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05/09

Consumidor e empresários [portugueses] recuperam confiança

 

Clima económico interrompe queda iniciada em Maio de 2008.

A confiança dos consumidores na economia portuguesa subiu nos últimos dois meses, "embora de forma mais expressiva em Maio", interrompendo queda verificada desde final de 2006 e depois de, em Março, ter apresentado o mínimo histórico da série iniciada em Junho de 1986, refere o INE.

 

As melhores perspectivas sobre a evolução da situação económica do País e o desemprego explicam a reviravolta. E também os empresários da indústria, construção, comércio e serviços estão mais optimistas, esperando uma recuperação da procura e uma melhoria da produção.

 

O indicador de clima económico, por seu lado, inverteu a tendência de queda iniciada precisamente há um ano, depois de em Abril ter atingido o valor mínimo da série iniciada em 1989. Em Maio, aquele indicador apresentou "um andamento positivo em todos os sectores", realça o INE.(29.05.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Bosch cria emprego em Braga

 

A Bosch irá criar na sua fábrica de Braga, a antiga Blaupunkt, uma centena de postos de trabalho até ao final do ano, para responder à produção adicional de sistemas de navegação a transferir para Portugal pela Bosch da Alemanha.

A empresa informou, em comunicado, que "a divisão Car Multimedia da Bosch tem planeado transferir a produção dos sistemas de navegação para a sua fábrica em Braga", explicando que "esta decisão prende-se com aspectos relacionados com custos". Até agora, estes equipamentos têm sido produzidos na sede da divisão, em Hildesheim.

A criação de emprego em Braga terá como contrapartida a redução de 300 postos de trabalho na fábrica alemã, que tem 1900 pessoas. Quanto à Bosch de Braga, conta com 1700 colaboradores. A transferência da produção para Portugal não compensará totalmente para já a redução de postos de trabalho que a fábrica efectuou nos últimos anos. A Blaupunkt de Braga (agora designada Bosch Car Multimédia) chegou a ter mais de dois mil de colaboradores, quando a produção anual superava os cinco milhões de auto-rádios. Actualmente, a meta é de quatro milhões/ano.(28.05.09
/Fonte : Diário de Notícias)

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Lista de Devedores ao fisco divulgada na Internet aumenta para mais de 19 mil contribuintes

 

Dívida ascende a quatro mil milhões de euros.

A Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) actualizou a Lista de Devedores publicitada na Internet, fazendo entrar mais 1.533, o que aumenta o total para mais de 19 mil contribuintes que devem dinheiro ao fisco.

Uma nota hoje divulgada pelo Ministério das Finanças e da Administração Pública adianta que o total da dívida dos contribuintes que foram notificados da proposta de inclusão do seu nome na lista de devedores ascende a quatro mil milhões de euros.

Os 1.533 devedores agora incluídos totalizam uma dívida de cerca de 158 milhões de euros.

Em termos totais, os contribuintes publicitados na Internet desde 2006 representam uma dívida superior a dois mil milhões de euros.

A maioria dos contribuintes devedores (singulares ou colectivos) está incluída nos escalões mais baixos, onde o valor mínimo da dívida é de dez mil euros.

Nos escalões mais elevados, com dívidas superiores a um milhão de euros, estão publicitados 166 contribuintes (pessoas singulares e colectivas).

O número de pessoas singulares divulgadas na lista de devedores é superior ao número de pessoas colectivas, representado cerca de 60 por cento do total.

De acordo com os dados da DGCI, "o grupo dos contribuintes singulares integra uma parcela relevante de administradores e gerentes de sociedades que foram responsabilizados pelo pagamento dos impostos devidos por essas sociedades, dada a respectiva ausência de património".

"Desde a primeira publicitação da lista, em Julho de 2006, foram efectuados pagamentos por contribuintes notificados no montante de 753 milhões de euros, tendo a cobrança associada ao procedimento de publicitação vindo a aumentar sistematicamente, o que evidencia que este é um instrumento que promove a regularização da situação tributária dos contribuintes", adianta o comunicado.

Em termos de cobrança, até meados de Maio de 2009 os contribuintes notificados para publicitação na Internet efectuaram pagamentos num valor superior a 100 milhões de euros. Lista de Devedores. (27.05.09
/Fonte : Público)

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Endesa é o novo fornecedor de luz

 

A Endesa é a primeira empresa a concorrer com a EDP na venda de electricidade aos consumidores domésticos portugueses. A companhia eléctrica de capitais espanhóis vai iniciar a venda de electricidade no sector residencial em Portugal, começando por oferecer um desconto de 5%.

A empresa iniciou, ontem, o envio de cartas aos consumidores nacionais, sugerindo-lhes a mudança de fornecedor de electricidade, até agora um monopólio da EDP. Em comunicado, a Endesa explica que o desconto será atribuído na tarifa simples, e diz tratar-se "de um primeiro passo, prudente, face à necessidade de o Governo e o Regulador aplicarem medidas essenciais a um mercado mais transparente".

O grupo já comercializa electricidade para o sector empresarial no nosso país há vários anos e está presente no nosso mercado há 16 anos, altura em que entrou na exploração da Central a Carvão do Pego. Além da Endesa, operam no mercado nacional a Iberdrola e a Unión Fenosa, que ainda não anunciaram qualquer tipo de estratégia para entrar no mercado doméstico.

A única empresa que avançou com uma proposta concorrente foi a própria EDP, com a criação, em 2006, da EDP Comercial que se dedica ao mercado eléctrico liberalizado através da oferta da Edp5D.

A mudança de fornecedor de electricidade deve, no entanto, ser decidida mediante alguns pressupostos e sempre fazendo a comparação com outras ofertas, um alerta que tem vindo ser feito pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
(27.05.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Três mil empregos [em Monchique]

 

Monchique: Previsto investimento de cerca de 200 milhões de euros.


A construção de um parque de energias renováveis, que terá diversas componentes, poderá gerar três mil novos postos de trabalho no município de Monchique. O projecto representa o investimento de 200 milhões de euros, tendo sido já apresentado à autarquia local.

 

Carlos Tuta, presidente da edilidade, confirma contactos com os promotores, mas opta por não fazer grandes comentários sobre o assunto. Assegura, no entanto, que, "se isto se vier a confirmar, a câmara está disponível para dar todo o apoio".

Para já, a edilidade recebeu um pedido para que seja declarado o interesse público municipal do projecto. Será ainda necessário um plano específico para a área onde se prevê a implantação do parque, próximo do Autódromo Internacional do Algarve.

A empresa que está por detrás do referido projecto (que deve ser candidatado a Projecto de Potencial Interesse Nacional) foi constituída em Março de 2008, em Monchique. Este município beneficia de um regime de incentivos de combate à desertificação, destinado à captação de investimentos, nomeadamente com bonificação em sede de IRC.

O designado Algarve Energy Park contempla a investigação e o desenvolvimento de tecnologias de energias renováveis. Haverá ainda uma área residencial e uma clínica de saúde, entre outras componentes.

A zona envolvente ao Autódromo (situado no concelho de Portimão, junto à fronteira com o de Monchique) está a atrair um interesse crescente de investidores. No sábado foi apresentado o projecto de construção de um parque de diversões e de um complexo cinematográfico na zona. O investimento atinge os 750 milhões.
(26.05.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Filme português vence a Palma de Ouro de curta-metragens

Dos tempos de antena do BE à Palma de Ouro

 

João Salaviza conquistou, no domingo, a Palma de Ouro para Curta-Metragem com 'Arena', também premiado no festival IndieLisboa 2009. Aos 25 anos, o realizador é já considerado um "talento cinematográfico".

