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01/09

MAIS DE 2200 DESPEDIMENTOS ANUNCIADOS SÓ ESTE MÊS

 

Crise. Os dias em que não são anunciados despedimentos tornaram-se raros. Só este mês, foram conhecidas dezenas de situações que envolvem a destruição de mais de dois mil postos de trabalho. As dificuldades financeiras das empresas ameaçam, por outro lado, mais outras duas mil pessoas

Desde o início do ano, as empresas já anunciaram o despedimento de pelo menos 2178 trabalhadores em Portugal, seja por processos de despedimento colectivo, dispensas de trabalhadores temporários ou rescisões amigáveis. E, segundo as contas do DN, baseadas nas notícias dos principais jornais diários, empresas em dificuldade ameaçam outros dois mil postos de trabalho.

Estes dois mil prováveis despedimentos, referentes apenas a situações tornadas públicas em Janeiro, comparam com os três mil postos de trabalho destruídos por despedimentos colectivos nos primeiros dez meses de 2008 . Segundo dados da Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), os 186 processos concluídos de Janeiro a Outubro do ano passado resultaram no despedimento de 3028 trabalhadores. Nem todos os despedimentos anunciados serão concretizados, mas é razoável admitir que, em crise, o risco sobe.

Automóvel, têxtil e media são os sectores mais afectados por estes processos. É o caso da Peugeot-Citröen, que vai dispensar cerca de 400 trabalhadores, ou da Silva & Sistelo, empresa têxtil de Rio Tinto cuja falência colocou 150 funcionários no desemprego.

"É verdade que há dificuldades, mas também há um tremendo aproveitamento da situação económica por parte das empresas, que usam a crise como um pretexto jurídico apara avançar para despedimentos", considera Arménio Carlos, da CGTP. "Não creio que seja essa a regra", diz, por seu lado, Basílio Horta. "A crise existe no mundo inteiro. Estamos a assistir a um terramoto em que o sistema económico se desmorona", acrescenta. O presidente da AICEP refere que o caso espanhol da Peugeot-Citroën, em Vigo, lançou para o desemprego, de uma só vez, duas mil pessoas.

Mas há ainda os casos de empresas que enfrentam dificuldades, ameaçando a manutenção do nível de emprego. É o que acontece na Quimonda, cuja falência da casa-mãe, na Alemanha, colocou em risco a viabilidade da fábrica em Portugal e, consequentemente, o emprego de 1150 funcionários. Outro caso emblemático são as Faianças Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, com salários em atraso, que emprega 172 pessoas. No total, estão ameaçados 2072 empregos.

O DN não teve em conta as situações de lay-off ou as paragens de produção, soluções que permitem, por vezes, evitar despedimentos. Este procedimento - incentivado pelos Plano de apoios do Estado - está a ser bastante utilizado no ramo automóvel, com recurso ao banco de horas.

Final feliz?
Há no entanto casos que podem resultar num final feliz. Foi o que aconteceu na Intipor, empresa de confecções, com postos de trabalho ameaçados pela falta de pagamento de salários. Esta semana, a administração da empresa comprometeu-se, perante a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), a pagar os ordenados em atraso aos seus 154 trabalhadores, assim como o subsídio de Natal e de férias do ano passado.
(30.01.09/Fonte : Diário de Notícias)

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As dez maiores exportadoras estão a encolher
 

Sector automóvel sofre a redução de consumos, de vendas e de cotações

 

Portugal tem uma estrutura de exportações pouco variada. E para este ano, a previsão é de uma contracção de 3,6 por cento
O grupo das maiores exportadoras portuguesas, formado por quatro empresas do sector automóvel, duas petrolíferas, duas celuloses, uma de semi-condutores e uma mineira, chegou em diferentes comboios até à crise actual.

Antes desta, outras crises tinham já batido à porta, em especial da indústria automóvel e de semi-condutores. Juntou-se depois a crise financeira dos últimos meses. Para o sector automóvel, o panorama ficou pior – ao esmagamento das margens e de um modelo de negócio exausto, sucedeu-se a forte quebra de vendas -, para outras, entre elas as petrolíferas, o momento não chega a ser de alarme, mas as condições económicas exigem uma prudência aparentemente desnecessária até há meio ano.

O grupo dos grandes exportadores tem também uma característica relevante: na sua grande maioria são também os maiores importadores. Veja-se o negócio petrolífero e os automóveis.

A Galp compra ao estrangeiro toda a matéria-prima (petróleo) de que necessita para as suas duas refinarias, sendo também a única petrolífera a poder fazê-lo. Em 2007 importou 4,6 mil milhões de euros de crude. Em contrapartida, o país reexportou 1,4 mil milhões de euros de produtos refinados no mesmo ano. Quanto ao sector automóvel, uma forma de compensar o peso importador deste sector foi impor metas de incorporação nacional.

O caso da Autoeuropa é o mais seguido. A fábrica de Palmela diz que o valor acrescentado nacional da sua produção se situa em 55 por cento, incluindo aqui o valor da produção e não produção.

A Qimonda passou a Autoeuropa em 2008 como maior exportador nacional. Foi uma mudança saudada pelas autoridades portuguesas, depois do apoio dado pelo actual Governo a este investimento, sobretudo por evidenciar um projecto “à medida” do Plano Tecnológico: a produção da Qimonda é de elevado valor tecnológico e os seus 1800 trabalhadores pertencem ao grupo de mão-de-obra altamente qualificada.

No dia em que foi anunciada a entrada da Qimonda em processo de insolvência, o economista Vitor Corado Simões, co-autor com João Caraça do modelo de avaliação de impacto do Plano Tecnológico, comentava ao PÚBLICO que a eventual entrada da multinacional alemã em falência seria “um soco no estômago fortíssimo para a economia portuguesa”, mas as dificuldades reveladas pela companhia não o surpreendem, quer por pertencer a uma actividade muito volúvel a ciclos económicos, quer por uma história “que nunca foi fácil” com os sucessivos “spin-offs” da Siemens e da Infineon.

Quimonda com pouco valor
A opinião mais atenta à indústria electrónica é clara: as companhias ocidentais estão em perda competitiva face aos chineses, coreanos e Taiwan e a perspectiva é cada vez mais negra para europeus e norte-americanos. Foi essa situação que levou a Qimonda a tentar diversificar com o que foi visto como uma “fuga em frente”, através da parceria com os alemães da Centrosolar para o investimento em células fotovoltaicas em Vila do Conde.

Num sector cuja diferenciação se faz pelo baixo custo da mão-de-obra, a nova aposta da Qimonda vê mais reduzidas as possibilidades de sucesso desde que a crise financeira fez adiar muitos projectos de energia solar e o mercado internacional tem produto em excesso, com os chineses sobretudo a tentar escoar produção a preços ainda mais baixos. Perante o risco deste tipo de projectos, é o custo das alternativas que deve ser pesado, aconselha Corado Simões, incluindo uma entrada do Estado português. “Não há garantia de que os esforços feitos tornem a Qimonda sustentável. Ninguém pode garantir isso num momento de crise e numa actividade volúvel como esta. Mas também parece que se Portugal não fizesse esse esforço, o custo para captar algo semelhante seria muito mais elevado do que tentar uma solução em conjunto com os accionistas, com o Estado a assumir uma parte do risco para manter o projecto em Portugal”.

Entre diligências das autoridades portuguesas para salvar um dos grandes investimentos tecnológicos do país e a hesitação do governo do estado da Saxónia em fazer o mesmo para os três mil trabalhadores da sua fábrica de Dresden, a visita do administrador do processo de insolvência a Lisboa, na próxima segunda-feira, é vista com grande expectativa. A fábrica portuguesa reduziu esta semana a sua produção em 75 por cento e dispensou 90 trabalhadores.

Perante a evidência de que os investimentos em alta tecnologia e elevada qualificação, afinal, também não são seguros, este economista sublinha que “as economias devem estar preparadas para que os investimentos internacionais sejam mais móveis” do que no passado e que ainda é possível distinguir diferentes níveis de estabilidade.

É o que acontece entre a Qimonda e a Autoeuropa. A Qimonda vive basicamente da mão-de-obra dos seus 1800 trabalhadores.

O seu valor acrescentado limitase à incorporação do trabalho directo e não tem uma cadeia de fornecedores locais. A Autoeuropa, hoje segunda maior exportadora, continua a vender ao exterior produtos com maior valor acrescentado: não são apenas os trabalhadores da fábrica que contribuem para o produto final, mas um conjunto de fornecedores, grande parte do qual instalado no parque industrial de Palmela e o restante a norte do país. Para Corado Simões, estes relacionamentos fazem da Autoeuropa um investimento “com mais ancoragem, apesar da crise do sector automóvel” e com maior impacto sobre a economia portuguesa.

A crise financeira apanhou a VW Autoeuropa em pleno ciclo de investimentos para a sua futura geração de veículos a produzir em Palmela e é essa perspectiva que faz com que o cenário não seja mais negro do que já é. É por isso, também, uma peça fundamental no resultado do plano de ajuda de 900 milhões de euros ao sector automóvel, aprovado pelo Governo em Dezembro.

