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07/09

Crédito: Malparado atinge 7,55 mil milhões

 

Crédito: Famílias e empresas têm mais dificuldades.


A cada mês que passa torna-se mais difícil às famílias e às empresas pagarem os créditos contraídos. O montante total dos empréstimos de cobrança duvidosa atingiu os 7,55 mil milhões em Maio último, depois de ter duplicado entre as empresas e de ter atingido o valor mais elevado desde 1999 entre as famílias.

O crédito malparado dos agregados familiares subiu 856 milhões de euros num ano, fixando-se nos 4,10 mil milhões de euros em Maio último, de acordo com os dados do Boletim Estatístico ontem divulgado pelo Banco de Portugal. A cobrança duvidosa tem já um peso de 2,58 por cento no total de crédito concedido.

Sinal claro das dificuldades sentidas pelas famílias é o facto de o malparado ter atingido o valor mais alto de que há registo na habitação, fixando-se nos 1,76 mil milhões de euros. Já nos empréstimos ao consumo, o montante subiu para os 941 milhões de euros. Não parece uma quantia elevada relativamente à habitação, mas o peso do malparado no crédito ao consumo superou os 6 por cento pela primeira vez desde 1998.

Esta evolução no malparado, aliada ao actual contexto económico de aumento do desemprego e a uma maior restrição nas condições impostas pelas instituições financeiras, tem feito abrandar a concessão de empréstimos. O total do crédito concedido às famílias fixou-se em Maio nos 133,73 mil milhões de euros, o que representa uma taxa de variação anual de 1,9 por cento, um acentuado contraste com os níveis verificados entre 2005 e os primeiros meses de 2008, quando este indicador rondava os 10 por cento.

Entre as empresas a situação é igualmente difícil. Com as vendas e as exportações em declínio, o crédito de cobrança duvidosa duplicou no espaço de um ano, para ascender aos 4,10 mil milhões em Maio.

Pelo lado da poupança, a tendência de aumento dos últimos meses inverteu-se, e agora os depósitos das famílias caíram 894 milhões de euros entre os meses de Abril e Maio.
(22.07.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Défice [do Estado] aumenta 284% no primeiro semestre

 

O aumento dos apoios sociais através das medidas aprovadas pelo Governo e a redução da actividade económica explicam o aumento de 284 por cento no défice das contas públicas, considera a Direcção-geral do Orçamento.

Do lado da receita, a subida do défice das contas públicas em 284 por cento, no primeiro semestre deste ano, é explicada essencialmente pela descida de 20,7 por cento nos primeiros seis meses deste ano, comparados com o mesmo período de 2008.

"A receita do subsector Estado ascendeu a 16.105 milhões de euros, apresentando um decréscimo de 20,7 por cento", revela o relatório de Junho da Direcção-geral do Orçamento, que acrescenta que "no primeiro semestre de 2009, a receita fiscal registou um decréscimo de 21,6 por cento relativamente a igual período do ano anterior".

Esta quebra encontra-se "condicionada pela evolução quer dos impostos indirectos (-24,4 por cento), quer dos impostos indirectos (-19,5 por cento).

A nota da DGO explica que os valores melhoram se forem eliminadas as medidas políticas tomadas pelo Executivo para injectar liquidez na economia, como a redução da taxa do IVA de 21 para 20 por cento, ou a aceleração nos reembolsos do IRS. Sem estas decisões do Executivo, "a receita fiscal registaria, para o mesmo período, um decréscimo de 101 por cento relativamente a igual período do ano anterior".

Assim se explica que os reembolsos do IRS tenham aumentado 876,4 por cento "face a igual período de 2008, o que corresponde a um aumento de 1.204 milhões de reembolsos de IRS" face ao primeiro semestre do ano passado.

Já a receita do Estado através do IVA registou uma redução de 1.701 milhões de euros, o que representa uma redução de mais de 25 por cento face ao primeiro semestre. Destes, 653 milhões devem-se a medidas de política, acrescenta a nota da DGO.

Do lado da despesa, são principalmente as medidas de combate à crise que desequilibram as contas públicas, mas não só. O "forte abrandamento da actividade económica, a redução de preços, a não actualização de taxas do ISP e o forte aumento dos reembolsos do IVA, em resultado do efeito das recentes medidas de diminuição do prazo médio de reembolsos e da redução do limite mínimo para pedidos de reembolso de IVA" estão entre os factores explicativos para esta evolução negativa das contas públicas.

A despesa, por seu lado, subiu 5,4 por cento no primeiro semestre, ficando agora nos 23.410 milhões de euros, mas dentro do padrão de segurança, assegura a DGO. No boletim, são apontadas o programa 'Iniciativa para o Investimento e o Emprego', o pagamento aos credores privadas das dívidas dos organismos públicos e o "maior ritmo de execução das despesas enquadradas nos Investimentos do Plano" como as principais razões para o aumento da despesa pública durante o primeiro semestre deste ano.
(21.07.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Despesa com subsídio de desemprego sobe 24%

 

As despesas com subsídio de desemprego e apoios ao emprego cresceram 23,9 por cento no primeiro semestre do ano, com o Estado a gastar nestas rubricas mais 960 milhões de euros.

De acordo com os dados da Direcção-Geral de Orçamento (DGO), o Estado gastou 5.722,9 milhões de euros em pensões e complementos, um valor que corresponde a 42,1 por cento do orçamento e a um aumento de 4,7 por cento ao período homólogo do ano passado.

Quanto ao abono de família, de Janeiro e Junho o Estado gastou 471,6 milhões de euros, mais 31,9 por cento do valor gasto no mesmo período de 2008.

Os subsídios e complementos de doença subiram também 2,4 por cento para os 223,5 milhões de euros. Já o rendimento social de inserção cresceu 17,9 por cento, atingindo a verba de 243,7 milhões de euros, e o complemento solidário para idosos aumentou 181,5 por cento, para os 109 milhões de euros.

Em comparação com o primeiro semestre de 2008, a receita total da Segurança Social cresceu 13,9 por cento nos primeiros seis meses deste ano, enquanto a despesa aumentou 13,9 por cento.

