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03/05
Inag: mapa de seca extrema ou severa diminuiu nos últimos 15 dias
Metade do território de Portugal continental (52 por cento) encontra-se em situação de seca extrema ou severa, o que representa um desagravamento superior a 30 por cento face à primeira quinzena de Março, indicou hoje o Instituto da Água (Inag).
A 15 de Março, a percentagem do território de Portugal continental em situação de "seca extrema" ou "seca severa" chegava aos 88 por cento.
O último relatório quinzenal do Inag sobre a seca em Portugal, divulgado hoje, revela que a percentagem de território em situação de "seca extrema" passou dos 46 por cento verificados a 15 de Março para apenas 24 por cento.
Na origem destas melhorias estará a precipitação que se fez sentir nas últimas duas semanas em vários pontos do país.
O território classificado como estando em situação de "seca severa" também diminuiu, dos 42 por cento para os 28 por cento que se verificam a 30 de Março.
A "seca moderada" afecta 22 por cento do território (mais dez por cento do que há 15 dias) e a "seca fraca" afecta os restantes 26 por cento do território continental.
Apesar das melhorias no panorama da seca, o relatório indica que "a situação actual é a mais grave desde 1990 e, quando comparada com a de 1981, verifica-se que há uma maior percentagem de território nas classes de seca severa e extrema".(31.03.05/Fonte : Público)Portuguesas MSF, Lena e Somague assinam contrato de 750 milhões na Bulgária
Obra. Auto-estrada ligará a Sérvia ao Mar Negro, passando por Sófia
As construtoras portuguesas MSF, Somague e Lena Construções assinaram ontem, em Sófia, o contrato de concessão de uma auto-estrada na Bulgária, que faz a ligação entre a Sérvia (Kalotina) e o Mar Negro (Burgas), passando pela capital. A rodovia, com 445 quilómetros, envolve um investimento da ordem dos 750 milhões de euros.
A construção da auto-estrada foi adjudicada a um consórcio encabeçado pela MSF, que detém uma participação de 21%, e integra as portuguesas Lena Construções e Somague, com 15%, para além de duas empresas detidas pelo Estado búlgaro - a Automagistraly, que tem 25% e a Technoexportstroy, com 24%.
A atribuição da concessão à Automagistrala Trakia, empresa criada para concorrer a esta concessão, foi aprovada pelo Governo búlgaro a 16 de Dezembro. O consultor financeiro da operação é o Banco Espírito Santo (BES).
A cerimónia de assinatura do contrato foi presidida pelo primeiro ministro da Bulgária, Simeon Saxe-Coburg, e contou com a presença do ministro das Obras Públicas, Valentin Tzerovski. A Trakia Motorway esteve representada por Fernando da Costa Ferreira (presidente do Conselho de Administração) e Emil Kotzev (administrador). A delegação portuguesa integrou o Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos, o Embaixador de Portugal em Sófia e representantes dos Conselhos de Administração da MSF, Lena e Somague, bem como do Banco Espírito Santo, na qualidade de financial adviser.(30.03.05/Fonte : Diário de Notícias)Consumo de energia aumenta 9,6%
4487 Gw/h É o valor, em Gigawatts por hora (Gw/h), do consumo final de energia eléctrica em Janeiro de 2005, o que representa um acréscimo de 9,6% face ao mês homólogo anterior. As estimativas do sistema eléctrico nacional baseiam--se num aumento médio do consumo de 5% a 6% a ano.
63% redução O défice da produção hídrica, em Janeiro, espelha bem a seca que assola o País. Em termos homólogos, baixou 63%, sendo que Janeiro de 2004 já não tinha sido particularmente brilhante.
54% aumento As centrais térmicas, a fuelóleo, carvão ou gás natural, viram o seu esforço de produção aumentar em mais de metade, quando comparado com o mês homólogo anterior.
549 importações É o valor, expresso em Gw/h, das importações de energia eléctrica vinda de Espanha, em Janeiro do ano corrente.
17 Gw/h O Alqueva já produz cerca de 3,6% do total da energia hídrica nacional. Em Janeiro, esse montante cifrou- -se em 17 Gw/h
25,2% gás natural As disponibilidades de gás natural, entre Fevereiro de 2004 e Janeiro de 2005, aumentaram um quarto.
4,8% fiscalidade Apesar de o peso dos impostos sobre o gás natural ser, em Portugal , mais baixo que a média europeia, o preço pago pelo consumidor é superior ao praticado em Espanha.(29.03.05/Fonte : Diário de Notícias)Plano Tecnológico dá primeiro passo em Conselho de Ministros
Colocação de mil jovens licenciados em gestão e tecnologia em PME discutido em Conselho de Ministros. O Plano começa hoje.
A primeira medida de um Conselho de Ministros de José Sócrates foi ultimada madrugada fora. Para concretizar a colocação de mil jovens licenciados em gestão e tecnologia em pequenas e médias empresas, Manuel Pinho articulou o diploma, até ao último momento, com Vieira da Silva e Mariano Gago, responsáveis pelas áreas do Emprego e da Inovação. À hora de fecho desta edição, não havia ainda fumo branco, nem sequer uma certeza de que o Conselho de hoje aprovasse, na forma final, o documento.
A primeira medida do Executivo de José Sócrates acaba por abranger duas das ‘paixões’ do agora primeiro-ministro: o Plano Tecnológico e o combate ao desemprego. Foi a única promessa de campanha que Sócrates recuperou e reafirmou no discurso da noite eleitoral. Anteontem, no debate do Programa de Governo na Assembleia da República, o primeiro-ministro definiu o calendário: “Já esta semana”.
Os contornos exactos desta iniciativa estão guardados no ‘segredo dos deuses’, uma nova metodologia que Sócrates fez questão de implementar mal venceu as eleições.
No Programa de Governo, a iniciativa está enquadrada no capítulo dedicado ao Plano Tecnológico - a “estratégia de crescimento” de José Sócrates -, e acompanhada de uma série de outras medidas ainda sem calendário concreto definido. Assim, na mesma área, Sócrates aposta também em repor os benefícios fiscais à I&D empresarial, triplicar o investimento privado e duplicar o investimento público à Investigação e Desenvolvimento. O novo primeiro-ministro comprometeu-se ainda em triplicar o número de patentes registadas. Tudo isto no prazo de uma legislatura - até 2009. No último debate da campanha, Sócrates dizia que já tinha valido a pena a discussão, por consciencializar os empresários para a inovação. Hoje é o tiro de partida(24.03.05/Fonte : Diário Económico)Energia. Cidadãos podem melhorar eficiência nas suas casas
Quercus ajuda 70 famílias a poupar
A associação ambientalista Quercus vai seleccionar 70 famílias portuguesas para receberem aconselhamento especializado e gratuito na redução do consumo de energia nas suas casas, ao longo de um ano.
Vinte das famílias candidatas têm de ser dos concelhos de Lisboa e Oeiras. Em relação a estas, os técnicos deslocar-se-ão às suas casas para avaliar o desempenho energético do agregado familiar e dar os conselhos que julgarem necessários para que melhorem a sua eficiência energética.
As outras 50 famílias podem ser de qualquer parte do País, sendo a avaliação da situação e as sugestões de poupança feitas pelo telefone, correio electrónico ou correio.
