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09/07

Turismo: Portugal dividido em cinco grandes áreas

 

Fim das 19 regiões

 

Portugal vai ter cinco regiões de turismo em vez das actuais 19 que apesar de numerosas não cobriam todo o território. O novo mapa das regiões, que integra o diploma da desconcentração da administração central, deverá ser aprovada no próximo mês, apurou o Correio da Manhã.

Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve vão ser as cinco grandes regiões, fazendo com que nenhum concelho do país fique de fora do mapa turístico, ao contrário do que acontecia até aqui: Lisboa e Guimarães, por exemplo, não integram actualmente nenhuma região.

A alteração do número de regiões visa não só reduzir o seu número, considerado excessivo mesmo no sector, mas também “alargar o âmbito das regiões a todo o país e aumentar as suas competências”, explicou ao CM o secretário de Estado do Turismo. Entre aquelas competências encontra-se, exemplifica Bernardo Trindade, a definição dos roteiros turísticos.

A transferência de competências da administração central para as regiões de turismo será devidamente acompanhada da transferência de verbas, isto é, através de financiamentos que serão contratualizados através do Turismo de Portugal, acrescenta Bernardo Trindade.

Com esta redução de regiões, será possível concentrar esforços e recursos, na promoção não só regional, mas também nacional e internacional dos produtos turísticos locais mais significativos.

O número de regiões de turismo era tido consensualmente como excessivo e a sua redução era há muito defendida. Actualmente, existem as Regiões de Turismo do Alto Minho, Verde Minho, Alto Tâmega e Barroso, Nordeste Transmontano, Douro Sul, Serra do Marão, Centro, Serra da Estrela, Rota da Luz, Dão Lafões, Leiria-Fátima, Templários, Ribatejo, Oeste, Costa Azul, Norte Alentejo, Évora, Planície Dourada e Algarve.

O secretário de Estado esteve no Funchal para presidir às comemorações do Dia Mundial de Turismo. O programa iniciou-se pelas 08h30, com uma aula dada por Bernardo Trindade sobre turismo. Nem podia ser de outra forma, tendo em conta a longa ligação das famílias madeirenses ao turismo, como recordou o governante.

As comemorações terminaram com a atribuição das Medalhas de Mérito do Turismo. O músico Rodrigo Leão e Elidérico Viegas, presidente da Associação de Hotéis do Algarve, foram os premiados.
(28.09.07/Fonte : Correio da Manhã)

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Boost vai criar mais de 150 empregos em Portugal

 

A cadeia australiana Boost vai criar mais de 150 postos de trabalho com a abertura de 12 lojas no nosso Pais, a primeira das quais já foi inaugurada, há cerca de 15 dias no Centro comercial Dolce Vita, em Lisboa, revelou ao DN Marco Martins, um dos representantes da marca em Lisboa. As contas são fáceis: cada um dos estabelecimentos emprega entre 10 a 12 pessoas, em regime de part-time e ful-time e a macroestrutura da Boost Portugal também terá de ser ampliada à medida que a rede de lojas vai sendo aumentada.

A Boost representa uma alternativa ao fast food. Nos seus balcões servem-se comidas rápida, mas mais light e saudáveis, explica Marco Martins, que juntamente com Catarina Fanado estabeleceram um contrato de franchising com a cadeia australiana, deixando as suas carreiras de gestores por conta de outrem para se dedicarem ao seu próprio negócio.

O investimento a realizar nos próximos quatro anos deverá rondar o meio milhão de euros.

Lisboa receberá as três primeiras lojas da cadeia. As restante serão criadas no Porto e Algarve. De acordo com o calendários da Boost Portugal, até 2009 entrarão em funcionamento pelo menos mais seis lojas da marca.

Marco Martins não quer avançar com números do volume de negócios esperado para o primeiro ano de actividade, adiantando apenas que o negócio da primeira loja "está a correr bem e que já tem subfranchisados interessados em explorar alguns dos restaurante". Só que, para já, isso não é possível.
(27.09.07/Fonte : Diário de Notícias)

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Martifer investe em fotovoltaica

 

A Martifer Solar formalizou com a norte-americana Spire Corporation um contrato para o fornecimento chave-na-mão de uma linha automatizada de produção de módulos fotovoltaicos, no valor de 15 milhões de euros, com capacidade anual de 50 megawatts (MW).

Esta será a primeira linha de produção do género a instalar em Portugal, num investimento previsto de 15 milhões de euros, e estará já pronta a duplicar a capacidade de produção anual, para 100 MW.

A construção deverá terminar no último trimestre de 2008, na zona industrial de Oliveira de Frades, de forma a funcionar em pleno no ano seguinte.