Editou alguns dos tempos de antena do Bloco de Esquerda (BE) e um filme para a campanha do "Sim" aquando do referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez. Lisboeta, 25 anos, curso de Cinema quase feito e duas curtas-metragens no currículo, eis João Salaviza, o realizador português a quem, no domingo, em Cannes, ao anunciar a atribuição da Palma de Ouro de Curta-Metragem a Arena, o cineasta John Boorman não hesitou em classificar como um "talento cinematográfico" emergente.

O seu primeiro filme, Duas Pessoas (uma curta-metragem baseada no conto homónimo de Herberto Helder e protagonizada por Julie Sargeant e Rui Morrison), já tinha conquistado o Grande Prémio Take One do Festival de Vila do Conde (2005) e os prémios de Melhor Realização no Festival de Curtas-Metragens de Oeiras (2005) e de Melhor Ficção no Hyperion de Budapeste (2006).

Os 15 minutos de Arena, o filme sobre um jovem em prisão domiciliária que é desafiado por três miúdos do bairro social onde vive, bastaram para que o júri do Festival de Cannes o elegesse entre os nove candidatos da selecção oficial daquela categoria.

Interessado em espaços e personagens que habitualmente não são representados pelo cinema, como disse numa entrevista recente ao programa Fotograma, da RTPN, João Salaviza - que também assina o argumento e a montagem de Arena chamou para este projecto o actor Carloto Cotta e três jovens sem qualquer experiência em representação: Rodrigo Madeira, Cláudio Rosa e Rafael Sardo.

"O nível das outras curtas-metragens era muito bom, eram filmes muito diferentes uns dos outros, mas todos com muito interesse, portanto, não estava à espera" do prémio, confessou o realizador. "Espero que a Palma de Ouro ajude a chamar um bocadinho a atenção para a qualidade do meu filme - e não só do meu, mas de outros filmes portugueses que estiveram aqui também em Cannes", acrescentou.

Apoiado pelo Instituto do Cinema e RTP e produzido pela Filmes do Tejo, Arena - Melhor Curta-Metragem Portuguesa no IndieLisboa 2009 - não tem ainda carreira assegurada nas salas, mas, ainda antes de ir a Cannes, já se tinham encetado contactos com vários distribuidores. "A minha ambição é fazer a estreia em Portugal e no estrangeiro", afirmou ontem ao DN a produtora Maria João Mayer, dando como "quase certo" um acordo nesse sentido.

Com o curso de Cinema do Conservatório pendurado apenas pela cadeira de Psicologia e Cinema - uma questão de equivalências com o programa de estudos que o levou, em 2006, a frequentar a Universidad del Cine, em Buenos Aires, como explicava ontem ao Público -, João Salaviza sabia que queria fazer filmes e sabe, agora, que "há outros" que querem que ele continue a fazê-los.

Filho de Edgar Feldman (realizador de Lianor e Querença, e responsável pela montagem de vários filmes de Paulo Rocha), João Salaviza foi um músico de rua no filme Belle Epoque (1992), de Fernando Trueba, e teve papéis em Querença, Quando Troveja (de Manuel Mozos) e Coitado do Jorge (de Jorge Silva Melo). Entretanto, tem trabalhado em montagem para cinema e televisão. E é nessa função que assina a série Fantasbloco, que o BE exibirá nos tempos de antena para as europeias. -- Ver o Vídeo -- (26.05.09
/Fonte : Diário de Notícias)

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Portugal: Salários baixos obrigam milhares a dois empregos

 

Pobreza e precariedade levam 326 mil pessoas a acumular trabalhos.

Para muitos trabalhadores, um emprego só - e apenas um salário - não chega para pagar as contas. Em Portugal, 326 mil pessoas são confrontadas com a necessidade de acumular um segundo trabalho.

É um sinal dos baixos salários pagos no país, de tal forma que são frequentes os casos de sérias dificuldades entre os trabalhadores, ou seja, de pessoas a quem o trabalho não redime da pobreza. Centenas de milhar de pessoas saem de um emprego e entram noutro, também remunerado, aponta o Instituto Nacional de Estatística (INE), no relatório do primeiro trimestre. E fazem-no, na larga maioria, porque não têm alternativa, dizem vários estudiosos do fenómeno do trabalho, ouvidos pelo JN.

Um terço dos empregados (perto de um milhão e meio) não leva para casa mais do que 600 euros ao final do mês, líquidos, e outro milhão ganha um pouco mais: até 900 euros por mês. Há mais pessoas a ganhar menos de 310 euros do que a tirar entre 1800 e 2500 euros (o que pode ser explicado pelo trabalho a tempo parcial).

"Salários baixos" é a resposta disparada por António Dornelas, docente universitário, para explicar o acumular de empregos. "As pessoas precisam de uma segunda actividade para terem rendimento suficiente", disse.

As dívidas - as famílias portuguesas são as segundas mais endividadas da União Europeia - é outra explicação aventada por João Ferreira do Amaral, professor no ISEG, num sistema que interliga inúmeros factores: a precariedade, que leva a procurar mais do que uma fonte de rendimento; o trabalho em "part-time" forçado, de onde não sai dinheiro suficiente; e as quase 900 mil pessoas que têm o hábito de trabalhar além do limite das 40 horas semanais previsto na lei. São todas explicações para o duplo emprego, entende Aurora Teixeira, professora na Faculdade de Economia do Porto.

Entre os "duplamente empregados", quase todos têm um primeiro trabalho na agricultura e pescas ou nos serviços, mas todos procuram a mesma segunda ocupação: um lugar nos serviços, destino de seis em cada dez pessoas com segundo emprego; só um décimo escolhe trabalhar a terra, ainda que para consumo próprio.

Ao invés, serão a restauração (com picos de trabalho intervalados com horas mortas) ou os trabalhos de segurança, sobretudo nocturnos, que mais atraem as pessoas à procura de um rendimento extra, admite João Ferreira do Amaral.
(25.05.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Portugueses batem chineses na Baía de Luanda

 

Soares da Costa e Mota Engil conquistam requalificação de ex-libris de Luanda.

São mais 100 milhões de euros em caixa para duas construtoras portuguesas no mercado angolano. Mas, mais que isso, a vitória do consórcio da Mota-Engil/Soares da Costa na empreitada para a requalificação da baía de Luanda vai funcionar como um destacado cartão de visita, não só porque se trata de um projecto há muito pretendido pelas autoridades de Luanda, mas também porque demonstrou a capacidade competitiva das empresas portuguesas, que venceram duas construtoras chinesas na recta final.

"É com muita satisfação que soubemos da adjudicação deste empreendimento. É um trabalho de grande responsabilidade e queremos estar à altura deste novo desafio. É um concurso muito importante porque a baía de Luanda é o 'ex libris' de Angola", sublinhou Jorge Coelho, administrador executivo da Mota-Engil, em declarações ao Diário Económico.

A empreitada tem um prazo de execução previsto de dois anos e Jorge Coelho prevê ter máquinas no terreno para iniciar as obras já no próximo mês de Junho, tendo já sido escolhido o director para o projecto. No entanto, não deverá ser necessário deslocar para Angola equipamentos ou recursos humanos suplementares significativos para executar esta obra.