O projecto Ecofamílias, como foi designado, insere-se na campanha Ecocasa, lançada há um ano pela organização ecologista para alertar para a necessidade de uma maior eficiência energética dos cidadãos, e abre a partir de hoje as inscrições às famílias candidatas.
Os interessados podem fazê-lo até dia 15 de Abril, para o e-mail ingo@ecocasa.org ou para o telefone 217 882 090.
"No âmbito da campanha Ecocasa quisemos fazer algo mais concreto que envolvesse as pessoas e as levasse a testar no dia-a-dia as questões da eficiência energética. Foi assim que nasceu este projecto das famílias", explicou ao DN o dirigente da Quercus, Francisco Ferreira. Para as famílias que forem seleccionadas, esta vai ser uma oportunidade de fazerem poupanças, com vantagens para o ambiente e sem custos para o seu próprio conforto.
Através da mesma linha telefónica qualquer cidadão poderá obter também esclarecimentos sobre a gestão energética de sua casa.(23.03.05/Fonte : Diário de Notícias)Fevereiro : Mais 4200 pessoas perderam emprego
O mês mais curto do ano foi bem longo em termos de desemprego. Por dia, 149 pessoas perderam o seu posto de trabalho em Fevereiro. No final do mês, estavam desempregadas mais 4176 pessoas, em relação a Janeiro, ou seja, mais 0,9% de um total de quase meio milhão de desempregados (487 623).
Segundo os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em termos homólogos o aumento foi de 4,3%, o que representou mais 20 083 desempregados que em Fevereiro de 2004.
"Por este andar, vamos ultrapassar os 500 mil desempregados, ou agora, ou no Verão. Pode haver uma descida conjuntural neste período, mas em Setembro, quando os licenciados saem das escolas, o número deverá aumentar", disse ao DN João Proença, secretário-geral da UGT.
Para o sindicalista, este problema só poderá ser atenuado "com a dinamização do crescimento económico, na ordem dos 2%, e com uma política de emprego e formação adequada".
O desemprego de longa duração - o mais preocupante - continua a ser o que mais aumenta (+10,1%, face à subida de 0,5% no desemprego de curta duração).
As regiões Autónomas e o Norte foram as mais penalizadas, enquanto o Algarve foi a única região onde se verificou uma quebra do desemprego (-2,5%). Em termos homólogos, registaram-se fortes aumentos no número de pessoas sem trabalho na Madeira e nos Açores (24,2%), seguindo-se o Norte, com 8,3%. Lisboa e Vale do Tejo e o Alentejo conseguiram diminuir o número de pessoas sem trabalho.
Por profissões, os maiores acréscimos foram para o sector primário (agricultores e pescadores), "outros operários, artífices e trabalhadores similares" e "operários e trabalhadores similares da indústria extractiva e da construção civil". Nos sectores de actividade, a indústria do vestuário foi a que mais aumentou.
À excepção dos indivíduos com habilitações ao nível do secundário, todos os graus de instrução aumentaram o desemprego face a Janeiro. Em relação a Fevereiro de 2004, escaparam à subida a o grupo dos licenciados e dos que não possuem qualquer habilitação.
O número de colocações atingiu 4227, mais 2,7% que em Janeiro.(22.03.05/Fonte : Diário de Notícias)Actividade económica em abrandamento
O investimento desacelerou e o consumo evoluiu positivamenteCrise. A indústria de construção mantém comportamento negativo
Confirmada a recessão técnica no último trimestre de 2004, já aqui antecipada, os indicadores disponíveis para 2005 apontam para um fraco andamento da actividade económica no início de 2005 - o clima de negócios, do INE, permaneceu negativo em Fevereiro e a actividade económica desacelerou ligeiramente em Janeiro. E também o indicador de formação bruta de capital fixo (investimento) desacelerou no segundo mês do ano.
A AECOPS, na análise de conjuntura de Março, assinala que as apreciações dos empresários sobre a actividade foram mais negativas em Fevereiro e que se verificam sinais de debilidade no mercado de obras públicas. O número de meses de produção assegurada, um indicador de procura, diminuiu em todos os subsectores e a taxa de utilização da capacidade produtiva caiu para 74,6%. As vendas de cimento baixaram 3,0% no primeiro mês deste ano.
A produção da construção e obras públicas caiu 3,8% no trimestre terminado em Janeiro. Os dados do Instituto Nacional de Estatística revelam que, em 2004, o número de obras em edifícios concluídas se reduziu 30,8%, com variações negativas em todas as regiões. O número de obras novas terminadas recuou 31,3%. O emprego na construção e obras públicas continuou a cair, reduzindo-se 3,9% homólogos em Janeiro.
Só o consumo privado continua a dar sinais de algum dinamismo. Os dados qualitativos e quantitativos apontam para uma melhoria nos primeiros dois meses de 2005.
Resultado os dados do comércio extracomunitário indicam um fortíssimo agravamento do défice da balança comercial, que cresceu 39,2%, com as exportações a 'arrefecerem', registando um crescimento de 4,1% e as importações a aumentarem 19,4%.
A taxa de cobertura das importações pelas exportações degradou-se também fortemente, passando de 56,4% em Janeiro de 2004 para 49,2% no primeiro mês de 2005.
No ano passado, as exportações para fora da UE subiram 7,6% e as importações cresceram 16,7%. O comércio internacional influenciou, assim, muito negativamente o comportamento da economia portuguesa no ano passado.
A produção industrial dos principais clientes de Portugal manteve um perfil de abrandamento e as expectativas quanto à carteira de encomendas na União Europeia deterioraram-se em Fevereiro, o que não deixa antever uma evolução favorável das exportações nacionais.
O volume de negócios dos serviços cresceu 2,5% homólogos em Janeiro, em abrandamento pelo segundo mês consecutivo. O emprego nos serviços baixou 0,7% homólogos em Janeiro, após três meses de estagnação, manifestando uma inversão de tendência.
A inflação em Portugal acelerou em Fevereiro, reflectindo os aumentos no tabaco e nos transportes - a taxa homóloga aumentou 0,2 pontos percentuais, para 2,2%, e a média anual, invertendo o andamento descendente, acelerou 0,1 pontos, atingindo 2,4%.(21.03.05/Fonte : Diário de Notícias)O que vamos respirar no Verão?
As cumeadas e os vales estão rudes, secos, ásperos. Na Sertã, as pinhas, cheias de peniscos, não chegaram para compensar as perdas do fogo. Neste concelho, por onde crepitavam labaredas e o labor de centenas de bombeiros, o tempo cristalizou no Verão de 2003. As árvores morreram de pé. E, de pé, continuam a desafiar a memória daquelas semanas de horror. Pior com o tempo seco, há quem viva com o credo na boca, a desejar que a água, tal como em 2003, não lhe falte no momento de acudir a sua casa, que ficou intacta graças ao empenhamento dos bombeiros.
"O lume caminhava como cobras, estamos agora aqui reduzidos a nada...", desabafa Luís António, de 78 anos, que compara o dia em que caiu em combate em Angola com aquele em que o fogo, em Agosto de 2003, lhe reduziu a esperança. Na aldeia onde vive, Maxial da Estrada, desde o dia em que as chamas chegavam de sete lados que nada mudou. As árvores queimadas continuam de pé e o mato, verde amarelado, por cortar.