A empresa afirmou, em comunicado, que esta aquisição marca o primeiro passo na construção de uma unidade de fabrico de módulos solares fotovoltaicos.

O objectivo da Martifer, que recentemente passou a fazer parte das empresas portuguesas cotadas em Bolsa, é ser um fornecedor integrado de soluções de produção eléctrica fotovoltaica. Os seus clientes, espera, deverão ser empresas proprietárias de parques solares situados no sul da Europa e nos Estados Unidos, que procurem no mercado produtores capazes de lhes fornecer módulos solares fotovoltaicos já prontos a usar.

A Martifer é uma empresa controlada pelo grupo Mota-Engil.
(25.09.07/Fonte : Jornal de Notícias)

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Crise faz duplicar número de famílias falidas

 

As dificuldades económicas estão a ter um impacto cada vez maior nas falências em Portugal: em 2006, segundo os dados mais actualizados do Ministério da Justiça, o número de portugueses declarados falidos ascendeu a 635, um aumento de 74,5 por cento face aos 364 casos de insolvências de pessoas singulares registados no ano anterior. Artur Ribeiro da Fonte, responsável da Associação Portuguesa de Gestores e Liquidatários Judiciais e dos Administradores da Insolvência (APGS), não tem dúvidas de que este “é um número muito elevado”, a ponto de frisar que tem “conhecimento de pessoas que estão em situações muito, muito, difíceis”.

Os dados da Direcção-Geral de Política de Justiça (DGPJ), organismo do Ministério da Justiça responsável pelo acompanhamento das falências em Portugal, não podiam ser mais esclarecedores sobre a tendência das insolvências nos últimos anos: em 2006, num total de 2329 falências de empresas e pessoas singulares, 635 correspondem a particulares, mas, em 2005, quando ocorreram mais 123 insolvências no total, as falências atingiram 635 pessoas singulares. Ou seja, as insolvências diminuíram cerca de 19 por cento nas empresas mas aumentaram 74,5 por cento entre os particulares.

Artur Ribeiro da Fonte atribui este acréscimo das falências entre as pessoas singulares a dois factores: por um lado “é o resultado do aumento da eficiência da máquina fiscal”; por outro “os bancos, depois de terem esgotado todos os meios [para tentar cobrar as dívidas] recorrem à insolvência [dessas pessoas]”. Face às pressões dos credores, “as próprias pessoas [com dívidas] recorrem à insolvência porque já não aguentam a pressão e querem pôr um ponto final no caos das suas vidas”, explica o responsável da APGS.

João Rocha, ex-presidente do Sporting, Cardoso e Cunha, ex-comissário europeu, e Carlos Melancia, ex-governador de Macau, são personalidades conhecidas que foram apanhadas pelas dificuldades criadas pela crise económica dos últimos anos. Os dois primeiros foram declarados falidos e o último não conseguiu evitar o encerramento do Hotel Garcia d’Orta em Castelo de Vide.

Mas estas personalidades não correspondem ao perfil típico do português falido: “O caso mais comum são pessoas que investem em pequenos negócios de comércio ou indústria e fazem avales e hipotecas do património”, precisa Artur Ribeiro da Fonte. Por isso, diz que não tem conhecimento de casos de insolvência resultantes de sobreendividamento.

Catarina Frade, do Observatório do Sobreendividamento, concorda que “as falências resultam do insucesso de pequenos negócios familiares”.

PERDÃO DE DÍVIDAS EM CAUSA
A tendência de aumento do número de insolvências de pessoas singulares deverá continuar a acentuar-se nos próximos anos. Sabendo que ao fim de cinco anos – prazo durante o qual terão de cumprir um plano de pagamentos – os falidos poderão pedir o perdão da dívida que ainda não foi paga. Se o tribunal de insolvência lhes conceder este perdão, a partir dessa altura deixam de ser considerados falidos. E os credores nunca mais poderão executar dívidas que não tenhamsido pagas. Antes de 15 de Setembro de 2004, com o antigo código de insolvências, as pessoas declaradas falidas não tinham acesso a este perdão.

EXEMPLOS
João Rocha, Carlos Melancia e Cardoso e Cunha são casos concretos de personalidades conhecidas que não foram poupadas pela economia. Rocha e Cunha estão falidos. Melancia teve um hotel declarado falido.

JOÃO ROCHA
DÍVIDAS
O ex-presidente do Sporting viu, em 2005, dois dos seus prédios penhorados por dívidas à Segurança Social.

CASA PENHORADA
Cerca de um ano depois, em Junho de 2006, a casa de João Rocha, na Lapa, avaliada em mais de seis milhões de euros, foi alvo de penhora, por decisão do tribunal, para pagar as custas de um processo instaurado pelo BES.

