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Fique a seber tudo sobre a comunidade portuguesa de França !

06/04

Portugal venceu por 2-1 a Holanda nas meias-finais do EURO 2004.

Aos 25 minutos Cristiano Ronaldo inaugurou o marcador e aos 57 minutos da segunda parte Maniche, com um grande remate de fora da área, marcou o segundo golo e ampliou a vantagem da equipa lusa.

Passados cinco minutos, a equipa holandesa reduziu através de um auto-golo de Jorge Andrade o que fez com que Portugal sofresse até ao fim para poder celebrar a primeira passagem à final de um campeonato da Europa.

A segunda meia-final será realizada no Estádio do Dragão, quinta-feira, entre República Checa e Grécia.

No final da partida, Scolari, na conferência de imprensa, deu a entender que ainda vai ficar mais dois anos à frente da Selecção Nacional.
(30.06.04/Fonte : Jornal de Notícias)

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Maioria [51%] Defende Convocação de Eleições Antecipadas

A ida de Durão Barroso para a Comissão Europeia "seria boa" para Portugal, afirmam a maior parte dos inquiridos numa sondagem PÚBLICO/RTP/Antena 1

A maioria dos portugueses (54 por cento) considera que a ida de Durão Barroso para a Comissão Europeia "seria boa" para Portugal, revela uma sondagem telefónica realizada, na segunda-feira, pela Universidade Católica para a Antena 1, jornal PÚBLICO e RTP. Apenas 14 por cento acham "má para Portugal"e 20 por cento respondem que "nem uma coisa nem outra".

No entanto, e contra a vontade expressa de Durão Barroso, a maioria dos inquiridos - 51 por cento - defende que, com a demissão do primeiro-ministro, o Presidente da República deveria convocar eleições antecipadas. As alternativas postas à disposição dos inquiridos, para além das eleições antecipadas, eram a do PR "nomear como primeiro-ministro seja quem for que o PSD propuser" (preferida por 24 por cento dos inquiridos), e a alternativa "depende de quem o PSD propuser", escolhida apenas por 14 por cento.

No entanto, quando confrontado com um lote de personalidades que gostaria de ver o PSD propôr para primeiro-ministro, o universo da sondagem coloca o nome de Pedro Santana Lopes à cabeça, com 30 por cento das preferências. Santana Lopes é, recorde-se, precisamente o nome que o PSD vai apresentar ao Presidente da República como candidato a primeiro-ministro. Nas preferências dos inquiridos seguem-se Marcelo Rebelo de Sousa (25 por cento), Manuela Ferreira Leite (6 por cento), Mota Amaral (5 por cento), Marques Mendes (3 por cento).

Mesmo assim, à pergunta "Se o PSD propuser Santana Lopes para primeiro-ministro, o que acha que o Presidente da República devia fazer?", 49 por cento dos inquiridos acham que o Presidente da República devia convocar eleições antecipadas. 31 por cento defendem que deveria "nomear Santana Lopes como primeiro-ministro" e apenas 12 por cento afirmam que o PR devia "nomear outra personalidade como primeiro-ministro". A sondagem foi realizada na segunda-feira, dia em que Durão Barroso, em Istambul, falou pela primeira vez na hipótese de se candidatar a presidente da Comissão Europeia.
(30.06.04/Fonte : Público)

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Durão torna-se hoje "presidente indigitado" da Comissão Europeia

Durão Barroso tona-se hoje o novo presidente indigitado da Comissão Europeia, iniciando uma nova fase da sua carreira política que está longe de ser um mar de rosas.

A nomeação do novo presidente vai ser formalizada pelos líderes da União Europeia (UE) durante uma mini-cimeira convocada pela presidência irlandesa para o fim da tarde, em Bruxelas. A parte oficial dos trabalhos resumir-se-à a uns meros quarenta e cinco minutos, seguida de um jantar informal dos lideres para permitir uma discussão, à porta fechada, das coisas sérias.

Os problemas do novo presidente começarão de imediato: os grandes países querem garantir desde já que obterão os postos de maior peso no novo executivo de vinte cinco comissários, que assumirá funções a 1 de Novembro. A Alemanha, sobretudo, exige obter para o seu comissário, quase certamente o actual titular Guenter Verheugen, uma nova super-vice presidência com a responsabilidade de coordenar todas as matérias ligadas à competitividade da economia. A França pretende ficar com a política da livre concorrência. Os restantes não quererão ficar atrás, procurando encurralar desde logo o novo presidente numa série de compromissos.

O mesmo tipo de pressão será exercido pelos grandes países para obterem um lugar no centro de poder, que será o gabinete dos colaboradores mais próximos de Barroso. "Haveremos de lhe encontrar um bom chefe de gabinete", ironozava ontem um diplomata de um grande país.

Esta tentativa de interferência dos Estados membros, sobretudo os maiores, nas prerrogativas do presidente em termos de distribuição de pelouros entre os comissários e na organização dos serviços, é encarada com apreensão por diplomatas e eurocratas, que vêem nela o risco de uma Comissão fragilizada depois das presidências fracas de Jacques Santer e Romano Prodi.

A decisão de hoje dá a Durão Barroso o título de "presidente designado", até a sua nomeação ser confirmada pelo Parlamento Europeu (PE) durante uma sessão de debate e votação formal prevista para 21 e 22 de Julho. Esta etapa está já anunciada como dificil devido à oposição dos grupos políticos de esquerda ao novo presidente pela forma como foi escolhido.

Barroso está em risco de pagar o preço de ter sido imposto pelo PPE, o partido europeu de direita, que, por ter ganho as eleições europeias de 13 de Junho, exigiu que o novo presidente saisse das suas fileiras. Esta atitude do PPE, classificada como "arrogante" pelos adversários políticos, cola a Durão Barroso o rótulo de presidente de direita, mais do que o de melhor presidente. Mas este não será o único estigma que, do ponto de vista do PE, pesa sobre o primeiro ministro português: o seu principal problema é o facto de resultar de um novo veto britânico ao primeiro ministro belga, Guy Verhofstadt, o candidato da França e da Alemanha. O que lhe dá, neste caso, a reputação de mínimo denominador comum.

Dois outros presidentes foram no entanto escolhidos precisamente nas mesmas condições: o na altura obscuro ministro das finanças de François Mitterrand, enviado para Bruxelas em 1985 depois do veto de Margareth Thatcher ao ministro francês dos negócios estrangeiros, Claude Cheysson, e o pouco carismático primeiro ministro do Luxemburgo, escolhido em 1994 em resposta ao veto de John Major ao então primeiro ministro belga, Jean-Luc Dehaene.

O primeiro, era Jacques Delors, considerado pelos europeístas como o melhor presidente de sempre; o segundo, Jacques Santer, que assegurou um dos piores mandatos. O que constitui um motivo de algum optimismo nos serviços da Comissão.

