Já foi notícia !
06/07
Malta supera Portugal no poder de compra
Fonte : Comunicado da Eurostat
Portugal foi ultrapassado por Malta no ranking da capacidade de compra por habitante entre os países da União Europeia, em 2006. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita português foi de 75%, subindo quatro pontos percentuais, face ao ano anterior, segundo as primeiras estimativas do Eurostat.
Apesar do aumento, o poder de compra dos portugueses é inferior ao da média europeia, a 25 países, em 29 pontos percentuais. A diferença é relativizada se olharmos para a UE com 27 estados, cuja média do PIB é de 100%.
A lista de países com o PIB mais elevado é encabeçada pelo Luxemburgo, que manteve a posição do ano passado, com o poder de compra mais elevado do conjunto europeu, com 280%, embora tenha baixado 4%, segue-se a Irlanda com 144% e a Holanda com 131%, que trocaram de lugar com a Dinamarca por comparação com o ano anterior. Do lado oposto está a Bulgária com 37%, a Roménia com 38% e a Polónia com 53%.
Do grupo de países que entraram na UE em 2004, Malta, República Checa, Eslovénia e Chipre têm poder de compra superior ao português, embora, ainda assim, abaixo da média europeia.(29.06.07/Fonte : Jornal de Notícias)Nerlei assinala aniversário com portal empresarial
Leiritrade é o mais recente projecto da Nerlei - Associação Empresarial da Região de Leiria. A novidade é hoje apresentada no âmbito do 22º aniversário da Associação e traduz-se num portal empresarial, alojado na Internet a partir do endereço www.leiritrade.pt e inserido no projecto global Leiria Região Digital.
"Dar a conhecer as empresas da região e o que produzem" é um primeiro objectivo do portal, que se espera que abranja "pelo menos 80 por cento das empresas", sublinha Pedro Faria, presidente da Nerlei. O mesmo responsável avança ao Diário de Leiria que o projecto "poderá ser uma montra de promoção e divulgação dos produtos e serviços" empresariais, sendo que se pretende que "abranja todas as empresas da região".
O portal disponibilizará informações, funcionando como um catalizador de oportunidades de negócio e captação de investimento para a região, assim como dinamizador de negócios 'on-line'. Com aquele projecto, a Nerlei pretende também acrescentar valor à economia regional e nacional e fomentar a utilização de novas tecnologias de informação e comunicação pelos diversos agentes económicos regionais.
Espera-se que o projecto seja um sucesso a par do que acontece com a página 'on-line' da Nerlei (www.nerlei.pt), que funciona com "um instrumento de apoio" aos empresários e que regista "um número de consultas mensal elevadíssimo", destaca Pedro Faria.
O empresário faz um balanço positivo dos 22 anos de actividade da Nerlei, que no seu entender "desempenha um papel fundamental", nomeadamente de servir de "ponte e representante dos interesses horizontais da economia. Ou seja, é um elo de ligação entre os diversos sectores de actividade, nomeadamente das associações", reforça.
Pedro Faria realça ainda que a actividade desenvolvida pela Associação que preside "é um sucesso", dado que "tem conseguido preencher os objectivos a que se propõe, nomeadamente representar a Associação Industrial Portuguesa no distrito e, simultaneamente, ser uma Associação independente em defesa e apoio das empresas da região".
O presidente da Nerlei destaca, entre as várias actividades e serviços da Associação, "a formação de reconhecida qualidade e o apoio a missões empresariais e feiras, além de todo o apoio no relacionamento das empresas com o meio envolvente".
A cerimónia que assinala o 22º aniversário da Nerlei está agendada para hoje, na sede da Associação, às 17h30, com uma intervenção de Borges Gouveia, professor da Universidade de Aveiro, sobre 'Empreendedorismo no Século XXI'.
Segue-se a entrega de diplomas aos mais recentes associados, que se juntam aos quase 700 que integram a Nerlei. Pelas 18h30 decorre a apresentação do portal empresarial Leiritrade.(28.06.07/Fonte : Diário de Leiria)MAIS HORAS, MENOS FERIAS E OUTROS CORTES...
Proposta para Código do Trabalho prevê só 23 dias de férias
Alterações ao Código laboral prometem reavivar a contestação que rodeou a última mudança da lei, feita em 2003 por Bagão Félix
As férias serão reduzidas a 23 dias, em vez dos 25 a que podem hoje chegar, e pela primeira vez a lei passará a admitir despedimentos por simples incompetência. As duas medidas fazem parte do relatório de progresso da Comissão do Livro Branco, cujas propostas de alteração ao Código do Trabalho serão hoje apresentadas pelo ministro do Trabalho aos parceiros sociais. Entre as muitas medidas avançadas, está também a redução do valor do subsídio de férias, a impossibilidade de anular um despedimento em tribunal só por razões processuais, como o cumprimento de prazos, e a liberdade dada a trabalhadores e empresas de gerir o número de horas de trabalho, através de bancos de horas.
As alterações ao regime de férias estão entre as principais propostas vertidas nas 50 páginas do documento, que parte do princípio que os três dias de férias adicionais, dados aos trabalhadores que não faltem uma única vez ao trabalho, estimularia a assiduidade. Anos passados, a comissão analisou o impacto da medida e concluiu que ele foi "negativo", quer por não ter aumentado a assiduidade, quer por ter provocado inúmeros processos judiciais. Decidiu, por isso, retirar a bonificação da lei, mas dando alguma compensação acrescentar um dia ao período legal, para 23 dias.
Ainda em matéria de férias, a comissão calcula o subsídio apenas em função do salário base, excluindo outros subsídios, como o de função ou exclusividade.
Despedir fica mais fácil
A palavra flexissegurança não é usada uma única vez, mas o documento elenca propostas tendentes a flexibilizar o trabalho, ressalvando que se impõe uma melhoria da protecção dada às pessoas, quer em termos financeiros (subsídio de desemprego) quer de formação profissional.
Entre as medidas de flexibilização, estão as que virão facilitar despedimentos com justa causa, já que, como tinha noticiado o JN, a simples liberalização foi afastada no início dos trabalhos.