A requalificação da baía de Luanda é um projecto que tem já vários anos no papel. Entre muitas ideias e discussões, o plano foi finalmente aprovado em Setembro de 2007 pelo Conselho de Ministros do governo angolano, tendo-se iniciado o processo de concurso público para a construção das vertentes marítima e terrestre do projecto em Novembro seguinte.

No caso da vertente terrestre, cujo concurso foi ganho pelo consórcio Mota/Soares da Costa, com posições de 50% cada, concorreram numa fase inicial um total de 13 construtoras e/ou consórcios. A 'short list' seleccionou três grupos, tendo saído vencedor o agrupamento português em detrimento de duas concorrentes chinesas. O contrato foi assinado em Luanda no sábado, numa cerimónia que contou com a presença de Higino Carneiro, ministro das Obras Públicas de Angola, e de Francisca do Espírito Santo, governadora da província de Luanda.

Este projecto não inclui qualquer componente de 'project finance' a cargo das construtoras portuguesas, pelo que o financiamento será da responsabilidade da empresa que adjudicou este empreendimento, a Sociedade Baía de Luanda, empresa de direito privado angolano, que conta na sua estrutura accionista com a Sonangol e o Banco Privado do Atlântico, ligado à petrolífera angolana.

Também o BCP irá participar no esquema de financiamento montado para levar por diante este projecto, embora fonte do banco contactada pelo Diário Económico não tenha conseguido fornecer mais detalhes sobre a participação do banco português.

A BAÍA DE LUANDA
O projecto prevê o alargamento da Avenida Marginal e do Largo 17 de Setembro, com a criação de seis faixas de rodagem e infra-estruturas de gestão e manutenção da rede rodoviária a implementar.

Criação de 12 novos parques com estacionamento para 1.600 viaturas.
Criação de 127 mil metros quadrados de zonas verdes.
 

Construção de dois prédios, um com 37 pisos, outro com 24, para escritórios, comércio e habitação. Mais dois edifícios com funções múltiplas, como hotelaria e centro de convenções.(21.05.09/Fonte : Diário Económico)

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Calotes à Banca disparam 36% [em 2008]

 

Os calotes à Banca atingiram, no final de 2008, os 6,7 mil milhões de euros , o que representa um crescimento de 36 por cento face ao ano anterior. E a expectativa para este ano é ainda mais grave, prevendo-se inclusive um acréscimo superior ao registado em 2008, que poderá atingir os dez por cento no caso das empresas, admite o Banco de Portugal (BdP).

O indicador do crédito malparado revela a gravidade com que a crise económica está a atingir Portugal, um país 'em que o endividamento dos particulares continua a ser um dos mais elevados na Zona Euro', segundo o quadro traçado pelo BdP, que espera 'um aumento significativo do incumprimento no crédito ao sector privado não-financeiro'. Segundo o BdP, em 2008 o endividamento dos particulares atingiu 135 por cento do rendimento disponível, o que em termos de PIB representa 96 por cento da riqueza nacional daquele ano.

A previsão do BdP baseia-se, por um lado, no 'expectável aumento do desemprego', que contribuirá para a subida do crédito malparado nos particulares, e, por outro, 'a actual conjuntura, aliada à elevada ciclicidade de alguns sectores da economia, torna expectável um aumento das taxas de incumprimento [das empresas]'. No sector empresarial, 'o valor projectado para a probabilidade de incumprimento em 2009 corresponde a um aumento de cerca de dez por cento face a 2008', frisa o relatório sobre a Estabilidade do Sistema Financeiro. Apesar das previsões negativas sobre o incumprimento no crédito, a situação deverá ser contida pelo facto 'de grande parte dos empréstimos a particulares ser para aquisição de habitação própria e ter associadas taxas de juro variáveis'.

FRASES
'Aproximadamente 36% dos empréstimos [para compra de casa] foram concedidos por um período entre quarenta a cinquenta anos.'

'O expectável aumento do desemprego contribuirá para a subida do incumprimento do crédito a particulares.'

'A menor dimensão desta instituição [BPP] e a especificidade da sua área de negócio implicavam um pequeno impacto sistémico.'

'Os bancos portugueses têm conseguido acomodar a crise financeira.'

VíTOR CONSTÂNCIO
PARTICULARES COM MAIS IMPOSTOS
Os bancos pagaram à Direcção-Geral de Contribuições e Impostos (DGCI) 607 milhões de euros em impostos sobre os lucros obtidos no exercício de 2008. Como os resultados antes de impostos ascenderam a 2,86 mil milhões de euros, a Banca acabou por pagar uma taxa média de IRC de 21,2 por cento, inferior à taxa média de IRS paga por muitos trabalhadores dependentes.

Por causa do impacto da crise financeira, agravado a partir de meados de Setembro do ano passado, a Banca apresentou resultados muito inferiores aos obtidos em 2007: nesse ano os resultados antes de impostos ascenderam a 4,63 mil milhões de euros; no ano passado caíram 39 por cento, por causa das desvalorizações causadas pela crise financeira.

Em 2007 a Banca pagou ainda menos em IRC: a taxa média foi de cerca de 17 por cento. Muitos trabalhadores dependentes pagam actualmente mais de 25 por cento de taxa de IRS.

INVESTIR MENOS EM TÍTULOS
Em 2008 os bancos portugueses reduziram em 15 por cento o investimento em aplicações financeiras para assim diminuírem o impacto da crise financeira nos seus activos.

'A maior redução de valor verificou-se na carteira de activos financeiros ao justo valor através de resultados', diz o relatório do BdP. O documento precisa que alguns grupos bancários venderam participações em empresas e noutros grupos bancários. E deste modo conseguiram atenuar o impacto da desvalorização de outros activos.

NÚMEROS
45%

Cerca de 45 por cento do montante emitido em obrigações até Abril pelos bancos portugueses corresponde a emissões com garantia do Estado, revelou ontem o Banco de Portugal.

101 M
Os números mostram que em 2008 os bancos portugueses gastaram mais 101 milhões de euros com os trabalhadores do que no ano anterior. No total, os custos com pessoal chegaram aos 4,013 mil milhões.

75%
Segundo os dados estatísticos do Banco de Portugal ontem revelados, 75% do endividamento dos portugueses 'corresponde a crédito bancário concedido para a aquisição de habitação'.

NOTAS
RISCO: BPN AFECTARIA BANCA
O BdP considera que a falência de BPN 'poderia ter algum impacto sistémico', apesar da sua reduzida dimensão. Já a eventual falência do BPP implicava um pequeno impacto no sistema

MEIOS: CLIENTES FINANCIAM
Os recursos de clientes e outros empréstimos foram, segundo o BdP, as principais fontes de financiamento da actividade bancária em Portugal, com uma taxa próxima de 12 por cento

GRUPO: REGULAR SALÁRIOS
O Conselho Nacional de Supervisores Financeiros vai criar um grupo de trabalho para conceber uma proposta de melhoria da regulação para as remunerações praticadas na Banca.
(20.05.09/Fonte : Correio da Manhã)

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CIN consolida internacionalização com compra de grupo francês

 

O grupo CIN vai ver a sua capacidade de produção aumentar em dez mil toneladas por ano e o volume de negócios aumentar em cerca de dez por cento, concretizada a compra do grupo francês Celliose.

Trata-se de um produtor independente de tintas e vernizes destinados à indústria, com duas fábricas localizadas em França e uma filial na China. O valor do negócio não foi divulgado.

