Já foi notícia !
12/05
Rendimento das famílias cresceu 2,6%
A riqueza produzida pelos lisboetas foi, em 2003, 45% acima da média do País
O rendimento disponível das famílias aumentou 2,6% de 2002 para 2003, enquanto o PIB, a riqueza produzida no País, subiu apenas 1,6%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística ( INE).
A Madeira, Alentejo e Algarve são as regiões onde os ganhos das famílias, após impostos, mais aumentaram, "claramente acima do crescimento nacional". Foram também as regiões onde o PIB mais cresceu.
Nos Açores, a riqueza cresceu acima da média do país (1,9% contra 1,6%), mas os açorianos apresentaram o menor rendimento disponível, explicado por uma significativa quebra na criação de empregos. De facto, os rendimentos provenientes de salários baixaram 1,1% em 2003, em comparação com 2002. Pelo contrário, a região da Madeira está à frente do ranking do rendimento disponível do país, isto porque a economia regional cresceu 5,1% em 2003, acima da média nacional (1,6%).
As transferências correntes do Estado, como por exemplo as pensões ou as remessas de regiões para regiões, explicam algumas disparidades entre os rendimentos disponíveis para diferentes regiões do país. Os lisboetas - Lisboa e vale do Tejo - viram, em 2003, o seu rendimento disponível aumentar 2,8%, quando a economia e os proveitos salariais aumentaram apenas 2,0%. No Norte o rendimento aumentou 1,9%, mas os salários cresceram apenas 0,9% e a economia expandiu-se 0,3%.
Em 2003, a riqueza produzida por um lisboeta, tendo em consideração a área NUT, foi 45% acima da média do país. Isto é explicado pelo facto de Lisboa concentrar boa parte das sedes das grandes empresas a actuar no país.
Na Madeira, a produção da riqueza estava 21% acima da média nacional, mas este valor estava influenciado pela respectiva Zona Franca, enquanto a riqueza produzida no Algarve estava 6% acima da média nacional. No Porto, o PIB per capita situou-se cerca de 21% abaixo da média do País.(30.12.05/Fonte : Diário de Notícias)Empresas portuguesas ganham concursos de construção de pontes em Moçambique
O Governo de Moçambique está a prosseguir os seus esforços no sentido de construir infraestruturas que permitam o desenvolvimento integrado do país, tal como consta do Programa do Governo para 2005–2009.
Neste contexto foram adjudicadas a empresas portuguesas obras de duas pontes, a do Zambeze e a do Limpopo. A ponte do Zambeze é uma obra emblemática já que vai permitir a ligação do sul ao norte do país, ligação essa que de momento é feita por um batelão.
A ponte do Zambeze que liga Caia (Sofala) a Chimuara (Zambézia), é o maior projecto em Moçambique nos últimos anos. Avaliado em cerca 65 Milhões de Euros, tem financiamento da UE (25 MEuros), Suécia (21 Milhões Euros) e Itália (20 Milhões); também o Japão disponibilizou 9 Milhões de Euros para a realização de estudo de impacto ambiental e para reassentamento das populações. O contrato de concepção e construção da ponte, que deverá estar concluída dentro de 18 meses, foi atribuído ao consórcio Mota & Cia e Soares da Costa.
A Ponte do Limpopo que liga Chókwè a Guijá, tem financiamento da NDF, entidade nórdica com destaque para a Dinamarca. O contrato de construção foi atribuido à empresa Teixeira Duarte.
Note-se que o contrato da ponte do Zambeze, num montante de 65 Milhões de Euros, só por si é superior ao valor de exportação de Portugal para Moçambique registado nos últimos anos.
Refira-se que as empresas de construção, de direito moçambicano e com capital português, têm grande dinâmica e geram normalmente um volume de vendas anual que rondará os 50 Milhões de Euros, montante aproximado aquele que é gerado pela exportação de mercadorias de Portugal para este mercado.(23.12.05/Fonte : PortugalNews)Penhoras sem aviso para contribuintes em falta
A Direcção Geral dos Impostos (DGCI) pretende aplicar um novo modelo operacional que vai permitir confiscar os bens dos contribuintes com impostos em falta, antes de ser instaurada a execução fiscal e sem aviso prévio.
