Já foi notícia !
02/09
Juros do crédito à habitação descem em Janeiro pela primeira vez em oito meses
As taxas Euribor iniciaram um movimento de forte descida em Outubro passado, mas só em Janeiro esta tendência se reflectiu de forma plena nas prestações de crédito à habitação dos portugueses. Segundo o INE, a taxa de juro implícita de todos os créditos à habitação em Portugal, desceu no mês passado, depois sete aumentos consecutivos.
As taxas Euribor iniciaram um movimento de forte descida em Outubro passado, mas só em Janeiro esta tendência se reflectiu de forma plena nas prestações de crédito à habitação dos portugueses. Segundo o INE, a taxa de juro implícita de todos os créditos à habitação em Portugal, desceu no mês passado, depois sete aumentos consecutivos.
O relatório do INE indica que A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação atingiu o valor médio de 5,808% em Janeiro, o que representa uma diminuição de 0,169 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior, interrompendo, assim, a série de subidas dos últimos 7 meses.
Este desfasamento entre a descida das Euribor e o seu reflexo na taxa de juro que os bancos cobram aos portugueses explica-se pelo facto de as prestações serem revistas em períodos de três ou seis meses. Assim, há ainda portugueses que não viram a sua prestação baixar, pois a revisão da prestação ainda não ocorreu.
Já para os contratos celebrados recentemente, os juros cobrados já estavam em queda e voltaram a descer em Janeiro.
Segundo o INE, a taxa de juro implícita nos contratos celebrados nos últimos 3 meses diminuiu 0,225 p.p., fixando-se em 5,654%.
O instituto justifica esta queda com o processo de redução significativa, iniciado em Novembro de 2008, das médias mensais das taxas Euribor, as quais constituem os principais indexantes para o crédito à habitação.
A descida da taxa de juro implícita no conjunto dos contratos em vigor, em relação ao mês anterior, verificou-se também em todos os destinos de financiamento considerados: aquisição de terreno para construção de habitação, a construção de habitação e a aquisição de habitação.
No mês de Janeiro, o valor médio do capital em dívida no total dos contratos de crédito à habitação em vigor atingiu 54.960 euros, mais 186 euros que no mês anterior.
Já nos contratos de crédito à habitação celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida foi de 88305 euros, registando-se um decréscimo de 1328 euros face ao mês anterior. Esta quebra sinaliza que os portugueses estão a comprar casas mais baratas, ou a pedir menos crédito para aquisição de habitação.(27.02.09/Fonte : Jornal de Negócios)Confiança dos consumidores agrava-se em Fevereiro
O indicador de confiança dos Consumidores registou uma diminuição significativa em Fevereiro, atingindo os valores mínimos verificados desde 1986, segundo dados do Inquérito de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores publicados esta quinta-feira pelo Instituto nacional de Estatística (INE).
O forte agravamento do indicador de confiança dos Consumidores resultou do comportamento negativo de todas as componentes, mas sobretudo das expectativas sobre a evolução do desemprego e da situação económica do país, explica o INE.
Dados revelados também esta manhã pelo gabinete de estatística europeu, Eurostat, mostra que este sentimento negativo chega a todos os países da zona euro. O indicador que mede a confiança dos empresários e consumidores europeus atingiu um novo mínimo histórico em Fevereiro, chegando ao valor mais baixo desde que o Eurostat começou a recolher estes dados, em 1985.
O INE revelou ainda que o indicador de clima económico – que mede as expectativas no sector do retalho, indústria, comércio, serviços e construção – caiu pela nono mês consecutivo. Este é o quarto mês seguido que este indicador toca no valor mais baixo desde o início da série há 20 anos. Em Fevereiro, o sector dos serviços foi o que registou uma evolução mais negativa. (26.02.09/Fonte : Correio da Manhã)
As encomendas à indústria registaram uma quebra em Dezembro, pelo quinto mês consecutivo, na Zona Euro e na União Europeia, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat, confirmando-se assim a tendência descendente iniciada em Agosto.
Na Zona Euro as encomendas caíram 5,2 por cento em Dezembro, face ao mês anterior, e 22,3 por cento em relação a igual mês de 2007, enquanto na União Europeia recuaram 6,4 por cento em relação a Novembro e 21,2 por cento em comparação homóloga.
Em Portugal, as encomendas na indústria caíram 6,2 por cento em Dezembro face ao mês anterior e 11,1 por cento em relação a Novembro de 2007.
Entre os Estados-membros, as mais fortes baixas registaram-se na Holanda (-15,1 por cento face ao mês anterior), Hungria (-13 por cento), Irlanda (-12,2 por cento) e Eslováquia (-11,4 por cento).
Os países que registaram uma subida nas encomendas foram a Letónia (5,8 por cento), a Grécia (2,8 por cento), a França (1,5 por cento) e a Espanha (0,9 por cento).(25.02.09/Fonte : Correio da Manhã)Portugal: Mais de 70 mil sem emprego
IEFP: Dados oficiais de Janeiro de 2009. O Instituto de Emprego e Formação Profissional registou 70 334 novos desempregados em Janeiro de 2009, além de um aumento de 44, 7 por cento face ao passado mês de Dezembro. Os números agora divulgados revelam que "o desemprego registado apresenta uma trajectória ascendente", segundo este organismo. Talvez por isso, o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), Francisco Van Zeller, admita um aumento da taxa de desemprego para os oito por cento até Março.