Em matéria de "cessação do contrato laboral", o relatório admite que uma pessoa que não desempenhe a sua função com eficácia possa ser despedida, num alargamento do actual conceito de inadaptação. Neste momento, a lei prevê que um trabalhador seja despedido com justa causa alegando que não se consegue adaptar ao seu posto de trabalho devido a inovações tecnológicas. Esta limitação à tecnologia cai na proposta, sendo substituída por razões mais latas, relacionadas com a impossibilidade de melhorar o desempenho do trabalhador. Antes de avançar para o despedimento, a empresa terá que tentar encontrar um posto de trabalho alternativo.
Também o recurso a tribunal será limitado. Sempre que um trabalhador despedido por justa causa conteste judicialmente, o tribunal terá que apreciar a razão do despedimento, que não poderá ser anulado apenas por motivos processuais (desde que o trabalhador seja ouvido no processo de despedimento).
Proposta para Código do Trabalho prevê só 23 dias de férias
Diminuir salário
A lei já prevê situações em que a empresa e o trabalhador podem acordar uma diminuição no salário, nomeadamente em caso de grave problema financeiro, mas a proposta alarga o número de situações previstas, com acordo da Inspecção de Trabalho.
Maternidade e segurança
O actual Código de Trabalho inclui artigos relativos à protecção na maternidade e paternidade, protecção do património genético, saúde e segurança no trabalho, trabalho no domicílio, fundo de garantia salarial, estruturas de participação e arbitragem não voluntária. A comissão propõe que sejam tratadas em leis próprias.
Intervalos de meia hora
Todos os trabalhadores têm direito a um intervalo na sua jornada de trabalho, no mínimo, de uma hora, mas agora propõe-se diminuir as pausas para 30 minutos. Já os limites ao trabalho suplementar deverão ser alargados.
Mais liberdade negocial
A lei diz que empresas e trabalhadores não podem acordar condições menos favoráveis do que as previstas nas convenções colectivas. A comissão admite mudar o artigo, para aumentar o grau de liberdade negocial das partes.
Horários sem restrições
O documento defende, ainda, que a lei não deve fixar um número de horas para a jornada de trabalho, mas referir apenas a duração de trabalho semanal e anual. E que passar a integrar o conceito de "horário concentrado", em que se trabalha durante muitas horas em dois ou três dias (ainda a determinar), para depois descansar durante outros dois ou três.(27.06.07/Fonte : Jornal de Notícias)
A Nokia-Siemens escolheu a região de Lisboa para a localização do novo centro de operações internacional, que irá qualificar e empregar cerca de 170 pessoas no próximo ano, um número que tenderá a crescer até 2010.
“A fase de recrutamento já começou e vai prolongar-se até 2010”, disse ao CM José Costa e Silva, responsável pelo projecto. “Estamos à procura de engenheiros altamente qualificados e que apresentem grande disponibilidade para viajar”, acrescentou.
O novo centro, o segundo a nível mundial (o primeiro situa-se na Índia), estará operacional no início de 2008 e conta com o apoio da Agência Portuguesa de Investimento (API) e da Universidade Técnica de Lisboa.
A multinacional assinou ontem um protocolo com a API, que contou com a presença do primeiro-ministro e do ministro da Economia. A API vai garantir à Nokia-Siemens incentivos fiscais e de apoio à formação de pessoal, enquanto que o investimento, de “alguns milhões de euros”, será totalmente suportado pela multinacional, como explicou João Picoito, presidente da Nokia-Siemens em Portugal.
O novo centro, orientado para a prestação de serviços na área das telecomunicações, estará a funcionar na sede da multinacional em Alfragide e terá um núcleo no Tagus Park, ao abrigo de um protocolo de cooperação com a Universidade Técnica de Lisboa. A Nokia-Siemens está ainda à procura de um espaço de três mil metros quadrados na Área Metropolitana de Lisboa.
“Este novo centro vai resolver mais facilmente problemas de rede, assim como tornar o envio de mensagens escritas, de imagens ou de vídeo mais baratas”, exemplificou José Costa e Silva.
PROTOCOLO
José Sócrates disse ontem que a região de Lisboa está no centro mundial das tecnologias de informação, salientando a importância do acordo entre a API e a Nokia.(26.06.07/Fonte : Correio da Manhã)Grupo Lena aposta na produção florestal a pensar na biomassa
O Grupo Lena está a preparar a entrada no sector florestal, no quadro da estratégia para as centrais de biomassa. Numa primeira fase, o objectivo é comprar cerca de cinco mil hectares, de acordo com informação avançada pelo presidente da Lena Ambiente, Armando Paulino da Silva, ao DN. O grupo está a concorrer a cinco centrais de biomassa com uma potência instalada total de cerca de 40 MW (megawatts): Braga/Viana, Covilhã, Proença-a-Nova, Alcanena e Odemira. O investimento associado a estes projectos, em caso de vitória, ascende aos cem milhões de euros, o que permitirá alavancar o crescimento do grupo na área do ambiente.
Para além da aposta em activos florestais, para estar presente em toda a fileira, a Lena Ambiente tem protocolos com produtores florestais e promoveu a criação de ZIF (zonas de intervenção florestal) de forma a assegurar a matéria-prima necessária para alimentar as futuras centrais de biomassa. A insuficiência de matéria-prima nacional para as centrais de biomassa tem sido uma das preocupações manifestadas pelos industriais do sector. O concurso lançado pelo Governo para 15 centrais de biomassa em Setembro de 2006 já regista um atraso de alguns meses.
Neste processo, o grupo aposta ainda numa solução técnica que permita valorizar a energia térmica libertada no processo de produção da biomassa, e que representa dois terços, que não pode ser explorada para produzir energia eléctrica. A solução, proposta em Alcanena, onde o grupo explora um aterro, prevê que esta energia térmica seja canalizada para fins agro-industriais, como o aquecimento de estufas. Ainda em Alcanena, através da associação à indústria de curtumes, há a possibilidade de utilizar tiras de couro como matéria-prima da biomassa, reduzindo o impacto ambiental deste sector.
