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11/03

Novo Autocarro da Mercedes-Benz Vai Ser Fabricado na Salvador Caetano

 

Os grupos Salvador Caetano e a Daimler Chrysler apresentaram ontem o novo autocarro da Mercedes-Benz - modelo Tourino - em cerimónia que contou com a presença do ministro da Economia, Carlos Tavares. Trata-se de um médio-autocarro de turismo, com capacidade para 30 pessoas, que sairá da linha de montagem de Vila Nova de Gaia para vários países europeus.

Em Fevereiro, deverão começar a ser entregues os primeiros "Tourinos", estando previsto o fabrico de 150 unidades em 2004, número que evoluirá para 400 até 2006. O Tourino é uma versão mais pequena do Touro, um autocarro de turismo desenvolvido especificamente para o mercado inglês.

A "joint-venture" entre a Salvador Caetano e a Daimler Chrysler foi estabelecida em 2001, e resultou na criação da CaetanoBus, que iniciou actividade em Janeiro de 2002, representando um investimento de cinco milhões de euros, apoiado por fundos comunitários e nacionais. A capacidade produtiva instaladada é de 450 unidades/ano, mas os dois últimos anos ficaram marcados por uma forte redução da produção. Em 2001, foram produzidas 416 unidades, valor que caiu para 232 em 2002. No corrente ano, o total de unidades será de 284, prevendo-se um forte crescimento para o próximo ano (500 unidades). O pico será atingido em 2006, com a montagem de 650 autocarros nos diferentes modelos que o grupo fabrica - turismo, de transporte urbano e de aeroporto.

Salvador Caetano, presidente do grupo nortenho, lembrou na sua intervenção que a companhia sentiu de forma muito significativa a crise económica mundial gerada após o 11 de Setembro, de que resultou uma baixa significativa de fabrico de carroçarias. "A CaetanoBus viveu nos dois últimos anos momentos particularmente difíceis, direi mesmo angustiantes", afirmou, referindo que a empresa não seguiu o caminho mais fácil dos despedimentos ou o recurso ao "lay-off", suportando a totalidade dos vencimentos dos funcionários que representou um esforço financeiro de um milhão de euros.

O ministro da Economia, Carlos Tavares, elogiou o "talento" revelado pelo grupo no "desenvolvimento dos seus negócios, numa lógica de parcerias, sem perder a identidade portuguesa". Tavares salientou que Portugal precisa de três a cinco anos para se colocar na primeira linha da atractividade do investimento estrangeiro. Considerou, no entanto, muito satisfatório o investimento captado, lembrando que, nos primeiros nove meses deste ano, as entradas cresceram 70 por cento face a igual período do ano passado e salientando que a Agência Portuguesa de Investimento assinou 21 contratos, num total de 500 milhões de euros de investimento.
(27.11.03/Fonte : Público)
 

Único sector em que Portugal é líder mundial
 

A liderança mundial de Portugal no mercado corticeiro é indesmentível.

Portugal tem uma quota de 54% no mercado mundial de rolhas de cortiça, assegura 54% da produção mundial e detém a maior área de montado de sobro em todo o mundo – 730 mil hectares.

Ao nível das exportações, o mercado parece agora estabilizado, tendo Portugal exportado em 2002, e quando comparado com 2001, cortiça no valor de 903,2 milhões de euros, correspondente a 138,5 mil toneladas. Apesar do ligeiro acréscimo registado em 2002 – 1,1% –, refira-se que o valor das exportações continua abaixo do máximo histórico conseguido em 2000 – 914,8 milhões de euros.

Do total expedido, 21,84% foi absorvido pela França, o principal cliente de Portugal, seguindo-se-lhe os EUA (17,25%), a Espanha (10,13%), a Alemanha (9,68%), e a Austrália (9,21%).