De acordo com a edição desta quinta-feira do "Diário Económico" (DE), a medida, ainda em fase de preparação, integra um projecto da DGCI com vista a evitar a prescrição de processos nas Finanças.
O novo modelo vai detectar potenciais situações de incumprimento por parte dos contribuintes e recolher informação dos bens penhoráveis dos mesmos, acrescenta o DE. O mesmo jornal refere ainda que as Finanças querem evitar que os faltosos se desfaçam de bens próprios apresentando-se falidos perante a execução judicial da dívida.(22.12.05/Fonte : Correio da Manhã)Portugueses constroem novo hospital em Angola
Empresas privadas ajudam a construir um hospital na capital angolana e profissionais dão assistência.
O Governo português, através do Ministério da Saúde, vai apoiar a construção de um hospital na capital angolana. Este projecto, que ainda não tem data de início e conclusão da obra, será financiado por capitais exclusivamente privados.
O anúncio da construção da nova unidade de saúde em Luanda, capital de Angola, foi feita pelo ministro da Saúde, António Correia de Campos, durante um encontro com jornalistas, em Lisboa. “Este é um projecto muito importante que o Estado português vai apoiar, e o nosso contributo vai ser feito através da formação dos profissionais de saúde, designadamente dos médicos e enfermeiros.” De fora está, portanto, o financiamento público – assegurou o ministro.
Acrescente-se que, enquanto é dada a formação especializada aos profissionais de saúde angolanos, serão os médicos e enfermeiros portugueses a assegurar a assistência clínica no novo hospital. Depois, e de uma forma faseada, os clínicos portugueses vão sendo substituídos por angolanos.
Para que o futuro hospital em Luanda possa ser designado por ‘Hospital Português’ é necessário que tenha mais de metade do capital social assegurado por entidades nacionais, ou seja, mais de 51 por cento, e os restantes 49 por cento de financiamento estrangeiro. Segundo Correia de Campos, várias entidades lusas estão interessadas em participar no projecto, que conta com o acordo do governo angolano, designadamente várias instituições bancárias, como o Banco Espírito Santo (BES) e empresas ligadas à construção civil.
A importância social do projecto deve-se ainda à comunidade portuguesa residente em Angola e à procura de cuidados de saúde pelos angolanos, pois muitos doentes vêm a Portugal receber assistência hospitalar.
APONTAMENTOS
PARCERIA
Assunção dos Anjos, embaixador de Angola em Portugal, afirmou, há dias, em entrevista ao CM, que Portugal tem “condições para fazer parcerias nos eixos fundamentais das actividades económica e financeira”.
MINISTRO
O ministro da Saúde, Correia de Campos, realça a importância do projecto: “Não é só pela tradição histórica que Portugal deve ajudar o povo angolano, é também por razões essencialmente humanitárias que o justificam”.
UNICEF
A embaixada de Portugal em Luanda vai entregar, dentro de dias, um cheque de 200 mil euros a duas agências das Nações Unidas – PAM e UNICEF – para apoiar projectos nas áreas da educação e da saúde em Angola.(21.12.05/Fonte : Diário de Notícias)Qualidade das exportações portuguesas está a melhorar
Em dez anos, triplicou o peso da alta tecnologia nas exportações nacionais
Em pouco mais de uma década, a estrutura das exportações portuguesas mudou. De 1989 a 2001, o peso dos produtos de baixa tecnologia nas vendas ao exterior, como têxteis ou calçado, caiu e a quota dos produtos exportados que incorporavam alta tecnologia triplicou na viragem do século, esta classe de mercadorias já representava 14% do total das exportações nacionais .
Um indicador que coloca a "qualidade" das exportações portuguesas à frente de países como Espanha, Itália e Grécia, de acordo com os dados disponibilizados pelo BCE, Banco Central Europeu, no Occasional Paper Series n.º 30, Junho/2005 (Competitiveness and the Export Performance of the Euro Area). Por exemplo, a alta tecnologia representa apenas 11% do comércio externo espanhol, uma das mais baixas taxas entre os países da União Europeia, UE.
