Já foi notícia !

Fique a seber tudo sobre a comunidade portuguesa de França !

03/06

Portugal soma pontos nas tecnologias

Portugal subiu quatro lugares no índice global de competitividade tecnológica NRI ocupando agora o 27º lugar entre 115 países analisados no estudo Global Information Technology Report 2005-2006.

O relatório divulgado, esta terça-feira, pelo Fórum Económico Mundial e o INSEAD, a classificação de Portugal melhorou de 0,39 pontos (31º lugar na lista de 2004), para 0,56 pontos no ranking 2005-2006. Com estes valores o nosso país ultrapassa a Espanha (31º), Malta, República Checa, Eslovénia, Itália (42º), Grécia(43º), China (50º) e Brasil (52º).

Estes dados resultam de uma avaliação do enquadramento, do grau de preparação de indivíduos, empresas e administração pública em aceder e utilizar os avanços e do uso efectivo das tecnologias por esses agentes.

Os EUA lideram a lista com 2,02 pontos, sendo a terceira vez em cinco anos, ultrapassando Singapura, que ocupava o 1º lugar na classificação de 2004. Atras dos EUA encontram-se a Dinamarca, a Islândia e Finlândia que refletem a capacidade dos países nórdicos para se integrarem e usarem os avanços das tecnologias de informação e da comunicação (TICs) no esforço de desenvolvimento.

O índice de NRI mostra a capacidade que cada país possui para acompanhar e aproveitar o desenvolvimento das tecnologias, para além de ser considerado um dos benchmarking mais abrangentes e reconhecidos na avaliação da competitividade tecnológica.
(30.03.06/Fonte : Correio da Manhã).

Voltar

Deco quer eleger Internet como serviço público essencial

Se o Governo quer fazer da Internet o meio privilegiado de relação entre o cidadão e a administração pública, para pagar IRS e selo do carro, pedir subsídio de desemprego e iniciar actividade, não deveria promovê-la a serviço público essencial? A Associação de Defesa do Consumidor (Deco) não tem dúvidas em dizer que sim e levou a reivindicação ao secretário de Estado do Comércio, Turismo e Defesa do Consumidor, que admitiu estudar o assunto.

"Se se considera que o correio electrónico é tão essencial no relacionamento com o Estado, ao ponto de estar prevista a criação de uma caixa postal para cada cidadão, então a Internet tem de estar regulada como serviço público essencial", disse ao DN Luís Silveira Rodrigues, membro da direcção da Deco.

A razão de ser daquela reivindicação é a de que faz pouco sentido instituir uma norma sem disponibilizar condições iguais para todos, sublinha aquele responsável. Se o Governo acabar por considerar a Internet como serviço público essencial, terá de fazer adaptações à legislação que regula este tipo de serviços, e fica incumbido de prover no sentido de garantir a acessibilidade, através de uma cobertura nacional, mas também de impor aos operadores critérios de qualidade e de preços acessíveis. Uma condição que poderá implicar custos para o Estado.

A lei dos serviços públicos essenciais em vigor data de 1996. Após a sua publicação previa-se que no prazo de 180 dias haveria lugar a adaptações, no sentido de integrar os chamados serviços de telecomunicações avançadas, pensando-se, na altura, nos telemóveis em especial. Mas, dez anos passados, nada aconteceu. E agora a Deco vem lembrar que, para além da rede móvel, também a Internet deve constar da lei.

Sobre o programa de simplificação administrativa, Simplex, apresentado na segunda-feira pelo Governo, a Deco considera que, no geral, ele representa uma vantagem para os cidadãos, desde que o recurso à Internet seja apresentado como uma alternativa e não como uma obrigatoriedade. Essa é, para Luís Silveira Rodrigues, a principal ressalva para garantir que os direitos dos cidadãos não ficam prejudicados. Do lado dos obstáculos a uma satisfatória implementação do Simplex, a Deco aponta a iliteracia, tanto linguística como informática, bem como o baixo poder de compra dos portugueses não só para adquirir equipamento informático como para pagar as mensalidades de ligação à Net. Por isso considera que os benefícios fiscais deveriam ser extensíveis à ligação à banda larga.
(29.03.06/Fonte : Diário de Notícias)

Voltar

Empresas portuguesas em dívida :
Impostos: Notificações do pagamento por conta

A Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) vai notificar, em Abril, mais de 40 mil empresas que não pagaram o Pagamento Especial por Conta (PEC), a colecta mínima sobre o lucro das empresas, relativo ao ano passado.

O controlo do pagamento do PEC e das coimas aplicadas aos faltosos insere-se num conjunto de acções que a DGCI delineou para 2005 e 2006.

Os processos instaurados em 2005 renderam 4,2 milhões.
(28.03.06/Fonte : Correio da Manhã).

Voltar

Emigrantes expulsos do Canadá começaram a chegar a Portugal

Chegaram, ontem, à cidade do Porto, as primeiras famílias portuguesas, que, estando indocumentadas, se viram obrigadas pelo Governo canadiano a abandonar o país. Depois de no passado dia 17 terem sido informados que não poderiam continuar no território, as horas foram poucas para "arrumar" toda uma vida e voltar para Portugal.

A situação dos imigrantes no Canadá começou a complicar-se quando, em Janeiro deste ano, o governo mudou, havendo um notório endurecimento na aplicação das leis. Assim, todos os imigrantes que estejam ilegais no país, independentemente de estar ou não a trabalhar, vêem terminar os seus dias no Canadá.

Muitos dos indocumentados usavam uma lacuna na lei para conseguirem viver no país. Enquanto não eram chamados perante o juiz de imigração, conseguiam um visto de residência temporária, podendo trabalhar nesse período. Alegando já estarem integrados na sociedade canadiana, o apelo à compaixão humanitária era a "arma" que estes imigrantes utilizavam para tentar combater a rejeição de asilo por parte do juiz.

Ainda não se sabe ao certo quantos são os portugueses nesta situação precária, mas a verdade é que alguns já começaram a regressar ao nosso país. Sábado, foi a vez de dois emigrantes voltarem para os Açores. Em declarações à agência Lusa, a directora regional das Comunidades, Alzira Silva, assegurou que estes dois homens "estavam legais no Canadá", mas as autoridades não lhes renovaram as autorizações de residência.

Lamentam a falta de apoio

Mais complicado é o caso das famílias que chegaram ontem de manhã ao aeroporto Francisco Sá Carneiro. Sem documentos, tiveram pouco mais de uma semana para sair do território. Elizabete Ferreira vivia com a sua família, no Canadá, há quase sete anos. Lamenta o facto de não ter tido "apoio nenhum" e de ter deixado "para trás toda a sua vida". Os filhos de Elisabete, Licínio e Alicia, estavam também visivelmente descontentes com o regresso ao país natal.

O filho mais velho da família Ferreira trabalhou, nos últimos tempos, na construção civil. "80% ou 90% dos meus colegas de trabalho estão na mesma situação que eu. Se vierem todos embora, a economia do país não vai aguentar", comenta. Alicia, por sua vez, já só pensa em voltar para o Canadá, uma vez que estava quase a terminar o curso técnico-profissional de educadora de infância. Hoje de manhã está prevista a chegada de mais duas famílias, desta vez a Lisboa.
(27.03.06/Fonte : Jornal de Notícias)

Voltar

Emigração - primeiros ilegais chegam segunda

Entre 15 mil e 22 mil portugueses podem ser repatriados caso o Canadá mantenha a política de maior rigor com a imigração. O processo já está em marcha e várias famílias ilegais receberam ordem de repatriamento.

Na próxima segunda-feira, a família Ferreira, um dos casos de ilegais noticiados pelo jornal canadiano ‘Toronto Star’, irá embarcar de avião para Portugal. Segundo apurou o CM, no mesmo avião virão mais portugueses expulsos.

A notícia de expulsão de portugueses coincide com a publicação de um anúncio da embaixada do Canadá, em Lisboa, em que se apela à inscrição dos seus cidadãos na representação diplomática. No anúncio (ver página 37) lê-se “o Governo do Canadá informa os seus cidadãos que se devem inscrever na embaixada do Canadá a fim de poderem ser contactados em situação de emergência”.