Em comunicado, a CIN explica que o interesse na empresa francesa se explica pelo "know-how" tecnológico relevante que esta detém no fabrico de tintas e vernizes destinados a produtos específicos como frascos de perfume, esquis, capacetes de bombeiros, discos ópticos, telemóveis, madeira com protecção anti-violeta. “A tecnologia UV é uma das apostas estratégicas da Celliose, tendo uma forte sinergia entre as suas principais áreas de negócio (metais, madeiras e plásticos)”, refere a empresa no comunicado.

Com esta aquisição, o volume de negócios do Grupo CIN aumenta em cerca de dez por cento, com um reforço de 22 milhões de euros, e vê o seu EBITDA consolidado receber um contributo de dois milhões de euros, já que foi este o resultado conseguido pelo grupo Celliose no exercício findo em 31 de Março de 2008. A CIN atingiu em 2008 um volume de negócios de 217 milhões de euros.

Para João Serrenho, presidente da companhia, esta aquisição “permitirá ao Grupo CIN reforçar o seu portfólio de produtos e clientes nacionais e estrangeiros, facultando-lhe um lugar de maior destaque no ranking europeu”. Actualmente, a CIN ocupa o 45º lugar do ranking mundial de produtores de tintas e vernizes.

A Celliose ultrapassou as sete mil toneladas no último ano, e tem uma capacidade produtiva instalada de dez mil toneladas, com duas fábricas e 120 trabalhadores em França, e uma filial e 70 funcionários na China.

João Serrenho adianta ainda que “esta compra enquadra-se no programa de expansão e internacionalização do grupo, sendo uma forte aquisição na área de indústria”.

A CIN tem unidades fabris em Portugal e em Espanha, em Angola e em Moçambique.
(19.05.09/Fonte : Público)

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Fibra óptica da PT cria cinco mil postos de trabalho [em Portugal]

 

O investimento da Portugal Telecom na rede de fibra óptica vai criar cinco mil empregos imediatos, "na maioria indirectos".

Segundo o presidente executivo, Zeinal Bava, os novos postos de trabalho surgirão no universo PT e nas empresas com que foram desenvolvidas parcerias tecnológicas para a instalação da rede. Este número poderá aumentar com o desafio lançado "às empresas que produzem conteúdos, fazem aplicações de software e que trabalham na domótica", frisou o responsável.

Outras das mais-valias, que contribuem para o "impacto positivo" do projecto na economia, são as mais de 30 mil horas de formação dadas aos funcionários - cujo "know how" futuro poderá vir a ser aproveitado na instalação de fibra óptica noutros países -, bem como a produtividade destes que irá aumentar graças aos novos conhecimentos.

Para este ano, o investimento na área fixa, onde se enquadra a nova rede, situa-se entre os 500 e os 550 milhões de euros. "Cem milhões de contos na moeda antiga", frisou Zeinal Bava. E se para as empresas serão criadas soluções personalizadas, é aos clientes particulares que será dada prioridade na disseminação da rede de fibra óptica, através do serviço "triple play" Meo (ver página 56).
(18.05.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Produção automóvel cai 38,7%

 

A produção de veículos automóveis em Portugal, no mês de Abril, caiu 38,7%, face ao mesmo mês de 2008. Segundo dados da Associação Automóvel de Portugal, produziram-se no mês passado 10 484 automóveis.

De acordo com a ACAP, o decréscimo na produção registou-se em todo o tipo de veículos. A produção de ligeiros de passageiros caiu 35,1%, para 8319 unidades, a de comerciais ligeiros desceu 46,9%, para 1943 unidades, e a de veículos pesados recuou 64,1%, para 222 unidades.

A associação refere que todas as fábricas a operar em Portugal registaram "fortes decréscimos no número de unidades produzidas" no mês de Abril, "em linha com a conjuntura internacional e com a situação da actividade de produção automóvel a nível mundial".

Do total de veículos produzidos, 10 262 destinaram-se à exportação, o que corresponde a 97,9% da produção nacional. A exportação registou uma descida de 38,3%, em relação ao número de automóveis exportados em Abril de 2008. Na produção para o mercado nacional, a descida foi de 53,6%.

De Janeiro a Abril, a produção de automóveis caiu 37,1%, para 40 808 unidades. Os veículos pesados registaram a maior descida, de 63,9%, tendo sido construídos nos quatro primeiros meses do ano 929 unidades. Nos ligeiros de passageiros, a descida foi de 35%, para 31 937 unidades, e nos comerciais ligeiros a diminuição foi de 39,7%, para 7942 unidades.

Anteontem, a Associação Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) adiantou que a venda de automóveis novos na Europa diminuiu 12,3%, em Abril, mantendo-se em queda pelo 12.º mês consecutivo.

Em Abril, foram registados 1 251 863 carros novos nos 28 países que fazem parte da ACEA.
(18.05.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Agusta Westland lança subsidiária em Portugal com os olhos postos em África

 

Grupo italiano considera que o mercado nacional é importante e com boas perspectivas. A Agusta é um dos maiores fabricantes mundiais de helicópteros.


A Agusta Westland (AW), fornecedora dos helicópteros EH-101 à Força Aérea Portuguesa, lança hoje a sua subsidiária portuguesa com os olhos postos nos países de África e nas próximas aquisições militares portuguesas. O grande fabricante mundial de helicópteros não esconde a expectativa de entrar, a prazo, em novos mercados através da Agusta Westland Portugal (AWP).

A missão imediata da AWP é coordenar as operações de manutenção dos aparelhos militares, a parceria com o Centro de Excelência e Inovação para a Indústria Automóvel (CEIIA), instalado na Maia, e lançar uma operação industrial a partir da base aérea de Beja, para a prestação de serviços de engenharia sobretudo aos países do Magrebe.

A AW considera que Portugal é hoje um "mercado importante e com boas perspectivas", com mais de duas dezenas de helicópteros em serviço no país, especialmente militares e também alguns comerciais (AW 101, Lynx, AW 139, AW 109 Power e Grand). A encomenda de mais 10 NH-90 para missões tácticas do Exército, no âmbito do programa militar europeu, e os próximos concursos para aparelhos ligeiros multifunções e de treino do Exército e da Força Aérea são igualmente interessantes para a empresa. Além da proximidade portuguesa com África.

O arranque da actividade da Agusta Westland Portugal é o passo que faltava dar desde a renegociação de contrapartidas assinada em Agosto passado com o Estado português e que pretendeu encerrar as atribulações em torno da manutenção dos EH-101 e do cumprimento do programa de contrapartidas à indústria portuguesa pela venda dos referidos aparelhos e agora cifrado em 481 milhões de euros.

Desse acordo saiu a criação de uma capacidade de manutenção e de serviços de engenharia, com subcontratação da Ogma, de projectos de investigação, desenvolvimento e engenharia associados à indústria e universidades portuguesas, através do CEIIA, por um período de seis anos e no valor de 25 milhões de euros, e ainda o lançamento de serviços de engenharia em Beja.

A parceria de I&D, considerada a peça mais inovadora do novo programa, visa sistemas mecânicos, interiores, estruturas e compósitos e sistemas electrónicos e de software para a nova geração de helis Lynx, AW 149 e LUH (ligeiro), para além de mais nove milhões de euros de investimento em formação e cinco milhões em tecnologias de informação.

Esta iniciativa em Portugal ocorre depois de, nos últimos anos, a AW ter direccionado a sua presença e parcerias sobretudo para a Ásia (Índia, China), África (África do Sul e Líbia) e para Leste (Polónia, operação entretanto frustrada, e Rússia). Os resultados foram satisfatórios - as receitas cresceram dois por cento em 2008, apesar da crise.