Com nova produção em vista, mas com um sector automóvel a nível mundial a passar por uma quebra profunda da procura, a fábrica dispensou já os trabalhadores contratados a empresas de trabalho temporário e fez mais períodos de paragem desde Novembro do que o previsto. E vai parar mais no primeiro semestre, para evitar despedimentos. Uma das paragens, em Abril, estava prevista, para instalar a nova linha de produção. A outra ocorrerá antes, no primeiro trimestre; a produção do Eos e do Scirocco será suspensa por 16 dias e a dos monovolumes por 17 dias.

Apesar dos projectos para uma mudança de ciclo de produção - com a chegada prevista do sucessor do monovolume e de um quarto modelo ainda não conhecidos -, a Autoeuropa tem pela frente um teste difícil em 2009. Prevê-se que as vendas automóveis nos EUA, grande mercado do Eos e do Scirocco, caiam 36 por cento, bastante mais do que a média europeia (19 por cento), segundo a publicação especializada Automotive News. Em Espanha, a queda estimada é de 50 por cento e nos seus outros dois grandes mercados, Alemanha (o maior) e Inglaterra, as quebras andam entre sete e 21 por cento. A Autoeuropa vende 28 por cento da sua produção para a Alemanha, mais de 16 por cento para os EUA e 10 por cento para o Reino Unido.

A fábrica que faz os Peugeot Partner e Citröen Berlingo, em Mangualde, e que também exporta praticamente toda a sua produção, anunciou que vai eliminar, até Março, 400 postos de trabalho contratados a empresas de trabalho temporário como resposta à crise.

O futuro desta unidade é, no entanto, mais incerto do que o da Autoeuropa - apesar de ter aderido ao plano de apoio do Governo. Não está a mudar de ciclos de produção, não apresenta investimentos âncora para o futuro, continua a não ter uma rede de fornecedores locais e a sua ligação umbilical com a fábrica da PSA na Galiza reforça a incerteza. Há cerca de uma semana, a PSA anunciou que vai dispensar dois mil trabalhadores em Vigo, que é a sua maior unidade no mundo, no âmbito de um plano de cortes que abrange mais fábricas. Com o estatuto de fábrica-satélite, a unidade de Mangualde depende em absoluto do ritmo de Vigo.

A Visteon- Ford Electrónica Portuguesa, empresa de Palmela onde 1400 trabalhadores fabricam compressores e componentes electrónicos para o sector automóvel, acaba de retomar a produção depois de uma segunda paragem de produção em dois meses, mas tem mais pela frente nos próximos meses. A subsidiária portuguesa de um dos maiores fornecedores de componentes automóveis dos EUA continua fortemente ligada à Ford, a partir da qual nasceu, e com isso herdou também uma boa parte dos problemas que levam o grande construtor de Detroit a pedir ajuda ao Governo norte-americano. Desde 2005 que as vendas da empresa descem. Dos 600 milhões de dólares registados em 2005 (452 milhões de euros, ao câmbio actual), este valor caiu para 554 milhões no ano seguinte (418 milhões de euros), tendo voltado a descer para os 543 milhões de dólares (411 milhões de euros) em 2007.

Continental não arrisca previsões
Nos últimos anos, a Continental Mabor realizou perto de 100 milhões de euros de investimentos para melhorar a produtividade da empresa e aumentar a gama de produto disponibilizados. Em resultado desse investimento, que só no ano passado ultrapassou os 40 milhões de euros, a empresa de Lousado tem conseguido um aumento paulatino do volume de vendas, quase exclusivamente para exportação.

No momento actual, a subsidiária da multinacional alemã Continental não arrisca fazer previsões para o ano em curso e para 2010, dada a incerteza gerada pela conjuntura económica, que está a ter reflexos muito negativos na indústria automóvel a nível mundial. Fonte da empresa explica que existe uma programa nacional de apoio à indústria automóvel que ainda não chegou ao terreno, pelo que é impossível fazer previsões. A fabricante de pneus, que assegura a produção de 855 artigos, dos quais uma percentagem importante para equipar automóveis novos, trabalha praticamente para os mercados externos, concentrados maioritariamente na Europa.

Em 2007, as vendas totais atingiram 474 milhões de euros, com 470 milhões direitinhos à exportação. Os valores provisórios de 2008 apontam para vendas totais de 480 milhões de euros, com 470 milhões destinados aos mercados externos. Em termos desagregados, os principais destinos são a Alemanha, com 24 por cento, seguida de Espanha, com 19 por cento. Fora do velho continente, os Estados Unidos e o Canadá absorvem cerca de sete por cento da produção.

Em 2008, a Continental empregava 1511 trabalhadores, sensivelmente mais 100 face aos últimos anos. A empresa, que produz em média 50 mil pneus por dia, nada adiantou sobre a perspectiva de evolução do número de postos de trabalhos no ano em curso. No final do ano passado e na sequência de várias paragens das fábricas de automóveis, a produção de pneus em Lousado esteve interrompida durante quatro dias.

Petrolíferas com melhor ambiente
As petrolíferas respiram um ar menos pesado do que o sector automóvel. Enfrentam uma quebra de vendas, cotações mais baixas do petróleo, dois factores favoráveis a uma potencial descida dos lucros, quedas bolsistas, mas ainda assim não apresentam sinais de crise agravada. A verdadeira crise deste sector, segundo os especialistas, ainda vai demorar umas décadas, quando as reservas de petróleo mostrarem real esgotamento.

A Repsol deu recentemente um passo em consonância com a crise, ao admitir que o investimento de mil milhões de euros em Sines faz parte de um pacote de projectos de petroquímica que serão revistos nos próximos três meses. O projecto para Sines - construção de mais duas fábricas de polietileno e polipropileno - deveria estar concluído em 2011. O presidente da Repsol, António Brufau, citado na última edição do "Expresso", afirmava que os projectos tinham sido pensados antes da actual crise, pelo que entendia necessário serem agora definidas prioridades. A expectativa é que o investimento seja adiado por um ano, nada sendo conhecido sobre uma eventual redução.

No caso da Galp, a animação da sua actividade económica tem vindo das descobertas de campos petrolíferos no Brasil, através da parceria com a Petrobras. A petrolífera portuguesa exporta essencialmente gasolina para os Estados Unidos e tenciona impulsionar a venda de lubrificantes nos mercados externos, nomeadamente África e Brasil, para compensar a quebra de vendas de combustíveis no mercado nacional, tendo também neste momento a sua refinaria de Sines parada na sequência de um incêndio.

Exportadores naturais
Tal como outros grandes exportadores nacionais, na base do grupo Portucel/Soporcel estão os recursos naturais, neste caso a floresta. O grupo Soporcel continua sólido mas os tempos não estão fáceis, tanto mais que a crise afecta sobretudo os seus principais mercados. Mas as más perspectivas não impedem que se mantenha o plano de investimento previsto.Em Setúbal esta a nascer uma nova fábrica, que deverá entrar em funcionamento no terceiro trimestre deste ano. Este investimento permitirá ao grupo aumentar a produção de papel em 500 mil toneladas, com a perspectiva de aumentar as exportações do grupo em mais de 300 milhões de euros. Para além deste, estão na calha investimentos em Moçambique e Uruguai, com quem já foram celebrados memorandos de entendimento. A ideia é apostar em novas fábricas e em propriedades florestais.

Porém, este sector não passa imune à crise. Antes de mais porque esta afecta os seus principais destinos de exportação - EUA e Europa. E os seus efeitos já se começaram a sentir. A procura de papel caiu no ano passado, embora o grupo, em Outubro, tenha referido que este impacto poderia ser atenuado "por uma redução líquida da capacidade de produção instalada." Quanto à pasta, a reorganização da oferta a nível mundial pode também vir a ter repercussões.

Além disso, o grupo tem sido pressionado pelos custos da matéria-prima e de outros factores de produção. Pedro Queiroz Pereira, responsável da Portucel/Soporcel, tem insistido num aumento da produtividade do eucalipto em Portugal. Os incêndios ainda agravaram a situação, pelo que o grupo teve de importar madeira, o que agravou as suas contas. Mas os preços já estão em queda, o que é uma boa notícia para a indústria e uma má nova para os produtores nacionais. Em 2007, as vendas do grupo ascenderam a 1,1 mil milhões de euros e nos primeiros nove meses de 2008 (os últimos disponíveis) este valor situava-se nos 857 milhões de euros, traduzindo um acréscimo de 1,8 por cento face ao igual período do ano anterior. No entanto, os resultados operacionais ficaram nove por cento abaixo do registado no ano anterior.

No caso da Somincor, que detém a mina de cobre de Neves Corvo no Alentejo, esta empresa destaca-se por ser um caso de exportações líquidas, já que praticamente não necessita de importações. Detida pela Hudbay/Lundin, resultante da recente fusão de duas empresas, a Somincor exportou minério no valor de 441 milhões de euros. Este valor representa quase 100% das vendas totais já que não há indústria transformadora de cobre em Portugal. Em termos mundiais, esta mina localizada no concelho de Castro Verde faz com que o país se coloque em 9º lugar nos maiores exportadores deste minério a nível global. Sendo utilizado por diversas indústrias, como a dos transportes, ou de comunicações este minério tem sofrido os impactos da quebra de consumo, e sua cotação tem vindo a descer de forma acentuada desde o ano passado. O tempo de vida útil da mina é outro desafio. A empresa tem realizado diversos investimentos, para prolongar a vida do projecto e rentabilizar a operação, mas estes estão dependentes da conjuntura e da cotação do minério para serem viáveis. Questionada sobre os projectos em curso, entre outras questões, a empresa não respondeu.