Ontem, alguns dos portugueses que vão ser repatriados foram ouvidos na Casa das Beiras, em Toronto, pelo deputado liberal (oposição) de origem portuguesa, Mário Silva. O actual Governo conservador abandonou o plano de amnistia desenvolvido pelos liberais. Laurentino Esteves, representante do conselho permanente das Comunidades Portuguesas, disse que a Coligação de Trabalhadores Não Documentados estima que 15 a 22 mil portugueses poderão vir a ser repatriados.

PEDIDO SÓ EM PARIS

O embaixador de Portugal em Otava, João Silveira Carvalho, explicou que o problema tem origem no facto de os portugueses partirem como turistas e depois ficarem no Canadá. “Para os canadianos isso é contrário com a lei. A imigração só é possível depois de um pedido efectuado fora do Canadá.”

Laurentino Esteves acrescentou que sindicatos e associações de imigrantes tentam que o Governo opte por uma decisão humanitária perante milhares de portugueses que emigram por dificuldades económicas e que para efectuarem esse pedido têm de se deslocar a Paris.

A antiga secretária de Estado Manuela Aguiar recordou que a solução encontrada na década de 80 foi os portugueses virem a Portugal e depois efectuarem o pedido.

192 PROCESSOS RECUSADOS

O secretário de Estado das Comunidades, António Braga, divulgou que “no caso dos portugueses pode dizer-se que em 2004/05 foram recusados 406 processos e que em 2005/06 tudo aponta que rondará a mesma grandeza, uma vez que já há 192 processos recusados”.

António Braga sublinhou à agência Lusa que este “não é um processo dirigido contra os portugueses, mas decorrência de uma lei com cerca de dez anos”.

No âmbito dessa lei os “cidadãos estrangeiros iniciam um processo de legalização que percorre várias etapas de avaliação e que dura, em regra, dois a três anos”. Evocar perseguição religiosa em Portugal ou pedidos de asilo político foram algumas das causas para o chumbo dos processos.

NÚMEROS PORTUGUESES NO CANADÁ

506 000 - Portugueses e luso-descendentes no Canadá*

15 000 - Ilegais que trabalham no sector da construção

192 - Associações da comunidade portuguesa

14 - Órgãos de Comunicação das comunidades

4 - Consulados em Otawa, Montreal, Vancouver e Toronto

1 - Deputado federal: Mário Silva, luso-descendente
*Dados de 2003
(25.03.06/Fonte : Correio da Manhã)

Voltar

Menos 15 mil empregos no têxtil e vestuário

No primeiro ano de liberalização do comércio mundial, a Indústria Têxtil e Vestuário (ITV) portuguesa viu desaparecer perto de 15 mil postos de trabalho. Segundo os dados provisórios do Observatório Têxtil do Cenestap, de 211 568 mil trabalhadores afectos a esta indústria em 2004, o sector passou para 196 171 mil em 2005. Em média perderam-se cerca de 1200 empregos por mês e mais de 40 por dia.

As estimativas do Cenestap apontam ainda para uma redução de 19% no número de postos de trabalho entre 2002 e 2005. Nestes três anos desapareceram mais de 46 mil empregos no sector. Uma diminuição que segue a tendência registada na última década.

Com base nas estatísticas do Instituto Nacional de Estatística (INE) e na previsão do Cenestap para o ano passado, conclui-se que numa década a ITV perdeu 137 224 mil trabalhadores, quase metade dos existentes em 1995 - 333 941 mil.

A queda de 7% do número de postos de trabalho na ITV, entre 2004 e 2005, não deixa, por isso, sindicatos nem associações patronais surpreendidas.

O peso das deslocalizações

Para o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), Paulo Nunes de Almeida, a evolução do desemprego está dentro do previsto e de acordo com a média de diminuição de emprego que se tem registado nos últimos anos e tem por base diversos factores.

Por um lado, o aumento de empresas de capital estrangeiro que deslocalizaram a produção para países de mão-de-obra mais barata potenciou em grande escala o desaparecimento de postos de trabalho. Por outro, realça Nunes de Almeida, "há empresas que investem em tecnologia e reduzem postos de trabalho e outras que optam por subcontratar serviços, como o transporte ou a manutenção de equipamentos".

Mas, para Nunes de Almeida, uma coisa é certa. Apesar do aumento da concorrência chinesa no ano passado e da quebra das exportações em 6,7%, para os 4,1 mil milhões de euros, "a produção nacional não tem baixado significativamente".

Capacidade de resposta

Preocupado com o "grave problema social" que o desemprego na ITV representa, sobretudo no Norte do país, Manuel Freitas, da Fesete - Federação Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis -, destaca, no entanto, o facto de este ser um sector que tem feito um esforço para sobreviver.

Para o dirigente sindical, é preciso ter em conta a "dinâmica de crescimento de novas empresas que estes números não reflectem". "O que se verifica actualmente é uma alteração do tecido empresarial. Hoje há cerca de 30 empresas de grande dimensão e um crescimento de micro e pequenas empresas", refere Manuel Freitas.

O presidente da Fesete acredita ainda que a tendência de futuro será a diminuição de mais postos de trabalho. Mas prefere realçar que a ITV nacional, "apesar das dificuldades e de uma concorrência brutal, tem tido uma razoável capacidade de resposta ".
(23.03.06/Fonte : Jornal de Notícias)

Voltar

Selo do carro vai ser pago através da Internet

O Governo prepara-se para alterar a forma de pagamento do imposto municipal sobre veículos, o vulgar "selo do carro". O imposto passará obrigatoriamente a ser liquidado através da Internet, com o pagamento - uma receita camarária, mas cobrada pela máquina fiscal - a ser efectuado no mês da matrícula do automóvel. Os novos moldes de pagamento entram em vigor já este ano, provavelmente em Maio.

O pagamento do imposto terá meia dúzia de passos: o contribuinte, proprietário do automóvel, submete, via Net, a declaração do imposto com os seus dados pessoais, bem como os referentes ao veículo. Após validação dos serviços, imprime uma "guia de pagamento" com a respectiva referência de pagamento multibanco. Por fim, mais tarde, após o pagamento, o vulgar "selo do carro" será enviado pela administração fiscal para a morada do contribuinte.

Até agora, anualmente entre Maio e Junho, dezenas de milhares de proprietários dos veículos ligeiros eram obrigados a adquirir o dístico nas tesourarias das finanças ou nos revendedores de valores selados, em papelarias ou quiosques autorizados. Resultado: milhões de horas eram desperdiçadas em quilómetros de filas para liquidar e pagar um imposto camarário.

Este ano, os contribuintes serão chamados a pagar o imposto de acordo com o mês a que respeita a matrícula do veículo. Se, por exemplo, a "chapa" do veículo corresponder a Setembro, então o contribuinte terá esse mês para liquidar e pagar o imposto camarário.

Será obrigatório o recurso à via electrónica para conseguir a respectiva guia de pagamento, já que, de acordo com os planos do fisco, as tesourarias, tal como os tradicionais pontos de venda deixam de vender os dísticos.

Em 2005, a administração fiscal vendeu cerca de 4,2 milhões de dísticos, um acréscimo de 200 mil "selos" em relação a 2004. A receita de 2005, ainda com números provisórios, chegou aos 200 milhões de euros, revertidos para as câmaras municipais, à excepção de uma pequena percentagem retida a titulo de despesas com a administração do imposto.

Se para muitos proprietários a via electrónica significa desburocratização, para outras dezenas de milhares de contribuintes, os incómodos não desaparecem, já que o uso da Internet não está popularizado. Caso o fisco não disponibilize meios para a liquidação, o pagamento de imposto pode significar acréscimo de custos para milhares de contribuintes.
(22.03.06/Fonte : Diário de Notícias)

Voltar

Mota-Engil investe 32 milhões em terceira fábrica de biodiesel

O grupo Mota-Engil vai investir 32 milhões de euros na construção de uma terceira fábrica de biodiesel, que terá uma capacidade de produção de 200 mil toneladas ao ano. O arranque da construção está já agendado para 2007 e o país de acolhimento, algures na Europa, está escolhido, embora o grupo de construção nortenho mantenha para já segredo sobre a escolha. Em Setembro estará pronta a primeira unidade de biodesel do grupo, na Roménia, e para o mês que vem, arranca a construção da fábrica em Portugal, situada em pleno Porto de Aveiro.

