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06/09

Subida da despesa faz disparar dívida do Estado
 

Poupança de famílias e empresas atenua impacto no endividamento externo.

 

As necessidades de financiamento da Administração Pública agravaram-se no primeiro trimestre de 2009, em contraciclo com o sector privado. No mesmo período, as famílias registaram um reforço da taxa de poupança.

Estabilizadores automáticos. São estas duas palavras - que entraram para a ordem do dia com a crise económica - a explicação para o facto de a Administração Pública (AP) ter visto a sua necessidades de contrair dívida aumentarem de 2,7% para 4,2% do PIB, entre o último trimestre de 2008 e os primeiros três meses de 2009.

Este agravamento resulta da redução das receitas fiscais - principalmente do IVA -, por um lado, e da aceleração das despesas com transferências sociais, por outro. Esta conjugação, habitual em períodos de crise económica de menos receitas e de despesas acrescidas (em pensões, mas também subsídio de desemprego e outras prestações socais), tem um impacto negativo nas contas das Administrações Públicas, mas reflecte-se de forma positiva nos saldos dos restantes sectores. Porque, como sublinha o Instituto Nacional de Estatística (INE) na sua análise às contas nacionais trimestrais por sector institucional, a aceleração dos reembolsos do IVA beneficia as contas das empresas e as prestações sociais aliviam a situação financeira dos particulares.

Ainda assim, a redução das necessidades de endividamento das empresas e das famílias não se deve apenas a esta situação, sendo ainda explicada pela retracção do investimento.

Considerando o conjunto dos sectores, constata-se que o aumento das necessidades de financiamento das Administrações Públicas (onde se inclui o subsector Estado, Segurança Social, autarquias, regiões autónomas e sector público administrativo) foi ainda assim inferior à redução das mesmas necessidades registadas junto do sector privado. Por tudo isto, o endividamento externo da economia portuguesa teve uma ligeira melhoria nos primeiros três meses deste ano.

Do lado das famílias, a informação do INE mostra que a par de uma redução do investimento, o primeiro trimestre deste ano revelou ainda uma descida do consumo privado (com uma quebra de 0,4% em cadeia) e uma redução mais ligeira (-0,1%) do rendimento disponível. No seu conjunto, estas três situações tiveram como consequência um aumento da taxa de poupança, mantendo-se, assim, a tendência de subida que começou a verificar-se no terceiro trimestre de 2008.

Relativamente às empresas (sector não financeiro), o INE assinala que "a variação negativa do investimento" contribuiu de forma significativa para a melhoria do respectivo saldo. Os mesmos dados, indicam que o investimento caiu 7,2% no primeiro trimestre de 2009, tendo em conta a evolução em cadeia.

No que diz respeito às remunerações, os dados do primeiro trimestre de 2009 ostentam também comportamentos diferentes entre as Administrações Públicas e o sector privado: enquanto no primeiro caso as variações homólogas e trimestral revelam subidas, no segundo a evolução dos encargos com remunerações manteve-se praticamente ao mesmo ritmo.

Tendo, no entanto, em conta a evolução das remunerações na AP - sem esquecer que os funcionários públicos tiveram este ano um aumento salarial de 2,9% - e nos restantes sectores da economia constata-se que a taxa de variação homóloga subiu 4,9% e a trimestral aumentou 3,1%.
(30.06.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Portugueses são pobres, estão desmobilizados mas consideram-se felizes

 

Estudo é apresentado em Lisboa.

Pobres, desmobilizados mas, apesar disso, felizes. Somos assim, os portugueses? No final do estudo Necessidades em Portugal – Tradição e Tendências Emergentes, os investigadores viram-se perante um país socialmente muito frágil, pouco capaz de se mobilizar individual e socialmente. Mas, apesar disso, com altos níveis de satisfação e felicidade.

Há dados conhecidos que o estudo confirma – os que se relacionam com níveis de desigualdades sociais ou taxas de pobreza, por exemplo. Mas Teresa Costa Pinto, socióloga do Centro de Estudos Territoriais, do ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa), diz que a investigação trouxe novidades: “Algumas dimensões da privação alargam-se a outros grupos que não estariam nos 20 por cento de pobres.”

Cerca de um terço da população vive “um contexto de precariedade” e está preocupado “com a sua sobrevivência”, indicam os resultados. A impossibilidade de pagar uma semana de férias fora, manter a casa aquecida (32,6 por cento não o conseguem) ou não usufruir da baixa médica total por razões económicas ultrapassam em muito os 20 por cento de pobres. O índice resultante do inquérito diz que 35 por cento dos portugueses têm uma privação alta ou média. Mais de metade (57 por cento) tem um orçamento familiar abaixo dos 900 euros.

Confirmam-se ainda outros dados conhecidos: o universo dos mais vulneráveis (que revelam mais sentimentos negativos) coincide com os idosos, as famílias monoparentais, os menos instruídos. Há aqui duas novidades: os mais jovens começam a enfrentar situações de vulnerabilidade; e as qualificações superiores também já não garantem emprego seguro.
Estas condições deficientes ou más coincidem com o nível de satisfação com a vida: em Portugal, ele é dos mais baixos, comparado com outros países da União Europeia. Mas o grau de satisfação (6,6 numa escala de 1 a 10) está claramente acima do ponto médio da escala, tal como o da felicidade (que chega aos 7,3 em 10).
(29.06.09/Fonte : Público)

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Rede de mobilidade eléctrica com tecnologia portuguesa

 

Posto de carregamento de veículos apresentados hoje.
Vinte municípios portugueses, empresas de engenharia, software, distribuição e energia dão hoje um novo passo na construção da rede de mobilidade eléctrica no país, numa cerimónia cujo ponto alto será a apresentação dos postos de carregamento eléctrico desenvolvidos por tecnologia portuguesa e já aptos a colocar no mercado.

Os novos postos de carregamento eléctrico de fabrico português são a face mais visível da actividade gerada até agora pelos compromissos assumidos pelo Governo para o desenvolvimento da infra-estrutura básica de alimentação dos veículos verdes. A instalar na via pública, em parques de estacionamento e junto a habitações, os postos foram desenvolvidos por um consórcio formado pela Efacec, pelo centro de engenharia do CEIIA, pela Novabase, Critical Software e EDP Inovação.

