Já foi notícia !
10/06
Portugueses já só conseguem poupar 8,2 euros por cada 100
Assinala-se hoje o Dia Mundial da Poupança, mas é cada vez maior o número de portugueses que tem dificuldade em conseguir canalizar algum dinheiro para o aforro. Situações de desemprego, doença, divórcio e principalmente de endividamento (traduzido no pagamento das prestações mensais) explicam esta dificuldade, que se reflecte de forma clara na crueza dos números em 2005 a taxa de poupança reduziu-se para 9,2% e este ano deverá cair para 8,2%.
Em termos muito simples isto significa que por cada 100 euros de rendimento disponível, apenas 8,2 euros conseguem ser canalizados para poupança. Um valor pequeno se se tiver em conta que há apenas 11 anos a taxa de poupança em função do rendimento disponível rondava os 14%. Contudo, compreensível se se recordar que naquele período de tempo as taxas de juro baixaram de tal forma que incentivaram o recurso ao crédito e desmotivaram (por causa das reduzidas remunerações) a aplicação de dinheiro em produtos de aforro, nomeadamente nos típicos depósitos a prazo. Para contornar esta situação, a Deco divulgou ontem um conjunto de conselhos aos aforardes no sentido de estes optarem por fundos de poupança sempre que não necessitarem do dinheiro investido no curto prazo.
Este tipo de aplicações, precisa esta associação de defesa do consumidor, permite contornar a fraca remuneração dos depósitos a prazo que acaba por fazer com que os aforradores percam dinheiro. A Deco aconselha ainda as pessoas a terem atenção às características dos produtos onde investem para se certificarem de que o produto em questão tem garantia de reembolso integral do capital investido. Os certificados mantêm-se, segundo a Deco, como uma boa opção.
Ao mesmo tempo, os incentivos à poupança sofreram também várias alterações criaram-se e acabaram-se com alguns benefícios fiscais e, em 2007, a poupança fiscal com os Planos Poupança-Reforma (PPR) ficará vedada aos reformados.
A continuada expansão do endividamento e a facilidade com que se acede ao crédito tem também feito com que cada vez menos pessoas possam ou queiram guardar algum dinheiro para aplicar em aforro. Em contrapartida, a chamada poupança forçada - ou seja, a parcela de rendimento afecta ao pagamento dos empréstimos - pesa cada vez mais no orçamento familiar e só não tem acompanhado integralmente a subida das taxas de juro porque muitos renegociaram contratos para beneficiar de prazos mais longos ou de períodos de carência.
Poupar não deve, no entanto, ser apenas entendido como uma forma de gastar menos dinheiro, mas também como um meio de gastar melhor. É esta a opinião de Manuel Porto, professor na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, que hoje fará as suas sugestões para "Ajudar o Estado e a sociedade a gastar melhor", numa conferência promovida pelo Tribunal de Contas.
"Temos de ajudar o Estado a gastar melhor", precisa. De que forma? Exigindo-lhe que se desburocratize, mas também que justifique por que não cobra portagem ao camião estrangeiro que utiliza as nossas SCUT, ou por que insiste numa ligação de TGV a Madrid que "esquece o Norte e o Centro do País".
PPR com mudanças
Todos os que fizeram reforços do seu PPR em 2006 poderão deduzi-los ao IRS quando, no início do próximo ano, começarem a preencher a declaração de rendimentos. Mas, para 2007, o Governo introduziu novas alterações na proposta de Orçamento do Estado e veda este benefício fiscal aos reformados. Para esta camada da população, aplicar dinheiro (seja para constituição ou para reforços) em PPR deixará de ser uma alternativa de poupança interessante.
Gestão controlada
Para o salário dar para tudo, o melhor é reservar logo no início do mês o dinheiro necessário para pagar as contas fixas (empréstimos, energia, água). Se chegar ao final com uma folga, esta deve ser canalizada para uma conta diferente, para evitar tentações. Novas tendências
Nos últimos tempos a oferta comercial dos bancos tem-se expandido de forma a preencher todos os nichos de mercado. Ao observarem o sucesso dos certificados de aforro, decidiram também lançar aplicações a prazo em que oferecem um prémio de permanência. Mais tarde, e seguindo a linha de raciocínio de que é em pequeno que se criam os (bons) hábitos de poupança, passaram a disponibilizar toda uma gama de produtos destinada aos mais novos, com o patrocínio dos pais, naturalmente.
Resistir ao crédito
Algumas das formas de resistir às ofertas de crédito passam por evitar a aquisição de bens para pagar em prestações (ainda que com a promessa de não serem cobrados juros) ou por recusar a disponibilização do adiantamento do ordenado.(31.10.06/Fonte : Jornal de Notícias)
"Central de Moura revela confiança no País"
O primeiro-ministro afirmou ontem que o investimento espanhol em Moura, na área das energias alternativas, não é obra do acaso, mas antes da confiança que a economia portuguesa está a conseguir transmitir aos empresários estrangeiros. "Ninguém investe 250 milhões de euros se não tiver confiança no País", disse José Sócrates, no lançamento da primeira pedra para a construção da Fábrica de Assemblagem de Painéis Solares de Moura. Numa primeira fase, o investimento será de 10 milhões de euros, mas o projecto integra um outro mais alargado, que é a construção da maior central fotovoltaica do mundo, na freguesia da Amareleja.
Sócrates vê na aposta dos espanhóis da Acciona - líder no mercado das renováveis no país vizinho, que pretende adquirir a totalidade da Amper Solar - um reflexo directo da "recuperação" da economia portuguesa "nos últimos seis meses", considerando natural que tenham surgido investimentos e anúncios de novos investimentos em Portugal, que traduzem, segundo o primeiro-ministro, a inversão de um ciclo"marcado por momentos difíceis". A partir de agora, "abrem-se novas perspectivas, com mais optimismo para o futuro", disse.
José Sócrates, acompanhado do ministro da Economia, elogiou o projecto, que deverá entrar em funcionamento no final de 2007, criando 115 postos de trabalho. Estima-se uma facturação anual de 62,5 milhões de euros na produção dos painéis que irão equipar a futura central de Moura, sendo que a partir de 2009 a grande aposta vai recair na exportação.
A fábrica surge associada à instalação, na Amareleja, da maior central fotovoltaica do mundo, orçada em 250 milhões de euros. A central será dotada de 350 mil painéis solares com capacidade para produzir 88 gigawatts por hora de energia eléctrica por ano.(31.10.06/Fonte : Diário de Notícias)
Orçamento quebra confiança dos portugueses
A apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2007 e o anúncio de várias medidas que conduzem a um aperto financeiro para a maior parte da população reduziram, em Outubro, a confiança dos portugueses na capacidade da economia recuperar durante os próximos meses.
De acordo com o Barómetro feito pela Marktest para o DN e para a TSF, o índice de expectativa dos portugueses passou de 43,47 pontos em Setembro para 34,01 pontos em Outubro, a maior descida deste indicador desde Maio de 2005, quando as primeiras medidas de contenção deste Governo foram anunciadas (ver texto em baixo).
O inquérito decorreu precisamente na semana em que foi apresentada a proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano. Nesse documento está previsto um aumento da despesa pública total inferior ao do PIB e uma redução em termos nominais da despesa com pessoal. Do lado da receita, o crescimento na arrecadação de impostos previsto é de 6,4%, o que significa, na prática, um agravamento da carga fiscal na economia.
Para além destes números globais , que mostram a já prevista continuação de uma política de contenção, o Orçamento influenciou ou trouxe consigo várias medidas específicas que mexem directamente com os bolsos dos portugueses: a redução das taxas de comparticipação para alguns medicamentos, a imposição de uma taxa de internamento nos hospitais, os aumentos salariais de apenas 1,5% na função pública, a subida das contribuições para a ADSE, a alteração das regras nas carreiras dos professores, o agravamento do IRS para parte dos pensionistas e, mais recentemente, a introdução de portagens em três Scut. Além disso, no mesmo dia em que foi apresentada a proposta do OE, deu-se o anúncio de uma subida abrupta das tarifas de electricidade, que alguns dias mais tarde foi parcialmente limitada pelo Governo.
Nas respostas ao barómetro da Marktest é visível o desacordo da maior parte dos portugueses a algumas destas medidas. Quando questionados sobre a sua opinião relativamente às reformas na saúde, educação e administração pública, 47,1% disseram ser negativas, contra 35,9%, que defendem ser positivas. A estratégia orçamental do Governo também recebe nota negativa - 40% dos inquiridos disseram que não concordam com o rumo que tem sido seguido. Mais especificamente, em relação à introdução de uma taxa de internamento nos hospitais, 73,9% dos inquiridos disseram não concordar com a medida, contra 22,3%, que se mostraram a favor. Esta medida tem sido criticada por alguns elementos destacados do PS e a verdade é que os inquiridos que apresentam uma intenção de voto nesse partido também estão, na sua maioria (57,6%), em desacordo com ela.(30.10.06/Fonte : Diário de Notícias)
Investimento de Eólicas de Portugal aumenta para 1750 milhões de euros
O investimento global do Consórcio Eólicas de Portugal, liderado pela EDP e vencedor da primeira fase do concurso para atribuição de uma nova potência eólica, vai ser de 1 750 milhões de euros e não de 1510, como previsto na proposta inicial, disse ao DN fonte ligada ao processo. Tudo porque a proposta apresentada pelo consórcio mereceu a atribuição de "mérito especial" do júri. Assim, a potência a adjudicar ao consórcio será, não apenas de 800 megawatts, como seria se fosse vencedora com uma proposta normal, mas sim de 1200 megawatts.