JUSTIÇA
O Banco Espírito Santo (BES) instaurou em 1999 um processo judicial contra o empresário. Na altura as notícias deram conta de incumprimento de um empréstimo no valor de cerca de 2,38 milhões de euros.

CARLOS MELANCIA
INSOLVÊNCIA
O ex-governador de Macau não conseguiu conter o fecho do Hotel Garcia d’Orta, em Castelo de Vide. O tribunal declarou insolvência por dívidas superiores a três milhões de euros à Segurança Social e 400 mil euros ao Fundo de Turismo.

FISCO
A fábrica de cortiça Robinson, em Portalegre, acumulou dívidas ao Fisco de 500 mil e três milhões de euros, respectivamente.

FÁBRICA
A solução de Carlos Melancia foi a entrega ao Estado do espólio da fábrica, avaliado em oito milhões.

CARDOSO E CUNHA
FALIDO
A declaração de falência de Cardoso e Cunha - ex-ministro da Agricultura e Pescas, ex-presidente executivo da TAP e antigo comissário europeu - foi decretada pelo Tribunal de Comércio de Lisboa em 2006.

EMPRÉSTIMOS
Na origem desta decisão esteve o processo instaurado pelo Santander Totta por avultados créditos concedidos que não foram liquidados dentro dos prazos.

OUTROS CREDORES
Caixa Crédito Agrícola, Banco Português de Investimento, Caixa Geral de Depósitos e Banco Comercial Português.

EMPRESAS
As empresas geridas pelo ex-comissário da Expo’98 entre 1998 e 2003 apresentaram um buraco financeiro de 15 milhões de euros.

CRÉDITO MALPARADO DISPARA PARA 2,2 MIL MILHÕES DE EUROS
O crédito malparado (de cobrança duvidosa) totalizou 2,201 mil milhões de euros em Julho último, mais 1,8 por cento que no mês anterior.

Em Julho do passado o crédito malparado somou 2,144 mil milhões de euros, menos 2,66 por cento que no mesmo mês de 2007.

Os números dos empréstimos que as instituições financeiras não sabem se são amortizados foram divulgados pelo Banco de Portugal.

Segundo o organismo governado por Vítor Constâncio, o total do crédito concedido pelos bancos a particulares foi de 121,413 mil milhões de euros em Julho de 2007.

A verba mencionada representa 82,6 por cento da riqueza gerada anualmente no nosso país.

Comparando com Julho do ano passado, os empréstimos feitos a particulares aumentaram 7,8 por cento. Ou seja: as instituições financeiras contrataram créditos de mais 8,758 mil milhões de euros nos meses em análise.

A maior parte do dinheiro emprestado, como tem sido habitual, é para a compra de habitação (em Julho último, 96,8 mil milhões de euros, ou 79,8 por cento de todo o crédito concedido).

Devido à subida da taxa de juro euribor a seis meses, que está a 4,7 por cento, o nível mais elevado desde Maio de 2001, um deputado social-democrata sugeriu que as famílias com crédito habitacional tivessem mais benefícios fiscais. Mas o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, afirmou que não vai alterar o limite máximo estabelecido de 574 euros nas deduções à colecta para os contribuintes que solicitaram aos bancos empréstimos para a aquisição de residência.

EXCESSO DE DÍVIDAS SOBE 84 POR CENTO
De Janeiro a Julho deste ano, 757 famílias sobreendividadas solicitaram ajuda à DECO. Tal número representa 84 por cento dos pedidos de ajuda feitos no ano passado.

Só no mês de Julho de 2007 a organização de defesa do consumidor recebeu pedidos de ajuda de 121 famílias que estão em dificuldades financeiras. Graça Cabral, da DECO, disse que “é um número muito grande” para um mês de férias e em que as crianças não têm aulas.

SAIBA MAIS
2329 é o número total de falências em 2006, incluindo empresas e particulares, o que representa um decréscimo de cinco por cento face ao ano anterior. Em 2005, o total foi de 2452.

635 é o número total de falências de pessoas singulares em 2006, o que representa um aumento de 74,5 por cento face a 2005, onde foram declaradas 364 falências.

PRAZOS
O tribunal dá um prazo de cinco anos ao insolvente para pagar as sua dívidas ao abrigo do Código da Insolvência e da Recuperação das Empresas (CIRE).

PLANO DE PAGAMENTO
É uma proposta de satisfação dos direitos dos credores que acautele devidamente os seus interesses. O credor pode apresentar um plano quando as dívidas não pagas ascendam a 300 mil euros.