Cada uma destas unidades industriais representa um investimento aproximado de 17 milhões de euros e garanta um produção anual da ordem das 100 mil toneladas de biodiesel. Em 2007, o grupo decidirá se avança com a segunda fase da fábrica da Roménia, e sob que forma. "Tanto pode passar por aumentar a actual unidade para o dobro da sua capacidade como por se investir na construção de uma nova fábrica a montante para a prensagem das sementes para obtenção de óleo cru", explicou ao DN Carlos Martins, administrador da Martifer Energia, empresa participada a 50% pelo grupo Mota-Engil. A empresa vai produzir biodiesel na Roménia a partir de óleo de produções locais, dispondo já de um parque agrícola, refere, de sete mil hectares para a produção de colza. A fábrica de Aveiro será abastecida em parte por matéria-prima produzida em Portugal e o resto será importada da Roménia e do Brasil. O plano de investimentos previa a construção de uma fábrica de biodiesel por ano, mas Carlos Martins admite que "venha a ser encurtado porque o mercado está a pedir mais".
(21.03.06/Fonte : Diário de Notícias)

Voltar

Só 20 por cento da agricultura portuguesa é competitiva

Cerca de 80 por cento da superfície agrícola do país só será viável para além de 2013 apostando-se noutras funções para o mundo rural como apontam as estratégias europeias para o sector.

Os números são claros: dois terços dos produtos agrícolas portugueses, se for garantida a sua competitividade, podem sobreviver sem os apoios comunitários. Mas estes ocupam apenas 20 por cento da superfície agrícola. O que fazer quanto aos restantes 80 por cento? Recorrendo a actividades comerciais, como a caça ou o ecoturismo, ou a pagamentos públicos pela prestação de serviços à colectividade, como a prevenção dos fogos ou a conservação da biodiversidade, defendem os especialistas.
Um estudo feito sobre o abandono rural, da responsabilidade de uma equipa da Universidade de Évora coordenada por Teresa Pinto Correia, dá uma nova visão sobre o país. Tendo em conta a trajectória da agricultura portuguesa e das pessoas a ela ligadas nos últimos anos, a equipa apresenta uma classificação dos territórios consoante as principais vocações que apresentam e que não necessariamente passam pela produção.
Desta análise resultou uma divisão do país de onde ressaltam as áreas que reúnem condições para conseguirem independência face aos subsídios europeus, portanto viáveis depois de 2013. São as regiões da hortifruticultura, do vinho, das estufas, dos porcos ou das aves, entre outros, sobretudo no Ribatejo e no Oeste, Douro e partes do Minho e do Algarve.
No restante território - a esmagadora maioria - a dependência dos subsídios vai garantindo o rendimento dos produtores. Mas o futuro não termina em 2013. Portanto, há que avaliar as diferentes potencialidades destas áreas. Que extravasam a agricultura. "O estudo mostra que há vários mundos rurais em Portugal, uns com potencial agrícola, outros com potencial ambiental, outros com potencial multifuncional, e o reconhecimento desta realidade deve-se reflectir nas prioridades das políticas públicas", considera Rui Gonçalves, secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas.
"Trata-se de uma questão territorial: quase todo o país é rural. Assim sendo, qual a perspectiva que devemos ter? A agrícola? Ou antes olharmos as diferentes características desta ruralidade em que a agricultura é uma das componentes do rendimento?", questiona o governante.
"A partir de 2013, a agricultura será pouco apoiada, portanto o desafio é fazer com que os sectores em que Portugal é competitivo consigam ficar entregues ao mercado", considera Lima Santos, professor do Instituto Superior de Agronomia e especialista em Economia Rural e do Ambiente. "Só que estamos a falar de menos de um terço do país, e o resto? Portugal perdeu o controlo sobre o seu território, mas é possível refazer este controlo, o que exige determinação e visão do conjunto", adianta.
Como? Assegurando a actividade agrícola onde ela é necessária para prevenir os fogos ou proteger recursos naturais como a água e a biodiversidade - guiando-a para as melhores práticas que garantem essas funções. Para isso, a sociedade terá de canalizar fundos públicos para compensar os agricultores. E "pode-se ver se há serviços que dependem de certas práticas agrícolas que se possam vender no mercado, como a caça ou o ecoturismo", diz Lima Santos.
Este caminho - o da multifuncionalidade - é para onde a Europa aponta cada vez mais. No próximo pacote de fundos comunitários é dada grande importância ao apoio das outras funções que o mundo rural desempenha, sublinha Rui Gonçalves, que defende que os dinheiros "podem e devem ser usados nesse sentido".
Mas há um problema de interlocutores. "Além do grande apoio técnico que é preciso dar, há também resistências, pois alguns agricultores ainda vêem estas orientações mais ambientais como um "modismo"", diz Lima Santos. "Terão de perceber que não é uma esmola, é um serviço que a sociedade lhes está a pedir."

Alguns Números (1990-2000)

Desapareceram 168.716 explorações

O número de produtores diminuiu 31,3 por cento.

O número de produtores
a tempo inteiro reduziu-se 46,6 por cento

População agrícola diminuiu
37,6 por cento (menos 678.318 pessoas)

Superfície agrícola diminuiu 2,3 por cento

Terra arável diminuiu 26 por cento

Culturas permanentes
decresceram 9,7 por cento

Pastagens permanentes
aumentaram 74,3 por cento.

A agricultura não garante a dinâmica das áreas rurais

Geógrafa, Teresa Pinto Correia é professora na Universidade de Évora e coordenou a equipa responsável pelo estudo sobre o abandono. Este trabalho comprova que a sobrevivência do mundo rural não passa exclusivamente pela produção agrícola, mas por uma série de novas funções que estes espaços podem assegurar.
Quais as principais conclusões do estudo?
Há uma grande dinâmica em termos de ocupação do solo em todo o país, muitas mudanças de uns usos para outros. Mas não se trata de mudanças que possam indicar claramente um abandono da terra - exceptuando em áreas de floresta. Há um processo de decadência ao nível da comunidade rural, cada vez mais envelhecida, mais reduzida e menos qualificada - perto ou abaixo dos limiares de viabilidade a médio prazo -, embora isto não signifique que a terra ou a actividade agrícola em todas as regiões afectadas por este fenómeno esteja abandonada. Ou seja, a agricultura não unifica mais a sociedade rural, e pode manter-se a agricultura sem que haja uma comunidade dinâmica.
Alguma vos surpreendeu?
Definirem-se tão claramente diferentes tipos de áreas rurais no país, onde os vários processos de mudança ao nível da ocupação do solo, do sector agrícola e da comunidade rural se combinam de maneira específica. Não é nenhuma novidade que Portugal é feito de contrastes. Mas o que os resultados nos mostraram foram regiões com tendências de mudança diferentes em relação ao sector agrícola e ao seu papel no conjunto do mundo rural e quanto às funções que esse mundo rural pode garantir de futuro.
O que pode ser feito para contrariar os problemas?
Por um lado, há a necessidade de compreender a agricultura numa outra perspectiva que não a sectorial, mas sim territorial, tal como defendido nas estratégias europeias. Os desafios da multifuncionalidade do território rural que se colocam levantam novas exigências e novas oportunidades ao sector agrícola, embora com outras funções que não a produtiva. O que o estudo demonstrou é que claramente a agricultura, mesmo se ela própria rentável, não garante a dinâmica das áreas rurais, nem vice-versa. E, portanto, defender apoios à agricultura numa lógica de manter vivas as áreas rurais não faz muitas vezes sentido. Compreender a separação entre as várias dinâmicas torna-se urgente no sentido do mais eficiente aproveitamento dos apoios para 2007-2013. Por outro lado, há a urgência de tomar em consideração a diferenciação das áreas rurais em Portugal nas medidas de gestão e estratégias a definir.

Um retrato do mundo rural português

O Estudo sobre o Abandono em Portugal Continental - análise das dinâmicas da ocupação do solo, do sector agrícola e da comunidade rural, feito por uma equipa da Universidade de Évora a pedido do Ministério da Agricultura, apresenta um país multifacetado, com grande dinâmica na ocupação do solo. Mais uma vez se confirma que Portugal é uma nação de contrastes que tem de ser cada vez mais olhada do ponto de vista territorial, abandonando-se visões exclusivamente sectoriais. Eis as principais conclusões do estudo.