Contudo, a DGO ressalvou que a receita efectiva subiu no primeiro semestre deste ano 2,7 por cento, enquanto do lado da despesa efectiva registou-se um decréscimo de 10,6 por cento.(21.07.09
/Fonte : Correio da Manhã)

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Desemprego em Portugal a duas velocidades

 

O desemprego disparou, no último ano, mas as várias regiões reagem de maneira diferente. A falta de trabalho sente-se, sobretudo, na fronteira com a Galiza e na zona dos móveis, cortiça, cerâmica e turismo. Já em Bragança, o desemprego baixou.

Primeiro as más notícias, as dos concelhos onde, em Maio (últimos dados disponíveis), estavam registadas nos centros de emprego mais pessoas à procura de trabalho do que um ano antes. Olhando só para as regiões onde o desemprego aumentou mais do que 50%, várias zonas problemáticas saltam à vista.

Começando pelo Norte, os concelhos de Cerveira, Paredes de Coura, Valença, Monção e Melgaço formam um cordão na fronteira minhota com a Galiza que agora sofre com a crise galega. Por duas vias, diz António Marques, presidente da Associação Industrial do Minho (AIMinho): primeiro muitas empresas desta região fornecem uma fábrica automóvel espanhola, a PSA, que, como todo o sector automóvel, atravessa tempos difíceis; e segundo porque, como a própria Galiza está em recessão, as suas empresas estão a reduzir investimentos e, mesmo, a fechar as unidades que tinham em Portugal.

Já no Porto fica patente o resultado prático de ter sido o distrito com mais falências no primeiro semestre: mais 50%, num total de meio milhar de encerramentos. Falências significam desemprego e, olhando de perto, vê-se que os concelhos mais atingidos são Paços de Ferreira, Paredes e Lousada, a prova de que a indústria do mobiliário atravessa tempos negros. O sector está numa crise profunda com raízes antigas, já que a maioria das empresas (muito pequenas e sem marca própria) não estava preparada para concorrer com cadeias como o Ikea. Agora, a crise económica vem agravar ainda mais o problema.

Um pouco mais a Sul, mas ainda na Região Norte, outra cintura industrial atirada para tons de vermelho: Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis, sítios de cortiça, de moldes e de calçado. Na cortiça, só este ano já duas empresas com cerca de 150 trabalhadores fecharam portas ou pediram protecção aos tribunais. E por cada empresa grande com problemas, muitas mais pequenas haverá, de acordo Joaquim Lima, da associação sectorial, Apcor. "Há três ou quatro anos apareceram os primeiros sinais de redução da procura de rolhas de cortiça e, desde o final do ano passado, o consumo de vinho também caiu", pelo que as fábricas perderam ainda mais clientes.

Seguindo em direcção à capital, surgem a Marinha Grande, Pombal, Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere, Ourém, Batalha e Porto de Mós. São concelhos industrializados, de vidro e metalurgia, que fecham um anel em torno de Leiria, que escapou por pouco à cor vermelha, já que viu o desemprego subir "apenas" 43% num ano.

Rafael Campos Pereira, secretário-geral da AIMMAP, a associação da metalurgia, reconhece a diminuição das encomendas nas empresas do sector, mas assegura não haver um "aumento significativo" de encerramentos. Nas empresas maiores, há, isso sim, "denúncias de contratos a termo". Já nas mais pequenas, muitas a trabalhar como subcontratadas para as maiores, Campos Pereira admite a existência de "alguns despedimentos".

Boas notícias vindas de Bragança
É do nordeste do país que vêm as melhores notícias no que toca ao desemprego. É o lado positivo de se ser uma região pouco industrializada, admite Rui Vaz, presidente do Nerba, o Núcleo Empresarial de Bragança. Só quatro dos doze concelhos tinham, em Maio, mais desempregados do que um ano antes. Rui Vaz mostrou-se surpreso com os dados, que atribuiu também ao espírito “de persistência e trabalho” dos transmontanos. Além disso, a maioria das pessoas trabalha nos serviços ou na agricultura, sectores menos afectados pela crise actual do que a indústria e, portanto, menos gerados de desemprego.

Além de Bragança, duas zonas no Centro também têm manchas verdes: uma em torno de Sernancelhe e Penedono e outra em Arganil e Vila Nova de Ródão (o concelho onde o número de desempregados mais baixou, 26%).

Nos concelhos da zona de Lisboa, não houve casos de descida do desemprego e só em Ourém o aumento ficou acima dos 50%.
(20.07.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Carros portugueses entre os mais caros dos países que usam o euro

 

Portugal tem os alimentos e os hotéis mais baratos da Zona Euro. Em contrapartida, também tem o nível de riqueza por pessoa mais baixo. A excepção são os carros, que estão entre os mais caros dos 16 países da moeda única.

O Eurostat não leva em linha de conta o nível de vida das pessoas. Por exemplo, um espanhol paga pouco mais pelo vestuário do que um português, mas, como o seu nível de rendimentos é bastante mais alto, o produto parece-lhe mais barato.

Mas olhando só para o preço que vem na etiqueta, Portugal é o quarto mais barato da Zona Euro. E por duas razões, avançou Paulo Vaz, secretário-geral da Associação Têxtil de Portugal: o país também produz vestuário e basta não ter que gastar dinheiro com transportes para conseguir colocar produtos no mercado a bom preço; e, em segundo lugar, a dificuldade em vender faz com que as lojas baixem ao máximo os preços, para atrair clientela.

Mas, em dois tipos de produtos, os preços portugueses são mesmo os mais baixos da União Europeia: na alimentação e bebidas não alcoólicas e na hotelaria e restauração. Vítor Neto, presidente da Associação Empresarial do Algarve e ele próprio um empresário da hotelaria, descreve como Portugal não tem sabido atrair novos turistas. Depois de um salto grande aquando da Expo 98, por exemplo, o país estabilizou nos 12 milhões de visitantes por ano.

O facto de a procura de hotéis ter estagnado (ou, até, descido, como sucedeu na primeira metade do ano) não cria um ambiente propício a preços mais altos.

Só na Dinamarca e na Irlanda os automóveis são mais caros do que em Portugal e, nesses países, os salários são bem mais altos. Portugal tem a riqueza (por habitante) mais baixa da Zona Euro, mas isso não impede que os carros tenham o terceiro preço mais alto. Tudo por causa do fisco.