PAGAMENTO
Do total de falências levados a tribunal em 2005 apenas em 16 foram homologados planos de pagamento. Nos restantes o processo foi encerrado por insuficiência da massa falida. Em 2006, foram aprovados 38 planos.

NOTAS
NOVO CÓDIGO EM VIGOR
O novo Código de Insolvência e Recuperação de Empresas (CIRE) entrou em vigor em 15 de Setembro de 2004. As estatísticas são por isso ainda diminutas.

RENDIMENTO DISPONÍVEL
Nos cinco anos de pagamento das dívidas, todos os rendimentos do falido são transferidos para o fiduciário nomeado pelo tribunal, que paga as dívidas.

PERDÃO AO FIM DE CINCO ANOS
Para obter o perdão das dívidas restantes ao fim de cinco anos (desoneração do passivo), o falido tem de trabalhar e não pode omitir rendimentos e informações.
(24.09.07/Fonte : Correio da Manhã)

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Empréstimos : Portugueses devem cada vez mais aos bancos
 

Malparado aumenta 1,8 por cento num mês. Constâncio deve estar vigilante. Os portugueses devem aos bancos 121,4 mil milhões de euros.


A subida dos juros na Zona Euro não está a levar os portugueses a evitarem o recurso aos empréstimos bancários. Os créditos concedidos pela banca atingiram os 121,4 mil milhões de euros, o valor mais alto de sempre, em Julho último com uma subida de 0,2 por cento em relação ao mês anterior, Junho, mas com um crescimento de quase oito por cento em relação ao período homólogo.

A dificuldade chega na hora de reembolsar o dinheiro. O crédito malparado subiu 1,8 por cento num único mês.

De acordo com o Boletim Estatístico do Banco de Portugal, os empréstimos às famílias aumentaram 8,7 mil milhões de euros num ano, 250 milhões num mês, o que demonstra que, apesar do endividamento dos portugueses estar a aumentar, isto ocorre a um ritmo lento.

A maior fatia dos montantes em dívida, já se sabe, é do crédito à habitação (que atingiu os 96,87 mil milhões de euros), mas aquele que mais subiu foi o crédito ao consumo, que se fixou nos 12,13 mil milhões de euros, quando um ano antes estava nos 10,9 mil milhões de euros – um acréscimo de 11,2 por cento.

Os números revelam que, se os portugueses não têm dificuldades em recorrer à banca, o mesmo não se pode dizer quando chega a altura de pagar. O crédito de cobrança duvidosa aumentou 1,8 por cento, ou 39 milhões de euros, de Junho para Julho, e 2,7 por cento em relação ao período homólogo, tocando os 2,2 mil milhões de euros.

Apesar deste aumento, os empréstimos de cobrança duvidosa estão abaixo do valor máximo de 2,21 mil milhões de euros registados em Maio passado.

Os analistas económicos não consideram, porém, que o crédito malparado se encontre em níveis alarmantes, uma vez que constitui apenas 1,8 por cento do montante total dos empréstimos concedidos.

OUTROS DADOS DO BANCO DE PORTUGAL
EMPRESAS
O crédito às empresas aumentou 7,9 por cento no passado mês de Julho face ao mesmo mês de 2006, para os 97,9 mil milhões de euros. Também nesta área o malparado registou uma subida da ordem dos 1,7 por cento, para 1,69 mil milhões de euros.

OUTROS FINS
Os empréstimos concedidos pela banca para outros fins assistiram a um acréscimo de 3,3 por cento no período de um ano, tendo-se fixado nos 12,4 mil milhões de euros em Julho último. Neste sector, o montante do malparado ronda os 580 milhões de euros.

PESO TOTAL
A compra de casa é uma prioridade para a maioria dos portugueses, o que fica bem demonstrado pelo facto de o crédito à habitação constituir perto de 80 por cento do total de empréstimos concedidos pelas instituições financeiras às famílias nacionais.
(21.09.07/Fonte : Correio da Manhã)

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Portugal ganha mais oito parques eólicos

 

Ministro diz que o país está no bom caminho nas energias renováveis

 

"Com o petróleo acima dos 80 dólares o barril e a necessidade de reduzir as emissões de CO2 [dióxido de carbono], não temos tempo a perder. Estamos a fazer a maior aposta de sempre nas energias renováveis", declarou, ontem, o ministro da Economia, Manuel Pinho, na assinatura do contrato da "fase B" das eólicas, que vai permitir, ao consórcio Ventinveste injectar na rede nacional até 400 megawatts de energia eólica.

"Nos últimos dois anos multiplicámos por quatro a potência eólica instalada e lançámos mais projectos hídricos do que nos últimos vinte anos", disse o ministro, considerando que, ao nível das renováveis, Portugal "está no pelotão da frente".