Do lado das importações, em 2002 Portugal comprou 52,7 mil toneladas de cortiça num total de 139 milhões de euros, valores muito similares aos registados em 2001.(26/11/03/Fonte : PortugalNews)

 

EFACEC Engenharia finaliza mais uma obra na Tunísia

 

Foi inaugurado, no passado dia 16 de Outubro de 2003, o projecto de produção independente de energia eléctrica ZARZIS – EL BIBANE, localizado na cidade de Zarzis (junto à ilha de Djerba).


Este projecto conta com três importantes parceiros: dois Grupos internacionais ligados ao petróleo e à produção de energia eléctrica (o Grupo canadiano “ECUMED Petroleum” - subsidiário do Grupo “Centurin Energy International Inc.” e o americano “Caterpillar Power Ventures Corp.”) e a empresa estatal responsável pela produção e distribuição de gás e electricidade na Tunísia (”STEG – Société Tunisienne d’Electricité et du Gas”) e tem a virtude de conseguir aliar um elevado interesse económico à protecção do meio ambiente e optimização dos recursos naturais tunisinos; no processo em causa procede-se à transformação do gás natural residual (em anterior processo de queima directa para a atmosfera) em energia eléctrica.

Para atingir este objectivo, a Caterpillar e a Ecumed formaram a “joint-venture” “SEEB – Societé d’ Electricité El Bibane” (o cliente da EFACEC) incumbida da construção e exploração do projecto com recurso a turbinas “Solar” (Caterpillar) e gás da já existente exploração de hidrocarbonetos da “Ecumed” em Zarzis.

As infra-estruturas construídas pela SEEB no âmbito deste projecto incluem a Central Termoeléctrica, constituída por dois grupos de turbina a gás com uma capacidade total de 27MW e sua interligação à rede da STEG, em 150 kV.

A EFACEC Engenharia SA foi convidada a participar neste projecto devido às boas referências dadas pela STEG sobre o Grupo EFACEC relativas aos diversos projectos já desenvolvidos na Tunísia nesta área. A sua participação incluiu o projecto, fornecimento, construção civil e montagem (chave-na-mão) da interligação à rede eléctrica da STEG (subestação de ZARZIS).


A inauguração, que teve significativo relevo nos “media” tunisinos, contou com a presença de destacadas personalidades institucionais e empresariais, nomeadamente: Sua Exª. o Secretário de Estado da Cooperação Internacional e Investimento Estrangeiro; o Presidente da Caterpillar Power Ventures Corp. e o Presidente da Centurion Energy International Inc.


Em representação de Portugal e da EFACEC, participaram: o Dr. Carlos Julião (Delegado do ICEP na Tunísia), a quem a EFACEC agradece a colaboração e empenho, o Engº. José Chicau (Director da Área de Negócios das Subestações da EFACEC Engenharia, S.A.), o Sr. Dellagi Hassen (Director da Delegação da EFACEC na Tunísia) e o Engº. Venâncio Rosa (Gestor do Projecto). Este evento teve um manifesto interesse para os participantes pois, para além de permitir o contacto pessoal com as personalidades envolvidas, contribuiu para reforçar a imagem de Portugal e da EFACEC junto das empresas e instituições presentes.(25/11/03/Fonte : PortugalNews)

 

Vinhos portugueses conquistam espaço junto do maior importador mundial em volume (12,2 milhões de hectólitros) - a Alemanha

 

As estatísticas alemãs, entre Setembro de 2002 e Agosto de 2003, revelam que as importações de vinho português registaram um aumento de 24% em valor, para 30,2 milhões de Euros e 21% em volume, para 140,2 mil hectolitros.

Portugal posiciona-se, assim, em 9º lugar no ranking de países exportadores para a Alemanha, lugar com uma quota de mercado de 1,7% (valor) e 1,1% (volume). De realçar que só no mês de Agosto de 2003, Portugal classificou-se em 6º lugar ultrapassando a África do Sul, o Chile e a Áustria, com quotas de mercado recorde absoluto de 3,1% (valor) e 2,2% (volume).