Isto porque, pela atribuição de mérito especial, o consórcio tem direito a mais 200 megawatts de nova potência e a incluir até 20% de sobrecapacidade de material, o que soma mais 200 megawatts, explicou a mesma fonte. Isto leva a um inevitável aumento do investimento em parques eólicos. Mas não na área do cluster industrial.
Desta forma, o número de postos de trabalho directos a criar pelo consórcio, 1 800, inicialmente previsto na proposta, não deverá sofrer alterações, garantiu a mesma fonte.
A Direcção-Geral de Geologia e Energia (DGGE) informou na quarta-feira os restantes concorrentes a esta fase do concurso, que o Governo iria celebrar o contrato de concessão para a produção de uma nova potência eólica de 1200 megawatts com a EDP, notícia que foi avançada pela agência Lusa.
O contrato será assinado no dia 31, em Viana do Castelo (ver texto em baixo). E no dia 1 de Novembro arrancará a construção da fábrica de pás, a primeira de sete que o agrupamento irá construir de raiz. A unidade deverá estar concluída em Outubro de 2007, apesar de o primeiro parque eólico só entrar em funcionamento em 2009.
O agrupamento Eólicas de Portugal já tinha sido classificado em primeiro lugar na primeira fase do concurso. Além da EDP, o consórcio integra a Finerge, a Generge, a Térmica Portuguesa e a alemã Enercon.
Segundo fontes da DGGE, a segunda fase do concurso, para atribuição de uma potência até 500 megawatts deverá iniciar-se na próxima semana.(27.10.06/Fonte : Diário de Notícias)
Mau tempo de Norte a Sul : Temporal de destruição
52 crianças de duas escolas de Soure ficaram isoladas neste autocarro. Foram resgatadas pelos bombeiros, uma a uma, pela janela de trás
A tempestade que ontem atingiu o País causou dois mortos e um ferido grave – o que eleva para cinco o número de vítimas mortais do mau tempo este mês. A Região Centro viveu os momentos mais dramáticos. Em Soure, 52 crianças estiveram em perigo a caminho da escola: foram resgatadas pelos bombeiros do autocarro arrastado pela enxurrada. A Protecção Civil registou 700 inundações, 335 quedas de árvores e dezenas de desabamentos.
Um autocarro foi arrastado ontem pelas águas do Rio Arunca, com 52 alunos de duas escolas de Soure. As crianças ficaram retidas no meio da estrada entre as povoações de Simões e Netos. Foi um dos momentos mais dramáticos causados pelo mau tempo que assolou, sobretudo, a região Centro e provocou dois mortos e um ferido grave.
Os alunos do 5.º ao 12.º ano da Escola Secundária Martinho Árias e Escola E.B. 2,3 de Soure ficaram em estado de choque. “Podia ter acontecido aqui uma tragédia igual à de Entre-os-Rios”, diz Sílvia Manta, mãe de um casal de gémeos de 11 anos, que soube do drama pelo filho, que lhe telefonou eram 08h03.
As crianças foram retiradas mais tarde – às 10h30 ainda decorriam as operações – pelo vidro traseiro do autocarro, com a ajuda dos bombeiros de Soure, populares e pais. Com a ajuda de uma corda formaram um cordão humano para trazer os alunos para a margem. O motorista do autocarro foi retirado de helicóptero.
Joel Oliveira, de 15 anos, lembra: “Os mais novos entraram em pânico e começaram a gritar.” Segundo este estudante da Escola Martinho Árias, “o motorista não deu ouvidos aos nossos pedidos para não seguir e disse que ia arriscar”. A água chegou até meio do autocarro – junto às letras – e ficou preso numa oliveira, o que impediu que continuasse a ser arrastado e uma tragédia.
“Tive medo que o autocarro explodisse, porque começou a deitar fumo e fiquei muito assustado”, diz Mikael, de onze anos, logo interrompido por Sara Silva, de 12 anos: “Com este motorista não ando mais. Pensei que íamos morrer afogados.”
Os pais estão revoltados com a falta de cuidado do motorista da Câmara Municipal de Soure. “Podia ter acontecido uma grande tragédia e de quem era a culpa? Os meus filhos não voltam a andar com ele, nem que tenha de ir levá-los a Soure”, afirma Clara Brás, mãe de uma aluna de 12 anos.
CIDADE CAÓTICA
Em Pombal, as cheias causaram a morte de uma mulher de 86 anos e deixaram um rasto de destruição – o centro da cidade ficou dois metros debaixo de água, 40 famílias foram retiradas para local seguro, o ‘shopping’ esteve em risco de ruir, as escolas e o centro de saúde fecharam e a ETAR do concelho não funciona. “Os prejuízos são incalculáveis”, reconheceu o presidente da Câmara Municipal, Narciso Mota.
Quando o temporal de chuva e vento atingiu o concelho, à 01h00, Amélia Dias Pereira encontrava-se sozinha na sua habitação, um rés-do-chão na Rua da Cancela do Cais. Segundo contou o filho, José Gonçalves, a água subiu até ao tecto, matando a mulher, de 86 anos. “Ou morreu afogada ou do susto”, disse. Sete vizinhos foram resgatados de barco, mas os bombeiros desconheciam que a idosa estava em casa e descobriram-na já sem vida.
POMBAL
Amélia Dias Pereira, de 86 anos, morreu no rés-do-chão que habitava, na Rua da Cancela do Cais: a casa foi inundada pela tromba de água que à 01h00 atingiu a cidade.
FÁTIMA
Maria Piedade Borges, de 51 anos, ficou gravemente ferida numa explosão quando tentava abrir o portão da garagem inundada, onde estava acumulado vapor de gasolina.
"AS RUAS PARECIAM OS RIOS"
A tromba-d’água originou enxurradas e fez transbordar ribeiras e o Rio Arunca. Só a partir das 05h00 o nível começou a descer. Há pontes em risco, passeios arrancados, muros destruídos e buracos nas estradas devido a aluimentos de terras. Houve viaturas submersas e dezenas de inundações em habitações, lojas e também na biblioteca e arquivo municipal, no edifício da autarquia, no cine-teatro, no pavilhão de actividades económicas e toda a zona desportiva. “Já tínhamos visto em filmes, mas nunca pensámos que acontecesse aqui”, disse o comandante dos Bombeiros Voluntários, José Costa. “As ruas pareciam rios e os carros eram arrastados com facilidade.” As garagens do quartel ficaram inundadas, obrigando a pedir meios a outras corporações. O hospital esteve inacessível por duas horas e o centro de saúde fechou até ao fim da semana.
Na casa da família de Jorge Santos, a pressão fez explodir uma conduta de águas pluviais, o que destruiu o jardim e vedações e inundou as garagens. Elias Silva, de 78 anos, viu a sua tanoaria com água até dois metros. “Há para aí danos que Deus me livre”, queixou-se. Madeira, vasilhame, máquinas e ferramentas sofreram danos.
QUEDA FATAL
Na Sertã, uma mulher de 63 anos morreu depois de cair de um pontão para a Ribeira da Cerdeira, em Milheiros. O acidente aconteceu às 18h10, numa altura em que chovia e fazia vento. Segundo os bombeiros, Fernanda Leitão, residente em Castelo, estava com outra mulher no pontão quando escorregou e caiu na ribeira, que devido à chuva que caiu de madrugada tinha um grande caudal de água.
“Quando chegámos ao local, a mulher estava inanimada e com fracos sinais de vida. Procedemos a operações de reanimação e depois levámo-la para o Centro de Saúde da Sertã, onde já chegou sem vida”, contou Abel Marcelino, comandante dos Bombeiros Voluntários de Cernache de Bonjardim.
Em Fátima, foi uma explosão devido à acumulação de gases inflamáveis, na garagem de uma moradia inundada pelas águas da chuva, que quase causou outra tragédia. Uma mulher, de 51 anos, ficou ferida com gravidade. Os danos na casa são avultados.
Maria Piedade Borges sofreu diversas queimaduras, foi internada na Unidade de Queimados dos Hospitais da Universidade de Coimbra e não corre perigo de vida.
Segundo César Silva, marido da vítima, o rebentamento deu-se pelas 04h00, quando os bombeiros procediam ao escoamento das águas. “Ela foi abrir o portão da garagem, com uma vela, quando se ouviu um estrondo”. Como lá estavam dois carros estacionados, suspeita-se que houve acumulação de gases, provocada pelo derrame de gasolina.
Em Leiria, os moradores da Ponte das Mestras – o local mais atingido – não assistiam a uma inundação desta dimensão há quase duas décadas. As águas subiram mais de dois metros, extravasaram as margens do Rio Lena e inundaram empresas e habitações. Quatro dezenas de pessoas ficaram retidas e tiveram de ser retiradas de bote pelos bombeiros.
EMERGÊNCIA ACTIVADA NA BACIA DO TEJO
TOMAR
Vinte famílias foram retiradas do Bairro do Flecheiro, em Tomar, devido à subida do Rio Nabão. Ficariam num ginásio escolar ou em instalações da autarquia, se fosse necessário.
PONTE
O pico do nível do Rio Nabão foi atingido pouco depois das 16h00, obrigando ao corte de uma ponte e ao fecho de uma rua em Tomar, onde a água atingiu os 60 centímetros.