O projecto da Ventinveste, que tem como accionistas principais a Galp Energia, a Martifer (31%) e a Enersis (30%), prevê um investimento total de 636 milhões de euros, em seis anos, na instalação de oito parques eólicos e na criação de um "cluster" industrial, constituído por 15 unidades fabris (da Ventinveste ou de membros do consórcio), com capacidade para produzir anualmente 130 aerogeradores e 267 conjuntos de pás. No total, serão criados 1300 novos postos de trabalho - metade dos quais no distrito de Aveiro, onde serão construídas duas fábricas uma de pás, no porto de Aveiro, e outra, de caixas multiplicadoras, em Vagos.

A Ventinveste prevê um volume de vendas de 960 milhões de euros anuais, quando o projecto atingir a velocidade de cruzeiro.
(19.09.07/Fonte : Jornal de Notícias)

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32 mil queixas seguem para ASAE

 

Os consumidores registaram mais de 47 mil queixas nos livros de Reclamações, no primeiro semestre deste ano, tendo a maioria (32 mil) sido encaminhadas para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). Dados da Secretaria de Estado da Defesa do Consumidor revelam que as reclamações enviadas para a ASAE aumentaram 33% face às recebidas no segundo semestre do ano passado. As queixas sobre restaurantes, cabeleireiros e outros serviços são as mais frequentes entre as enviadas para a ASAE, inscritas nos livros de reclamações obrigatórios em todas as empresas com contacto com o público.

O sector das telecomunicações foi o segundo com mais reclamações, tendo sido encaminhadas para a entidade reguladora do sector (Anacom) 7365 queixas, menos 21% do que no segundo semestre do ano passado. "Este decréscimo nas queixas sobre as telecomunicações deve-se ao facto de a entidade reguladora estar a prestar mais atenção à relação destas empresas com o consumidor", explicou, à Lusa, o secretário de Estado da Defesa do Consumidor

Fernando Serrasqueiro anunciou, ainda, que a Secretaria de Estado vai promover um encontro, no dia 25 de Setembro, com todas as entidades reguladoras, dos vários sectores, para alertar para a necessidade de ser melhorada a relação das empresas com os consumidores.
(18.09.07/Fonte : Jornal de Notícias)

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Barragens de Foz Tua, Fridão e Vidago avançam

 

Foz Tua, Fridão e Vidago são as três barragens prioritárias que integrarão a lista de dez que fazem parte do Plano Nacional de Barragens, a apresentar pelo Governo dentro de dias. Um plano para executar até 2020, garantiu ao DN, o ministro do Ambiente, Nunes Correia. Juntos, os três projectos representam 487 megawatts, quase 10% da actual potência hídrica instalada.

O motivo da escolha é simples: foram consideradas as três melhores localizações numa lista de 20, hierarquizadas no plano de avaliação ambiental estratégico. Um instrumento que ponderou vários critérios de avaliação e identificou projectos capazes de serem exequíveis, nomeadamente do ponto de vista ambiental, explicou o governante. "A avaliação, que partiu de 27 locais há muito conhecidos por entidades que se dedicam ao planeamento hidráulico, assentou em critérios de viabilidade em termos ambientais, mas também mérito do ponto de vista energético daquelas localizações e o seu valor para outras eventuais utilizações, nomeadamente para fins múltiplos", adiantou o ministro.

Segundo Nunes Correia, depois de apresentado, e de acordo com a lei, "o Plano Nacional de Barragens vai estar um mês em consulta pública, após o que será consolidado e fechado".

Da lista das 20 localizações hierarquizadas, as três consideradas como piores foram Midões, no rio Mondego; Póvoa, no rio Vouga, e Mente, no rio do mesmo nome.

O governante, que falava à margem de uma conferência de imprensa realizada sexta-feira, para anunciar a posição do Ministério quanto ao acordo estabelecido, em 2003, entre o Governo, a Câmara Municipal de Sesimbra e as empresas Aldeia do Meco e Pelicano relativamente à transferência de direitos de construção da praia do Meco para a Mata de Sesimbra, sublinhou, mais uma vez, que a meta do Governo é chegar aos 7000mw de energia hídrica até 2020, objectivo que será alcançado de forma faseada.

"Prevemos que até 2010 será possível atingirmos uma potência de 5000 megawatts; de 6250 megawatts até 2015 e, em 2020, chegaremos então aos 7000 megawatts. Tudo isto é alcançável com o que já está em execução, e aprovado e com a construção de mais dez barragens, que juntas conduzirão a uma redução de perto de um milhão de toneladas de CO2 (dióxido de carbono) por ano. " Actualmente, a potência hídrica instalada é de 4945 megawatts.