O fabrico de helicópteros, pela AW, é um dos pilares do grupo Finmeccanica. Em 2008, representou 17 por cento dos 17,1 mil milhões de euros de receitas deste conglomerado especializado em aeronáutica, defesa, electrónica e segurança. Dos três centros de montagem, no Reino Unido (Yeovil), EUA (Filadélfia) e Itália (em Vergiate e Cascina Costa), é neste último país que a AW detém a parte fundamental da sua capacidade produtiva. A AW constrói um helicóptero a cada cinco semanas.

Com as últimas parcerias industriais, a sua cadeia de fornecimento passou a incluir, por exemplo, fuselagem produzida na China e na África do Sul que depois é exportada para Itália e Reino Unido, chegando ainda a preços inferiores aos europeus. Os indianos da Tata são os mais recentes parceiros, desde há três meses.
(18.05.09/Fonte : Público)

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Portugal tem quase 500 mil desempregados

 

Taxa de desemprego sobe aos 8,9 por cento no primeiro trimestre.


O número de desempregados em Portugal deu um salto de 13,3 por cento
São quase 500 mil (495,8 mil) os desempregados oficialmente registados no primeiro trimestre do ano, equivalente a uma taxa de desemprego recorde de 8,9 por cento, indicou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O número de desempregados em Portugal deu um salto de 13,3 por cento entre o quarto trimestre de 2008 e o primeiro deste ano e 16,1 por cento, face ao trimestre homólogo transacto. Estes números estão em sintonia com o período de recessão actual e o fecho de fábricas e de empresas um pouco por todo o país.

A taxa de 8,9 por cento deste primeiro trimestre supera em quatro décimas a meta do Governo para este ano.
(15.05.09/Fonte : Público)

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Economia portuguesa regista maior queda dos últimos 30 anos

 

As exportações sofreram uma forte redução.

 

A economia portuguesa recuou 3,7 por cento no primeiro trimestre de 2009 face a igual período do ano passado, naquele que é o pior resultado desde pelo menos 1977, segundo dados divulgados hoje pelo Eurostat e pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Ainda assim, os dados divulgados mostram que face ao último trimestre do ano passado, a economia recuou 1,5 por cento, valor que representa uma desaceleração no ritmo de contracção da economia nacional, já que no quarto trimestre do ano passado, a economia nacional havia recuado 1,9 por cento face ao terceiro trimestre de 2008.

Os dados divulgados pelo INE e pelo Eurostat seguem a tendência geral das restantes economias europeias, com todas a registarem fortes recuos no primeiro trimestre de 2009, deixando, assim, em dúvida se, de facto, o pior da actual crise económica internacional já terá passado.

Para Portugal, o INE justifica a forte contracção registada no primeiro trimestre do ano com a redução
"acentuada das Exportações de Bens e Serviços, do Investimento e, em menor grau, das Despesas de Consumo Final das Famílias".

Ainda hoje, o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, deverá apresentar as novas previsões do Governo para a evolução da economia nacional. Recorde-se que a última previsão do Governo aponta para uma contracção da economia em 2009 de 0,8 por cento, valor bem distante das projecções do Banco de Portugal (-3,5 por cento), da Comissão Europeia (-3,7 por cento) ou do Fundo Monetário Internacional (-4,1 por cento).

Analisando a série de evolução homóloga trimestral da economia nacional verifica-se que apenas em 1978, 1979, 1985 e 1986 é que em Portugal se registaram quedas com um nível tão acentuado da economia. Ainda assim, em nenhum desses anos houve um trimestre tão negativo como o actual. Em 1978, no quarto trimestre, naquele que era até agora o pior registo da economia nacional, o Produto Interno Bruto (PIB) tinha recuado 3,5 por cento.

Europa acelera degradação
Apesar da forte retracção da economia nacional, este não é caso único na Europa, antes pelo contrário. Os dados divulgados pelo Eurostat mostram que no conjunto da Zona Euro, o recuo do PIB no primeiro trimestre do ano foi de 4,6 por cento face ao mesmo trimestre de 2008 e de 2,5 por cento face ao último trimestre do ano passado.

Em ambos os casos, estes valores mostram que no primeiro trimestre deste ano, a economia acelerou o ritmo de degradação que já se vinha a fazer sentir. De facto, no último trimestre do ano passado, a economia da Zona Euro apenas tinha recuado 1,4 por cento em termos homólogos e 1,6 por cento face ao trimestre anterior.

A mesma tendência é seguida quando se olha para os números do conjunto da União Europeia (UE). No primeiro trimestre de 2009 a UE recuou 4,4 por cento face a igual período do ano passado e 2,5 por cento face ao último trimestre de 2008. Ora, no último trimestre do ano passado e em termos homólogos, o recuo tinha sido de apenas 1,4 por cento. Já em cadeia, ou seja, face ao terceiro trimestre de 2008, o recuo foi de 1,5 por cento.

Os dados divulgados pelo Eurostat permitem ainda verificar que Portugal tem pelo menos mais nove países da UE com pior desempenho. A lista é liderada pela Letónia cuja economia recuou no primeiro trimestre deste ano 18,6 por cento face a igual período do ano passado. De seguida aparece a Estónia com um recuo de 15,6 por cento e a Letónia com uma quebra de 10,9 por cento. Dentro da zona euro o "ranking" é comandado pela Itália, com uma quebra homóloga do PIB de 5,9 por cento.

Os dados do Eurostat não apresentam ainda os resultados da Irlanda ou da Grécia, entre outros Estados europeus.(15.05.09
/Fonte : Público)

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Portugueses entre os europeus que mais utilizam a Internet

 

Portugal, seguido da Itália, é o país europeu, entre sete que compuseram um estudo realizado para a Microsoft, com maior número de utilizadores permanentemente ligados à Internet e um em cada cinco portugueses passa mais de cinco horas por dia a navegar.

O inquérito - realizado pela consultora SurveyShack a pedido da Microsoft a propósito do lançamento do seu novo browser - foi feito online junto de 6053 adultos em sete países (Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Itália, Noruega, Suíça e Portugal, com 997 inquiridos) entre 8 e 16 de Abril de 2009.

Os utilizadores portugueses da Internet não só estão permanentemente ligados, como são também altamente sociais e utilizam a Internet para contactar amigos e familiares, bem como para aceder a notícias e informação.

Mais de um quinto dos utilizadores navega frequentemente em portais de notícias e outros 17 por cento mantêm o contacto com os amigos e familiares através de sites de multimédia social, que são claramente os mais visitados.

Segundo o estudo, Portugal e Itália lideram no tempo despendido online. Três quartos dos utilizadores portugueses (76 por cento) e italianos (73 por cento) da Internet estão ligados à Web em permanência.

Além de revelar que três em cada quatro cibernautas portugueses estão sempre ligados à Web e um quinto (19 por cento) dos inquiridos lusos passa mais de cinco horas online, o estudo demonstra que 14 por cento dos internautas portugueses estabelece ligação à Web mais do que duas vezes por dia e 22 por cento passa uma a duas horas durante uma sessão normal na Internet.

O inquérito indica ainda que 37 por cento dos utilizadores Web portugueses visita "mais de 10 sites durante uma sessão normal de Internet e um quarto dos inquiridos acede a entre 5 e 6 sites".

O estudo conclui ainda que "um em cada quatro utilizadores da Internet na Europa passa entre sete e 15 horas online por semana".

Paralelamente, os portugueses - indica o inquérito - são os utilizadores mais preocupados com as ameaças à segurança, com um quinto dos inquiridos a apontar este medo como maior obstáculo à exploração mais extensiva da Internet.