A partir de agora, um largo grupo de entidades públicas e privadas vai construir, no terreno, a rede de abastecimento: uma lista que inclui já os maiores municípios e que deve crescer nos próximos meses; os grupos de distribuição como a Sonae e Jerónimo Martins, prestando um novo serviço nos seus parques de estacionamento; e a Galp Energia com as suas estações de serviço. As autarquias e os centros comerciais preparam-se para vender carregamentos lentos e rápidos, enquanto a Galp ficará com os carregamentos rápidos, que deverão situar-se nos grandes eixos viários. No primeiro semestre de 2010, a primeira fase de instalação destes postos deverá ficar concluída.

Sete meses após o acordo entre José Sócrates e a Nissan-Renault para o desenvolvimento de uma rede de carregamento eléctrico, o projecto deixou de estar centrado neste construtor - uma opção que desagradou inicialmente à marca - e trabalha, neste momento, para uma rede aberta a quem venha a lançar carros eléctricos nos próximos anos. Desde então, outras marcas anunciaram que estão também, de forma mais empenhada, nesta corrida, como a Mitsubishi, que reclama a liderança nesta opção, e a Daimler.

Perguntas e Respostas
Afinal, o que é um carro eléctrico?
É um veículo que, em vez ter um motor de combustão interna, queimando gasolina ou gasóleo, tem um motor eléctrico. Tal como o primeiro precisa de encher periodicamente o depósito de combustível, o que faz num posto de abastecimento, também o carro eléctrico precisa de carregar, só que usando a rede eléctrica, uma ficha (incorporada no carro) e uma tomada (nos pontos de carregamento, estejam eles junto a casa, ao emprego ou ao posto de abastecimento).

Como é que é conduzir um carro eléctrico?
Como os que existem são experimentais e de pequenas séries, a comparação com os veículos convencionais deve ser cautelosa. Mas há, mesmo assim, há pontos que se podem pôr na balança. Vantagens: motor silencioso; não emite dióxido de carbono; aceleração mais rápida; menor custo do combustível (electricidade). Desvantagens: a curta autonomia, que já foi maior desvantagem, sendo que actualmente chega, em média, aos 130/150 quilómetros; preço até agora desmobilizador, embora os construtores prometam que vai baixar nos próximos anos para valores competitivos.

Um carro eléctrico é 100 por cento verde?
Depende, porque o conceito deve ser aplicado a todo o ciclo de vida do veículo e não apenas ao seu funcionamento, durante o qual há a certeza de que não emite qualquer grama de CO2. Só será 100 por cento amigo do ambiente se, em primeiro lugar, os materiais e o seu processo de produção tiverem em conta essas preocupações, nomeadamente através do tipo de materiais e dos processos energéticos utilizados até ser posto à venda no mercado. Em segundo lugar, será ‘eco’ se a energia eléctrica que consumir for adquirida em períodos do dia em que a energia é mais barata e com maior peso da produção renovável, nomeadamente os parques eólicos. Caso contrário, a ideia verde será apenas teórica.

Que carros eléctricos vão beneficiar com a rede em construção em Portugal?
Apesar de a aliança com a Renault Nissan ter sido o motor para o arranque da construção da rede de alimentação para os carros eléctricos em Portugal, ela vai servir todas as marcas de veículos eléctricos que venham a surgir no mercado. Isso obrigará, por exemplo, a uma harmonização de características de equipamentos entre construtores e empresas abastecedoras.

E preços e consumos?
Os construtores prometem carros a preços competitivos, mas falta ver na prática. Quanto a consumos, as projecções disponíveis (revelados pelo PÚBLICO em Março passado) indicam que com a chegada de um carro eléctrico, uma família portuguesa com um consumo anual de 3Mwh - equivalente à média nacional de consumo doméstico -, duplicará muito provavelmente este consumo. A nova conta de “combustível” deverá ficar, assim, por 300 euros/ano (600 euros no total), isto tendo em conta que três pressupostos foram cumpridos: que se tratam de veículos que não fazem mais do que 10 mil quilómetros por ano, que o seu carregamento foi feito no período de vazio nocturno da tarifa bi-horária e que se tem por base uma dos dois milhões de famílias portuguesas que registam este nível de consumo. A EDP estima que a venda de energia para os carros eléctricos pode chegar a render-lhe dois mil milhões de euros, segundo o seu presidente executivo, António Mexia, citado pelo semanário Expresso.

Por que os carros eléctricos têm demorado tanto tempo a surgir?
A aparente abundância de petróleo no século XX foi o grande argumento da indústria petrolífera, já de si poderosa, desencorajando a inovação tecnológica – o que fez com que o mundo ande há mais de um século com os mesmos motores de combustão interna, quando a ciência e tecnologia evoluíram significativamente em muitas outras áreas. Entretanto, surgiram preocupações económicas, ambientais e políticas. Os sinais de diminuição de recursos petrolíferos foram aumentando, as sociedades ocidentais assumiram que o consumo de petróleo causa graves impactos ambientais, associando-o ao efeito de estufa e, por fim, os políticos fizeram da energia e das alterações climáticas a sua última grande bandeira. Com as políticas restritivas de emissões de CO2, chegou o tempo para os carros limpos.
(29.06.09/Fonte : Público)

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Portugal: Lojas antecipam saldos para combater a crise

 

Em tempos de crise e de abrandamento das vendas, as ideias para fomentar o consumo são muitas. Apesar de não estarmos ainda na época oficial dos saldos, são diversas as lojas com grandes promoções que vão até aos 70% Vasco Melo, presidente da União da Associação de Comércio e Serviços, afirma que a antecipação dos saldos pode ter duas explicações. «Por um lado, este facto pode estar relacionado com a nova lei dos saldos, que permite aos comerciantes começarem a fazer promoções antes da época oficial de saldos», disse ao SOL.

«Por outro lado, a antecipação dos saldos também pode estar relacionada com a crise económica, que leva a uma maior necessidade de escoamento dos produtos», avança como um segundo motivo.

Contudo, a antecipação dos saldos pode implicar reduções maiores durante o período oficial dos mesmos e, pode também «trazer uma grande baralhação por parte do consumidor» devido às várias alterações que os preços dos artigos vão sofrendo desde o seu preço inicial.
(26.06.09/Fonte : Sol)

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Portugal perdeu 700 milionários em 2008

 

Existem 10400 portugueses com mais de 719 mil euros anuais.


A crise financeira fez Portugal perder 700 milionários em 2008. O número de pessoas com activos financeiros superiores a um milhão de dólares, cerca de 719 mil euros, (os chamados high net worth individuals, HNWI) caiu 6,4 por cento face ao ano anterior. Ou seja, segundo o World Wealth Report, há actualmente 10.400 milionários em Portugal, que representam uma fatia mínima da população total: apenas 0,09 por cento.

