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04/07

Transportes: Inauguração do Metro ligeiro a Sul do Tejo

 

Corroios e a Cova da Piedade ficam a 11 minutos de distância. O passe custa 15 euros e o bilhete simples 85 cêntimos.
A primeira etapa da rede do Metro Sul do Tejo custou 95 milhões de euros, isto é, cerca de 27 milhões de euros por quilómetro. O total do investimento calculado para as três linhas, que deverão estar concluídas até final de 2008, situa-se em torno dos 268 milhões de euros.

O projecto contou com um apoio comunitário (FEDER) de 75 milhões de euros e a concessionária teve de fazer ainda um investimento de 55 milhões em bilhética e material circulante.

José Sócrates inaugura hoje, na companhia do ministro e da secretária de Estado dos Transportes, o primeiro troço, que liga Corroios à Cova da Piedade em 11 minutos.

O serviço comercial, mais de um ano e quatro meses depois do previsto para toda a rede, só arranca amanhã mas há mais de uma semana que os comboios estão a circular, realizando testes de maquinaria e tecnologia.

Ensaios que permitem aos peões e aos automóveis habituarem-se progressivamente ao metro, que terá prioridade total.

Todas as estações do metro são servidas por autocarros dos Transportes Sul do Tejo ou da Carris (carreiras n.º 52 e 53) na Cova da Piedade e por comboios (Corroios), integrando assim a rede de transportes suburbanos.

A integração com o sistema existente passa igualmente pelos títulos, os cartões Sete Colinas e Lisboa Viva, o que permite conjugar os vários meios de transporte (comboios, barcos e autocarros) através do pagamento de complementos.

A primeira linha do Metro Sul do Tejo terá uma frequência de cinco minutos, nas horas de ponta dos dias úteis, entre Corroios e a Cova da Piedade, com paragens na Casa do Povo, St.º Amaro, Laranjeiro, António Gedeão e Parque da Paz.

Os passes mensais custam 15, 11,25 e 8,25 euros conforme se trate, respectivamente, de um adulto, de uma criança até aos 12 anos ou de um utilizador com mais de 65 anos.

Os bilhete simples estão à venda por 85 cêntimos mas a possibilidade de comprar grupos de dez viagens reduz o preço unitário para os 75 cêntimos.

As obras da primeira fase vão prosseguir, prevendo-se que a segunda etapa, que permitirá a ligação ao Monte da Caparica, esteja concluída em Dezembro de 2007, de acordo com as previsões do Ministério das Obras Públicas.

Seguir-se-á a terceira etapa, com a ligação a Cacilhas, estimando-se a conclusão até final de 2008. A concessionária, que explorará a rede de metropolitano ligeiro até 2032, foi constituída em Abril de 2002 e integra a Joaquim Jerónimo, Lda. (empresa mãe do Grupo Barraqueiro), Teixeira Duarte, Mota/Engil e Sopol (agrupadas sob a denominação de Metroligeiro) e Siemens e Meci.

CRONOLOGIA
1985
A construção de um metro ligeiro de superfície na Margem Sul do Tejo é equacionada pela primeira vez.
1995
É assinado um protocolo entre o Governo e os municípios envolvidos nas três fases do Metro Sul do Tejo (MST) – Almada, Seixal, Moita e Barreiro.
07/02
Adjudicação da concessão do projecto à empresa Metro Transportes do Sul, uma parceria entre o Grupo Barraqueiro, Teixeira Duarte, Mota/Engil e Sopol, Siemens e Meci, por um prazo de trinta anos.
12/04
Nomeação da primeira Comissão de Acompanhamento da alteração das condições da parceria público-privada do MST, devido ao primeiro pedido de reequilíbrio financeiro apresentado pela concessionária.
12/05
Data indicada para a exploração da primeira fase do MST, ou seja, as três linhas com ligações entre Corroios, Cacilhas e o campus da Universidade do Monte da Caparica.
02/06
Novo pedido de reequilíbrio financeiro da concessão.
 