Em caso de fogo, as árvores secas podem voltar a ser pasto para as chamas , mas Luís António ainda não vendeu a sua madeira "Querem-me dar dois mil euros por vários hectares de pinhal. Não me conformo, pois eu ainda por cima tinha as minhas propriedades bem tratadas..." O resultado de três dias de Inferno está perto da sua pequena casa e Luís António mostra, com mágoa, os troncos de sobreiro cuja cortiça foi apodrecendo. "Vai dando para aquecer as botas", lamenta.
Ainda não chegou o meio-dia e o calor já aperta. Quem diria que é Inverno? Está tudo seco, o vento silva e em caso de incêndio florestal, aquela vegetação, diz quem ali vive, terá combustão ultra-rápida. Ingredientes que, em caso de fogo, podem voltar a ser fatais. O ancião, que já refez a vida duas vezes, olha para o horizonte e pergunta "O que vamos respirar no Verão? Antigamente, tínhamos ar puro dos pinheiros..."
O DN percorre os povoados do concelho da Sertã que em 2003 viveram momentos escaldantes. Também no Maxial, no quintal do pai de Maria Helena da Silva Santos, arderam as cebolas que ainda estavam debaixo da terra para serem colhidas. As persianas daquela habitação enrodilharam-se com o calor. A muito custo, o pai, já falecido, acedeu em abandonar a sua habitação. Álvaro Monteiro, segundo comandante dos Voluntários da Sertã, lembra-se bem daqueles momentos dramáticos. E de então para cá, denuncia, "não se fez nada, nem a nível de reflorestação, nem a nível de prevenção".(19.03.05/Fonte : Diário de Notícias)Apesar de terem iniciado um rumo decrescente desde 2001, as remessas dos emigrantes portugueses recebidas em Portugal ainda representam cerca de 1,5% do PIB do país (135 mil milhões de euros). Em termos de depósitos, em Dezembro 2004, os emigrantes tinham 9,2 mil milhões de euros depositados nos bancos em Portugal o que representa cerca de 12% do total dos depósitos bancários do particulares em Portugal. Desde o ponto mais alto em 2001 o total das remessas parece ter atingido um patamar de cerca de 2,4 mil milhões de euros em 2003 e 2004, ou seja uma queda de cerca de -35% em 3 anos.
Segundo os estudos é muito provável que essa queda se acentue nos próximos anos por razões evidentes de envelhecimento das populações emigradas e na perspectiva de que a emigração portuguesa continue com volumes baixos. Em 2003 ainda foram registados em Portugal um pouco mais de 27 mil casos de emigração, dos quais 94% a destino dos países da Europa. A França permanece principal o país de acolhimento dos emigrantes portugueses. Quase cada um em três casos de emigração para a Europa tiveram como destino a França (27,4%).
Esta situação apoia o facto que existe ainda algum dinamismo nas transferências dos emigrantes portugueses em França. Assim, em 2004, as transferências oriundas de França foram umas das raras que registaram um aumento (+9%), limitando também mais uma queda das transferências totais. Fora a França, apenas as transferências provenientes da Suíça e do Reino Unido conseguiram manter os volumes do ano passado com respectivamente +3% e +2%. Alemanha, Espanha e Luxemburgo registaram as mesmas descidas relativas, ou seja, -13% de 2003 para 2004. Dos países da Europa a França representa 63,4% (2004) do total das remessas recebidas. Relativamente ao total os emigrantes portugueses em França ainda enviam cerca de 40% do total das transferências (39,5% em 2004).
Em termos internacionais, fora a Europa, são os portugueses radicados nos EUA que são os maiores contribuidores com 232 milhões de euros de transferências em 2004 representando 9,5% do total. No entanto estes montantes estão em queda de -15% relativamente a 2003. As remessas oriundas dos outros principais países como Brasil, Venezuela e Canadá também registaram quedas consequentes em 2004 relativamente a 2003 : Brasil ; -31%, Venezuela ; -23% e Canadá -11%. Podemos ainda notar que no agregado "Resto do Mundo" as transferências registaram um aumento significativo +30%. Levando este total ao nível das remessas provenientes dos emigrantes portugueses radicados no Canadá (cerca de 72 milhões de euros em 2004). O carácter "económico" da emigração portuguesa pode ser apoiado por este indicador : 97% das remessas chegadas a Portugal em 2004 são oriundas de países da OCDE. (Fontes: Banco de Portugal e INE)
Por : Jorge Rodrigues Ruivo (jorgeruivo.free.fr)
(16.03.05/Fonte : Luso Planet)Endividamento das famílias em alta nos próximos anos
endividamento das famílias portuguesas é significativamente elevado :
118% do rendimento disponível em 2004O peso do crédito no rendimento das famílias manter-se-á acima dos 100% nos próximos anos, tornando-se num problema estrutural da economia.
O endividamento das famílias portuguesas tornou-se num problema estrutural da economia portuguesa. O rácio do endividamento está acima dos 100% do rendimento disponível há três anos consecutivos, devendo flutuar em torno desses valores ao longo dos próximos anos, consideraram vários especialistas ouvidos pelo DE.
Algumas das principais causas por trás do fenómeno são “o mercado de arrendamento que não funciona”, o que tem obrigado os particulares a recorrerem aos empréstimos bancários para compra de habitação, ou, muito simplesmente, um crescente “fascínio” em relação ao consumo, adiantam esses economistas.
O nível de endividamento das famílias nacionais é significativamente elevado (estava nos 118% do rendimento disponível em 2004), sobretudo quando as perspectivas apontam para o início da subida das taxas de juro directoras do Banco Central Europeu (BCE) – a taxa principal está num mínimo histórico de 2% desde Junho de 2003 – já na recta final deste ano, aposta a grande maioria dos analistas.
O economista do Crédito Agrícola, João da Costa Pinto, explica que o elevado nível de endividamento “está relacionado com o desfasamento da estrutura produtiva”. “O aumento do endividamento reflecte o facto de Portugal ser uma economia pouco competitiva e que, para compensar, tem necessidade de importar muitos produtos para assim suprir a procura interna”. “Portugal mudou nos últimos anos. Os consumidores portugueses são hoje mais exigentes e procuram produtos de qualidade e a preços mais baixos, que a economia nacional não tem capacidade para oferecer”, refere. O economista observa que “o aumento do consumo, feito por via das importações, tem estado a ser financiado por crédito bancário”, admitindo em seguida que “um aumento muito rápido das taxas de juro do BCE teria um impacto muito negativo na economia”.
João César das Neves, professor catedrático da Universidade Católica, também observa que “houve uma mudança estrutural” na sociedade e refere que “grande parte deste aumento de endividamento é consequência do fascínio das pessoas pelo consumo”. Defende também que “a fragilidade financeira da economia é natural, assim como é natural vermos pessoas entrarem na falência”. O economista admite que o rácio de endividamento “poderá ficar a flutuar em torno dos níveis actuais” mas repara que a situação “não é dramática”, já que “a taxa de esforço das famílias portuguesas é mais baixa do que em muitos países europeus”.