A desaceleração económica e a quebra do preço das casas e da capitalização de mercado são apontados no relatório, a que o PÚBLICO teve acesso, como os principais inibidores de riqueza. No lado oposto, a estimular a criação de riqueza, estão a descida das taxas de juro decididas pelo Banco Central Europeu, os apoios ao sector automóvel e a estagnação do consumo, para níveis de 2007.

Já em Março, quando a revista Forbes divulgou a lista dos mais ricos do mundo, os reflexos da recessão sentiram-se nas fortunas dos 946 milionários analisados. O nível médio de riqueza caiu 23 por cento para os três mil milhões de euros, o valor mais baixo de 2003. Américo Amorim, que continua a ser o português mais rico da lista da Forbes, tem uma fortuna avaliada em sete mil milhões de dolares, mas perdeu mais de metade da sua fortuna.

Segundo o relatório, elaborado agora pela Capgemini e pela Merrill Lynch, o número de ricos no mundo caiu para 8,6 milhões em 2008, menos 14,9 por cento face ao ano anterior. A riqueza dos HNWI desceu 19,5 por cento, para 32,8 biliões de dólares, numa queda sem precedentes nos últimos quatro anos. Entre 2005 e 2007, o número de pessoas com activos financeiros superiores a um milhão de dólares tem crescido a uma média de 7,2 por cento, mas a tendência inverteu-se o ano passado. A riqueza acumulada seguiu a mesma contenção, depois de ter subido à média anual de 10,4 por cento no mesmo período.

América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico foram as três regiões onde a descida foi mais acentuada. O número de HNWI nos Estados Unidos caiu 18,5 por cento em 2008 mas este país continua a ser a casa da maior parte dos ricos do mundo, com perto de 2,5 milhões, ou seja, 28,7 por cento do total de HNWI. No Reino Unido, há menos 26,3 por cento de ricos; em França 12,6 por cento.

Na Alemanha, apesar da queda histórica do PIB, o número desceu apenas 2,7 por cento. Juntos, os Estados Unidos, o Japão e a Alemanha concentram 54 por cento da população mais rica.

O World Wealth Report estima que a riqueza desta classe social cresça para 48,5 biliões de dólares até 2103, 8,1 por cento ao ano. "Este crescimento será motivado pela recuperação dos preços à medida que a economia global e o sistema financeiro se endireitem", lê-se no documento.(26.06.09
/Fonte : Público)

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Portugal: Particulares devem mais de 3 mil milhões

 

Crédito malparado aumenta em todo o tipo de empréstimos para o nível mais alto desde 1999.

 

Os créditos a particulares de cobrança duvidosa estão a aumentar significativamente: em Abril, havia 3,38 mil milhões de euros por pagar em empréstimos ao consumo, à habitação e para outros fins.

O Boletim Estatístico do Banco de Portugal (BdP) ontem divulgado mostra que entre Abril do ano passado e deste ano, o crédito malparado entre os particulares subiu 34%, representando, agora, 2,54% do total de empréstimos concedidos. Este é o peso mais alto desde 1999.

A falta de pagamento atinge todas as tipologias de empréstimos, sendo o incumprimento mais relevante no crédito ao consumo. Em Abril, segundo o BdP, havia 910 milhões em falta, o que representa 5,98% do total de empréstimos concedidos. Nesta categoria, o malparado não era tão elevado desde 1998. No crédito para outros fins, o malparado representa 8,91% do total concedido.

Nos empréstimos à habitação a taxa do incumprimento é mais reduzida (1,65% do total), mas é a a mais alta desde Dezembro de 1997. Na habitação estavam por pagar, em Abril, 1,75 mil milhões de euros, mais de metade do valor total do crédito malparado.

A falta de pagamento dos empréstimos é, também, uma tendência crescente no crédito às empresas. Aqui, o malparado atingiu os 3,71 mil milhões de euros, em Abril, mais 91,7% do que no mês homólogo. O peso do incumprimento das empresas é de 3,16% do financiamento total concedido, a percentagem mais elevada desde Fevereiro de 2000. Neste caso, o peso do malparado duplicou desde o final de 2007, segundo os dados do BdP.

Apesar de se manter a um ritmo baixo, a concessão de empréstimos aumentou no mês de Abril. Os empréstimos a particulares subiram 1,89%, face a Abril de 2008, para os 133,3 mil milhões de euros. Seguindo a mesma tendência, o crédito concedido às empresas aumentou 10,31%, atingindo os 117,3 mil milhões de euros, adianta o Boletim Estatístico de Junho.

No caso específico do crédito à habitação, o aumento dos empréstimos concedidos foi de 1,9%, situando-se nos 105,5 mil milhões de euros. No crédito ao consumo, a subida foi de 4,48%, face a Abril do ano passado, para um valor de 15,4 mil milhões de euros.

Nestas duas categorias, o BdP, salienta que se regista uma descida na taxa de juro há cinco meses consecutivos.

A taxa de juro média praticada pela banca nos empréstimos à habitação foi de 4,07%, em Abril, mantendo-se em queda desde Novembro do ano passado. Nesse mês, os juros no crédito à habitação estavam nos 5,99%. Há um ano, os juros aplicados neste caso estavam nos 5,47%. No crédito ao consumo, a taxa de juro praticada baixou, em Abril, para 10,40%, e está a descer há três meses seguidos. Em Janeiro esta taxa era de 11,05%.
(24.06.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Pioneer [no Seixal] despede 127 empregados

 

Empresa de produção de auto-rádios vai fechar.


A Pioneer, empresa de produção de auto-rádios, anunciou ontem em comunicado aos seus trabalhadores a intenção de encerrar a fábrica do Seixal, deixando 127 empregados no desemprego.

A empresa justifica esta medida com a queda do volume de vendas, estimando que desde o final do ano de 2008 as vendas tenham caído cerca de 25%. Outra das razões apontadas foi a queda do preço médio dos auto-rádios, que baixou dos 143 euros em 2005 para os 97 euros no ano final de 2008.

A crise financeira mundial veio acelerar o processo de degradação da empresa, uma vez que o sector automóvel foi dos mais atingidos, o que penaliza indirectamente a produção de auto-rádios.

Estes factores levaram a que os prejuízos da empresa passassem dos 600 mil euros em 2006 para os 3,4 milhões actuais.
(24.06.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Empresas do ramos automóvel querem reduzir trabalho

 

Diversas empresas do sector automóvel pretendem reduzir a sua actividade. É o caso da Caetano Auto –comércio de automóveis e Automeclis, anunciou a Federação Intersindical das indústrias metalúrgicas, química, farmacêutica, eléctrica.