No final da década de 80, cerca de 13% das exportações nacionais eram já constituídas por produtos com tecnologia intermédia (ver quadro). Dez anos depois, um quarto das vendas nacionais ao exterior já incorporava média tecnologia. Para o mesmo período, o valor de vendas de produtos classificados como média tecnologia quase duplicou (ver quadro).
Qual foi o detonador para a mudança da qualidade das exportações nacionais? Alguns economistas apontam a contribuição do efeito Autoeuropa para a valorização do conteúdo das vendas ao exterior. Mas os indicadores mais recentes sobre a economia portuguesa relatam indícios de que a estrutura produtiva está a mudar.
"Alguns sectores da produção apresentam alterações na cadeia de valor", refere Rui Constantino, economista chefe do BSN, Banco Santander de Negócios. Na estrutura produtiva, por exemplo, o sector do papel passou a assumir importância como produto acabado, em detrimento da fabricação da pasta de papel. O que, sendo referenciado como tecnologia intermédia, se reflecte no aumento da "qualidade" das exportações portuguesas.
Outro exemplo o valor das vendas nacionais de vestuário ultrapassa o negócio dos têxteis. "É uma tendência natural", afirma Rui Constantino, para quem, mesmo com a ausência do fenómeno Autoeuropa, o conteúdo tecnológico das exportações nacionais seria beneficiado com o "natural acréscimo na cadeia de valor" dos diversos produtos fabricados no País.
Em nove meses, as exportações de têxteis caíram 20%, de acordo com os números do INE, Instituto Nacional de Estatística. Dados do sector do calçado indicam que as quebras das vendas ao exterior atingiram os 10% em apenas um ano. O comércio externo no mobiliário - com a produção sediada no Norte do País - está igualmente em queda, com reflexos internos na economia ao nível do emprego e das falências declaradas.
Os dados da produção industrial do INE referentes a Outubro indiciam que alguns sectores - com forte preponderância no peso das exportações - poderão estar a contribuir para a alteração do conteúdo tecnológico das exportações nacionais. No sector da pasta e papel, por exemplo, a produção aumentou 16,2% e na fileira florestal a extracção e transformação de madeira e cortiça cresceu 5,6% em pouco mais de um ano.
futuro. Em sete países da área euro mais de um terço das exportações ainda está assente em produtos de baixa tecnologia. Mas em Portugal, nos sectores de ponta, onde predomina a incorporação de alto valor tecnológico, a produção está a subir. É o caso da fabricação de equipamento electrónico, que está a aumentar a uma taxa de dois dígitos, de acordo com os dados disponibilizados pelo INE.
Para o curto prazo, "estamos numa fase de ajustamento", após o embate da "forte concorrência asiática". Mas a alteração do conteúdo tecnológico das exportações nacionais "deve continuar, pelo menos nos produtos de gama média", afirma o economista Rui Constantino.
14% É o peso dos produtos com alto conteúdo tecnológico nas vendas nacionais ao exterior. Produção portuguesa tem melhor qualidade.(19.12.05/Fonte : Diário de Notícias)SINAIS : Aumento das diferenças sociais :
Carros de luxo em altaA crise passa ao lado dos automóveis de luxo. A Maserati foi a marca que mais cresceu em Portugal: onze viaturas vendidas de Janeiro a Novembro deste ano, mais mil por cento do que no mesmo período de 2004. Seguiu-se a Bentley, com uma progressão de 140 por cento (12 veículos comercializados). Na terceira posição ficou a Ferrari, que duplicou as vendas, com 18 unidades. A Porsche posicionou-se em quarto lugar: 239 viaturas vendidas, mais 22,56 por cento do que no ano passado.
Estes números foram fornecidos ao nosso jornal pela ANECRA – Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel, segundo a qual “continua a ser surpresa o volume de vendas de marcas de luxo”. Mas a organização presidida por António Ferreira Nunes já não considera “surpresa” o comportamento do mercado total de ligeiros de passageiros, porque antevira o ano de 2005 semelhante ao de 2004.