SISTEMA PARA CUMPRIR HORÁRIOS
O sistema dispõe de um comando de semaforização que atribui, em todas as situações, a prioridade ao metropolitano, garantindo assim um cumprimento dos horários. Trata-se de uma salvaguarda uma vez que há vários cruzamentos com o tráfego rodoviário. O metro circulará em zonas com duas vias de circulação, que será feita pela direita tal como o tráfego rodoviário.

SAIBA MAIS
- 105 mil habitantes residem nas freguesias agora servidas pelo Metro Sul do Tejo, ou seja, Corroios, Laranjeiro e Cova da Piedade. Quando todas as linhas estiverem concluídas ficarão abrangidas largas centenas de milhar de pessoas.
- 299 passageiros é a capacidade máxima dos comboios, mas a mais adequada é a de 225 pessoas, 74 das quais sentadas.

ATRASOS
O Tribunal de Contas atribuiu os atrasos no projecto à mudança de governantes (oito ministros), às cedência às autarquias e à inexistência de uma estrutura ao nível da tutela com poder decisório.
Indemnizações A concessionária reclama verbas, nomeadamente pelos atrasos na exploração, de 68 milhões de euros, mas a negociação continua.

PRAZOS
O presidente da concessionária, José Luís Brandão, garantiu à Lusa que até ao final do ano a ligação à universidade do Monte da Caparica fica concluída.
(30.04.07/Fonte : Correio da Manhã)

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Estudo promove 14 barragens na região Centro

 

Construção produziria dois biliões de kWh por ano
Construir 14 barragens, na região Centro do País, compreendendo os rios Paiva, Côa, Mondego, Vouga e Ocreza, é a proposta da equipa de investigação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

Entre 2003 e 2006, os investigadores traçaram um estudo para o aproveitamento da energia hídrica, onde concluíram que seria produzida cerca de dois biliões de kWh por ano, essenciais para o País, principalmente no combate às cheias, secas prolongadas e fogos florestais.

Segundo Aníbal Traça de Almeida, responsável pelo estudo, as centrais hídricas evitariam cerca de 700 mil toneladas de emissões de dióxido de carbono, assim como a importação de 300 milhões de metros cúbicos de gás natural por ano.

METADE DO CUSTO DA OTA
Segundo Aníbal Traça de Almeida, professor universitário e responsável pelo estudo, a construção das 14 centrais hídricas envolveria um investimento de “cerca de 1500 milhões de euros, metade do necessário para o aeroporto da Ota”.

As câmaras envolvidas foram chamadas a pronunciar-se e “apenas quatro, ligadas ao rio Paiva, não se mostraram favoráveis à construção das barragens”, disse. As competências estão agora do lado do Governo, “responsável pelo lançamento de um concurso”, concluiu o investigador.
(27.04.07/Fonte : Correio da Manhã)

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Aviação: Projecto mais perto da conclusão
Skylander cria mil postos de trabalho

 

O empresário João Teixeira Duarte, responsável pela angariação de investidores e financiamento nacional para a fábrica de aviões Skylander, já conseguiu reunir 80 dos 95 milhões de euros da contribuição portuguesa prevista, apurou o Correio da Manhã junto de fonte do processo. Trata-se de um projecto luso-francês que visa transformar Évora no primeiro pólo de um cluster nacional de aeronáutica que deverá arrancar ainda este ano.

O projecto de construção da fábrica de aviões em Évora prevê um investimento, entre nacional e estrangeiro, de 125 milhões e a criação de cerca de mil postos de trabalho entre a produção e fornecedores, podendo em alguns anos atingir os dois mil indirectos, de acordo com cálculos do grupo francês GECI, empresa de engenharia aeronáutica liderada por Serge Bitboul.

Resultado de uma parceria entre a GECI e investidores privados nacionais, o projecto conta já com uma área industrial de 40 hectares, prevista em Plano Director Municipal segundo a Câmara de Évora, tendo sido reconhecido como Projecto de Interesse Nacional (PIN) pelo Governo em Junho do ano passado. Logo no início a fábrica irá garantir a construção do avião Skylander.