A rejeição do termo "abandono"

É prática corrente a utilização do termo "abandono" para ilustrar a saída das populações em direcção às cidades e o declínio do trabalho agrícola. Mas os autores do estudo discordam desta definição. Antes de mais, porque não é claro o que se quer dizer com a sua utilização: está-se a falar do abandono das aldeias e vilas ou do abandono das terras? Centrando o tema na agricultura, "abandono da terra tem sido definido como o processo através do qual a gestão da terra com um objectivo específico de produção deixa de ser feita. Sem que se avalie exactamente o que se passa com a terra na nova situação, se ela, de facto, está num estado de abandono ou não. E, no entanto, a gestão pode deixar de ser activa, mas passar a ser passiva", passando a ter usos extensivos como a pastagem, a apicultura ou a caça, adiantam os autores. Além disso, há que ter em conta a crescente importância da multifuncionalidade da paisagem rural, que "vem revalorizar outras funções que não a produtiva", como é o caso dos valores ambientais, da exploração cinegética, entre outras. Ou seja, "a actividade agrícola pode ser totalmente abandonada, mas a terra não o ser, por ser ocupada por floresta, ou usos urbanos, por exemplo." Assim, a equipa da Universidade de Évora opta por falar em dinâmica a três níveis diferentes: "dinâmica de ocupação do espaço, dinâmica do sector agrícola, e dinâmica sócio-económica da comunidade. Em alguns casos, esta dinâmica pode tendencialmente levar ao abandono da actividade agrícola ou mesmo da terra, mas nem sempre, sendo que outras actividades ou usos podem substituir a primeira, ou esta manter-se por via de outras funções que não a produção."

Ocupação do solo

Os autores avaliaram as alterações do uso do solo na década de 90 analisando a superfície agrícola, florestal e urbana e também as regiões ocupadas por matos, com floresta degradada ou atingidas pelos incêndios. Concluíram que a persistência na ocupação do solo em Portugal é de 86,7 por cento, sendo que as áreas mais dinâmicas - ou seja, onde houve mais alterações -são algumas zonas do interior, sobretudo nas montanhas, e à volta dos centros urbanos de Lisboa e Porto. É a superfície ocupada por floresta degradada ou que foi sujeita a cortes e novas plantações que mais se modificou, tendo aumentado 1,5 por cento, sobretudo em Trás-os-Montes, Alentejo e Algarve, onde houve uma grande florestação de terras agrícolas com o apoio de fundos europeus. As florestas de folhosas aumentaram e o contrário aconteceu com as resinosas. A classe agrícola diminuiu 0,9 por cento, tendo-se registado uma maior redução da área ocupada com as culturas anuais de sequeiro e a agricultura com espaços naturais. Registou-se um declínio das zonas ocupadas por matos. A equipa, porém, sublinha que as modificações detectadas podem ter valores ligeiros ou nulos "devido ao facto de as grandes alterações na ocupação do solo agrícola terem ocorrido já antes dos anos 90." Duma forma geral, "pode dizer-se que um declínio da área agrícola é o processo dominante a nível do país, mas que não pode ser generalizado. Existem áreas com um aumento da área agrícola e numa grande parte dos concelhos o declínio da superfície agrícola é relativamente pequeno. Aliás, em muitas áreas, sobretudo no Sul, a diminuição da superfície agrícola é acompanhada por um processo duma certa intensificação, ilustrado por um aumento do regadio e da produção baseado na vinha e nos pomares."

Actividade agrícola

Houve uma redução generalizada de produtores (menos 32,2 por cento), da população agrícola (menos 37,6 por cento) e do número de explorações (menos 30,6 por cento). Simultaneamente, registou-se uma crescente concentração das explorações, já que a dimensão média das propriedades aumentou de 9,4 para 13,2 hectares. De uma forma geral, a importância da agricultura como actividade principal da população diminuiu, aumentando a pluriactividade, ou seja, os produtores procuraram outras fontes de rendimento para complementar o que conseguiam da agricultura. Apesar de tudo, não houve uma grande redução da superfície agrícola, que diminuiu apenas 1,3 por cento. Só que as superfícies mais produtivas estão a ficar mais reduzidas, enquanto as pastagens pobres aumentam de dimensão, assim como as matas e florestas. "Estas tendências revelam uma viragem para uma agricultura mais extensiva e maior importância da floresta." Em relação às diferenças entre as regiões, é no Douro Litoral, Terra Quente, Oeste e Bacia do Tejo que o sector agrícola é mais dinâmico. Em contrapartida, nas áreas montanhosas do Centro e Norte, a agricultura parece estar claramente em declínio, ou mesmo em risco de desaparecer, prevalecendo o domínio da floresta. A extensividade e a aposta em novas florestações é predominante no Alentejo.

A comunidade rural

Cruzando todos os indicadores sócio-económicos, como a estrutura etária, a demografia, o poder de compra ou a actividade da população, consegue-se um quadro do país bastante diferenciado consoante as regiões. Assim, o litoral é o mais dinâmico, enquanto o interior rural está estagnado ou em declínio. A concentração dos factores de desenvolvimento nas grandes áreas urbanas e a sua força atractiva continuam marcantes, o que se revela também no interior, onde as cidades conseguem definir uma rede de influência, constituindo-se como pólos dinamizadores das zonas onde se inserem. No Norte, Trás-os-Montes e Alto Douro, o centro interior e a região Minho-Lima são territórios onde a agricultura, embora pouco competitiva, tem ainda um grande peso social, e há poucas oportunidades de emprego na indústria e nos serviços. "No entanto, mantém-se ainda uma percentagem relativamente elevada de população jovem, o que pode representar algum potencial de inovação." No Vale do Douro e Douro Litoral, a população é mais jovem e a agricultura mais competitiva, "o que pode ser um factor que permite fixar a população, até por haver também mais oportunidades de emprego noutros sectores". Quanto a Lisboa e Vale do Tejo, incluindo o Oeste, e Algarve, há uma grande dispersão de actividades comerciais, industriais e de serviços, sendo claros os processos de urbanização e terciarização da população. A agricultura é, no entanto, um sector competitivo, que pode ser complementar a outras actividades. No Alentejo, a densidade populacional é muito baixa e há uma tendência para concentração nos médios e pequenos centros urbanos. No entanto, a importância da agricultura como sector de actividade mantém-se elevada.

Um novo papel para a agricultura

Face à perda de importância económica e social da agricultura em Portugal - embora se mantenha relevante na ocupação do solo -, há que encontrar saídas para o mundo rural. A resposta é dada pela multifuncionalidade, isto é, "a função de produção assegurada pela agricultura e tradicionalmente dominante combina-se com outras funções com maior ou menor valor económico, às quais se associam outros valores como os sociais e os ambientais", explicam os autores. Para ajudar os decisores a definir políticas que possam garantir esta multifuncionalidade, a equipa propõe uma nova leitura do território onde a agricultura assume, ou pode assumir, diferentes papéis consoante as regiões. Até porque "nem todos os espaços rurais serão de futuro espaços produtivos, mas outras funções que não a produção podem justificar a manutenção da agricultura", como é caso da protecção dos valores ambientais, a serem pagos pela sociedade, ou da promoção da caça e do turismo da natureza, que lhes pode garantir novos rendimentos. Tendo presente o que foi constatado no levantamento feito ao mundo rural português na década de 90 e as estratégias e orientações para a agricultura e o espaço rural na Europa, os autores constroem um mapa do país dividido em oito tipos de vocações agrícolas (ver ilustração). O objectivo é que esta nova tipologia do território nacional permita "equacionar as novas procuras e as potencialidades do território e analisar, segundo essas características, a sua vocação, que tipo de agricultura faz sentido e tem condições para se manter ou desenvolver."
(20.03.06/Fonte : Público)

Voltar

Desemprego em Portugal quase pára de aumentar

O crescimento do desemprego parece estar a parar em Portugal. Os 487 936 desempregados registados nos centros de emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) em Fevereiro deste ano significam uma diminuição de 3248 desempregados face a Janeiro, uma redução de 0,7%. É a primeira vez desde o ano 2000 que se verifica em Fevereiro uma redução mensal em cadeia do desemprego registado.

Não é ainda uma redução face ao mês homólogo, uma vez que, em relação a Fevereiro de 2005 se verificou uma ligeiríssima subida de 0,1% (mais 313 desempregados). Mas os números do IEFP parecem apontar para uma estagnação dos números do desemprego: esta é a taxa de crescimento homólogo mais baixa desde Fevereiro de 2002, o mesmo sucedendo em valor absoluto.