O cobre é um bem natural, logo, finito por natureza. Assim, embora não se saiba exactamente quando (a década que vem já foi dada como etapa final) não restam dúvidas de que estas exportações acabarão por chegar ao fim.(30.01.09
/Fonte : Público)

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Groz-Beckert fecha fábrica de agulhas de Cascais e despede 182

 

Encerramento. Multinacional alemã prometeu indemnizações acima da lei.


Os 182 trabalhadores da Euronadel - Indústrias de Agulhas, subsidiária do grupo alemão Groz-Beckert, viveram ontem um dia dramático. Pouco passava das 15.00 quando o vice-presidente do grupo, Miroslav Svejda, entrou nas instalações e comunicou que "a partir daquele momento a produção parava" e que "a decisão era inevitável e irreversível". Os trabalhadores saíram das instalações com a promessa de que vão receber "indemnizações superiores ao exigido pela lei", refere o comunicado da empresa, que produzia há 40 anos agulhas para a indústria têxtil, na Abóboda, Cascais.

O grupo possui outra unidade em Portugal, em Vila Nova de Gaia, que produz também agulhas, mas para malhas e para a indústria de feltros. Fonte próxima do processo garantiu ao DN que esta unidade não "vai ser afectada".

A decisão de encerrar a unidade da Abóboda ficou a dever-se à "deterioração de diversos factores do mercado global, em particular da indústria têxtil, da qual a unidade portuguesa depende totalmente", refere o comunicado. A mesma fonte realça que a Euronadel produz em exclusivo para a casa-mãe e que, nos últimos tempos, laborava apenas "para stock". Durante 2008, o grupo alemão "não registou encomendas para o tipo de produto fabricado na unidade da Abóboda".

Há cerca de oito anos, a unidade dava emprego a 800 pessoas. Na comunicação que fez aos trabalhadores, Miroslav Svejda afirmou que era com "indisfarçável desgosto que comunicava a decisão da casa-mãe de proceder à dissolução da empresa".

Fundado em 1852, a Groz-Beckert dedica-se à produção de agulhas para aplicações domésticas e industriais (sobretudo para máquinas de costura) e emprega cerca de 7000 trabalhadores em mais de 150 países.

A produção de agulhas industriais na Abóboda foi iniciada em 1968 pelos americanos da Torrington. Doze anos depois, a unidade foi comprada pela Groz-Beckert.
(29.01.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Cinco fábricas nacionais entram em ponto morto

 

Todas as unidades de produção automóvel com reduções de actividade.

 

A Autoeuropa anunciou que irá parar a produção durante três semanas este trimestre, mas não será caso único. As outras quatro unidades de fabrico automóvel no país também vão ter interrupção ou redução de actividade.

A Autoeuropa aproveitou, ontem, a divulgação dos resultados anuais para anunciar que, no primeiro trimestre, irá parar a produção durante 16 dias, no caso dos modelos Eos e Scirocco, e 17 dias, no caso dos monovolumes Sharan e Alhambra. No total, estas três semanas representam 77% dos dias de não produção que a fábrica tem ao dispor.

Os primeiros dias de paragem total da fábrica estão previstos para a semana de Carnaval, no fim de Fevereiro, clarificou o director-geral da unidade de Palmela, Andreas Heinrich. "É como se estivéssemos a conduzir um automóvel com nevoeiro. Temos de reduzir a velocidade para não ter um acidente", ilustrou.

Estes dias de não produção estão directamente ligados à quebra de encomendas à fábrica, estando também prevista outra paragem de um mês, em Abril, para remodelação da linha de montagem.

Embora tenha conseguido aumentar a produção anual de 93 609 para 94 100 veículos, em 2008, a meta inicial de fabricar 100 mil automóveis não foi cumprida, sobretudo devido à queda das encomendas a partir de Setembro.

Num cenário de incerteza, a direcção da Autoeuropa está a equacionar a introdução de semanas de quatro ou seis dias de trabalho, consoante os picos de encomendas. A medida terá de ser negociada com a Comissão de Trabalhadores e só poderá ser posta em prática depois da entrada em vigor do novo Código do Trabalho.

As paragens de produção na Autoeuropa não serão caso único. A PSA de Magualde, a segunda maior fábrica em Portugal, já havia anunciado paragens entre 23 de Janeiro e 9 de Fevereiro, e nos primeiros dias de Março. A fábrica da Salvador Caetano, em Ovar, que fabrica as carrinhas Toyota Dyna e Hiace, estabeleceu dez dias de paragem em Janeiro, devido à quebra de encomendas. Em Fevereiro, irá parar novamente.

A Mitsusbishi Fuso Truck Europe, em Abrantes, vai também parar esta sexta-feira, tendo 23 dias de não produção previstos para o primeiro trimestre, fruto da redução "acentuada" das encomendas. Na V.N.Automóveis, em Vendas Novas, a linha de montagem de onde saem os veículos Isuzu está a trabalhar com menos funcionários (houve realocação a outras secções da fábrica) e está a ser cumprido um plano de redução da actividade. Em alguns dias da semana, mais de 40 pessoas, num total de 140, têm formação e não vão trabalhar, adiantou fonte da fábrica ao JN.

Com todas as fábricas nacionais a viverem momentos complicados, os fornecedores enfrentam também um futuro pouco risonho. A fábrica de componentes da Renault, em Cacia, vai parar esta sexta-feira, devido à quebra de encomendas. A fábrica de Viana do Castelo do grupo alemão Leoni, que emprega 700 trabalhadores e se dedica à produção de cablagens para automóveis, vai proceder, a partir de Fevereiro, à redução temporária do período normal de trabalho.
(28.01.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Calçado: Ecco'let deu início aos despedimentos

 

Os 180 trabalhadores da multinacional de calçado Ecco'let, em S. João de Ver, Santa Maria da Feira, que vão ser alvo de despedimento colectivo, começaram esta segunda-feira a ser contactados pela administração da empresa. O sindicato acusa a Ecco'let de ter recebido verbas comunitárias e de levar parte do investimento para o estrangeiro.

Os trabalhadores afectos à produção vão deixar a empresa a 24 de Abril. Os restantes, do sector do armazém, deixarão o posto de trabalho em Outubro. Esta foi a informação avançada pela empresa aos trabalhadores que serão alvo do despedimento e que deverão receber uma indemnização de 1,25 salários por cada ano de trabalho.

A coordenadora do Sindicato do Calçado de Aveiro e Coimbra, Fernanda Moreira, recorda que a empresa recebeu recentemente verbas da União Europeia para proceder a melhoramentos da produção que, afiança, "vão agora servir para serem adaptados noutros países".

"Vamos chamar a atenção do Governo para esta situação", garantiu a coordenadora que criticou, ainda, a justiça portuguesa. Fernanda Moreira recordou que na última reestruturação, em Abril de 2006, 15 trabalhadores impugnaram o despedimento e levaram o caso à justiça, não tendo ainda sido chamados pelo tribunal.

Alguns casais que trabalham na empresa viram confirmado o despedimento. "Não vejo hipótese de voltar a arranjar emprego. O meu futuro passa por emigrar para poder pagar as contas mensais", garantiu ao JN Victor Pereira que trabalha com a esposa na Ecco'let.
(27.01.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Dívidas de 5,5 milhões

 

ACT - Empresas transgressoras não pagam multas. As queixas tanto são apresentadas por trabalhadores como pelos patrões mas, em muitos casos, as multas não são paga


As empresas nem sempre concordam com as multas aplicadas pela Autoridade das Condições do Trabalho (ACT), na sequência das visitas dos inspectores às suas instalações: umas recorrem da decisão, outras não pagam pura e simplesmente. Entre 2007 e 2008, a ACT remeteu para tribunal 2178 processos, no valor de 5,5 milhões de euros, de acordo com dados da entidade que fiscaliza o trabalho em Portugal.

No total das coimas aplicadas nos dois últimos anos, da ordem dos 30 milhões de euros, cerca de 15 por cento são contestadas pelas empresas.

A maioria dos processos enviados para os tribunais, nos últimos dois anos, ainda aguarda julgamento. Dos mais de dois mil processos em tribunal, 1868 continuam pendentes, tal como o pagamento de milhões de euros relativos às coimas. No entanto, dos 310 processo julgados, 210 empresas viram os tribunais darem-lhes razão.

A maioria dos processos foi instaurado em 2007, caindo para metade os que deram entrada em 2008. A ACT revelou que foram remetidos para o Tribunal de Trabalho 1551 processos em 2007 e 627 em 2008. Esta diferença prende-se com o início do processo e a sua entrada efectiva em tribunal e não, como se poderia pensar, com um maior respeito pelas leis do trabalho. "Alguns dos processos remetidos para o Tribunal de Trabalho em 2007 foram iniciados em 2006", explicou ao CM fonte da ACT.

OUTROS
REMUNERAÇÃO BAIXA
A remuneração abaixo do estipulado para a profissão é a principal queixa dos sindicatos nas intervenções solicitadas aos inspectores de trabalho. Das 2343 queixas, 548 diziam respeito a este problema que penaliza os trabalhadores.

RESOLUÇÃO
Das 16 675 queixas apresentadas no ano passado, apenas cerca de uma centena não foi resolvida naquele mesmo ano.