O secretário-geral da UGT, João Proença, já prevê uma taxa de desemprego superior a oito por cento.
Em comparação com o mês de Janeiro de 2008, o acréscimo de novos desempregados aponta para mais 27,3 por cento. Desde Agosto de 2008 que o aumento de desempregados não tem parado, mas o primeiro mês de 2009 registou a maior subida. João Proença classificou este aumento de "brutal", tendo o PS dito que a tendência já estava prevista pelo Governo.
As despesas com o subsídio de desemprego aumentaram 8,6 por cento em Janeiro de 2009, face a igual mês do ano anterior, totalizando 142 milhões de euros, o que implica uma subida de 11 milhões de euros nos gastos.
No final de Janeiro de 2009 estavam inscritos nos centros de emprego do Continente e Regiões Autónomas447 966 desempregados, ou seja, 85,5 por cento de um total de 523 986 pedidos de emprego.
Entre Janeiro de 2008 e Janeiro de 2009 os sectores mais penalizados foram a construção (+43,8%), a indústria da madeira e da cortiça (+ 33,7%), as indústrias extractivas (+ 31,8%) e as actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (+28,1%), segundo se pode ler no site do Instituto. Há 40 057 desempregados com licenciatura. O ensino é a única área onde o desemprego não aumentou.(24.02.09/Fonte : Correio da Manhã)MÉTODO ESCANDALOSO!
Tyco reduz salários [em Portugal]
Medida prevê corte de 25 por cento
A fábrica em Évora da multinacional Tyco Electronics pretende reduzir o salário até 25 por cento aos cerca de 1200 trabalhadores. Segundo o CM apurou, esta medida, a ser aplicada durante quatro meses e que prevê ainda a redução da carga laboral em um dia, é justificada pela empresa devido à quebra de produção na ordem dos 42 por cento.
Contactado pelo CM, Rogério Silva, dirigente do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas, confirmou que a medida foi anunciada na quarta-feira, mas desconhece todo o seu conteúdo. "Dentro de cinco dias irão decorrer as reuniões de negociação. Esta medida penaliza mais estes trabalhadores do que aqueles que estão com contrato suspenso", referiu. O sindicalista frisou que a Tyco quer "recuperar prejuízos à custa da mão-de-obra".
346
é o número de trabalhadores da Tyco que viram, em Janeiro, os seus contratos suspensos por um período de seis meses.(20.02.09/Fonte : Correio da Manhã)61% das famílias têm dificuldades financeiras
Crise. O número de famílias portuguesas em dificuldades quase duplicou no ano passado, revela um estudo. E metade dos portugueses acredita mesmo que a sua situação vai piorar este ano. Números que colocam Portugal no primeiro lugar de 12 países da Europa com pior condição financeira
Só quatro países do Norte da Europa sem problemas
Mais de metade das famílias portuguesas registaram, no ano passado, dificuldades financeiras e consideram improvável que a sua situação melhore este ano, revela um estudo ontem divulgado. Segundo o Genworth Index 2008, que avalia a vulnerabilidade financeira, o número de portugueses em dificuldades (61%) em 2008 quase duplicou em relação ao ano anterior (32%).
Estes números colocam Portugal como o país da Europa com maior vulnerabilidade financeira em 2008, tendo ultrapassado a Itália, líder do ranking no ano anterior. Portugal regista um índice de 70 pontos (numa escala em que 100 corresponde à pontuação máxima de vulnerabilidade financeira), o que significa uma subida de 36 pontos face ao ano anterior.
Para este aumento contribuíram as maiores dificuldades sentidas pelos portugueses. 46% dos inquiridos admitiram estar "frequentemente ou sempre" numa situação de dificuldade financeira (face aos 20% registados em 2007) e 55% dos portugueses consideram que a sua situação vai piorar nos próximos 12 meses (em 2007 eram 29%).
Para Luís Marques, director-geral da Genworth Financial, empresa de seguros de protecção ao crédito que fez o estudo, "as famílias portuguesas encontram-se numa situação de elevada vulnerabilidade financeira, com tendência para agravamento face às perspectivas de recessão anunciadas para 2009, nomeadamente no que concerne ao aumento do desemprego, principal ameaça ao cumprimento dos seus compromissos financeiros".
Este responsável acrescenta ainda que "a vulnerabilidade financeira dos portugueses está invariavelmente relacionada com uma insustentável gestão do orçamento familiar. Assim, é essencial que os portugueses adoptem medidas preventivas em relação à situação financeira do seu agregado familiar, poupando e gerindo com precaução na contracção de crédito".