Os contactos com o Estado português estão a cargo da GECI Internacional e a coordenação dos investimentos privados e financiamentos nacionais é responsabilidade do empresário João Teixeira Duarte, um dos elementos da família Teixeira Duarte e accionista da construtora, que terá escolhido um modelo inédito em Portugal: a captação de investimento na região de implantação do projecto.

“Os investidores locais perceberam que se trata de um projecto rentável e que traz prestígio à região”, adiantou a mesma fonte.

Entre os investidores encontram-se o próprio João Teixeira Duarte e empresários ligados, entre outros sectores, à agricultura.

A expectativa é a de que a curto prazo possa estar fechado o processo de captação de fundos nacionais, isto é, reunidos os 95 milhões de euros previstos.

Évora deverá assim receber dentro de meses os primeiros engenheiros estrangeiros para começar a trabalhar na fábrica, estando já em curso, segundo a mesma fonte, a contratação de técnicos nacionais para o projecto.

Estudos de mercado desenvolvidos pelo GECI apontam uma necessidade global de 400 aeronaves no segmento Skylander nos próximos vinte anos.

A fábrica portuguesa, ainda de acordo com dados da empresa francesa, poderá gerar exportações de 300 milhões de euros por ano e pagar em sede de IRC 250 milhões de euros durante os próximos 15 anos.

RESPONSÁVEIS PEDEM RAPIDEZ
Duas das entidades mais directamente relacionadas com este projecto – a Câmara Municipal e o Aeródromo de Évora – anseiam que não demore a ser concretizado, depois do anúncio de mais investimento privado no Skylander. “Não podemos desperdiçar uma oportunidade como esta, sobretudo pelo número de postos de trabalho que vai criar”, disse José Ernesto, presidente da autarquia.

Por sua vez, o comandante Lima Basto, director do Aeródromo, destaca a importância da entrada de Portugal para o restrito grupo de países com projectos aeronáuticos. “Pela primeira vez na história vamos ter um avião cem por cento de origem portuguesa.”

A fábrica do Skylander vai ficar anexa ao Aeródromo, infra-estrutura onde serão realizados os testes dos novos aviões.

AVIÃO TODO-O-TERRENO
O Skylander, aeronave a ser construída no Alentejo, é um avião utilitário ao qual podem ser aplicadas várias missões. De acordo com a GECI, este aparelho pode operar mesmo em regiões com fracas estruturas aeroportuárias. Isso é permitido pela sua característica STOL, ou seja, de descolagem e aterragem curta, estando assim adaptado à maioria das pistas existentes no país. Necessita apenas de distâncias compreendidas entre 530 a 680 metros para efectuar a corrida de descolagem. O seu alcance é de 2237 quilómetros, sensivelmente a distância em linha recta entre Lisboa e Berlim.

Este bimotor está preparado para levar de 19 a 29 passageiros. Pode facilmente ser alterado e adaptado a diferentes usos: transporte de pessoas, operações de busca e salvamento, transporte militar, ambulância e combate a fogos florestais, por exemplo.

SAIBA MAIS
3,3 toneladas de carga útil estão disponíveis no Skylander, que utiliza um motor com tecnologia de turbo-propulsor, com consumos até 50 por cento abaixo dos motores convencionais.

1000 aviões é a quota de mercado prevista para o Skylander, numa altura em que os aparelhos do género têm mais de 40 anos, estando como tal envelhecidos.

INTERESSADOS
Países com más infra-estruturas aeronáuticas, nomeadamente Caraíbas e Sudeste Asiático, estão interessados no Skylander pela sua versatilidade.

EUROPA
Existem apenas cinco projectos aeronáuticos na Europa. O Skylander (Portugal), o Airbus A350 e o Falcon 7X (França), o Piaggio (Itália) e o Grob Ranger (Alemanha).

CONTRATO
A GECI já assinou contratos de venda de aviões Skylander. O primeiro negócio foi fechado com a Alkan no final de 2006. Envolve 19 aviões, num valor aproximado de 65 milhões de euros.