Em execução estão os reforços de potência de Picote II (231mw) e Bemposta II (com 178mw). Entre os projectos aprovados destacam-se o de Alqueva II (um reforço de potência de 260mw) e a construção da Barragem do Baixo Sabor (170mw).
(17.09.07/Fonte : Diário de Notícias)

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Défice comercial baixa 7,5% no primeiro semestre

 

O défice da balança comercial portuguesa baixou 7,5 por cento no primeiro semestre de 2007, com o crescimento das exportações (9,2 por cento) a superar claramente o das importações (3,3 por cento), indicou esta segunda-feira o INE.

 

A taxa de cobertura das importações pelas exportações portuguesas melhorou de 64,4 por cento na primeira metade de 2006 para 68,1 por cento no primeiro semestre do ano em curso.

Nos seis primeiros meses de 2007, Portugal exportou 18,68 mil milhões de euros e importou 27,433 mil milhões de euros, daqui resultando um défice da balança comercial de 8,753 mil milhões de euros.

Nas exportações, realce para o aumento de vendas de 20,3 por cento nas máquinas e outros bens de capital, de 12,2 por cento noutros fornecimentos industriais, de 11,3 por cento no material de transporte e acessórios e de 10,5 por cento nos bens de alimentação e bebidas, enquanto as exportações de combustíveis e lubrificantes baixaram 27,0 por cento.

Quanto às importações, destaque para o aumento de 13,3 por cento nas compras de produtos alimentares e bebidas ao exterior e para o acréscimo de 7,3 por cento de máquinas e outros bens de capital, salientando-se pela negativa a queda de 15,2 por cento nas exportações de combustíveis e lubrificantes.

Relativamente ao comércio com os 26 parceiros portugueses da União Europeia (UE), as exportações cresceram 7,4 por cento no primeiro semestre e as importações aumentaram 3,5 por cento, o que permitiu uma redução de 4,4 por cento no défice comercial com a Comunidade.

A taxa de cobertura das importações pelas exportações progrediu, passando de 67,5 por cento no primeiro semestre do ano passado para 70,0 por cento no primeiro semestre de 2007.
(13.09.07/Fonte : TSF)

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Empresas portuguesas chegaram tarde às obras da Expo de Xangai

 

Maior parte das infra-estruturas já está adjudicada
 

As empresas portuguesas de construção civil já não terão oportunidade de obter encomendas no quadro da Expo de Xangai 2010, uma das maiores obras públicas em curso na China.

Foi essa uma das mensagens do subdirector-geral da exposição, num encontro com construtoras portuguesas no quadro da visita oficial da secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino. Embora o sector portuário seja o principal foco desta delegação - com contratos e acordos já garantidos - seguem na comitiva representantes de algumas de construtoras nacionais - Grupo Mota-Engil (via Tertir), Somague, Edifer, Bento Pedroso e Irmãos Cavaco, com o objectivo de estabelecer contactos exploratórios.

A ida à Expo de Xangai era uma das iniciativas para explorar essas oportunidades. No entanto, na primeira fase da construção, já não haverá grande possibilidade de contratos, na medida em que a maioria das infra-estruturas está adjudicada e em fase de construção.

"É um pouco tarde para as empresas portuguesas entrarem na Expo", disse Huang Jianzhi, quando questionado sobre como poderiam as construtoras nacionais ter informação sobre eventuais concursos ou encomendas. As grandes obras já foram entregues ao nível do projecto e engenharia a empresas dos Estados Unidos, França, Reino Unido, Japão e mesmo a Espanha. A construção propriamente dita fica a cargo de empresas chinesas, que têm custos de mão-de-obra muito mais competitivos que as portuguesas, explicou.

As oportunidade que sobram nesta primeira fase estão centradas nos pavilhões nacionais, projectos a empresas dos próprios países. Portugal ainda não escolheu o comissário que vai chefiar a representação nacional, uma das mais de cem presenças na exposição internacional dedicada à qualidade de vida nas cidades.

Oportunidades na 2.ª fase

Para as empresas portuguesas há ainda oportunidades na segunda fase do projecto, pós-exposição internacional, até porque a Parque Expo assinou um contrato de consultoria com a Expo de Xangai para ajudar a desenvolver a componente imobiliária. No entanto, esta empresa pública não estava representada na delegação, nem os responsáveis da Expo de Xangai detalharam o que está previsto em termos de exploração imobiliária pós-exposição, onde ficarão cerca de 30% das infra-estruturas que vão ser construídas numa área que é cerca de uma vez e meia da Expo'98, mesmo no coração da cidade de Xangai.