Senão vejamos: venderam-se 188 004 unidades nos onze primeiros meses de 2005, mais 2,9 por cento do que no mesmo período do ano passado. No sector em geral, o crescimento foi de 1,6 por cento, com 256 044 unidades vendidas.
BMW À FRENTE NO 'PREMIUM'
No segmento de veículos com a classificação de ‘premium’, quer pelo preço quer pelos equipamentos, a BMW conseguiu a primeira posição. A marca alemã vendeu mais 2714 automóveis de Janeiro a Novembro últimos (crescimento de 55,1 por cento em relação ao mesmo período de 2004). Seguiu-se a Volvo, com um aumento de 32,2 por cento. Na terceira posição ficou a Audi, com uma progressão de quase 14 por cento.
Já as vendas da Mercedes, marca alemã também com a classificação de ‘premium’, tiveram uma quebra de 11,9 por cento.(16.12.05/Fonte : Correio da Manhã)Português assume gestão latino-americana da agência Euro RSCG
O português Ricardo Monteiro, actual administrador-executivo da agência publicitária Euro RSCG Lisboa, foi nomeado para gerir a estrutura latino-americana da rede internacional detido pelo grupo Havas, noticiou hoje a imprensa especializada.
O anúncio foi feito terça-feira pelo presidente executivo global da rede de agências, David Jones, que informou ainda que o antigo administrador da região, Javier Vale, passa a exercer o cargo de presidente da estrutura latino-americana.
Ricardo Monteiro irá acumular a administração da unidade portuguesa com as suas novas funções, além de passar a integrar o comité executivo da Euro RSCG Worldwide.
"A Euro RSCG Latino-Americana tem apresentado um forte crescimento durante este ano. Com a capacidade de Ricardo Monteiro na angariação de novos negócios, tanto ao nível da aquisição de novos clientes como na manutenção dos actuais, acredito que as possibilidades são ilimitadas", afirmou David Jones em declarações ao 'site' especializado adlatina.
Monteiro integrou a rede Euro RSCG em 1999, tendo sido nomeado em 2004 vice-presidente executivo de 'businesse development' da Euro RSCG Europa, cargo que acumulou com a gestão da Euro RSCG Lisboa.
De acordo com os dados da Marktest, relativos ao período de Janeiro a Outubro deste ano, a Euro RSCG lidera o 'ranking' de agências publicitárias do mercado português, com um investimento acumulado de cerca de 284 milhões de euros (preços de tabela).
A rede Euro RSCG Worldwide está integrada no grupo Havas, o sexto maior grupo mundial de comunicação e publicidade, operando em mais de 70 países.
A unidade latino-americana é responsável pelas operações de 18 países, como o Brasil, Argentina, Chile e Uruguai.(14.12.05/Fonte : Diário Económico)CGD e Galp apostam nos painéis solares em Cabo Verde
A Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Banco Comercial do Atlântico (BCA) e as petrolíferas Enacol (cabo-verdiana) e Galp (portuguesa) assinaram ontem, na Cidade da Praia, um protocolo para aquisição e montagem de painéis solares térmicos em Cabo Verde.
O protocolo prevê ainda a identificação de oportunidades para investimentos noutras formas de produção de energia, através da utilização de energias renováveis (como a eólica) para a produção de energia eléctrica.
O CGD, através do BCA, irá garantir uma linha de crédito de médio prazo para financiar a aquisição e a montagem, por pessoas singulares e empresas cabo-verdianas, de painéis solares térmicos em condições mais atractivas do que aquelas praticadas para o regime geral de crédito ao consumo, com o prazo de até cinco anos para a liquidação do financiamento concedido. Já a Galp, através da Enacol, de quem é accionista, fornece os painéis, faz a montagem e a manutenção.
A introdução de painéis solares térmicos no mercado nacional cabo-verdiano é uma das recomendações de um estudo que a Enacol mandou efectua, conforme explicou o director-geral da empresa, Luís Soares, e a ideia é atingir os centros urbanos e os hotéis.
