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12/07
Comércio perdeu 20 mil empregos em meio ano
O sector do comércio perdeu 20 mil empregos nos primeiros seis meses deste ano. E voltará a perder "dezenas de milhares de empregos" em 2008, devido à desregulamentação do sector, que permite a abertura massiva de grandes superfícies. O alerta é do presidente da Confederação do Comércio de Portugal (CCP), que olha com "preocupação" para os saldos que hoje começam e se prolongam até 28 de Fevereiro. Para a Deco, o momento é para aumentar o controlo dos estabelecimentos, uma intenção que a ASAE garante ter na agenda, preparando-se para reforçar inspecções.
A antecipação dos saldos criada pela nova legislação (ver caixa), lamenta José António Silva, da CCP, "retirou ao pequeno comércio 10 a 15 dias de venda com margens positivas", forçando os comerciantes - para não perderem mais clientes face às grandes cadeias - a vender "sem lucro ou com prejuízo" muitos artigos que não saíram dos armazéns ou prateleiras nos últimos meses.
Para o responsável, este vai ser "o pior ano de sempre" para o comércio tradicional, que perdeu até Junho 20 mil empregos - tantos quantos os que viu ser extintos em todo o ano passado. José António Silva garante que a ausência de regulação - com grandes superfícies comerciais a abrir constantemente - agrava o "desequilíbrio" que afecta o comércio tradicional, pelo que 2008 vai ser "pior ainda". "Tenho a certeza que vão fechar milhares de estabelecimentos, deixando dezenas de milhares de pessoas desempregadas", alerta, lembrando que desde 2005 se perderam 54 mil empregos no comércio.
Mas se, pelo contrário, para muitos portugueses os saldos são uma boa notícia, para outros este é também um período de "mais conflitualidade" com os comerciantes que nem sempre cumprem o que a lei estipula, garante Carla Oliveira, da Deco.
"À excepção de obrigar os comerciantes a aceitar pagamentos com multibanco e cartões de crédito nos saldos, a nova lei não trouxe qualquer vantagem para os consumidores", afirma. A ASAE deve, por isso, reforçar as inspecções aos estabelecimentos. Fonte oficial da ASAE garante que a instituição vai estar "especialmente atenta" ao cumprimentos das regras.(28.12.07/Fonte : Jornal de Notícias)Cada português gastou 227 euros em compras
Nos primeiros 25 dias deste mês os portugueses levantaram 1,953 mil milhões de euros no Multibanco.
Entre levantamentos nas máquinas Multibanco e pagamentos nos terminais de pagamento automático (ATM) nas lojas, em Dezembro (até dia 25), a SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços registou movimentos no valor global de 4,221 mil milhões de euros. É o equivalente a cada português ter gasto 422 euros (84 contos) naquele período. Estamos a falar de uma grandeza em torno dos 2,7% do PIB, que daria para construir a ligação de TGV Porto-Lisboa.
No caso das compras, houve 28,4 milhões de movimentos, correspondentes a pagamentos no valor de 2,268 mil milhões de euros. Pode dizer-se que este valor equivale a cada português ter feito compras de 226,8 euros (cerca de 45 contos), em média, nos 25 dias considerados (sem contar com pagamentos em dinheiro ou em cheque). Brincando com os números, também significa que se fizeram compras no valor de 90 milhões de euros por dia; ou 3,7 milhões de euros por hora; ou 63 mil euros por segundo.
Já nos levantamentos nas máquinas de Multibanco, fizeram-se 28,6 milhões de operações, no valor de 1,953 mil milhões de euros. O número de operações iguala, por exemplo, o de Fevereiro, que foi o mês completo com pior desempenho do ano. Ou seja, fizeram-se menos levantamentos em Dezembro do que, por exemplo, em todo o mês de Novembro.
Na comparação com igual período do ano passado, a SIBS concluiu que os 57 milhões de movimentos registados traduziram-se em mais pagamentos nas lojas (+5,1%), e mais levantamentos (+7%). E com valores mais elevados também (+6,3%, em média).
O dia com maior número de operações na rede Multibanco foi 21 de Dezembro, com 3,2 milhões, dos quais 1,6 milhões corresponderam a levantamentos (em 2006, a média de levantamentos/dia foi de um milhão). Mas, o dia com maior quantidade de compras foi o sábado, 22, quando se gastaram 149,1 milhões de euros, pagos através dos ATM.