A Lena Ambiente facturou cerca de 25 milhões de euros no ano passado dentro de um grupo que registou um volume de negócios global da ordem dos 900 milhões de euros, com uma actividade que vai desde a construção até à energia e turismo, com forte crescimento no mercado internacional. Já este ano, o grupo, com sede em Leiria, comprou a construtora Abrantina.(25.06.07/Fonte : Diário de Notícias)Clima económico melhora em Portugal e atinge máximo de cinco anos
O indicador de clima económico em Portugal voltou a melhorar em Maio, pelo quarto mês consecutivo, registando o valor máximo desde Julho de 2002, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Na Síntese Económica de Conjuntura, o INE refere que o indicador de actividade económica, com informação até Abril, apresenta uma tendência ascendente desde o início do ano e que a informação proveniente dos Indicadores de Curto Prazo (ICP) revelou evoluções favoráveis, de Março para Abril, nos principais sectores.
“O indicador de consumo privado abrandou em Abril, em resultado da evolução desfavorável do consumo corrente, contrariando a recuperação dos dois meses anteriores. Em Maio, o indicador qualitativo do consumo permaneceu estável, mas o indicador de confiança dos consumidores já apresentou uma ligeira melhoria”, refere o comunicado emitido.
O INE aponta, também, que as indicações mais recentes sobre a envolvente externa continuaram a apresentar-se globalmente favoráveis.
“Os dados do comércio internacional, com informação preliminar até Abril, revelaram um abrandamento do valor tanto das importações como das exportações, ligeiramente mais intenso no segundo caso, mas mantendo um crescimento muito superior”, explica.(22.06.07/Fonte : Jornal de Notícias)Portugueses : Os mais pessimistas da União Europeia
Os portugueses continuam a ser dos mais pessimistas da União Europeia em relação à situação económica do país. De acordo com o Eurobarómetro, divulgado ontem, 88% dos inquiridos em território nacional considera o estado da economia "mau", contra 10% que o classifica de "muito bom" e "bom".
O grau de satisfação dos portugueses aferido pelo Eurobarómetro encontra-se muito abaixo da média europeia, já que a maioria dos cidadãos europeus (52%) considera que a situação da economia do seu país é boa. O inquérito à opinião pública na União Europeia constatou mesmo que Portugal encontra-se no fundo da tabela de satisfação dos cidadãos face a esta matéria, a par com a Bulgária, sendo apenas ultrapassado pela Hungria.
Em relação ao último Eurobarómetro, realizado em Outubro, a quantidade de portugueses insatisfeitos aumento um ponto percentual.
Das respostas recolhidas entre Abril e Maio, apenas 2% dos portugueses considera a situação económica "muito boa", 8% encara-a como "bastante boa", enquanto 59% a percepciona como "má" e 29% como "muito má". Só 2% dos inquiridos não manifestou qualquer opinião.
No extremo oposto da tabela do Eurobarómetro surgem os dinamarqueses com um grau de satisfação face à economia nacional de 99%, seguidos pelos holandeses, com 93%.(21.06.07/Fonte : Jornal de Notícias)Governo quer lançar cinco novas barragens
Portugal quer construir mais cinco novas centrais hidroeléctricas, para além do reforço de quatro barragens já existentes para duplicar a sua capacidade, disse ontem o ministro da Economia. Manuel Pinho, citado pelas agências à margem da conferência Thinknomics em Lisboa, não adiantou quais os locais e a potência a instalar nas novas centrais. O plano de reforço do potencial hídrico deverá ficar definido ainda este ano.
São já conhecidos três reforços: as barragens de Picote e Bemposta exploradas pela EDP, cujo processo está já em curso, e a duplicação da potência instalada em Alqueva, um projecto que está pendente da decisão do Governo em relação ao modelo de exploração - se será por concurso ou ajuste directo à EDP. Os reforços terão efeitos ainda nesta década.
Das novas barragens, a única aprovada é Baixo Sabor mas o seu arranque aguarda decisão da Comissão Europeia. Há outros dois projectos que estão a ser estudados há algum tempo pela EDP que são Foz Tua e Linhares (num afluente do Douro). No entanto, para estes projectos, a nova legislação prevê que sejam lançados concursos públicos para escolher a entidade que os vai explorar. O reforço do potencial hídrico nacional é uma das vias para Portugal garantir 45% de fontes renováveis na produção eléctrica até 2010. A EDP está a estudar outros locais para novas barragens, no Centro e Norte do País, e reforços de potência de centrais por si exploradas, mas o plano da eléctrica não é conhecido. A empresa já anunciou investimentos de 2,5 mil milhões de euros para aumentar em mais de 50% a potência instalada na hídrico para de sete mil MW (megawatts).
O Governo prometeu ainda apoios a edifícios energeticamente inteligentes e a painéis solares em casas particulares.(19.06.07/Fonte : Diário de Notícias)Desertificação: Portugal entre os três piores da Europa
Zona árida triplicou em dez anos
A desertificação dos solos em Portugal atinge hoje 36 por cento do território, segundo a associação ambientalista Quercus. Uma realidade que coloca o País entre os três piores da Europa.
Segundo as últimas análises realizadas pela Agência Espacial Europeia (ESA), no projecto ‘Desert Watch’, com base em imagens obtidas por satélite, Portugal, Itália e Turquia são os mais atingidos pela degradação dos solos.
Devido ao avanço das zonas áridas, a ESA alerta para a perda de produtividades dos recursos florestais em Portugal. A floresta representa exportações no valor de 2,9 mil milhões de euros, ou seja, cerca de 10% do total, o que vale duas vezes as exportações da fábrica de automóveis Autoeuropa. Segundo a agência espacial verifica-se uma perda global contínua de produção no Sul e Interior, não existindo, contudo, um cenário de catástrofe.
Nos últimos dez anos, houve um crescimento galopante da degradação dos solos no País. Paula Silva, dirigente da Quercus, sublinha que de acordo com o relatório da Comissão Europeia para a Elaboração de uma Estratégia para a Protecção dos Solos, a área com uma sensibilidade elevada à erosão em Portugal era em 1999 de 11%, atingindo em 2004, data do relatório, os 28%. Hoje, a Quercus estima que esse valor atingiu os 36%. Mas, há estudos mais pessimistas. A World Wild Found/Adena estima que 43% de Portugal sofre de desertificação, valor semelhante ao de Espanha, com 41%.
O DesertWatch indica que os concelhos de Idanha-a-Nova, Penamacor (Beira Baixa) e de Mação (Ribatejo), bem como o Sotavento do Algarve são áreas de intervenção urgente. O Interior alentejano e o Nordeste trasmontano são outras áreas de risco. Segundo o que CM apurou, existem alguns projectos - piloto da responsabilidade do Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação, organismo criado em 1999, mas que não consegue estancar o avanço deste fenómeno. Os resultados da ESA foram ontem divulgados, no Dia Mundial da Desertificação e da Seca, que em Sevilha marcou o arranque do Fórum Internacional da Seca.