Aumento em todos os países
Dos 12 países europeus analisados pelo estudo, apenas quatro apresentam segurança financeira - Finlândia, Suécia, Noruega e Dinamarca. Ou seja, nestes países o número de famílias com boas condições é maior do que aquelas que tem problemas. Mesmo assim, o aumento das dificuldades financeiras das famílias é partilhado por todos os países analisados, acrescenta a Genworth Financial.(19.02.09/Fonte : Diário de Notícias)Desemprego real atinge meio milhão de pessoas
2008 terminou com uma taxa inferior à de 2007, mas não é essa a tendência actual. A falta de trabalho agravou-se no final do ano passado e 2009 deverá ser ainda pior.
No final de 2008, mais de meio milhão de pessoas queria trabalhar, mas não tinha colocação no mercado de trabalho. É o que se chama de desemprego real, maior do que o oficial esta terça-feira divulgado, de 7,8%.
O global do ano de 2008 fechou com 427,1 mil pessoas desempregadas, o que dá uma taxa de 7,6%, menor do que em 2007, mas a média anual esconde a evolução ao longo dos meses. É que se no Verão o desemprego baixou, os meses de Outono e Inverno viram-no subir. E o último trimestre do ano terminou com 437,6 mil desempregados, uma taxa de 7,8%.
A estas pessoas, podem somar-se outras 70,5 mil que o Instituto Nacional de Estatística classifica como "desencorajados disponíveis", ou seja, disponíveis para trabalhar mas que, por alguma razão, não fizeram diligências para isso nos três meses anteriores ao inquérito - um requisito obrigatório para que as estatísticas oficiais considerem haver desemprego.
Havia, mesmo, quase 29 mil pessoas que queriam trabalhar mas nem procuravam trabalho porque pensavam não ter a idade e instrução ajustadas, ou porque diziam não saber como procurar, não valer a pena ou, porque, simplesmente, acreditavam que não teriam lugar no mercado de trabalho. No total, entre Outubro e Dezembro do ano passado, já em plena crise, eram mais de 500 mil as pessoas que queriam trabalhar, mas não tinham emprego.
Nos últimos três meses do ano, adianta ainda o INE, podiam contar-se 66 mil outras pessoas que queriam trabalhar a tempo inteiro, mas que só conseguiam encontrar emprego a tempo parcial, o chamado "part-time".
Estes números mostram um outro lado do mercado de trabalho português, mas as estatísticas oficiais vão dizer que 2008 fechou com ainda menos desemprego do que o ano anterior - 7,6%, contra 8% em 2007.
A evolução deixou o primeiro-ministro, José Sócrates, optimista. "Estes números são melhores do que se esperava" e "dão mais estímulo, força e energia para prosseguir a luta para melhorar as condições de emprego", disse, no final de uma visita às obras da Barragem do Sabor, em Bragança. Apesar disso, reconheceu: "Vamos ter muitas dificuldades este ano com a questão do emprego".
Na média de 2008, o país foi criando mais postos de trabalho, de todos os tipos de contrato. Mas olhando apenas para a recta final do ano, vê-se que baixou o número de contratados a prazo, o que vem confirmar que estes trabalhadores são os mais susceptíveis de irem parar ao desemprego em alturas de crise.
O mesmo acontece com os trabalhadores classificados pelo INE como "por conta própria" mas que, por norma, são "falsos recibos verdes". Se nos primeiros meses do ano havia mais pessoas nestas circunstâncias, já o número diminuía no último trimestre. Também a quantidade de trabalhadores em "part-time" caiu.
A média nacional esconde um outro factor: o país não reage todo da mesma forma. No último trimestre, o Norte foi a única região onde o desemprego desceu, apesar de ainda ser maior do que a média nacional: 8,7%, no último trimestre. Já o Centro se manteve igual face ao terceiro trimestre (mas acima do registado na primeira metade do ano).
Em todas as outras regiões, o desemprego subiu face ao terceiro trimestre, com o Alentejo a chegar a 10%.(18.02.09/Fonte : Jornal de Notícias)Bancos nacionais perdem 1.000 euros por segundo na bolsa
A cada segundo que passa os três maiores bancos privados nacionais, cotados em bolsa, perdem 1.071 euros. Por sessão, o valor de mercado destes encolhe em 32 milhões de euros. Desde o arranque de 2009, já perderam mais de mil milhões. Mas BES, BPI e BCP conseguem, no entanto, apresentar um desempenho mais favorável que os seus pares na Europa.
A cada segundo que passa os três maiores bancos privados nacionais, cotados em bolsa, perdem 1.071 euros. Por sessão, o valor de mercado destes encolhe em 32 milhões de euros. Desde o arranque de 2009, já perderam mais de mil milhões. Mas BES, BPI e BCP conseguem, no entanto, apresentar um desempenho mais favorável que os seus pares na Europa.
O índice sectorial do "velho continente" para a banca, o Dow Jones STOXX Banks, afunda 17,85% desde o início do ano. Trata-se de um reflexo das novas perdas associadas a activos tóxicos que fizeram resvalar os resultados e aumentaram os receios dos investidores quanto à possibilidade mais instituições financeiras virem a ser alvo de nacionalizações, parciais ou totais.