Em termos de carregamentos de telemóveis, no dia 24, houve uma média de sete por segundo, no total de 607 mil. Mas, nos 25 dias de Dezembro, os carregamentos atingiram os 6,8 milhões de euros.(27.12.07/Fonte : Jornal de Notícias)
A 1 de Janeiro a roupa chinesa volta a entrar livremente na UE.
O início de 2008 poderá trazer a Portugal – e à União Europeia – uma nova invasão de vestuário fabricado na China, na sequência do levantamento das quotas temporárias de importação impostas há três anos.
As quotas são levantadas no próximo dia 1 e substituídas por um sistema conjunto de monitorização que implicará licenças de exportação a serem concedidas pelas autoridades chinesas e o controlo da quantidade de produtos que entram em território europeu.
O sector têxtil teme uma nova invasão de roupa made in China como aquela que, em 2005, se seguiu ao fim das restrições às importações da China e levou à imposição das quotas temporárias em vigor até ao fim do ano.
Em todo o caso, o comissário europeu para o Comércio, Peter Mandelson, já prometeu que a Comissão Europeia vai utilizar “todos os instrumentos ao seu dispor”, caso se venha a registar um novo surto na importação de vestuário chinês. Mandelson expressou, ainda, o desejo de ver o mercado chinês abrir-se aos produtos europeus.(26.12.07/Fonte : Correio da Manhã)Europa sem fronteiras vivida por 400 milhões
Nove dos mais recentes Estados membros da União Europeia (UE) deixaram de ter fronteiras internas, desde as 00.01 de hoje, passando a integrar o espaço Schengen. E tudo graças a uma solução informática, de nome SISone4ALL, que vai permitir uma livre circulação desde a costa portuguesa até as portas da Rússia, da Bielorrússia e da Ucrânia. A Europa sem controlos fronteiriços passa, assim, a ser partilhada por 400 milhões de pessoas.
Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, República Checa, Letónia, Lituânia, Polónia e Malta assinalam hoje e amanhã, com várias iniciativas, a abertura das suas fronteiras terrestres e marítimas e preparam-se já para abolir os controlos aéreos em Março de 2008.
Nos países do Leste, esta abertura é vista como a queda final da Cortina de Ferro, pois alguns dos seus cidadãos viveram anos a fio fechados por detrás do Muro de Berlim.
O primeiro-ministro e presidente do Conselho Europeu, José Sócrates, visita alguns desses países, para comemorar um acontecimento que só foi possível graças à intervenção portuguesa. O antigo ministro da Administração Interna António Costa propôs a criação de uma solução intermédia que permitisse a estes nove países entrar em Schengen ainda em 2007, em vez de esperarem pelo SIS II, que está atrasado, e só deverá estar em vigor em 2009. Foi a partir daqui que nasceu a solução informática SISone4ALL.
Isto porque, neste espaço que é de liberdade, também é preciso ter segurança. E o Sistema de Informações Schengen (SIS) visa, precisamente, garantir o controlo da criminalidade, nomeadamente a relacionada com a imigração de tipo ilegal, o tráfico de seres humanos, o tráfico de droga e, ainda, o terrorismo transnacional.
O actual director da Europol, Maz Peter Ratzel, disse a um jornal alemão que esta extensão de Schengen "não abre caminho a oportunidades totalmente novas para os criminosos. [As fronteiras] nunca foram importantes para lutar contra a criminalidade organizada e o terrorismo. Mesmo o Muro de Berlim [que foi derrubado há 18 anos] não era um obstáculo para eles".
O director da agência europeia de controlo de fronteiras (Frontex), Ilka Laitinen, disse à AFP que vê neste alargamento de Schengen um grande desafio. "A nossa preocupação é que vamos perder um instrumento eficaz de luta contra a imigração ilegal. Não haverá mais indicadores que permitem controlar tudo o que se passa. Mesmo com as medidas de acompanhamento e compensação [como sejam, por exemplo, o SIS]".
O responsável acrescenta, porém, que é uma escolha deliberada da União Europeia "concentrar-se mais na circulação das pessoas do que nas questões de segurança". A liberdade de movimentos de pessoas, mercadorias, serviços e capitais é, de facto, um dos objectivos fundadores da UE, contidos no Tratado de Roma, que data de 1957.(21.12.07/Fonte : Diário de Notícias)Salário Mínimo sobe 76 cêntimos por dia
O Salário Mínimo Nacional (SMN) para o próximo ano vai ser de 426 euros, o que significa um aumento de 23 euros por mês (mais 5,7%) face ao montante actual (403 euros). Ou seja, mais 76 cêntimos por dia. Em termos práticos dá para pagar uma bica e uma carcaça na padaria.