CAUSAS PARA A DEGRADAÇÃO DOS SOLOS
INCÊNDIOS
Os incêndios são a principal causa para a degradação dos solos em Portugal. A exposição da terra aos efeitos erosivos do clima leva ao desaparecimento dos nutrientes e ao aparecimento do tipo de vegetação que arde com maior facilidade.
AGRICULTURA
O recurso a más práticas agrícolas ou actividades insustentáveis para os solos são outras das causas para a desertificação. Hélder Spínola, dirigente da Quercus, lembra as campanhas de trigo que arruinaram parte do Alentejo.
SECA
As alterações climáticas contribuem para uma tendência de redução da precipitação em Portugal. Apesar de este ano o país estar com 90% da pluviosidade dos últimos 50 anos, em 2005 registou a pior seca dos últimos 100 anos.(18.06.07/Fonte : Correio da Manhã)Chineses pretendem instalar linhas de montagem em Beja
Os chineses estão de olhos postos no aeroporto de Beja como uma porta privilegiada para a entrada de produtos do Extremo Oriente na Europa.
A chave deste interesse reside na aquisição de cerca de 50 hectares de terreno (o equivalente a 50 campos de futebol) junto ao aeroporto que permitam instalar a ponta final de montagem de produtos industriais, como motos e electrodomésticos.
A Câmara Municipal de Beja quer aproveitar as relações para promover o turismo e também colocar artigos regionais alentejanos na república chinesa.
Para já, em termos concretos, "ainda não há nada", segundo avança Miguel Quaresma, da Câmara de Beja, considerando que a prioridade passa por intensificar as relações com a cidade de Tiajin, onde residem dez milhões de habitantes e a qual vai ser visitada por uma delegação alenteja em Outubro, que tentará "perceber melhor" as intenções dos empresários chineses.
Segundo já foi admitido pela Associação da Indústria e do Comércio de Chineses em Portugal (AICCP), o interesse não andará longe da criação de um parque empresarial com condições para evoluir para uma plataforma logística, preparada para receber linhas de montagem, incorporando ainda alguma investigação, feita localmente, em torno da inovação desses produtos e a sua adaptação ao mercado europeu.
Este conceito não é novo. As cidades de Madrid e Barcelona já avançaram com projectos semelhantes há algum tempo.
Uma das condições impostas à cabeça por Beja é que a maioria dos trabalhadores seja da região, até porque o presidente da autarquia, Francisco Santos, já avisou que não vai admitir a instalação de empresas com recurso a mão-de-obra barata, oriunda da China, ameaçando mesmo denunciar o protocolo de cooperação já celebrado com a Associação da Indústria e do Comércio de Chineses em Portugal, caso isso venha a acontecer.
Sobre a questão dos terrenos, Miguel Quaresma deixa claro que não é intenção do município disponibilizar áreas específicas para os empresários asiáticos, alegando que aquilo que existe "é um espaço amplo e infra-estruturado - o futuro aeroporto - que dá para instalar pequenas actividades económicas, onde qualquer operador pode montar o seu negócio."
Contudo, o presidente da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (parceira neste processo), José Queirós, alerta que nem todas as indústrias terão lugar nas imediações do aeroporto, garantindo ao DN que estes terrenos deverão ser uma "zona nobre" mais virada para a indústria aeronáutica.
"Não faz sentido vir para aqui fazer motos ou frigoríficos", diz, sugerindo uma área fora dos terrenos do aeroporto, alegando que "espaço é coisa que não falta em Beja".
Miguel Quaresma alerta que nenhuma empresa da área electrónica de computadores se instala num local a mais de 50 quilómetros de um aeroporto, considerando ser essa a mais-valia que vai permitir a "internacionalização de Beja".
"Nós temos um tecido económico frágil, que sem parceiros não se desenvolve, pelo que a cooperação com a China pode ser a nossa oportunidade.
O aeroporto só faz sentido à escala internacional, movimentando pessoas e bens", refere, acrescentando que a única função do município é estabelecer relações, sendo que "os negócios são para as empresas e aí não vamos meter-nos".
Para os empresários do Baixo Alentejo, o interesse chinês está a ser levado "muito a sério".
Luís Serrano, o presidente do Núcleo Empresarial da Região de Beja, não tem dúvidas de que poderá estar aqui "um filão enorme", já que além do alegado interesse de empresas do Extremo Oriente se instalarem no concelho, existe o desafio de o Alentejo também aproveitar estas relações para escoar os seus principais produtos - vinho, queijo e enchidos, entre outros - para a China. "Para isto resultar, temos de fazer um trabalho profundo, e só com o aeroporto a funcionar vai ser possível testar este negócio", admite.(15.06.07/Fonte : Diário de Notícias)Fábrica argentina da Efacec é nova aposta
A Efacec avança para uma nova fase do seu processo de internacionalização, com a inauguração de uma fábrica na cidade argentina de Córdoba, afirmou ontem o presidente da empresa portuguesa, Luis Filipe Pereira.
Para o responsável, o novo projecto na Argentina reflecte o desafio de passar de uma empresa portuguesa com forte presença internacional para uma empresa global que quer concorrer a nível mundial com os grupos multinacionais. "A Efacec é provavelmente a empresa mais internacional de Portugal, presente em mais de meia centena de países", referiu.
O que se pretende é "transformar a Efacec de uma empresa portuguesa com forte presença internacional para o conceito de uma empresa global, embora com raíz portuguesa" o que é muito diferente, na opinião do seu presidente. Mas, este é "um modo de afirmar-se para além do mercado interno e ganhar competitividade em termos de custos num mercado de concorrentes multinacionais", explicou ainda.
Ao produzir num país como a Argentina, que combina moeda desvalorizada com mão-de-obra barata, mas com qualificação, o custo fixo diminui e a Efacec torna-se mais competitiva em termos globais.
Com o aumento da capacidade de produção permitido pela nova fábrica para equipamentos de média e alta tensão, a Efacec prevê abastecer não só a América Latina mas também, numa segunda fase do processo, exportar componentes fabricados na Argentina para a montagem de equipamentos em Portugal.