Ana Paula Vitorino desdramatizou, em declarações aos jornalistas, a recepção aparentemente pouco entusiasta em relação ao interesse dos chineses no investimento português nesta área, considerando que foram deixadas pistas de oportunidades para as empresas nacionais que estas podem aproveitar, para além da Expo 2010.

A governante lembra que a construção é um dos alvos do memorando de entendimento assinado esta semana para o reforço das relações comerciais entre os dois países e que, acredita, permitirá a nível político abrir canais de contacto junto dos donos de obra, a maioria dos quais são empresas do Estado.
(12.09.07/Fonte : Diário de Notícias)

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Taxa de juro à habitação iguala máximo de Janeiro de 2001

 

Créditos continuam a aumentar apesar das taxas mais altas.

 

Entre o primeiro dia útil de 2001 e ontem, a Euribor a seis meses - a mais usada nos créditos à habitação em Portugal - negociou durante muito tempo em valores muito baixos, chegando mesmo aos 1,9%. Mas ontem ultrapassou o valor mais alto dos últimos sete anos e oito meses, ao atingir os 4,777%. Desde o dia 2 de Janeiro de 2001 que a taxa de referência não chegava a valores tão elevados. A subida deve-se à expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) continue a subir a sua principal taxa de refinanciamento, na reunião marcada para hoje.

Mas se os bancos dão como certo novo aumento e por isso sobem a taxa de juro à qual emprestam dinheiro entre si (ver caixa ao lado), não é certo que seja essa a decisão tomada pelo BCE. Num comunicado ontem reproduzido por agências noticiosas, a instituição liderada por Jean-Claude Trichet reconhece o aumento da "volatilidade no mercado monetário do euro", devido à crise no mercado de crédito à habitação de alto risco nos Estados Unidos (um tipo de empréstimo que não é praticado pela banca portuguesa). A tal ponto que garante estar "pronto para contribuir" para a estabilização do mercado.

Entre esse mesmo mercado, a expectativa é, também, que hoje o BCE mantenha tudo como está ou seja, que a principal taxa de refinanciamento, a Refi, continue nos 4%. A OCDE (ver peça em baixo) apela à manutenção dos juros, a bem do crescimento económico - quanto mais barato for o dinheiro, mais as empresas estarão dispostas a investir e maior será o consumo das famílias. E vários analistas contactados pela Lusa têm a expectativa de que o juro de mantenha, à semelhança do ocorrido na reunião do mês passado do BCE (já nessa altura se admitia novo aumento, que seria o terceiro deste ano).

Contas de multiplicar
Enquanto o BCE vai subindo a taxa principal, o sistema bancário inflaciona a Euribor e, com ela, o montante pago pelas famílias pelos créditos à habitação. Em 2002, um empréstimo de 100 mil euros a 30 anos, indexado à Euribor a 6 meses e com um spread de 1%, teria uma prestação mensal de 432 euros; hoje, o mesmo crédito custa 585 euros. Ou seja, em quase dois anos, a pessoa está a pagar mais 153 euros por mês ao banco. Se o empréstimo for recente, e se as taxas se mantivessem assim até terminar, então o negócio custaria mais 55 mil euros do que o inicialmente previsto.

Ainda que o BCE mantenha os juros, nada impede que as subidas sejam retomadas no futuro próximo. Convém, por isso, minimizar o mais possível este impacto, negociando bem as condições e o "spread" com os bancos.
(06.09.07/Fonte : Jornal de Notícias)

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Sem confiança na economia

 

A confiança dos consumidores portugueses deteriorou-se em Agosto, pelo segundo mês consecutivo, com o indicador a situar-se no valor mais baixo desde Julho de 2006.

 

Para além da confiança, também o crescimento económico registou um abrandamento, de acordo com estatísticas europeias.

Os consumidores manifestaram-se particularmente pessimistas quanto às expectativas de capacidade de poupança do agregado familiar, variável que registou em Agosto o valor mínimo da série, iniciada em Junho de 1986.

As expectativas das famílias, quanto à situação económica do País e quanto à evolução do desemprego para os próximos 12 meses, foram em Agosto também mais negativas que em Julho. A confiança dos empresários também diminuiu em Agosto pelo segundo mês consecutivo.

Entretanto, o crescimento económico de Portugal sofreu também uma desaceleração embora menos significativa do que a da zona euro, com o PIB a crescer 0,4 por cento no segundo trimestre, contra os 0,7 por cento registada nos três primeiros meses do ano.

A economia da zona euro abrandou no segundo trimestre, ao crescer 2,5 por cento contra os 3,2 registados nos três meses anteriores, mostram as primeiras estimativas do Eurostat para Abril /Junho divulgadas ontem.