"Estes, em vez dos actuais painéis com termoacumuladores eléctricos, vão passar a utilizar os solares térmicos, baixando de forma significativa o consumo de energia eléctrica", explicou.
A Enacol, assegura Luís Soares, "já está preparada para a realização de estudos, concepção de projectos e montagem dos equipamentos".(13.12.05/Fonte : Público)Sector dos componentes atinge 4,5 mil milhões em 2005
A indústria ligada ao sector dos componentes automóveis instalada no território nacional vai fechar o ano de 2005 com um volume de negócios agregado que deverá pela primeira vez atingir os 4,5 mil milhões de euros, adiantou ao Diário Económico fonte da Associação de Fabricantes da Indústria Automóvel (AFIA).
Este valor permite registar um crescimento da ordem dos 4%, o que é claramente superior aos aumentos verificados nos anos mais recentes: 1% em 2003 e 2% em 2004, quando comparados com os anos anteriores. Além disso, e ainda segundo a mesma fonte, os valores das exportações registaram um forte incremento. Assim, enquanto em 2004 as exportações assumiram um peso de 66,7%, no final deste ano deverão ascender aos 80%, o que quer dizer cerca de 3,6 mil milhões de euros. Ainda nesta área, existem neste momento dois grandes blocos de destino da produção nacional: o tradicional, composto pela Alemanha, França e Espanha, e um outro que assume cada vez maior peso, o da Europa de Leste (Eslováquia, Eslovénia, Polónia e Hungria) - para onde os maiores produtores de automóveis têm deslocalizado os seus investimentos.
Em termos de postos de trabalho, o sector responde por cerca de 40 mil lugares. E, apesar do fraco desempenho da área das cablagens (Valeo e Lear fecharam as portas) os dados da AFIA apontam para que o saldo de 2005 seja negativo, mas apenas em cerca de 500 a 600 lugares.(12.12.05/Fonte : Diário Económico)Estado assume custo das linhas TGV
O Estado vai assumir integralmente o investimento na construção das infra-estruturas das duas novas linhas para o comboio de alta velocidade (TGV), com um custo estimado de 7,1 mil milhões de euros, praticamente o dobro dos custos previstos para o novo aeroporto da Ota, orçados em 3,6 mil milhões de euros.
Segundo noticia esta quarta-feira o “Jornal de Negócios”, que cita uma fonte governamental, 70% do investimento será financiado com recursos públicos, apesar de suportados por um empréstimo a contrair junto do Banco Europeu de Investimentos.
Ainda de acordo com o “JN”, o Governo conta que a amortização desde financiamento só se inicie após a conclusão das obras de construção, pelo que o impacto na despesa pública só será sentido em 2013, já com as duas linhas do TGV (Lisboa-Porto e Lisboa-Madrid) a funcionar.
PREÇO DOS BILHETES
Os bilhetes da linha ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid custarão entre 80 e 100 euros. Um valor mais competitivo já que se situa abaixo do praticado pelas transportadores aéreas portuguesas TAP e Portugália a rondar os 200 euros.(08.12.05/Fonte : Correio da Manhã)85 mil sociedades vão ser encerradas
Os processos de dissolução passam dos tribunais para as conservatórias
Agilizar. Dissolução de sociedades será um processo unicamente administrativo tratado nas conservatórias.
Cerca de 85 mil sociedades por quotas não aumentaram o capital social mínimo para cinco mil euros, tal como é exigido pelo Código das sociedades desde 2001 e, por isso, encontram-se em situação de dissolução. O processo, levantado nas conservatórias, é depois finalizado nos tribunais. Mas, de forma a agilizar os procedimentos e descongestionar os tribunais, o Ministério da Justiça vai transferir as competências de dissolução, na ausência de litígio, unicamente para as conservatórias de registo comercial.