Hélder Pedro, secretário-geral da Associação do Comércio Automóvel, disse ainda estar pendente em Bruxelas uma queixa contra o Estado português, que cobra IVA sobre o valor do carro e também sobre o imposto de matrícula - um imposto em cima de outro que encarece o preço final.

Além disso, lembra que Cavaco Silva ainda não promulgou a legislação que aumenta o subsídio de abate e baixa para oito anos a idade dos carros que o podem receber. Já o pedido de redução por dois anos do imposto de circulação (o antigo selo do carro) para veículos novos está sem resposta.
(17.07.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Braga:  Península Ibérica tem a partir de hoje centro de nanotecnologia

 

O Instituto Ibérico Internacional de Nanotecnologia está instalado em Braga.

 

O Instituto Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), a primeira organização científica criada na Península Ibérica, será hoje inaugurado, após um investimento global de 110 milhões de euros e três anos volvidos sobre a decisão tomada no âmbito da XXI Cimeira Luso-Espanhola. A cerimónia contará com a presença do Presidente da República, Cavaco Silva, do Rei de Espanha, Juan Carlos, do primeiro-ministro José Sócrates e do presidente do Governo espanhol, José Luís Zapatero.(17.07.09/Fonte : Diário Económico)

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Laboratórios [portugueses] assinam acordo de 20 milhões com Venezuela

 

Sete farmacêuticas portuguesas deverão em breve assinar um acordo com a Venezuela para a venda de medicamentos no montante de 20 milhões de euros, confirmaram à Lusa o Ministério da Economia e fontes diplomáticas da Venezuela.

O acordo, acrescentam as mesmas fontes, deverá acontecer nas "próximas semanas", faltando apenas o consenso entre os vários laboratórios.

O Ministério da Economia garante que se mantém o interesse do Governo venezuelano, expresso no ano passado, e que o valor da contratualização é de 20 milhões de euros.

"Trata-se de um investimento superior a 20 milhões de euros, que envolve os laboratórios portugueses Bial, Tecnimede, Generis, Pharma Aps, Atral-Cipan, Azevedos e Bluepharma", precisaram as fontes diplomáticas.

As negociações com as farmacêuticas nacionais e a construção de um laboratório naquele país latino-americano fazem parte da agenda do "grupo de saúde", criado pela Comissão Mista de Acompanhamento Bilateral.

Esta comissão foi criada na sequência dos acordos assinados entre os dois países, depois da visita a Caracas do primeiro-ministro português, José Sócrates, em Maio de 2008.

Segundo o Ministério da Economia, "o atraso na assinatura dos contratos individuais resultou da indecisão de alguns laboratórios portugueses que só chegaram a acordo, entre si, na última reunião que ocorreu em Portugal".

"Espera-se que, face ao consenso agora obtido, o acordo seja assinado em breve", afirmou a mesma fonte.

O primeiro acordo que envolve as sete farmacêuticas visa a exportação para a Venezuela de medicamentos no valor de 20 milhões de euros durante um ano, mas com a possibilidade de ser revalidado. "É suposto assinarmos os contratos dentro de semanas, já com a calendarização dos fornecimentos", afirmou à Lusa o administrador do Grupo Azevedos Manuel João Oliveira.

A mesma opinião foi transmitida à Lusa pelo director da Bial Internacional, António Portela, que espera fechar o negócio em breve.

O administrador-delegado da Atral Cipan, José Gavino, prevê assinar o acordo sobre os medicamentos nos "próximos meses", mas refere que a possibilidade de construção de um laboratório para produção de matéria-prima na área dos antibióticos está ainda em fase "conversas preliminares".

Menos optimista sobre a assinatura do contrato para o fornecimento de medicamentos está o secretário-geral da Pharma Aps, Pedro Moura, que afirmou à Lusa que a probabilidade do negócio ser firmado "é de 1 para 100".

A Pharma Aps prevê vender para a Venezuela vários tipos de medicamentos, desde antibióticos a hormonas, mas não revela o montante do negócio. Já a Bial espera vender vitaminas, medicamentos na área ginecológica e medicamentos para as enxaquecas, e o Grupo Azevedos revelou à Lusa que vai vender medicamentos no valor de 3,2 milhões de euros na área de oncologia, do sistema gastro-intestinal, antibióticos, anti-inflamatórios e para o colesterol. A Atarl Cipan espera ter um negócio de 3 milhões de euros em antibióticos orais e injectáveis.
(17.07.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Famílias portuguesas estão a ficar mais pobres

 

Aumentou o risco de pobreza entre os desempregados, empregados e menores de 18 anos, segundo um inquérito do INE. E diminuíram os reformados abaixo do limitar da pobreza, para o que contribui o complemento solidário para idosos

Os empregados, os desempregados e os menores de 18 anos - ou seja, as famílias portuguesas - estão a ficar mais pobres, com a excepção dos reformados, grupo a quem é atribuído o "complemento solidário para idosos". É esta diminuição que faz com que o risco de pobreza da população portuguesa se tenha mantido nos 18% em 2007, segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, ontem divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística. (INE).

O "complemento solidário para idosos" é a explicação que analistas e o próprio Governo dão para o risco de pobreza entre os reformados ter diminuído de 26% (2006) para 23% (2007). Desde que este apoio social foi criado, em 2005, mais de 120 mil idosos saíram da situação da pobreza, segundo dados do Governo, citados pela agência Lusa.

Mas aquela conclusão também pode ser preocupante, segundo Manuela Silva. A economista, ex-professora universitária e pioneira nos estudos em Portugal sobre a pobreza, está preocupada sobretudo com o aumento do risco de pobreza entre os desempregados (de 32% para 35%) e empregados (10% para 12%). Isto é, entre a população activa.

"O desemprego é um factor de risco, nomeadamente nas famílias em que afecta ambos os membros do casal, porque o desemprego atinge as classes com menores rendimentos", explica Manuela Silva. A situação de vulnerabilidade também faz com que o risco de pobreza tenha aumentado de dez para 12% entre a população empregada. "Há mais pessoas a viver numa situação de pobreza, mesmo entre os que têm trabalho, porque os salários estão mais baixos e há uma maior precariedade de emprego", justifica a economista.