Santer, igualmente originário da família do PPE, viu a sua investidura no Parlamento Europeu (PE) passar por uma curta maioria de 262 votos contra 245, entre os quais os dois terços dos votos socialistas. Esta tangente deu o tom da relação da Comissão Santer com o PE, movendo-lhe este uma marcação cerrada até provocar a sua queda, inédita, em 1999.
(29.06.04/Fonte : Público)

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Negócio nos restaurantes abaixo das expectativas : Hotéis cheios nos dias dos jogos

Os hotéis instalados nas cidades anfitriãs dos jogos registaram taxas de ocupação próximas dos 100% nos dias dos jogos, com excepção do Algarve, disse, na sexta-feira o ministro adjunto do primeiro-ministro, José Luís Arnaut.

No Algarve, balanço das duas primeiras semanas de campeonato traduz-se por taxas médias de ocupação na ordem dos 70%, entre 0,1% e 0,5% abaixo das registadas em idêntico período do ano passado. Os dados contrastam com os divulgados, também na sexta-feira, pelo presidente da AHETA, a associação dos hoteleiros do Algarve. De acordo com Elidérico Viegas, a quebra face a Junho do ano passado atinge os 12%.

Ao contrário do Algarve, no interior do país o impacto do Euro é indiscutível, segundo o ministro. No Alentejo, as taxas médias de ocupação estão entre os 45% e 80%. No Nordeste transmontano rondam os 51%. Na restauração, o negócio está abaixo das expectativas, admitiu Arnaut, com excepção dos restaurantes certificados no âmbito do Selecção 2004.

Quanto ao número de turistas gerados pelo campeonato, o ministro adiantou que entrou mais de um milhão de passageiros pelos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, desde o arranque do Euro.

José Luís Arnaut não disse, no entanto, qual foi a variação homóloga, pelo que o único indicador que permite avaliar o acréscimo de tráfego provocado pelo campeonato são os 75 mil passageiros transportados em ‘charters’ ou em voos regulares adicionais. Na CP, o tráfego subiu 13% relativamente ao habitual. A empresa transportou 99 mil passageiros nos comboios Alfa e Intercidades.
(28.06.04/Fonte : PortugalNews)

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Instituto da Conservação da Natureza na Penúria

A grave situação financeira que afecta as áreas protegidas está a pôr em causa a conservação da natureza em Portugal.

O PÚBLICO traça o quadro geral e a situação específica de alguns parques, que espelham o que se passa no resto das zonas classificadas.

O Instituto da Conservação da Natureza está na mais absoluta penúria. Nos parques não há dinheiro nem para colocar cartas no correio e muito menos para contratar pessoal ou pôr de pé os projectos previstos nos planos de actividade. O orçamento está reduzido a metade do inicialmente previsto, perdem-se os fundos comunitários e a desmotivação é geral. As demissões sucedem-se.

O PÚBLICO contactou várias áreas protegidas e diversos funcionários: em todos uma nota comum - não há dinheiro nem para os selos de correio. Por todo o lado a ideia é de míngua, não se pagam indemnizações pelos danos provocados pelo lobo, os centros de recuperação de animais debatem-se com carências graves e até já se chega ao ponto de existirem equipamentos que implicaram um grande investimento e que não estão a funcionar porque o ICN não paga o que deve.

É o caso do sistema de televigilância da Área de Paisagem Protegida do Litoral de Esposende (APPLE) - um caso divulgado na terça-feira pelo PÚBLICO -, que está instalado há seis meses e que custou quase meio milhão de euros ao ICN. Não entra em funcionamento porque a EDP se recusa a fornecer energia eléctrica enquanto as dívidas não forem regularizadas.

O Instituto deve à empresa de electricidade 240 mil euros, pois não paga as contas desde 2002. Além das contas de energia, deve ainda facturas de gás das antigas instalações da Ferreira Lapa, em Lisboa.

Este caso é apenas mais um entre vários. Praticamente todos os sectores do ICN, desde as áreas protegidas aos serviços centrais, têm histórias para contar sobre projectos que não andam, contas que não se pagam, compromissos que não se honram. Histórias que são contadas ao abrigo do anonimato, pois o medo de represálias é também dominante.

Um dos principais problemas das áreas tem a ver com o facto de, desde Março, os directores terem perdido alguma autonomia financeira. Até essa data, tinham liberdade para tomar decisões sobre despesas que não ultrapassassem os cinco mil euros. Daí para a frente tinham de pedir autorização a Lisboa. Mas um despacho interno reduziu esta autonomia nas despesas correntes para as decisões sobre combustíveis e reparações. Tudo o resto é decidido nos serviços centrais.

Só que não tem havido resposta para os inúmeros pedidos feitos aos responsáveis do instituto, tanto para os pedidos mais comezinhos - 17 euros para pagar um remédio para um lobo, por exemplo - como para despesas mais elevadas, relacionadas com projectos de conservação. Tal como não houve resposta às perguntas feitas pelo PÚBLICO sobre este assunto, colocadas ao responsável pelas questões financeiras, o vice-presidente António Gageiro.

Fundos comunitários em risco

A falta de resposta sobre os pedidos, e consequente disponibilização de verbas, tem posto em causa a realização de projectos que têm apoio financeiro comunitário, dinheiros que Portugal está a perder. Aos milhões de euros.

Segundo a proposta inicial do instituto no âmbito do PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesa de Desenvolvimento da Administração Central) - além do orçamento de Estado, que cobre as despesas correntes, o ICN tem acesso a estas verbas para investimento -, em 2004 eram necessários mais de 26 milhões de euros, sendo que 15 milhões vinham da União. Este dinheiro é aplicado nos projectos desenvolvidos pelo instituto, que passam por acções como a inventarização do património natural, a realização de planos de ordenamento e de planos de gestão ou mesmo a reflorestação de áreas ardidas, entre muitas outras.

Desta proposta inicial, houve duas acções de congelamento, num total de 12 milhões de euros. Sobraram 13 milhões, dos quais quase oito milhões comunitários. Mas como este dinheiro não está a ser aplicado, pois os 5,7 milhões nacionais não são disponibilizados, as verbas da UE são perdidas.

A este problema acresce um importante risco: caso os projectos que têm comparticipação comunitária não sejam concluídos, o país tem de devolver o que já recebeu.

A situação é de tal ordem que os dirigentes têm-se demitido sucessivamente. A última saída é a de Maria João Cabral, vice-presidente, que sucedeu a Rui Correia nas mesmas funções e que também se recusou a continuar no cargo. Outras demissões têm ocorrido entre alguns directores de áreas e chefes de divisão.

Soluções pouco consensuais

As dificuldades financeiras do ICN já não são de hoje e o problema do pagamento dos salários tem sido recorrente. Face às carências orçamentais, o instituto tem estado a negociar com as Finanças adiantamentos do orçamento para fazer o pagamento dos ordenados. Mas a ministra Manuela Ferreira Leite tem insistido para que se encontre uma solução para o problema e que passa por o ICN conseguir gerar receitas para cobrir as suas despesas.