"A prioridade é sermos mais competitivos em termos de custos", definiu o presidente da Efacec. "Acredito que os componentes de média tensão serão como commodities no futuro" e, para a Efacec estar nesse mercado, tem de "competir em custo", precisando de ter "escala".(14.06.07/Fonte : Diário de Notícias)Desigualdades importantes :
Salário dos gestores é 33 vezes mais elevado
Paulo Teixeira Pinto recebeu 2,99 milhões de euros em 2006
Os salários médios dos administradores executivos das empresas do PSI-20 foram, em 2006, quase 33 vezes mais elevados do que o vencimento médio dos restantes colaboradores dessas empresas. Com um aumento salarial médio de nove por cento no ano passado, o vencimento médio anual daqueles administradores ascendeu a 871 mil euros.
Já os trabalhadores, ao terem uma subida média de 4,7 por cento, receberam um ordenado médio de 27 mil euros.
Semapa, Portucel, BCP Millennium, Brisa, Portugal Telecom e Jerónimo Martins são, segundo as contas efectuadas pelo ‘Jornal de Negócios’, as empresas onde é maior a diferença de vencimentos entre administradores executivos e trabalhadores. Se na Semapa um administrador executivo ganha 219 vezes mais do que um trabalhador, na Portucel essa diferença chega a 73 vezes, no BCP a 67, na Brisa a 62, na Portugal Telecom a 58 e na Jerónimo Martins a 56 vezes.
À excepção da Jerónimo Martins e da Portucel, que pagaram aos seus administradores executivos 576 343 milhões de euros e 725 626 milhões de euros, Semapa, BCP Millennium, Brisa e Portugal Telecom deram aos seus administradores executivos vencimentos anuais superiores a um milhão de euros. Em contrapartida, a despesa anual destas empresas por trabalhador não ultrapassa cerca de 45 mil euros.
Mas se empresas como o BCP, que teve um aumento de 3,5 por cento no lucro, baixou a remuneração dos administradores executivos em 14 por cento, já a EDP e a Brisa, que tiveram diminuições nos lucros de 12,23 e de 43,88 por cento, aumentaram o vencimento anual dos seus administradores em 109 e 118 por cento.
SONAECOM EM DESTAQUE
A Sonaecom, empresa lançada por Paulo Azevedo, é a empresa do PSI-20 que melhor paga aos seus colaboradores: com um custo anual por trabalhador de 54 783 euros, esta empresa de telecomunicações dá salários mais elevados do que a própria
Banca, sector onde os vencimentos são tradicionalmente mais elevados. No BES, por exemplo, a despesa anual por colaborador ascende a 54 316 euros, o valor mais alto no sector bancário. No BCP, os custos anuais ascendem a 44 843 euros e no BPI não passam de 40 782 euros.
DIFERENÇAS EM 2006
2,99 Milhões de euros foi o vencimento anual de um administrador executivo do BCP. O custo por trabalhador foi 44 843 euros.[ 66 vezes ]
1,76 Milhões de euros foi o salário anual de um administrador executivo da Semapa. O custo por trabalhador foi 8 041 euros.[ 220 vezes ]
1,31 Milhões de euros foi o ordenado anual de um administrador executivo da Brisa. O custo por trabalhador foi 21 350 euros.[ 62 vezes ]
1,21 Milhões de euros foi o salário anual de um administrador executivo da Portugal Telecom. O custo por trabalhador foi 20 849.[ 58 vezes ]
1,18 Milhões de euros foi o vencimento anual de um administrador da EDP. O custo por trabalhador foi 43 523 euros.[ 27 vezes ](13.06.07/Fonte : Correio da Manhã)
Estilistas portugueses apostam na São Paulo Fashion Week
Os portugueses Anabela Baldaque e Miguel Vieira vão apresentar, pelo segundo ano consecutivo, as suas criações na São Paulo Fashion Week.
A edição primavera/verão da SPFW, um dos mais importantes eventos internacionais de moda, decorrerá de 13 a 19 de Junho.
As águas são o tema da 23ª. edição do desfile de moda, com o objectivo de abordar questões ambientais, nomeadamente sobre o uso sustentável dos recursos da natureza, salientaram os organizadores.
Durante sete dias, serão apresentadas 49 colecções de diferentes marcas para o Verão, nomeadamente com cores fortes e comprimentos reduzidos.
A apresentação de Miguel Vieira decorrerá domingo, dia 17, e a de Anabela Baldaque, na segunda-feira, dia 18, segundo o calendário dos desfiles do evento.(12.06.07/Fonte : Sol)Casas leiloadas por 260 milhões
Mais de 2100 imóveis foram leiloados em Portugal por cerca de 260 milhões de euros, no total, nos últimos três anos.
A empresa Luso-Roux iniciou o leilão de habitações, escritórios, garagens, máquinas e parques industriais no nosso país em Março de 2004. Nos dias 27 e 28 dos referidos mês e ano no Porto e em Lisboa, respectivamente, a leiloeira de que Ana Luísa Ferro é directora comercial vendeu 40 imóveis pelo valor total de 3,3 milhões de euros.
A 10 e 11 de Fevereiro último, no Porto e em Lisboa, respectivamente, a Luso-Roux leiloou 80 residências por cerca de seis milhões de euros. Foi um recorde.
No ano passado, a Luso-Roux realizou 23 leilões de imóveis, nos quais foram arrematados 635 por aproximadamente 92 milhões de euros. E espera que 2007 seja o melhor ano de sempre, quer no número de leilões quer em número de habitações arrematadas, quer em número de participantes na forma alternativa de adquirir casa. Alternativa que, segundo Ana Luísa Ferro, é “vantajosa não só porque o valor médio dos imóveis colocados em leilão é mais baixo mas também porque há taxas de juro menores para quem queira crédito bancário.” Crédito esse que é concedido imediatamente por especialistas de uma instituição financeira num espaço próximo da sala onde os imóveis são levados à praça.
Conforme noticiámos, o mercado imobiliário tradicional baixou os preços ligeiramente. Mas a responsável da Luso-Roux declarou ao nosso jornal que “o volume de imóveis transaccionado nos leilões não explica por si só o decréscimo de valores no mercado imobiliário.” No entender de Ana Luísa Ferro, “tal redução dever-se-á, fundamentalmente, ao excesso de oferta, ao acréscimo do malparado junto das instituições de crédito por força do agravamento das taxas de juro, da evolução do desemprego e das taxas de divórcio.”