Ontem, dia em que surgiram novas estimativas de perdas de milhares de milhões para a banca irlandesa e em que a Alemanha admitiu tomar uma posição maioritária no debilitado Hypo Real Estate, o sector deslizou mais 3,27%, completando uma série de cinco sessões consecutivas de queda.(1702.09/Fonte : Jornal de Negócios)E. Leclerc investe 12 milhões na Marinha Grande
O grupo E. Leclerc Portugal anunciou esta segunda-feira um investimento de 12 milhões de euros num espaço comercial na Marinha Grande, um projecto que vai criar 150 postos de trabalho.
“A abertura do espaço na Marinha Grande está inserida na estratégia de expansão nacional, que prevê a inauguração de uma média de quatro lojas por ano, num total de 410 lojas e mais de70 mil metros quadrados de superfície de venda até final de 2001”, explica o presidente do grupo, Jacques de Oliveira, em comunicado.
Na nota, o grupo indica que o centro comercial, cujo projecto de arquitectura já foi aprovado, tem sete mil metros quadrados de superfície de vendas.(16.02.09/Fonte : Correio da Manhã)Penhora imediata para imóveis de vendedores com dívidas ao Fisco
Os proprietários de imóveis com dívidas ao Fisco arriscam uma penhora imediata caso tentem vender os seus bens. Esta é uma das principais consequências do novo sistema informático que Direcção-geral dos Impostos (DGCI) tem em funcionamento desde sexta-feira.
Os proprietários de imóveis com dívidas ao Fisco arriscam uma penhora imediata caso tentem vender os seus bens. Esta é uma das principais consequências do novo sistema informático que Direcção-geral dos Impostos (DGCI) tem em funcionamento desde sexta-feira.
Assim, a partir de agora, basta que um contribuinte devedor tente vender bens imóveis de que seja proprietário para evitar eventuais penhoras, e de imediato soará um sinal de alarme nos serviços de Finanças.
O novo mecanismo "detecta de forma electrónica e automática todas as situações em que os proprietários de imóveis com dívidas fiscais tentem efectuar a respectiva alienação, dissipando o seu património e impedindo a cobrança das suas dívidas pelo Estado", revelou o Ministério das Finanças em comunicado. O processo, explica o Fisco, envolve um "vasto conjunto de cruzamentos electrónicos de dados em tempo real, no próprio momento em que os factos estão a ocorrer". Por outras palavras, sempre que alguém faz uma escritura de compra e venda de um imóvel tem primeiro de liquidar Imposto Municipal sobre as Transmissões (IMT).
No momento em que o Fisco tiver essa informação, o director de Finanças da respectiva área é alertado. Para "instauração do processo de inquérito criminal", avisa o Fisco.
O objectivo é verificar se estão ou não reunidos os pressupostos necessários para que se avance com um processo crime e, caso isso aconteça, se proceda à respectiva instauração. Ao mesmo tempo, serão informados os chefes de Finanças competentes que, caso o imóvel já esteja penhorado, informarão o comprador, já que a compra e venda terá de ficar suspensa.
Caso ainda não haja uma penhora instaurada, os serviços tratarão de avançar imediatamente com o processo ou com "constituição de hipoteca legal ainda antes da transmissão, a fim de garantirem a efectiva cobrança da dívida, informando sempre disso o adquirente.
As Finanças admitem que se têm deparado com um elevado número de situações em que empresas e contribuintes singulares com dívidas ao Estado, "muitas vezes de elevado montante", fazem "desaparecer o seu património penhorável", alienando-o, de forma gratuita ou onerosa, para assim impedirem a cobrança dessas dívidas. O Fisco diz que "na maioria dos casos são operações planeadas de evasão e fraudes fiscais de elevada gravidade".(16.02.09/Fonte : Jornal de Negócios)Despedimento colectivo na maior têxtil portuguesa
A crise no sector automóvel está a provocar cortes na força laboral da maior têxtil portuguesa. A Coindu, que fabrica assentos e acessórios (em tecido e couro natural) para marcas de automóveis como a Volvo, Audi, Renault, Peugeot e Saab, vai avançar com um processo de despedimento colectivo.
A crise no sector automóvel está a provocar cortes na força laboral da maior têxtil portuguesa. A Coindu, que fabrica assentos e acessórios (em tecido e couro natural) para marcas de automóveis como a Volvo, Audi, Renault, Peugeot e Saab, vai avançar com um processo de despedimento colectivo.
A medida é justificada pela quebra de encomendas e pelas várias paragens a que a empresa se vê obrigada desde Setembro. O administrador da Coindu, Jorge Torres, não revela o número de empregos afectados, nem o momento, mas é uma situação para resolver em breve.
"A situação é complicada e não temos ferramentas para a solucionar da melhor maneira", respondeu Jorge Torres ao Negócios.
