de valor entre um milhão e cinco milhões de euros. Uma expressiva parte das empresas que integram esta lista (mais de 10%) é do sector da construção civil, mas contam-se também dezenas de casos na área do têxtil, rochas e informática.

Da lista constam ainda 27 clubes de futebol e Sociedades Anónimas Desportivas, com as SAD do Boavista e do Salgueiros a apresentarem dívidas acima de cinco milhões de euros. A SAD do Vitória de Setúbal (a alinhar na I Divisão) encontra-se no segundo escalão de dívidas mais elevado (mais de cinco milhões de euros).
(05.11.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Ponto final para 660 na Qimonda

 

A decisão foi tomada no passado dia 12, mas só ontem a Qimonda anunciou os números finais: 402 trabalhadores serão despedidos, 139 mantêm-se em lay-off, 239 a laborar. Contas feitas, a Qimonda termina hoje para cerca de 660 trabalhadores.

O processo de restruturação da Qimonda Portugal, recorde-se, arrancou no passado dia 12. Na altura a administração anunciava o despedimento colectivo de 590 trabalhadores. A laborar ficariam 230, a que se juntariam cerca de uma centena em lay-off para fazer face a eventuais necessidades imediatas no arranque da nova empresa.

Dias depois, eram só 490, depois 455 e agora 402, mas a verdade é que, ao contrário do que parece, o número não desceu, aumentaram foi as rescisões amigáveis.

Hoje, termina o lay-off de seis meses para 800. Apenas 139 renovarão, por mais seis meses, a suspensão contratual. Os restantes 660, ou por rescisão amigável, ou por despedimento colectivo, abandonarão a empresa.

Em comunicado, a administração continua a dizer que a redução de pessoal estava "prevista no Plano de Insolvência" aprovado por 95% dos credores e é "imprescindível" para a viabilização da empresa, já que seria "legalmente inviável e economicamente insustentável" manter todos os trabalhadores em lay-off até Novembro de 2010, altura em que a empresa estima precisar de 770 colaboradores.

"Ninguém está optimista: nem quem sai, nem quem fica em lay-off ou a trabalhar, que tem receio de estar apenas a prolongar o despedimento", frisou Bruno Maia, da Comissão de Trabalhadores, lamentando a falta de feed-back do Governo.

"Temos capital humano, terrenos, máquinas, pessoas dispostas a investir. O que é que falta? Não é falta de vontade política?", questiona, apelando ao Governo para que reúna as partes e, "de uma vez por todas", diga qual a estratégia que tem para a Qimonda.
(04.11.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Processo judicial contra Aerosoles, em Aveiro

 

600 com a vida em suspenso
Começou ontem no Tribunal de Aveiro o processo de insolvência da empresa de calçado Aerosoles, do grupo Investvar, de Ovar. Os cerca de 600 trabalhadores temem pelo seu futuro até porque ainda não receberam o salário de Outubro.

Em causa no processo está uma dívida de 500 mil euros à empresa italiana Ka&Ka relativa a um trabalho de design de calçado. “Primeiro foi a situação do salário de Outubro, agora este processo. São coisas que mexem connosco”, disse ao CM Carlos Salvador, funcionário há três anos na fábrica de Esmoriz.

“Sabemos que a administração está a tentar tudo para resolver a questão do vencimento de Outubro, mas precisamos de algo mais porque estamos em suspenso”, diz Carlos Salvador. O sindicato de Calçado de Aveiro e Coimbra diz esperar por uma solução.

DÍVIDA: 500 MIL €
Valor da dívida da Aerosoles à empresa italiana Ka&Ka relativamente a um trabalho de design de calçado. O julgamento continua sexta-feira.(04.11.09
/Fonte : Correio da Manhã)

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Bruxelas prevê desemprego de 9% em 2009 e 2010

 

A taxa de desemprego em Portugal deverá atingir os 9 por cento este ano e manter o mesmo valor em 2010, de acordo com as previsões económicas de Outono da Comissão Europeia, mais optimistas que as da Primavera.

Nas projecções anteriores, divulgadas a 04 de Maio, o executivo comunitário projectava uma taxa de desemprego de 9,1 por cento este ano e 9,8 por cento em 2010.

A taxa de desemprego prevista para Portugal fica também abaixo daquela prevista por Bruxelas tanto para a UE a 27 como para a Zona Euro, que, de acordo com as projecções hoje divulgadas, deverá ser, respectivamente, de 9,1 e 9,5 por cento este ano, subindo para os 10,7 e 10,3 por cento em 2010.

Nas Previsões de Outono hoje divulgadas em Bruxelas, a Comissão Europeia estima que as economias da Zona Euro e da União Europeia vão registar este ano recuos na ordem dos 4 por cento, mas conhecerão já um ligeiro crescimento (0,7 por cento) em 2010, no que classifica como "o caminho da retoma gradual". A Comissão adverte, no entanto, que as condições do mercado de trabalho deverão continuar fracas, com a taxa de desemprego a ultrapassar os 10 por cento na Europa durante o próximo ano.