O estudo, que inclui respostas de mais de seis mil utilizadores europeus de Internet oriundos da Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Itália, Noruega, Portugal e Suíça, revela ainda que o tempo gasto na Web está a aumentar em Portugal.

Quase metade (45 por cento) dos utilizadores portugueses passam entre 30 minutos e duas horas numa sessão normal de Internet e 39 por vento passam entre sete e 15 horas online por semana.

Quando questionados sobre quanto tempo gastam com notícias e informação, multimédia social, entretenimento, compras, viagens, desporto, jogo, celebridades, moda, gadgets/tecnologia e jogos de computador por semana, a maioria dos portugueses afirmou que gasta, em média, 30 minutos por semana a explorar cada área de interesse.

Outra das conclusões do estudo indica que países nórdicos como a Dinamarca, Finlândia e Noruega, são os exploradores mais tímidos da Internet.

Cerca de um terço dos dinamarqueses (35 por cento), finlandeses (35 por cento) e noruegueses (32 por cento) apenas exploram um novo Web site por cada 10 que visitam.

Por outro lado, os suíços e os belgas são relativamente pioneiros online, com um em cada 10 utilizadores da Internet a visitar uma combinação de 50 por cento de Web sites favoritos e 50 por cento de novos Web sites.

Os utilizadores de Internet da Bélgica (24 por cento), Finlândia (23 por cento) e Portugal (20 por cento) procuram novos Web sites sobretudo como distracção do trabalho ou devido a estarem aborrecidos em casa.

Os dinamarqueses precisam de ajuda dos amigos, com mais de um quarto (27 por cento) de utilizadores a procurarem recomendações antes de se aventurarem mais online.
(14.05.09/Fonte : Público)

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Lei antipirataria não vai chegar a Portugal

 

A França aprovou esta terça-feira a proposta de lei que permite cortar o acesso à Internet a utilizadores que descarreguem conteúdos ilegais. António Pinto Ribeiro, ministro da Cultura, disse que a norma não será "a via a seguir pelos outros países da UE".

Segundo a regra gaulesa, quem tirar músicas ou filmes, por exemplo, será avisado até um máximo de três vezes, até que o operador decida descontinuar o serviço, sem recorrer a uma decisão judicial prévia, por um período que pode ascender a um ano.

Em Bruxelas, para um Conselho dos 27, o ministro da Cultura português defendeu que o "que existe na Internet é para ser fruído por quem tem acesso à net". Portanto, "essas medidas não são susceptíveis de ser aplicadas em Portugal", garantiu António Pinto Ribeiro, "sem que haja uma decisão judicial".

O ministro comparou mesmo a vigilância aplicada aos navegadores da Internet ao período da história que remonta à ditadura. Explica: "Não compreendemos facilmente soluções que tenham uma possível leitura censória, que alguém esteja a ver o que estamos a fazer".

O ministro isolou os crimes cuja prática pode ter a Internet como suporte, apontando como exemplos a pedofilia e o tráfico de pessoas, que "devem ser investigados e punidos".

Lei Hadopi define inspecção e coimas
A Hadopi é a autoridade administrativa francesa criada com a lei que vai ficar encarregue pela gestão da Internet e de aplicar a sanção a quem for detectado a descarregar conteúdos pelos quais deveria pagar. O objectivo é combater a pirataria online, evitando o recurso aos tribunais, aplicando o mesmo princípio do fornecimento de electricidade - se um cliente não paga, a empresa pode cortar o serviço sem recorrer a decisão judicial.
(13.05.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Famílias com desempregados podem recorrer à redução da prestação da casa a partir de quarta-feira

 

As famílias com empréstimos à habitação e que tenham um ou mais elementos do agregado familiar desempregados podem recorrer, a partir de quarta-feira, à moratória negociada pelo Governo junto da maioria dois bancos e que permite a redução até 50 por cento da prestação da casa.

O diploma que cria o mecanismo, e que pode ter a duração máxima de dois anos, foi publicado hoje em Diário da República e entra amanhã em vigor.

A moratória, que se destina a minimizar o impacto do desemprego em muitos agregados com empréstimo à habitação, evitando a entrada em incumprimento, é depois paga nos restantes anos do contrato à habitação.

Para concretizar esta medida, o Governo disponibiliza uma linha de crédito, em condições ligeiramente mais vantajosas que as normais taxas de mercado, uma vez que é utilizada a Euribor a seis meses, deduzindo 0,5 por cento.

Na devolução da linha de crédito do Estado, se houver atrasos, o Estado cobrará um por cento de juros de mora.(13.05.09
/Fonte : Público)

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Atrasos nos pagamentos

 

Um quarto das falências de empresas em Portugal e na Europa resultam dos atrasos nos pagamentos pelos clientes e dívidas incobráveis, sendo o Estado duas vezes pior pagador do que as empresas e particulares, revela um estudo ontem divulgado.

"É cada vez mais difícil obter pagamentos no prazo acordado", destaca o director-geral da Intrum Justitia, Luís Salvaterra, uma conclusão do estudo cujos dados apontam que 25% das falências de empresas são resultado de atrasos e não pagamentos dos serviços/produtos fornecidos.

O estudo da Intrum Justitia refere ainda que "as entidades públicas portuguesas estão a pagar as contas um pouco mais cedo" do que há um ano, mas ainda assim demoram em média 129 dias, com um atraso de 72 dias em relação ao contratado (80,2 dias no ano passado), o mais elevado da Europa, onde a média é de 18 dias.

Embora melhores pagadores que o Estado, os particulares e empresas aumentaram no último ano os prazos de pagamentos e também os atrasos com que pagam - de 19,2 para 30 dias e de 33 para 35 dias, respectivamente, revela o índice de pagamentos da Intrum Justitia.

"Se o sector público nos países europeus pagasse as suas contas nos prazos acordados, haveria uma injecção de liquidez na economia de 65 mil milhões de euros", adiantou Luis Salvaterra.

Não há dados desagregados para Portugal, mas o director-geral da empresa não tem dúvidas de que "seria uma injecção de capital importante, seguramente".

Também a percentagem de incobráveis em Portugal está a um nível mais elevado - 2,7% - do que média a dos 25 países estudados, onde aumentou de 2% para 2,4%.

No conjunto dos 25 países, as perdas assumidas pelas empresas resultantes de incobráveis somam 270 mil milhões de euros.
(12.05.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Estado não paga às construtoras

 

O presidente da Federação da Construção Civil e Obras Públicas alerta para os "graves problemas de liquidez" das empresas. Em dívida estão mais de 1,8 mil milhões. Metade é das autarquias, que deviam ter começado a pagar em Março. Mas também não receberam.

As empresas de construção civil e obras públicas continuam à espera que o Governo e as autarquias paguem o que devem. A federação do sector, a Fepicop, assegura que, apesar dos muitos anúncios relativos à regularização de dívidas das administrações Central e Local, os mais de 1850 milhões de euros permanecem por liquidar. Destes, 950 milhões correspondem às facturas das autarquias. O Ministério das Finanças havia anunciado que os primeiros pagamentos ocorreriam durante o primeiro trimestre mas, até agora, Reis Campos, presidente da Fepicop, garante que nada foi pago.