Diogo Pitta Livério, director comercial da leiloeira Euro Estates, tem uma opinião diferente: “Os leilões são, sem dúvida, um dos factores que contribuem para a correcção ou nivelação de valores do mercado.” Isto porque “o leilão é a forma mais justa, quanto à Euro Estates, para a compra de uma fracção, e é o cliente quem decide o valor pelo qual está disposto a adquirir um determinado bem imóvel”.
Ana Luísa Ferro espera que os preços diminuam nas habitações do “segmento médio-baixo em segunda mão, localizadas nas periferias dos grandes centros urbanos, porque a Luso-Roux está vocacionada” para essa área.
Também como alternativa ao mercado tradicional se posicionou a Remax. Esta empresa, de 7 de Janeiro a 28 de Fevereiro deste ano vendeu cerca de três mil imóveis com saldos até 47 por cento. A descida de preço foi, em média, de 16 mil euros.
SAIBA MAIS
70% das habitações levadas a leilão é arrematada. Quando a forma alternativa de comprar casa se iniciou no nosso país, em 2004, a percentagem de arrematação era de 25 por cento.
35 leilões feitos pela Luso-Roux e Euro Estates, em 2006, nos quais foram vendidos 1285 imóveis. Em 2007 as leiloeiras esperam atingir novos recordes.
PREÇO
Portugal foi o único país europeu onde o valor do mercado imobiliário registou uma quebra no ano passado.
LUSO-ROUX
Dia 30 no Ipanema Park Hotel, Porto, e a 1 de Julho no Sana Malhoa Park Hotel, em Lisboa, a leiloeira leva à praça 152 imóveis. A partir das 15h00.(11.06.07/Fonte : Correio da Manhã)Portugal : Reforma da Segurança Social
OCDE avisa que pensões vão baixar 40 por cento em relação às expectativas
O estudo da OCDE diz que as novas regras tornaram a Segurança Social portuguesa mais sustentável
O valor das pensões em Portugal deverá descer, em média, mais de 40 por cento em relação às expectativas anteriores à entrada em vigor da reforma da Segurança Social, revela um estudo da OCDE, hoje divulgado.
Numa análise às reformas da Segurança Social nos vários países membros, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) destaca Portugal e México como os países onde as expectativas de pensões mais se reduzirão, em virtude das alterações introduzidas, como o aumento da idade da reforma e as novas regras de cálculo.
Antes da introdução das novas regras, um trabalhador português poderia esperar, em média, uma reforma equivalente a 113 por cento do salário, enquanto com as novas regras as taxas líquidas de reposição descem, em média, para 70 por cento, explica o estudo da OCDE.
A organização refere que, se as regras não fossem alteradas, as taxas líquidas de reposição dos salários médios portugueses seriam as mais altas da OCDE, pouco maiores que as gregas, mas muito superiores, por exemplo, às italianas e espanholas.
Assim, as alterações introduzidas pelo Governo permitirão garantir "um maior nível de sustentabilidade" ao sistema da Segurança Social e farão com que os gastos do Estado português com pensões deixem de ser dos mais elevados da OCDE, nota o estudo.
Gastos com pensões duplicaram
A análise da OCDE refere que, em 2003, 10,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) português se destinou a cobrir responsabilidades com pensões, valor que compara com a média de 7,7 por cento registada pela OCDE.
Apesar das percentagens superiores registadas em países como a França (12,3 por cento do PIB), Alemanha (11,7 por cento) e Itália (13,9 por cento), os gastos do Estado português cresceram mais depressa, tendo duplicado entre 1990 (quando atingiam 5,4 por cento do PIB) e 2003, salienta a organização.
No entanto, apesar de considerar que "as reformas recentes deverão permitir colocar sob controlo os gastos futuros com pensões", a OCDE ressalva que Portugal continua a ser um dos únicos três países da organização que permite reformas antecipadas por inteiro antes dos 60 anos (desde que o trabalhador some 40 anos de contribuições).
Frisa ainda que as condições obrigatórias para aceder às reformas antecipadas (30 anos de contribuições) são mais flexíveis do que as dos outros dois países que se encontram neste grupo, a Grécia e o Luxemburgo. Enquanto os gregos podem reformar-se aos 55 anos com 35 anos de descontos, no Luxemburgo um trabalhador só pode reformar-se com 57 anos e uma carreira contributiva de 40 anos.
Novas regras desde sexta-feira
Na passada sexta-feira entraram em vigor as novas regras para o cálculo das pensões, entre as quais uma fórmula que tem em conta toda a carreira contributiva (e não apenas os melhores anos) e o aumento da penalização para as reformas antecipadas.
A principal novidade destas novas regras prende-se com a introdução do factor de sustentabilidade que resulta da relação entre a esperança média de vida em 2006 e aquela que vier a verificar-se no ano anterior ao do requerimento da pensão, mas este mecanismo só começa a ser aplicado em 2008.
Para promover o envelhecimento activo, o decreto-lei altera as regras em matéria de flexibilidade da idade de reforma, fixando-se uma taxa de penalização de 0,5 por cento por cada mês de redução relativamente à idade de 65 anos. Anteriormente, a taxa era de 4,5 por cento por cada ano de antecipação, um valor que, segundo o Governo, não garantia a neutralidade financeira do regime, tendo sido mesmo suspenso em 2005.(08.06.07/Fonte : Público)Mais 110 euros por mês : Prestação de casa mais cara
Jean-Claude Trichet, presidente do BCE – Banco Central Europeu –, deu a entender ontem, mais uma vez, que o custo do dinheiro continuará a aumentar nos países que utilizam o euro.
A prestação mensal de casa pode subir 110 euros até ao final de 2007. Tomemos o seguinte exemplo: no início do ano, um empréstimo de 150 mil euros, a pagar em 30 anos e com um spread de 0,5 por cento tinha uma prestação mensal de 741,34 euros quando a taxa de juro Euribor a seis meses estava a 3,789 por cento. Até ao fim do ano, a referida taxa atingirá os cinco por cento, fazendo a prestação do crédito mencionado subir 110 euros, para 851,58 euros (aumento de 15 por cento).