Este anúncio foi feito ontem pelo Governo, após a reunião com as confederações patronais e sindicais, no dia em que o Eurostat revelou que os portugueses voltaram, em 2006, a perder poder de compra face aos restantes europeus. Portugal está 25% abaixo da média europeia a 27 países, de acordo com o departamento de estatísticas. O Eurostat indica que o Produto Interno Bruto (PIB) português por habitante passou de 76% da média europeia em 2005 para 75%em 2006, nível que apresentava em 2004.
Quanto ao SMN – e depois das reservas dos patrões que levaram ao adiamento do anúncio – foi confirmado o valor definido em sede de concertação social. Com efeito, na semana passada, numa reunião com o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva. Em 2006 ficou previsto, em acordo tripartido, um aumento do SMN para os 450 euros em 2009 e para os 500 euros em 2011. De acordo com a CGTP, no ano passado 4,5% dos trabalhadores por conta de outrem, nomeadamente na indústria, ganhava o Salário Mínimo Nacional.
O primeiro-ministro salientou que este era “o maior aumento da última década”.
PATRÕES QUERIAM APOIOS
As confederações patronais defenderam que a evolução significativa do SMN devia ser acompanhada por programas de aumento da competitividade e apontaram como exemplo a alteração da legislação laboral. Face a estas reticências, o Governo decidiu manter desde então contactos com os parceiros sociais para que o acordo sobre o SMN recolhesse “maior coesão”, mas o ministro do Trabalho e Solidariedade Social, Vieira da Silva, sublinhou que a actualização do SMN não estava condicionada pela alteração da legislação laboral. A existência do SMN não é pacífica tanto em Portugal como na Europa. Ainda recentemente o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, se pronunciou contra este facto.
ULTRAPASSADOS PELOS PAÍSES DE LESTE
O Produto Interno Bruto (PIB) português medido em unidades de poder de compra situou-se em 2006 em 75 por cento da média europeia, sendo o mais baixo da Zona Euro, segundo dados do Eurostat, publicados ontem no Luxemburgo. Portugal tem um dos valores mais baixos da União Europeia a 27 países e foi ultrapassado por quatro Estados-membros que aderiram em 2004: República Checa, Malta, Chipre e Eslovénia.
PODER DE COMPRA DA UNIÃO EUROPEIA A 27 (100)
Luxemburgo – 280
Irlanda – 146
Holanda – 131
Áustria – 128
Dinamarca – 126
Suécia – 125
Bélgica – 120
Reino Unido – 118
Finlândia – 117
Alemanha – 114
França – 111
Espanha – 105
Itália – 103
Grécia – 98
Chipre – 92
Eslováquia – 88
Rep. Checa – 79
Malta – 77
PORTUGAL – 75
Estónia – 69
Hungria – 65
Eslováquia – 64
Lituânia – 56
Letónia – 54
Polónia – 52
Roménia - 39
Bulgária – 37(19.12.07/Fonte : Correio da Manhã)
Decorreu, hoje dia 18 de Dezembro de 2007, o funeral de Solange Parvaux, Inspectora Geral Honorária de Português em França, membro fundador da associação ADEPBA (Associação dos professores de português em França) e autor de vários livros sobre a língua portuguesa. A cerimónia teve lugar hoje em Brive la Gaillarde (Corèze).
A LUSO PLANET, quer, aqui, homenagear a memoria de Solange Parvaux, que tanto fez para a promoção e o desenvolvimento da língua portuguesa em França. O seu voluntarismo e dinamismo ao serviço da nossa língua são exemplos que deveriam servir a todos os defensores da língua portuguesa no mundo. Desde 1973 ano da introdução do ensino da língua portuguesa nos colégios em França, a sua vida foi quase inteiramente dedicada à "luta" pela integração da língua portuguesa no sistema educativo francês.
Todos os actores envolvidos no ensino ou na promoção da língua portuguesa em França, muito devem a esta Senhora.
Esperamos, para o desenvolvimento da nossa língua, que venham outros(as) como ela!
Obrigado Solange. Adeus.
Para exprimir a sua homenagem envie um correio para a ADEPA que o publicará no sítio Internet da Associação .::CORREIO::. (18.12.07/Fonte : Luso Planet)
Salário mínimo deverá aumentar 5,5% em 2008
Patrões querem contrapartidas para assinar o acordo.