Só que as fórmulas encontradas pela direcção do instituto para gerar estas receitas não são consensuais. A filosofia seguida é de que o ICN tem de passar a cobrar pelos serviços prestados, quer pelos pareceres que são dados como pelo usufruto das áreas protegidas. Mas se há cobranças de que ninguém contesta a justiça - como a passagem de um raide numa área protegida ou até mesmo a cobrança dos pareceres técnicos -, há outras que são consideradas injustas, a ponto de os serviços não estarem a cobrar estas taxas, numa espécie de revolta silenciosa.

Segundo a portaria 754/2003 de 8 de Agosto, estão previstas os diferentes serviços prestados pelo instituto que podem ser cobrados. Entre eles está a emissão de pareceres sobre obras, por exemplo, que são taxados conforme a área ocupada e que, se obrigarem a deslocações, serão ainda acrescidos das horas de serviço - cujo custo unitário aumenta caso o funcionário esteja a mais de 30 quilómetros do local a inspeccionar - mais uma taxa de 0,34 euros por quilómetro. "Isto é estar a prejudicar as pessoas que estão fora dos centros de decisão e que vivem numa área protegida", afirma um funcionário do ICN.

Mas não é tudo. Estas taxas representam mais um custo para quem quer fazer a obra, a acrescentar àquilo que é cobrado normalmente por outras entidades. "Uma pessoa que viva num parque já só pode construir um quinto do que poderia se estivesse fora dele e ainda paga o dobro do que quem vive fora dos limites da área", sublinha um outro funcionário.

Uma solução seria cobrar a quem já normalmente recebe por avaliar os processos, como as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, em vez de taxar os cidadãos, que assim estão a pagar duas vezes. "O ICN poderia funcionar como um subempreiteiro, já que estas entidades têm sempre de pedir parecer ao instituto para emitir as autorizações sem que o ICN receba parte do que eles recebem", acrescentam os funcionários.

No âmbito dos estudos de avaliação de impacto ambiental, existe uma verba destinada a pagar os processos administrativos e, embora o ICN tenha sempre que emitir parecer sobre os projectos, não recebe nada por isso.

A outra fórmula encontrada foi o corte das despesas com pessoal, o que significa que dezenas de contratados estão sem receber. E não se contrata mais ninguém, o que leva a situações caricatas, como a que se passa no Parque Natural do Vale do Guadiana, que não tem um único administrativo, ninguém que atenda telefones ou receba visitantes.
(25.06.04/Fonte : Público)

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Contratos a prazo abrangem 20% dos trabalhadores

Os contratos a termo já representam mais de 20% do total do emprego em Portugal, tendo o seu peso duplicado entre 1995 e 2001.

A tendência para o crescente recurso a este regime contratual fez com que três em cada quatro postos de trabalho criados entre 1997 e 2002 tivessem sido nesta modalidade, refere um estudo da Comissão Europeia intitulado «A Economia Portuguesa Depois do Boom», a que o DN teve acesso.

A expansão dos chamados contratos a prazo é, de acordo com aquela análise, uma consequência directa do grau «relativamente elevado de rigidez do mercado de trabalho português, em especial dos altos custos de despedimento para os contratos permanentes».

Regulamentado pela primeira vez em 1976, para introduzir flexibilidade nas empresas e na economia, o contrato a termo certo foi ganhando uma importância crescente, representando a grande maioria dos postos de trabalho criados nos últimos anos.

O estudo aponta que, em Portugal, os contratos a prazo são uma importante plataforma de integração/reintegração no mercado de trabalho. Ou seja «as transições do desemprego para o emprego são claramente dominadas por passagens por trabalhos temporários». Do mesmo modo, as taxas de transição de trabalhos a termo para permanentes são razoavelmente altas em Portugal, excedendo claramente as de países como a Espanha ou a França.

O lado menos positivo, apontado na análise da Direcção-Geral de Assuntos Económicos e Financeiros, é «a substancial proporção de trabalhadores que continuam numa persistente situação de precariedade e baixos salários», frequentemente associada a mudanças intermitentes entre trabalho e desemprego.

«Manter uma legislação de protecção ao emprego restritiva para o trabalho permanente pode conduzir a uma segmentação ineficiente do mercado de trabalho, aumentando artificialmente o número dos trabalhadores temporários, acima do ponto de equilíbrio», refere o estudo. Por outro lado, acrescenta, pode reduzir os incentivos para a formação profissional e para o acréscimo da produtividade no local de trabalho.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO A contratação de trabalhadores independentes para a chamada prestação de serviços é outro dos instrumentos «frequentemente utilizados pelas empresas portuguesas para flexibilizar as relações laborais». Esse é, segundo a mesma fonte, um dos factores que ajuda a explicar a alta proporção de trabalhadores independentes, que, em Portugal, representam 17% do total dos emprego, excluindo o sector agrícola. Importante tem sido também a evolução do trabalho em part-time.

Na última década, a percentagem de trabalhadores neste regime cresceu de 7,2% para 11,3%, numa tendência que promete acentuar-se. Mas, de acordo com um outro estudo da Comissão, 31,5% dos trabalhadores portugueses neste regime são involuntários. Ou seja não conseguiram encontrar trabalho a tempo inteiro.

Sindicatos rejeitam anteprojecto do Governo

As duas centrais sindicais voltaram a rejeitar o anteprojecto do Governo sobre trabalho temporário, ontem discutido em concertação social, sem oposição firme do patronato. O principal motivo da contestação é o facto de o anteprojecto possibilitar a subcontratação de pessoas a empresas de trabalho temporário com contratos sem prazo definido. A lei actual permite contratos máximos de um ano, prorrogáveis por mais um, em situações excepcionais. Para a UGT, o documento é inaceitável, porque vai transformar Portugal num país de alugadores de mão-de-obra. Na mesma linha, a CGTP considera que se agravará a precariedade do emprego. A Confederação da Indústria Portuguesa considerou o documento como mais um «remendo» para tentar combater a rigidez do mercado de trabalho. O secretário de Estado do Trabalho vai esperar até 30 de Junho pelos pareceres dos parceiros sociais, sendo que, se houver alterações ao documento, serão apresentadas na semana seguinte, disse Pais Antunes.(23.06.04/Fonte : Diário de Notícias)

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Ilda Figueiredo Lança Apelo a Favor Mulheres
Julgadas [em Portugal!] por Aborto

A eurodeputada comunista Ilda Figueiredo vai lançar hoje, em Bruxelas, um "apelo de solidariedade internacional" com três mulheres que hoje voltam ao tribunal de Setúbal para serem julgadas por crime de aborto, dirigido ao Parlamento Europeu e a organizações internacionais.

Ilda Figueiredo pretende alertar os eurodeputados e várias organizações internacionais de defesa dos direitos das mulheres e de planeamento familiar que "a perseguição de mulheres continua em Portugal".

À semelhança de outros apelos nos anteriores julgamentos da Maia e de Aveiro, que reuniram centenas de assinaturas, o documento defende a mudança da legislação portuguesa para a despenalização do aborto até às 12 semanas de gravidez, além de manifestar solidariedade para com as mulheres em julgamento.