BARRAGENS
As barragens do Fratel e de Castelo de Bode estão mais cheias e a barragem da Pracana atingiu ontem o limite máximo, mas o Tejo tem aguentado os caudais adicionais.
SANTARÉM
O plano distrital de cheias de Santarém foi activado ontem no nível azul, o mais baixo, estando os bombeiros de prevenção. A ponte do Alviela na EN365 estava submersa.
EM SETÚBAL A CHUVA COINCIDIU COM A MARÉ CHEIA
DIA DE CAOS EM LISBOA
O Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa não teve mãos a medir durante a noite e o dia de ontem. Em dez horas, o RSB recebeu 180 pedidos por inundações, quedas de árvores, infiltrações e desabamentos e teve de empenhar todas as viaturas (25) para conseguir responder a tantas ocorrências.
Alguns dos alertas foram feitos do Alto do Lumiar, onde as caves dos prédios foram inundadas pela chuva. Os donos do café Tobísio, na Rua Eduardo Covas, foram chamados pelos vizinhos por causa da inundação. “Parecia o fim do mundo. Tinha a cave do café toda equipada, pronta a estrear como restaurante. Ficou tudo destruído”, disse ao CM Ana Maria Palma, uma das proprietárias.
O problema, acusa, “é o sistema de escoamento dos esgotos, vem tudo parar aqui”. A água atingiu os três metros e deu, pelos menos, 53 mil euros de prejuízo aos donos.
Também o Centro Distrital de Operações de Socorro de Lisboa recebeu, entre a meia-noite de ontem e as 09h00, 176 pedidos por causa do mau tempo.
Em Odivelas, a chuva causou inundações em vários pontos do concelho. “Há água por tudo o que é sítio”, descreveu o comandante dos Bombeiros locais, Carlos Dinis.
No concelho de Loures, na Escola Secundária de Camarate, 700 alunos foram obrigados a regressar a casa devido a uma inundação que encheu a escola de lama. A presidente do Conselho Directivo, Rossita Alves, disse que a inundação causou prejuízos não contabilizados em dois laboratórios da escola e que o chão terá de ser substituído. A inundação, que também deixou os alunos sem almoço, ocorreu devido às fortes chuvadas da noite passada que arrastaram terras das obras do Eixo Norte/Sul em curso nas traseiras do estabelecimento de ensino, frequentado por muitos alunos carenciados – que só têm uma refeição na escola.
Já em Setúbal, durante a madrugada, o Centro de Operações Distrital de Setúbal, registou 96 inundações e 25 quedas de árvores.
O coordenador da Protecção Civil Municipal, José Luís Bucho, caracterizou o temporal como “extraordinário, pela quantidade de água que caiu: 48,2 litros por metro quadrado, e porque a chuva intensa coincidiu com a maré a encher”.
TEMPO MELHORA A PARTIR DE HOJE
De acordo com as previsões do Instituto de Meteorologia, o estado do tempo vai começar a melhorar, de forma gradual, a partir de hoje, continuando amanhã e durante o fim-de-semana. Para hoje, a previsão aponta para uma diminuição da intensidade dos aguaceiros ao longo do dia. Para o fim da tarde, o céu deverá estar pouco nublado de Norte a Sul do País.
O vento vai de igual modo diminuir de intensidade. Se bem que ao princípio do dia vão-se verificar ventos moderados, que podem ser fortes no litoral e nas terras altas – mas ao cair da tarde, segundo o Instituto de Meteorologia, o vento já terá abrandado.
Para amanhã e o fim-de-semana, as previsões dos meteorologistas apontam para céu pouco nublado ou limpo e vento fraco com predominância do quadrante leste. Apesar da melhoria do tempo, o Instituto de Meteorologia alerta para o estado do mar continuar perigoso, com ondas de quatro a quatro metros e meio, de Sudoeste, ao longo de toda a costa, de Caminha a Vila Real de Santo António.
VENTOS DE 110 KM/H FUSTIGAM ESPANHA
Em Espanha o mau tempo levou a Dirección General de Protección Civil y Emergências a lançar ontem alertas nas regiões das Astúrias, Cantábria, País Basco, Castela e Leão, La Rioja, Navarra e Madrid, tendo em conta os ventos fortes (até 110 quilómetros por hora) e a chuva intensa. A localidade de Sanabria, na província de Zamora (Castela e Leão) viveu ontem momentos difíceis, com cinco estradas cortadas. Em Rihodor de Castilla sete vivendas foram evacuadas. Na Galiza registaram-se muitas inundações, deslizamentos de terras, bem como árvores e muros caídos. Ontem continuavam as buscas de uma mulher desaparecida desde segunda-feira numa enxurrada na serra de Heulva.
ESTRAGOS
BRAGANÇA
Em Vila Flor houve muros caídos, viaturas soterradas e inundações. A água atingiu 1,20 m, como o comprova a marca no restaurante Don Castro.
ÀGUEDA
O Rio Águeda transbordou e inundou várias ruas da Baixa da cidade. As estradas para Recardães, Sardão, Oronhe e Perrães estiveram intransitáveis durante grande parte do dia.
FUNDÃO
A chuva forte derrubou o muro do cemitério de Castelejo, no Fundão, tendo destruído vários jazigos e deixado a descoberto cinco urnas.
COIMBRA
As zonas mais afectadas foram a ‘Baixinha’, Fornos e Ribeira de Frades. Registaram-se inundações em casas e lojas e desabamentos de terras.
LEIRIA
Os bombeiros tiveram de retirar de bote 40 pessoas, na Ponte das Mestras. A zona desportiva ficou alagada e parte da ciclovia esteve submersa.
POMBAL
Vão ser precisos 15 dias, diz a autarquia, para repor a normalidade. Bombear água e limpar lamas e destroços são as tarefas maiores. Há danos elevados no comércio.
FÁTIMA
Uma mulher ficou ferida numa explosão provocada por uma fuga de combustível. Na Cova da Iria, registaram-se 56 pequenas inundações.
SETÚBAL
A Avenida Bento de Jesus Caraça, que está a ser reabilitada pela Câmara de Setúbal, foi das mais afectadas pela chuva. Pedras da calçada foram arrastadas.
PORTIMÃO
Uma casa ruiu parcialmente na Praia da Rocha, deixando um idoso desalojado. José Nicolau, de 65 anos, foi realojado numa pensão pela câmara.
VILAMOURA
O temporal deitou por terra um pré-fabricado do Clube de Râguebi de Vilamoura. Houve ainda várias casas destelhadas.
PREJUÍZOS
VARANDAS RUÍRAM
Na Rua Tomás Ribeiro, em Lisboa, as varandas de um prédio devoluto ruíram. No local estiveram os bombeiros e uma equipa cinotécnica da PSP, por suspeita de haver pessoas sob os destroços das varandas. No entanto, não se registaram feridos.
1,2 MILHÕES DE EUROS
Na Guia, em Albufeira, o temporal danificou o Giga-Garden. A estufa gigante, que custou 1,2 milhões de euros, foi concebida “para suportar ventos muito fortes, mas mesmo assim não resistiu”, afirma o dono, Antonius Verhoeven. Os prejuízos atingem “100 mil euros”.
RIO LIS TRANSBORDA
O centro de lançamentos da zona desportiva de Leiria ficou submerso pela subida repentina das águas do Lis. Parte da ciclovia ribeirinha, construída pelo Programa Polis, também foi atectada pelas cheias. O trânsito esteve caótico nas principais entradas da cidade.
TRANSPORTES PARADOS POR INUNDAÇÕES
ESTRADA CORTADA
O IC2 esteve cortado ao trânsito toda a manhã, em Coimbra, devido à inundação do nó dos Fornos, em Torre de Vilela. O corte originou uma fila que se prolongou por cinco quilómetros.
LINHA INTERROMPIDA
A linha ferroviária do Norte esteve ontem cortada durante cinco horas na zona entre Souselas e Coimbra B, devido ao mau tempo.
CHUVA BATE RECORDE
Na madrugada de ontem, entre a 01h00 e as 03h00, choveram em Coimbra 105 litros de água por metro quadrado. Estes índices quebraram um recorde histórico.
RUPTURA EM CANAL
Uma ruptura num canal do sistema de escoamento de águas, próximo de Monte Real, Leiria, ameaçou algumas habitações. O rombo foi reparado ao fim da tarde.
HOSPITAL METE ÁGUA
Quatro das cinco salas do bloco operatório do Hospital Sousa Martins, na Guarda, foram ontem encerradas devido a infiltrações de água. Foram canceladas várias cirurgias.
1600 FICARAM SEM TELEFONE
O mau tempo deixou perto de 1600 assinantes da rede fixa sem telefone, nos concelhos de Leiria e Porto de Mós, revelou o governador civil de Leiria.
GUARDA
Duas famílias de Vila Soeiro e Famalicão abandonaram as suas casas porque ficaram inundadas. A chuva destruiu as praias fluviais de Valhelhas e Aldeia Viçosa.
DESALOJADOS EVACUADOS
Uma família de S. Martinho do Bispo, Coimbra, teve de ser realojada. Em Porto de Mós, cinco pessoas tiveram de ser evacuadas durante a madrugada.(26.09.06/Fonte : Correio da Manhã)
Ikea vai construir três fábricas e investir 660 milhões até 2015
Em vez de uma fábrica ou duas, a Ikea decidiu instalar três unidades de produção em Paços de Ferreira, o concelho que a empresa considerou ter as melhores condições para o projecto. O complexo industrial representará um investimento de 135 milhões de euros e dará emprego directo a 550 pessoas e indirecto a mil. Será o segundo maior centro de produção do grupo.