INSPECÇÕES
No ano passado foram realizadas 44 888 inspecções a locais de trabalho, mas 17 por cento do que as efectuadas no ano anterior.

COIMAS RENDEM 15,5 MILHÕES
O valor das coimas arrecadadas em 2008 cresceu 10,5 por cento, entre 2007 e 2008, passando de pouco mais de 14 milhões para 15,5 milhões de euros, de acordo com o balanço da Autoridade para as Condições de Trabalho, antiga Inspecção-Geral do Trabalho.

No ano passado, os inspectores fiscalizaram as condições de perto de 45 mil locais de trabalho, tendo determinado a suspensão em mais de dois mil. Ainda de acordo com aquele balanço, foram feitas 59 participações-crime, nomeadamente por suspeita de encerramentos ilegais, um crescimento de 59 por cento face a 2007.

MAIS DE 16 MIL QUEIXAS EM 2008
Mais de 16 mil queixas entraram no ano passado na Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), metade das quais feitas pelos trabalhadores. Mas os patrões também procuram a ACT: fizeram 866 pedidos de intervenção, sobretudo para pedir a investigação de acidentes não mortais, de comunicação obrigatória.

A recusa da entrega da declaração para o subsídio de desemprego e os salários abaixo da tabela legal são as queixas mais frequentes, seguidas pela falta de seguro de trabalho. Só estes dois problemas representaram mais de metade das queixas apresentadas em 2008 pelos trabalhadores, num total de 8150 pedidos de intervenção, mais 1443 do que em 2007.

Em termos globais, os pedidos de intervenção, sejam os apresentados pelos trabalhadores, patrões ou sindicatos, são praticamente sempre solucionados, segundo dados a que o CM teve acesso.
(26.01.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Ciência económica dominante é "altamente responsável" pela crise

 

O catedrático da Universidade de Coimbra José Reis atribuiu responsabilidades na crise à ciência económica dominante, defendendo ser possível uma posição alternativa a esta da economia enquanto ciência.

"Há uma responsabilidade do pensamento económico, do conhecimento técnico e dos economistas na crise. Temos que reflectir, pensar e criar uma alternativa à ciência económica dominante", considerou, em declarações à agência Lusa, o professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FUEC).

A análise da responsabilidade do pensamento económico e do conhecimento técnico dos economistas na crise e de uma posição alternativa a esta, em que a economia "não se limite a ser a ciência dos mercados", foram questões em debate no seminário "A Economia e o Económico", que terminou este sábado no Centro de Estudos Sociais (CES) da UC.

"A economia enquanto ciência tem de alargar o seu objecto: tem de estudar também as formas concretas como as pessoas e a produção se organizam, que factores culturais, sociais e políticos intervêm", sustentou o antigo secretário de Estado do Ensino Superior à margem do seminário.

Na perspectiva do investigador do CES, "a economia enquanto ciência tem muita matéria de que se ocupar e pode fazer melhor do que a ciência económica dominante".

Deve preocupar-se com os próprios fins da riqueza, com a forma como as pessoas vivem e alcançam o bem-estar", sublinhou José Reis.

De acordo com o catedrático da FEUC, que proferiu a conferência de encerramento do seminário, nos trabalhos foi também levada a cabo "uma reflexão crítica" sobre a ciência económica e o ensino.

"Na maioria das faculdades de Economia continua a ensinar-se Economia como se nada se tivesse passado nos últimos meses", criticou.

Frisando que "a crise será longa, seguramente de anos", José Reis considerou que, actualmente, "é absolutamente crucial o investimento público em infraestruturas e modernização".

O seminário foi organizado pelo Núcleo de Estudos sobre Governação e Instituições da Economia do CES e do Programa de Doutoramento em Governação, Conhecimento e Inovação CES/FEUC.(24.01.09
/Fonte : Jornal de Notícias)

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Qimonda entra em processo de falência


A Qimonda é a maior exportadora portuguesa.

 

(Acções da Qimonda afundam 50% em Frankfurt).

A Qimonda entrou hoje em processo de falência, tal como o Económico avançou em primeira mão. Ainda assim, a fábrica que a empresa alemã tem em Portugal vai continuar para já a operar.

A empresa tecnológica está a ter dificuldades em cumprir as suas obrigações financeiras, pelo que foi obrigada a solicitar a abertura do processo de falência no Tribunal de Munique.

A Qimonda fabrica 'chips' para os computadores e é o maior exportador nacional. As dificuldades financeiras já eram conhecidas. Esteve previsto que os bancos portugueses - Caixa, BES e BCP - estivessem envolvidos num financiamento para tentar salvar a Qimonda, que envolvia também a acção de entidades alemãs. Mas, segundo soube também o Económico, o financiamento nunca se concretizou devido a problemas com as autoridades germânicas.

Este financiamento foi desenhado em Dezembro, altura em que foram conhecidas as dificuldades da Qimonda. Para que a empresa não fechasse portas, estava previsto um empréstimo de 325 milhões de euros, dos quais 100 milhões seriam concedidos pelos bancos portugueses Caixa, BCP e BES.

A Infineon, maior accionista da Qimonda, injectaria 75 milhões e o estado alemão da Saxónia os restantes 100 milhões de euros.

Para além das instalações de Dresden, na Alemanha, a Qimonda também detém uma fábrica em Vila do Conde com cerca de 1.800 colaboradores.
(23.01.09/Fonte : Diário Económico)

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Delphi de Braga está a negociar processo de [dispensa

temporária de empregado] "lay-off" com trabalhadores

 

Multiplicam-se os casos de empresas em dificuldade.

 

A Delphi, empresa de componentes de automóveis, tem em curso um processo de [dispensa temporária de empregado] lay-off na unidade industrial de Braga. A porta-voz da empresa confirmou ao PÚBLICO a existência do processo que foi ontem apresentado aos representantes dos trabalhadores e acrescentou que a multinacional não tem em curso nenhuma negociação a decorrer com o Governo português.

A empresa não quis fazer mais nenhum esclarecimento ou comentário, alegando que o processo vai agora seguir a tramitação normal decorrente da lei.

Na unidade fabril de Braga trabalham actualmente 585 trabalhadores. A proposta foi recebida com algum desagrado por parte dos dirigentes sindicais, por ela implicar a perda da remuneração. Segundo Daniel Sampaio, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas (STIE), os trabalhadores vão contrapor a possibilidade de poderem frequentar acções de formação, como aquelas que foram preconizadas no âmbito do Plano de Apoio ao Sector Automóvel (PASA), apresentado pelo Governo no início do mês de Dezembro e que prevê um pacote de apoios que ascende aos 900 milhões de euros.

A proposta ontem apresentada pela Delphi inscreve-se no procedimento de redução temporária do período normal de trabalho pelo prazo máximo de seis meses que o actual Código de Trabalho permite. As razões invocadas decorrem da situação de crise empresarial ditada pela diminuição da carteira de encomendas. "Não somos insensíveis. Sabemos que a crise está aí, sentimo-la na pele. Mas não vamos deixar de tentar salvaguardar as melhores condições possíveis para os trabalhadores. Estamos muito preocupados", afirmou o dirigente sindical.

Das nove medidas que estão prevista no PASA, apenas a que está inscrita no Eixo 1 - Estímulo ao Emprego - já está a funcionar, e passível de receber candidaturas. Esta medida, tal como no [dispensa temporária de empregado] lay-off, permite às empresas suspender as suas actividades fabris, encaminhando os trabalhadores para acções de formação, ficando a remuneração destes garantida pelos fundos públicos em 90 por cento.

Melhores apoios
O PASA permite assim melhores apoios para os trabalhadores das empresas que necessitam de suspender a actividade do que aqueles que estão previstos no actual código de trabalho no âmbito do [dispensa temporária de empregado] lay-off. Neste caso, o orçamento da segurança social apenas suporta 70 por cento do salário dos trabalhadores, cabendo os restantes 30 por cento à empresa. Estes 30 por cento poderão ainda ser reduzidos a metade quando haja acções de formação profissional para os trabalhadores.

Contactado pelo PÚBLICO, o presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), Pedro Valente de Almeida, lembrou que o plano de apoio ao sector só deverá estar integralmente no terreno no fim deste mês, tal como previsto, admitindo a urgência que existe, em muitas empresas, de ajudas para ultrapassar "a pior crise de sempre".

Sem estar a falar de nenhuma empresa em concreto - Valente de Almeida não tinha conhecimento da intenção da Delphi em avançar com um [dispensa temporária de empregado] lay-off - o presidente da AFIA defendeu a necessidade de retirar a conotação negativa aos termos [dispensa temporária de empregado] lay-off e suspensão de actividade. "Estamos a falar da sobrevivência das empresas. E, no caso do PASA, uma empresa que negoceia com o Governo um apoio no âmbito do Eixo 1, isto é, suspende a actividade, e ministra formação aos seus trabalhadores, que poderão manter com ela o nível salarial, sabe que não poderá depois fazer despedimentos colectivos. A empresa que o faz tem esperança que a situação melhore e procura apoios para ultrapassar este período de dificuldades", afirmou Valente de Almeida.

O presidente da AFIA lembrou ainda que os critérios de elegibilidade para os apoios desenhados pelo Governo são "muito apertados", e que muitas empresas terão dificuldade em lhes aceder. "Exigir determinados rácios de solvabilidade e de rentabilidade, ausência de incidentes com o IAPMEI, a segurança Social e o Fisco, podem ser requisitos muito apertados na actual conjuntura e que uma multinacional pode ter dificuldades em cumprir", afirmou.