Hoje, na reunião da Concertação Social, o Governo deverá anunciar a actualização do salário mínimo nacional (SMN) para 2008. Tendo em conta os compromissos assumidos no acordo tripartido assinado no ano passado, o SMN irá rondar os 426,50 euros (+5,5%), um valor que se situa entre os actuais 403 euros e a meta de 450 euros definida para 2009.
Mas as confederações patronais já ameaçaram não assinar o acordo, argumentando que o compromisso com o Governo e os sindicatos previa, para além da actualização do salário mínimo, medidas de apoio às empresas, nomeadamente alterações à legislação laboral. "A evolução do SMN tem de ser acompanhada por programas de aumento da competitividade das empresas", sustentou José Carlos Pinto Coelho, presidente da Confederação do Turismo.
No entanto, o ministro do Trabalho e Solidariedade Social já avisou que a actualização do salário mínimo não está "de maneira nenhuma" condicionada pela alteração do código laboral. Vieira da Silva diz que vai manter o acordo e garantiu que o mesmo "vai ser prosseguido sem nenhum desvio".
A posição assumida pelas confederações patronais foi também pela criticada pela CGTP. Manuel Carvalho da Silva sublinhou que "é um escândalo e uma vergonha" que se aproveite o SMN para discutir outras questões. A UGT, pela voz de Paula Bernardo, defendeu que "há condições para que possa ser feita uma actualização significativa do SMN em 2008".
Por outro lado, os patrões sustentam que muitas empresas, nomeadamente do sector têxtil, não têm condições para suportar a subida do SMN. Mas o relatório do SMN revela que o impacto do aumento é de apenas 0,18%, sendo mais sentido nas microempresas da agricultura/silvicultura e restauração, do Norte e Centro. V. M., com agências(17.12.07/Fonte : Diário de Notícias)Calçado ganha quota em Espanha
Espanha e França são dois mercados que devem ser olhados como prioritários pela indústria de calçado portuguesa. As conclusões preliminares de um estudo desenvolvido pela Escola de Gestão do Porto (EGP) e coordenado por Daniel Bessa, para a associação do sector, APICCAPS, apontam para um aumento das exportações de calçado para estes países e mostram que há potencial para crescer mais.
"Espanha é onde as exportações portuguesas estão a crescer mais", adiantou Daniel Bessa, durante a apresentação à imprensa do estudo "Mercado Internacionais". Segundo o economista e director da EGP, as vendas para Espanha estão a aumentar por via da procura por parte de grandes operadores do calçado.
"As grandes marcas espanholas estão, hoje, a produzir em Portugal", explicou, acrescentando que, "em alguns casos, as vendas são realizadas através de parcerias empresariais muito bem fundamentadas, e noutros através da subcontratação". Ao mesmo tempo, continuou Bessa, "há marcas de calçado nacionais que estão a entrar em Espanha".
No ano passado, as exportações de calçado para o país vizinho situaram-se nos 89 milhões de euros, dando a Portugal uma quota naquele mercado de 6%.
No mercado francês, o sector enfrenta mais adversidades, mas o valor das exportações está a subir. No ano passado, o sector exportou cerca de 284 milhões para França. E, numa altura em que Espanha está "violentamente a perder quota" em França, o calçado português manteve uma quota de 8%, ganhando, em alguns casos, parte da quota que a indústria espanhola perdeu, explicou Bessa.
O esforço no mercado francês, deve ir, na visão do coordenador do estudo, no sentido da manutenção dos clientes. "Há grandes marcas francesas que vieram para Portugal produzir e que nunca mais saíram", salientou.
O economista salientou, ainda, a necessidade de entidades responsáveis pela captação de investimento estrangeiro, como a AICEP, estarem atentas a estas empresas. "A AICEP não pode deixar de falar com estes grandes operadores que estão em Portugal", referiu.
Estes dois países, juntamente com Alemanha e Inglaterra, são, actualmente, os principais mercados da indústria de calçado nacional.(14.12.07/Fonte : Jornal de Notícias)Governo reduz para cinco número de regiões de turismo
O Conselho de Ministros aprovou ontem a redução do número de regiões de turismo - de 19 para apenas cinco -, que passam assim a ser coincidentes com as regiões administrativas. O ministro da Economia, Manuel Pinho, diz que se trata de "um esforço de racionalização".
Das actuais 19, passa-se para cinco regiões - Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve -, havendo ainda uma aposta prioritária noutras cinco zonas do país com potencial turístico - Alqueva, Litoral Alentejano, Região Oeste e Douro.
Uma das inovações avançadas pelo secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, no final da reunião do Conselho de Ministros, é que as futuras cinco regiões vão poder recorrer ao autofinanciamento, "através de acordos com a iniciativa privada", além das verbas do Orçamento do Estado.