A situação é grave, garante Reis Campos, pois provoca "graves problemas de liquidez" às empresas e torna-se "mais preocupante ainda" porque, co m o agravar da conjuntura económico-financeira mundial, estas têm grandes dificuldades nas relações com a Banca. "É que o Estado tem, com as empresas, uma posição completamente unilateral. Não paga o que deve, mas exige os impostos na hora e até às empresas credoras de IVA que prestem garantias bancárias para receberem os reembolsos, esquecendo que os bancos, não só não dão crédito, como querem é receber", critica.

Até porque, garante o dirigente associativo, muitas empresas vêem o seu plafond junto do banco esgotado precisamente por via das garantias bancárias associadas a cada obra. Isto para não falar da crise que afecta o sector há mais de sete anos e que provocou já uma quebra acumulada da produção de 25% e a perda de 70 mil postos de trabalho. Só no primeiro trimestre do ano, mais 13 mil engrossaram as filas do desemprego.

Mas o presidente da Associação Nacional de Municípios Portuguesas (ANMP), Fernando Ruas, lembra que as câmaras só podem pagar quando receberem as verbas a que se candidataram, no âmbito dos 1250 milhões que o Estado disponibilizou para as autarquias no âmbito do programa especial de regularização de dívidas. "Entre o anúncio de que estão disponíveis e a sua chegada efectiva às autarquias vai uma grande diferença", refere Fernando Ruas.

Por outro lado, dos mais de 300 municípios portugueses, só 80 se candidataram e, mesmo assim, 11 foram chumbados. Os restantes 69 vão receber 415 milhões. O DN tentou, sem sucesso, saber junto de fonte do Ministério das Finanças o calendário de disponibilização de verbas.

Atendendo a que o plafond estabelecido não foi esgotado, o Estado alargou o prazo de candidatura das autarquias até 30 de Junho. "Quem não se candidatou antes, não devia reunir condições para ser aprovado. E se não está em condições de receber as verbas, também não vai conseguir pagar", teme Reis Campos.
(11.05.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Contas [dos portugueses] no exterior declaradas no IRS

 

Proposta: Medida consta no diploma do governo sobre sigilo bancário.

O Governo quer ficar a par de todas as contas que os contribuintes portugueses tenham no estrangeiro. A medida faz parte da proposta de lei do Executivo sobre o levantamento do sigilo bancário que deu entrada na Assembleia da República.

"Os contribuintes vão ser obrigados a declarar no IRS se têm contas no exterior", afirmou ontem o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Carlos Lobo, na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças. O objectivo é conseguir verificar mais facilmente se os contribuintes estão a declarar todos os rendimentos às Finanças ou se, pelo contrário, estão a fugir aos impostos.

A medida faz parte da proposta de lei do Governo que prevê alterações no sigilo bancário. Se o diploma for aprovado, bastarão "meros indícios" para levantar o sigilo, ao contrário do que acontece hoje, em que a Administração Fiscal apenas o pode fazer com "factos concretos". O líder bloquista, Francisco Louçã, considera, contudo, que há falhas quando a investigação surge de indícios e exemplifica: "Um ladrão austero que envie o dinheiro todo para um sobrinho na Suíça, que indícios deixa?", referiu, numa clara alusão a Isaltino Morais.

Contudo, Portugal não tem contado com a total colaboração das autoridades estrangeiras ao nível de troca de informações. A chanceler alemã Angela Merkel ignorou o Ministério das Finanças, de Teixeira dos Santos, que continua sem saber se há contribuintes portugueses envolvidos no escândalo de evasão fiscal no Liechtenstein.

IVA CAI MIL MILHÕES ATÉ ABRIL
As receitas com o IVA vão cair 1068 milhões de euros até Abril, de acordo com os dados provisórios do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Carlos Lobo. No IRC, a quebra será de 176 milhões e no IRS de 435 milhões de euros.

Carlos Lobo reconhece que "com a evolução desta conjuntura económica, é natural que as receitas fiscais desçam", considerando mesmo que se trata de "uma inevitabilidade".

O responsável recusa, contudo, que este resultado se deva a um aumento da fraude e evasão, optando por justificar estas quebras na receita fiscal com "as medidas políticas" que o Governo tomou para combater a crise, que estão a ter efeitos em 2009, com a antecipação dos reembolsos dos contribuintes e com a quebra do ritmo da actividade económica.

SAIBA MAIS
‘BIG BROTHER’
Carlos Lobo nega que o diploma do Governo sobre o sigilo bancário seja uma proposta para um ‘Big Brother’ garantido que o Fisco apenas o fará "apenas em situação de risco".

60%
Dois terços das queixas apresentadas contra a Administração Fiscal terminaram a favor do contribuinte. É 60% do total de reclamações.

100 000
O diploma prevê que, em casos de rendimentos não justificados superiores a 100 mil euros, o sigilo bancário seja automaticamente levantado.

CITIGROUP
O responsável das Finanças considera que Ferreira Leite "hipotecou o País" com operação de titularização de créditos fiscais junto do Citigroup.
(07.05.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Banca portuguesa ganha 1,6 mil milhões esta semana

 

O valor da banca portuguesa em bolsa aumentou em 1,6 mil milhões de euros, esta semana, período marcado por fortes valorizações no sector. O BES, que apresentou os números do primeiro trimestre, destaca-se ao ganhar mais de 20%, nas últimas quatro sessões.

 

O valor da banca portuguesa em bolsa aumentou em 1,6 mil milhões de euros, esta semana, período marcado por fortes valorizações no sector. O BES, que apresentou os números do primeiro trimestre, destaca-se ao ganhar mais de 20%, nas últimas quatro sessões.

Os bancos nacionais acompanham, assim, a tendência do sector na Europa, que hoje avança mais de 2%, animado pela garantia deixada ontem pelo secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, de que os “testes de stress” aos bancos dos EUA vão ter resultados “tranquilizadores”.

Entre os bancos nacionais, o BES lidera os ganhos. A instituição presidida por Ricardo Salgado acumula uma valorização de 20,3%, desde a última sessão da semana passada, e eleva o saldo positivo no ano para 4,96%.

Nos primeiros três meses do ano, os lucros do BES caíram 30,6% para os 101,3 milhões de euros, um valor que superou as previsões do mercado e que levou as acções a subirem mais de 9%, só na sessão de ontem. Hoje, prossegue a subida, ao somar 7,14% para 4,42 euros.

O BCP avança 14,9%, esta semana, seguindo hoje a subir 7,23% para 0,816 euros. O banco liderado por Santos Ferreira apresenta os resultados do primeiro trimestre na próxima segunda-feira.

O BPI também regista uma tendência positiva, embora menos acentuada. As acções da instituição liderada por Fernando Ulrich, que inaugurou a época de apresentação de resultados trimestrais, ganha 7,9%, na semana e 10,80% desde o início do ano. Hoje seguem a subir 5,03% para 1,943 euros.

Em destaque têm estado também as acções do Banif, que acumulam um ganho de 28,2%, só esta semana. Hoje os títulos, que negoceiam fora do PSI-20, sobem 8,46% para 1,41 euros, já o Finibanco aprecia 5,05% e está a cotar nos 2,29 euros.
(07.05.09/Fonte : Jornal de Negócios)

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Martifer vai instalar mais um parque solar no sul de Itália

 

A Martifer Solar vai instalar um novo parque solar fotovoltaico em Alessano, província italiana de Lecce, com uma potência de 1 MegaWatt, a juntar às estruturas que já tem no sul da Itália, nomeadamente na província de Potenza.

A empresa portuguesa recordou em comunicado que o novo parque na região de Puglia se segue à instalação dos primeiros parques solares fotovoltaicos em Vaglio, na província de Potenza, que constituíram a maior instalação fotovoltaica na região italiana de Basilicata.