COMPONENTES
Fonte ligada ao processo disse que há negociações para que na fábrica de Évora venham também a ser construídas peças do avião italiano Piaggio.
(26.04.07/Fonte : Correio da Manhã)

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WPD investe 12 milhões no Alentejo

 

A WPD, empresa alemã de energias renováveis, está a instalar um parque solar em Almodôvar (Beja), num investimento de 12 milhões de euros. Segundo Pedro Belo, representante português da WPD, o Parque Solar do Interior Alentejano, o primeiro projecto dos alemães em Portugal, está a ser construído num terreno de 20 hectares na freguesia do Rosário.

A construção do parque, com uma capacidade instalada de 2,15 megawatts (MW), decorre até Dezembro, quando deverá começar a funcionar em pleno. O parque tem 13 mil painéis fotovoltaicos e na construção vai envolver 50 trabalhadores, devendo depois criar cinco postos permanentes.

Além deste parque, cuja capacidade deverá ser ampliada até 3 MW a WPD, "está a estudar" com vários municípios alentejanos "a hipótese de instalar mais três centrais solares, de 5 MW cada. Esta será a segunda central do género no Alentejo, após a de Serpa, a maior do mundo, que começou a produzir no final de Março.
(26.04.07/Fonte : Jornal de Notícias)

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Multiplicam-se os protestos dos sindicatos
 

"Caravana da indignação" vai estar no terreno até 29 de Maio


O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), em colaboração com o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), iniciaram ontem o percurso, por todo o país, da "caravana da indignação" que estará no terreno até 29 de Maio, antecedendo a greve geral convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP-IN).

Segundo comunicado divulgado, trata-se de uma acção que visa o esclarecimento da população e a mobilização de trabalhadores contra a política do Governo de José Sócrates. Plenários de rua, manifestações, entrega de comunicados à população, exposições públicas e entrega de documentos a entidades governamentais (governos civis) são algumas das iniciativas previstas.

Hoje, a caravana vai estar presente no desfile das comemorações populares do 25 de Abril, em Lisboa.

Também ontem, a Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública lançou uma campanha contra a mobilidade especial no Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP), através da afixação de uma faixa simbólica junto do Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, em Benfica.

Durante a campanha, dirigentes da federação disponibilizaram-se para fazer o ponto da situação do processo da mobilidade especial e o acompanhamento personalizado dos trabalhadores, quer a nível jurídico, quer em relação à luta sindical.

Ainda no âmbito do processo da mobilidade, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) interpôs, anteontem, a 7.ª providência cautelar, desde 9 de Abril deste ano, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa. Desta vez, o STE pretende defender 73 dos 299 trabalhadores que serão dispensados da Direcção-Geral de Veterenária. Com esta acção, contabilizam-se já 780 funcionários abrangidos por providências cautelares.
(25.04.07/Fonte : Jornal de Notícias)

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Cobrança duvidosa aumenta 96 milhões

 

A instituição liderada por Vítor Constâncio aponta um aumento no crédito à habitação de 9,4%.
 

As dificuldades das famílias portuguesas em pagarem os créditos agravaram-se de Janeiro para Fevereiro. De acordo com o Boletim Estatístico do Banco de Portugal, ontem divulgado, o crédito malparado subiu 96 milhões de euros do primeiro para o segundo mês do ano, ou seja, 3,2 milhões de euros por dia.

Em Fevereiro o crédito malparado fixava-se nos 2164 milhões de euros, acima dos 2068 milhões de euros verificados no mês anterior. O incumprimento foi mais sentido no crédito à habitação, com uma subida de 30 milhões de euros.

Os dados ontem revelados demonstram um agravamento da situação financeira de muitas famílias portuguesas, seja pelo excesso de créditos acumulados, seja em virtude do aumento das taxas de juros ou pela perda de poder de compra. O Observatório para o Endividamento teme que as dificuldades aumentem ainda mais. Ressalvando que é difícil fazer previsões, Catarina Frade, coordenadora do Observatório do Endividamento, referiu ao CM que “tradicionalmente nos meses de Abril e Maio verifica-se um aumento das dificuldades das famílias em fazerem face aos seus compromissos”.