Valente de Almeida lembrou, ainda, que a tramitação de todos os processos que poderão conduzir ao "necessário apoios" ainda "são demorados", e mesmo que as empresas precisem de apoio "já", precisam de enveredar por um longo caminho, que começa na negociação com os trabalhadores. "Quando há comissão de trabalhadores tudo é mais fácil. Mas há poucas empresas no sector que as têm. As empresas têm de começar com os sindicatos, e negociar individualmente com cada um dos trabalhadores", lembrou.
(23.01.09/Fonte : Público)

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Fusão da Sumol e Compal provoca 120 despedimentos

 

Comercial, logística e administrativo foram as áreas afectadas pela união das duas empresas.

A nova Sumol+Compal está a reajustar a força de trabalho da empresa resultante da fusão da Sumolis com a Compal, empresas portuguesas de bebidas. Neste momento está a decorrer um processo de despedimento colectivo que atinge 120 trabalhadores.
(22.01.09/Fonte : Diário Económico)

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Philips abandona produção em Portugal

 

O grupo vai deslocalizar a produção para Marrocos ou China.

A Philips vai encerrar este ano a última unidade produtiva que tem em Portugal, estando a negociar a rescisão com os 70 colaboradores afectos à fábrica de sistemas de controlo remoto. A multinacional holandesa está a negociar a rescisão do contrato de trabalho "com cada um dos trabalhadores individualmente" para então fechar as portas da fábrica de Ovar, disse ao Diário Económico Francisco Hortiguela, director de comunicação da Philips ibérica.
(21.01.09/Fonte : Diário Económico)

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Despedimentos na Sonae Indústria

 

Depois da Irlanda e da empresa Movelpartes em Portugal, mercados como o Canadá, Alemanha e França poderão estar em dificuldades.

A Sonae Indústria poderá proceder, a breve prazo, a mais despedimentos. Depois da subsidiária Spanboard Product Limited, na Irlanda do Norte, ter entrado em negociações com 105 trabalhadores para redução de pessoal, e de agora ter sido a pequena empresa Movelpartes, outras se poderão seguir. Apesar da empresa não admitir este cenário como certo, a verdade é que fonte oficial da empresa diz que "mais processos de reajustamentos são de facto uma possibilidade".
(21.01.09/Fonte : Diário Económico)

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Unidade Mundial de Reciclagem em Santa Maria da Feira transformará rolhas em novos produtos

 

Reaproveitamento de rolhas de cortiça. 12 toneladas é o número de rolhas de cortiça que vão ser entregues à Corticeira Amorim para reciclagem, amanhã, em Santa Maria da Feira.


As rolhas de cortiça recicladas nunca são utilizadas para produzir novos vedantes para garrafas. No entanto, têm muitas outras aplicações. Utilizam-se no fabrico de produtos aglomerados como placas de isolamento, juntas de dilatação, pavimentos, revestimentos e caiaques. Têm também aplicação em sectores como a indústria automóvel ou as indústrias aeronáutica e aeroespacial. Reutilizações com vantagens ambientais e económicas evidentes que justificam, por si só, a abertura de uma unidade, a primeira no mundo, para reciclagem de resíduos de cortiça.

A Amorim Cork Composites, que vai ser inaugurada amanhã em Mozelos, Santa Maria da Feira, transformará rolhas em novos produtos, contribuindo, desta forma, para a redução das emissões de dióxido de carbono, ao evitar que as rolhas sejam incineradas ou depositadas em aterros. Permitirá também o financiamento de parte do projecto “Criar Bosques, Conservar a Biodiversidade”, que visa criar e cuidar de bosques e espécies autóctones, entre os quais o sobreiro.

Na cerimónia de inauguração vão ser entregues à Corticeira Amorim 12 toneladas de rolhas de cortiça para reciclagem, que foram recolhidas através do Green Cork, programa desenvolvido pela Quercus, em parceria com a Corticeira Amorim, o Continente e a empresa Biological. Estarão presentes o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, o presidente da Quercus, Hélder Spínola, e o presidente do conselho de administração da Corticeira Amorim, António Rios de Amorim.

A campanha, que está a decorrer desde Junho de 2008, consiste na recolha de rolhas usadas e os receptáculos próprios, os Rolhinhas, podem ser encontrados nos hipermercados Continente e em alguns hotéis, restaurantes, bares e centros comerciais.

Um gigante no sector
A Corticeira Amorim, líder mundial do sector corticeiro, possui a maior quota de mercado em todos os segmentos de produtos: 25 por cento em rolhas, 65 por cento em revestimentos, 55 por cento em aglomerados, 60 por cento em cortiça com borracha, 80 por cento em isolamentos.(21.01.09
/Fonte : Público)

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Renault de Cacia avança com novas paragens

 

Quebra de vendas no sector automóvel está a reduzir a produção.

A direcção da fábrica da Renault em Cacia, Aveiro, já comunicou aos trabalhadores que vai efectuar uma nova paragem já este mês a repetir, possivelmente, em Fevereiro próximo, devido à quebra nas vendas de automóveis, apurou o DN.

Apenas é conhecida a data do primeiro dia sem trabalho a cumprir ao abrigo da 'bolsa de horas' negociada com os colaboradores, que será a 30 de Janeiro. Normalmente, a compensação será feita aos sábados quando a empresa multinacional francesa necessitar.

"Segundo o que foi explicado na última reunião com a direcção da fábrica, deve-se ainda à baixa na venda de automóveis", adiantou Adelino Nunes, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Aveiro.

No mesmo encontro, ficou em cima da mesa a possibilidade de serem agendadas novas paragens da produção no mês de Fevereiro em pelo menos duas datas ainda não confirmadas.

"Sabe-se que a fábrica da Roménia da Renault, a quem se destinam as caixas de velocidade, não está a ajudar com as encomendas necessárias para evitar estes problemas", explicou o representante sindical.

As dificuldades já se fizeram sentir na massa laboral. A Companhia Aveirense de Componentes para a Indústria Automóvel (CACIA) deixou de renovar contratos a termo certo, admitindo-se que a medida abrange 30 trabalhadores até Março. Em Dezembro, alguns sectores só funcionaram cinco dias úteis, entre férias da quadra natalícia e paragens. "Mas não correu tão mal como se temia, porque chegaram encomendas", ressalvou Adelino Nunes.

Com 1100 colaboradores, a CACIA é a segunda maior unidade do sector automóvel do País, logo a seguir à Auto-Europa. Produz caixas de velocidades (3000 por dia) e componentes para motores em exclusivo para a aliança Nissan / Renault. Um em cada cinco carros das marcas Renault e Dacia possui caixas de velocidades da fábrica portuguesa. Fundada em 1981, a CACIA, alcançou em 2008 um volume de negócios de 260 milhões de euros.
(20.01.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Miami recebe em 2010 primeiro hotel português

 

Hotelaria. Grupo Pestana investe 120 milhões em seis novas unidades. Pestana abre este ano três hotéis e três novas pousadas.

O Grupo Pestana, considerado o maior grupo hoteleiro nacional, vai investir 15 milhões de euros na construção de um hotel em Miami Beach (EUA), tornando-se no primeiro grupo português do sector a investir no mercado norte-americano. O novo hotel, cujo terreno foi adquirido recentemente, situa-se a 150 metros da praia exclusiva de South Beach e fica a dois quarteirões da famosa rua pedonal Lincoln Road e da Ocean Drive, onde se situa a mansão Versace. A unidade, com um total de cem quartos, irá caracterizar-se por ser um hotel boutique, constituído por três edifícios Art Déco. O início das obras está marcado para o segundo semestre deste ano e a abertura terá lugar no final de 2010, anunciou o grupo, em conferência de imprensa.

Para este ano, o Grupo Pestana tem prevista a abertura de seis novas unidades: três hotéis - Pestana Chelsea Bridge, em Londres, Pestana Bahia Lodge, em São Salvador, Brasil, e Pestana Promenade, no Funchal; e três Pousadas - Viseu, Estói e Palácio do Freixo, no Porto. O investimento ascende a 120 milhões de euros no total e corresponde a 640 novos quartos e 98 apartamentos de luxo. Ainda este ano, as Pousadas de Portugal vão avançar até final do primeiro semestre com as obras de construção de uma nova unidade na Covilhã. A pousada terá 95 quartos e envolverá um investimento entre 16 e 17,5 milhões de euros.

No encontro com os jornalistas, Castelão Costa, presidente das Pousadas de Portugal, explicou que o acordo para a extensão do contrato de concessão (15 anos) por mais cinco, prevê a abertura de mais 300 quartos no estrangeiro. Nos planos está a abertura de mais quatro novas pousadas até ao fim da actual concessão. O Brasil, Marrocos, Macau e continente africano estão na lista de destinos a privilegiar, tendo sempre presente que as unidades do grupo deverão localizar-se em edifícios históricos ligados à presença portuguesa naquelas regiões. Depois do Chelsea Bridge, com abertura para breve, o grupo pretende avançar com uma nova unidade em Berlim.
(20.01.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Visabeira lança OPA sobre Vista Alegre

 

Através da Cerutil.
O grupo Visabeira, através da Cerutil, anunciou hoje ao início da noite a intenção de comprar até 100 por cento do capital da Vista Alegre Atlantis (VAA).
(19.01.09/Fonte : Público)

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Portugal: Recessão vai durar dois anos e será severa

 

Conferência. 'Economist' prevê contracção de 2% no PIB e défice de 4,5%.