Segundo o administrador da Coindu, a empresa está "a funcionar com paragens de tempos a tempos para adequar 'stocks' de produtos acabados às necessidades dos clientes", isto quando a empresa "nunca fez 'stocks'", algo perigoso numa indústria em que "os clientes pedem alterações a qualquer momento". Essas paragens são suportadas integralmente pela empresa, que não recorre ao "lay off" por ser "um processo moroso, levando 30 dias até poder ser posto em prática".(16.02.09/Fonte : Jornal de Negócios)Economia contrai 2,1% no quarto trimestre
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que a economia portuguesa está em recessão.
Portugal entrou em recessão pela primeira vez em cinco anos, depois do PIB se ter contraído 2,1% no quarto trimestre, revelou o INE.
O recuo do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre do ano é explicada pela quebra verificada tanto na procura interna como na externa, tendo sido verificada uma "diminuição expressiva" das exportações portuguesas, revela a estimativa rápida hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Esta diminuição do PIB nacional foi bastante mais forte do que o esperado, já que os seis analistas ontem contactados pelo Diário Económico esperavam em média uma contracção de 0,9%.
O INE adianta que, para a totalidade do ano de 2008, o PIB português registou uma "variação nula", tendo-se mantido nos mesmos níveis de 2007, contra o crescimento de 1,9% verificado nesse ano.
O Governo previa um crescimento de 0,8% do PIB em 2008, depois de ter revisto em baixa a sua previsão inicial de uma expansão de 2,2%.
A última vez que Portugal entrou em recessão foi em 2003, ano em que o PIB se contraiu em 0,8%.[Destaque INE de 13/02/09](13.02.09/Fonte : Diário Económico)Fábrica da cerveja Cintra em insolvência
A Drinkin avançou com um pedido de insolvência, mas o proprietário da cervejeira garantiu esta quarta-feira que "não deitou a toalha ao ringue" e que estima encontrar um parceiro para garantir o funcionamento da empresa.
Jorge Armindo, citado pela Lusa, disse que os 115 funcionários da unidade que fabrica a cerveja Cintra, em Santarém, têm os salários em dia e justificou o processo como forma de evitar que a continuidade da empresa fosse posta em causa caso o processo partisse de um credor.
O empresário revelou que quase 90% dos 82,9 milhões de euros de dívidas da Drinkin são para com o sistema financeiro, situação que se arrasta desde a constituição da empresa, pelo empresário Sousa Cintra, a quem a adquiriu em 2006. Jorge Armindo afirmou que as dívidas a fornecedores rondam os 7,5 milhões de euros e que não existem dívidas ao Estado.
O empresário adiantou que vai apresentar um plano de viabilização, dentro do prazo que for estabelecido pelo administrador judicial, assegurando que a cervejeira continua em laboração.
A Drinkin tem estado a produzir para marcas brancas de grandes superfícies, e tem cedido as suas linhas de enchimento à Central de Cervejas e Unicer, sempre que estas o solicitam.(12.02.09/Fonte : Jornal de Notícias)Casa-mãe da Continental Mabor à beira da falência
A fábrica de pneus da Continental Mabor, em Lousado, no concelho de Vila Nova de Famalicão, teme pelo seu futuro, face às notícias de que o accionista, o grupo alemão Schaeffler, se encontra à beira da bancarrota e vai requerer um auxílio temporário de emergência ao Governo de Berlim. No entanto, em declarações ao DN, António Lopes Seabra, presidente da Continental Mabor, não prevê perturbações na actividade da fábrica portuguesa, o mais que pode acontecer, diz, "é a Continental passar a ter bancos como accionistas".
A notícia avançada ontem pela agência Bloomberg e citada pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) dá conta de que o grupo alemão está afogado numa gigantesca dívida avaliada em 11 mil milhões de euros. Neste momento a família do fundador pondera vender uma parte da Continental AG para garantir a entrada de dinheiro fresco.
O colapso da Schaeffler poderá levar à ruptura da fábrica da Continental em Famalicão, num processo muito semelhante ao que aconteceu com a Qimonda em Vila do Conde, refere a Bloomberg, situação que António Lopes Seabra recusa que venha a acontecer. A Continental Mabor tem os seus fornecimentos assegurados, apesar de ter previstas várias paragens até Abril, aproveitando os feriados do Carnaval e da Páscoa. O responsável garantiu ainda que não vai haver cortes nos postos de trabalho, apesar da quebra nas encomendas em resultando da crise.
A Schaeffler tomou o controlo da rival Continental AG, três vezes maior que o próprio grupo, depois de uma oferta hostil lançada em meados do ano passado. Desde então, devido ao peso da dívida e à quebra no mercado automóvel, os problemas não pararam de aumentar. Só em juros, a Schaeffler terá até ao Verão uma factura superior a 899 milhões de euros, o correspondente a 84% do seu lucro operacional. No último fim-de-semana, os herdeiros do fundador do grupo garantiram que farão o que for possível para evitar uma ruptura do grupo, que já anunciou a intenção de requerer um auxílio temporário de emergência ao governo alemão. Apesar de não tem avançado com montantes, o jornal Bild estima que o pedido se situe entre os três e os cinco mil milhões de euros.(11.02.09/Fonte : Diário de Notícias)Crise internacional já contagiou exportações [portuguesas]
Comércio externo. Exportações portuguesas aumentaram 1,8% nos primeiros onze meses do ano, mas para os cinco maiores destinos da Europa sofreram uma quebra de 683 milhões de euros. As vendas a Angola estão a salvar o ano. Automóveis, vestuário e calçado sofreram as maiores perdas.