Uma simulação feita pelo BES – Banco Espírito Santo – ontem, dia em que a taxa de juro Euribor a seis meses se fixou em 4,264 por cento, o valor mais elevado desde Agosto de 2001, e a taxa de juro directora da Eurolândia progrediu mais 25 pontos de base, para quatro por cento, mostra qual o impacto que a subida do preço do dinheiro pode ter no orçamento das famílias.
A prestação do citado contrato de empréstimo para a compra de habitação era de 612,36 euros em Janeiro de 2004, quando a Euribor a seis meses estava em 2,25 por cento. Até Dezembro de 2007, de acordo com a instituição financeira presidida por Ricardo Espírito Santo Salgado, o celebrante desse contrato de crédito à habitação pagará mais 239,22 euros mensais (aumento de 39 por cento em apenas 35 meses).
Desde Janeiro de 2004, a Euribor a seis meses, a taxa de juro mais utilizada no crédito à habitação, subiu 89,5 por cento.
Como a maior dívida dos portugueses é para a aquisição de casa, o encarecimento da prestação mensal é um quebra-cabeças.
Aliás, os bancos têm multiplicado os leilões de residências, por incumprimento dos respectivos créditos concedidos. Segundo uma fonte bancária contactada por nós pouco antes de um leilão, “a forte subida da prestação da casa afecta, principalmente, os agregados familiares que celebraram créditos para a compra de apartamentos da tipologia T0, T1 e T2. Muitos desses agregados familiares deixaram de pagar os empréstimos por falta de capacidade financeira”.
Uma realidade que é confirmada pelo próprio Banco de Portugal que, no seu relatório de estabilidade financeira, diz que o endividamento das famílias passou para 124 por cento do rendimento disponível.
"CASA PRONTA" POUPA ATÉ 497 EUROS
O projecto ‘Casa Pronta’, que simplifica e elimina procedimentos na compra e venda de imóveis, vai ter uma experiência-piloto em cinco municípios, mas vai alargar-se a todo o País a partir de final do ano. Esta medida, integrada no programa Simplex, para “simplificar a vida ao cidadão”, prevê uma redução acima dos 30% nas taxas de compra de habitação e foi aprovada ontem na reunião do Conselho de Ministros.
O secretário de Estado da Justiça, João Tiago Silveira, estimou que em vez do actual custo médio de 947,83 euros, a que se acrescentam impostos, os cidadãos irão passar a pagar 650 euros, mais impostos, no caso de compra de casa com recurso ao crédito – menos 31 por cento do que actualmente. O preço ainda desce mais, até aos 450 euros, mais impostos, se a compra da casa se fizer recorrendo a uma conta Poupança-Habitação. Caso a aquisição for feita com conta Poupança-Habitação, o valor desce ainda mais, até aos 230 euros, mais impostos.
Sem recurso a crédito, os encargos actuais são, em média, de 557,18 euros.
GOVERNO "EMPOBRECEU OS PORTUGUESES"
O CDS-PP e o PCP desafiaram o Governo a tomar uma posição que atenue o efeito da subida das taxas de juro, quer pela via fiscal quer através da presidência da União Europeia. O apelo surgiu no âmbito de uma interpelação do CDS ao Governo sobre a perda do poder de compra dos portugueses que ontem teve lugar no Parlamento.
Em resposta, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, defendeu que é necessário esperar “pelo orçamento de Estado de 2008 para discutir questões orçamentais”.
Na abertura da interpelação, Paulo Portas, acusou o Governo de “empobrecer os portugueses” e sustentou que, desde que o PS assumiu o executivo, o poder de compra dos portugueses “teve a maior baixa desde 1984”. Entre os factos que contribuíram para esta quebra, Portas sublinhou a diminuição da poupança e a quebra do consumo privado. Seguiram-lhe o exemplo os restantes partidos, nomeadamente a deputada do BE, Helena Pinto, que lembrou que “21 por cento da população vive abaixo do limiar da pobreza”. Santos Silva reagiu: “Hoje, como ontem, pedem-se sacrifícios. Mas quando a direita governou, os sacrifícios foram em vão, hoje tem sentido porque estão a ser resolvidos os problemas do País”.
APONTAMENTOS
SUBIDA
O BCE – Banco Central Europeu – subiu ontem a principal taxa de juro da Eurolândia para quatro por cento. Os analistas contactados pelo nosso jornal prevêem que a referida chegue aos 4,5 por cento até ao fim do ano.
EURIBOR
Em Janeiro de 2004, a Euribor a seis meses estava em 2,25 por cento. Subiu 89,5 por cento até ontem, dia em que a referida taxa se fixou em 4,264 por cento, novo máximo desde Agosto de 2001.
RENEGOCIAR
Os que têm contratos de crédito à habitação devem renegociá-los, segundo a DECO, ou optar pela taxa de juro fixa durante cinco anos. Esta modalidade é praticada pelo Banco Espírito Santo desde o dia 22 de Janeiro deste ano.
SIMULAÇÃO
Empréstimo – 150 mil euros
Prazo de pagamento – 30 anos
Taxa de juro – Euribor (a seis meses)
Spread – 0,5%
JANEIRO DE 2004
612,36 euros – Euribor (6 meses) 2,25%
JANEIRO DE 2007
741, 34 euros - Euribor (6 meses) 3,789%
FINAL DE 2007
851,58 euros –Euribor (6 meses) 5%
TAXA FIXA 5 ANOS
Simulação Nova Oferta BES 22/01/2007
Euribor 6 meses - 4,05% - 764,49 Euros
(Na mesma altura a Euribor a 6 meses estava a 3,789%)
PODIA TER POUPADO ATÉ 87 EUROS NO FINAL DO ANO
TAXA VARIÁVEL
Simulação 06/06/2007
Euribor 6 meses – 4,255% - 782,91 Euros
ESTÁ A PAGAR MAIS 18 EUROS MÊS.(07.06.07/Fonte : Correio da Manhã)Famílias vão ter mais dificuldades no crédito
Agregados mais jovens correm maior risco. As famílias portuguesas vão ter mais dificuldades em pagar as suas dívidas no futuro próximo. Os efeitos negativos da actual situação económica "tenderão a assumir particular relevância nos estratos mais vulneráveis dos particulares, nomeadamente as famílias com menor riqueza financeira, rendimentos tendencialmente mais baixos e maior propensão a transitar para uma situação de desemprego ou de salário menor". Este é o alerta deixado pelo Banco de Portugal, no Relatório de Estabilidade Financeira 2006, ontem divulgado.