A economia portuguesa deverá atravessar uma recessão "severa" este ano, a par de uma "deflação suave" no contexto de um "exigente" ciclo eleitoral, antecipam os especialistas do Economist Intelligence Unit (EIU), que hoje participam numa conferência em Lisboa com empresários e membros do Governo.

Num relatório sobre Portugal, a equipa do grupo editorial da revista Economist prevê uma contracção de 2% do PIB este ano e de 0,1% no próximo, motivada pela quebra da procura interna e das exportações. As previsões divulgadas na sexta-feira pelo Governo são mais moderadas: apontam para uma quebra de 0,8% em 2009, seguida de uma expansão de 0,5% no próximo ano.

A recessão será acompanhada de uma "deflação suave", com os preços a caírem 0,3% em 2009. Esta baixa continuada nos preços é justificada com a fraqueza na procura e o facto do petróleo ter registado, em 2008, preços muito elevados.

A contracção da economia vai anular o esforço de consolidação orçamental, dizem os analistas, com dois anos de violação do limite de 3% imposto pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento. O défice deve subir para 4,5% do PIB este ano e para 4,8% em 2010.

As previsões para o mercado de trabalho são também mais pessimistas. A taxa de desemprego, prevê o EIU, deverá subir para 8,8% este ano e 9% no próximo.

No plano político, o EIU antecipa o aumento da instabilidade, com o Partido Socialista a ganhar as próximas legislativas mas sem maioria absoluta, contra um PSD que continua a esforçar-se por parecer um "adversário sério". Prevista está também a "deterioração" das relações entre primeiro-ministro e Presidente da República. Até às eleições, Sócrates deverá centrar a sua actividade em medidas de amortecimento da crise.

O impacto da crise mundial em Portugal, as qualificações dos trabalhadores e a possibilidade do país se tornar num centro de investigação são alguns dos temas do encontro que decorre hoje e amanhã em Lisboa, à porta fechada. O primeiro-ministro e o governador do Banco de Portugal são alguns dos participantes na conferência da EIU, juntamente com um grupo de responsáveis de empresas como a Sonae, Alcatel, BES, Mota Engil ou SIBS.
(19.01.09/Fonte : Diário de Notícias)

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Aerosoles começou ontem processo de despedimento de 130 funcionários

 

Serão chamados 23 trabalhadores de cada unidade produtiva, quatro em Portugal e duas na Índia, num total de cerca de 130 operários.


A Aerosoles, o maior grupo de calçado português, começou ontem o processo de despedimento previsto no plano de reestruturação desenhado no ano passado, que previa a redução de cerca de 15 por cento da mão-de-obra do grupo - tem 1360 funcionários, 661 dos quais em Portugal -, bem como o fecho de 30 lojas em toda a Europa.

Durante o dia de ontem vários funcionários foram convidados a rescindir amigavelmente o contrato de trabalho. Alguns aceitaram e já não trabalharam na parte da tarde.

O Sindicato do Calçado dos distritos de Aveiro e Coimbra adianta que serão chamados 23 trabalhadores de cada unidade produtiva, quatro em Portugal e duas na Índia, num total de cerca de 130 operários. "A empresa começou a fazer a reestruturação e chamou os trabalhadores para uma tentativa de rescisão por mútuo acordo. E desde que as pessoas aceitem, deixam imediatamente de trabalhar", adianta Fernanda Moreira, coordenadora da estrutura sindical.

O sindicato do sector continua preocupado com a situação da Aerosoles, que está sem dinheiro para comprar matéria-prima, e já reclamou a intervenção urgente do Governo mesmo antes da conclusão de um estudo de viabilização financeira da empresa, que está a ser feito e que deverá ser conhecido no final deste mês. Nesse sentido, enviou, esta quarta-feira, quatro ofícios: um para o primeiro-ministro José Sócrates e para os ministros da Economia, das Finanças e do Trabalho e da Solidariedade Social. "Nesse documento, é feito o ponto da situação e chamamos a atenção para a necessidade de uma intervenção urgente". "O Governo não pode estar à espera da conclusão do estudo porque, nessa altura, pode ser tarde demais", insiste Fernanda Moreira.

Os trabalhadores reúnem-se hoje em plenário na sede do grupo em Esmoriz, Ovar. O sindicato marcou um plenário, que tem início às 15h30, para analisar a situação e esclarecer os trabalhadores que eventualmente estejam interessados em sair da empresa.

O conselho de administração da Aerosoles continua a não prestar declarações sobre o assunto, remetendo uma posição para depois de conhecer o novo plano.

Em anteriores afirmações ao PÚBLICO, Artur Duarte, fundador da empresa e presidente do conselho de administração da Investvar, detentora da marca Aerosoles, defendia que o plano de reestruturação já devia ter sido concretizado. O empresário revelava que, nos últimos meses, a firma tinha quebras de vendas que chegavam aos 20 por cento por semana, quando comparado com o mesmo período de 2007. Artur Duarte garantia, ainda assim, que a empresa tinha todas as condições para ser viável, sublinhando que o mercado continuava interessado em apoiar a marca.
(16.01.09/Fonte : Público)

 

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Prestações da casa devem cair mais de 200€ em Fevereiro
 

Queda dos juros tem sido apoiada pelo Banco Central Europeu que esta quinta-feira voltou a baixar taxas.

 

A descida continuada da inflação dá argumentos ao Banco Central Europeu para baixar a sua taxa directora e, com isso, influenciar novas quebras da Euribor. Quem ganha são as pessoas com empréstimos para a casa.

Ontem, a meio do mês, as Euribor a três e a seis meses continuavam a cair, numa longa linha descendente iniciada em Outubro, quando o Banco Central Europeu (BCE) começou uma série de intervenções no mercado bancário. Se o mês terminar com o mesmo nível de taxas verificado até agora (e tudo indica que até continuarão a descer), as pessoas cujo crédito à habitação seja revisto em Fevereiro, tendo por base as taxas de Janeiro, terão uma boa notícia.

Tanto na Euribor a três quanto a seis meses, as prestações mensais devem cair bem acima dos 200 euros, o que pode representar uma poupança de 95 mil euros no final de 35 anos de empréstimo (no caso de um crédito de 150 mil euros, com um "spread" de 1%).

Nós próximos meses, tudo indica que os juros continuarão a baixar, tanto que o Banco Central Europeu pode ainda cortar mais na sua taxa directora. Pode até chegar a 1,5% ou 1%, admite mesmo Jorge Santos, professor do ISEG. "Não há razões para que, na Europa, os juros cheguem ao nível dos Estados Unidos", onde a Reserva Federal (o banco central) cobra entre 0% e 0,25% de taxa directora. Por cá, diz o professor, a situação económica não é tão difícil, pelo que admite novas descidas por parte do BCE, mas não até aos 0%.

A ajudar está a taxa de inflação. Recorde-se que foi o forte aumento dos preços que levou o Banco Central Europeu a começar a subir a sua taxa directora, em 2005. Durante o Verão do ano passado, produtos como os combustíveis, os alimentos e metais como o cobre atingiram máximos históricos, mas a partir daí estes preços caíram a pique, levando a uma redução acelerada da inflação (ler em baixo). Sendo o controlo da inflação a prioridade do BCE, é de esperar que o abrandamento do crescimento de preços lhe dê mais margem de manobra para aliviar os juros.

Na Europa, e em Portugal também, o problema não é tanto o valor dos juros, mas sim a disponibilidade do dinheiro. "Vamos viver uma época de crédito difícil mas barato", acredita o economista Augusto Mateus.

O professor universitário Luís Campos e Cunha apoia a descida da taxa de referência do BCE, mas diz que "a queda dos juros não tem um impacto muito significativo na actividade económica, porque o problema não é do crédito ser caro; o problema é não existir crédito". O que só se resolve "com ampla oferta de liquidez, o que, aliás, o BCE tem feito", afirmou, por escrito, ao JN.

Também Jorge Santos pensa que a era do crédito fácil acabou. "Vai ser sempre mais difícil do que antes da crise porque os bancos vão ter mais cuidado". E espera que os empréstimos conseguidos pela Caixa Geral de Depósitos, Espírito Santo e Millennium com o apoio da garantia dada pelo Estado ajudem a desbloquear o estrangulamento a que a Banca sujeitou empresas e famílias.
(16.01.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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Autoeuropa vai despedir 250 e Toyota está parada esta semana

 

Automóvel. Fábrica de Palmela readmitiu na segunda-feira trabalhadores que vai voltar a dispensar. Autoeuropa despede, Toyota está parada e Mitsubishi pára sexta.

A Autoeuropa vai dispensar cerca de 250 trabalhadores temporários. O anúncio foi feito ontem, e os trabalhadores foram sendo avisados ao longo do dia pelos chefes de linha. Deste total, 140 trabalhadores já tinham sido dispensados no dia 10 de Dezembro, tendo sido readmitidos dia 12 deste mês, aquando da reabertura da fábrica de Palmela, após 25 dias de paragem. A readmissão verificou-se após negociações entre a Comissão de Trabalhadores e a administração. Ontem, os representantes dos trabalhadores foram surpreendidos pela medida, garantindo ao DN que hoje vão desenvolver esforços para inverter a situação. Ainda ontem, os trabalhadores ficaram a saber que no dia 19 a fábrica não vai parar, e deverão conhecer hoje o novo plano de paragens de produção. O DN procurou apurar junto da administração uma posição sobre a situação que se vive em Palmela, mas o construtor recusou adiantar mais pormenores .