Quanto ao desemprego jovem há dados aparentemente contraditórios: os desempregados com menos de 25 anos diminuíram 6,6% (contra um aumento de 1,3% dos que têm idade superior), mas o número de desempregados com curso superior aumentou brutalmente: 15%, face ao mesmo período do ano anterior.

As mulheres representam a maioria do desemprego registado - 57,1% -, o qual cresce 1,6% , em termos anuais. Ao contrário, há menos 4122 homens candidatos a emprego, o que significa uma redução de 1,9% do desemprego masculino. Quanto à procura de um novo emprego, este motivou a inscrição de apenas 92,9% do emprego registado e, em termos anuais, reduziu-se 0,3%. O primeiro emprego contemplou mais 1687 desempregados do que há um ano atrás, uma subida de 5,1%.

Situação do Norte agrava-se

Em termos nacionais, todas as regiões do país apresentam números do desemprego mais baixos do que em 2005, à excepção do Norte: nesta região o desemprego aumentou 2%. A região onde o número de desempregados mais desceu foi a dos Açores (4,6%), seguidos do Algarve (3,9%).

Nos dados ontem divulgados pelo IEFP incluem-se também os números de desempregados registados ao longo do mês de Fevereiro: em 2006 inscreveram-se nos centros de emprego 43 621 pessoas, menos 1% face ao que aconteceu em igual mês do ano anterior.

Durante o mês de Fevereiro os centros de emprego colocaram 4504 pessoas em novos empregos, o que significou um aumento de 6,6% face ao mesmo mês de 2005. O IEFP informa ainda que, ao longo de Fevereiro, captaram 7813 ofertas de emprego, mais 1,6% do que no mês homólogo de 2005.
(17.03.06/Fonte : Diário de Notícias)

Voltar

Uma empresa portuguesa de sistemas de energias alternativas

A F. F. Sistemas de Energias Alternativas, Portugal Lda. está no mercado desde 1989, tendo como actividade principal a importação, exportação, dimensionamento e instalação de Sistemas de Energia Alternativa, nomeadamente a Energia Fotovoltaica Solar e Eólica para a produção de Energia Eléctrica.

A F.F, Lda. foi recentemente agraciada com a atribuição do 3º prémio - Global Energy.

A empresa aposta cada vez mais no bem-estar das pessoas e no meio ambiente.

Da sua actividade internacional consta a realização de vários projectos nomeadamente com Uzbequistão, França, Espanha, Alemanha.

De salientar a electrificação de vários Postos Médicos em Cabo Verde e Guiné-bissau, e a electrificação de um Hotel em Moçambique de cerca de 50 KVA.

Em mercado nacional os projectos têm sido desenvolvidos para clientes como a Telcabo, Telecel, Optimus, TMN e Portugal Telecom, Labelec, entre outros.

Através do programa LEADER a empresa colabora com entidades de poder local na instalação de sistemas de Energia Alternativa, para a produção de Energia Eléctrica, bem como sistemas de Bombagem de água através da Energia Fotovoltaica.
(16.03.06/Fonte : PortugalNews)

Voltar

Labesfal vai investir 15 milhões em fábrica de antibióticos em Viseu

A Labesfal vai investir 15 milhões de euros numa nova unidade de produção de antibióticos, no seu complexo industrial de Campo de Besteiros, no distrito de Viseu. O objectivo é aumentar a capacidade produtiva e fazer de Portugal um centro de produção para toda a Europa do grupo farmacêutico alemão Fresenius Kabi, que há um ano adquiriu a empresa portuguesa.

Esta é já a quarta unidade industrial da Labesfal e a primeira de um plano de expansão que poderá ir até às três novas unidades modulares, avançou ao DN o presidente da empresa, Francisco Brás de Castro. A expansão implica construir um novo edifício, a somar aos dois já existentes no complexo de Campo de Besteiros, tendo as obras de terraplanagem arrancado em Fevereiro.

Esta primeira fase da expansão vai permitir aumentar a capacidade de produção para 70 milhões de unidades ao ano, contra os actuais 20 milhões, devendo as obras ficar concluídas no final deste ano e a unidade entrar em operação em Março ou Abril de 2007. A construção da segunda unidade avançará "dois ou três anos depois", ficando a Labesfal com uma capacidade instalada total de produção de injectáveis, nomeadamente antibióticos, de "200 milhões de unidades por ano com as três unidades em operação", afirmou Brás de Castro.

Quanto a novos empregos, "serão criados 60 novos postos de trabalho até ao final deste ano, a que se juntarão mais 20 a 25 em 2007, com a entrada em operação", acrescentou o presidente da Labesfal. Desde que a empresa foi adquirida pela multinacional alemã, o número de trabalhadores "já passou de 320 para 416, dos quais 69 são licenciados", salientou. Para este crescimento contribuíu o aumento da laboração, de um turno, cinco dias por semana, para os actuais três turnos, sete dias por semana. Campo de Besteiros foi também o local escolhido pelo grupo Fresenius para instalar o seu centro de competências mundial na área dos injectáveis. Além de Portugal, o grupo tem mais quatro centros de competências, instalados na Alemanha, França, Áustria e China.

A aposta nos injectáveis, incluindo antibióticos, já fazia parte da estratégia da multinacional alemã ao adquirir a Labesfal, em Janeiro de 2005, por um valor não revelado, mas que foi considerado, na altura, o maior investimento de sempre na indústria farmacêutica em Portugal. "A Fresenius tinha escolhido os medicamentos injectáveis como core-business a área a desenvolver e a Labesfal era uma empresa sólida, com um portfolio de produtos interessantes e um complexo industrial bem equipado, permitindo uma expansão rápida", explicou Brás de Castro. A empresa, que teve a sua génese há mais de 50 anos, no laboratório de uma farmácia, tornara-se no principal produtor nacional de antibióticos e soluções injectáveis de grande volume, conhecidas por soros, sendo também o maior a produtor português de genéricos.

Além de ser um dos maiores fornecedores do sector hospitalar em Portugal, a Labesfal exporta para vários países, directa ou indirectamente, através das mais de 30 empresas nacionais e multinacionais para as quais produz. Agora, nas mãos da Fresenius, o objectivo é expandir rapidamente na área dos injectáveis para o mercado nacional e europeu, tendo já começado a exportar para a Alemanha, e continuar a crescer acima do mercado nos genéricos, onde ocupa a quarta posição, atrás de três multinacionais.

Além da construção da nova unidade, o grupo vai investir três milhões de euros este ano, e outro tanto no próximo, na renovação do parque tecnológico, elevando-se o total dos investimentos em Portugal, até ao final de 2007, a 21 milhões de euros. As previsões apontam para um volume de negócios de 73 milhões de euros em 2006, contra 64 milhões no ano passado.
(14.03.06/Fonte : Diário de Notícias)

Voltar

Solar Plus investe 15 milhões em fábrica de módulos

Oliveira do Bairro recebe unidade pioneira em Portugal . Oliveira do Bairro vai acolher um investimento pioneiro em Portugal, estimado em 15 milhões de euros, na construção da primeira unidade de produção integral de módulos solares fotovoltaicos.

Com o arranque das obras marcado para o próximo mês, a fábrica deverá entrar em funcionamento no próximo Outono, permitindo - numa primeira fase - a criação de mais de uma centena de postos de trabalho directos e cerca de 300 indirectos.

"Será a primeira fábrica da Europa a fabricar módulos fotovoltaicos de tecnologia ‘thin-film', considerada de última geração", garantiu, ao Jornal de Negócios, Francisco Gouveia, administrador da Solar Plus - Produção de Painéis Solares, empresa constituída em Dezembro passado e que corporiza este investimento.

Com um capital social de seis milhões de euros, a Solar Plus é detida por quatro empresas portuguesas prestadoras de serviços de engenharia na área das infra-estruturas de telecomunicações e energia (Telcabo, Net Plan, grupo Eurico Ferreira e TVE - Engenharia e Vale do Tejo), que têm como parceiro temológico a norte-americana Energy Photovoltaics Inc. (EPV), uma das principais operadoras mundiais na produção de tecnologia solar fotovoltaica. A empresa recém-constituída é detida em partes iguais pelos cinco fundadores.