Carlos Andrade, o economista-chefe do BES, explica que uma subida de 25 pontos base, como a que é espertada, “não vai ser boa para a economia, porque aumenta as restrições financeiras das pessoas, mas também não é dramática, pois há um factor favorável relacionado com o grau de esforço do serviço da dívida das famílias que se encontra estável em redor dos 13,5% do rendimento disponível”, precisa. O rácio do endividamento “tem algum espaço para subir”, sendo que o principal problema está ligado ao mercado de arrendamento, que “não funciona e que, portanto, não oferece alternativas, obrigando maior parte das pessoas a optar pela compra de casa própria”.
Rui Constantino, economista-chefe do Banco Santander Negócios, sublinha que o BCE vai subir moderadamente as taxas de juro mas admite que “o problema das taxas estarem baixas durante muito tempo é que podem apanhar as pessoas desprevenidas quando começarem a subir”. O economista admite que o endividamento pode continuar a aumentar ligeiramente mas lembra que o Banco de Portugal “não está assim tão preocupado pois sabe que o serviço da dívida está estável”. Por outro lado, “o crescimento do crédito tem sido moderado e o rendimento disponível deve recuperar um pouco em 2005”.
O que é o endividamento:
Taxa de endividamento: é o rácio entre o montante total de crédito que se encontra por liquidar e o rendimento disponível
Rendimento disponível: rendimento bruto menos impostos e contribuições para a segurança social, a que acrescem as transferências do Estado (Abono de família, subsídio de desemprego, subsídio de doença, etc.)(08.03.05/Fonte : Diário Económico)Cenário de um milhão sem água mantém-se
A última avaliação do Instituto da Água (Inag) prevê que 10 por cento dos portugueses tenham problemas com o abastecimento de água este ano. Cenário que não agudiza as já dramáticas expectativas para o Verão mas mostra que as reservas continuam a diminuir e a precipitação permanece muito abaixo da média. Furos que abastecem zonas rurais estarão esgotados em Junho, disse ao DN Adérito Mendes, director dos serviços de planeamento do Inag. Mesmo que chovesse muito não seria suficiente para evitar restrições.
"A situação não foi substancialmente agravada desde a última avaliação, pois essa previsão já apontava o pior cenário. Foram acrescentados levantamentos e feita uma avaliação deste período", acrescentou o presidente do Instituto da Água, Orlando Borges. O ponto de situação de cada concelho será conhecido esta semana através do relatório quinzenal do programa de acompanhamento e mitigação dos efeitos da seca, depois de remetido para avaliação da tutela.
O DN sabe que o documento confirmará com mais detalhe os dados já divulgados pelo Instituto Regulador da Água e dos Resíduos (IRAR) que ditam que um milhão de portugueses utilizará água de fontes alternativas este ano. "Mesmo que a partir de agora chovesse abundantemente, não seria suficiente para impedir restrições no consumo", aponta Adérito Mendes. Das 54 albufeiras do País, 13 já estão com uma capacidade de armazenamento inferior a 40% e os níveis de precipitação também estão muito abaixo da média.
As piores situações ocorrem nos concelhos da Beira Interior (como Mação ou Oleiros), do Nordeste alentejano e no Nordeste do País. "São pequenas povoações que não têm capacidade de armazenamento em albufeiras e recebem água de furos", explicou o responsável pelo planeamento. Zonas com problemas crónicos de falta de água, "já habituadas a baixar os consumos nalguns momentos". Restrições que costumam chegar no Verão e que este ano se sentem desde Fevereiro. No Norte o choque é maior do que no sul porque costuma chover muito mais e a familiaridade com a escassez é menor.
Nas grandes cidades, não se registarão problemas de abastecimento, afirmou o Inag. A albufeira de Castelo do Bode, que abastece a região de Lisboa, não deverá oferecer preocupações porque tem uma grande capacidade de armazenamento e não exigirá a criação de novas captações de água.
soluções. No aquífero Querença--Silves, no Barlavento algarvio, a situação não é famosa, pois este foi superexplorado ao longo dos anos com inúmeras captações subterrâneas. "Mas haverá água suficiente se não houver esbanjamentos e forem implementadas restrições", afirmou Adérito Mendes.
A empresa Águas do Algarve (AdA) já implementou medidas em Alcantarilha, a estação de tratamento está a funcionar com captações subterrâneas. A albufeira do Funcho, situada na bacia com níveis mais baixos, já está de reserva para garantir o consumo para um mês em época baixa. Se não chover nos próximos meses, o plano de contingência da AdA colocará em funcionamento outras captações subterrâneas e reabilitará três furos em Lagos e Vila do Bispo. O aquífero terá ainda mais furos em Alcantarilha. A água do Sotavento será levada em camiões cisterna para abastecer o Barlavento.
O Alqueva poderá mitigar os efeitos da seca no Alentejo, um dos locais mais castigados com a falta de água. "Estamos a estudar a hipótese de fazer uma captação na albufeira para abastecer o Alandroal", adiantou o técnico do Inag.
O tempo seco já não é situação excepcional. Segundo dados do Instituto de Meteorologia, 2004 já foi um ano extremamente seco, tendo chovido bastante apenas em Agosto e Outubro. Em 2005, tudo se agudizou. Os valores da precipitação em Janeiro no Centro e Sul foram próximos e até inferiores aos valores mínimos já observados, nalguns casos com mais de cem anos. Em Lisboa e Évora desde 1901 que não ocorria um Janeiro sem chuva.
Com um histórico que recorda três anos de seca, o Inag lança contas a longo prazo. "Estão a ser feitas previsões a dois anos e acauteladas algumas situações", explicou Adérito Mendes. E dá exemplo a albufeira do Roxo, no sul, já está de reserva para os próximos dois anos. Se a falta de precipitação se estender até Novembro, "entraremos num nível de crise bastante diferente, pois as reservas subterrâneas e das albufeiras estarão no limite", alertou Adérito Mendes.
Para minimizar danos da seca, a vigilância foi reforçada e as entidades apertam o controlo às rupturas para evitar os desperdícios na rede de abastecimento. O acesso às albufeiras é outra acção que o Inag quer rever, para evitar que o pânico leve as pessoas a retirarem água em grandes quantidades dos poucos sítios onde ela ainda existe.
As previsões pouco animadoras não abafam os enormes estragos já registados. Os agricultores somam cem milhões de euros de prejuízos e culturas de inverno totalmente arrasadas. Questionam-se agora sobre o que plantar na sementeira da Primavera.(14.03.05/Fonte : Diário de Notícias)Cientista português lidera 'vida' em Marte
Jovem português lidera equipa que vai simular vida no Planeta Vermelho
Líder. No deserto do Utah (EUA), o jovem Ricardo Patrício vai chefiar uma missão de carácter internacional.
Como reagem um homem e uma mulher quando confrontados com a situação extrema de viver em Marte? Para responder a esta pergunta, uma tripulação internacional, chefiada pelo jovem conimbricense Ricardo Patrício, vai simular uma estada numa base do Planeta Vermelho, entre 15 de Abril e 1 de Maio. O objectivo desta simulação que ocorrerá numa estação da Mars Society, situada no deserto do Utah (Estados Unidos da América/EUA) é tentar estudar, especificamente, qual a diferença entre o comportamento masculino e feminino numa situação de stress, como a de viver em Marte.