Aqueles dois factores afectam directamente os menores de 18 anos, já que o inquérito às condições de vida e rendimento é feito junto das famílias residentes em Portugal. E o índice de pobreza neste grupo passou de 21% para 23%.

Outra das indicações do estudo é a diminuição das desigualdades sociais na população portuguesa, já que os 20% dos mais ricos têm um rendimento 6,1 vezes superior ao dos 20% mais pobres, quando em 2006 a proporção era de 6,5.

Aquelas conclusões não são bons indicadores do estado de saúde da economia portuguesa, sobretudo se pensarmos que não incidem sobre 2008, onde a crise económica terá um maior impacto, segundo Manuela Silva. E sublinha: "A pobreza configura uma violação dos direitos humanos, como foi votado numa resolução da Assembleia da República o ano passado, e não é apenas com políticas de subsidiação que se combate. É preciso uma estratégia articulada e com políticas em vários domínios, nomeadamente nas áreas da educação, da habitação e da saúde".
(16.07.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Desemprego vai subir até 2011

 

Previsões: Economia em recessão nos próximos dois anos recupera em 2011.

Pior, a curto prazo, será difícil. A economia portuguesa bateu no fundo, a riqueza produzida pelo País cai este ano para níveis de 1975, mas 2011 deverá ser o ano da recuperação. Só a criação de emprego vai demorar a descolar, mostram as previsões do Banco de Portugal (BdP).

Para o governador do BdP, Vítor Constâncio, os números ontem revelados 'significam que não haverá novo afundamento da economia. De acordo com os números apresentados no Parlamento, a economia deverá recuar 3,5% este ano e 0,6% no seguinte. 'A recuperação sustentada não deverá começar antes de 2011', acredita Constâncio. A haver novas correcções nas previsões 'será no sentido descendente'.

'Se as nossas previsões estiverem correctas, o pior só não passou num aspecto', a criação de emprego, declarou o regulador da Banca. O governador lembra que 'se a economia recuperar em 2011 o desemprego não começará a diminuir nesse ano, ou pelo menos no início do ano', pois existe 'um efeito desfasado' da retoma. O boletim antecipa mesmo 'uma diminuição [do emprego] de 2.6% em 2009, seguida de uma nova redução de 1.5% em 2010'.

Para os próximos dois anos, o supervisor justifica o forte abrandamento com o comportamento negativo do investimento e das exportações, a que se soma a 'contracção significativa do consumo privado', sobretudo nos bens de consumo. 'Há o risco de aumentarem os níveis de poupança e de iniciarmos um processo clássico do consumo privado', o que gerará inflação, diz Vítor Constâncio.

O consumo privado deverá registar uma queda de 1,8% em 2009 e de 0,6% em 2010. Já a inflação deverá ser negativa, de 0,5%, este ano, estimando-se uma recuperação para 1,3% no ano seguinte. O investimento cairá 14,3% em 2009 e 3,8% em 2010.

Em 2008, o défice das contas públicas situou-se nos 2,6%, graças a receitas extraordinárias. Sem estas, o valor subiria para 3,7%.

Vítor Constâncio deixou o alerta de que após a retoma da economia 'a coisa muda de figura e justifica-se o esforço de consolidação orçamental'.

CONSTÂNCIO NÃO CONHECE NÚMERO DE DEPÓSITOS
Vítor Constâncio admitiu ontem desconhecer o número total de depósitos existentes no BPP.
Carlos Tavares, líder da CMVM, admitiu que um terço dos produtos de retorno absoluto deve ser considerado depósito, já que os contratos de gestão de carteira não foram assinados pelos clientes. No total, serão cerca de 600. 'Nunca me tinham dito que havia um terço [dos produtos] que não caía na figura da gestão de carteiras', assumiu Vítor Constâncio. E admitiu a possibilidade de vir a pedir pareceres jurídicos que ajudem a esclarecer a situação.

PORMENORES
EXPORTAÇÕES
Vítor Constâncio disse ontem que parte da quebra nas exportações que se irá sentir nos próximos dois anos está relacionada com a retracção que se está a abater sobre a indústria automóvel.

SEM SUGESTÕES
O governador recusou-se a sugerir formas de incentivar a economia. 'Não vou entrar em comentários sobre se é pelos impostos ou pelo investimento que se sai disto', afirmou aos deputados.(16.07.09
/Fonte : Correio da Manhã)

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Famílias portuguesas: Menos depósitos e mais dívidas

 

As dívidas das famílias à Banca atingiram em Maio 3,45 mil milhões de euros. É o valor mais alto desde Fevereiro de 1999 e traduz um aumento de 33% no incumprimento face a igual mês de 2008, de acordo com dados do Banco de Portugal (BdP) avançados ontem pelos jornais económicos.

Daquele montante, mais de metade (1,45 mil milhões) diz respeito ao crédito malparado nos contratos de compra de habitação. É o valor mais elevado de sempre.

O mesmo aconteceu no crédito ao consumo, onde o peso do malparado superou os 6% pela primeira vez desde 1998. Ficaram por pagar à banca 910 milhões de euros neste tipo de crédito.

No caso das empresas, o volume de dívidas aos bancos quase duplicou num ano, passando de dois mil milhões para 4,1 mil milhões de euros. Os sectores mais afectados foram os da construção e do imobiliário.

Mais endividados, os portugueses acabaram por se retrair na procura de novos créditos. Pelo 10.º mês consecutivo, os montantes concedidos caíram, uma situação sem igual ao longo dos registos do BdP (desde Dezembro de 2001, quando se iniciou a compilação destes dados). Nos empréstimos para compra de casa houve um recuo de 1,8% face a Maio do ano passado, enquanto no crédito ao consumo houve uma retracção de 4,3%.

A situação de incumprimento foi acompanhada por um recuo nos depósitos, isto é, as famílias estão a reduzir a sua poupança, invertendo a tendência que vinha a ser seguida nos últimos meses.

O total dos depósitos feitos em Maio atingiu 9,7 mil milhões de euros, menos 787 milhões do que em Abril, e menos 26 milhões do que em Maio de 2008.
(15.07.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Crise : Salários em atraso afectam mais de 10 mil trabalhadores e atingem os sete milhões de euros
 

Os sectores detectados com mais montantes em dívida aos trabalhadores foram a construção civil e a banca.