As dissoluções de sociedades são processos "morosos" e com "custos algo elevados", explicou ao DN João Tiago Silveira, secretário de Estado da Justiça. Por isso, a tutela resolveu simplificar os procedimentos. Por um lado, nos casos em que a dissolução é a pedido dos interessados, a mesma, que já decorre unicamente nas conservatórias, vai ser concentrada num único balcão, de onde serão acedidos todos os serviços necessários.
Nos casos em que o processo é desencadeado pelas conservatórias, pelo facto de o capital social não ter sido aumentado, a dissolução vai deixar de ser resolvida pelos juízes, sempre que não há discordância por parte dos sócios das empresas (o que, acontece, explicou o secretário de Estado, na maioria das vezes). O ministro da Justiça explicou disse, numa visita à Conservatória Comercial de Gaia, que o objectivo é libertar os tribunais de "actos que não lhes compete resolver" através de "soluções administrativas".
O acto legislativo que permite esta transferência de competências foi aprovado já pela Assembleia da República durante o Orçamento para 2006 e o decreto-lei está actualmente em preparação.
O Ministério da Justiça estima que existam cerca de 85 mil sociedades comerciais por quotas nessa situação. Alguns destes processos estarão já nos tribunais, mas a maioria, acredita João Tiago Silveira, está ainda nas conservatórias. "O objectivo é que não cheguem a ir para a via judicial", disse. Este número faz parte de um conjunto mais vasto de empresas que não declaram actividade. De acordo com o Ministério da Justiça, estão registadas 590 mil sociedades comerciais, mas apenas 352 mil entregam as declarações periódicas à administração fiscal. Ou seja, 238 mil estão sem actividade, mas não foram dissolvidas ou liquidadas.
"Isto significa que temos de agilizar o processo de dissolução das sociedades para que os recursos disponíveis possam ser afectos a outros investimentos." A promoção de criação de novas empresas faz também parte dos objectivos do executivo, que fez ontem um balanço "positivo" do projecto "Empresa na hora" - foram criadas 1383 sociedades desde Julho. A partir do próximo ano, os futuros empresários, poderão, na altura da constituição da sociedade, aderir a um centro de arbitragem para resolução de conflitos de consumo.(07.12.05/Fonte : Diário de Notícias)"Vergonhoso e imoral" : Carros indignam Ministério
Novos administradores gastaram 72 mil euros em três viaturas Administração Regional e Unidade de Missão dos Hospitais SA dizem que, apesar de legal, é vergonhoso e imoral
Contrariando as indicações do Governo para a contenção de despesas na Função Pública, o novo conselho de administração do Hospital Infante D. Pedro SA, em Aveiro, acaba de comprar três carros novos para os administradores que entraram em funções há pouco mais de um mês. As viaturas, marca Honda (dois deles Sport), custaram 72 mil euros (cerca de 14500 contos em moeda antiga). A decisão dos gestores, apesar de legal, é considerada "imoral" e "vergonhosa" por altos responsáveis do Ministério da Saúde, da Unidade de Missão dos Hospitais SA e da Administração Regional de Saúde do Centro, que oficialmente não se querem pronunciar.
Luís Delgado, administrador do Hospital de Aveiro, disse ontem, ao JN, que o contrato dos gestores prevê a compra de um carro até ao montante de 35 mil euros por administrador. "Gastamos 72 mil, poupando 33 mil euros". Luís Delgado afirma que o Hospital não tinha carros, "apenas dois com mais de 20 anos", considerando-os um instrumento de trabalho.
"Eu e os restantes administradores (nr Luís Matos e Pedro Almeida) moramos no Porto e como o Hospital legalmente não pode pagar os quilómetros da deslocação, compramos as viaturas. São carros de serviço". Questionado se não poderiam ter comprado carros mais baratos para o "serviço", Delgado respondeu que isso é "subjectivo".
Confrontado com o facto dos anteriores administradores não terem comprado carros novos, usando os dos próprios, apesar de também não morarem em Aveiro, Luís Delgado afirmou "Se calhar tiveram medo de ser questionados pelos jornalistas. Mas como eu não tenho e porque é uma situação legal, comum aos outros administradores, compramos as viaturas".