"Infelizmente, continua a ser necessário lembrar que o problema não está resolvido em Portugal. Sucedem-se julgamentos de mulheres em catadupa, com tudo o que isso tem de sofrimento e ataque à dignidade", afirmou Ilda Figueiredo.

Para Ilda Figueiredo, a reivindicação da alteração da lei portuguesa ganhou mais força depois dos resultados das eleições europeias de 13 de Junho, "que deixaram a direita em minoria". "Mais de 60 por cento dos eleitores votaram em partidos da esquerda, que defendem a mudança da lei. A actual legislação está em clara contradição com a vontade da maioria da população portuguesa", defendeu.

A eurodeputada comunista frisou que o próprio Parlamento Europeu já aprovou uma resolução apelando aos Estados-membros da União Europeia para alterarem a legislação que criminaliza as mulheres por prática de aborto.
(22.06.04/Fonte : Público)

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Quase 3000 Empresas em Risco com Artigo 35

A aplicação hoje do artigo 35 do Código das Sociedades Comerciais obrigaria ao encerramento de 2820 empresas portuguesas, conclui um estudo da consultora Dun & Bradstreet (D&S), a que a agência Lusa teve acesso.

O artigo 35 do Código das Sociedades Comerciais prevê que a partir de 2005, já com as contas de 2004 aprovadas, as empresas que completem dois exercícios consecutivos com capitais próprios inferiores a metade do capital social sejam obrigadas a encerrar a sua actividade.

A análise da Dun & Brastreet engloba uma amostra de 21.253 empresas portuguesas, entre as 393 mil existentes em Portugal e conclui que 13 por cento delas teriam de fechar se o artigo 35 entrasse actualmente em vigor.

O impacto da aplicação do artigo 35 seria "determinante na actividade empresarial portuguesa", escreve a consultora, sem especificar ou quantificar as consequências ao nível do emprego, desemprego ou crescimento económico.
(22.06.04/Fonte : Público)

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Scolari dedica a vitória a todos adeptos de Portugal

Grande alegria e emoção. Com estes sentimentos, o seleccionador nacional Luiz Felipe Scolari, que já se afirmou português a jornalistas espanhóis, agradeceu em primeiro lugar aos fantásticos adeptos que se deslocaram ao Estádio de Alvalade.

«O público não foi o 12.º jogador, foi o 13.º e o 14.º Agora vamos até à próxima etapa. Não quero ninguém (equipa para jogar nos quartos-definal). Só quero passar a próxima etapa», disse Scolari na flash-interview da TVI.

Depois foi a vez de falar sobre a partida. «Desde o início que sabíamos que tínhamos de ganhar duas partidas. Jogámos tudo! Felizmente vencemos. A equipa está mais competitiva», explicou o treinador campeão do mundo pelo Brasil, para a seguir esclarecer algumas das suas declarações de há dias: «Futebol não é guerra. São termos que usamos. No Iraque é que há dificuldades e esta vitória também é para os que lá estão (soldados da GNR no Iraque).»

Já na conferência de imprensa, o nosso seleccionador explicou que «aquilo que aconteceu foi a união do grupo e o trabalho de todos eles. Mas também do público que nos tem dado muito carinho, mesmo depois da derrota com a Grécia. Depois fomos melhorando». Falando novamente no jogo, Scolari afirmou que «não se pode dizer que foi uma grande partida e que não se cometeram erros, mas foi disputada com muita determinação».

E mais palavras para os adeptos: «As pessoas que nos seguiram desde Alcochete até aqui (Alvalade) foram extraordinárias. Foi maravilhoso.» O momento mais hilariante das palavras do Felipão vieram a seguir: «Agora só quero ir para casa e dar um abraço à minha mulher. Não sei se terei forças para fazer outras coisas...» A gargalhada foi geral.

Do lado do vencido, Iñaki Sáez, seleccionador espanhol, disse que «depois do golo tudo mudou». E explicou: «Tal como tínhamos previsto Portugal entrou muito forte no jogo. Precisava de ganhar e nós sabíamos disso, mas aparentemente também sabíamos como os travar. Houve alturas do jogo em que nos dominaram e nós não soubemos contrariar a ascensão do futebol português, mas penso que a primeira parte foi nivelada e também tivemos as nossas oportunidades de golo. Portugal chegou ao tento numa jogada que não estava prevista e o jogo mudou por completo. Só faltou marcar golos. Tivemos várias situações de golo, mas o resultado não mudou. E foi esse o nosso erro: não marcar golos. Não só deste jogo mas de todo o campeonato.» E concluiu dizendo: «A Grécia também perdeu mas vamos para casa por termos menos golos marcados.» Nem mais!
(21.06.04/Fonte : Diário de Notícias)

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Só 90 mil declaram ganhar mais do que 2190 euros brutos

Em Portugal só cerca de 90 mil trabalhadores têm salários registados superiores a 2190 euros brutos (438 contos). Isto significa que só 3% do total de 3 milhões de pessoas com remunerações permanentes declaradas à Segurança Social tem um rendimento igual ou superior àquele valor.

Estes dados, do Instituto de Informática e Estatística do Ministério da Segurança Social e do Trabalho, sugerem um elevado nível de subdeclaração de rendimentos, problema para o qual vários governos têm falhado soluções.

Confrontada com estes valores, Maria do Carmo Tavares, da comissão executiva da CGTP, não tem dúvidas em considerar que «só podem resultar de fuga às contribuições». De outro modo, acrescenta, «teríamos de concluir que Portugal ainda é mais pobre do que dizem as estatísticas oficiais».

A subdeclaração de rendimentos é particularmente significativa no grupo dos profissionais liberais, sendo ainda pouco visíveis os resultados do pagamento especial por conta.

PLAFONAMENTO. O Instituto de Informática e Estatística apurou aqueles dados para estudar o impacte do regime opcional de Segurança Social em termos de pessoas abrangidas e quebra de receitas.

O tecto de rendimento a partir do qual os contribuintes vão poder optar entre manter a totalidade dos descontos no sistema público ou reparti-los com esquemas privados de protecção social foi fixado pelo Governo em seis salários mínimos. Os tais 2190 euros, que só 90 mil trabalhadores auferem.

Mas como o modelo opcional só se aplica a quem tenha até um máximo de 35 anos e 10 anos de carreira (ou esteja agora a iniciar a carreira), o universo reduz-se ainda mais. De acordo com as estatísticas do ministério, nos três primeiros meses deste ano só pouco mais de 18 mil trabalhadores reuniam as condições necessárias para poderem optar por uma protecção social mista.