Com uma capacidade inicial de 5,5 megawatts de potência fotovoltaica, a fábrica de Oliveira do Bairro arrancará preparada para duplicar a sua capacidade, cuja concretização está dependente da evolução do mercado português neste sector e dos apoios estatais ao investimento. "A decisão sobre esta questão será tomada no final do próximo ano: poderemos fazer essa expansão na fábrica portuguesa, ou então iremos investir noutro país europeu, provavelmente em Espanha", afirmou o administrador da Solar Plus, empresa que detém o exclusivo do uso da tecnologia "thin-film" para os mercados português e espanhol.

Com a capacidade inicial, numa área produtiva de quatro mil metros quadrados, a Solar Plus prevê atingir um volume de negócios anual da ordem dos 12 milhões de euros. Cerca de 95% da facturação deverá ser gerada nos mercados externos, nomeadamente na Europa, tendo à cabeça Espanha, Alemanha, Itália e Grécia. Em vista estão assim os principais mercados internacionais fotovoltaicos, em resultado dos incentivos governamentais à utilização de energias renováveis adoptados nestes países.

O "break-even" e o retorno do investimento da Solar Plus estão previstos para dentro de três e seis anos, respectivamente. O projecto continua em análise no gabinete do PRIME - Programa de Incentivos à Modernização da Economia.

"Portugal tem um elevado potencial para ser o próximo mercado fotovoltaico mais significativo na Europa", considera James Groelinger, administrador da EPV, adiantando que o parceiro tecnológico da Solar Plus pretende que este projecto "esteja rapidamente operacional do ponto de vista industrial, de forma a aproveitar a crescente procura do mercado por módulos fotovoltaicos 'thin-film"'.

De acordo com os promotores da Solar Plus, o recurso a esta tecnologia "permite a utilização de menores recursos materiais, em comparação com a tecnologia convencional cristalina (de primeira geração)", permitindo ainda "urna maior capacidade de produção de electricidade por potência instalada, uma excelente uniformidade estática e um 'payback' energético mais favorável que a tecnologia de silício cristalino".
(13.03.06/Fonte : Jornal de Negócios)

Voltar

Edisoft ganhou o concurso para o estudo de viabilidade do projecto ‘Ocean Eye’

Projecto para vigiar costa marítima portuguesa vai gerar 60 milhões. Um olhar precioso, tecnologicamente avançado e muito português sobre a costa oceânica que abriu as portas do mundo aos nossos marinheiros há mais de 500 anos.

‘Ocean Eye’ é o nome do projecto que deverá ser desenvolvido em coordenação com várias entidades para observar, monitorizar e vigiar a zona marítima portuguesa.
Na fase de arranque, o concurso para o estudo de viabilidade técnica do projecto (bem ao estilo dos portugueses) foi ganho pela nacional Edisoft. O custo deste estudo deverá ascender aos 300 mil euros, embora ainda não haja indicações sobre o prazo de execução nem conclusões acerca do montante total, visto que se encontra no início. No entanto, a Edisoft avança que o negócio ‘Ocean Eye’ deverá gerar mais de 60 milhões de euros nos próximos oito anos.
A sigla é perspicaz e significa, além do óbvio aproveitamento da língua inglesa (Eye/Olho), “Oceanic Management System for the Environment”. Este sistema de monitorização tem, segundo a empresa, uma importância vital para o combate à poluição (recordem-se as consequências do derramamento do Prestige, na costa da Galiza), o controlo das actividades piscatórias, a detecção de navios e a cartografia de ventos e correntes marítimas.

Estudo e análise
Para já, o trabalho da Edisoft será identificar em Portugal as necessidades e requerimentos dos utilizadores finais, analisar as actuais técnicas utilizadas, definir os produtos e desenhar a arquitectura dos sistemas a desenvolver. O seu impacto, custos e forma de utilização serão áreas primordiais de estudo.
Por outro lado, a empresa terá a seu cargo a definição dos principais serviços que o sistema deverá fornecer, o que inclui a colaboração com o programa “Global Monitoring for Environment and Security”, iniciativa do programa de Observação da Terra da Agência Espacial Europeia (ESA).
Esta fase de estudo é importante, na óptica da Edisoft, porque permite perceber que produtos interessa desenvolver em concreto, em função dos desígnios da comunidade de utilizadores. Logicamente, trata-se acima de tudo de uma perspectiva comercial.
O presidente da Edisoft, Sérgio Campos, é peremptório quanto à importância do ‘Ocean Eye’, com óbvia satisfação pela conquista do estudo de viabilidade por parte da empresa. O responsável adianta que o projecto terá um “decisivo contributo para um conhecimento tecnológico e científico, com vista a uma efectiva gestão dos recursos oceânicos, que permitirá a Portugal uma melhor defesa do meio ambiente, um aumento da segurança e uma exploração inteligente da riqueza da imensa zona oceânica”.

Tecnologia com reconhecimento internacional
“The top secret company”. A revista Tornado-Insider classificou assim a Edisoft, que por ter um negócio muito ligado às actividades militares desenhou um complexo perímetro de segurança na empresa. Mesmo o pessoal de limpeza possui certificação da OTAN (NATO na sigla inglesa) e todos os processos obedecem a normas rigorosas de qualidade.
Com uma forte componente de I&D, a Edisoft já exporta mais de 50% da sua produção para algumas dezenas de países, da Alemanha à Malásia, em áreas como a simulação, sistemas de segurança, controlo de tráfego aéreo, automação ou redes de informática.
Adicionalmente, é a única empresa portuguesa a participar no programa espacial Galileo, onde é parceira da Alcatel, Astrium e Alenia Spazio, e está integrada nos projectos para os helicópteros NH-90 do exército nacional e Westland EH-101, da Força Aérea, como resultado das decisões tomadas na Lei de Programação Militar portuguesa.
Os capitais da Edisoft são partilhados em 90% pela NAV-Air Navigation, Empordef e Thalès Nederlands BV (ex-Thomson - CSF/Signaal).
Os restantes 10% são detidos pelos próprios colaboradores da empresa.

Edisoft
- Fundada em 1988
- Desenvolve software para navios militares, plataformas navais, logística militar, segurança colectiva e sistemas espaciais
- Produtos têm presença em 16 países, entre os quais Paquistão, Oman, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Espanha, Venezuela
- Em Setembro de 2004 tornou-se a única empresa portuguesa com Nível 2 de CMM - Modelo de Capacidade de Maturidade, pelo Instituto de Engenharia de Software
(09.03.06/Fonte : Diário Económico)

Voltar

Paris espera recuperação mais forte de Portugal

O instituto francês COE publicou ontem previsões mais favoráveis para a economia portuguesa. O petróleo também vai ajudar.

O Centro de Observação Económica (COE), um instituto filiado na Câmara de Comércio e Indústria de Paris, prevê um crescimento mais dinâmico da economia portuguesa para este e para o próximo ano face aos prognósticos recentemente avançados pelo Banco de Portugal e pela The Economist Intelligence Unit.
O andamento bem mais favorável dos preços do petróleo parece ser determinante para a construção do cenário mais optimista para Portugal. Em contrapartida, a zona euro, onde estão os principais parceiros comerciais da economia nacional, até deverá crescer menos do que defendeu o Banco Central Europeu (BCE) na semana passada, mostra o estudo da COE, ontem divulgado.
O instituto gaulês considera que Portugal está em condições de crescer 1% este ano e 1,6% em 2007, números que contrastam com os 0,8% e 1%, respectivamente, do Banco de Portugal ou com os 0,7% e 1,4% previstos pela unidade de estudos da The Economist. Mais optimista só o Governo que no Programa de Estabilidade e Crescimento entregue em Dezembro inscreveu uma previsão de 1,1% em 2006 e 1,8% em 2007.
No entanto, no que concerne à ‘performance’ da zona euro, o COE mostra-se mais céptico. O produto dos Doze deverá travar de 2% em 2006 para 1,8% em 2007 arrastado por uma significativa desaceleração da economia mundial, e, em particular, da dos EUA pressionada pela subida de taxas de juro ao longo deste período.