Neste período de uma ano, as importações globais alemãs de vinho sofreram uma baixa de 0,8 % em valor e 0,3% em volume, o que valoriza o facto de Portugal ter crescido numa situação de contracção de mercado.

Graças ao trabalho desenvolvido pela Delegação do ICEP na Alemanha, o Instituto Federal Alemão das Estatísticas, começou a publicar, mensalmente, uma página separada dedicada a Portugal, com discriminativo não só do País, mas também das sub-categorias : Vinho branco e Tinto, Vinho de Qualidade e de Mesa, e vinhos fortificados, o que permite monitorizar melhor, o que se passa com o Vinho de Mesa e com o Vinho do Porto, de uma forma independente, no mercado Alemão.

Uma das razões possíveis para explicar a boa performance de Portugal na Alemanha, parece ser a boa coordenação existente entre as várias Campanhas existentes no mercado, em particular a da Viniportugal, a das empresas do Grupo G7 que aumentaram bastante o investimento promocional no passado recente, a do consórcio de empresas - normalmente intitulado de G18 -, num conjunto de acções que envolve provas de vinhos para profisssionais e inserções em revistas da especialidade, e finalmente a conduzida pelo Icep e Andovi relativa ao Projecto em sede do Prime.(24/11/03/Fonte : PortugalNews)

 

MOTA - ENGIL assina contrato de 16 milhões de euros

 

Foi assinado na cidade de Miskolc o contrato entre o Estado húngaro, a Comissão Europeia e o Grupo Mota-Engil, no valor de 16 milhões de euros, referente ao triunfo no concurso internacional para a construção de um complexo para tratamento de resíduos sólidos (industriais e domésticos), que vai servir uma população de 220 mil habitantes (Miskolc e 37 povoações próximas).

Este projecto foi financiado pelo fundo pré-adesão ISPA em 9 milhões de Euros.

Pela parte húngara assinaram o Ministro do Ambiente, M. Persányi e o Presidente da Câmara S. Káli. Pela Delegação da UE o Embaixador J. Koppen e pela Mota-Engil, A. Marques Antunes, Presidente da Mota Hungária.

O Embaixador de Portugal na Húngria, Luís Castro Mendes, como convidado especial assistiu à ceremónia e dirigiu-se aos presentes - representantes das 37 Autarquias, do Governo Central e da Comunicação Social, destacando a importância que representa o mercado húngaro e a presença das empresas portuguesas para o Governo Português, no contexto do alargamento da UE.

Segundo informação da delegação do ICEP na Húngria, este mercado abre boas e futuras perspectivas à construtora portuguesa.(17/11/03/Fonte : PortugalNews)

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Marcas Portuguesas não fazem milagres...

 

Vinte anos passados sobre a campanha que a tornou famosa, a Nacional é apontada como a marca portuguesa de maior prestígio na sondagem ontem divulgada pelo Jornal de Negócios.

 

Surpreendentemente, os inquiridos não se lembraram de nada mais forte, nem a concorrência Sagres-Super Bock nas cervejas tiveram direito a referência, nem o famoso Mateus Rosé, nem a histórica Vista Alegre, nem a novíssima mglass.


A menos que estejamos perante um processo de amnésia colectiva de meio milhar de cidadãos, a conclusão a tirar é que o défice das marcas-portuguesas comeu no nosso próprio mercado. Aliás, a marca mais citada é precisamente a ausência de opinião sobre o assunto. Um défice - de notoriedade, de confiança - Pouco promissor em termos de penetração noutros mercados e a apontar para que um grande esforço terá de ser feito em Portugal. Um número significativo de mulheres indicou marcas estrangeiras, o que me fez pensar na campanha do Tide, quando voltou a entrar no mercado português, apelando à memória das mães e das avós. Quem conhece a nacionalidade dos detergentes ou afins, e qual a relevância da informação para a decisão de compra? Talvez isso explique a confusão das consumidoras.