O projecto foi considerado de interesse nacional (PIN), mas o apoio dado ao grupo sueco não foi divulgado na conferência de imprensa. Contactado pelo DN, também o presidente da API - Agência Portuguesa para o Investimento, se escusou a revelar valores, dizendo apenas que corresponde a menos de 20% do investimento total (limite máximo) traduzido em incentivos financeiros e fiscais.
No total, a Ikea vai investir 660 milhões de euros em Portugal, face aos 527 milhões inicialmente anunciados, que abrangem as três fábricas, dois centros comerciais e cinco lojas. O projecto industrial, apresentado ontem, representará a exportação de 162 milhões de euros em 2014, ou seja, 90% da produção.
A construção da primeira fábrica deverá arrancar ainda este ano, sendo esta a primeira na Península Ibérica e a 36.ª da Swedwood (empresa do grupo Ikea) na Europa e a nível mundial. Em 2010, deverão estar a funcionar as três unidades.
O investimento de 135 milhões de euros na instalação de três unidades fabris em Portugal é o maior realizado pela Swedwood desde a sua constituição, em 1991. Segundo André de Wit, director-geral da Ikea Ibérica, "este projecto traduz a importância que o mercado português representa para o grupo Ikea em geral e para a Swedwood em particular".
Questionado sobre o período mínimo obrigatório para permanecer em Portugal, o responsável respondeu: "Não investimos este montante para ir embora" e garantiu que a Ikea nunca fechou nenhuma fábrica.
O ministro da Economia e Inovação destacou que "está a chegar mais investimento directo estrangeiro a Portugal, o que reflecte o aumento da confiança dos investidores na economia portuguesa e a melhoria da imagem de Portugal".
Manuel Pinho disse ainda que Portugal já tem um papel relevante no cluster da madeira, mas começa a integrar verticalmente todas as áreas.
O processo de instalação das fábricas começou em Janeiro, com a assinatura do memorando de entendimento entre a Ikea e o Governo, através da API.
Produção
As fábricas irão produzir móveis de estrutura em alveolar (board on frame), portas de cozinha e mobiliário mps (multi purpose storage). Cerca de 60% da matéria-prima utilizada (madeira e seus derivados) será portuguesa, afirmou António Machado, responsável máximo do grupo em Portugal.
Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira considera que a Ikea vai trazer know-how para o concelho e que não vai concorrer directamente com a produção que lá existe.
"Os produtos destinam-se a públicos diferentes, há complementaridade e não tanto concorrência", disse.(25.10.06/Fonte : Diário de Notícias)
Fábrica de componentes para painéis solares instala-se em Alfândega da Fé
Investimento de um milhão de euros vai criar, para já, dez postos de trabalho, mas a empresa quer expandir o negócio.
Uma empresa espanhola, com sede em Valladolid, vai instalar uma fábrica de equipamentos e componentes para a produção de energias renováveis, no concelho de Alfândega da Fé. A Mecapisa Portugal vai realizar um investimento inicial de um milhão de euros e garantir dez postos de trabalho, para a fabrico do primeiro produto a lançar, uma espécie de girassol electrónico inovador para fazer rodar painéis solares em direcção ao sol, explica Martin Molina, um dos proprietários da empresa.
O licenciamento para a construção da fábrica deve estar quase concluído e a perspectiva é que no mês de Março a empresa possa começar a trabalhar. "O pessoal vai ser recrutado localmente, com excepção de duas ou três pessoas que necessitam de conhecimentos mais especializados e que vão dirigir o espaço", acrescentou o segundo sócio, Vicente Molina. Esta empresa decidiu apostar em Alfândega da Fé, porque procurava a internacionalização e porque o presidente da câmara deste município lhe ofereceu boas condições para a instalação do equipamento: "Contamos com o apoio do presidente da câmara e esse é um factor fundamental essencialmente na fase da instalação", acrescenta aquele responsável.
Empresa municipal vai investir no projecto
Para já, a Mecapisa Portugal vai produzir seguidores solares, mas a ideia dos investidores é avançar com o fabrico de outros produtos: "Temos já em preparação um segundo projecto para fabrico de placas solares térmicas e outros projectos, como a produção de caldeiras para consumo de biomassa", disse Martin Molina, admitindo que estes novos produtos podem exigir a contratação de mais mão-de-obra local: "Podemos criar entre 30 a 40 postos de trabalho", admite.
Esta aposta em Portugal vem ajudar a empresa a tornar-se mais competitiva, desde logo porque lhe permite reduzir os custos de produção: "Porque em Portugal a mão-de-obra é 30 por cento mais barata que em Espanha", exemplifica Vicente Molina.
A autarquia, através de uma empresa de desenvolvimento do município, vai participar em 30 por cento do capital, o que representa um investimento "na ordem dos 200 mil euros", revelou o autarca, João Carlos Figueiredo. O terreno na zona industrial é garantido pela autarquia, assim como a construção do pavilhão onde vai funcionar a fábrica, "investimentos que serão contabilizados e incluídos na cota de 30 por cento que vai manter a empresa municipal", revela.
A Mecapisa está instalada no centro tecnológico de Valladolid, dedica-se à investigação e desenvolvimento na área das novas tecnologias e produz componentes automóveis e para a indústria aeronáutica. A Câmara de Alfândega da Fé tem tentado atrair investimentos para o município. Esteve em negociações com uma marca de automóveis para a instalação de uma fábrica de componentes, não o conseguiu, "mas foi desse contacto que resultou este investimento que hoje apresentamos", revelou o autarca.(23.10.06/Fonte : Público)
Bruxelas dá 33 milhões à vinha nacional
A Comissão Europeia vai atribuir 450 milhões de euros aos estados membros produtores de vinho para a restruturação e reconversão das vinhas. Portugal recebe 32,6 milhões de euros a utilizar na campanha de comercialização 2006/07.
Em relação à anterior campanha, de 2005/06, Bruxelas divulgou os valores definitivos dos apoios aos diversos estados membros, tendo o montante para Portugal sido fixado nos 44,4 milhões de euros.
Estes pagamentos anuais da Comissão aos países da União Europeia (UE) produtores de vinho, iniciados em 1999, visam adaptar a produção à procura do mercado, sendo os apoios determinados com base na superfície comunitária de vinha existente em cada país.
Na campanha de 2005/06, a superfície abrangida em Portugal era de 6437 hectares, enquanto para 2006/07 é de 3918 hectares.
Para a próxima campanha de comercialização, os maiores beneficiários dos apoios de Bruxelas para a restruturação e reconversão das vinhas são, como habitualmente, a Espanha (159 milhões de euros), a França (110 milhões de euros) e a Itália (99,8 milhões), surgindo Portugal a seguir.
Segundo a comissária europeia responsável pela Agricultura, Mariann Fischer Boel, o programa de restruturação das vinhas "foi muito útil desde 1999" mas "é evidente que não chega". Razão pela qual a CE lançou um debate sobre uma reforma profunda da organização comum do mercado vitivinícola.(20.10.06/Fonte : Jornal de Notícias)
Ivo Vieira inventou um capacete que terá uma viseira electrónica na qual aparecem projectadas informações essenciais para os astronautas: o nível de oxigénio que ainda têm ou a temperatura.
Um visor espacial inventado por uma empresa portuguesa vai facilitar a vida aos astronautas. Através de um pequeno ecrã aplicado no capacete, podem ver o nível de oxigénio, a carga das baterias, a temperatura do fato e até consultar mapas. O acessório está colocado no capacete e promete acabar com os incómodos blocos de notas, presos às mangas do fato cuja consulta era dificultada pela gravidade zero.
A ideia do visor foi de Ivo Vieira, 35 anos, que está à frente da empresa de tecnologia aeroespacial Lusospace. Esta empresa, que tem sede em Lisboa, já fez três magnetómetros, uma espécie de bússolas que funcionam nos satélites, para a Agência Espacial Europeia (ESA). Agora a ESA pediu à Lusospace para resolver o problema do incómodo que o bloco de notas causa aos astronautas em gravidade zero.
O novo visor terá a vantagem de não interferir com o campo de visão, ou seja, "a pessoa vê imagens de dados sobrepostas ao ambiente exterior", conta à SÁBADO o investigador Ivo Vieira. A ESA gostou da ideia e encomendou um protótipo que deverá estar pronto em finais de 2007, princípio de 2008.
O SISTEMA PODE SERVIR de mapa electrónico, dando coordenadas em missões difíceis. A informação e o momento em que os dados aparecem no visor são controlados pelos astronautas através de um comando de quatro botões no pulso do utilizador. Também se podem dar instruções ao aparelho através do microfone. O processamento da informação é feito por um computador de bolso (PDA) instalado no fato.
O equipamento está preparado para alertar para a falta de oxigénio ou temperatura anormal do fato. Mas ainda falta acertar detalhes: "O ambiente do fato é controlado mas, se houver um pouco de fumo tóxico - provocado por um curto-circuito -, a temperatura fica descontrolada. Não há maneira de retirar o fumo e isso tem de ser evitado." Depois do protótipo virá a fase dos testes da ESA - alguns deles em piscinas, porque na água o corpo move-se como se estivesse no espaço.