CGTP rejeita «atentado», UGT estuda assunto

A CGTP reagiu já ao sistema complementar de Segurança Social, apresentado na quarta-feira por Bagão Félix, considerando-o um «atentado» ao sistema público. Para a Inter, a principal preocupação é a perda de receitas que, numa primeira fase, vai resultar da transferência de contribuições para fundos de pensões privados. Uma fragilização do sistema público que, a prazo, considera, vai obrigar as pessoas a terem de se socorrer de esquemas privados para terem direito a pensões decentes. Por outro lado, a CGTP é contra o factor de incerteza que passará a envolver as pensões, pois no regime de capitalização «só se sabe quanto se desconta, sem saber o que se receberá». Em declarações ao DN, o representante da UGT, no Conselho Nacional de Segurança Social, Rui Oliveira e Costa, disse que ainda não estão em condições de emitir um parecer. «Se é certo que a UGT subscreveu o plafonamento, não nos comprometemos com nenhum tecto concreto e o nosso interesse é o de manter uma Segurança Social pública e saudável», disse. As duas centrais sindicais rejeitaram ontem o projecto de diploma sobre o novo regime de subsídio de desemprego, cujo prazo para discussão pública termina hoje. As principais críticas vão para a intenção de reduzir os períodos de concessão em função dos rendimentos e indemnizações recebidas e à nova interpretação sobre a aceitação de emprego adequado.
(18.06.04/Fonte : Diário de Notícias)

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Embaixadores mudam de posto

A habitual movimentação diplomática está praticamente concluída. Envolve, este ano, a nomeação de Seixas da Costa para Brasília, António Monteiro para Madrid e Morais Cabral para a ONU, entre mais de 30 postos que mudam.

Pacheco Pereira, que passa do Parlamento Europeu para a UNESCO, e João da Rocha Páris, que deixa a secretaria-geral do MNE para o Vaticano, são outros dos nomes que integram a lista.

A escolha dos novos embaixadores foi feita "com a preocupação de adequar os nomes em situação de mudar (...) às características dos postos a preencher" e, de certa maneira, reequilibrar os serviços externos, refere fonte governamental citada pela Agência Lusa.

Ilustrativa dessa preocupação é a escolha de Francisco Seixas da Costa para chefiar a embaixada portuguesa em Brasília, em substituição de António Franco, que se reforma este ano. Seixas da Costa, secretário de Estado dos Assuntos Europeus nos governos de António Guterres, foi afastado das Nações Unidas (ONU, Nova Iorque) em Junho de 2002 para ir chefiar a representação junto da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, Viena).

A transferência, decidida pelo ex-ministro Martins da Cruz, foi mal recebida entre os diplomatas e políticos. Em Agosto passado Durão Barroso convidou Seixas da Costa para integrar a comissão consultiva para as questões institucionais da UE, e Seixas aceitou.

Madrid é outra das embaixadas que muda de mãos, com a nomeação de António Monteiro, actualmente em Paris, em substituição de João Rosa Lã, que vai para aquele posto.
(17.06.04/Fonte : PortugalNews)

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Portugal vence Rússia (2-0)

A selecção portuguesa de futebol venceu a Rússia, por 2-0, no jogo que encerrou a segunda jornada do Grupo A do Euro 2004, disputado esta noite no Estádio da Luz, em Lisboa. Maniche e Rui Costa marcaram os dois golos de Portugal. Agora, só uma vitória frente a Espanha colocará os portugueses nos quartos-de-final.

A equipa lusa colocou-se em vantagem logo aos sete minutos da partida com um golo apontado pelo médio Maniche, após uma jogada de Deco.

A terminar o jogo (aos 89 minutos), Rui Costa - o médio começou o embate no banco de suplentes - marcou o segundo tento português e fez o resultado final, depois de uma assistência do jovem "suplente" Cristiano Ronaldo.

Os russos ficaram reduzidos a dez elementos no final da primeira parte (aos 45 minutos), já que o guarda-redes Sergei Ovchinnikov foi expulso - cartão vermelho directo - por ter jogado a bola com a mão fora da grande área.

Após a estreia desastrosa com os gregos (derrota por 1-2 no jogo de abertura), Portugal rectificou o "tropeção" e recolocou-se no trajecto para o apuramento, embora só uma vitória sobre a Espanha, no domingo, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, assegure a qualificação, já que um empate afasta a equipa comandada por Luiz Felipe Scolari.

Desta forma, e à entrada para a última jornada, basta um empate à Grécia (que defronta a já eliminada Rússia) e a Espanha para os dois líderes do Grupo A seguirem em frente na competição.

No encontro inaugural da segunda ronda do Grupo A do Europeu de futebol, disputado hoje à tarde no Estádio do Bessa, no Porto, Grécia e Espanha empataram 1-1.

Neste momento, e quando falta apenas disputar uma ronda do Grupo A (no domingo), antes dos quartos-de-final, a Espanha e a Grécia lideram o agrupamento, com quatro pontos cada, seguindo-se Portugal (três pontos) e a Rússia sem qualquer ponto. Os russos ficam, assim, pela fase de grupos.
(16.06.04/Fonte : Público)

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Jovem português criou robô-insecto

Prémio - Projecto de aluno de Avelar vai representar Portugal num concurso europeu de inventores, depois de vencer prova nacional Equipamento destina-se a desactivar bombas

Um jovem, de 18 anos, concebeu um robô que, entre outras aplicações, pode ser usado para desactivar engenhos explosivos. O equipamento, construído entre Dezembro e Abril, constituiu o trabalho de fim de curso de Carlos Arsénio, aluno da Escola Tecnológica e Profissional de Sicó, em Avelar, no curso de automação industrial.

O invento agradou de tal forma aos coordenadores do curso que decidiram candidatá-lo a um concurso nacional, promovido pela Fundação da Juventude. Resultado: o robô (que se desloca sem rodas e, por isso, foi baptizado de insecto) arrecadou o primeiro prémio e, em Setembro próximo, representará Portugal num concurso europeu de inventos.

O jovem finalista, que se encontra actualmente a estagiar numa empresa de componentes de automóveis, em Espanha, mostrou-se surpreendido com o sucesso do seu invento. "Nunca imaginei que fosse um projecto capaz de vencer um concurso", afirmou ao JN, garantindo que está longe de imaginar que "venha ser premiado no estrangeiro".

Para além de se movimentar como um insecto, o robô tem uma pequena câmara de filmar, o que permite ser manobrado à distância. Por enquanto, limita-se a apanhar objectos, mas Carlos Arsénio garante que, "com algumas alterações, seria possível fazê-lo executar tarefas mais complicadas". Desactivar bombas seria uma das possibilidades.

O jovem, considerando pelos coordenadores do curso como um "dos melhores alunos que passaram pela escola", projecta vir a frequentar um curso superior, na área da engenharia electrotécnica.

Carlos Arsénio espera ainda que a distinção com este prémio lhe venha a abrir algumas portas, a nível profissional.
(16.06.04/Fonte : PortugalNews)

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Casas novas diminuem 33,5%

A construção de fogos novos para a habitação registou uma quebra de 33,5% entre Abril de 2003 e Março de 2004, face ao período homólogo, revelou ontem o Instituto Nacional de Estatística. A região dos Açores foi onde se verificou o maior decréscimo: 74,8%.