“Em Dezembro há uma redução no malparado uma vez que muitas pessoas utilizam o subsídio de Natal para repor algum equilíbrio no orçamento familiar”, explicou Catarina Frade, adiantando que o efeito do subsídio de Natal se faz sentir ainda, de forma mais fraca, nos primeiros meses do ano. Abril e Maio constituem um dos picos sazonais do sobreendividamento.

Para esta responsável, apesar dos dados relativos aos dois primeiros meses do ano demonstrarem sucessivos aumentos do malparado, ainda “é cedo para afirmar se há um aumento do sobreendividamento” em 2007.

SEGURANÇA SOCIAL SALVA ADMINISTRAÇÃO
As Administrações Públicas tiveram um excedente nas suas contas até Fevereiro à custa do saldo positivo da Segurança Social e dos fundos e serviços autónomos, segundo os dados do Banco de Portugal. O excedente das contas públicas mais do que duplicou em Fevereiro face a igual período do ano anterior, para 454 milhões de euros. A justificar essa melhoria esteve a redução do défice do subsector Estado (em 1,06 mil milhões de euros), o aumento em cinco milhões de euros do excedente das regiões e a melhoria do excedente da Segurança Social em 356 milhões de euros. O défice da administração local agravou-se em 76 milhões de euros, limitando o saldo global das administrações públicas. Os dados mostram também que a dívida directa do Estado ascendia, em Março, a 108,49 mil milhões de euros, mais 6,2 por cento do que em igual período de 2006.

SAIBA MAIS
116,6 mil milhões de euros era o montante total que os portugueses deviam aos bancos no final de Fevereiro.

79,7 por cento era o peso que o crédito para a compra de casa tinha no montante total emprestado.

Falências: Desde o ano passado as pessoas singulares podem declarar falência, uma figura legal que até então estava reservada apenas às empresas.

Risco: O montante dos créditos não deve ultrapassar os 40 por cento dos rendimentos do agregado familiar. Qualquer empréstimo que leve a um aumento dessa percentagem deverá ser visto como um risco.
(24.04.07/Fonte : Correio da Manhã)

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Combate final será entre Sarko e Ségo

 

Há sinais, ou falta deles, que anunciam mudanças. No Paquebot (navio), a sede parisiense de campanha de Le Pen, as rolhas de champanhe não saltaram. Havia 1500 nos frigoríficos e lá ficaram. Os votos no candidato de extrema-direita caíram para 11%, um pouco mais de metade dos da noite de 21 de Abril de 2002, quando aconteceu a enorme surpresa de Le Pen ter tirado ao candidato socialista Lionel Jospin o lugar na final. Desta vez, o duelo final (a 6 de Maio) será tradicional: Direita contra Esquerda.

Desde logo, pela vitória dos franceses, que desta vez não ouviram o costumeiro queixume de indiferença. Votaram em massa (só 15,7% de abstenção) tanto como só em 1965, quando De Gaulle inaugurou as presidências escolhidas directamente pelos eleitores. Essa participação intensa não permitiu que os votos da extrema-direita, geralmente mais cumpridores da obrigação eleitoral, pudessem ter o papel que tiveram há cinco anos.

De relevante, depois, o primeiro lugar de Nicolas Sarkozy (UMP, o partido no Governo), com mais de 30%! Nunca um candidato da direita teve um tal score, na primeira volta (Jacques Chirac, em 2002, foi o mais votado e teve menos de 20%...).

Recusando qualquer piscar de olho a Le Pen (de quem recebeu, aliás, as piores injúrias), Sarkozy recusou também ignorar os eleitores daquele adversário. Foi à caça dos seus votos, "um a um", e colocou também o debate sobre a autoridade e a identidade francesa, temas que haviam sido deixados como coutada da Frente Nacional de Le Pen.

O segundo lugar da socialista Ségolène Royal começa por ser um suspiro de alívio. Não se repetiu o pesadelo do seu camarada Lionel Jospin, apesar das sondagens em alta, a meio desta campanha, do centrista François Bayrou.