O Sindicato dos Metalúrgicos está a promover hoje plenários de trabalhadores da Caetano Auto, na sequência da intenção da administração de reduzir do período normal de trabalho. A pretensão foi comunicada no passado 17 de Junho e esteva já marcada uma reunião negocial com as estruturas sindicais.

Na Automeclis, como refere o mesmo comunicado, os trabalhadores receberam cartas com a intenção da administração em reduzir a prestação de tempo de trabalho, dado não haver representantes eleitos pelos trabalhadores com quem pudessem negociar. As estruturas sindicais reagiram de imediato negando essa declaração e exigiram o cumprimento da lei.

Estas iniciativas seguem-se a outras, nomeadamente das actividades fornecedoras da firma Autoeuropa, afectadas pela redução da actividade da multinacional.
(24.06.09/Fonte : Público)

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Carga fiscal sobe em Portugal

 

Impostos representavam 36,8% do PIB em 2007, contra 34,3% em 2000.

 

A carga fiscal em Portugal passou de 34,3% para 36,8%, entre 2000 e 2007, tendência inversa à da Zona Euro. Mas, apesar do aumento, o peso dos impostos no PIB em Portugal é inferior ao da média da UE (39,8%) e da Zona Euro (40,4%). De acordo com um relatório ontem divulgado pela Comissão Europeia, baseado em dados do Eurostat, a UE é a região com impostos mais elevados, acima dos Estados Unidos (28,3% do PIB) e do Japão (27,9% do PIB).

Reagindo ao estudo que revela o aumento da carga fiscal, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, considera que os dados reflectem "os avanços no combate à fraude e evasão fiscal e a diminuição da economia paralela".

Quase metade da receita fiscal na UE (48,7%) provém dos impostos relativos ao trabalho, contra 27,8% da tributação ao consumo e 23,5% das receitas vindas dos impostos sobre o capital. No capítulo do consumo, em particular, o relatório da Comissão indica que se regista uma tendência ascendente desde 2002, a par de uma subida na tributação ao capital.

Nos três sectores responsáveis pela receita fiscal focados, só no capital Portugal se encontra acima da média europeia. Contra uma taxa de tributação na UE de 28,7% e de 29,8% na Zona Euro, Portugal registava em 2007, uma taxa de 34%. Nos impostos sobre o trabalho, a taxa é igual a 30%, 4,4 pontos abaixo da média dos 27.
(23.06.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Empresa de confecções de Castelo Branco despede todas as 150 trabalhadoras

 

firma estava parada há duas semanas, sem encomendas.
 

A empresa de confecções Mateus e Mendes, de Castelo Branco despediu todas as suas 150 trabalhadoras, disse hoje à agência Lusa fonte sindical.

A firma estava parada há duas semanas, sem encomendas, e as trabalhadoras receberam a notícia ontem, disse o presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa, Luís Garra.

De acordo com aquele responsável, a Mateus e Mendes tem um processo de insolvência em curso, sendo aguardada nas próximas semanas uma proposta de recuperação.

“O sindicato defendeu que, não havendo trabalho, a suspensão de contratos até à decisão da assembleia de credores era a melhor solução, mas a empresa optou pelo despedimento”, disse o sindicalista à agência Lusa.

“Espero que esta opção não tenha sido uma limpeza de terreno para outros tomarem conta da empresa, libertos das obrigações com pessoal”, alertou.

O processo de insolvência decorre no Tribunal de Castelo Branco. Com o despedimento, as trabalhadoras são credoras de indemnizações e outros valores previstos na lei, bem como do salário correspondente aos dias de trabalho de Junho, adiantou Luís Garra.
(23.06.09/Fonte : Público)

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Desemprego dispara no Algarve

 

No final de Maio havia 489 115 pessoas inscritas nos centros de emprego, mais 27,6% do que há um ano. O Algarve foi a região onde o perda do emprego mais se fez sentir. Já o Norte tem 43,8% do total de desempregados do País.

No Algarve, eram 18 524 os trabalhadores inscritos nos centros de emprego. Olhando para Maio de 2008, o número de desempregados na região subiu 82%, recorde nacional. A Madeira registou outra subida acentuada, com mais 41,1% de desempregados do que há um ano.

Comparando só com Abril a tendência muda. Maio registou menos 2520 desempregados, a primeira descida em dez meses. Números que Francisco Madelino, líder do Instituto de Emprego e Formação Profissional, acredita serem "primeiros sinais da recuperação do mercado".
(23.06.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Uma em cinco crianças em Portugal é pobre

 

País ocupa cauda da tabela europeia de bem-estar infantil. Dificuldades económicas atingem um terço.

 

Portugal ocupa o 21.º lugar, entre 29 países europeus, relativamente ao bem-estar infantil. Em termos de Educação somos mesmo a terceira pior nação. Os apoios apenas conseguem eliminar 5% da pobreza infantil que era de 21% em 2006.

Um estudo incluído num trabalho da Fundação Europeia para a Ciência sobre as crianças coloca Portugal nos últimos lugares do ranking de bem-estar infantil. O documento, que foi divulgado a 17 de Junho, utiliza dados oficiais da União Europeia e demonstra que, na grande parte destes países, a pobreza atinge mais os jovens entre os 0 e os 17 anos do que a população em geral.

No que diz respeito a Portugal, o estudo indica que, em 2006, ainda antes de entrar em cena a crise económica que actualmente atravessamos, existiam 21% de crianças a viver abaixo do limiar da pobreza - em lares com menos de 60% do rendimento médio nacional, mesmo após a obtenção de apoios e subsídios. Ainda de acordo com os dados do trabalho, perto de um terço das crianças portuguesas habita em lares com falta de bens consumíveis e 39% vivem com constrangimentos financeiros.

O estudo, que analisa os principais indicadores europeus sobre rendimento, educação e condições de vida, pormenoriza em sete domínios as principais condições de vida das crianças. Neste quadro, Portugal ocupa a 21.º posição, entre 29 países, com 94,5% da média europeia de bem-estar infantil.

Relativamente aos diferentes campos de análise, em termos de Educação somos mesmo o terceiro pior país dos analisados. No que diz respeito à Saúde e condições materiais os dados também não são reconfortantes, já que ocupamos a 21ª posição. Aliás, nestes items, apenas em termos de prevenção de risco conseguimos entrar nos dez primeiros, ficando-nos pela 9ª posição.