No geral, o número de obras concluídas no país baixou 20,4%, no período em análise. Todas as regiões apresentaram uma variação negativa, com destaque para os Açores (-29,3%).

Do total de obras concluídas no primeiro trimestre de 2004, 81,1% correspondem a construções novas, das quais 85,6% tiveram como destino a habitação.

Por regiões, as maiores quedas verificaram-se no Algarve, com reduções de 54,4% no total de obras concluídas, de 52% nos edifícios de habitação novos e de 56,5% nos fogos concluídos.

As obras terminadas na região Norte baixaram 52,7% no primeiro trimestre, com quedas de 52% na habitação nova e de 54,6% nos fogos terminados.

Na região de Lisboa e Vale do Tejo as obras concluídas diminuíram 43,2%, com redução de 41,4% na habitação nova.
(15.06.04/Fonte : Diário de Notícias)

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Número de portugueses que gozam férias cai de 71% para 65,8%

Os portugueses vão cada vez menos de férias. Por causa da instabilidade política internacional, da recessão da economia portuguesa e do aumento do desemprego, o número de pessoas que gozaram férias decresceu de 71,1%, em 2000, para 65,8%, em 2003.

De acordo com o Correio da Manhã, em contra-partida, o gozo de férias no estrangeiro não parou de aumentar entre 2001 e 2003, precisamente numa fase em que a economia portuguesa "aterrou" na recessão. Cada um desses turistas nacionais gastou por dia fora de Portugal 66 euros.

Com a crise económica que marcou o ano passado em Portugal, não admira que a maioria dos 2,6 milhões de portugueses que não gozaram férias em 2003 tenham apontado como principal condicionante deste facto a falta de dinheiro.

O diagnóstico da situação, feito a partir do cruzamento dos dados da Direcção Geral do Turismo (DGT), indica que, em 2003, apenas 65,8% dos portugueses com mais de 15 anos gozaram férias, um decréscimo de 5,3% face a 2000. Para se ter uma ideia precisa dos efeitos da recessão económica nos bolsos dos portugueses, registe-se que se em 2000 71,1% dos portugueses fizeram férias, em 2001 esse número caiu para 70,3%, e em 2002 decresceu para 66,3%.

As estatísticas demonstram também que os cidadãos nacionais que gozam férias elegem cada vez mais o estrangeiro como opção: se houve uma quebra de 25,9%, em 2000, para 23%, em 2001, a partir daqui o peso de pessoas a passar férias fora de Portugal aumentou para 24,1%, em 2002, e 24,8%, em 2003.

O gozo das férias é directamente proporcional à situação económica, com praticamente toda a classe alta e média e quase toda a classe média superior a gozar férias, A maioria da classe média inferior passa férias, mas só 26% da classe baixa tem essa sorte. Espanha, França e Brasil são os principais destinos. Em média, gasta-se no estrangeiro 66 euros por dia e 22 euros em Portugal.
(14.06.04/Fonte : PortugalNews)

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António Costa dedica "resultado histórico do PS" a Matilde Sousa Franco
Todos os resultados : Aqui

O cabeça de lista do PS às eleições europeias, António Costa, sublinhou esta noite que o partido conseguiu "o melhor resultado eleitoral de sempre" na corrida ao Parlamento Europeu, dedicando a vitória à viúva de Sousa Franco.

No Hotel Altis, em Lisboa, onde o PS montou a sua sede de campanha, António Costa mostrou-se satisfeito com o "resultado histórico" obtido pelo partido nestas europeias, "o melhor resultado eleitoral de sempre". "Pela primeira vez ganhámos numa eleição nacional à direita unida", acrescentou ainda o cabeça de lista socialista a Estrasburgo.

Ladeado pelos restantes candidatos do partido às europeias, António Costa realçou ainda o facto de o PS ter obtido "a melhor votação entre os partidos socialistas" dos 25 Estados-membros da União Europeia, o que "demonstra que os socialistas são claramente uma alternativa".

Evocando a memória de Sousa Franco, que "conduziu a campanha e a lista" do partido às eleições europeias até à sua morte a dois dias do fim da campanha eleitoral, o ex-líder parlamentar dedicou depois a "vitória do PS" a Matilde Sousa Franco, presente na sala, que recebeu uma forte ovação.

António Costa acusou ainda o primeiro-ministro, Durão Barroso, de ter sido "o pai da derrota" da coligação PSD/CDS-PP nas eleições e pediu-lhe para tirar ilações políticas do resultado.

Para António Costa, "a derrota da coligação de direita nas eleições europeias teve um rosto: o pai da derrota da coligação foi Durão Barroso", observou.

Interrogado sobre as consequências dos resultados eleitorais para a liderança do secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues, António Costa escusou-se a comentar o assunto. "O que preocupa os portugueses não é a situação interna no PS, mas a situação do país", alegou, argumentando que os portugueses demonstraram que "querem uma Europa do crescimento" e que "não querem um país ao lado da guerra, de recessão e de desemprego".

António Costa aproveitou também para reiterar que nestas eleições estava em causa apenas um cartão amarelo para o Governo, numa alusão à realização de legislativas apenas em 2006. "Apesar de os portugueses terem manifestado a vontade de um novo Governo, pela parte do PS, serão respeitadas as regras" da democracia, declarou.
(14.06.04/Fonte : Público)

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Europeias: Esquerda com 20 por cento de avanço antes da morte de Sousa Franco

Antes da morte do cabeça de lista do PS, Sousa Franco, a sondagem realizada pela Universidade Católica para o PÚBLICO, RTP e Antena Um indicava que a esquerda se preparava para uma vitória folgada sobre a coligação de direita que junta PSD e CDS.

De acordo com a estimativa, a coligação Força Portugal ficar-se-ia nos 37 por cento, enquanto o somatório do PS com CDU e BE iria até aos 57 por cento. Caso as eleições tivessem ocorrido durante a semana passada, o PS ficaria com 44 por cento, a CDU com oito por cento e o BE com cinco por cento.

Estes números representariam, em termos de mandatos, 11 lugares para os socialistas, dez para a direita, dois para a CDU e um para o Bloco de Esquerda (BE).

Os resultados desta sondagem têm de ser encarados, contudo, com especial cautela, tendo em contas dois factores essenciais. O primeiro é o falecimento de Sousa Franco, que sucedeu após a realização desta consulta. O estudo ficou concluído a 7 de Junho, dois dias antes do sucedido na lota de Matosinhos. A dúvida sobre o efeito dessa morte nos resultados eleitorais vai manter-se para lá da divulgação dos resultados eleitorais de domingo.

A abstenção joga também um papel determinante. Para se chegar à estimativa de resultados e a sua transposição em termos de mandatos, a Universidade Católica ponderou através de um índice de "probabilidade de abstenção" que não permite certezas.