Bruxelas diz que é provável uma estabilização gradual no emprego em finais de 2010 ou inícios de 2011, quando a retoma se solidificar.
(03.11.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Défice será de 8% em 2009

 

Embora as previsões para o PIB português tenham melhorado, as estimativas do défice foram revistas em alta.

 

A Comissão Europeia alertou hoje para o facto do défice orçamental português se ir “deteriorar”, atingindo os 8,0% do PIB este ano e continuando a subir até aos 8,7% em 2011.

Segundo as Previsões de Outono da Comissão Europeia, as finanças públicas portuguesas vão ser “afectadas significativamente” pela quebra do Produto Interno Bruto [PIB] nacional, que se vai contrair 2,9% em 2009, regressando a um crescimento 0,3% no ano que vem e voltando a expandir-se em 1,0% em 2011.

As previsões do défice da Comissão Europeia são substancialmente superiores às do Governo, que tem reiterado que o défice público português não vai superar os 5,9% do Produto Interno Bruto [PIB] em 2009. Nas Previsões da Primavera, o Executivo europeu esperava que Portugal registasse um défice de 6,7% este ano.

Já as estimativas de Bruxelas para a contracção da economia portuguesa são menos pessimistas do que os valores avançados em Abril, uma vez que inicialmente a Comissão Europeia esperava que o PIB português se contraísse 3,7% este ano.

Já quanto à taxa de desemprego, é esperado que esta se situe nos 9% em 2009, ficando inalterada no ano que vem, valores que foram revistos em baixa em relação aos números avançados pela Comissão Europeia em Abril, altura em que era esperado um desemprego de 9,1% em 2009, subindo para 9,8% em 2010.

Estes valores são inferiores à previsão média para a zona euro, que deverá registar uma taxa de desemprego de 9,5% em 2009 e de 10,3% em 2010.(03.11.09
/Fonte : Diário Económico)

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BPN mais perto de voltar aos privados ao cumprir um ano nas mãos do Estado

 

O Banco Português de Negócios (BPN) cumpre hoje o primeiro ano desde que o Governo anunciou o plano de nacionalizar a instituição, que encara agora uma nova etapa com os planos de reprivatização iminente.

"A privatização é uma das prioridades do Governo. Avançará a muito curto prazo", disse à agência Lusa fonte oficial do ministério das Finanças.

Faria de Oliveira, presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que gere o BPN desde a nacionalização, disse também na passada semana esperar que a venda do banco se concretize em breve.
 

"Tenho a expectativa que sejam definidas as regras, mas estou convencido que será em breve que o Governo anunciará os termos da reprivatização", adiantou o presidente da CGD, acrescentando que a Caixa "tem trabalhado no sentido de deixar o banco preparado para a reprivatização".

O Montepio Geral já manifestou o interesse numa eventual compra do BPN, sobretudo graças à rede de cerca de 200 balcões do banco nacionalizado que são complementares com as da associação mutualista, segundo Tomás Correia, presidente do Montepio.

O Montepio, no entanto, recusa ficar com a responsabilidade pelo "buraco" financeiro do BPN, que já recebeu perto de 3,5 mil milhões de euros em apoios de tesouraria da CGD.

O administrador delegado do BBVA Portugal, Alberto Charro, admitiu também na passada semana que a rede do BPN é uma oportunidade interessante para ganhar dimensão em Portugal, sendo no entanto necessário "conhecer a situação dos clientes".

A 2 de Novembro de 2008, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou que o Governo se tinha "visto obrigado" a levar ao Parlamento uma proposta de lei de nacionalização do BPN.

"O Governo tomou esta decisão tendo em vista assegurar aos depositantes que os seus depósitos estão perfeitamente seguros", declarou então Teixeira dos Santos.

No dia seguinte, os administradores da CGD entravam no banco, que tinha então um peso inferior a 2 por cento do activo do sistema financeiro, com um volume de depósitos próximo dos 4.500 milhões de euros.

A Caixa ficou desde então encarregue de gerir e apresentar um plano de desenvolvimento para o BPN.
A 11 de Novembro de 2008, o Presidente da República promulgou o diploma que nacionalizou o BPN, para assegurar, disse então Cavaco Silva, a "protecção dos depositantes e a estabilidade do sistema financeiro".
A Assembleia da República tinha a 5 de Novembro aprovado a nacionalização do banco, apenas com os votos a favor do Partido Socialista, num diploma legal que incluía um anexo que aprovou também o regime jurídico das nacionalizações.

O BPN "encontra-se muito perto de uma situação de ruptura de pagamentos", dizia a proposta de lei, que acrescentava que a situação era de "ruptura iminente de pagamentos por parte do banco, que porá em risco o interesse dos depositantes e a estabilidade do sistema financeiro e que impõe uma intervenção urgente por parte do Estado".
(02.11.09/Fonte : OJE)

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