Ricardo Patrício, de 28 anos, explica ao DN como surgiu esta oportunidade na sua carreira de investigação "Depois de concluir o curso no Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra estive dois anos na Agência Internacional Europeia, o que me aguçou esta ideia do espaço." Agora, em contagem decrescente para esta experiência científica, Ricardo assevera que vai ter de se habituar a estar fechado, porque adora ar livre, de ver as estrelas e o sol. "A exploração humana no Planeta Vermelho acaba por ser um sonho da humanidade e nós vamos dar mais um passo nessa preparação", justifica. A ideia de comparar comportamentos entre sexos perante os factores da vida em Marte, explica o jovem, "surgiu no final da sessão de Verão da International Space University, na Austrália, em Agosto de 2004, porque existem poucas tripulações femininas de longa duração...".
Naquele deserto americano - considerado um dos poucos locais terrestres onde existem condições análogas às encontradas em Marte - primeiro uma equipa de seis homens, incluídos no projecto de investigação "Leonardo" e, mais tarde, outra de mulheres (1 a 15 de Maio), no projecto de investigação "Mona Lisa", vão ser confrontados, de surpresa, com as mesmas simulações. Os "candidatos a astronautas" viverão isolados com meios de comunicação limitados (a Internet terá alguns atrasos). Ou seja, primeiro obtém-se informações quanto à tripulação totalmente masculina, para depois fazer a mesma avaliação com o grupo feminino. Para além das diferenças de comportamento, estes projectos, sempre como base de uma missão real a Marte, contemplam outras actividades estudos de controlo remoto de robôs, veículos de exploração de terreno, protocolos de segurança e comparação de diferentes fatos espaciais especialmente desenvolvidos para uso na atmosfera marciana. Ricardo Patrício e os seus companheiros usarão um novo conceito de fato espacial que usa a contrapressão mecânica, em detrimento dos modelos totalmente pressurizados.
Trata-se, pois, de mais uma etapa na preparação de uma expedição humana a Marte que, nas próximas décadas, se poderá concretizar com uma equipa mista. "Importa saber e estudar que papel têm as diferenças entre sexos no comportamento de uma tripulação", acentua Ricardo Patrício. No fim das duas simulações, os grupos serão comparados quanto à personalidade, estilos de liderança, tamanho do grupo, misturas culturais, estruturas de função e de poder e outras que poderão afectar o desempenho do grupo e o seu funcionamento. Serão comparados os níveis de stress e os seus indicadores fisiológicos. Além das experiências a que vão ser submetidos, designadamente sobre sistemas de suporte de vida (comida, água e oxigénio), preparação de refeições e condições ambientais e conforto, os grupos terão momentos de lazer.
A equipa de projecto "Leonardo", liderada por Ricardo Patrício (Portugal/Active Space Technologies), tem 12 pessoas (seis efectivas, três suplentes e três para a equipa de apoio) da Holanda, França, Austrália, Áustria, EUA, Alemanha e Canadá. Do lado feminino, do "Mona Lisa", o grupo terá 11 pessoas (seis efectivas e cinco suplentes), sendo Sheryl Bishop, da Universidade do Texas (EUA) a responsável pelo estudo comportamental. Desta equipa fazem parte elementos da Alemanha, Suécia, França, Rússia, Turquia, França, Canadá e Hungria.(11.03.05/Fonte : Diário de Notícias)Economistas prevêem aumento do desemprego
João Salgueiro, Eduardo Catroga, César das Neves, Medina Carreira e João Ferreira do Amaral não acreditam que desemprego desça
Os especialistas dizem que promessa de José Sócrates para criar 150 mil empregos na próxima legislatura é difícil de concretizar.
A promessa do novo Governo socialista de criar 150 mil postos de trabalho durante a próxima legislatura é considerada por vários economistas como uma meta difícil de atingir.
Os especialistas contactados por A Capital estão mais pessimistas que José Sócrates e não acreditam que o desemprego diminua nos próximos anos.
«Nos próximos dois anos, a tendência ainda é para a subida do desemprego», defende Eduardo Catroga. O ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva assegura que a criação de postos de trabalho «não significa que a taxa de desemprego desça». «Nem em 2006 a taxa de desemprego diminuirá. E até mesmo em 2008, logo se verá», adiantou.
João Salgueiro, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), afirma que «criar 150 mil postos de trabalho leva anos», visto ser necessário «criar um quadro atractivo no sector económico e promover o investimento de novas empresas» em Portugal. «Mas tudo isto depende do que fizermos e das condições dadas aos investidores no nosso país», acrescenta.
O economista João Ferreira do Amaral considera também que a tendência da taxa de desemprego nos próximos anos «pode não aumentar, mas também dificilmente descerá». O professor catedrático do ISEG concretiza a sua ideia explicando que a criação de 150 mil empregos, que o PS pretende cumprir nos próximos quatro anos, só é possível «mantendo a taxa de desemprego». Por essa razão, não será tarefa fácil diminuir o número de desempregados no nosso país.(10.03.05/Fonte : A Capital)Fisco não controla construção e obras públicas
Ilegal. "Até mesmo nas Obras Públicas há situações de clandestinidade", frisou Ponce de Leão
"O sector da construção é talvez um dos sectores onde há um menor controlo da situação fiscal." A juntar às empresas em situação irregular, é preciso combater o "consumidor clandestino", que tanto pode ser o "Estado como um consumidor privado", afirmou ao DN Hipólito Ponce de Leão, presidente do Instituto do Mercado de Obras Públicas e Privadas Imobiliárias (IMOPPI), entidade reguladora do sector.
Ponce Leão chamou a atenção para o facto de muitas vezes um concurso público ser ganho por uma empresa com situação regular (caso contrário nem podia concorrer), mas que depois o empreiteiro subcontrata outras empresas sem alvará.
Confrontado pelo DN com esta informação, Godinho Correia, director-geral da Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas (AECOPS), considerou "estranho" que tal situação aconteça, a não ser em casos muito raros.
Contudo, Godinho Correia não esconde o problema da clandestinidade do sector, estimando que um quarto de toda a produção seja feito em economia paralela.
Segundo o IMOPPI, existem 16 mil empresas clandestinas em Portugal, um valor resultante da diferença entre as 46 mil associadas do instituto e as 62 mil registadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As 16 mil empresas constituem "um potencial de clandestinidade muito elevado", num sector que emprega 610 mil pessoas.
Ponce de Leão frisou ainda que muitas empresas de construção conseguiram contornar a crise com fuga às facturas. O responsável afirmou que não viu "sopa dos pobres" na construção civil. "A crise, como todos disseram, bateu no fundo. Mas as empresas de construção aguentaram-se." Provavelmente, "houve uma economia paralela", concluiu.
Assim, através de práticas ilegais, "muitas empresas conseguem manter-se em actividade", mesmo sem condições para o fazerem. Por este motivo, o IMOPPI quer tornar mais exigentes as regras que regem as empresas do ramo. A última fiscalização proibiu "quatro mil empresas de operarem no próximo ano", devido à nova Lei dos Alvarás.