Petróleo favorece BCE
Já a inflação da zona euro ficará bem comportada durante estes dois anos (2% em 2006, baixando para 1,6% em 2007), graças à evolução mais favorável do preço do petróleo, que facilitará o trabalho do BCE. Diz o COE que a autoridade monetária deverá interromper a subida de taxas directoras “a partir do terceiro trimestre” deste ano, deixando o nível de juros em 2,75% pois o crude ficará ‘contido em 57 dólares em 2006 e 54 em 2007. O BCE está bem mais ‘pessimista’ quanto ao crude (66 em 2006 e 67,5 em 2007), projectando uma inflação média anual de 2,2% até ao final do próximo ano, quando o objectivo é mantê-la abaixo, mas próxima dos 2%.

Pontos
- A economia mundial vai desacelerar em 2007, reflexo do abrandamento da economia dos EUA. A zona euro deverá ressentir-se e crescer apenas 1,8% nesse ano.
- A COE está relativamente optimista quanto a Portugal, que este ano deverá expandir-se 1% e para o ano 1,6%. Um cenário menos mau do que o apresentado pelo Banco de Portugal e pela unidade de estudos da The Economist.
- A inflação da zona euro ficará bem comportada durante estes dois anos (2% em 2006, baixando para 1,6% em 2007), graças à evolução mais favorável do preço do petróleo, que facilitará o trabalho do BCE.
(09.03.06/Fonte : Diário Económico)

Voltar

Empresas portuguesas em último lugar da UE na informatização

Portugal é o país da União Europeia (UE) a 25 com menos empresas equipadas com computadores e um dos mais atrasados no acesso destas à Internet ou à realização de negócios on-line.

Com apenas 84 por cento das empresas com dez ou mais trabalhadores dispondo de um computador, Portugal ocupa o pior lugar da Europa dos 25, sendo mesmo ultrapassado pelos novos Estados membros do Leste. Alguns destes países ocupam mesmo os lugares de topo, com melhores resultados que muitos dos antigos 15. É o caso, por exemplo, da República Checa, que conta com 94 por cento das empresas equipadas com computadores - o mesmo valor do Reino Unido -, da Estónia, que tem os mesmos 97 por cento da Alemanha, e da Eslovénia, que, com 98 por cento, está ao mesmo nível da Áustria e muito perto da Finlândia e Suécia, os líderes da tabela com 99 por cento.

Estes valores constam de uma bateria de estatísticas que foram ontem publicadas pela Comissão Europeia numa compilação dedicada à actividade das empresas.
O acesso à Internet das empresas portuguesas da mesma dimensão também está longe de ser brilhante. Com apenas 77 por cento das empresas conectadas à rede, o país ocupa o vigésimo segundo lugar do total dos 24 analisados (Malta não dispõe de dados). Em pior lugar estão apenas a Letónia (74 por cento) e a Eslováquia (71 por cento). No extremo oposto estão a Finlândia e a Dinamarca, com 97 por cento.
Já no que se refere à realização de negócios on-line, a popularidade deste método para fazer e receber encomendas ou realizar pagamentos foi, em 2004, relativamente baixa no conjunto da UE - e as empresas portuguesas destoam menos. No conjunto dos 17 países da UE para os quais Bruxelas dispõe de dados, apenas oito por cento do volume de negócios das empresas é realizado de forma electrónica, proporção que em Portugal é de cinco por cento. À excepção da Irlanda - 17 por cento -, todos os outros países estão abaixo dos 15 por cento. Entre este valor e 10 por cento estão o Reino Unido, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Alemanha.

O sector empresarial português está igualmente entre os que menos investimentos realizam em investigação científica: 0,26 por cento do PIB (dados de 2003), contra uma média europeia de 1,26 por cento. Neste indicador, a separação é claramente feita entre países pobres e ricos. No primeiro grupo - que inclui a Espanha e a Irlanda - as despesas do sector privado em investigação são claramente inferiores a um por cento do PIB. Este limiar é ultrapassado por todos os ricos, ocupando a Suécia o lugar de topo, com um investimento privado em investigação de 3,32 por cento.

Em 2004, o sector dos serviços foi em Portugal responsável por 70,1 por cento do valor acrescentado gerado pelas empresas, contra 19,1 por cento da indústria, 6,5 por cento na construção e 3,5 por cento na agricultura e pescas.(08.03.06/Fonte : PortugalNews)

Voltar

Laforêt concorre com Remax e Era em Portugal

Imobiliária francesa quer ter 130 agências a operar em Portugal até 2012, fazendo frente às congéneres americanas.

A imobiliária francesa Laforêt quer concorrer com a Era e com a Remax em Portugal, tendo prevista uma estratégia que inclui a abertura de 130 agências em Portugal até 2012, disse ao Diário Económico Vítor Araújo, director de rede da empresa francesa em Portugal. A Laforêt, que tem um volume de negócios em França de aproximadamente 165 milhões de euros e 680 unidades, em regime de franchising, escolheu Portugal para iniciar a sua estratégia de internacionalização, que depois se estendeu a Marrocos e Luxemburgo.
A empresa veio para Portugal devido, segundo Vítor Araújo, à proximidade e à identificação com a cultura portuguesa. “Neste momento temos quatro agências em Portugal, em Lisboa, Cascais, Vila Verde e Aveiro”, segundo o responsável, que vai ainda abrir unidades em Algés, Campo de Ourique e no Porto. No fim do ano, a Laforêt deverá ter 22 unidades instaladas em Portugal. O objectivo é começar nas grandes cidades e nos locais mais estratégicos para depois se expandir para o resto do território.
Em 2010, a empresa espera atingir sete mil transacções imobiliárias no nosso país. Em França, a imobiliária registou cerca de 30 mil transacções no ano passado.

Brasil e Espanha são o próximo alvo
A Laforêt desenhou um plano de expansão internacional que irá também abranger países como o Brasil e Espanha. O objectivo é, segundo Philippe Buyens, director de desenvolvimento da empresa, preparar “o lançamento da Magazine Laforêt e um portal intranet no primeiro semestre deste ano, que se afigura de afirmação das nossas agências nos mercados locais” .
A empresa está agora a negociar para se instalar na Expo, em Viseu, em Ponte de Lima e outras localidades.
A Laforêt está também a apostar numa campanha publicitária que lhe vai permitir dar a conhecer o seu nome em Portugal.
A empresa foi criada em 1981, em França e conta actualmente com uma notoriedade superior a 70% naquele país. A Laforêt avança agora com a exportação do conceito francês de mediação imobiliária, baseado na proximidade e relação directa com o cliente, impulsionada pelo forte crescimento em França.

As imobiliárias internacionais que lideram o sector:

Remax quer ter 180 agências nos próximos quatro anos
A Remax é neste momento a líder de mercado com 156 agências no nosso país, mas quer atingir as 180 nos próximos quatro anos. Em 2005, a empresa aumentou o volume de negócios em 55%, tendo registado uma facturação de 28 milhões de euros, resultado do aumento em 11% das transacções imobiliárias face ao ano anterior. A Remax tem boas perspectivas para este ano prevendo movimentar cerca de 1200 milhões de euros, um crescimento de 39% face ao valor obtido em 2005, que atingiu os 862 milhões de euros. A agência, de origem norte-americana, foi criada nos anos setenta e conta agora com 114,400 agentes em 62 países.
A empresa entrou em Portugal no ano 2000 e desde essa altura tem registado um crescimento constante. Nesta altura o objectivo é claro: obter uma quota de mercado de 20%, face aos 4% que detém actualmente. A maioria do mercado nacional de imobiliário está ainda nas mãos de particulares pelo que é terreno inexplorado para as multinacionais.

Norte-Americana Era tem 122 unidades em Portugal
A imobiliária Era é a segunda maior em Portugal e tem uma história a nível mundial de 30 anos, tendo sido criada nos Estados Unidos, de onde depois se expandiu para o resto do mundo. Em Portugal a empresa tem 122 unidades, de acordo com a sua página da Internet, mas, estava em negociações para chegar às 150 lojas Era. Depois, o negócio passará a ser “a consolidação”. Desde que surgiu em Portugal, em 1998, têm sido feitos entre dois e três contratos por mês com novos ‘franchisados’, disseram há cerca de um ano ao DE alguns responsáveis da imobiliária. A empresa deverá ter transaccionado cerca de mil milhões de euros de imóveis no ano passado, previam nessa altura os responsáveis da imobiliária.
A empresa está presente em todo o mundo e é um das marcas mais reconhecidas do sector imobiliário, mas em Portugal ainda não conseguiu ultrapassar a Remax, que continua a ser líder em número de franchisados.
(07.03.06/Fonte : Diário Económico)

Voltar

PREÇOS DISPARAM

impactos A seca do ano passado contribuiu para quebras na produção, tornando mais caros certos produtos Só o azeite subiu 45% por litro, muito acima dos 2,3% da inflação.