O facto do Ministério ter dado indicações para a contenção de despesas, nomeadamente na aquisição de viaturas novas, não quer dizer nada para os administradores do Infante D. Pedro. "Enquanto titulares da administração temos direito a uma viatura, foi o que fizemos".
O estacionamentos dos três "Honda" nos lugares da Administração causou igualmente indignação no interior do Hospital de Aveiro, especialmente porque a unidade tem uma série de carência em termos de meios, nomeadamente aparelhos obsoletos. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra. A compra dos carros não impede o investimento no Hospital", assegurou Luís Delgado.(06.12.05/Fonte : Jornal de Notícias)Portugal reduz défice comercial com a França
Portugal tem vindo a reduzir o défice comercial nas relações com a França, graças ao sucesso de algumas empresas de média dimensão que têm conseguido ganhar quota de mercado naquele país europeu. Na semana passada, a Frulact foi mesmo distinguida com o Óscar da Exportação, um prémio anual atribuído pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF) e para o qual também estava nomeada a Levira.
"A evolução das relações comerciais entre os dois países mostra que, no caso de França, as companhias portuguesas não estão a perder competitividade", sublinha o presidente da CCILF. "Pelo contrário, mesmo numa conjuntura difícil há coisas boas a acontecer em Portugal", acrescenta aquele responsável.
Na verdade, olhando para os dados disponíveis (ver caixa ao lado), verifica-se que o saldo negativo português tem vindo a diminuir. Um sinal positivo para a economia, não só porque a França é uma das maiores economias europeias como também um dos principais parceiros comerciais de Portugal.
"No caso da Frulact, uma vez que somos uma marca industrial, optámos por abordar logo os líderes de mercado", sublinha João Miranda, vice-presidente da empresa dedicada ao processamento de preparados de fruta para as indústrias de lacticínios, gelados, pastelaria industrial e bebidas.
Com 90% da sua facturação realizada no exterior, a Frulact quer reforçar a aposta no mercado francês, que o seu vice-presidente diz ser "o mais exigente" da Europa. "Já estamos fortes em Portugal e Espanha, agora queremos consolidar em França para aproveitarmos o trabalho realizado nos últimos anos e a notoriedade já alcançada."
Cada vez mais centrada na exportação está a Levira, uma empresa nortenha focada no fabrico e comercialização de mobiliário de escritório, também candidata ao Óscar da Exportação da CCILF. "O mercado português está estagnado, pelo que a única maneira de crescermos é exportar", diz Paulo Couto, director-geral da Levira. "Em 2006 queremos reforçar posições em França, Espanha e Reino Unido e pretendemos encontrar parceiros comerciais na Rússia, Marrocos e Argélia", afirma.
Globalmente, as exportações nacionais com destino a França ainda se baseiam muito nos sectores tradicionais (sobretudo têxteis, calçado e vestuário, cortiça), mas outros têm vindo a ganhar relevância - nomeadamente o mobiliário (cresceu 40,5% em 2004), o sector automóvel (o volume aumentou 13,7%) e as indústrias eléctricas (mais 4%).
Em sentido inverso, de França chegam a Portugal muitos automóveis e componentes (representam 20% das importações daquele país), vários produtos na área agro-alimentar (17% do total) e também de higiene e perfumaria e maquinaria e equipamentos.
Apesar de a balança comercial dos dois países tender para uma aproximação entre importações e exportações, a posição portuguesa em França está ainda muito longe de se aproximar da forte presença francesa em território nacional. Na verdade, enquanto a pátria de Voltaire e Descartes acolhe pouco mais de 40 empresas de capital português (dados do ICEP), em Portugal existem, segundo a Câmara de Comércio, perto de 400 sociedades de origem gaulesa, que no seu conjunto empregam perto de 20 mil trabalhadores.
"Actualmente não há grandes investimentos franceses em Portugal a serem estudados, em parte porque a própria imagem do País tem vindo a mudar", diz Bernard Chantrelle.