As exportações nacionais aumentaram 1,8% nos primeiros 11 meses de 2008 em relação a igual período de 2007, mas a crise internacional já levou os exportadores a perderem pelo menos 683 milhões de euros na facturação aos cinco maiores parceiros na União Europeia. Angola coloca as vendas nacionais acima da linha de água, mas as contas do comércio externo poderão agravar-se no último mês do ano, quando a produção de automóveis parou.
Foi a partir de Agosto do ano passado que as vendas nacionais, para fora de fronteiras, desmoronou. As exportações de carros fabricados em Portugal caíram 2,6% até Novembro, uma perda de 110 milhões de euros em relação a igual período de 2007. As remessas de máquinas e aparelhos - eléctricos e mecânicos - recuaram 4,5% e o sector do vestuário e calçado acumulou perdas da ordem dos 222 milhões de euros, uma queda de 5%.
Espanha, ao comprar 27% das exportações nacionais, é ainda o primeiro parceiro comercial do País. Mas a economia espanhola, em crise, aterrou - o consumo das famílias e o investimento espanhol terão contraído em 2008 -, o que levou as vendas nacionais para o país vizinho a recuar 1,5% nos primeiros 11 meses de 2008 face ao mesmo período de 2007. E, para este ano, o cenário deverá agravar-se. É que o Governo de Madrid prevê uma queda de 4,6% nas suas importações.
Para a Alemanha - destino de 12,6% das vendas ao exterior, o comércio caiu 0,5% no mesmo período, um movimento que se agravou nos últimos meses de 2008. Em Novembro, os exportadores nacionais perderam 63 milhões de euros em relação a igual mês de 2007, uma queda de 13,6%. Para França, desde Maio do ano passado que as vendas estão a cair e o saldo até Novembro já acumulava perdas de 5%. Para o Reino Unido, as exportações recuaram 7,4%.
Angola está a salvar as vendas externas, explicado pelos petrodólares (o preço dos combustíveis esteve em alta até Novembro) e pelo mercado natural que é Portugal. A facturação com a ex-colónia cresceu 586 milhões de euros, um aumento de 35%.
Há sinais claros de que o comércio externo se deteriorou à medida que o ano findava. E terá sido a um ritmo avassalador. Assim, no trimestre terminado em Novembro, as exportações recuaram 5,9%, enquanto as importações - que estiveram animadas nos primeiros 11 meses do ano ao aumentarem 8,5% - caíram 1,5%, em resultado de uma desaceleração no consumo das famílias e de uma provável contracção do investimento empresarial. Para este ano, os exportadores deverão continuar com uma vida difícil. É que o Governo prevê uma queda de 4,4% nas exportações.(10.02.09/Fonte : Diário de Notícias)Alto Minho quer ser um território de energia limpa
Pioneiros. Ponte da Barca deu o exemplo, e agora os municípios da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho preparam uma candidatura conjunta ao QREN para dotarem de eficiência energética os seus sistemas de iluminação pública, diminuindo a factura eléctrica e contribuindo para um ambiente sadio
Estratégia permite poupanças de 60 mil euros anuais
Dotar os caminhos urbanos e rurais de sistemas inteligentes de iluminação pública, com sensores de movimento e lâmpadas economizadoras, que ajudam a diminuir a factura eléctrica e contribuem para transformar Ponte da Barca num território de energia limpa, começou por ser a visão estratégica do município. Agora, o exemplo autárquico promete ser replicado nos restantes oito municípios da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, que vão fazer idênticos estudos, preparando uma candidatura comum ao Quadro de Referência Estratégico Nacional.
"Embora a eficiência energética seja essencial na estratégia de Ponte da Barca, o projecto trará mais ganhos se lhe dermos dimensão", afirma o presidente da câmara, Vassalo Abreu, acrescentando que o seu município já fez o trabalho de casa. "Começámos por fazer o plano estratégico e a seguir fizemos o estudo para saber como poderíamos tornar o concelho mais eficiente".
Para a elaboração do documento, que agora está em fase final, a câmara procurou as parcerias da empresa SmartWatt - Eficiência Energética e Microgeração e dos institutos de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial e de Engenharia de Sistemas e Computadores, ambos do Porto. Os resultados obtidos tornam expectáveis reduções significativas, quer na facturação com a energia eléctrica quer na redução das emissões poluentes.
Há casos em que pequenas alterações de procedimentos, como substituir lâmpadas, dão um potencial de poupança no sector eléctrico e térmico de 60 mil euros anuais. A aplicação de medidas concretas nos edifícios municipais deverá poupar 30 mil euros/ano, e meras alterações de tarifário e potência contratada tornam admissível uma poupança de 4%. Só a transmissão electrónica da facturação "permite-nos poupar 50 mil euros", indica o autarca.