A votação da socialista (mais de 25%) fica na zona cinzenta. Bayrou, de um partido fraco (UDF), não é dono dos seus votos (mais de 18%), embora os vá negociar porque no Verão os franceses vão ter eleições legislativas. Com a dinâmica do primeiro lugar, Sarkozy terá talvez mais chances que Ségolène em ir beber nos eleitores que, ontem, foram do centrista Bayrou. "O debate será claro: direita e esquerda", prometeu Sarkozy no seu discurso de vitória, na viragem para a meta.

Indícios de ontem, ainda: o Partido Comunista tornou-se um partido residual em França: (em 1969, 21%, ontem, a senhora Buffet, 2%). E os Verdes nunca, depois de 1974, estiveram tão em baixo: 2%. O que quer dizer, também, que Ségolène Royal, para a segunda volta, não tem muito onde ir buscar.
(23.04.07/Fonte : Diário de Notícias)

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Particulares milionários pagam 1,5 mil milhões de IRS

3434 famílias ganham mais de 250 mil euros
 

Mais de 70% do IRS cobrado é de famílias da classe média
 

Existem 3434 famílias que, em 2005, declararam ao Fisco ganhos de mais de 250 mil euros. Desse universo, 308 agregados dizem que os seus rendimentos tiveram origem, exclusivamente, no trabalho por conta de outrem, enquanto 3126 dizem que os seus rendimentos tiveram origem no exercício de profissões liberais, pensões ou prestações de imóveis. Ao todo, as famílias mais ricas do País pagaram mais 1,5 mil milhões de euros de IRS em 2005.

Mas é a classe média, em especial os trabalhadores por conta de outrem, que suporta a grande parte da carga fiscal. Com efeito, os rendimentos brutos entre os 13 500 e os 100 mil euros representam 66 por cento dos agregados que declararam impostos e somam mais de 70 por cento do valor total do IRS liquidado em 2005.

O trabalho dependente representa 69 por cento do total apurado para todas as categorias de rendimentos. Em segundo lugar surgem os rendimentos que resultam de pensões (categoria H) com 18,1 por cento e, com 8,2 por cento, os rendimentos dos profissionais liberais.

Analisando a estrutura dos agregados, constata-se que cerca de 88 por cento das declarações de IRS (titulares casados e não casados) com imposto liquidado estão sujeitas a taxas de imposto entre os 12 e os 24 por cento, sendo que mais de metade (54,4 por cento) se encontra abrangida pela taxa de 12 por cento.

Mais de metade das famílias (52 por cento) que entregaram o IRS não tem qualquer imposto liquidado.

Apesar de as taxas nominais do IRS variarem entre os 12 e os 40 por cento, constata-se que a taxa efectiva de tributação bruta para os trabalhadores por conta de outrem foi, em 2004, de sete por cento e em 2005 de 6,8 por cento. Para os trabalhadores independentes as taxas foram de 14,1 por cento em 2004 e 14,4 por cento em 2005.

Dos contribuintes com IRS liquidado, 88 por cento têm os seus rendimentos tributados a taxas nominais situadas nos escalões de 12 a 24 por cento. Mas a taxa efectiva média de tributação encontra-se nos 10,3 por cento.

Em 2005 houve mais famílias a declarar o IRS (uma subida de 1,2 por cento), mas registou-se uma diminuição dos agregados que pagaram imposto (menos seis por cento do que em 2004).

No total, 4,2 milhões de agregados entregaram a sua declaração de rendimentos junto das repartições de Finanças em 2005.

SAIBA MAIS
340 milhões de euros foi quanto rendeu, em 2004, a extinção dos benefícios fiscais relativos aos Planos Poupança Reforma (PPR) e Contas Poupança Habitação (CPH) decretada por Bagão Félix.

517milhões de euros foi o valor das deduções à colecta com despesas de Saúde, apresentadas pelos contribuintes em 2005. Um crescimento de 1,8 por cento.