 

Nos primeiros seis meses do ano, o número de trabalhadores com salários em atraso detectados pelos inspectores da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) ultrapassou os 10 mil.

De acordo com Paulo Morgado de Carvalho, inspector-geral da ACT, até ao final de Junho foram detectados salários em atraso ou pagos abaixo do mínimo definido por lei ou convenções colectivas, em 10.608 trabalhadores. Comparando com o mesmo período do ano anterior, a ACT encontrou mais 3.277 trabalhadores com salários em atraso, face aos 7.331 registados em 2008.

De Janeiro a Junho, entre as 10.938 empresas inspeccionadas, a ACT encontrou dívidas de 6,7 milhões de euros aos trabalhadores. No primeiro semestre do ano passado, o montante relativo a 8.225 estabelecimentos visitados tinha sido de 4,7 milhões de euros, o que representa uma subida de mais de 40% no primeiro semestre deste ano em termos de montantes devidos aos trabalhadores, num crescimento de dois milhões de euros.

Os sectores detectados com mais montantes em dívida aos trabalhadores foram a construção civil (com salários em atraso no montante de 1,5 milhões de euros) e a banca (614 mil euros).

A par da falta de pagamento aos trabalhadores, as empresas acumularam também 1,5 milhões de euros de dívidas à Segurança Social, mais 449 mil euros do que o detectado há um ano atrás.

Nesta matéria, o comércio por grosso, a indústria hoteleira e a indústria química são os sectores onde se observaram mais irregularidades em termos de contribuições à Segurança Social.
(13.07.09/Fonte : Diário Económico)

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Insolvências disparam 64,7% desde Janeiro

 

O número de processos de insolvência de empresas em curso em Portugal subiu 64,7% no primeiro semestre de 2009 relativamente ao período homólogo anterior, de acordo com um comunicado da Coface citado ontem pelo "Jornal de Negócios".

No total, são 2.285 as empresas com processos de insolvência em curso, contra as 1.387 registadas no mesmo período do ano passado.

O maior aumento registou-se no distrito do Porto (628 processos nos primeiros seis meses deste ano, contra 399 em igual período do ano passado), seguindo-se Lisboa (crescimento de 16,4%), Braga (mais 15,9%), Aveiro, Leiria e Setúbal.

Segundo a Coface, o maior número de acções de insolvência, tal como aconteceu já em 2008, vem da parte da indústria transformadora, com 658 processos (375 nos primeiros seis meses do ano passado).

Outros sectores em que a crise se reflecte também por um aumento de processos de insolvência são a construção e obras públicas e o comércio grossista.

Entre Janeiro e Junho, foram 390 as insolvências nas construção, ao passo que no comércio grossista estão a decorrer 360 processos.
(10.07.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Mais de 600 empresas fecharam no distrito do Porto

 

Nos últimos dois anos encerraram no distrito do Porto mais de 600 micro e pequenas empresas de comércio e serviços, lançando no desemprego mais de 24.000 trabalhadores, denunciou hoje o sindicato do sector.

Em declarações à agência Lusa, Jorge Pinto, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, afirmou que, dos trabalhadores do sector no activo, "cerca de 30 por cento estão em situação de precariedade".

Para o sindicato, o "forte abalo" sofrido pelo sector no Porto - com o encerramento, nos últimos anos, de "empresas de referência" como a António M. Rua, Tito Cunha, Casa Forte, Supermercado Vilares, Gomes Parente, Maluka, Don Coletto e Macmoda - resultou "das políticas neoliberais desenvolvidas na Europa" e das "políticas do Governo, que não soube tomar as medidas necessárias de apoio e incentivo ao pequeno comércio".

Jorge Pinto denuncia ainda a "falta de coragem política do governo ao não clarificar o encerramento do comércio ao domingo e feriados, criando desigualdades entre o comércio, com consequências sérias para todo o comércio a retalho".

Nos últimos meses, o sindicalista diz continuar a registar-se o encerramento de muitas empresas do sector, "ainda que a um ritmo menor", a que se soma o recurso ao despedimento colectivo em empresas como a Makro, Automóvel Clube de Portugal e Papelaria Fernandes e a não renovação dos contratos a termo certo nos supermercados e grandes superfícies.

De acordo com o sindicato, "nos centros comerciais o desemprego também aumentou, assim como o trabalho precário", que se "tem vindo a acentuar desde que foi aprovado o Código do Bagão Félix, tendo agravado com o Governo PS".

Paralelamente, "verifica-se o crescimento dos contratos individuais de trabalho, onde não é salvaguardado o princípio do tratamento mais favorável, o que provoca uma enorme discriminação entre os trabalhadores".

Jorge Pinto denuncia também a "grande pressão" feita junto dos trabalhadores "para não reclamarem os seus direitos", sob ameaça de desemprego.

Alerta ainda que a situação "é também preocupante" no sector dos serviços, nomeadamente nas empresas concessionárias das auto-estradas, pois com a entrada em vigor dos decretos-lei que constituem o Sistema de Identificação Electrónica de Veículos (SIEV) "estão em causa milhares de postos de trabalho".

Já a contratação colectiva "continua paralisada, não se negociando a maioria dos contratos há cerca de 12 meses", o que implica o não aumento dos salários.

Ainda assim, o sindicato defende que "existem potencialidades para reanimar o sector do comércio, quer na baixa portuense, quer no distrito".

"Mas, para isso, é preciso que a Câmara do Porto seja mais proactiva na atracção de investimento para a cidade, de forma a abrir novas lojas nas principais ruas da baixa", sustentou Jorge Pinto, apontando como mau exemplo da actuação camarária a não fixação do El Corte Inglês no Porto.

Quanto ao sindicato, tem vindo a desenvolver acções de formação com o apoio do Programa Operacional Potencial Humano (POPH) para os trabalhadores do sector, pretendendo ainda candidatar-se, em parceria com a Associação Raul Dória, a um Centro Novas Oportunidades.(09.07.09
/Fonte : Diário de Notícias)

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Incentivos de 21,5 ME para comércio, serviços e restauração

 

O Governo anunciou hoje a abertura da fase de candidaturas a financiamentos de 21,5 milhões de euros afectos pelo Sistema de Incentivos à Inovação a obras de remodelação, adaptação ou ampliação de estabelecimentos de comércio, serviços e restauração.