Na etapa seguinte, em 2009, será lançada a versão comercial do visor para uso terrestre: forças militares, pilotos e até a indústria poderão servir-se da lente. Numa linha de produção rápida é possível dar instruções ao operário do que deve fazer a seguir. O visor chegará então ao espaço entre 2015 e 2020. A Lusospace quer aplicar esta tecnologia nos sistemas de videoconferência. "Vemos a imagem do nosso interlocutor como se estivesse junto de nós. E o nosso campo de visão não é afectado", diz Ivo Vieira.(19.10.06/Fonte : PortugalNews)
A maioria dos portugueses é a favor da despenalização
A maioria dos portugueses é a favor da despenalização do aborto, segundo uma sondagem realizada pela Aximage para o CM, que revela que 47,9 por cento dos inquiridos é a favor da despenalização, 39,9 por cento é contra e 12,2 por cento não tem opinião.
A Assembleia da República discute hoje e provavelmente aprova a realização de um novo referendo, pois as bancadas parlamentares do PS, PSD e BE anunciaram que vão votar a favor de uma nova consulta popular, enquanto o PCP e Os Verdes, que sempre defenderam a mudança da lei sem realização do referendo, devem votar contra; já o CDS-PP irá abster-se por considerar que terminou o prazo de vigência do referendo realizado em 1998. O CDS defende a manutenção da lei.
Os resultados da sondagem mostram que, quanto mais à esquerda vota o inquirido, mais elevada é a probabilidade de defender a despenalização do aborto; e quanto mais à direita mais provável é defender a manutenção da lei, que criminaliza as mulheres que abortam depois das dez semanas de gravidez ou que abortam nas primeiras dez semanas sem alegar “preservação da integridade moral, dignidade social ou maternidade consciente”. Estas justificações deixarão de constar na lei caso a maioria dos eleitores vote pela despenalização num novo referendo.
E, segundo a sondagem CM, 47,9 por cento gostaria que isso acontecesse, sendo que a maioria dos inquiridos favoráveis à despenalização afirma votar em partidos do centro-esquerda: (50,6 por cento no PS; 39 por cento no PSD; 70,3 na CDU; 30,6 no CDS-PP e 64,4 por cento no BE).
Quanto aos inquiridos que são contra a despenalização (39,9 por cento), afirmaram votar 39,1 por cento no PS, 51,7 por cento no PSD, 24,7 por cento na CDU, 46,2 por cento no CDS/PP e 8,5 por cento no BE.
Relevante é o facto de 23,2 por cento dos inquiridos que afirmaram votar CDS-PP revelarem não ter opinião sobre o assunto e 27,1 por cento dos que disseram ter votado BE também afirmarem não ter opinião. Nestes dois partidos, a abstenção é muito superior à registada nas restantes forças políticas com assento parlamentar : 10,3 por cento PS, 9,3 por cento PSD e 5 por cento CDU.
Os resultados da sondagem mostram ainda que as mulheres são mais favoráveis à despenalização do que os homens, que os homens quanto mais velhos são mais contestam uma nova lei e que as mulheres entre os 18 e os 29 anos e os 45 e 59 anos estão mais receptivas à despenalização. Também quem trabalha e tem menos instrução é mais favorável à mudança da lei, sendo que os inquiridos que afirmaram ter mais do que a instrução obrigatória estão perfeitamente divididos: 43,3 por cento a favor e 43,8 por cento contra. Por fim, dos inquiridos que vivem no Litoral Centro Sul, 60,5 por cento é pela despenalização do aborto, ao invés dos que residem no Litoral Norte, onde 47,5 por cento afirmou ser contra. Já nas regiões do Interior verifica-se um empate: 46,9 por cento a favor e 46,7 por cento contra.
A PERGUNTA
Concorda com a despenalização da interrupção oluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?
CATÓLICO EM CAMPANHA PELO 'SIM'
Vai fazer campanha pelo ‘sim’ à despenalização do aborto, a título pessoal e como dirigente socialista. Pedro Silva Pereira, 42 anos, é ministro da Presidência e tido como um dos mais próximos do primeiro-ministro. Ajudou a escrever a moção que José Sócrates levará em Novembro a congresso e, no seu percurso, conta-se a ligação a movimentos católicos. Foi mesmo militante activo de movimentos católicos e chegou ser editor de Assuntos Religiosos na TVI. É militante do PS desde 2000 e começou o seu percurso governativo com José Sócrates, ocupando em 1999 o cargo de secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza do Executivo de António Guterres. A partir de Outubro de 2004, Sócrates é eleito líder socialista e Silva Pereira assume não só o papel de dirigente como o de porta-voz. Função que acabaria por deixar, uma vez que foi convidado a integrar a equipa de Governo. É membro do Secretariado Nacional e da Comissão Permanente do PS – a ser extinta no próximo conclave – e é com ele que o primeiro-ministro almoça, muitas vezes, em São Bento.
PONTOS DE VISTA
SEC. ESTADO - ANTÓNIO BRAGA
GOVERNO FIEL ÀS SUAS CONVICÇÕES
“Não vejo razões para alterar as minhas convicções tal como as defendi, quando as apresentei através do projecto-lei em co-autoria”, declara. Em causa está a despenalização, condicionada a uma comissão de Apoio à Maternidade.
PSD - PAULA TEIXEIRA DA CRUZ
DIRIGENTE NÃO EXCLUI CAMPANHA
A vice-presidente do PSD Paula Teixeira da Cruz não exclui, a título pessoal, participar em campanha pelo ‘sim’ à despenalização. “Depende das iniciativas”, afirmou, lembrando que a “resposta social não pode ser a cadeia” para quem o pratica.
CRONOLOGIA
NOVEMBRO 1982
Entre Março e Novembro desse ano, a Assembleia da República passa horas a discutir a lei sobre o aborto, que é recusada.
MAIO DE 1984
Publicada a primeira versão sobre a exclusão de ilicitude em alguns casos de interrupção voluntária da gravidez.
JULHO DE 1997
São alargados prazos para realizar o aborto em situações de malformação do feto. E há mais um debate parlamentar.
JUNHO DE 1998
É o primeiro referendo sobre o aborto em Portugal. Não é vinculativo e a lei mantém-se similar à de 1984.
MARÇO DE 2004
Projectos do PS, PCP e BE sobre a despenalização são chumbados pela coligação PSD/CDS em debate violento.
ABRIL DE 2005
Belém considera inoportuno. Nova tentativa do PS em Setembro desse ano, chumbada pelo Tribunal Constitucional.
O COMPROMISSO DE SÓCRATES
Sócrates, já na campanha para líder do PS, comprometeu-se a não mudar a lei sem realizar uma nova consulta popular.
NUNO MELO DÁ OUTRA QUESTÃO
O líder da bancada do CDS entregou ontem uma pergunta alternativa, substituindo despenalização por liberalização.
RESOLUÇÃO NO PARLAMENTO
O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, lamenta que o PS não utilize a maioria absoluta para fazer aprovar a despenalização.
ZITA SEABRA MANTÉM POSIÇÃO
O debate de 1984 opôs a comunista Zita Seabra, que agora fala em nome do PSD, ao actual líder, Marques Mendes.
SONDAGEM: POSIÇÃO FACE À INTERRUPCÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ
É A FAVOR: 47,9%
É CONTRA: 39,9%
SEM OPINIÃO: 12,2%
PS
É a favor: 50,6%
É contra: 39,1%
Sem opinião: 10,3%
PSD
É a favor: 39%
É contra: 51,7%
Sem opinião: 9,3%
CDU
É a favor: 70,3%
É contra: 24,7%
Sem opinião: 5%
CDS-PP
É a favor: 30,6%
É contra: 46,2%
Sem opinião: 23,2%
BE
É a favor: 64,4%
É contra: 8,5%
Sem opinião: 27,1%
FICHA TÉCNICA
Objectivo - Posição face à interrupção voluntária da gravidez
Universo - Indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal em lares com telefone fixo.
Amostra - Aleatória estratificada (região, habitat, sexo, idade, instrução e voto legislativo), polietápica e representativa do universo, com 550 entrevistas efectivas, das quais 295 a mulheres
Proporcionalidade - A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida com reequilibragem amostral Técnica - Entrevista telefónica C.A.T.I. (computer assisted telephone interview)
Trabalho de campo - O trabalho de campo decorreu entre os dias 2 e 4 de Outubro de 2006
Taxa de resposta - 77,8% . Desvio padrão máximo de 0,021.
Responsabilidade do estudo - Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge Sá.(19.10.06/Fonte : Correio da Manhã)Sonae Sierra compra centro comercial alemão
A Sonae Sierra acordou a aquisição do centro comercial Münster Arkaden, na Alemanha, indicou esta terça-feira a empresa do grupo liderado por Belmiro de Azevedo. O valor da operação não foi divulgado.
«A aquisição do Münster Arkaden, o quadragésimo centro comercial do portofólio da Sonae Sierra, representa a continuidade da nossa estratégia de longo prazo no mercado alemão, já que através desta operação passamos a ter o nosso primeiro centro comercial aberto ao público na Alemanha», refere o comunicado.
O centro Münster Arkaden possui 26.220 m2 de Área Bruta Locável (ABL), com três pisos de lojas e mais 6000 m2 de escritórios.
A Sonae Sierra encontra-se a desenvolver outros três centros comerciais na Alemanha.(18.10.06/Fonte : Diário Digital)Electricidade para famílias sobe entre 8,9% e 15,7%
As tarifas eléctricas para os clientes domésticos de electricidade vão registar em 2007 um aumento recorde de 15,7% para os consumidores com potência contratada abaixo dos 20,7 kVA (kilovolt ampere). Este universo representa cerca de 88% dos consumidores, o correspondente a 5,3 milhões.