Taxas Favoráveis: Os desportistas de alta competição têm um desconto de 10 por cento em relação às taxas de IRS aplicadas aos seus rendimentos.

DEFICIENTES: A despesa suportada pelo Estado com bonificações dadas aos deficientes somaram 149 milhões de euros em 2006.

O peso de Lisboa: O IRS liquidado em Lisboa representa 29,4 por cento do total do IRS liquidado, o que soma mais de 21 mil milhões de euros. No total foram cobrados mais de 72 mil milhões.

NOTAS
MENOS DIRECÇÕES
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Amaral Tomaz, anunciou ontem em Pinhel que no processo de reestruturação dos serviços de Finanças as actuais direcções distritais serão reduzidas para 13.

EXEMPLO NAS ILHAS
Os Açores e a Madeira serão as primeiras regiões a sofrer o processo de fusão das direcções distritais de Finanças, o que acontecerá já em Maio. Cada região autónoma terá apenas uma direcção distrital, mantendo-se os demais serviços de Finanças.

INSPECÇÃO
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais garantiu ontem que os serviços de inspecção serão mantidos nos distritos. “Se tudo fosse concentrado num único distrito ou em dois ou três iríamos ter muitos mais gastos em termos de ajudas de custo”, referiu Amaral Tomaz.

DESPORTISTAS DECLARARAM MENOS IMPOSTOS EM 2005
De acordo com os números divulgados pela Direcção-Geral das Contribuições e Impostos (DGCI) relativos aos anos de 2004/2005, existem menos desportistas a declarar IRS e menos a pagar impostos. O número de agregados de desportistas que declararam, exclusivamente, rendimentos do trabalho por conta de outrem desceu de 911 (em 2004) para 580 em 2005. Por outro lado, o número de desportistas que declararam rendimentos provenientes de recibos verdes subiu de 861 (em 2004) para 988 (em 2005). Uma das explicações para este facto pode estar na tributação dos árbitros de futebol (que se enquadram no regime dos profissionais liberais).

No total, os valores de IRS liquidados aos desportistas desceu 15 por cento, passando de 102 milhões de euros cobrados em 2004 para os 87 milhões arrecadados em 2005. Recorde-se que, tal como o CM noticiou oportunamente, este ano será o último em que estará em vigor a tributação autónoma para os desportistas de alta competição.
(19.04.07/Fonte : Correio da Manhã)

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Confiança dos consumidores deteriora-se em todas as frentes enquanto a das empresas recupera

 

A confiança dos consumidores continuou a descer, tal como acontece desde Novembro, enquanto a das empresas subia em todos os sectores.

Os dados que revelam estas tendências foram obtidos nos inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores de Março, divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Mas em Março confiança a deterioração dos consumidores foi mais significativa do que nos meses precedentes, reforçando a tendência anterior.

Pela primeira vez desde Agosto de 2005, esta evolução negativa da confiança dos consumidores deve-se ao agravamento de todas as componentes consideradas pelo INE; mas simultaneamente as perspectivas sobre a situação económica do país e sobre o desemprego deram um maior contributo para esta evolução negativa.

Clima económico melhora
No mês passado, o indicador de clima económico, que abrange informação relativa aos sectores da indústria transformadora, construção e obras públicas, comércio e serviços, também recuperou – tal como a confiança das empresas –, estando ao melhor nível desde Julho de 2002.

A sua série de dados foi no entanto reajustada, dada a informação mais recente que permite corrigir os ritmos de sazonalidade.

Na indústria transformadora, o indicador de confiança voltou a recuperar, o que aconteceu pela terceira vez consecutiva.

Nos serviços, cuja série foi reajustada em função de informação mais recente sobre a evolução do PIB, o indicador de confiança melhorou em Março, movimento que não foi suficiente para anular a degradação do mês anterior.

No comércio, o indicador registou nova melhoria, mantendo-se contudo abaixo do máximo dos dois anos anteriores, atingido em Outubro. A recuperação verificada em Março foi comum ao comércio por grosso e ao comércio a retalho.