Crise generalizada
A quebra na procura está a afectar todos os fabricantes automóveis presentes no mercado nacional. A Toyota Caetano, em Ovar, está parada desde segunda-feira e só volta a reabrir a 19. A próxima paragem, também de uma semana, está prevista para ter início dia 26. A decisão surge na sequência das quebras nas encomendas. Fonte da Toyota garantiu ao DN que a "maior preocupação são os postos de trabalho". No total, a unidade, que dá emprego a 360 pessoas, vai parar dez dias em Janeiro. Quanto aos restantes meses, a situação será "reavaliada diariamente". No ano passado, a Toyota Caetano montou 600 unidades, menos cem que em 2007.

Também a Mitsubishi, no Tramagal, vai parar sexta-feira, e volta a suspender a produção nos dias 23 e 30. As paragens para Fevereiro e Março já estão agendadas, e no total nos primeiros três meses de 2009, a fábrica vai parar 25 dias. Assim, segundo informações prestadas ao DN, em Fevereiro a unidade suspende a produção entre os dias 5 e 6, 12 e 13, 19 e 20, e 25, 26 e 27. No mês seguinte, as máquinas voltam a parar entre os dias 24 e 27, 30 e 31. O ano passado, a Mitsubishi, que monta no Tramagal a carrinha Canter para o mercado europeu, produziu 10 886 unidades, mais 3,5% face a 2007. A Peugeot-Citroën, em Mangualde, tem previstas paragens durante o mês de Janeiro, mas ainda não fixou os dias.
(15.01.09/Fonte : Diário de Notícias)

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20 empresas públicas devem 17,4 mil milhões

 

Contas: Transportes é dos sectores do estado mais endividado

 

Vinte empresas públicas tinham dívidas, em 31 de Dezembro de 2007, de 17,4 mil milhões de euros, o que representa cerca de 17 por cento do total do Orçamento do Estado. Por outro lado, todas estas empresas pagam acima dos prazos contratados com os fornecedores, conclui um relatório de auditoria do Tribunal de Contas divulgado ontem.

A "auditoria aos débitos e prazo médio de pagamento das transacções comerciais das empresas do Sector Empresarial do Estado" revela ainda que cerca de 84 por cento daquele montante, ou seja, mais de 14,7 mil milhões de euros, concentrava-se em apenas seis empresas. a maioria da área dos transportes: Refer, Metropolitano de Lisboa, CP, Metropolitano do Porto, TAP e RTP.

A maioria dos passivos diz respeito a débitos de médio/longo prazo, dominados pelos empréstimos de instituições de crédito. Aliás, na sequência desse financiamento, "as empresas, na sua quase totalidade, suportaram juros que, em 2007, ascenderam a 604,3 milhões de euros, dos quais 53% respeitaram às empresas do sector dos transportes (incluindo a TAP) e 30 por cento apenas à Refer. Quanto aos prazos de pagamento, as empresas pagam acima dos prazos acordados com os fornecedores, com entre os cinco e os 40 dias de atraso, alerta ainda o relatório.

O TC salienta que o próprio incumprimento do Estado para com estas empresas – nomeadamente na transferência das indemnizações compensatórias – as conduz ao endividamento.

DÍVIDAS DAS EMPRESAS (Unidade: Milhares de Euros)
EMPRESAS - DÍVIDA M/L PRAZO - DÍVIDA C/ Prazo - TOTAL DA DÍVIDA
REFER / 3 821 972 / 923 763 / 4 745 735
ML / 2 922 186 / 259 041 / 3 181 227
CP / 2 337 483 / 454 726 / 2 792 209
MP / 1 453 090 / 371 925 / 1 825 015
TAP / 994 162 / 270 038 / 1 264 200
RTP / 822 500 / 118 215 / 940 715
TOTAL / 12 351 393 / 2 397 708 / 14 749 101

(13.01.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Portugal: Quase dois mil cheques carecas recusados por dia

 

Falta de provisão na conta continua a ser o motivo que mais leva os bancos a não pagarem os títulos.

 

O número de cheques devolvidos aumentou em 2008, interrompendo assim a tendência registada no ano anterior. Até Novembro último, os bancos rejeitaram 873 mil cheques, sendo que em 75% dos casos o motivo foi falta de provisão.

Os dados não reflectem ainda a totalidade do ano de 2008 (referem-se à realidade medida de Janeiro a Novembro) e, mesmo assim, verifica-se um aumento de cerca de mil cheques que foram devolvidos face a 2007. Esta subida ocorreu tanto nos que são apresentados à compensação, como nos cheques classificados de grande montante (para valores acima dos 100 mil euros) e inverte a tendência que se tinha registado de 2006 para 2007 em que o número destas situações tinha sofrido uma forte diminuição.

De acordo com dados solicitados pelo JN ao Banco de Portugal, a falta de provisão na conta foi (continua a ser) a causa principal de devolução dos cheques. Dos 873 mil rejeitados, a grande maioria (652604) integra a categoria dos "carecas". No seu conjunto, os cheques devolvidos por este motivo impediram o pagamento de 1,84 mil milhões de euros.

Apesar de estarem a aumentar outro tipo de motivos para a devolução dos cheques, a falta de provisão continua a ser o mais comum, mantendo-se o seu peso em cerca de 75% do total. Só por si, os cheques "carecas" foram responsáveis por 1977 devoluções por dia.

Entre os 34 motivos para a devolução dos cheques ganham também cada vez mais peso os endossos irregulares (que registaram 3256 casos entre Janeiro e Novembro de 2008) e as revogações, fossem por roubo, furto, coacção moral, incapacidade acidental ou extravio. Esta última situação foi responsável pela devolução de 59 407 cheques que no seu conjunto totalizavam o pagamento de 296,6 milhões de euros.

A constatação de que cada vez um maior número de pessoas utiliza o extravio como justificação para recusar o pagamento do cheque que passou, levou já o Banco de Portugal a alertar quem recebe este tipo de pagamento a ter alguns cuidados, nomeadamente a apresentação do cheque a pagamento antes de decorridos oito dias.

O uso cada vez mais recorrente desta forma dolosa de evitar o pagamento de um cheque levou também a que fosse alterada a moldura penal que se lhe aplica. No final de Outubro, foi publicado em "Diário da República" um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que fixa jurisprudência, no seguimento do qual se decidiu que a falsa comunicação de extravio de cheque passa a integrar o crime de emissão de cheque sem provisão (Ver texto em baixo).

Outro dos motivos que em 2008 se destacaram na devolução de cheques foi a indicação incorrecta da importância a ser paga. Mas há também registo de devoluções por falta de entrega do cheque, por apresentação fora de prazo, por a conta estar suspensa, bloqueada ou ter sido encerrada ou por simplesmente não existir.
(12.01.09/Fonte : Jornal de Notícias)

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20 mil empresas abrem falência [nos últimos quatro meses]

 

Crise - cerca de cem mil trabalhadores no desemprego
 

A crise económica já provocou a falência de 20 mil empresas em Portugal nos últimos quatro meses e, em consequência, o desemprego de cerca de cem mil trabalhadores. Os dados são revelados pela Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas (ANPME), que responsabiliza o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, e exige a sua demissão.

"O Governo insiste num procedimento de penhoras que leva as empresas à falência. Com este ritmo vamos chegar ao final do ano com 20 por cento de desempregados. O senhor ministro das Finanças devia demitir-se", afirmou ao CM o presidente da ANPME, Augusto Morais, que assegurou que as linhas de crédito aprovadas pelo Governo não resolvem o problema. "A situação das empresas está muito difícil, não conseguem vender nem escoar os stocks. As linhas de crédito não são solução porque as empresas têm de oferecer garantias e não as têm", explicou.

Em causa, na maioria dos casos de falência, estão dívidas às Finanças e à Segurança Social. Por isso, Augusto Morais defende a aplicação de um Plano Mateus, que prevê o pagamento das dívidas fiscais em prestações. "Com o procedimento actual, o Governo recebe umas ‘migalhas’ do património da empresa e envia dezenas de trabalhadores para o desemprego, a quem terá de pagar subsídios. Esta solução não pode ser mais vantajosa do que tentar ajudar a empresa a sobreviver, deixando que pague as dívidas a prestações", defendeu o presidente da ANPME, que acusa o Governo de atirar centenas de empresas para a falência. Como prova, Augusto Morais revelou que cerca de 30% das empresas que abriram falência nos últimos quatro meses passaram por processos extrajudiciais de conciliação. Isto é, as empresas tentaram negociar com o Estado o pagamento das dívidas, mas os planos de recuperação foram rejeitados.

De acordo com dados divulgados pelo INE, a economia portuguesa apresentou sinais de deterioração em Dezembro, com o clima económico a cair para o valor mais baixo dos últimos 19 anos, fixando-se nos 48,2 pontos negativos.