Nos bens alimentares

E estão bem mais caros alguns produtos alimentares do dia-a-dia, quando comparados com o seu preço médio de há um ano. No rol que nos foi possível identificar, o destaque vai para o azeite, cujo preço teve o maior aumento da lista 45%. A seca surge como o principal denominador comum na origem do encarecimento dos bens considerados, embora não se possa ignorar o peso da factura dos combustíveis na agricultura, que também aumentou 27,5%, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

No entanto, o efeito da seca não deixa de ser preocupante, tendo em conta que as autoridades nacionais ainda não puseram de lado a possibilidade de o país vir a enfrentar mais um ano com escassez de chuva, uma vez que os níveis das albufeiras continuam longe de ser repostos. A confirmarem-se as piores previsões, poderá significar também a continuação da escalada nos preços.

No caso concreto do azeite, o preço médio no consumidor, em 2005, terminou o ano a custar 3,89 euros por litro, o que representa um aumento de 44,6% face a Janeiro do mesmo ano, apurou o JN junto da Direcção-Geral da Empresa.

O aumento, muito acima dos 2,3% da inflação, reflecte a subida também observada no preço ao produtor, determinada pelo efeito da seca nas oliveiras, que produziram menos 30% de azeitonas face à campanha anterior.

Aníbal Martins, presidente da Associação Interprofissional da Fileira do Azeite, criada em Fevereiro, sustenta que os preços ao produtor "estão quase o dobro do que estavam há um ano", no que é secundado pela Casa do Azeite.

Esta associação, que representa 95% de todo o azeite de marca embalado em Portugal, já tinha alertado, em Setembro, para a possibilidade de os preços aumentarem, tendo em conta a subida vertiginosa nos mercados internacionais da matéria-prima, dominados por Espanha, Itália e Grécia, países onde também a seca se fez sentir. No índice de preços ao produtor divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística, de Janeiro a Dezembro de 2005, o aumento foi de 65,7%.

Preço vai subir mais

"O reflexo no consumidor tem sido travado porque as empresas estão a suportar os custos e a esmagar as margens. Mas é provável que os preços continuem a subir", avisa Mariana Matos, da Casa do Azeite.

Por força do aumento dos preços, ou não, o certo é que os portugueses consumiram menos azeite no último ano face ao anterior, segundo dados do Conselho Oleícola Internacional, tendo caído de 69 mil toneladas para 63 mil. Somos, ainda assim, o quarto maior consumidor europeu e o sétimo a nível mundial.

Apesar de Portugal ser deficitário na produção de azeitona para o azeite que consome, Aníbal Martins receia que a produção do olival português venha a ser ainda menor, pelo menos, "nos primeiros tempos" da aplicação no Regime de Pagamento Único que entrou em vigor, para o azeite, no dia 1 de Janeiro de 2006 (ver texto na página seguinte).

"Pessoalmente, estou em crer que, com este regime, a produção vai baixar, mas não é só em Portugal. Este regime não é sustentável do ponto de vista social", disse, justificando "É uma ajuda que não obriga a pessoa a produzir. Ora, não faz sentido a Comunidade estar a pagar aos agricultores para não produzirem".

Contas

Peso no orçamento :
O inquérito aos orçamentos familiares do Instituto Nacional de Estatística mostra que as famílias gastavam, em 2000 (dados mais recentes), 18,7% (ou 2579 euros/ano) do seu rendimento com aquisição de bens alimentares e bebidas não alcoólicas.

Habitação Os gastos com a habitação (água, electricidade, gás e outros combustíveis) levam a maior fatia (19,2%).

Comparação :
Em relação a Espanha, os portugueses pagam mais 11% pelos bens de primeira necessidade.
(06.03.06/Fonte : Jornal de Notícias)

Voltar

Juros de crédito para casa sobem.
Euribor a seis meses sobe mais de 25% desde Setembro

Desde Setembro, a Euribor a seis meses já subiu 25,9%. O valor médio do indexante mais utilizado pelos bancos portugueses para o cálculo das taxas do crédito à habitação atingiu os 2,72% em Fevereiro, contra uma média de 2,16% em Setembro, mês em que se iniciou o novo ciclo de subida das taxas.

Para os principais bancos, que arredondam o valor médio do indexante a um quarto de ponto, as taxas de juro para os novos contratos permanecem, em Março, nos mesmos níveis registados em Fevereiro, variando entre os 2,750% (spread de meio pontos percentual) e os 3,750% (spread de 1,5 pontos).

No entanto, os muitos milhares de portugueses que já possuem um crédito à habitação, e que este mês vão ver revista a sua taxa de juro, irão pagar bem mais pelo seu empréstimo. O cálculo feito pelos bancos (para quem usa indexante Euribor a 6 meses) resulta de uma média dos últimos meses, o que quase coincide com o início da subida das taxas de juro.

De acordo com uma simulação feita pelo DN, quem contraísse um empréstimo em Setembro do ano passado e conseguisse um taxa de juro de 3,750% (spread de 1,5 pontos), ficaria a pagar uma prestação de 463,12 euros. Se o mesmo agregado fizesse o seu empréstimo actualmente, a sua taxa seria de 4,250%, o que resultaria numa prestação de 491,94 euros. Ou seja, para a mesma situação, a prestação sobe 28,82 euros, um aumento de 6,2%.

Com as Euribor a 6 e a 3 meses a registarem valores médios de 2,72 e 2,60, respectivamente, a previsível subida das taxas de juro directoras do Banco Central Europeu (BCE), a anunciar ao final da manhã de hoje (ver texto abaixo) já está mais que descontada pelo mercado.

Com efeito, os valores actuais destes indexantes indicam que as taxas vão continuar a subir, com os analistas a considerarem que tanto a Euribor a 3 como a 6 meses estarão acima dos 3% no final de 2006. Ou seja, o mercado interbancário assume que, até final do ano, o BCE deverá subir ainda mais as suas taxas directoras, além dos 0,25 ou 0,50 pontos base que os analistas esperam serem anunciados hoje.
(02.03.06/Fonte : Diário de Notícias)

Voltar

O luxo de Fátima Lopes

No seu 15.º desfile em Paris, que decorreu, anteontem, no Studio Gabriel, Fátima Lopes ofereceu "uma viagem no tempo e na história da moda" com a colecção Outono-Inverno 2006/7.

A estilista marcou com vincada elegância a 13ª edição que integra o Portugal Fashion na semana oficial Prêt-à-Porter de Paris.

Numa zona chique da cidade-luz, cerca de 450 pessoas esgotaram o estúdio onde a nova colecção foi acompanhada, desta vez, por um espectáculo multimédia a condizer com os modelos em desfile.

"A apresentação multimédia fez parte da minha proposta de viagem entre os anos 50 e 80. Quis reproduzir o ambiente de efeitos gráficos de que gosto", disse ao JN Fátima Lopes, nitidamente satisfeita com o apoio das personalidades presentes. Entre elas, figuraram João Rosa Lã, embaixador de Portugal em Paris, Ferro Rodrigues, embaixador de Portugal na OCDE, e o apresentador de televisão Herman José.

"Muito mais elegante - até eu compraria alguns modelos", comentaram algumas das senhoras presentes, ainda surpreendidas pelo amadurecimento da estilista nacional. A produção desta colecção teve a duração de dois meses.

Com efeito, inspirada nas formas da década de 50 e nos grafismos e cores dos anos 80, a criadora apresentou uma oferta bastante alargada, que certamente cativará diferentes gostos. À entrada de cada modelo, a imprevisibilidade criativa de Fátima Lopes conquistou a total atenção do público - e das dezenas de jornalistas e fotógrafos internacionais.

Dezoito manequins desfilaram 55 modelos, realçando a elegância, a simplicidade e a sofisticação. Cada vez menos ousada, Fátima apresentou vários figurinos bastante sensuais.

Fatos justos, vestidos drapeados com mangas de morcego para ampliar a silhueta, vestidos decotados em balão, e o recurso a mousselines, sedas, veludos, malhas, rendas e pele fazem parte da proposta para a próxima estação do ano.
(01.03.06/Fonte : Diário de Notícias)

Voltar