Na construção e obras públicas, o indicador de confiança recuperou, situando-se agora no valor menos desfavorável desde Outubro de 2005.
(04.04.07/Fonte : Público)

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Agricultura deverá enviar 3000 para o regime de mobilidade e Finanças reduzem 164 postos de chefia

 

"Jaime Silva afirma que agricultura fez mobilidade de funcionários"
 

O Ministério das Finanças eliminou 164 cargos dirigentes, o que corresponde a uma redução de 25,6 por cento do universo dos serviços do Ministério no âmbito da aplicação do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE).

 

Este número foi revelado ontem por Teixeira dos Santos, à margem da tomada de posse do director-geral do Gabinete do Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do Ministério das Finanças e da Administração Pública, Nuno Sousa Pereira.

Teixeira dos Santos garantiu que dentro de sessenta dias serão conhecidos os postos de trabalho necessários e quantos funcionários das Finanças irão para o regime de mobilidade especial. Por seu lado, o ministro da Agricultura, Jaime Silva, avançou ontem que termina hoje o prazo para as direcções-gerais do organismo que tutela comunicarem aos funcionários a sua proposta em relação a cada um. Estes têm dez dias para contestar e terminado esse prazo será possível saber o número exacto de funcionários efectivos. “Quando tomei posse havia 11 870 funcionários, hoje são 10 250, muitos pediram transferência e outros foram para a reforma na mobilidade especial, estarão à volta de 3000 funcionários”, especificou.
(03.04.07/Fonte : Correio da Manhã)

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Portugueses da Skysoft lideram consórcio internacional para projecto de aeronáutica

 

A tecnológica portuguesa Skysoft vai liderar o consórcio internacional para a concepção do projecto aeronáutico DIANA.

 

Durante os próximos 36 meses a Skysoft vai aliar-se à Embraer, Thales Avionics e Dassault Aviation para desenvolver Distributed Equipment Independent environment for Advanced avioNic Applications - DIANA. Além de assumir o comando do projecto, a "software house" nacional irá participar na definição e "design" da plataforma.

"Após a nossa participação no ‘ARINC-653 working group' (comité de normalização referente ao domínio do Integrated Modular Electronics), e da contribuição da Skysoft na validação de parte do Sistema Aviónico do novo A380, a liderança no projecto DIANA permite-nos consolidar a posição internacionalmente neste nicho tecnológico ,explicou Sérgio Barbedo, responsável pela comunicação da Skysoft, em declarações ao Jornal de Negócios.

Esta plataforma permite, por exemplo, reduzir o tempo de desenvolvimento e o custo de operação das futuras soluções aviónicas. A sua, adopção permitirá ainda "reduzir o peso a bordo das aeronaves por via de uma melhor utilização dos recursos computacionais disponíveis", refere a mesma fonte.

O orçamento global deste projecto é de cinco milhões de euros, dos quais 800 mil euros serão o contributo da empresa nacional.

Em termos estratégicos, o DIANA "contribuirá activamente para que a industria aeronáutica europeia se mantenha competitiva e possa introduzir novas aplicações e funcionalidades no mercado, num menor período de tempo", explica a Skysoft.

Em 2006, a Skysoft atingiu um volume de negócios de 4,6 milhões de euros, mais 45% do verificado no mesmo período do ano anterior: Sérgio Barbedo adianta que a empresa prevê alcançar "uma facturação de 6 milhões de euros".

A Skysoft Portugal é uma empresa tecnológica com quase uma década de experiência nos domínios da Aeronáutica, Espacial e Telemática. Com cerca de 60 colaboradores especializados, tem como objectivo principal fornecer sistemas de 'software' de alta fiabilidade, assim, como manter o compromisso tecnológico em investigação e desenvolvimento, a fim de identificar oportunidades para produtos de elevada complexidade".

Tendo iniciado actividade em 1994, a Skysoft Portugal passou a integrar o portfolio de participações do Grupo José de Mello em 2001. Desde 2004, a tecnológica espanhola, GMV, passou a integrar também a estrutura accionista da empresa nacional.
(02.04.07/Fonte : Jornal de Negócios)

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