Estes valores permitem, no entanto, destacar a tendência entre as duas áreas políticas principais: a direita em queda e a esquerda a subir. Na última sondagem para as europeias, direita somava mais de 40 por cento, a esquerda chegava aos 55 pontos percentuais e os dois principais partidos empatavam em número de deputados: onze. Agora, a coligação parece descer para os dez, com a agravante de até esse número estar em risco. Se a coligação tiver menos 0,2 por cento e os outros partidos mantiverem a mesma percentagem, a primeira perderia o décimo mandato.

A CDU é o único partido que assinala uma ascensão nesta estimativa, subindo dos cinco por cento para os oito por cento desde a última sondagem (realizada em meados de Maio).
(11.06.04/Fonte : Público)

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Sousa Franco morreu esta manhã após ter sofrido um ataque cardíaco

O cabeça de lista do PS às europeias, António Sousa Franco, morreu esta manhã após ter sofrido um ataque cardíaco no decorrer de uma acção de campanha na lota de Matosinhos, segundo fontes do Hospital Pedro Hispano citadas pela TSF.

A acção de campanha desta manhã terminou abruptamente após desacatos entre apoiantes de Narciso Miranda e Manuel Seabra, ambos do PS e candidatos à Câmara de Matosinhos nas autárquicas de 2005.

Sousa Franco, 61 anos, foi levado para uma unidade hospitalar do Porto, segundo a mesma fonte.

O Partido Socialista suspendeu provisoriamente todas as acções de campanha.

A TSF indica que os principais responsáveis socialistas estão reunidos em torno do Hospital Pedro Hispano.
(09.06.04/Fonte : Público)

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Efacec ganha projecto em Marrocos de um milhão de euros

 

A Efacec ganhou uma encomenda da fábrica marroquina Asment Ouled Zidane (AOZ) no valor de um milhão de euros, anunciou hoje a empresa.

A Efacec, o maior grupo electromecânico nacional de capitais portugueses vai fornecer todos os sistemas de despoeiramento (filtros de manga, ventiladores e sistemas de descarga) para a fábrica de cimento da AOZ, que vai localizar-se perto da capital marroquina.

«Este fornecimento, no valor global de um milhão de euros, será efectuado durante 2004, relacionando-se com a construção de raíz da fábrica AOZ, com futura localização a 56 quilómetros do sudoeste de Casablanca», anunciou a Efacec e comunicado.

A Efacec, que está presente em mais de 50 países, factura aproximadamente 250 milhões de euros por ano, com metade da sua produção a ser encaminhada para exportações.

Transaccionaram-se 18.264 acções da Efacec a subirem 0,94% para 2,15 euros.
(08.06.04/Fonte : Diário Económico)

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Torneio cria mais de 2000 postos de trabalho temporário

 

Os salários dos trabalhadores temporários, no âmbito do Euro, são superiores à média.

 

O Euro 2004, que terá o pontapé de saída no próximo dia 12, criará mais de dois mil postos de trabalho temporário. De acordo com os dados apurados pelo Diário Económico junto de várias empresas de trabalho temporário, as funções mais requisitadas, orientadas directa e indirectamente para o Euro, são nas áreas das vendas, hotelaria e restauração, animação de eventos, acolhimento de pessoas e limpeza.

Marcelino Pena Costa, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Trabalho Temporário (APETT) não avança com números, mas nota uma grande movimentação dentro das empresas de trabalho temporário. «Há uma grande expectativa de colocação de pessoas. Haverá a criação de um elevado número de empregos, mas de reduzida temporalidade», frisou ao Diário Económico o responsável da APETT.

Uma das principais características destes postos de trabalho é, de facto, a sua temporalidade. A Adecco, por exemplo, frisa que apenas em Lisboa e no Porto pode garantir contratações «para cerca de dois meses», enquanto em muitos dos restantes casos «podem ser contratações pontuais apenas para os dias dos jogos».

O facto de este emprego ser de curta duração faz ainda com que a remuneração se situe «claramente acima da média», frisa o director-geral da Adecco, Blas Oliver. «A concentração de necessidades em poucos dias e a curta duração de alguns contratos levam-nos a incrementar os salários praticados para assegurar todas as necessidades dos nossos clientes e até ter equipas de reforço para fazer face a qualquer problema eventual», adianta.

Os postos de trabalho temporário têm ainda outra particularidade, que é o facto de se cingirem maioritariamente às dez cidades que receberão jogos do campeonato europeu.

O DE tentou obter dados mais precisos sobre a influência do Euro na criação de emprego junto do Instituto de Emprego e Formação Profissional, mas este organismo disse não ter dados disponíveis sobre o assunto.

Número de desempregados decresce em Maio face a Abril

O aumento do número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego no final de Maio abrandou em relação ao mesmo período do ano passado, à semelhança do que aconteceu em Abril, mês em que se verificou um aumento de 9,1%. Os serviços do Instituto de Emprego e Formação Profissional registaram, em Maio, um aumento homólogo de 8% do número de desempregados. Esta tendência de desaceleração tem vindo a verificar-se desde Julho de 2003, embora nos últimos dois meses se tenha mostrado mais clara.

Já em relação ao mês de Abril, o desemprego registou uma diminuição mensal de 2,1%, a descida mais significativa desde Abril de 2003.

De acordo com o Ministério do Trabalho, verificou-se uma diminuição em todas as regiões do país, com especial relevo na região de Lisboa.(07.06.04/Fonte :
PortugalNews)

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Nove Hospitais SA com Condições de Conforto Inaceitáveis Ou Más

 

Nove dos 31 hospitais de gestão empresarializada mereceram a classificação de inaceitáveis ou maus na sequência de uma avaliação às condições de conforto que oferecem aos utentes. Destes, quatro situam-se no distrito de Lisboa (ver caixa). Em contrapartida, oito foram avaliados como bons ou muito bons a este nível, tendo os restantes obtido nota média.

Os resultados do relatório global do Programa Conforto - que hoje vão ser divulgados em Lisboa pelo ministro da Saúde - apontam para problemas a vários níveis, designadamente a ausência ou insuficiência de estacionamento, a inexistência de equipamentos de conforto nos átrios de entrada (como máquinas com produtos e lojas de apoio) e a falta de ar condicionado nalgumas salas de espera das urgências e das consultas. A deficiência da sinalética, o mobiliário desadequado ou degradado e iluminação insuficiente foram outros dos problemas detectados.

O Programa Conforto foi desenvolvido para a Unidade de Missão dos Hospitais SA pelo atelier Risco - Projectistas e Consultores de Design, liderado pelo arquitecto Manuel Salgado. Os projectistas avaliaram a envolvente exterior, os átrios de entrada, as salas de espera das urgências e das consultas externas, as instalações sanitárias e a sinalética.

Os resultados não são animadores: nas salas de espera das urgências, por exemplo, apenas cinco apresentam boas condições e, quanto às instalações sanitárias, metade dos hospitais merecem a classificação de inaceitáveis ou más.

Nas salas de espera de consultas externas, os projectistas recomenda-se mesmo que seja evitada a concentração de utentes no período da manhã e sugerem a criação de novos espaços de permanência , "um pouco à semelhança do que acontece nos aeroportos, onde existem vários espaços de características distintas até à sala de embarque". Quanto às salas de espera na surgências, propõe-se o aumento dos espaços.