Um outro aspecto a realçar do estudo é o facto de os apoios, estatais e não estatais, conseguirem reduzir a taxa de pobreza infantil em Portugal em cerca de um quinto do seu valor - passa de 26% para 21%. No entanto, quando comparados estes valores com os dos outros países europeus, constata-se que em apenas cinco países - Dinamarca, Chipre, Reino Unido, Islândia e Eslovénia - a taxa de pobreza infantil, antes de apoios, é menor do que Portugal.

No entanto, os restantes países europeus conseguem reduzir as suas taxas de pobreza infantil através de apoios estatais ou de organizações não governamentais às famílias carenciadas e atiram Portugal para a 17ª posição.
(22.06.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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[Autoeuropa] Risco de ficar sem emprego para 250

 

Trabalhadores rejeitaram pré-acordo que mantinha postos de trabalho.

 

Os trabalhadores da Autoeuropa rejeitaram uma nova proposta da para a flexibilização do trabalho, abrindo caminho para a saída de 250 trabalhadores contratados a prazo que, caso o pré-acordo fosse aceite, não seriam despedidos.

O impasse sobre o futuro da construtora automóvel de Palmela levou o primeiro-ministro, José Sócrates, a apelar ao consenso entre as duas partes. "Eu tenho a certeza que os administradores da Autoeuropa e os trabalhadores acabarão por chegar a um acordo", defendeu o primeiro-ministro, lembrando que esse acordo é "muito importante".

A Autoeuropa emprega cerca de 3000 trabalhadores e em risco imediato estão cerca de 70 postos de trabalho, cujos contratos terminam no final deste mês, mas a administração da empresa ainda não decidiu se vai rescindir os contratos ou não. Segundo a directora de relações públicas e governamentais da Autoeuropa, Carmo Jardim, o director-geral da fábrica de Palmela, Andreas Hinrichs, está na Alemanha, em reuniões na casa mãe da Volkswagen, pelo que ainda não há nada decidido quanto à questão dos despedimentos.

Carmo Jardim adiantou, também, que, neste momento, não há uma data definida para a apresentação das novas medidas, "para fazer face às oscilações de mercado", a tomar depois da rejeição deste pré-acordo.

"Ainda não temos nenhum dia agendado, mas será muito em breve", referiu a relações públicas. Num comunicado enviado ontem às redacções, depois de conhecer os resultados da votação, a administração da Autoeuropa garantiu que vai continuar a "esforçar-se por oferecer aos seus colaboradores as melhores condições possíveis no quadro altamente competitivo que hoje caracteriza a disputa pela produção de novos modelos entre todas as fábricas do grupo, assegurando o futuro da empresa".

A Comissão de Trabalhadores (CT) espera conhecer as novas medidas da administração na próxima quarta-feira e acredita que a empresa não vai propor um novo acordo.

"Em princípio, não vai haver mais nenhum acordo", referiu Manuel Martins, da Comissão. O porta-voz da CT, António Chora, explicou que perante a recusa dos trabalhadores do pré-acordo, que previa uma redução do pagamento do trabalho extraordinário em seis sábados por ano, a principal preocupação da Comissão é a manutenção dos 250 contratados. Chora defendeu, ainda, que o acordo rejeitado por 51,76% dos 2668 colaboradores que votaram, "era a melhor solução para fazer face aos problemas do sector nos próximos dez ou 11 meses". O medo de perderem direitos adquiridos é, na opinião, de António Chora, uma das justificações para a atitude dos trabalhadores, a quem agora resta esperar pelas medidas que a administração da Autoeuropa irá tomar.

"A administração colocou várias medidas alternativas durante as negociações. Agora vamos esperar pelo que nos irá propor na próxima semana", adiantou o porta-voz dos trabalhadores.

Além do primeiro-ministro, o ministro da Economia, Manuel Pinho, manifestou a sua preocupação quanto ao futuro da empresa. "Estou muito preocupado e do fundo do coração espero bem que os trabalhadores reconsiderem as consequências que uma decisão destas pode ter", disse Pinho, lembrando que o Governo "nada pode fazer nesta matéria, porque os trabalhadores são totalmente livres".
(19.06.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Portugal perdeu mais postos de trabalho que a média europeia

 

A Zona Euro perdeu nos primeiros três do ano 1,22 milhões de postos de trabalho, ou seja, o número de pessoas empregadas baixou 0,8% face ao último trimestre do ano passado, a maior quebra registada desde que são compilados estes dados, 1995.

Segundo divulgou ontem o Eurostat, fazendo a comparação com igual período do ano anterior, no primeiro trimestre deste ano, o número de empregos na Zona Euro desceu 1,2%, o mesmo acontecendo na União Europeia a 27.

Dados relativos a Portugal colocam o país acima da média europeia. Quando comparado com o último trimestre de 2008, o país perdeu 1,2% dos postos de trabalho, na análise com período homólogo de 2008, a descida foi de 1,6%.

Na Zona Euro, Espanha continua a ter os valores mais elevados, tendo nos primeiros três meses do ano perdido 6,4% dos seus postos de trabalho em relação ao primeiro trimestre de 2008.

Vários especialistas explicam estes valores com a forte recessão, que tem obrigado muitas empresas a despedir trabalhadores.

Estes dados referem-se à Europa, mas o problema do desemprego atinge todo o mundo, e também ontem a Organização Mundial do Trabalho (OIT), na abertura da mini-conferência sobre o emprego, em Genebra, instou os governos a tomarem medidas urgentes a favor do emprego.

"O mundo não pode permitir-se esperar que o emprego volte a arrancar alguns anos após a retoma económica", disse o director do secretariado da OIT, Juan Somavia, lembrando que a crise do emprego poderá durar entre quatro a cinco anos além da crise económica, sem medidas de convergência entre os países .

"O nosso objectivo é pôr em prática as medidas recomendadas pelo Pacto Mundial para o Emprego para acelerar a retoma e coordenar internacionalmente as medidas de modo a que ninguém seja deixado de lado ou para trás", acrescentou.
(16.06.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Aldi reforça competição com Lidl

 

Retalhista alemã quer concorrer com o Lidl e o Minipreço em todo o território português.