O decreto-lei que aprova o regime jurídico das áreas regionais de turismo estabelece "um modelo inovador de gestão", dando-lhes "capacidade de autofinanciamento e estimulando o envolvimento dos agentes privados na sua actividade", lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.
O executivo não sabe ainda qual a poupança que esta medida trará ao Estado, prevendo o secretário de Estado do Turismo fazer um balanço no próximo ano, "depois da implementação destas cinco regiões".
Manuel Pinho sublinhou a coincidência de este decreto ter sido aprovado no dia em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou uma subida de 10,5 por cento nas receitas de hotelaria até Outubro deste ano e um aumento de "um pouco acima de cinco por cento" no número de dormidas. "O turismo está a crescer mais do que os outros sectores, está a dar um bom contributo para que a nossa economia cresça mais", afirmou ainda o ministro Manuel Pinho.
O PÚBLICO tentou recolher uma reacção do presidente da Associação Nacional das Regiões de Turismo, mas o seu presidente, Miguel Sousinha, recusou, afirmando que só o fará depois de conhecer em detalhe o diploma ontem aprovado e as alterações que nele foram introduzidas.(13.12.07/Fonte : Público)Brenntag Portugal investe 5,5 milhões de euros em Monção
A multinacional alemã Brenntag Portugal, Produtos Químicos vai construir uma fábrica na zona industrial da Lagoa, em Monção, num investimento de 5,5 milhões de euros que criará 45 novos postos de trabalho, anunciou ontem a autarquia local.
Em comunicado, a Câmara de Monção refere que a Brenntag Portugal vai ocupar uma área de 2,6 hectares, estando marcada para amanhã a assinatura do contrato-promessa de compra e venda do respectivo lote de terreno.
Neste momento, aquela zona tem contratualizadas sete fábricas espanholas, mas apenas uma está em laboração, concretamente a Portufergari, Perfilação de Alumínios, Lda, que produz perfis de alumínio, ocupa 13 mil metros quadrados, o que significou um investimento de 1,5 milhões de euros e criou 46 postos de trabalho.
Também de capital espanhol, mas ainda em construção, contam-se quatro fábricas, entre as quais a Rada (construção de embarcações de desporto e de lazer, 460 mil euros de investimento e 20 postos de trabalho), e a Herteco, SL (fabricação de componentes metálicos para automóveis e injecção de espumas, 716 mil euros e 24 empregos).
A Garimar Yachts, Lda (construções de embarcações de desporto e lazer, 725 mil euros e 60 postos de trabalho) e a Pavestone Unipessoal, Lda (fabricação de artigos de granito e de rochas, 5,6 milhões de euros e 30 novos empregos) são as outras duas.
Igualmente espanholas, mas em fase de projecto, há os Estaleiros do Norte vocacionada para a construção de embarcações de desporto e lazer, que investirá 550 mil euros e criará 45 postos de trabalho, e a Grayto, Lda, ligada à fabricação e impressão de embalagens de cartão, um investimento de 10 milhões de euros e 132 empregos.
O parque industrial tem ainda contratualizadas mais 11 empresas portuguesas, na sua maioria de Monção, que no total investirão 2,8 milhões de euros e criarão cerca de 150 trabalhadores.
Das empresas portuguesas, apenas estão duas em laboração, ambas ligadas à construção civil e obras públicas.(12.12.07/Fonte : Público)Concorrência dá “luz verde” à compra da Carrefour Portugal pelo grupo Sonae.
Sonae terá de encerrar unidades ou vender a terceiros e reduzir área de vendas.
A Sonae Distribuição recebeu “luz verde” da Autoridade da Concorrência (AdC) para a compra da Carrefour Portugal, mas impôs condições e obrigações destinadas a cumprir os compromissos assumidos pelo grupo liderado por Paulo Azevedo.
Trata-se de um sentido provável de decisão, que consiste numa “não oposição” do órgão presidido por Abel Mateus, conforme se lê no comunicado enviado pela Sonae Distribuição, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Em causa estava a compra de 12 hipermercados Carrefour em funcionamento e 13 projectos de autorização de instalação já concedida.
Para que a AdC aprovasse a compra, a Sonae comprometeu-se a um conjunto de compromissos, desde a limitação de crescimento em áreas geográficas específicas, à redução de área de vendas ou conversão para negócio não alimentar, e mesmo ao encerramento de unidades ou venda a terceiros.