Os projectistas apontam para a necessidade de intervenções de dois tipos: as chamadas intervenções pesadas, que implicam a alteração das características físicas dos espaços e têm custos necessariamente elevados, só possíveis de estimar com rigor depois de realizados projectos específicos, e as intervenções ligeiras, que obrigam apenas a alterações ao nível do equipamento, mobiliário e pequenos trabalhos de manutenção, passíveis de ser realizados por equipas do próprio hospital.

Lamentam, a propósito, que os hospitais promovam de forma "voluntariosa" intervenções de todo o tipo com recurso a equipas internas de manutenção ou a pequenos empreiteiros o que, a longo prazo, se traduz em diversos problemas, tais como infiltrações, circuitos errados ou promiscuidade entre funções. E sublinham que as intervenções de remodelação de edifícios deveriam resolver, de forma integrada, os problemas de grande e pequena escala. Resta saber se os hospitais SA têm disponibilidade orçamental para concretizar as sugestões agora avançadas.
(04.06.04/Fonte : Público)

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GalpEnergia compra sucursal espanhola da BP

 

A GalpEnergia comprou a BP Enertica, a filial espanhola do grupo BP para a distribuição de combustíveis por grosso à pequena indústria e consumo. Com a aquisição ontem efectuada, a Galp aumenta em 45% o seu volume de negócios de derivados do petróleo em Espanha.

O presidente executivo (CEO) da GalpEnergia, António Mexia, que ontem assinou o acordo em Madrid, não revelou os montantes envolvidos na operação. Explicou que a compra significa «uma mudança radical de posicionamento da Galp Energia como empresa equilibrada no mercado ibérico, e um passo em frente no seu processo de iberização». Em 2007, a Galp-Energia pretende uma quota de mercado, em Espanha, de 8%, e de 15% a nível peninsular.

Fundada há 25 anos, a Galp Espanha «já deu lucros nos dois últimos anos, e a partir de agora expande-se e consolida-se em todos os sectores», disse António Mexia. «É um passo fundamental da estratégia da Galp que lhe vai permitir passar de um posição quase simbólica, até há pouco, para a multiplicação por quatro das suas vendas em Espanha, passando de 450 milhões de litros em 2001 para 1700 milhões em 2004». Só em derivados do petróleo, passará das 1,25 milhões de toneladas que vende na actualidade para as 1,81 previstas para este ano. Com a compra da BP Enertica, a Galp prevê atingir os 27 milhões de euros de vendas este ano em Espanha, incluindo as vendas nas lojas Galp.

O crescimento da Galp, em Espanha, produz-se sobretudo no segmento de empresas, em que prevê alcançar este ano um volume de vendas de 1320 milhões de litros de gasóleo e 400 mil toneladas de produtos negros, face a 568 milhões de litros e a 310 mil toneladas que comercializou em 2003. Isto terá um impacto positivo na conta de resultados de 4 a 5 milhões de euros, assegurou António Mexia.

A BP Enertica é o maior distribuidor de gasóleo ao domicílio em Espanha, contando com mais de 30 mil clientes, com uma facturação de 260 milhões de euros por ano.

António Mexia confirmou ainda que a Galp está também na corrida à compra das 324 estações de serviço da Shell em Espanha. Reconhecendo que há muito candidatos, negou no entanto negociações com outros interessados.

 

Quimigal e Cires criam fábrica

 

A Quimigal e a Cires vão avançar com a criação de uma nova unidade industrial de produtos intermédios de refinação petrolífera em Estarreja. O valor do investimento, segundo fonte da Quimigal, ultrapassa os 60 milhões de euros. A nova unidade irá permitir o aproveitamento do etileno produzido em Sines pela Borealis, e a sua transformação em Estarreja em produto intermédio, essencial à produção dos plásticos vinílicos da Cires. Segundo a mesma fonte, o investimento facilita a rentabilização de subsequentes aumentos de capacidade de toda a cadeia de poliuretanos e potencia a relação entre os pólos de Sines e Estarreja.(03.06.04/Fonte : Diário de Notícias)

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Siemens Portugal inaugura laboratório multimédia

 

A Siemens Portugal inaugura amanhã oficialmente nas suas instalações em Alfragide um novíssimo laboratório multimédia, um centro de investigação e desenvolvimento (I&D) das tecnologias de telecomunicações ligadas à imagem, ao vídeo, seja nas redes fixas, seja nas redes móveis.

Representa um investimento de 40 milhões de euros. As instalações que o primeiro-ministro Durão Barroso irá visitar amanhã à tarde já foram estreadas numa cerimónia “íntima” de quadros há cerca de um mês, à meia-noite de dia 30 de Abril, estando desde então mais de 300 engenheiros a investigar novos «softwares» para comunicações com vídeo para 3Z e ADSL. É um centro de inovação onde se realiza o trabalho puro de concepção, de «design» e de desenvolvimento dos produtos que estarão a competir ferozmente no mercado mundial das telecomunicações dentro de um, dois anos.

«Tanto este laboratório, como o laboratório óptico inaugurado há um ano, são o suporte para os testes de ‘software’, de redes e de sistemas das duas áreas de inovação que temos a funcionar em Portugal”, explica João Picoito, CEO do Grupo Operacional de Informação e Comunicação da Siemens Portugal e responsável pelos pilares da Inovação e da I&D. «O laboratório multimédia tem uma capacidade muito grande, podendo ter cem engenheiros a fazer testes em simultâneo». O trabalho que está a ser desenvolvido neste momento dedica-se sobretudo a estudar a convergência entre as redes fixa e móvel — pesquisando, como complemento, serviços baseado em vídeo: em ADSL, para a rede fixa, em 3Z, para os telemóveis de 3ª geração.

«As áreas de aplicação ligadas ao vídeo e ao entretenimento serão a rota das telecomunicações no futuro», assegura João Picoito. «Com excepção do mercado empresarial, muito centrado na transmissão de dados, o público em geral tem-se ficado pelo mercado da voz», Ora, dentro de pouco anos, «começará a evoluir-se para uma comunicação mais sofisticada, multimédia, com voz e imagem».

O laboratório que amanhã se inaugura tem capacidade para instalar uma base de oito milhões de clientes móveis e para servir 300 mil clientes ADSL, processando um milhão de chamadas da rede fixa por hora. Para já com três centenas de engenheiros ligados à pesquisa tecnológica, o laboratório multimédia deverá contar 500 investigadores até ao final de 2005. Mesmo que o laboratório óptico — inaugurado em 2003 por Jorge Sampaio — não aumente o seu actual quadro de 500 engenheiros, deverá ser nessa altura que a Siemens Portugal ultrapassará a barreira dos mil investigadores a lutarem pela liderança da pesquisa mundial nas tecnologias de informação e de comunicação.
(02.06.04/Fonte : PortugalNews)

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