Ponce de Leão lembrou ainda, em conferência de imprensa realizada ontem, que grande parte dos imigrantes de Leste vieram para trabalhar nas empresas de construção. "O que se passou e que veio muito ao de cima nestes tempos foi o não passar a factura", uma prática comum nas empresas do ramo.
A partir de agora, o responsável do IMOPPI quer que todas as facturas passem a ter sempre o número do alvará. Isto por-seque "há empresas que são legais do ponto de vista do fisco, mas não estão autorizadas neste ramo". Ponce de Leão quer igualmente que os contabilistas passem a ter um papel importante na construção civil.(09.03.05/Fonte : Diário de Notícias)Activespace já está na rampa de lançamento
A prestação de serviços aeroespaciais é a grande força da empresa.
Trabalhar durante dois anos na Agência Espacial Europeia (AEE) aproximou Ricardo Patrício do sonho que tem desde a infância. O jovem engenheiro mecânico de 27 anos formado em Coimbra ainda não conseguiu ser astronauta mas já gravita numa órbita muito próxima. “Sempre tive uma paixão pelo espaço”, conta o sócio da Activespace Tecnologies, a primeira e única empresa portuguesa que faz análises térmicas e estruturais para o sector aeroespacial. Isto é, executa simulações do impacto das radiações e altas temperaturas nos componentes de satélites, assim como testes da resistência a nível estrutural por causa das vibrações de lançamentos.
Em 2002, Ricardo Patrício resolveu inscrever-se no programa Portuguese Trainees que selecciona jovens licenciados para receberem formação na AEE. Na volta do correio chegaram boas notícias. Despediu-se da empresa de moldes da Figueira da Foz onde trabalhava e embarcou com destino à cidade holandesa de Noordwijk fazendo companhia a Bruno Carvalho, engenheiro informático de 28 anos formado em Lisboa, outro dos seleccionados que conhecera por esse motivo.
Durante o estágio, os dois portugueses discutiram muito o futuro profissional, até que Bruno Carvalho desafiou o colega para a criação de uma empresa na incubadora da AEE onde acabará por nascer, e ainda se mantém, o braço holandês da Activespace. “Ficámos muito envolvidos naquele ambiente de trabalho fantástico, onde se faz investigação por excelência”, refere Ricardo Patrício. O fim do período de incubação obrigou, no entanto, a traçar um novo rumo.
Os sócios, e únicos funcionários, optaram por regressar ao país de origem e aproveitar outras oportunidades. A empresa ainda foi registada em Coimbra mas está de mudança para Aveiro. Determinante escolha foi a dinâmica da cidade dos canais e os centros de investigação da Universidade de Aveiro.
Os contactos no campus já começaram. A Activespace quer, quanto antes, alargar a sua actividade para as áreas de instrumentação avançada e optoelectrónica. Por isso a aproximação em vista ao Departamentos de Física e Mecânica onde foram recolhidas boas referências. “Um dos nossos objectivos é oferecer estágios em projectos ligados ao espaço, que julgamos ser uma novidade em Aveiro. Já Bruno Carvalho permanece na Holanda. Em Abril, termina a experiência na incubadora. A dupla de empreendedores decidiu que é quase indispensável manter uma forte ligação à AEE através de colaboradores seus.
Mercado europeu é estratégico para o sector
Em Portugal, a Activespace presta serviços às principais empresas nacionais (Lusospace e Efacec) que a AEE contrata regularmente para desenvolvimento de projectos aeroespaciais. O currículo destaca também a colaboração com a Universidade de Munique na construção de um micro-satélite a lançar a curto prazo. “O nosso mercado é europeu”, diz Ricardo Patrício. O regresso a Portugal permite aceder a outros projectos da AEE destinadas ao nosso país. Na mente dos empreendedores está também a transferência de tecnologia espacial para aplicações terrestres. Uma das ideias, premiada pela AdI, é a de conceber uma sonda de medição instantânea do teor alcoólico de vinhos com tecnologias usadas na exploração espacial para detecção de materiais inorgânicos. Após nove meses de gestão, 2005 será o arranque em pleno da Activespace com uma estimativa de facturação de 100 mil euros.(08.03.05/Fonte : Diário Económico)Autarquias cobram o que querem pela água
Facturas da água chegam a atingir diferenças de 70% na região de Lisboa
Valor. O preço da água é diferente de concelho para concelho
As autarquias cobram o que querem pela água, existindo grandes diferenças de preço mesmo entre concelhos vizinhos. E isto apesar de os custos para as câmaras serem idênticos.
Na Área Metropolitana de Lisboa (AML), as maiores discrepâncias acontecem nos concelhos de Loures, Odivelas, Amadora, Oeiras e Mafra, que praticam valores entre 30% e 60% acima da média. Uma das razões é que muitas autarquias usam os 'lucros' com a água para financiar outros serviços, como o tratamento de resíduos, que dá prejuízo.
A zona norte do Parque das Nações é onde a água é mais cara. Aqui, o preço chega a atingir 70% acima da média da AML. Além da água, a quota de disponibilidade (aluguer do contador) no Parque das Nações é também a mais cara da região (9,11 euros), atingindo um valor superior ao triplo do custo médio dos 18 concelhos (2,69 euros). Como o território está dividido por dois concelhos, no Parque das Nações os consumidores de Lisboa são abastecidos pela EPAL, recebendo uma factura que se insere no preço médio da água da AML, enquanto os consumidores de Loures (norte) são servidos pela Parque Expo e o valor, se incluída a quota de disponibilidade, 'dispara' para quase o dobro.
Loures, Odivelas e o Parque das Nações formam a trilogia mais inflacionária do preço da água. Odivelas é caso especial, já que o novel município é abastecido pelos serviços municipalizados de Loures.
"Os consumidores recebem a factura de Loures", confirma Manuel Varges, presidente da Câmara. "Quando eu ainda era vereador, em 1995, a Junta Metropolitana fez um estudo onde se concluía que Loures já tinha a água mais cara."
Neste dois concelhos a norte, os consumidores pagam um valor de 40% a 70% superior à média. "É penoso para o cidadão e para as empresas", reconhece o autarca, assinalando que no negócio da água, composto por taxas de saneamento e de resíduos, o abastecimento é a única componente que dá lucro. "Os resíduos dão, claramente, prejuízo", acentua.
As soluções para contrariar a curva altista do preço parecem longe, já que o modelo de distribuição não está escolhido. "Encomendámos um estudo para perceber qual será a melhor solução. Talvez um modelo de empresarialização com Loures, para ganhar economias de escala", assinala Manuel Varges, alertando para o "esforço de efi- ciência" que as câmaras terão de fazer, mas sem que isso conduza a mais problemas de gestão".
A água, diz Luís Pinheiro de Almeida, da Parque Expo, só trouxe prejuízos à empresa, qu desde 1999 tenta entregar o abastecimento da zona norte do Parque das Nações a Loures. "Se a água é cara, a culpa não é nossa, porque nos limitamos a seguir o tarifário de Loures", diz. Duas nuances marcam a diferença na Expo a quota de disponibilidade (o triplo da de Loures) e um terceiro escalão (depois dos 16 m3) a preço elevado, quando em Loures começa aos 21 m3.