A cadeia alemã de supermercados de baixo preço Aldi planeia expandir fortemente a operação em Portugal este ano. Instalada no País desde 2006, o Aldi começou por abrir cinco filiais no Algarve, aproveitando, sobretudo no Verão, a presença de um público europeu familiarizado com a empresa. Desde então, foram acrescentados mais 14 pontos de venda no Alentejo e no Centro, o último inaugurado na semana passada, em Sintra.(15.06.09/Fonte : Diário Económico)

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Desempregados ainda não podem aceder ao apoio para crédito à habitação

 

A linha de crédito que o Governo lançou para desempregados com empréstimo à habitação está ainda em fase de operacionalização, apurou hoje a Lusa junto das entidades envolvidas.

Os desempregados ainda não podem aceder ao mecanismo que o primeiro-ministro José Sócrates anunciou no Parlamento a 18 de Março, apesar de estar já em vigor o Decreto-Lei.

Até ao momento, os bancos limitam-se a registar as declarações de interesse dos clientes.

A medida entrou em vigor dia 13 de Maio após a publicação em Diário da República de um Decreto-Lei relativo a esta medida extraordinária, decidida pelo Governo para ajudar os portugueses desempregados que não consigam suportar os encargos com os créditos que contraíram para comprar casa.

No entanto, tanto o Ministério das Finanças como algumas instituições de crédito, reconhecem que a medida ainda não está operacional.

Os bancos contactados pela Lusa (BCP, Barclays, Montepio Geral e Santander Totta, entre outros), disseram de uma forma mais ou menos generalizada que aquilo que têm feito ao longo deste período é apenas o registo das "manifestações de intenção de clientes que procuram informação ou acesso a esta medida" uma vez que estão ainda por definir várias questões relativas à operacionalização do financiamento.

As instituições não adiantam números ou informação sobre os pedidos recebidos.

Apenas o Montepio Geral referiu que até à data "não tem registado grande procura", com os clientes que demonstraram interesse na legislação e nos seus benefícios a solicitarem "apenas informações sobre o teor do diploma legal".

Contactada pela Lusa, fonte oficial do Ministério das Finanças assegurou que a direcção-geral do Tesouro e Finanças (DGTF) "tem vindo a ultimar com algumas instituições de crédito, designadamente com aquelas que têm vindo a aderir posteriormente, a operacionalização desta linha de crédito".

"Não obstante a complexidade dos procedimentos envolvidos e a adesão faseada das próprias instituições de crédito, pretende-se que tal facto não constitua impedimento à concessão atempada de apoio aos potenciais beneficiários por parte de qualquer instituição de crédito", acrescentou.

Assim, de acordo como Ministério de Teixeira dos Santos, no presente, "estão a ser definidos procedimentos técnicos adicionais que exigem o envolvimento de outros intervenientes como sejam o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o Banco de Portugal e a Direcção Geral de Contribuições e Impostos (DGCI)".

A moratória, pensada para ajudar famílias em que um ou mais agregados estejam em situação de desemprego há pelo menos três meses, consiste no reembolso dos empréstimos à habitação própria e permanente de 50 por cento da prestação mensal.

"Os três meses de desemprego são indispensáveis para a elegibilidade ao empréstimo do Estado, pelo que, se as partes assim acordarem, o mutuário poderá desde logo beneficiar de 3 meses de retroactividade", explica ainda o Ministério das Finanças.

Esta retroactividade pode ainda ser estendida até seis meses, caso o desempregado tenha perdido o emprego por quatro, cinco ou seis meses, acrescentou.

A utilização da linha de crédito está ainda sujeita ao limite máximo de 500 euros de redução da prestação suportada por quem pediu o empréstimo.
(12.06.09/Fonte : Público)

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[PORTUGAL] INE: produção caiu 3,2% e emprego recuou 6,9% em Abril

 

A produção na construção caiu 3,2 por cento em Abril em termos homólogos, enquanto o emprego e as remunerações no sector diminuíram 6,9 e 6,3 por cento, respectivamente, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os Índices de Produção, Emprego e Remunerações na Construção do INE, a produção na construção apresentou uma diminuição de 3,2 por cento em Abril em termos homólogos, "menos intensa do que a verificada no mês anterior (4,2 por cento)".

O segmento 'construção de edifícios' registou em Abril uma diminuição homóloga de 7,4 por cento e uma variação média anual de menos 6,4 por cento.

Já o segmento 'engenharia civil' apresentou uma subida homóloga de 1,3 por cento e uma variação média anual de 1,7 por cento.

No que respeita ao emprego no sector da construção, o INE aponta uma diminuição homóloga de 6,9 por cento em Abril, menos 0,6 pontos percentuais em relação à variação registada em Março.

Face ao mês anterior, o emprego no sector recuou 0,7 por cento, enquanto a taxa de variação média nos últimos 12 meses foi de menos 3,6 por cento.

Em Março, as remunerações registaram uma quebra homóloga de 6,3 por cento, depois de terem apresentado uma redução de 5,7 por cento em Março.

Quando comparadas com o mês anterior, "as remunerações registaram uma variação de 1,3 por cento", enquanto "a taxa de variação média nos últimos 12 meses fixou-se em -1,2 por cento", refere o INE.
(11.06.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Despesas públicas: 1,3 mil milhões em irregularidades

 

O Tribunal de Contas detectou, através das suas auditorias, despesas públicas irregulares no valor de 1, 3 mil milhões de euros ao longo de 2008, um aumento de 60 por cento face a 2007. Trata-se de irregularidades e não de ilegalidades, concretizou o presidente do TC, Guilherme d’Oliveira Martins.

Pagamentos não-orçamentados e contabilização indevida de fundos comunitários contam-se entre as irregularidades encontradas, nos vários níveis da administração do Estado, ou seja, central, regional e local. Estas situações deram origem a recomendações, que, na sua maioria, foram seguidas, tendo o Tribunal de Contas contabilizado, por essa via, uma poupança de 11,5 milhões de euros.

Num encontro com jornalistas, o presidente do Tribunal de Contas revelou ainda que o inventário do património do Estado é, neste momento, uma "prioridade".

Oliveira Martins manifestou-se preocupado com a ausência de informação sobre o património e sublinhou a necessidade de o Estado ter "mais cuidado", nomeadamente quando é dado como garantia.

"É indispensável que os cidadãos conheçam o património público existente, defendeu Oliveira Martins.

A preocupação do presidente do TC não vai para as transacções de imóveis como prisões ou estabelecimentos militares – esse é público –, mas para o património que não se sabe que é do Estado.

Oliveira Martins explicou que está neste momento um conselheiro (juiz do Tribunal de Contas) a avaliar a questão, não podendo, por isso, adiantar de que forma será recolhida a informação.