Uma realidade que pode ser explicada pelo facto de a França ser, desde 2003, o segundo maior investidor estrangeiro em Portugal. "O crescimento das exportações portuguesas até pode ser um sinal de que, no futuro, muitas empresas tenderão a apostar numa presença mais directa, até porque no mercado francês o factor regional é muito importante". Exemplos de sucesso como a Frulact e a Levira, que têm vindo a conquistar quota de mercado passo a passo, são os pilares da concretização da política económica desenhada pelo actual Governo, em que o crescimento assenta sobretudo nas vendas para o exterior.
Nos anos anteriores, outras empresas foram distinguidas com o Óscar da Exportação em 2004, a Aerosoles (sector do calçado); em 2003, a Simoldes (plásticos); em 2002, a Renova (papel) e a Ieta (metalomecânica); e, em 2000, a TMG - Automotive (têxteis).(05.12.05/Fonte : Diário de Notícias)Juros da habitação voltam a subir
Os aumentos continuam, depois de a Euribor a 6 meses subir 10% num mês
As taxas de juro para os novos contratos do crédito à habitação vão voltar a subir em Dezembro. As subidas, entre os 0,2 e os 0,3 pontos percentuais, abrangerão os empréstimos contratados junto do Banco Espírito Santo (BES), Totta, Banco Português de Investimento (BPI) e Montepio Geral. A razão para o aumento está no facto de a Euribor a 6 meses, o indexante mais utilizado no crédito à habitação, ter atingido, em Novembro, o valor médio de 2,50%, uma subida de 10,1% face ao valor de Outubro.
Quanto à Caixa Geral de Depósitos (CGD), que detém cerca de 30% do mercado de crédito à habitação, a instituição não disponibilizou ao DN informação sobre as taxas que irá praticar este mês. Recorde-se que em Novembro as taxas da CGD subiram 0,25 pontos percentuais, uma vez que o banco arredonda os valores que pratica no mercado a um quarto de ponto.
O Millennium bcp, por seu lado, é o único entre os grandes bancos que indexa à Euribor a 3 meses e usa a taxa registada dois dias úteis antes da data escritura, com arredondamento a 0,25 pontos.
Com a concorrência bancária a ditar spreads que podem baixar até aos 0,375 pontos percentuais, as taxas mais baixas do mercado são praticadas pelo Totta e BES, com um mínimo de 2,875%.
No entanto, estes valores são apenas aplicados a um reduzido número de clientes, mediante certas condições, que normalmente resultam do envolvimento do cliente com o banco, ditado pelo seu nível de cross selling de produtos.
Estas subidas, verificadas de forma mais acentuada nos dois últimos meses no indexante Euribor, são a reacção mais imediata do mercado interbancário à esperada subida das taxas directoras do Banco Central Europeu (BCE), que hoje deverá sair da reunião do Conselho de Governadores (ver texto em baixo).
As famílias são quem mais irá sentir a "escalada" dos juros, depois de dois anos e meio de taxas aos níveis mais baixos de sempre. De acordo com uma simulação feita pelo DN, um aumento de 0,75 pontos percentuais da taxa de juro de um crédito à habitação (subida prevista por vários analistas contactados pelo DN, para todo o ano de 2006) determinará uma subida de cerca de 10% na prestação a pagar (ver simulação).
A pedido dos clientes, quase todas as instituições de crédito utilizam os três indexantes (Euribor a três, seis e 12 meses), apesar de o de seis meses ser o mais utilizado. No entanto, verifica-se que vários bancos começam a oferecer apenas a possibilidade de indexar à Euribor a três meses, com o consumidor a sentir os movimentos de subida ou descida de forma mais imediata.
Em início de ciclo de subida, torna-se mais oportuno analisar outras ofertas disponibilizadas pelo mercado, como sejam os produtos de taxa fixa. Todos os bancos oferecem esta modalidade, com taxas competitivas, apesar de algumas delas vigorarem apenas durante o período promocional.
Para os consumidores que vão contrair um crédito é altura de fazer bem as contas antes de escolher. O ideal será fazer simulações com taxas de juro mais elevadas do que aquela que o banco lhe oferece actualmente. É que a subida vai continuar.(01.12.05/Fonte : Diário de Notícias)