Segundo um comunicado da Secretaria de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, os apoios integram-se na iniciativa MERCA do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), acordada em Outubro de 2008 entre o Governo e a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal.

As candidaturas aos financiamentos terão de ter montantes mínimos e máximos de despesa elegível de 15 mil e 300 mil euros, respectivamente.

Podem ser financiados os projectos que promovam a inovação no tecido empresarial das pequenas e médias empresas (PME) dos sectores abrangidos, através da inovação produtiva, qualificação e modernização das actividades económicas de estabelecimentos localizados nas cidades abrangidas pela Estratégia de Eficiência Colectiva.

A iniciativa vai ser financiada pelos programas operacionais Factores de Competitividade (cinco milhões de euros), Regional do Norte (seis milhões), Regional do Centro (seis milhões), Regional do Alentejo (3,5 milhões) e Regional do Algarve (um milhão).
(09.07.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Investimento empresarial cai 10,1%

 

O investimento empresarial em Portugal deverá cair este ano 10,1 por cento, motivado principalmente pela deterioração das perspectivas de vendas.

De acordo com os dados apurados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a prioridade do investimento vai para a racionalização e reestruturação e só depois para o aumento da capacidade produtiva.

Em 2008, o investimento terá caído para - 0,6 por cento, o que, face às perspectivas do INE para este ano, significa um investimento negativo de 9,5 por cento do ano passado para o actual.
(09.07.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Economia portuguesa caiu 1,6% no primeiro trimestre

 

Portugal registou uma queda de 1,6% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o último do ano passado, anunciou hoje o Eurostat. Este valor é superior ao estimado em Junho (-1,5%) pelo gabinete de estatística da Comissão Europeia, segundo o qual a recessão na Zona Euro chegou aos 2,5%, a maior queda desde 1995.

Segundo o Eurostat, o primeiro trimestre de 2009 foi o terceiro consecutivo em que a economia portuguesa: -0,5% no terceiro trimestre de 2008, -1,8% nos últimos meses do ano passado e -1,6% nos primeiros deste ano.

Em termos homólogos (comparação com o primeiro trimestre de 2008), a economia portuguesa derrapou 3,7%).

A evolução na Zona Euro e em toda a União Europeia é ainda pior. O PIB dos países com o euro como moeda registara uma contracção de 0,3% no segundo trimestre de 2008, de 0,4% no segundo e de 1,8% no quatro trimestre do ano passado. Nos primeiros meses deste ano caiu 2,5%.

Quando ao conjunto da União Europeia a evolução, para os mesmos trimestres, foi de -0,2, -0,4, -1,8 e -2,4.

Dados que mostram que a União Europeia está a sofrer mais com a crise económica que os Estados Unidos, que caíram 1,4% no primeiro trimestre de 2009. Pior entre os principais parceiros da UE só mesmo o Japão, que derrapou 3,8%.
(08.07.09/Fonte : Diário de Notícias)

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INDUSTRIA: volume de negócios cai 21,8% em Maio

 

O volume de negócios na indústria caiu 21,8 por cento em Maio, face a igual mês do ano anterior, mantendo pelo oitavo mês consecutivo a sua trajectória negativa, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.

Em Abril, a queda homóloga foi de 22,5 por cento.

De acordo com o INE, a variação foi determinada "por comportamentos negativos nas vendas para ambos os mercados, interno e externo".

Todos os grandes agrupamentos industriais - energia, bens de investimento e bens de consumo - registaram uma evolução negativa tanto no mercado nacional como no externo.

Em comparação mensal, o volume de negócios na indústria subiu 1,5 por cento em Maio face a Abril, mês em que recuara 1,9 por cento.

No que respeita ao emprego, às remunerações e às horas trabalhadas na indústria, o INE indica que diminuíram em Maio 5,8 por cento, 4 por cento e 5,5 por cento, respectivamente, face a igual mês de 2008.

Em relação ao mês anterior, o emprego no sector caiu 0,4 por cento, os salários aumentaram 3,9 por cento e o número de horas trabalhadas baixou 1,3 por cento.
(08.07.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Árabes investem 250 milhões em ‘resort’ de luxo no Algarve

 

Donos do Pine Cliffs Resort estão a desenvolver um projecto com hotel, campo de golfe e 550 casas.

A IFA Hotel and Resorts, o grupo árabe dono do Pine Cliffs Resort, no Algarve, continua a apostar em Portugal e principalmente na região Sul do País. Além de continuarem a investir no desenvolvimento deste resort de cinco estrelas perto de Vilamoura, os investidores árabes e o seu parceiro português, United Investments Portugal (UIP), estão a preparar um investimento global de 250 milhões de euros num novo resort de luxo em Loulé, Algarve. Um projecto que será construído ao longo de dez anos e que poderá mesmo atingir os 400 milhões de euros quando estiver totalmente concluído, explicou ao Diário Económico Carlos Leal, director-geral da UIP.

Situado em Vale do Freixo, no concelho de Loulé, freguesia de Benafim, este projecto terá um campo de golfe de 18 buracos, um SPA e um boutique hotel "que não terá mais de 60 a 70 quartos". Além disso "vai ter uma grande componente imobiliária, com vivendas ao estilo do Pine Cliffs, sendo que no total, com quartos de hotel, vivendas e apartamentos, estão previstas 550 unidades de alojamento, qualquer coisa como 2200 a 2500 camas", explicou Carlos Leal.
(07.07.09/Fonte : Diário Económico)

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Algarve: Taxa de ocupação cai 4,3%

 

A taxa de ocupação global média por quarto, no Algarve, caiu 4,3% em Junho face ao mesmo mês de 2008, seguindo uma tendência que se tem vindo a acentuar nos últimos meses. Os dados são provisórios e pertencem à Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) que prepara medidas para inverter esta quebra.

As zonas de Vilamoura, Quarteira e Quinta do Lago foram as que registaram maiores descidas na procura (-13,9%). Apesar da quebra, houve zonas em que se registaram aumentos da taxa de ocupação, nomeadamente em Tavira e na zona de Portimão, onde se verificou um aumento de 3,1 e 1,6% respectivamente. As grandes vítimas destas quebras são os hotéis e os aparthotéis de cinco estrelas, que registaram quebras na ordem dos 13,2%.