A proposta da ERSE (Entidade Reguladora do Sector Energético) prevê um aumento médio das tarifas eléctricas de 12,4%, mas os consumidores domésticos, que até este ano estiveram protegidos de subidas significativas pelo tecto da inflação prevista, passam a partir de 2007 a pagar o aumento dos custos da produção de electricidade. Mesmo assim, explicou o presidente da ERSE, Jorge Vasconcelos, a tarifa de baixa tensão normal para o próximo ano só reflecte um terço do défice tarifário de 2006, de cerca de 400 milhões de euros. Se o défice, que resulta da diferença entre os aumento de 2006 e o custo real que deveria ter passado para as tarifas, fosse todo recuperado no próximo ano, os preços disparavam ainda mais, para 22,7% na baixa tensão, e 20 a 26% para clientes industriais.
Como a ERSE optou por repercutir apenas um terço deste défice em 2007, o correspondente a 132 milhões de euros, foi possível conter em parte os aumentos. Os consumidores domésticos pagam em média mais 14,4%. A baixa tensão especial vai pagar mais 7,7%, a baixa tensão acima do 20,7 kVA irá ter aumentos de 9,3%, enquanto que a baixa tensão normal terá o aumento mais elevado de 15,7%. Nos clientes industriais, os aumentos variam entre os 9,3% e 9,2% na muito alta tensão e alta tensão e os 7,2% na média tensão. Nos Açores, a subida média é de 10,2% e na Madeira chega aos 16,2%.
O aumento dos custos de produção de electricidade por causa da escalada dos combustíveis (gás natural, fuel e carvão) é uma das razões invocadas para tão forte aumento. Os preços do fuel e do gás natural estão 31% e 16%, respectivamente, acima do previsto este ano. A ERSE prevê aumentos em 2007 de 39% para o fuel e de 13% para o gás.
Custos "políticos"
O factor que acabou por pesar mais foi a forte subida de 45% face a 2006 dos chamados custos de interesse geral, ou de política energética, como referiu Jorge Vasconcelos e que são exteriores ao sistema eléctrico. Esta soma, que inclui desde as rendas aos municípios, a convergência com as tarifas das regiões autónomas até ao sobrecusto das produções em regime especial da co-geração e das eólicas (que têm tarifa mais alta), atingiu os 742 milhões de euros. Este montante representa já 13% do preço médio do sistema público, penalizando mais as famílias (17%).
Os domésticos foram ainda castigados pela revisão extraordinária de tarifas em Julho. A medida do Governo permitiu baixar os preços à indústria transferindo a totalidade do sobrecusto com as energias renováveis para os clientes de baixa tensão. Embora assumindo que os preços propostos são uma factura pesada, o presidente da ERSE justificou a opção tarifária com a necessidade de recuperar o mais depressa possível o défice para trazer mais competitividade ao sector e estimular a concorrência no mercado liberalizado. Até 2011, terá de ser repercutido o défice remanescente de 2006, que é de 264 milhões de euros, com juros.
Apesar de tudo, Jorge Vasconcelos realça que o preço da electricidade em 2007 será, em termos reais (descontando a inflação), mais baixo que o pago pela generalidade dos clientes em 1998, quando arrancou a regulação das tarifas. A proposta para 2007 será avaliada pelo Conselho Tarifário e a decisão das tarifas finais será conhecida em Dezembro.(17.10.06/Fonte : Diário de Notícias)Novo 'Sharan' cria[ria] três mil empregos em Palmela
O modelo que irá suceder ao monovolume Sharan, em produção na Autoeuropa até 2008, permitirá a criação de três mil postos de trabalho em Palmela, divididos entre o parque industrial e a fábrica.
António Chora, da Comissão de Trabalhadores, disse ao DN que as contas foram apresentadas pela Volkswagen e que, no caso da unidade de Palmela, poderá significar a criação do terceiro turno na segunda fase do projecto.
António Chora falou ao DN no final de uma reunião entre a VW e as comissões de trabalhadores das fábricas da marca alemã na Europa. No encontro, a construtora garantiu que a atribuição do modelo que irá suceder ao Sharan permitirá a criação de três mil postos de trabalho directos. No parque industrial, o aumento de postos de trabalho será realizado através da instalação de novos fornecedores.
A Autoeuropa emprega actualmente 2790 pessoas. Os fornecedores instalados no parque industrial adjacente à fábrica empregavam, no final de 2005, um total 2350 pessoas. No final de 2006, este número deverá ser superior, devido ao arranque de algumas unidades que se instalaram entretanto no parque para fornecer o cabrio Eos. Entre colaboradores e fornecedores instalados na região, a Autoeuropa estima em cerca de 3750 o número de postos de trabalho que dependem da fábrica.
A fábrica portuguesa produz actualmente os monovolumes Sharan (VW) e Alhambra (Seat) e o cabrio Eos, cujo lançamento ocorreu entre finais de Maio e início de Junho deste ano. A partir de Dezembro de 2007, a unidade começa a produzir os primeiros modelos Scirocco - o novo desportivo da VW - cujo lançamento terá lugar em 2008. Em meados do mesmo ano, os modelos Sharan e Alhambra deixam de ser fabricados. A atribuição do sucessor do Sharan é vital para a continuidade da Autoeuropa. O acordo laboral que será votado quarta-feira é considerado essencial para uma decisão da VW favorável à fábrica de Palmela. Comissão de Trabalhadores e administração esperam que a votação dê luz verde ao acordo, que deverá vigorar até Setembro de 2008.
António Chora adiantou que os trabalhadores "cumpriram a sua parte", ao baixarem o pagamento do trabalho extraordinário de 200 para 100%, como lhes tinha sido pedido. Agora, salienta, está nas mãos da administração cumprir a outra exigência da VW, que é a redução de custos. O decréscimo no custo do veículo está dependente das negociações com os fornecedores do futuro modelo.
Das reuniões com a VW, em Wolsburg, António Chora realça a "preocupação" que se gerou entre os representantes dos trabalhadores presentes, face ao silêncio da construtora na revelação dos volumes de produção por fábrica e a atribuição de novos modelos. "A VW disse que os anúncios só seriam feitos no final de Novembro.".(16.10.06/Fonte : Diário de Notícias)Aveiro recebe 100 milhões de euros para energia solar
A região de Aveiro vai receber dois projectos de investimento na área das energias renováveis que envolvem investimentos globais de cem milhões de euros, confirmou ao DN fonte da API.
A API - Agência Portuguesa para o Investimento vai assinar hoje com a Vulcano um contrato de investimento para a criação de uma unidade de produção de painéis solares naquela região. A cerimónia será presidida pelo Ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, que estará ainda presente na apresentação de um projecto para a produção de energia solar fotovoltaíca, a desenvolver na zona industrial de Ovar.
Este último projecto já foi considerado PIN (Projecto de Interesse Nacional), mas o contrato de investimento não será assinado para já, adiantou a mesma fonte.
Quanto ao investimento da Vulcano, do grupo Bosch, consiste na modernização da fábrica já existente na zona industrial de Aveiro, criando uma nova linha de fabrico de painéis solares térmicos, com a utilização de processos produtivos tecnologicamente actualizados e de acordo com as disposições existentes para o ambiente e qualidade. Uma diversificação das actividades da empresa.
A capacidade de produção da nova unidade será de 150 mil painéis solares por ano, que se destinam maioritariamente à exportação.
Mas a estratégia da Vulcano abrange ainda a área da investigação e desenvolvimento. Nesse âmbito, a empresa irá criar um centro de competência de forma a assegurar o desenvolvimento da nova gama de colectores. A empresa já tem, inclusivamente, pessoas a ser formadas na Alemanha para integrarem este projecto. Mas esta é apenas a primeira fase de um projecto que deverá envolver 10 milhões de euros de investimento por ano, disse ao DN fonte do Ministério da Economia.
Quanto ao novo projecto de energia solar fotovoltaíca, a desenvolver também na região de Aveiro, e que conta com a participação da Universidade daquela cidade, nem a API, nem o Ministério da Economia, avançaram com mais pormenores.
A aposta nas energias renováveis em Portugal começa a ser visível. Mas os projectos de energia solar só agora começam a surgir.(13.10.06/Fonte : Diário de Notícias)Hidrogénio e biogás vão produzir energia
A Amarsul, a Algar e a Resulima - participadas da EGF, empresa da Águas de Portugal para os resíduos - e a AGNI assinam hoje contratos para implementar uma tecnologia inovadora que recorre ao hidrogénio para aproveitamento do biogás de aterros para produção de electricidade.
Os contratos resultam do memorando assinado em Janeiro entre a empresa malaia e a EGF e vão permitir a implementação da tecnologia nos aterros de Palmela, Sotavento Algarvio e Vila Fria. A EGF detém 17 aterros e em quatro já é feito o aproveitamento energético do biogás resultante da decomposição dos resíduos. A AGNI assinou também um acordo com o Estado para instalar uma fábrica de pilhas de hidrogénio em Montemor-o-Velho, num investimento de 64,1 milhões que cria 200 empregos e que deve estar pronta em 2009. Já ontem, o seu presidente revelou em Lisboa querer instalar ainda uma fábrica de automóveis a hidrogénio no país, devendo a decisão ser tomada este mês.(12.10.06/Fonte : Jornal de Notícias)Reforma da Segurança Social deverá entrar em vigor em Janeiro
Só a CGTP ficou de fora do acordo ontem assinado pelos parceiros sociais
No dia em que o Governo, encabeçado pelo primeiro-ministro José Sócrates, e cinco dos seis parceiros sociais assinaram um acordo de princípio sobre a nova lei de bases da Segurança Social, o presidente da República voltou a apelar a um entendimento entre os dois maiores partidos e o PSD veio a público apresentar os detalhes da sua proposta de reforma. O conjunto de diplomas legais entrará em vigor já em Janeiro do próximo ano. É pelo menos essa a expectativa do ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, que falava após a assinatura do documento, ontem, no Centro Cultural de Belém, Lisboa.