Vassalo Abreu garante a determinação do município em executar já algumas das medidas identificadas. Outras, como a reformulação de todo o sistema de iluminação pública, precisam de ganhar escala para serem exequíveis, uma vez que um "pequeno município sozinho não consegue", até porque se trata de um território com dezenas de caminhos rurais. De acordo com o estudo, a eficiência energética da iluminação pública permitiria a Ponte da Barca reduzir o consumo em 20%.
O novo edifício dos Paços do Concelho, que Vassalo Abreu tenciona inaugurar este mês, foi requalificado e equipado com sistemas inteligentes de eficiência energética. No Verão, o autarca espera ter condições climatéricas para corrigir os erros de construção nas piscinas municipais, dotando este equipamento de melhores performances ambientais. As piscinas de Ponte da Barca estão dotadas de painéis solares, no entanto, como estes ficaram virados para norte, grande parte da energia é desperdiçada.
Há casos que parecem uma evidência de bom senso e que, por comodismo ou desleixo, são ignorados. "Havia situações tão comuns como ramadas à beira das casas, impedindo a entrada do sol. Vamos começar a limpar também estes edifícios", remata Vassalo Abreu.(09.02.09/Fonte : Diário de Notícias)Espanha: 15% dos portugueses sem emprego
Aumenta desemprego de trabalhadores nacionais.
O desemprego atingia 7.800 portugueses em Espanha no final do ano passado, representando 15,3 por cento da população activa portuguesa naquele país, a segunda maior taxa desde 2005 e depois do recorde de 21,5 por cento registado em Setembro.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE)espanhol revelam que o desemprego entre os portugueses radicados em Espanha cresceu progressivamente ao longo de 2008, atingindo o seu ponto máximo em Setembro, quando 10.700 trabalhadores de um universo de 49.800 estavam sem emprego. Até ao final do ano, tinha caído para 15,3 por cento, representando 7.800 de um universo de 51.100 portugueses.
O sector dos serviços é aquele que ocupa a maioria dos portugueses que escolhem o país vizinho para trabalhar, com uma taxa de 61 por cento no final do ano passado. Já o sector da construção ocupa 27 por cento dos trabalhadores nacionais em Espanha.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Albano Ribeiro, receia que os números do desemprego possam aumentar neste sector, tendo em conta a crise que afecta Espanha.
O dirigente sindical estima que, nos próximos cinco meses, 10 mil portugueses percam o emprego e sejam obrigados a regressar a casa e vê como uma única solução para o problema a concretização e todas as obras públicas anunciadas pelo Governo português.(05.02.09/Fonte : Correio da Manhã)Alentejo: 180 desempregados com o fecho da Edscha
A Edscha, fabricante alemã de componentes para a indústria automóvel, anunciou esta quarta-feira a insolvência de 15 unidades de produção na Europa, entre as quais a fábrica de Vendas Novas, no Alentejo, que emprega 180 pessoas.
A porta-voz da empresa afirmou à Reuters que na origem deste encerramento das unidades europeias está o recuo das vendas para o sector automóvel, bem como as dificuldades no crédito.
Ao jornal "Oje" a mesma fonte avançou que a fábrica portuguesa deverá manter a actividade para responder às encomendas.
Também no sector automóvel, o "Jornal de Negócios" avançava ontem que os operadores da Autoeuropa vão receber um bónus máximo de 622,24 euros. Este prémio destina-se aos operadores de Palmela divididos em 11 níveis.
O prémio não é a 100% porque o único objectivo que foi totalmente cumprido foi da melhoria contínua e poupança de custos.(05.02.09/Fonte : Jornal de Notícias)Crise leva Sonae Indústria a fechar fábricas no estrangeiro
A conjuntura está a obrigar a Sonae Indústria a reduzir a capacidade instalada. Para já, a empresa anunciou o fecho de três fábricas no exterior.
Depois de anunciar o encerramento de fábricas em França, a Sonae Indústria avança com o fecho de mais uma unidade na África do Sul. E não deverá ficar por aqui. A actual crise económica não poupa mercados ou sectores de actividade.(04.02.09/Fonte : Diário Económico)Portugal: Venda de automóveis caiu cerca de 50 por cento em Janeiro
As vendas do sector automóvel caíram 47,8 por cento, em Janeiro deste ano comparando com igual período de 2008, segundo os dados da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA).
As vendas nos ligeiros de passageiros registaram uma queda de 51,3 por cento e as dos comerciais ligeiros 35,6 por cento, revela o comunicado divulgado hoje por esta associação, que representa 3.850 empresas do sector.
Em declarações à Agência Lusa, António Ferreira Nunes, presidente da ANECRA, disse que esperava que "Portugal, por ser um micro-mercado, não sofresse tanto a crise", mas os dados de Janeiro mostraram que "a crise está instalada" também no mercado nacional e é "altamente nociva" para o sector do comércio e reparação automóvel.
De acordo com os dados provisórios da ANECRA, as vendas automóveis totais, tendo em conta a média global dos meses de Janeiro de 2006, 2007 e 2008, registaram uma queda de 53,3 por cento, durante o mês de Janeiro. As vendas de ligeiros caíram 55 por cento e as de comerciais ligeiros caíram 47 por cento.