O abrandamento, para o ritmo mais lento em dois anos, é explicado por uma quebra do investimento das empresas que se verifica pela primeira vez desde 2002

PIB
A taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na União Europeia no seu conjunto cifrou-se em 2,8 por cento, contra 3,3 por cento no trimestre anterior.
(05.09.07/Fonte : Correio da Manhã)

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Portugal continua entre países menos produtivos da Europa

 

Num conjunto de 29 países (27 europeus mais os Estados Unidos e o Japão), Portugal está em 21. º lugar em termos de produtividade por trabalhador. Apenas oito países obtiveram piores resultados, todos eles da Europa de Leste e da ex-União Soviética. A liderança continua a pertencer aos norte-americanos.

De acordo com dados de 2006 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a produtividade dos trabalhadores portugueses por hora é de 17,22 dólares (12,63 euros), menos de metade dos 26,13 euros gerados pelos americanos. Espanha situa-se nos 16,04 euros por hora.

Comparando com países fora da Europa, a parcela da riqueza criada por cada trabalhador (expressa no gráfico) português é semelhante aos da Arábia Saudita (que geraram em 2005, 28,9 mil dólares).

O relatório da OIT destaca que o aumento da produtividade em geral consiste na melhoria da ligação entre capital, mão-de-obra e tecnologia. "A falta de investimento nas pessoas (formação e qualificações), bem como em equipamentos e tecnologia podem levar à subutilização do potencial da mão-de-obra no mundo".

A OIT destaca ainda o facto dos Estados Unidos se estarem a distanciar do resto dos países desenvolvidos, aumentando o fosso do diferencial da sua produtividade. Ou seja, a aceleração da produtividades nos EUA tem crescido a um ritmo mais elevado do que nos restantes países, nomeadamente aqueles que se situam nos lugares seguintes, como a Irlanda e o Luxemburgo.

Na Ásia assiste-se a um aumento muito rápido da produtividade por trabalhador, que é actualmente o dobro de há uma década. Hong Kong coloca-se logo a seguir aos Estados Unidos, como 56,2 mil dólares, enquanto a República Popular da China se situa nos 9,8 mil dólares. Taiwan obteve 44,1 mil dólares.

"Algumas pessoas percepcionam o crescimento impressionante da produtividade na Ásia do Sul como uma ameaça, mas trata-se de uma tendência positiva para a economia mundial", afirmou José Salazar-Xirianachs, director executivo da OIT para o emprego.

"Estas regiões não se limitam a produzir bens e serviços de forma mais eficaz, transformaram-se também em importantes centros de consumo", acrescentou. Em oposição, o responsável da OIT mostrou-se preocupado com o péssimo desempenho da África subsahariana, onde o valor acrescentados dos produtos é 12 vezes inferior à de um trabalhador do mundo industrializado.
(04.09.07/Fonte : Diário de Notícias)

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Uso de telemóvel deve ser restrito

 

Os efeitos nefastos para a saúde decorrentes do uso do telemóvel não estão provados cientificamente, uma vez que existem resultados contraditórios, mas devem ser tomadas medidas de prevenção como a restrição do seu uso por crianças.

O responsável pelo departamento de Física da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Nuno Teixeira, distinguiu duas situações no uso dos telemóveis que motivam queixas de desconforto a perturbação dos componentes anatómicos do ouvido devido à aproximação artificial do som (o que pode causar dores de cabeça), e os efeitos térmicos causados pelas radiações.

Para funcionar, o aparelho pressupõe um campo electromagnético que, numa situação de conversa, se aproxima do corpo, o que produz aquecimento de células e dilatação dos micro-vasos sanguíneos. Nuno Teixeira aconselha a restrição do uso de aparelhos telefónicos móveis pelas crianças, já que a sua estrutura está em formação e - tendo mais anos de vida pela frente - há um maior período para desenvolver eventuais problemas.

Outro exemplo de radiações potencialmente prejudiciais para a saúde é a dos postes de alta tensão e das linhas ferroviárias. As populações que vivem nas proximidades daquelas fontes de radiações apresentam uma maior incidência de cancro, embora ainda se desconheça se existe relação causa/efeito.

Nuno Teixeira explicou à Lusa que "há evidência científica", resultante de estudos internacionais, de que a presença de uma corrente eléctrica muito forte pode levar ao "aumento de patologias do foro oncológico". Embora já estejam identificados os mecanismos de interacção, ainda não se sabe porque aumentou a incidência de doenças oncológicas, principalmente, leucemias.
(03.09.07/Fonte : Jornal de Notícias)

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