GESTORES MULTADOS MULTIPLICARAM
O número de multas aplicadas pelo Tribunal de Contas a responsáveis públicos devido a infracções financeiras triplicou entre 2007 e 2008. No total, no último ano foram multados 166 gestores, que, para evitar julgamento, pagaram voluntariamente mais de 107 mil euros. Contam-se entre estes casos gestores que, por exemplo, fizeram ajustes directos em vez de concurso público. Também o número de gestores multados por questões processuais – falta de resposta atempadamente, por exemplo – aumentou em 2008. Neste âmbito, foram multados 42 gestores, no valor de 30 mil euros.

PORMENORES
ÁGUAS DE PORTUGAL
O Tribunal detectou em 2008 impactos financeiros no grupo Águas de Portugal de 321,2 milhões de euros, dos quais 85% dizem respeito à "contabilização indevida de fundos comunitários".

ORÇAMENTO
O orçamento do tribunal rondou os 25 milhões de euros, dos quais 77 por cento provêm do Orçamento de Estado e o restante do cofre da instituição.

PRIORIDADES
O combate às derrapagens nas obras públicas, o cumprimento do Plano Oficial de Contabilidade Pública, e o cumprimento das regras da concorrência são outras das prioridades.
(09.06.09/Fonte : Correio da Manhã)

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ELEIÇÕES EUROPA: Abstenção de 97,8 % entre emigrantes portugueses

 

A eleição do 22.º deputado português para o Parlamento Europeu fica dependente dos votos dos emigrantes, que estarão concluídos ao longo do dia de segunda-feira.

A abstenção nas comunidades portuguesas a residir no estrangeiro nas eleições para o Parlamento Europeu é 97,8 %, segundo a Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI).

A eleição do 22.º deputado português para o Parlamento Europeu fica dependente dos votos dos emigrantes, que estarão concluídos ao longo do dia de segunda-feira, disse à Lusa fonte da DGAI.

Segundo a mesma fonte, o escrutínio está concluído em território nacional, faltando apurar os votos dos portugueses residentes no estrangeiro, que serão conhecidos ao longo do dia de segunda-feira.

Num sufrágio com 62,95 por cento de abstenção (61,24 em 2004), o PSD conseguiu 1 127 128 votos expressos (31,69 por cento), elegendo um total de oito deputados para o Parlamento Europeu.

O PS recolheu 945 362 votos (26,58 por cento) e elegeu sete eurodeputados, perdendo cinco mandatos relativamente ao acto eleitoral de 2004.

A terceira força política mais votada nestas eleições para o Parlamento Europeu, em que os votos em branco quase duplicaram relativamente há cinco anos, foi o Bloco de Esquerda, que contabilizou 10,73 por cento das intenções (379 290 votos).

O Bloco de Esquerda, que duplicou a votação registada há cinco anos, garantiu a eleição de dois deputados, mais um do que na anterior eleição europeia e poderá ainda obter mais um mandato depois do apuramento dos resultados nos consulados.

O PCP-PEV, que, nesta eleição europeia se fixou nos 10,66 por cento (379 290 votos), subiu a votação para os dois dígitos e manteve os mesmos dois mandatos alcançados em 2004, em que ficaram à frente dos bloquistas.

Os restantes dois eurodeputados foram eleitos pelo CDS-PP, que obteve 297 823 votos expressos (8,37 por cento).

Nas comunidades portuguesas no estrangeiro, estavam registados pouco mais de 200 mil eleitores.
(08.06.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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 Frulact reforça venda de fruta na Europa com nova fábrica

 

Empresa da Maia compra em França a divisão de preparados de fruta para iogurtes do grupo Kerry.

A Frulact, empresa portuguesa de preparados de fruta, comprou a divisão francesa de preparados de fruta para iogurtes ao Kerry Group, empresa holandesa que tem um complexo de seis fábricas em Apt, sudeste de França.

Depois de ter entrado neste mercado em 2001 e de integrar o lote de cinco maiores ‘players' europeus em 2006 - quando adquiriu a francesa Granger Bouguet Pau -, a Frulact reforça assim a sua presença no mercado francês, país que representa cerca de 50% do negócio.
(05.06.09/Fonte : Diário Económico)

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Volume de negócios da indústria caiu 23,2 por cento em Abril

 

Tendência negativa voltou a acentuar-se em termos homólogos. A queda de negócio foi maior nas vendas ao estrangeiro.


O volume de negócios da indústria portuguesa caiu, em Abril, 23,2 por cento face ao mesmo mês do ano passado.

Esta variação acentuou substancialmente a perda homóloga de 18,1 por cento registada em Março e está ao nível da variação homóloga dos meses de Janeiro (-23,3) e Fevereiro (-25,8).

A variação homóloga do volume de negócios da indústria nacional é sistematicamente negativa desde Outubro (-2,6%) e tinha-se vindo a agravar consecutivamente até Fevereiro, para apresentar depois uma variação menos negativa. Mas os novos dados de Abril indicam que isso foi sol de curta duração.

A variação homóloga de Abril reflecte quebras de negócio quer no mercado interno quer no externo, mas foram mais intensas no comércio com o exterior (-27,1%, 1,8 pontos percentuais abaixo do valor de Março). No mercado interno a variação foi de -20,9%, quando em Março fora de -13,8%.

A variação mensal de Abril face a Março foi de -3,1 por cento, quando a de Março face a Fevereiro tinha sido de 12,4 por cento.

O emprego, as remunerações e as horas trabalhadas também diminuíram naquele mês, respectivamente 5,7, 5,8 e 7,6 por cento face a Abril de 2008.
(04.06.09/Fonte : Público)

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Riopele e Coelima sem limite de rescisões : 600 empregos em risco


Seiscentos trabalhadores da Riopele e da Coelima, empresas do sector têxtil, podem ficar sem emprego.


O sindicalista Adão Mendes disse ao CM que tanto a empresa de Famalicão como a de Guimarães “estão em processo de emagrecimento”.

Nas suas contas, “o grupo Riopele tem cerca de 1200 trabalhadores e podem vir a fixar-se nos 800, e a Coelima, com cerca de 700, pode reduzir a 500, daqui a uns meses”. Por lei, o limite de rescisões, sem que os trabalhadores percam o subsídio de desemprego, é menor do que a Riopele e Coelima podem vir a fazer, sendo de 80 em três anos, para empresas com mais de 250 trabalhadores. Contudo, a Riopele conseguiu anteontem estatuto para negociar acima das quotas previstas. Adão Mendes admite que cada caso tem um tratamento individual e que as empresas podem “solicitar alternativas à lei”.