"A redução de vendas viaturas ligeira de passageiros e de viaturas comerciais ligeiros, durante o mês de Janeiro, deve bater todos os recordes de perda de mercado de há muitos anos a esta parte, não havendo memória de um abaixamento tão elevado", refere o comunicado.
A associação também registou uma queda na produção, pelo que a média de matrículas registadas por dia foi de menos 47,8 por cento, comparando Janeiro de 2009 com o período homólogo de 2008.
António Ferreira Nunes critica o Governo por ter aumentado os impostos e defende a criação de uma linha de crédito especializada.
O Governo criou uma "linha de crédito para a produção automóvel e o sector de venda e reparação ficou de fora", critica o presidente da ANECRA, justificando que "se não há escoamento da produção, o mercado não funciona."
Em comunicado, a ANECRA diz que "é de prever um significativo aumento de dificuldades de sobrevivência das empresas do sector a retalho, distribuição e pós-venda" e teme o "encerramento de empresas e um aumento dos postos de trabalho".(03.02.09/Fonte : Público)Corticeira Amorim anuncia 200 despedimentos
A empresa de Américo Amorim vai recorrer pela primeira vez ao despedimento colectivo.
A Corticeira Amorim anunciou hoje a dispensa de centenas de colaboradores de duas das suas unidades, devido à gravidade da crise global.
As unidades afectadas são a UN Rolhas, que irá dispensar 75 trabalhadores dos seus quadros, enquanto a UN Aglomerados Compósitos irá ver a sua força de trabalho reduzida em 118 elementos, revela hoje a Corticeira Amorim em comunicado.
A empresa diz ter iniciado um processo negocial com os colaboradores a dispensar, de modo a "minimizar o impacto desta decisão", mas avisa que, tendo em conta a legislação laboral, poderá ver-se "obrigada a recorrer à figura do despedimento colectivo".
A medida, considerada como "excepcional" e justificada pela necessidade de ajustar a produção à procura esperada, marca a primeira vez na história da Corticeira Amorim que esta utilizará a figura do despedimento colectivo e deve-se apenas "devido às condições absolutamente extraordinárias da presente conjuntura económica mundial".
A companhia reitera que, apesar de preventivas, estas medidas agora anunciadas são
consideradas como "indispensáveis para a contenção do esperado impacto negativo da crise global na actividade e na sustentabilidade económico‐financeira da Corticeira Amorim".(03.02.09/Fonte : Diário Económico)Portugal: Cerca de 7 mil trabalhadores foram despedidos em Janeiro
Cerca de 7 mil trabalhadores foram despedidos ao longo de Janeiro ou viram os seus postos de trabalho ameaçados devido ao encerramento das suas empresas ou à redução de pessoal na sequência da crise.
Estes milhares de despedimentos, concretizados ou em curso, ocorreram devido ao encerramento e falência de empresas ou a situações de quebra de produção por falta de encomendas que obrigaram à redução drástica do número de trabalhadores.
Despedimentos colectivos, despedimentos individuais, rescisões por mútuo acordo e não renovação de contratos a termo foram as figuras assumidas para a supressão dos postos de trabalho que, quase todos os dias, foram sendo anunciados pelos sindicatos e pelas próprias empresas.
Alguns casos, os mais significativos em termos numéricos, decorreram do agravamento da situação económica ou até do encerramento das empresas-mãe.
É exemplo disso a multinacional Qimonda, em processo de falência, que pode levar ao encerramento da fábrica de Vila do Conde - a maior exportadora portuguesa - colocando no desemprego mais 1.900 trabalhadores.
A Manitowoc também anunciou quinta-feira que vai despedir 2.100 trabalhadores em vários países, incluindo Portugal, onde estão a funcionar duas fábricas de gruas que já não estavam a renovar os contratos a prazo.
De acordo com os dados analisados pela agência Lusa, fornecidos por sindicatos e empresas, mais de uma centena de empresas estão envolvidas em processos de despedimentos, rescisões ou não renovação de contratos em quase todas as áreas do sector industrial.
Estas empresas pertencem à indústria hoteleira, à indústria gráfica e de papel, indústria corticeira, indústria de cerâmica, indústria alimentar e de bebidas, indústrias eléctricas, construção civil, indústria do calçado, indústria têxtil, indústria vidreira e indústria química.
Mas é o sector da metalurgia – que inclui o sector automóvel – que regista maior incidência de empresas em crise e, consequentemente, de supressão de postos de trabalho.
No entanto, muitos dos postos de trabalho ameaçados podem ainda ser poupados caso sejam encontradas soluções para viabilizar algumas das empresas em dificuldades.
É o caso da empresa de calçado Aerosoles que entrou em processo de falência, colocando em risco 680 empregos, mas que foi considerada viável por uma consultora que analisou a sua situação económica.
O governo também tem tentado encontrar soluções para viabilizar várias empresas, nomeadamente a Qimonda.(01.02.09/Fonte : Jornal de Notícias)