Carlos Martins, administrador dos serviços municipalizados de Loures, entende haver pontos de distorção que, na sua óptica, contribuem para o elevado preço da água na margem norte do Tejo, onde a banda de flutuação do preço é reduzida.
"Quase todos os municípios compram água em 'alta' à EPAL, que a vende a um preço superior ao que aplica depois na distribuição 'em baixa' na cidade de Lisboa", onde o preço é muito inferior.
Cascais apresenta tarifas enquadradas na média da AML, o que, para o dirigente de Loures, só é possível pela natureza da concessão. "Eles aceitaram baixar os preços nos primeiros anos, aumentando gradualmente as tarifas nos 30 anos de concessão." Por outro lado, em sua opinião, "a taxa de disponibilidade deveria ser incluída na média", já que há municípios que preferem minimizar o custo variável (a água consumida), enquanto oneram o custo fixo (o contador). Idêntica opinião tem Nuno Vitorino, administrador dos serviços municipalizados de Almada. Em Loures, mesmo com a taxa de disponibilidade incluída, a água é mais cara de 35% a 59%. Já em Almada, onde o consumo de 10 m3 é 20% mais caro do que a média da AML, se for incluída a taxa de disponibilidade, o custo da água está na média. Para Nuno Vitorino é uma questão de justiça incluir o valor fixo no preço final. "O consumidor paga sempre essa taxa, mesmo sem consumo."
Almada tem anexado ao abastecimento da água uma política social cuja génese é interessante. Consumidores com rendimentos per capita inferiores a metade do salário mínimo pagam 50% da factura da água. Mas num concelho com 40 mil famílias, só 603 beneficiam desta política. Nuno Vitorino diz que Almada se rege por princípios de sustentabilidade ecológica e igualdade social e afirma que "até 15 m3 por mês a autarquia financia a água aos munícipes".
A sustentabilidade ecológica parece difícil de entender quando, olhando apenas para o custo da água, se percebe que Almada (tal como Vila Franca de Xira) penaliza mais o consumo até aos 10 m3. Mas Almada e Vila Franca não são dos concelhos com factura mais dispendiosa.
Em Oeiras e na Amadora, a variação para consumos de 10, 14 e 18 m3 pode oscilar entre 25% e 37%, e em Mafra, onde o negócio da água está entregue a privados, as diferenças atingem os 44% da média regional. Em Setúbal e em Sintra, onde existem outras concessões privadas, o consumo da água é sempre inferior à média.
administração. Fixar tarifas, preços e deliberar sobre a administração da água compete às câmaras municipais (Lei 169/99). O negócio pode ser gerido directamente pelas câmaras ou concessionado a privados. Foi o que aconteceu em Cascais, Sintra, Mafra, Setúbal e, em circunstâncias especiais, no Parque das Nações Norte. Na cidade de Lisboa, o negócio está numa empresa de capitais públicos.
E se os preços são variáveis, os escalões de consumo não o são menos 18 concelhos e a Parque Expo apresentam 25 escalões diferentes. No mais consensual (até 5 m3), o metro cúbico oscila entre os 13 (Lisboa) e os 51 cêntimos (Sintra).
Números a ter em atenção, numa altura em que a água se torna num bem cada vez mais escasso e tanto se fala no modelo de privatização do sector.(07.03.05/Fonte : Diário de Notícias)Cheques recusados aos portugueses em França
O facto de os documentos não conterem a indicação de residência está a provocar problemas aos membros da comunidade
Os portugueses residentes em França encontram dificuldades crescentes para verem os seus pagamentos por cheque aceites. E quando recorrem ao pagamento sistemático em numerário, acontece que lhes seja recusado um levantamento de dinheiro no banco.
Esta situação tem vindo a agravar-se desde a entrada em vigor de uma lei francesa de Novembro de 2003 que torna facultativa para emissão de uma carta de residente para os cidadãos de um país da União Europeia que viva em França. Para a maior parte dos europeus, esta medida é um alívio, mas para os portugueses começa a ser mais do que um embaraço no dia-a-dia.
É que nem o bilhete de identidade, nem o passaporte português mencionam a morada exacta do titular. E isto, em França, é um elemento quase tão importante como o nome da pessoa. A título de exemplo, quando um francês, ou estrangeiro, muda de casa em França, é obrigado por lei a participar a nova morada às autoridades, e tem oito dias para levar seus documentos de identidade ao serviço administrativo adequado, para que sejam actualizados.
Os cheques emitidos neste país trazem obrigatoriamente impressa a morada completa do titular. Quando se paga com um cheque num estabelecimento comercial, sobretudo num hipermercado, é sempre exigido um documento de identidade. Se o comerciante não encontra uma confirmação da morada, recusa o cheque. Ora, os portugueses que já não têm carta de residência francesa, não podem fornecer nenhum documento de identidade que mencione a morada exacta.
Situação semelhante nos correiosNos bancos é por vezes o mesmo vexame. Se o empregado não conhecer o cliente, recusa entregar-lhe os cheques sem um documento de identidade que estabeleça claramente a morada. Inevitavelmente, recusa também o levantamento de dinheiro ao balcão. Até levantar uma carta registada nos correios se torna impossível.
Esta situação nova causa uma profunda emoção na comunidade portuguesa, que tenta sensibilizar as autoridades. Os consulados são assediados com queixas, e as associações já pediram a intervenção de Durão Barroso, presidente da Comunidade Europeia, e da Embaixada de Portugal em França. Mas nem Paris, nem Lisboa parecem encontrar uma solução.
Para as autoridades francesas, a faculdade de não emitirem uma "carte de séjour" representa uma simplificação dos serviços, de que não querem abdicar. E Portugal não está disposto a mudar uma prática ancestral do registo civil que não causa problemas em mais nenhum lado, por causa dos seus cidadãos residentes em França. Resta que a lei francesa estipula claramente que a emissão da carta de residente é "facultativa" - o que implica que ela não foi abolida legalmente.(04.03.05/Fonte : Público)Famílias portuguesas menos pessimistas em Fevereiro
O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou ontem resultados dos seus inquéritos de conjuntura a empresas e consumidores para Fevereiro, com resultados mistos do lado dos sectores produtivos e uma ligeira retoma na confiança dos particulares. O indicador de clima (calculado através da agregação de inquéritos a empresas de todos os ramos de actividade) manteve-se estável, nos 0,5 pontos negativos
Os números do INE mostram que a confiança dos agentes produtivos nos sectores da indústria transformadora e dos serviços se degradou em Fevereiro. No caso da indústria transformadora, o inquérito de conjuntura mostrou um aumento do pessimismo pelo sexto mês consecutivo, essencialmente por receios quanto à procura global. Pelo contrário, nos sectores da construção e obras públicas e do comércio houve um aumento das perspectivas positivas face ao futuro no caso do comércio, pela primeira vez nos últimos seis meses. A recuperação da construção é explicada sobretudo por maior optimismo quanto à carteira de encomendas.