A Sonae releva, em comunicado, que aceitou limitar durante os próximos três anos o crescimento na área de vendas no mercado local da margem sul do Tejo: Montijo, Barreiro e Seixal. Outro dos compromissos foi a redução da área de vendas dos mercados locais do Grande Porto e de Paços de Ferreira/Penafiel. Operação a efectuar com um ou mais hipermercados ou supermercados, em funcionamento ou já autorizados, podendo mesmo consistir no fecho de unidades, conversão total ou parcial em estabelecimentos retalhistas de comércio não alimentar ou na sua alienação a terceiros.
O grupo da Maia será ainda obrigado a desinvestir em lojas em funcionamento e em projectos licenciados nos mercados locais de Viana do Castelo, Coimbra e Portimão. Desinvestir passa, por exemplo, em Portimão vender a um concorrente uma das suas unidades locais. Paulo Azevedo comprometeu-se ainda a congelar novos pedidos de licenças para instalação ou modificação de estabelecimentos nos mercados locais da margem sul, Paços de Ferreira/Penafiel, Viana de Castelo, Coimbra e Portimão.
A Sonae Distribuição e a AdC irão escolher em conjunto uma entidade mandatária para proceder à venda dos estabelecimentos em funcionamento e/ou projectos já autorizados, no caso da compradora não ter sucesso, num determinado prazo, nos seus esforços de concretizar os desinvestimentos a que se obrigou.(10.12.07/Fonte : Público)Portugal em trajectória crescente
A economia portuguesa deverá voltar a convergir com os países da Zona Euro a partir de 2008. Este cenário é antecipado pelo Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) que, nas suas previsões macroeconómicas ontem divulgadas, mantém inalteradas as estimativas para Portugal, enquanto revê em baixa as perspectivas de crescimento dos países europeus. Tudo porque espera que os nossos parceiros sejam bastante mais afectados pelos efeitos da crise dos mercados financeiros e da subida do preço do petróleo.
A OCDE acredita que a economia portuguesa entrou numa trajectória de aceleração, impulsionada pelo investimento. Mas é sobretudo o facto de esperar que Portugal "escape" aos efeitos da crise do "subprime" que justificou a manutenção, para 2007 e 2008, das previsões de crescimento em 1,8% e 2,0%, respectivamente.
Já para a Zona Euro, as estimativas da OCDE sobre o contágio da crise do mercado imobiliário de alto risco do EUA são muito mais pessimistas, o que motivou uma revisão em baixa de 2,7% para 2,6%, em 2007, e de 2,3% para 1,9%, no próximo ano. Uma revisão que coloca Portugal na rota de convergência com a Europa, ao fim de sete anos a divergir.
Nas suas previsões de Dezembro, a OCDE estima que o investimento acelere em Portugal este ano mais do que aquilo que antecipara no Verão, o que acaba por compensar a perda de dinamismo esperada para o sector exportador. A manutenção do ritmo de crescimento da economia deverá permitir uma descida da taxa de desemprego em 2008 e 2009 (de 7,60% e 7,30%, respectivamente). Mas, em termos de desemprego, as boas notícias parecem estar, assim, reservadas para o próximos ano, já que para 2007, a OCDE até reviu em alta as suas anteriores projecções, apontando para que a taxa atinja 7,90%, o que corresponde ao valor mais elevado dos últimos 20 anos.
Face a previsões de outros organismos e entidades, as da OCDE são ligeiramente mais pessimistas. É que, se para 2007, tanto esta organização como o Governo e o Banco de Portugal acreditam que o PIB português crescerá 1,8%, para o próximo ano, o Executivo de Sócrates e o BdP apontam para 2,2%. Os números da OCDE estão, no entanto, em linha com os da Comissão Europeia (ver infografia).
A OCDE acredita ainda que Portugal vai conseguir atingir as metas de défice a que se propôs, mas alerta que o Governo terá de manter as reformas estruturais para garantir a consolidação.
As previsões da OCDE, para Portugal e toda a Zona Euro têm por base a manutenção das taxas de juro nos 4%. Aliás, a Organização sugere mesmo que o preço do dinheiro se mantenha inalterado, tendo em conta o abrandamento esperado para a economia europeia.