1900: DIMINUIÇÃO DRÁSTICA
As duas empresas empregam cerca de 1900 trabalhadores. Com as rescisões, o número de funcionários pode diminuir para 1300.
(04.06.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Portugal mais pobre

 

Queda do PIB no primeiro trimestre.
A riqueza da economia portuguesa caiu 1,5 por cento, no primeiro trimestre deste ano face aos últimos três meses do ano passado, de acordo com os dados revelados hoje pelo Eurostat. Em termos europeus, a queda do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 2,5 por cento, para o mesmo período, refere o organismo responsável pelas estatísticas europeias.

O cenário de crise acentua-se quando se compara os resultados deste primeiro trimestre com o período homólogo de 2008, com a queda interna a fixar-se nos 3,7 por cento e na União Europeia a contrair-se 4,8 por cento.
(03.06.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Vendas de carros em Portugal caem 39% até Maio

 

Apesar das vendas continuarem a decrescer já houve uma leve melhoria. Comerciais ligeiros são os mais afectados.

As campanhas de publicidade agressivas que os fabricantes de automóveis têm feito para alavancar as vendas parecem estar a surtir alguns efeitos positivos. Apesar das vendas de carros em Portugal continuarem a cair já se nota uma ligeira melhoria. Em Maio foram vendidos 16.582 veículos, um número que representa uma queda de 35,3% face ao mesmo mês no ano passado.
(02.06.09/Fonte : Diário Económico)

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Desemprego em Portugal acima da média da Zona Euro

 

A taxa de desemprego na zona euro subiu em Abril para 9,2 %, contra 8,9 % em Março, com Portugal a acompanhar a tendência, segundo os dados do Eurostat.

A taxa, a mais alta nos países da moeda única desde Setembro de 1999, saiu acima das previsões dos analistas consultados pela agência de informação Bloomberg, que apontavam em média para 9,1 por cento.

Em Portugal a taxa de desemprego calculada pelo gabinete de estatística europeu aumentou para 9,3 por cento, mais duas décimas do que no mês anterior, mantendo a tendência de subida iniciada em Novembro último.

Na União Europeia no seu conjunto, a taxa de desemprego fixou-se em Abril nos 8,6 por cento contra 8,4 por cento em Março.

Em Abril de 2008, as taxas de desemprego eram de 7,3 por cento na zona euro e de 6,8 por cento na UE-27.

De acordo com o Eurostat, 20,825 milhões de homens e mulheres estavam no desemprego em Abril de 2009 na UE-27, dos quais 14,579 milhões na zona euro. Face a Março, o número de desempregados aumentou em 556.000 na UE-27, e de 396.000 na zona euro.

Face a Abril de 2008, há mais 4,653 milhões de desempregados na UE-27 e 3,100 milhões na zona euro.

Entre os Estados-membros, as taxas de desemprego mais baixas foram registadas na Holanda (3,0 por cento) e na Áustria (4,2 por cento) e as mais elevadas em Espanha (18,1 por cento), na Letónia (17,4 por cento) e na Lituânia (16,8 por cento).(02.06.09
/Fonte : Jornal de Notícias)

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PSA de Mangualde com novo automóvel em 2010

 

Investimento de 23 milhões de euros permite manter 800 postos de trabalho.


A Peugeot-Citroën de Mangualde (PSA) garantiu a produção de um novo modelo a partir do primeiro semestre de 2010. O investimento previsto é de 23 milhões de euros. O "lay-off" vai manter-se em Junho, mas mais reduzido.

Menos dias de "lay-off" e um novo modelo que assegura a continuidade da fábrica de Mangualde. Estas duas notícias - que têm reflexo positivo na vida dos 800 trabalhadores da empresa - foram ontem anunciadas pelo director-geral da PSA, Juan Codina, que escusou, no entanto, adiantar qual vai ser o novo carro que a partir do próximo ano começa a ser produzido nesta unidade portuguesa da Peugeot-Citroën.

Os pormenores ontem divulgados - numa sessão que teve por palco o Ministério da Economia -- foram poucos, ficando, contudo, a saber-se que a PSA vai investir 23 milhões de euros para receber o novo modelo. Este investimento não terá incentivos fiscais, mas gozará de benefícios financeiros por estar em causa "um projecto de interesse estratégico". O ritmo de produção deverá atingir os 160 carros por dia.

Juan Codina salientou que o fabrico do novo modelo vai permitir "manter os investimentos e dar continuidade à fábrica [de Mangualde], o que é muito importante em tempos de crise". A "conquista" da produção do novo carro vai ainda permitir manter os 800 postos de trabalho, não se prevendo, pelo menos para já, novas contratações de pessoal. Em 2008, a PSA Mangualde contava com cerca de 1400 colaboradores, tendo, entretanto, dispensado algumas centenas.

Na ocasião, o ministro da Economia salientou que este exemplo da PSA Mangualde mostra que o caminho a seguir em tempos de crise consiste em "não baixar os braços". Manuel Pinho referiu ainda o facto deste novo investimento significar que "a fábrica continua a apostar no nosso país" e que a PSA "está contente com a competitividade em Portugal".

Juan Codina referiu também ontem que a empresa vai manter o "lay off", mas reduzido. Em Maio, a paragem foi de cinco dias, prevendo-se que este mês seja apenas de um a dois dias.

Do lado da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), a entrega de um novo modelo à fábrica de Mangualde é "uma boa notícia", mas em declarações ao JN, o presidente da AFIA, Pedro Valente de Almeida, lembrou que poderá não ter reflexos para as empresas nacionais dos componentes automóveis.

Neste sentido, Pedro Valente de Almeida lamentou que não haja uma estratégia concertada, com o apoio institucional do Governo, para mostrar ao sector automóvel que a indústria de componentes portuguesa tem capacidade para fornecer os construtores.

Referindo-se concretamente ao programa de apoio ao sector automóvel, o presidente da AFIA considera que se deveria avançar para uma nova versão que introduza alterações nas exigências do programa de qualificação e emprego. É que, precisou, a obrigatoriedade de manter o mesmo nível de emprego do ano anterior impede muitas empresas de aderir a este programa. "Desde o início que alertei para esta questão", precisou, sublinhando que, face à actual quebra do mercado, as empresas não conseguem garantir o mesmo número de empregos de 2008.

O presidente da AFIA vai ainda mais longe e admite até que algumas empresas possam começar a ter de avançar para despedimentos colectivos.
(02.06.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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