No novo parque de Alessano "serão instalados módulos policristalinos sobre estruturas fixas com capacidade para produzir energia suficiente para o abastecimento eléctrico anual a 380 famílias e evitar a emissão para a atmosfera de mais de 710 toneladas de Dióxido de Carbono (CO2) no mesmo período", acrescenta a empresa.

A Martifer Solar está presente desde Janeiro de 2008 em Itália, considerado um dos mercados emergentes a nível mundial no sector fotovoltaico.

"Apesar da crise económico-financeira global estar a afectar toda a cadeia de valor do sector fotovoltaico, os nossos objectivos para 2009 são ambiciosos. A construção de um novo parque solar fotovoltaico em Puglia confirma isso mesmo, assim como outros projectos que em breve terão início", indicou o director-geral da Martifer Solar, Pedro Pereira, citado na mesma nota.

Além da construção do novo parque de Alessano, a Martifer Solar vai participar de quinta-feira a sábado na Solarexpo, Feira de Energias Renováveis de Verona, onde vai apresentar a solução solar fotovoltaica para parques de estacionamento, bem como os módulos fotovoltaicos da sua nova linha de produção com capacidade de 50 MW.

Ainda este mês a empresa participa também nas Feiras Genera, em Madrid, e na Intersolar, em Munique, apontadas como duas das mais importantes feiras no sector fotovoltaico.

O Grupo Martifer conta com aproximadamente 120 empresas, presentes em 18 países, divididas em quatro segmentos de actividade: construção metálica, equipamentos para energia, geração eléctrica, e agricultura e biocombustíveis.

A Martifer está cotada na Euronext Lisbon desde 2007 e registou em 2008 proveitos operacionais que ascendem aos 901 milhões de euros.

A Martifer Solar, empresa do Grupo para a energia solar, está consolidada em Itália, Grécia, Bélgica, Portugal, Angola, França, Espanha e Estados Unidos.
(07.05.09/Fonte : Diário de Notícias)

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 Tyco estuda despedimento colectivo

 

Fábrica de componentes automóveis, de Évora, poderá despedir cerca de 170 funcionários.

 

A maior fábrica do Alentejo prepara-se para reajustar novamente a força de trabalho. A Tyco Electronics, que produz componentes electrónicos para a indústria automóvel, convocou os sindicatos para uma reunião que terá lugar hoje às 16 horas, nas suas instalações em Évora. Em cima da mesa está o possível despedimento colectivo de metade dos 346 funcionários que se encontram em ‘lay-off' (suspensão de contrato) desde Janeiro, apurou o Diário Económico.(06.05.09/Fonte : Diário Económico)

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Mercado de automóveis ligeiros em Portugal decresceu 34% no mês passado.

 

Vendas de carros da líder Renault caem mais de 60% em Abril. A francesa Renault, líder de mercado há dez anos em Portugal, está a ser uma das mais afectadas pela retracção ao consumo.

 

Em Abril deste ano, as vendas da Renault caíram 61,8%, o que representa menos 1.725 unidades vendidas. Nos primeiros quatro meses do ano, as vendas da francesa derraparam 55,6% espelhando assim a gravidade da situação em Portugal.

 

Depois da Renault, as marcas mais afectadas foram a Opel (49,1%), BMW (34,6%), Toyota (33,4%), Honda (33,6%) e Seat (30%).(05.05.09/Fonte : Diário Económico)

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Banca triplica margens

 

Crédito: Spreads já chegam aos três por cento para novos empréstimos.

A Euribor está em queda há várias semanas, mas os bancos triplicaram as margens no crédito à habitação, aumentando os spreads para os novos empréstimos. A justificação é de que está mais caro contratar dinheiro no mercado interbancário.

 

O valor médio da taxa de juro implícita aos contratos de crédito à habitação, calculado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), atingiu os 4,749% em Março último, contra uma média mensal da Euribor a seis meses de 1,77%. Em Março do ano passado, a taxa de juro implícita estava nos 5,6% e a Euribor fixava-se nos 4,593%.

Quer isto dizer que no ano passado os bancos tinham uma margem de 1,007%, enquanto agora esta sobe para 2,974%. A prova está nos spreads praticados.

Para um empréstimo de cem mil euros a trinta anos, a CGD está a cobrar um spread de 3%: o mais alto em relação aos praticados pelos restantes bancos para a mesma simulação realizada pelo Correio da Manhã na página da Internet da Associação para a Defesa do Consumido, DECO.

"Nos novos contratos as condições oferecidas pelos bancos não podem ser as mesmas devido aos custos de financiamento no mercado interbancário terem crescido bastante", justificou João Salgueiro, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), à Lusa.

João Salgueiro salientou porém que "há melhores condições nos contratos de crédito à habitação mais antigos indexados à Euribor, cujas prestações baixaram muito".

TAXAS DE JURO DO BCE PODEM VOLTAR A DESCER

O Banco Central Europeu (BCE) poderá voltar a baixar as taxas de juro na próxima quinta-feira, desta vez fixando a taxa de referência em 1%. A concretizar-se, esta será a sétima descida desde Outubro, e alguns analistas dizem que poderá ser a última.

As taxas de juro que servem de referência ao crédito à habitação desceram em apenas seis meses de valores acima dos cinco por cento para o mínimo histórico actual de 1,25%.

A descida será uma boa notícia para as famílias com crédito à habitação, que poderão poupar 204 euros na prestação mensal para um empréstimo a trinta anos, com um valor de cem mil euros e um spread de 0,8.

DECO DENUNCIA ILEGALIDADES
Há bancos que estão a aumentar os spreads nos contratos de crédito à habitação em vigor. A prática é ilegal e foi denunciada pela DECO. Em conversa com o Correio da Manhã, Jorge Morgado, dirigente daquela Associação, afirmou que nas últimas semanas "cerca de duas dezenas de consumidores apresentaram queixa" de subida nos spreads de créditos já existentes.

À Associação dos Utilizadores e Consumidores de Serviços e Produtos Financeiros (Sefin) também chegaram queixas semelhantes. Ambas as organizações não afastam a possibilidade de esta prática estar a afectar ainda mais contratos de crédito, e instam as pessoas a protestar.

COMPARAÇÃO
Simulação para um empréstimo de cem mil euros a trinta anos realizada na página da internet da DECO.

BANCO  - SPREAD - PRESTAÇÃO - TAE*
Protocolo DECO/Caixa Galicia  - 0,75% - 395,25 euros - 2,51%
Santander Totta - 1,40% - 432,50 euros - 3,29%
Banco BPI - 1,45% - 433,84 euros - 3,31%
Grupo Crédito Agrícola - 1,55% - 439,33 euros - 3,41%
Deutsche Bank - 1,80% - 453,24 euros - 3,68%
BPN - 1,90% - 459,91 euros - 3,78%
BANIF - 2,00% - 465,29 euros - 3,89%
Banco Popular - 2,00% - 466,26 euros - 3,92%
Banco BEST - 2,20% - 477,28 euros - 4,10%
BES - 2,20% - 477,28 euros - 4,11%
Finibanco - 2,25% - 478,86 euros - 4,14%
MG - 2,30% - 483,05 euros - 4,21%
GE Money - 2,50% - 493,40 euros - 4,40%
CGD - 3,00% - 524,46 euros - 4,94%
* Taxa Anual Efectiva, Fonte: http://www.deco.proteste.pt/
(04.05.09/Fonte : Correio da Manhã)

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