BCE revê am alta
Ontem o BCE decidiu, efectivamente, manter as taxas nos 4%, mas o seu presidente abriu espaço para novas subidas dos juros, sublinhando a "forte tendência de subida" das pressões inflacionistas. A instituição liderada por Jean-Claude Trichet também divulgou ontem previsões, tendo procedido a uma revisão em alta em 2007 para a Zona Euro e a uma revisão em baixa para o próximo ano.(07.12.07/Fonte : Jornal de Notícias)"Os portugueses são mais sarkozistas que Sarkozy"
O título deste artigo é plagiado literalmente de uma revista francesa, Capital, que na sua edição de Dezembro compara o plano de reformas do Presidente francês, Nicolas Sarkozy, com o do primeiro-ministro José Socrates. A jornalista Sandrine Trouvelot considera o primeiro titubeante e o segundo determinado e votado ao sucesso.
Estabelecendo um paralelo entre uma situação de "pré-catástrofe" económica dos dois países, a jornalista francesa diz: "Só uma diferença: enquanto Nicolas Sarkozy hesita ainda proceder à 'ruptura', Sócrates avançou para ela com sucesso." Diz ainda que, "ao contrário de Sarkozy, muito marcado pelo liberalismo, José Sócrates goza de uma imagem social-democrata, que facilita evidentemente a tarefa junto das organizações dos trabalhadores". Aliás, considera a Capital que um dos segredos do líder do Governo português foi a boa aceitação pelos sindicatos da "profunda reforma" da administração pública.
A jornalista destaca das reformas socráticas, a supressão de 1307 serviços administrativos; a entrada de apenas um funcionário no Estado por dois que se reformaram; o congelamento durante dois anos dos salários da administração pública. A revista francesa também elogiou o espírito imaginativo de Sócrates e exemplificou com a criação do balcão "perdi a carteira" no âmbito do programa Simplex.(07.12.07/Fonte : Diário de Notícias)Alunos portugueses na cauda da Europa
Os alunos portugueses de 15 anos têm resultados abaixo da média em Ciências, Leitura e Matemática, quando comparados com os colegas de mais 56 países.
O estudo PISA 2006, realizado pela OCDE e que avaliou os conhecimentos e competências de 400 mil alunos (5109 portugueses) de 57 países (30 da OCDE mais 27 desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento), coloca Portugal num pouco honroso 37.º lugar, “significativamente abaixo da média”, no que respeita às competências em Ciências. Mas em Leitura e Matemática os resultados também ficam aquém da média.
Os alunos portugueses ‘conseguiram’ 474 pontos a Ciências – a média OCDE é 500 e a global, 491. Apesar do resultado pobre, sempre é melhor do que nos anteriores estudos: 459 em 2000 e 468 em 2003. Curioso é verificar que 38,8 por cento dos alunos portugueses pretende seguir carreira científica, o valor mais elevado na OCDE.
Em Matemática, os estudantes portugueses obtiveram 466 pontos, menos 32 do que a média da OCDE e igual aos valores de 2003. Já em Leitura, 472 pontos, vinte abaixo da OCDE. Em comparação com os outros dois estudos PISA, houve melhoria em relação a 2000 mas não em comparação com 2003.
O impacto da origem sócio-económica dos alunos e da posse de bens culturais em casa no desempenho escolar é maior em Portugal do que na média da OCDE. A diferença entre os resultados dos alunos de meios mais favorecidos e os mais pobres atinge uma média de 93 pontos em Portugal (92 na OCDE). Os estudantes que têm acesso a mais bens culturais têm, em média, mais 71 pontos do que os de menos posses (64 na média da OCDE).
A ‘culpa’ dos resultados do PISA 2006 é da taxa de retenção. Essa é a visão do secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, que considera “não haver ainda a percepção dos professores que a retenção é apenas a última solução, não é eficaz na recuperação dos jovens”. No estudo participaram alunos portugueses, dos 7.º ao 11.º anos de escolaridade, de 172 escolas. Em Ciências, os alunos do 10.º obtiveram 528 pontos e os do 7.º ficaram-se pelos 352. Resultados “aquém do desejável”. Já o presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, Nuno Crato, defendeu “alterações profundas” nos currículos.