Os consumidores portugueses continuam preocupados com a evolução da actividade económica, mas houve um pequeno aumento do grau de confiança no mês passado, ao contrário do que se havia registado nos últimos inqúeritos mensais do INE. Porventura em consequência do processo eleitoral de Fevereiro, os consumidores estão mais optimistas quanto à situação do país para os próximos 12 meses, incluindo sobre a evolução do desemprego. Ainda assim, o indicador de confiança dos consumidores portugueses continua na casa dos -21 pontos, bastante abaixo da média da zona euro.(03.03.05/Fonte : Público)País abaixo de zero até sábado
Recorde. Na madrugada de ontem, a temperatura mínima da serra da Estrela desceu aos 16 graus negativos, obrigando ao corte de estradas.
O frio intenso vai empurrar o País para temperaturas abaixo de 0º C até sábado. O vento vai regressar mais forte na sexta-feira. Ontem, os mínimos históricos fizeram a primeira vítima. Um homem de 92 anos morreu no Hospital Distrital de Évora depois de na segunda-feira ter dado entrada nas urgências com hipotermia severa, devido à exposição prolongada ao frio.
Segundo a directora dos serviços de urgência desta unidade de saúde, Helena Falcão, a vítima "tinha passado uma noite deitada no chão da sua casa".
De acordo com a responsável, outro idoso está internado em estado grave vítima do tempo gelado. Para Helena Falcão, "o défice de sensibilidade da população idosa leva a que, muitas vezes, esta não sinta o frio". Assim, "basta a um idoso estar mais descoberto, na cama, para que surja uma infecção respiratória de que acaba por não se queixar", explica.
As temperaturas observadas ontem e hoje em Portugal continental são as mais baixas alguma vez registadas num mês de Março. Ontem, os valores diários da temperatura mínima do ar abaixo de 0º C ocorreram em 86% do território. Hoje, Leiria poderá descer aos cinco graus negativos. Bragança e Viseu deverão registar sete graus negativos e Porto, Coimbra e Santarém dois graus abaixo de zero.
Tudo devido à acção conjunta de um anticiclone localizado a sul da Islândia e de uma depressão centrada no golfo de Cádis que deixa o território do Continente e o arquipélago da Madeira sob a influência de uma massa de ar frio. De acordo com o Instituto de Meteorologia, o aumento da intensidade do vento poderá agravar a sensação de desconforto térmico.
Segundo o presidente do IM, Adérito Serrão, nos últimos dias foram registados, a nível nacional, valores abaixo dos mínimos históricos para o mês que agora começa. Mas "não estamos perante uma vaga de frio", explica, uma vez que tal só acontece quando se sucedem cinco dias com temperaturas cinco graus abaixo da média.
Segundo o presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), Manuel Ribeiro, foram já enviados alertas sobre o frio para os centros distritais da protecção civil. O responsável explicou que a população tem sido avisada sobre o frio, mas sobretudo através do IM. "E não convém haver uma divulgação que se sobreponha", disse Manuel Ribeiro, justificando o facto de o SNBPC não ter enviado qualquer alerta.
Os cinco graus negativos registados na madrugada de ontem na Covilhã provocaram um volume anormal de rupturas nas canalizações da água. Na serra da Estrela, a temperatura mínima desceu ontem até aos 16 graus negativos, obrigando ao corte das estradas do maciço central da serra. Na Guarda, o frio provocou a ruptura de canalizações de água, o congelamento de alguns troços de estrada e avarias de automóveis na A25 e no IP5.
Em Lisboa, a Câmara Municipal terá a funcionar, a partir das 13.00 de hoje, na Praça David Leandro da Silva, no Beato, um espaço aquecido para apoio aos sem- -abrigo. Nele, serão oferecidas sopas e bebidas quentes à população carenciada. A contribuição dos munícipes com leite, água, sumos, bolachas, conservas, cobertores e agasalhos é esperada pela câmara.(02.03.05/Fonte : Diário de Notícias)Via Verde alarga-se a outros países europeus
Espanha, frança e Itália na mira da empresa. A Brisa estuda também
a introdução de novas funcionalidades em Portugal.
Os utilizadores da Via Verde deverão passar a poder circular sem parar nas auto-estradas espanholas, francesas, italianas e austríacas já no próximo ano, sendo o montante das portagens debitado nas respectivas contas bancárias. Esta é, pelo menos, a expectativa da Brisa, Auto-Estradas de Portugal, que tem já resolvidos os detalhes técnicos necessários, estando actualmente a tratar dos detalhes contratuais.
Segundo Franco Caruso, porta-voz da empresa, a Brisa demonstrou já a compatibilidade tecnológica da Via Verde com os vários sistemas análogos em vigor nas auto-estradas europeias, pelo que a empresa está agora a trabalhar no sentido de contratualizar com os operadores daqueles países a utilização da Via Verde nas auto-estradas da Europa. Para tal, é necessário assegurar a interligação com os sistemas bancários, de modo a possibilitar o pagamento das portagens por essa via, e garantir que os débitos respectivos sejam apresentados aos utentes nos mesmos moldes que actualmente acontece, respeitando as directivas comunitárias sobre a matéria.
Aquele responsável afirmou ontem, no Porto, que a empresa espera ter concluídas as negociações em curso até ao final deste ano, o que permitiria o arranque da nova funcionalidade da Via Verde já em 2006. "Mas este é apenas o nosso objectivo, não podemos garantir que vá ser possível", acrescentou o director de Relações com Investidores, Comunicação e Sustentabilidade.
Franco Caruso adiantou, ainda, que as potencialidades tecnológicas da Via Verde deverão em breve passar a sustentar outras utilizações. Para além do acesso a parques de estacionamento pagos com débito na conta bancária dos utilizadores, já possível em vários parqueamentos de Lisboa e do Porto, a Brisa planeia alargar a utilização desta tecnologia, por exemplo, ao controlo do acesso a estacionamentos corporativos e mesmo a zonas de estacionamento de condomínios privados, substituindo, com ganhos de segurança, as chaves electrónicas, relativamente fáceis de copiar.
A intenção de disseminar esta tecnologia obrigou a Brisa a facilitar o acesso à tecnologia que suporta o sistema da Via Verde. Segundo Caruso, esta medida permitirá acabar com a dependência da empresa relativamente a um único fornecedor dos equipamentos (antenas e descodificadores), uma vez que actualmente existem já no mercado várias firmas capazes de assegurar o fornecimento, entre as quais várias empresas portuguesas.Meio milhão de transacções por dia
Com 14 anos de vida, a maturidade da Via Verde pode ser aferida pelo número de transacções que são efectuadas através do seu sistema electrónico. Actualmente, são mais de meio milhão os automobilistas que, diariamente, efectuam o pagamentos das portagens por este sistema electrónico, seduzidos pelo conforto de não ter de parar em filas, nem de preparar trocos. A Sociedade Via Verde é composta pela Brisa (75 por cento), a maior concessionária portuguesa de auto-estradas, e pela SIBS Sociedade Interbancária de Serviços (25 por cento). Fechou o primeiro ano de actividade (1991) com 20 mil utilizadores; em 1998, ultrapassou um milhão de aderentes.; em Março de 2004 ascendia a 1.601.135 o número de aparelhos que circulavam nos pára-brisas dos automóveis em Portugal.(01.03.05/Fonte : Público)