BRITÂNICOS: 39%
No mês de Junho, os britânicos registaram 39% das dormidas totais no Algarve.

"ESTE ESTÁ A SER O PIOR ANO TURÍSTICO DO SÉCULO": Elidérico Viegas, Pres. AEHTA, sobre turismo

Correio da Manhã – O turismo algarvio está a sofrer muito com a crise?
Elidérico Viegas – O turismo está a enfrentar uma crise na procura, consequência natural da crise internacional e da crise interna no maior mercado emissor do Algarve que é o Reino Unido.
– A situação já é preocupante?
– A situação é sempre preocupante quando há menos procura e menos receitas. O problema está na comparação dos números deste ano com os do ano passado, que já foi um ano em que se verificou uma descida. E este ano estão piores!
– É o pior ano desde o início da década?
– Este está a ser o pior ano turístico da década e, por isso, deste século.
– O que se pode fazer para inverter a situação?
– Não há receitas milagrosas. É preciso apostar na promoção e reduzir os custos porque há menos receitas. Por outro lado, seria bom criar-se linhas de crédito para fazer face às despesas de curto e médio prazo.
– A Banca tem facilitado?
– A Banca também está a enfrentar a crise financeira. Fizemos uma série de propostas ao Governo, em Janeiro e em Abril, que incluíam o financiamento directo, como já aconteceu no passado, mas até agora não recebemos resposta.(07.07.09
/Fonte : Correio da Manhã)

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Descida nas vendas de automóveis aproxima-se dos 40%

 

Nos primeiros seis meses deste ano as vendas de automóveis em Portugal caíram 36,7%, tendo-se vendido pouco mais de 92 mil veículos entre Janeiro e Junho.

Segundo as últimas estatísticas divulgadas pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), o mercado de ligeiros de passageiros está a cair há seis meses consecutivos e até Junho venderam-se 73 129 unidades, menos36,1% que no mesmo semestre de 2008. Apenas no mês de Junho esta categoria assinalou um decréscimo de 23,5% nas vendas, face ao mesmo mês de 2008, registando-se a comercialização de 16 045 ligeiros de passageiros.

No total do mês passado, as vendas de automóveis desceram 26,3%, com cerca de 19 234 veículos vendidos.

Tanto na comparação homóloga semestral, como na mensal, a queda mais significativa nas vendas pertence aos veículos pesados A ACAP refere que nesta categoria se venderam 2 026 pesados nos primeiros seis meses do ano (menos 43%) e em Junho comercializaram-se 269 (menos 56,9%).

Nos veículos comerciais ligeiros a descida foi de 35%, no mês de Junho (2 920 carros), e de 38,6% no primeiro semestre do ano. Ao todo venderam-se, em Portugal, entre Janeiro e Junho 17 558 automóveis comerciais ligeiros.
(06.07.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Crise continua a ser ameaça ao subsector de cerâmica utilitária e decorativa

 

O vice-presidente executivo da Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica (APICER) considera que a crise continua a ser uma ameaça ao subsector da cerâmica utilitária e decorativa.


"A crise é um factor, naturalmente, relevante porque estamos a falar de uma situação de que resultou uma quebra acentuada de encomendas", disse quinta-feira ao início da noite José Luís Sequeira, à margem da apresentação de dois estudos sobre o sector da cerâmica no concelho de Alcobaça e na Região Oeste.

Os documentos, elaborados pela SDO Consultadoria e Inteli, respectivamente, apresentam uma análise sobre os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças do sector cerâmico e do subsector utilitário e decorativo.

Ambos apontam como uma das ameaças a crise, assim como a concorrência de países com mão-de-obra mais barata, o aumento de importações destes produtos, a valorização do euro face ao dólar e os custos energéticos.

O vice-presidente executivo da APICER considerou que, aliado ao factor crise, existe ainda "o cansaço dos próprios empresários", alguns em fase de desenvolvimento de projectos, cujas expectativas foram goradas pela crise.

O dirigente da APICER reconheceu que as conclusões dos estudos não lhe causaram surpresa, explicando que "existe um quadro que se mantém ao longo dos anos", de que destacou a ausência de "cooperação inter-empresarial". "Isto implica uma mudança de atitude para que as empresas ganhem outra dimensão", declarou.

Dados de 2008 indicam que o subsector da cerâmica utilitária e decorativa tinha 405 empresas, empregando 10.955 trabalhadores e gerando 317,8 milhões de euros em volume de negócios.

Na região de Alcobaça, a produção industrial deste subsector contempla 36 unidades, que dão emprego a 1.215 trabalhadores e geram um volume de negócios na ordem dos 47 milhões de euros. Empresas de gestão familiar e com reduzida dimensão, trabalhadores pouco qualificados e com idade elevada, e a forte dependência do estrangeiro são algumas das fragilidades do subsector da cerâmica no concelho de Alcobaça.

Segundo a SDO Consultadoria, o baixo investimento das empresas do concelho em investigação e desenvolvimento, o elevado custo da mão-de-obra e das matérias-primas, e a não rentabilização dos investimentos produtivos são outros pontos fracos. Por outro lado, a SDO aponta a forte dependência de intermediários para a comercialização dos produtos, a fraca utilização de novas tecnologias e o não aproveitamento de sinergias entre empresas.

Já no trabalho desenvolvido pela Inteli, que é com a Câmara de Alcobaça parceira no projecto do INTERREG IV-C "CeRamICa", apontam-se como oportunidades do sector a crescente aposta na regeneração urbana em detrimento da construção nova e o crescimento do turismo industrial.

O aproveitamento de fusões e aquisições entre empresas, a utilização de energias renováveis e o desinvestimento no sector da cerâmica por parte de outros países europeus produtores e consumidores são outras das oportunidades para o sector cerâmico nacional.

Estes estudos vão agora ser enviados ao Ministério da Economia, reforçando o documento reivindicativo entregue em Março e que reclamava medidas de apoio ao sector, subscrito por várias Câmaras Municipais da região.
(03.07.09/Fonte : OJE)

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84 insolventes em Leiria

 

Na região de Leiria foram 84 as empresas que entraram em processo de insolvência no primeiro semestre do ano, denunciou ontem a União dos Sindicatos do Distrito de Leiria (USDL).