PISA 2006
ACIMA DA MÉDIA
1-Finlândia: 563
2-Hong Kong: 542
3-Canadá: 534
4-Taipé: 532
5-Estónia: 531
6-Japão: 531
7-Nova Zelândia: 530
8-Austrália: 527
9-Holanda: 525
10-Liechestein: 522
11-Coreia do Sul: 522
12-Eslovénia: 519
13-Alemanha: 516
14-Reino Unido: 515
15-Rep. Checa: 513
16-Suíça: 512
17-Macau: 511
18-Áustria: 511
19-Bélgica: 510
20-Irlanda: 508
DENTRO DA MÉDIA
21-Hungria: 504
22-Suécia: 503
23-Polónia: 498
24-Dinamarca: 496
25-França: 495
ABAIXO DA MÉDIA
26-Croácia : 493
27-Islândia: 491
28-Letónia: 490
29-EUA: 489
30-Eslováquia: 488
31-Espanha: 488
32-Lituânia : 488
33-Noruega: 487
34-Luxemburgo: 486
35-Rússia: 479
36-Itália: 475
37-PORTUGAL: 474
38-Grécia: 473
39-Israel: 454
40-Chile: 438
41-Sérvia: 436
42-Bulgária: 434
43-Uruguai: 428
44-Turquia: 424
45-Jordânia: 422
46-Tailândia: 421
47-Roménia: 418
48-Montenegro: 412
49-México: 410
50-Indonésia: 393
51-Argentina: 391
52-Brasil: 390
53-Colômbia: 388
54-Tunísia: 386
55-Azerbaijão: 382
56-Qatar: 349
57-Quirguizistão: 322
Fonte: OCDE
- O PISA 2006 foca a competência dos alunos de 15 anos a Ciências. A tabela vai de 0 a 1000, mas os dados são trabalhados de modo a que a média da OCDE seja 500 e dois terços dos países se situem entre 400 e 600 pontos.
ALGUNS DADOS DO PISA 2006
- 0,1 por cento dos alunos portugueses atingiu o nível mais elevado em Ciências
- 352 pontos obtidos pelos estudantes portugueses que estudam no 7.º ano, em Ciências
- 466 pontos em Matemática, 32 abaixo da média da OCDE e igual à pontuação de 2003
- 472 pontos em Leitura, vinte abaixo da média da OCDE e menos cinco do que em 2003
- 93,8 por cento dos pais considera que os professores são competentes, a mais alta taxa em dez países da OCDE(05.112.07/Fonte : Correio da Manhã)Empresa Portuguesa NDrive lança GPS com imagens em 3D
A NDrive Navigation Systems, empresa do Porto, apresentou hoje em conferência de imprensa um novo sistema de navegação com GPS, o G800, que permite navegar em várias cidades do país com imagens a três dimensões, obtidas a partir de fotografia aérea.
O novo aparelho é pioneiro ao disponibilizar perspectivas com fotos a três dimensões, que possibilitam por exemplo ver as fachadas dos edifícios, o que não é possível no Google Earth, salientaram os dois administradores da NDrive, João Neto e Eduardo Carqueja. Em causa está uma parceria entre a empresa portuense e a norueguesa Blom, especializada na captação de imagens para sistemas de navegação.
Entre as localidades disponíveis, no total de seis gigabytes de informação de fotografia aérea carregada no novo aparelho, estão a Grande Lisboa e o Grande Porto, e também Setúbal, Coimbra, Guimarães, entre um total de 20 localidades. A NDrive, através da parceria com a Blom, tem ao dispor fotografias aéreas de 900 cidades da Europa e de 400 nos Estados Unidos.
O G800 começa a ser vendido em Portugal a partir de sábado, por 399 euros, e deve começar a ser comercializado em cadeias de retalho em Espanha, França e Itália ainda durante a época de Natal, mas o arranque efectivo das vendas está previsto para Janeiro. O objectivo é comercializar o novo produto na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, num total de 15 países, ao longo de 2008.(04.12.07/Fonte : Público)
A compra de prendas leva este fim-de-semana muitos milhares de portugueses aos centros comerciais, uma vez que a maioria acaba de receber o subsídio de Natal.
A crise parece ter ficado para trás até ao fim-de-ano e problemas como a subida das taxas de juro, do preço dos combustíveis e do número de desempregados não atormentam, por agora, os portugueses tendo em conta as previsões para o consumo neste Natal.
Segundo um estudo da consultora Deloitte, cada português vai gastar este Natal 596 euros em compras (a maioria do dinheiro é para prendas). Um montante que representa um acréscimo de 1,4 por cento face aos 588 euros despendidos no Natal de 2006. Contudo, tendo em conta a inflação de 2,6 por cento, verificou-se uma ligeira perda de poder de compra.
Os gastos dos portugueses são superiores a países como a França em que cada habitante gasta nesta quadra 556 euros e da Alemanha (420 euros). Em Itália o gasto é de 651 euros. No topo da tabela estão os irlandeses com 1339 euros por pessoa, seguidos dos cipriotas (1188 euros), britânicos (1057 euros), espanhóis (951) e gregos (716 euros).(02.12.07/Fonte : Correio da Manhã)