Antes disso, o Governo terá que transformar as linhas de orientação da reforma em propostas de diplomas legais, a entregar à Assembleia da República "brevemente", espera Vieira da Silva. Depois da luz verde dada pelas Confederações da Indústria, Comércio e Serviços, Agricultura e Turismo e pela UGT - a CGTP não assinou o documento -, o Parlamento será o palco da próxima fase de negociações, desta feita com os partidos da Oposição.
É aí que Cavaco Silva espera um "diálogo político de boa-fé", que conduza "a um resultado melhor do que a proposta de lei apresentada", afirmou, citado pela Lusa. O presidente da República enalteceu a convergência de vontades registada em Concertação Social, mas realçou que "a discussão política de fundo realiza-se no local próprio, que é a Assembleia da República", disse.
PS recusa modelo do PSD
O desejo expresso por Cavaco Silva não deverá, contudo, ser concretizado. Apesar de não ter referido a proposta do PSD, José Sócrates recusou o modelo de "cada um por si", em que cada pessoa faz descontos para um sistema de capitalização que, no futuro, alimentará a sua própria reforma. A alternativa é o modelo que tem sido seguido, em que as pensões pagas hoje são financiadas pelos descontos dos trabalhadores neste momento no activo. "O sistema público é um dos pilares do Estado social, que está previsto na Constituição da República", disse.
Minutos depois, Vieira da Silva precisava que o Governo recusa aceitar um sistema baseado no plafonamento, defendido pelo PSD, quer pelo modelo em si quer pelas consequências do período de transição - as décadas entre a data em que as pessoas deixam de contribuir para o sistema geral, mas em que o valor das pensões a pagar se mantém. Estes anos, assegura o ministro, teriam um impacto financeiro "brutal".
O PSD nega que o impacto da transição seja incomportável e assegura que seria financiado com a emissão de até nove mil milhões de euros de dívida pública, o fundo de estabilização financeira da Segurança Social e outras fontes, como parte das verbas que hoje são usadas ara pagar as rendas das Scut, as autoestradas sem custos para o utilizador.
O programa apresentado por Pais Antunes, vice-presidente do PSD, implica que perto de um terço dos descontos dos trabalhadores que tenham até 35 anos de idade sejam desviados para sistemas paralelos de capitalização, em que os juros vão sendo somados às poupanças feitas. O modelo define um regime de plafonamento e quatro cenários, consoante a percentagem de trabalhadores que poderiam aderir ao sistema. Não é feita referência a matérias como a promoção do envelhecimento activo ou o estímulo à natalidade.(11.10.06/Fonte : Jornal de Notícias)Os funcionários públicos que passem à situação de mobilidade especial (o que corresponde à antiga designação de excedentários ou supranumerários) correm o risco de perder integralmente o seu salário à segunda recusa de emprego ou de participação em procedimentos de selecção. Esta consequência decorre da proposta de lei do Governo sobre o regime de mobilidade na administração pública, que hoje volta a ser discutida, em sede de especialidade, na Assembleia da República.
O n.º 8 do artigo 29.º da proposta de lei do Executivo refere que "a desistência injustificada do procedimento de selecção [candidatura a vagas criadas] e a recusa não fundamentada de reinício de funções em serviço determinam [...] a passagem a situação de licença sem vencimento de longa duração, à data da segunda desistência ou recusa". A proposta de lei prevê igualmente sanções para o acto da primeira recusa, que implica "a redução em 25 pontos percentuais da percentagem aplicada para determinação da remuneração auferida". Ou seja, em vez de 66,6%, o trabalhador considerado "excedentário" passará a receber apenas 41,6% do seu "vencimento-base".
Este é um dos aspectos da proposta governamental que mais críticas suscitou junto dos sindicatos da administração pública. Manuel Ramos, da Frente Comum, levantou esta questão junto dos deputados da comissão parlamentar de Trabalho, na última reunião. Em declarações ao DN, este dirigente sindical afirma que "o incumprimento das condições previstas na proposta de lei pode ocorrer de forma involuntária", uma situação agravada pelo facto de os "trabalhadores da administração pública, ao contrário dos restantes, não terem protecção contra o desemprego". Manuel Ramos sublinha ainda que os funcionários em situação de inactividade não podem recorrer à reforma antecipada.
Com efeito, os trabalhadores do sector público saem prejudicados neste aspecto face ao sector privado. Mas é o único. Segundo a comparação feita pelo DN entre os dois regimes (ver caixa ao lado), que deverão entrar em vigor no início do próximo ano, as regras são semelhantes entre uns e outros. As exigências em matéria de empregabilidade são semelhantes (a supressão do subsídio de desemprego também está prevista na Segurança Social) e o valor da "prestação" é semelhante. Quanto à duração da atribuição desta "prestação" em caso de inactividade forçada, as regras aplicáveis aos funcionários públicos são até mais favoráveis. Com efeito, o funcionário terá direito a receber esta prestação compensatória até ao momento em que se aposente enquanto o trabalhador do sector privado poderá recebê-la no máximo durante pouco mais do que 900 dias (consoante a idade e anos de descontos).(10.10.06/Fonte : Diário de Notícias)Governo lança pólos de apoio à inovação nas universidades
Medida pronta a ser anunciada visa colocar pontos de ligação entre as instituições e as empresas. Objectivo: promover a inovação.
O Governo prepara-se para lançar uma rede de apoio à inovação, colocando um posto de atendimento “tecnológico” em cada universidade portuguesa, confirmou o DE.
A iniciativa foi anunciada na última sexta-feira pelo ministro da Economia, numa reunião destinada a avaliar os primeiros passos dos 25 governos europeus na aproximação à agenda de Lisboa.“Technological Plan Hot Points” - foi assim que Manuel Pinho designou o projecto, em inglês, para que todos os presentes entendessem. Carlos Zorrinho, coordenador da agenda portuguesa, garante ao DE que “o nome ainda não está definido - pode chamar-se outra coisa qualquer” -, mas explica desde já os propósitos: “Colocar em cada universidade um serviço de apoio à inovação, que sirva para financiar iniciativas e empresas, registar patentes ou simplesmente acompanhar processos”.
Manuel Pinho e Mariano Gago (o outro responsável pela iniciativa) recusaram-se a dar mais pormenores sobre a iniciativa. Pinho chegou a anunciar que seria tornada pública ainda esta semana, o que Carlos Zorrinho não dá por garantido: “Estamos a trabalhar nesse assunto, ainda não está acertada a sua divulgação”, diz ao DE.
Também na sexta-feira, no único momento aberto a jornalistas do mesmo seminário, José Sócrates já tinha deixado uma pista no mesmo sentido, comprometendo-se a avançar com a criação de “uma rede de pólos de competitividade e tecnologia”, integrada num programa para “melhorar as relações entre universidades e empresas”.
O que já é certo durante esta semana é o novo passo na associação portuguesa ao prestigiado MIT (Massachusetts Institute of Tecnology): segundo avançaram o “Expresso” e o “Sol” este sábado, o Governo apresentará na quarta-feira um acordo com sete universidades e 26 instituições de investigação, que colocará os seus mestrados e doutoramentos (em sistemas de engenharia e gestão) com o mesmo valor de mercado que os da universidade norte-americana.
O plano envolve as universidades de Lisboa, Porto, Minho e Coimbra, assim como as universidades técnicas e Nova de Lisboa e a Universidade Católica. O plano exige do Governo 65 milhões e visa um período de aplicação até 2011.(09.10.06/Fonte : Diário Económico)A prestação mensal de um empréstimo habitacional de 150 mil euros, a amortizar em 25 anos, subiu 185,8 euros este ano. No início de 2006 a taxa de juro euribor a seis meses, a mais utilizada no crédito à habitação, era de 2,643 por cento.
Com mais um por cento de encargos bancários, resultava o pagamento mensal de 705,2 euros para o referido contrato de empréstimo. Com a euribor a seis meses a 3,603 por cento anteontem, máximo anual, essa prestação subiu para 891 euros.
A euribor a seis meses, que progrediu 36 por cento este ano, é o barómetro da taxa de juro de referência dos países do euro, que o BCE – Banco Central Europeu – fixou ontem em 3,25 por cento (aumento de 25 pontos de base).
Desde Dezembro de 2005, a Autoridade Monetária presidida por Jean-Claude Trichet aumentou o custo do dinheiro cinco vezes (25 pontos de base de cada vez).
No último mês do ano passado, a principal taxa de juro dos países que utilizam a mesma moeda estava em dois por cento. Desde então, o crédito concedido a particulares para compra de habitação e a empresas não pára de aumentar.
Algumas famílias, sobre-endividadas, recorrem à Deco. Há casos de incumprimento das hipotecas de habitações. Recentemente, o BCP levou a leilão, através da empresa Luso-Roux, mais de 80 imóveis pertencentes a pessoas que deixaram de pagar os contratos de empréstimos.