QUATRO MIL NEGOCEIAM FUTURO
Actualmente, segundo a ANPME, quatro mil empresas estão a tentar negociar um plano de recuperação com o Estado. "Infelizmente, o mais provável é que estas se venham a juntar às 20 mil que já apresentaram falência", advertiu Augusto Morais. O CM contactou o Ministério das Finanças, mas até ao fecho desta edição não obteve qualquer resposta.

NOTAS
ENCOMENDAS EM QUEDA
O valor das novas encomendas da Indústria caiu 0,1% em Novembro, face a igual mês de 2007. Também as expectativas para a produção automóvel baixaram para mínimos históricos: 62 pontos negativos.

RECESSÃO NA ZONA EURO
No dia em que o Eurostat confirmou a recessão da economia da Zona Euro, o INE avançou que a confiança dos empresários e consumidores dos países do euro caiu para 67,1 pontos.
(09.01.09/Fonte : Correio da Manhã)

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Efacec ganha contrato de 90 milhões na Venezuela

 

A Efacec assinou o seu contrato mais valioso de sempre na área da energia com a venezuelana Cadafe, com um valor superior a 90 milhões de euros.

O contrato foi assinado na capital venezuelana de Caracas e prevê que, até 2010, a Efacec forneça gradualmente à empresa venezuelana um total de 46 transformadores de potência e 24 subestações móveis de diferentes potências, diz a empresa em comunicado, citado pela agência Lusa.

O documento adianta que o contrato teve por base o memorando de entendimento subscrito entre a Corporación Eléctrica Nacional da Venezuela (CORPOELEC) e a
Efacec em Outubro passado, que se encontra ao abrigo do Acordo Marco Complementar Económico e Energético celebrado entre a Venezuela e Portugal a 13 de Maio de 2008.
(07.01.09/Fonte : Diário Económico)

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Toyota [Portugal] pára 10 dias a produção em Ovar

 

Empresa cria "bancos de horas" para compensar paragem da produção.


A Toyota Caetano Portugal vai suspender este mês, por um período de 10 dias, a produção na unidade de Ovar, onde são montados os modelos comerciais Toyota Dyna e Hiace, apurou o PÚBLICO.

Este anúncio surgiu poucas horas depois de a multinacional nipónica ter anunciado a suspensão da produção, por 11 dias, nas suas fábricas japonesas, em consequência da forte redução das vendas a nível mundial.

José Ramos, vice-presidente da Toyota Caetano Portugal, detida em 27 por cento pela Toyota Motors, explicou que "as causas para a paragem são as mesmas - a redução das vendas -, mas que as decisões são independentes". E adiantou que a empresa não trabalha para stock e que a diminuição das venda da Toyota Dyna nos mercados de exportação ditou esta suspensão.

José Ramos garante que, para já, está excluída a necessidade de avançar com uma redução do número de trabalhadores naquela unidade, que ascendem a 360, adiantando que, como já é uma prática habitual no grupo, a diminuição da produção vai ser aproveitada para realizar programas de formação profissional, de forma a melhorar a produtividade e a segurança da unidade. Paralelamente, e à semelhança do que já aconteceu no passado, a empresa negociou com os trabalhadores a constituição de um "banco de horas" para utilizar em períodos de maior produção. Esse crédito poderá ser utilizado até 2011.

A empresa não se compromete sobre a possibilidade de ter de realizar mais paragens, já efectuadas por outras empresas do sector, incluindo a Autoeuropa, avançando apenas que "a situação será reavaliada diariamente".

Aumento de vendas
Em contraste com a redução de vendas sentida actualmente, a unidade de Ovar encerrou 2008 com 5980 unidades produzidas, o que representou um crescimento de 21 por cento face a 2007 e que se ficou a dever à consolidação das exportações do modelo Dyna, já que o Hiace se destina exclusivamente ao mercado nacional.

José Ramos explicou que em muito melhor situação se encontra a Caetano Bus, que assegura a produção de autocarros Cobus e Caetano para todo o mundo. Esta unidade, que resulta de uma joint-venture do grupo de Vila Nova de Gaia com a Evobus, do grupo Daimler Chrysler, tem registado um crescimento de encomendas, com destaque para o fornecimento de 308 autocarros de dois pisos para o Dubai, tendo mesmo necessidade de admitir trabalhadores. A transferência temporária de trabalhadores de Ovar para a unidade de Vila Nova de Gaia poderá ser equacionada, explicou o gestor. A Caetano Bus tem garantida a produção até 2010.

Em relação à Toyota Motors, a forte quebra de vendas em Dezembro - 18 por cento no Japão e 37 por cento nos Estados Unidos - estão na base da decisão de parar a produção nas 12 fábricas japonesas, em Fevereiro e Março, e de supressão de mais de três mil colaboradores temporários até Março.

José Ramos, também presidente da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), congratula-se com o facto de o Governo estar a avançar rapidamente com um conjunto de medidas de apoio à manutenção dos postos de trabalhos no sector, com apoios por exemplo à formação, que estão bastante avançadas. Mas o presidente da ACAP está preocupado com o facto de um conjunto de outras medidas, de carácter fiscal e de apoio à compra de automóveis, não estarem a avançar com a mesma rapidez, o que pode deixar o sector, incluindo o de componentes, numa situação muito complicada.
(07.01.09/Fonte : Público)

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Transportes: Venda de passes aumenta nos comboios da ponte

 

Mais 156 mil passes.


Os automobilistas estão a deixar o carro em casa e a optar pelo comboio para a travessia da ponte 25 de Abril. A Fertagus está a conquistar, desde Setembro, mais 1733 passageiros com passes por dia, de acordo com dados a que o Correio da Manhã teve acesso. Em consequência, o tráfego na ponte tem vindo a diminuir.

O crescimento 'excepcional' no número de passageiros ultrapassou, no segundo semestre deste ano, os oito por cento, concretizou ao CM fonte da empresa. No total, desde Setembro, a Fertagus está a vender mais cerca de 156 mil passes, o que significa que o aumento de passageiros está a ser feito à custa de clientes regulares e não de ocasionais.

Ao mesmo tempo que a Fertagus regista maior número de passageiros regulares, os dados de tráfego na ponte 25 de Abril apontam para uma diminuição de travessias: entre Setembro e Outubro a ponte perdeu mais de 2500 travessias.

Apesar de não terem sido ainda divulgados os dados referentes a Novembro e a Dezembro, o CM confirmou junto de fontes do sector que a queda terá sido ainda mais acentuada nestes meses.

Esta transferência de automobilistas para o transporte público não deverá ser alheia ao forte aumento registado nos preços dos combustíveis e ao agravamento da crise financeira. Apesar de os preços terem começado a baixar, o facto de as portagens nas pontes terem subido acima da inflação poderá contribuir para manter a tendência.

ATRAVESSAR DE CARRO SAI MAIS CARO
A mera comparação entre o custo das portagens e o preço do passe da Fertugus, para um trajecto nos dias úteis entre Almada e Sete-Rios, é favorável ao automóvel, tendo em conta que a travessia nos dias úteis custa 29,70 euros e o passe do comboio 33,95 euros. Mas esta ‘poupança’ é aparente, já que não tem em conta os custos com combustível, o desgaste do veículo e as despesas com parquímetros na capital, que, em algumas zonas, podem atingir os seis euros por dia.

Por outro lado, esta comparação não tem em conta o tempo gasto nas viagens, uma contabilidade muitas vezes esquecida, mas com impacto real na qualidade de vida dos cidadãos. De comboio, às horas de ponta, a viagem entre o Pragal e Sete-Rios é feita em 11 minutos. De carro, pode demorar mais de uma hora.

NOTAS
PORTAGENS
As portagens das pontes sobre o Tejo sofreram aumentos acima da inflação prevista: a 25 de Abril agravou-se em cinco cêntimos e a Vasco da Gama em dez cêntimos.

PETRÓLEO
O preço do petróleo atingiu o seu máximo histórico em Julho, tendo chegado aos 147 dólares. Desde então, já perdeu 60 por cento do seu valor.

PASSES
Os preços dos passes da Fertagus aumentaram, em média, cerca de dois por cento, o que corresponde a 1,10 euros por mês, de acordo com dados avançados pela empresa.

PONTE 25 DE ABRIL (Passes da Fertagus, número de passes e assinaturas em 2008)
Janeiro: 1.617.624
Fevereiro: 1.549.589
Março: 1.518.280
Abril: 1.656.815
Maio: 1.591.255
Junho: 1.526.971
Julho: 1.312.935
Agosto: 1.023.506 (Mês que regista maior número de pessoas de férias)
Setembro: 1.618.210
Outubro: 1.731.444
Novembro: 1.774.097
TRÁFEGO NA PONTE (Número de veículos)
Janeiro: 145.218
Fevereiro: 146.134
Março: 149.223
Abril: 154.382
Maio: 152.131
Junho: 158.228
Julho: 166.800
Agosto: Sem dados (Não há cobrança de portagens)
Setembro: 154.337
Outubro: 151.772
fonte: Fertagus/Estradas de Portugal
(06.01.09/Fonte : Correio da Manhã)

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EDP constrói mais centrais de biomassa

 

A EDP encontra-se a ultimar a construção de duas novas centrais de biomassa florestal (na foto, central de biomassa de Mortágua), elevando para quatro o número de equipamentos do género já este ano, revelou fonte da empresa, recusando-se a revelar o montante de investimento.(05.01.09/Fonte : Correio da Manhã)

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