No ano passado, o rácio de incumprimento do crédito a particulares diminuiu face a 2005, representando cerca de 1,75% do crédito total concedido. O Banco de Portugal explica que esta redução ficou a dever-se a montantes de crédito abatidos ao activo superiores aos verificados em anos anteriores e à cedência de créditos vencidos por parte dos bancos, a instituições especializadas.
Na verdade, descontada estas duas práticas, " o fluxo de novos créditos vencidos e outros de cobrança duvidosa apresentou um aumento expressivo em 2006", para níveis próximos dos registados em 2002 e 2003, refere o relatório da autoridade de supervisão.
O Banco de Portugal avança com as razões que o levam a prever um agravamento da situação no futuro. Um nível elevado de taxa de desemprego, a ainda esperada subida dos juros e o esgotamento progressivo dos efeitos de diferimento temporal do serviço da dívida, ou seja, as iniciativas criadas pelos bancos que permitem beneficiar de períodos de carência de capital e diferimento da capital dos empréstimos poderão ditar mais dificuldades.
No ano passado, a taxa de crescimento do crédito concedido pelos bancos a particulares manteve-se elevada, com um nível igual ao do ano anterior, mais 10%, refere o banco central.
Mas as evoluções foram diversas nos dois segmentos: enquanto o crédito à habitação desacelerou, verificou-se "uma aceleração marcada do crédito para consumo e outros fins".
No que respeita aos empréstimos concedidos por instituições financeiras a empresas (sociedades não financeiras) registou-se uma aceleração em 2006, "tendo a taxa de variação anual dos empréstimos totais aumentado para aproximadamente 6%, sendo a mais elevada no caso do crédito às grandes empresas". Também no que se refere ao sector empresarial, o relatório do Banco de Portugal espera um acréscimo no rácio de incumprimento, "ainda que de extensão relativamente limitada", afectando "principalmente as empresas que operam em sectores de actividade mais negativamente afectados pelo processo de reestruturação sectorial da economia portuguesa".
O Relatório de Estabilidade Financeira do banco central refere ainda que a capacidade de financiamento dos particulares diminuiu significativamente, traduzida na diminuição da taxa de poupança dos particulares, para pouco mais de 8% do seu rendimento disponível. Verificou-se um menor nível de investimento por parte dos particulares, que passou de 3,4% do PIB em 2005, para 2% do PIB no ano passado.
Estes números resultaram num novo aumento do endividamento dos particulares, ou seja, o total de empréstimos em dívida por parte das famílias portuguesas já representava 90% do PIB, no final do ano passado.
Quando medido em relação ao seu rendimento disponível, o endividamento dos portugueses já atinge os 124%. Isto quer dizer que o total de os empréstimos pedidos pelas famílias ultrapassa, em 24%, o seu rendimento anual.
Este endividamento corresponde a pouco mais de 70% dos activos financeiros de maior liquidez (depósitos, carteia de títulos, unidades de participação em fundos, excluindo planos poupança reforma) nas mãos de particulares.(06.06.07/Fonte : Diário de Notícias)Celebra-se hoje o Dia Mundial Ambiente
Mais informações : Portal Ambiente & Saúde
Assinalando o Dia Mundial do Ambiente é hoje apresentado o Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde (PNAAS), que visa controlar os riscos ambientais para a saúde.
Apresentado pelos Ministérios da Saúde e do Ambiente, o projecto visa melhorar a eficácia das políticas de prevenção, controlo e redução de riscos para a saúde com origem em factores ambientais, promovendo a integração do conhecimento e a inovação.
De entre outras iniciativas levadas a cabo neste dia, centenas de alunos e professores de escolas de Lisboa participam na Marcha Ecológica pela reciclagem e preservação da limpeza da cidade. A iniciativa, que se inicia e termina na Praça do Comércio, passa pela distribuição de folhetos realizados nas próprias escolas e exibição de faixas e cartazes de apelo à protecção do ambiente.(05.06.07/Fonte : Ciência Portugal)Portugal cresce acima da Zona Euro no primeiro trimestre
A economia portuguesa cresceu no primeiro trimestre a um ritmo superior (0,8 por cento) ao da média da Zona Euro (0,6 por cento), segundo a primeira estimativa divulgada hoje pelo departamento de estatística da Comissão Europeia, o Eurostat.
Na comparação trimestral (em cadeia), a economia portuguesa apresentou um comportamento ascendente – subindo de 0,3 por cento para 0,8 por cento, entre o quarto trimestre de 2006 e o primeiro deste ano –, acontecendo precisamente o inverso na Zona Euro – baixou de 0,9 por cento para 0,6 por cento.
O abrandamento na Zona Euro pode estar associado às quebras da economia alemã e italiana, cujas riquezas caíram meio e nove décimas de ponto percentual, respectivamente. No primeiro caso, o Produto Interno Bruto caiu de um para meio por cento e no segundo de 1,1 para 0,2 por cento.(04.06.07/Fonte : Público)Brisa investe 404 milhões no Colorado (EUA)
A Brisa anunciou ter ganho a concessão da auto-estrada Northwest Parkway, que integra a cintura rodoviária da cidade de Denver, no Estado norte-americano do Colorado, onde investirá aproximadamente 404 milhões de euros. A Northwest Parkway Public Highway Authority decidiu, ontem, adjudicar ao consórcio formado pela Brisa, com 90%, e pela sua participada Companhia de Concessões Rodoviárias (10%) a concessão da auto-estrada Northwest Parkway, refere em comunicado a concessionária rodoviária portuguesa.
"Este projecto infra-estrutural, que marca a entrada da Brisa no mercado norte-americano inclui uma auto-estrada com uma extensão aproximada de 18 quilómetros - dos quais cerca de 14 km já estão em operação desde Novembro de 2003 e os restantes 4 km a ser construídos (..), sendo a concessão atribuída por um período de 99 anos", adianta. Formalizada esta adjudicação, resta apenas proceder à celebração dos respectivos contratos, que se prevê até ao final de Agosto.(01.06.07/Fonte : Jornal de Notícias)