Segundo uma fonte bancária, esses imóveis pertenciam a famílias cujos orçamentos eram à justa para as despesas obrigatórias. Orçamentos esses que se desequilibraram com a subida da prestação do crédito à habitação desde o último trimestre de 2005. E a subida vai continuar, não só pelo nível da taxa euribor a seis meses mas também pelo discurso de ontem de Jean-Claude Trichet. O responsável do BCE voltou a dizer que o preço do dinheiro ainda está barato e que é preciso “assegurar a estabilidade dos preços a médio e longo prazos”. Para impedir o aumento a inflação, Trichet tem mais margem de manobra, porque a economia da zona do euro está a crescer acima das previsões.
De acordo com analistas, a taxa de juro decretada pelo Banco Central Europeu deve atingir os 3,5 por cento até ao fim do ano.
PERFIL
O francês Jean-Claude Trichet preside ao BCE – Banco Central Europeu – desde 1 de Novembro de 2003, tendo sucedido ao holandês Wim Duisenberg. Desde a tomada de posse do cargo de presidente da Autoridade Monetária Europeia, Trichet disse que exerceria uma forte vigilância sobre a taxa de inflação, cujo limite máximo é de dois por cento. Várias associações empresariais europeias têm dito que Trichet deveria preocupar-se mais com a economia do que com a inflação.
CRÉDITO CONCEDIDO
O crédito concedido pelas instituições bancárias a particulares residentes em Portugal ascendia ao total de 111,123 mil milhões de euros em Junho último, mais 15 por cento que no mesmo mês do ano passado.
Segundo o Banco de Portugal, de todos os empréstimos contratados, 88,814 mil milhões de euros destinaram-se à compra de habitação, o valor mais baixo desde Fevereiro de 2006.
Em Junho último, o crédito malparado totalizava 1,13 mil milhões de euros, também o valor mais baixo desde Fevereiro deste ano.
A instituição governada por Vítor Constâncio apurou que os bancos consideravam como cobrança duvidosa, no final do primeiro semestre de 2006, mais de dois mil milhões de euros concedidos a particulares para a aquisição de residência, automóvel e outros bens de consumo.
Comparando com os primeiros seis meses de 2005, a referida verba de cobrança duvidosa desceu quase seis por cento.
INGLATERRA MANTÉM JURO
O Banco de Inglaterra decidiu ontem manter nos 4,75 por cento a principal taxa de juro do Reino Unido, a segunda maior economia europeia.
A instituição financeira britânica justificou a inalteração do custo do dinheiro com as recentes desvalorizações do preço do petróleo.
A matéria-prima atingiu o máximo de 78,64 dólares, no mercado de futuros de Londres, a 10 de Agosto de 2006. Desde então, o preço da fonte energética desceu cerca de 30 por cento.(06.10.06/Fonte : Correio da Manhã)Portugueses gastam entre 130 e 215 euros por mês em energia
Famílias estão mais sensibilizadas para poupar energia
Os portugueses gastam 130 a 215 euros por mês em energia, revela um estudo realizado pela Deloitte para a Associação Portuguesa de Energia ontem divulgado. De acordo com o estudo "A Energia em Portugal - a perspectiva de quem a utiliza", a maior parte das famílias tem hábitos de poupança, ao contrário das empresas, onde apenas uma minoria adopta esquemas de gestão energética. Tendo com conta que o rendimento médio dos portugueses é de 650 euros, conclui-se que factura com energia pesa 20% a 33% no seu orçamento mensal.
O estudo - que incidiu sobre 2001 consumidores domésticos e famílias e 398 empresariais do continente - indica que, entre as famílias, a maior parte dos gastos (76 a 125 euros/mês) com energia é feita em combustíveis. A electricidade absorve 31 a 60 euros e o gás 15 a 30 dos portugueses. Nas empresas, o padrão de consumo é semelhante, sendo que em 50% os custos com energia ascendem a 12,5% do total. A indústria consome sobretudo derivados líquidos de petróleo, 23% consomem gás natural e 17% de botija.
A maior parte dos consumidores domésticos disse ter hábitos de poupança de energia frequentes, afirmando não realizar mais acções de poupança por falta de informação, falta de hábito ou mesmo falta de cuidado. Mas a maioria concorda com a implementação de acções para poupança.
Por outro lado, 53% dos domésticos estão dispostos a pagar mais pela electricidade, se isso contribuísse para apostar mais em renováveis, uma "sensibilidade" que "surpreende" o secretário-geral da DECO, Jorge Morgado, para quem este é um sinal de que "o Estado devia implementar outras medidas de apoio à eficiência". "Devia ser simples instalar painéis solares, ou aproveitamentos de biogás em aldeias, por exemplo", sugere, lamentando que, em regra, este tipo de medidas seja "uma complicação" para o cidadão. Ainda assim, a maioria (54%) dos inquiridos disse que não suportaria um agravamento na factura superior a 5% por causa das renováveis.
Entre as empresas, apenas 11% revelaram ter implementado programas de gestão de energia, sendo que o esforço é maior (21%) no sector industrial, que tem mais facilidade (ver caixa ao lado) em adoptar procedimentos de eficiência energética. O Norte é a região onde mais empresas (50% das inquiridas) fazem gestão de energia, com vista a baixar custos.
Apesar de 60% dos empresários terem conhecimento das metas para a redução de emissões poluentes, apenas 34% estariam dispostos a pagar mais para Portugal apostar na produção eléctrica com base em renováveis. E, destes, 90% não pagariam mais que 10% face ao preço actual.(04.10.06/Fonte : Jornal de Notícias)Lista dos devedores ao Fisco já conta 852 devedores
Em apenas dois meses, a lista de contribuintes com dívidas fiscais aumentou de pouco mais de 250 para 852 devedores. Pela primeira vez, a lista inclui também empresas que estão em falta com mais de um milhão de euros.
A primeira actualização deste processo de divulgação de devedores - que foi lançado a 31 de Julho - saldou-se pela entrada de cerca de 500 novos faltosos. Mas neste período de tempo, houve também alguns contribuintes que conseguiram "apagar" o seu nome porque pagaram a dívida em questão. Ao todo, e tal como o JN noticiou no sábado, saíram 58.
Foi nos escalões de dívidas de valor mais reduzido (entre 50 mil e 100 mil euros e de 100 mil a 250 mil) que se registou agora um maior número de entradas. Além de incluir um número bastante mais elevado de devedores, há pela primeira vez a assinalar a presença de empresas nas dívidas de um a cinco milhões de euros (oito) e superiores a cinco milhões (dois).
Para o Ministério das Finanças, este processo de divulgação dos devedores entrou agora em velocidade cruzeiro e estima-se que a curto/médio prazo a lista contenha alguns milhares. Um dos motivos que contribuirão para esse aumento prende-se com a descida dos limites dos valores em falta, o que deverá ocorrer a partir de Janeiro. Recorde-se que, por agora, só constam da lista os contribuintes singulares com dívidas superiores a 50 mil euros e colectivos que devam mais de 100 mil euros.
Os 852 devedores que passaram a integrar a lista ao final do dia 30 de Setembro correspondem apenas a uma pequena percentagem dos contribuintes com dívidas fiscais. Tudo porque a Administração Fiscal tem de obedecer a uma série de requisitos antes de poder avançar com a divulgação dos nomes. Segundo dados do Ministério das Finanças, foram seleccionados até ao momento 8091 devedores, dos quais 5765 foram notificados para exercício do direito de audição prévia. Desde universo, 564 optaram por pagar a verba em falta e evitar assim a exposição pública.(03.10.06/Fonte : Jornal de Notícias)Marca portuguesa Wearplay conquista diferentes países em tempo recorde
Estados Unidos, Canadá, Balcãs, Japão e Tailândia são clientes
Desde que participou pela primeira vez na feira Bread & Butter, em Barcelona, no Verão de 2005, a Wearplay - marca portuguesa de "jeanswear" nascida em Guimarães - conseguiu saltar a barreira do mercado doméstico. E em menos de um ano entrou em diferentes países: Estados Unidos, Canadá, Balcãs, Japão,Tailândia, Alemanha, Holanda e Espanha.
"As feiras são um excelente júri e têm-se revelado um bom veículo para a internacionalização da marca. Além da Bread & Butter, tanto em Berlim como em Barcelona, fizemos a nossa estreia em Agosto úitimo na Magic Las Vegas, nos Estados Unidos, de onde trouxemos 20 clientes multimarca de quatro Estados - Califórnia, Nova Iorque, New Jersey e Minneapolis", conta Nuno Azevedo, criador/fundador e director comercial da Wearplay.
A empresa, nascida há seis anos, não tem produção própria, optando pela subcontratação em três países: Portugal (65% da produção), Índia e Brasil. Começou o negócio de "jeanswear" como fornecedor de lojas multimarca em Portugal, até que mais tarde resolveu apostar igualmente numa rede de lojas próprias, sendo que actualmente contabiliza nove unidades no mercado nacional. "As metas são a consolidação da rede multimarca, a expansão da cadeia de lojas próprias e a expansão internacional através de clientes multimarca ou parceiros de ‘retail’”, frisa Nuno Azevedo.
O certo é que a empresa de Guimarães, detida pelo empresário José Lobo, cresce a olhos vistos. Em 2004, apurou um volume de negócios de cerca de três milhões de euros, que compara com os dois milhões de euros do exercício anterior. A sede é em Guimarães e, tendo em conta a rede de lojas monomarca, a Wearplay emprega no total uma centena de pessoas.(02.10.06/Fonte : Jornal de Negócios)