 

As actividades mais afectadas têm sido o comércio, os serviços, a construção civil, os transportes, a metalurgia, a cerâmica e as madeiras, de acordo com a união sindical que revela que o maior número de insolvências ocorreu na própria cidade de Leiria (26), seguida por Alcobaça (15), Marinha Grande (12) e Porto de Mós (10).

A USDL salienta que a maioria destas empresas "não regularizou os créditos dos trabalhadores nem permitiu o acesso ao Fundo de Garantia Salarial".

O sindicato atribui a situação ao "enfraquecimento da actividade económica".

1.000 TRABALHADORES
Os mil trabalhadores afectados "são credores de 4,2 milhões de euros", segundo a USDL.
(03.07.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Construção civil despediu 60 mil

 

ANEOP vai procurar soluções com partidos e presidente.

Desde o início da actual crise económica o sector da construção civil já perdeu "60 mil postos de trabalho". Se o País não avançar com os projectos de obras públicas, as consequências podem ser ainda mais "graves, e poderemos assistir à falência de algumas empresas". Há mais trinta mil em risco.

O aviso foi deixado por Manuel Agria, vice-presidente da Associação Nacional de Empreiteiros de Obras Públicas (ANEOP), que afirma que "as empresas desviaram muito dinheiro para dar corpo aos projectos que se estão a adiar", o que está a causar "inúmeras dificuldades".

A mesma ideia é partilhada por Filipe Soares Franco, presidente da ANEOP, que teceu duras críticas a quem "intoxicou" a opinião pública em relação às obras . Na opinião do ex-presidente do Sporting, "a população foi intoxicada por várias formas e em vários locais, de forma sistematizada e consequente, durante mais de um ano, sobre estes grandes investimentos". Soares Franco mostra-se indignado por não se conhecer "o caminho e as consequências para o País e para a economia portuguesa se os investimentos públicos não forem feitos". O líder da ANEOP afirma que se forem travadas as obras públicas "o desemprego vai aumentar substancialmente e os impostos e as contribuições para a Segurança Social vão descer".

A Associação Nacional de Empreiteiros vai pedir audiências com os partidos com assento parlamentar e com o Presidente da República para expor a sua opinião sobre o investimento público.

MAIS TRINTA MIL ESTÃO EM RISCO
"Cerca de trinta mil trabalhadores do sector da construção civil e obras públicas poderão deixar de ter trabalho a curto prazo" se as grandes obras públicas não avançarem antes do final do ano, alertou ontem o sindicato dos trabalhadores do Norte.

"Esta situação só será evitada se as grandes obras avançarem", afirma o Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Madeiras, Mármores, Pedreiras, Cerâmica e Materiais de Construção do Norte em comunicado.

Se tal não acontecer, o Sindicato diz que responsabilizará todos os que "de forma irresponsável e inconsistente defendem o não-lançamento de grandes e importantes infra-estruturas que muito contribuirão para o crescimento e desenvolvimento do nosso país".

O Governo já anunciou o adiamento do TGV e do concurso para o novo aeroporto.

PORMENORES
EXIGIDOS TRINTA MILHÕES
As empresas de construção civil já gastaram cerca de trinta milhões de euros em projectos. Se as grandes obras não avançarem, os construtores exigem ser "ressarcidos".

ADIAMENTO DE OBRAS
O Governo determinou que a decisão sobre o futuro das grande obras públicas seja tomada apenas na próxima legislatura.

MANIFESTO CONTRA
Um grupo de 28 economistas, em que se inclui Campos e Cunha e também Medina Carreira, lançou um primeiro manifesto, que defende que sejam repensadas todas as grandes obras públicas.

MANIFESTO A FAVOR
Um outro manifesto foi lançado por 52 personalidades, entre as quais Francisco Louçã, que defende que o investimento público é um forte instrumento de política social e gerador de emprego.
(02.07.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Crise não muda plano de férias de metade dos portugueses

 

Portugueses entre os 35 e os 44 anos são aqueles que mais admitem vir a alterar os seus planos de férias.

Quase 50% dos portugueses admitem que não vão alterar os seus planos de férias para este ano devido à crise, refere uma sondagem realizada pela Marktest a pedido do portal de reservas Hotels.com.

O inquérito, que abrangeu 400 portugueses entre 26 e 29 de Maio, refere que quase metade dos inquiridos (49,2%) não tencionam abdicar das suas férias por causa da crise económica.

Esta intenção é manifestada principalmente pelos inquiridos com mais de 65 anos (75%), seguida dos inquiridos entre os 55 e os 64 anos de idade (52,1%).

Os portugueses entre os 35 e os 44 anos são os que mais admitem (58,1%) vir a alterar os seus projectos de férias por motivos financeiros.

Por regiões, são os portugueses do Sul do País os que mais afirmam (64,7%) que a crise não vai afectar o seu lazer.

Contrariamente, são os portugueses do Litoral Norte (60,8%) os que mais admitem fazer alterações, dando como justificação a recessão económica.

Entre os inquiridos que terão este ano que alterar os seus planos de férias, 25,7% preferem optar por pacotes mais económicas, seguidos de 24,6% que optam por uma redução do tempo dedicado em lazer e 15,8% preferem não sair do País.
(01.07.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Construção perdeu 60 mil trabalhadores

 

Sector da construção já perdeu 60 mil postos de trabalho desde o início da actual crise económica, segundo a Associação Nacional de Empreiteiros de Obras Públicas.

O vice-presidente da ANEOP, Manuel Agria, explica que este número de desempregados também está relacionado com a quebra de actividade do sector da construção em Espanha, onde trabalham muitos portugueses.

"Há muitos portugueses que trabalhavam em obras em Espanha, principalmente nas zonas fronteiriças" e a quebra da actividade da construção no país vizinho "originou o retorno de muitos desses trabalhadores, que vieram engrossar" o número de desempregados do sector, disse.

Manuel Agria, que falava durante um encontro com jornalistas, apontou as grandes obras públicas como um factor "importante para a competitividade da economia portuguesa" e para a promoção do emprego.

"A construção é um produto de altíssima incorporação nacional, gerador de emprego", afirmou o vice-presidente da associação que representa as 37 maiores construtoras portuguesas. (01.07.09
/Fonte : Jornal de Notícias)

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