Já a confusão entre produto e marca verificada a propósito do Vinho do Porto é menor do que parece à primeira vista, porque, sendo um produto, o Porto é também a principal marca portuguesa, no que a percepção nacional coincide com a percepção externa. Menos animador é que o destaque do produto se concentre no segmento entre os 45 e os 59 anos, um sinal claro de dificuldade de penetração nos estratos mais jovens.
A identificação da Sonae como a empresa nacional mais prestigiada vem premiar duas décadas de crescimento e diversificação de actividades, uma estratégia onde é possível identificar alguns fracassos mas globalmente bem sucedida. Repare-se que as outras empresas mais referidas foram empresas públicas, a maior parte delas com raízes anteriores às nacionalizações de 1975. E não deixa de ser sintomático que, nem mesmo o BCP, o grande caso de sucesso da banca privada, tenha merecido uma referencia, confirmando a banca como um sector mal amado.(13/11/03/Fonte : PortugalNews)

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Bruxelas inclui ligações Portugal-Espanha na lista de prioridades

 

Portugal conseguiu ver integrados seis projectos na lista de prioridades da União Europeia, aprovada ontem em Bruxelas. As linhas de comboio de alta velocidade Lisboa-Madrid, Lisboa-Porto e Porto-Vigo são os principais ligações incluídas na lista de projectos considerados prioritários.

A lista de projectos de execução rápida, que terão início num prazo inferior a três anos, inclui também a auto-estrada marítima do Atlântico e o reforço das ligações eléctricas entre Portugal, Espanha e França.

As ligações multimodais de Sines a Madrid e de Sines a Lisboa e à Corunha fazem igualmente parte da lista de projectos prioritários. Contudo, salienta a Comissão, «estes projectos não são de execução imediata».

O total de projectos considerados de execução imediata - que poderão avançar nos próximos dois a três anos - ascende a 56, num investimento total de 64 mil milhões de euros até 2010, sendo 38 mil milhões para os troços transfronteiriços de transporte, dez mil milhões para a área da energia e cerca de 14 mil milhões para as redes de comunicação e investigação.

Estes projectos de execução imediata - apelidados de quick-start - foram seleccionados por estarem prontos a arrancar no prazo máximo de três anos, terem dimensão transfronteiriça, terem impacto sobre o crescimento e inovação e efeitos positivos sobre o ambiente, de acordo com os critérios seleccionados por Bruxelas. «Estamos a impulsionar projectos que se caracterizam pela possibilidade do seu início imediato», explicou a comissária dos Transportes, a espanhola Loyola de Palacio, que durante a apresentação dos projectos insistiu por diversas vezes na necessidade dos investimentos privados.

«Sem o capital privado, que espero possa chegar aos 40% do total, não será possível concretizá-los», acrescentou. Com esta percentagem, disse, «os governos da União gastariam seis mil milhões de euros por ano, o que representa 0,05% do Produto Interno Bruto (PIB)».

Segundo a comissária, o investimento privado dependerá de cada projecto, mas poderá «chegar aos 100%». No encontro com os jornalistas, Romano Prodi, presidente da Comissão, considerou os projectos como o «catalisador que a economia da União Europeia precisava para avançar».
(12.11.03/Fonte : Diário de Notícias)

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Portugueses acham que políticos são os principais responsáveis pela má imagem do país

 

A imagem de Portugal melhorou globalmente nos últimos dez anos (41 por cento), mas os principais responsáveis pela má imagem do país no estrangeiro são, maioritariamente, os governantes e diplomatas (59 por cento). Esta é uma síntese possível desta sondagem, onde, segundo o universo inquirido, o aspecto que melhor imagem projecta de Portugal é "a nossa maneira de ser" (45 por cento), seguido das "condições para o turismo" (41 por cento) e, mais abaixo, "os desportistas" (27 por cento).

Governantes e diplomatas são penalizados, mas seguidos de perto pelo "nível de desenvolvimento económico" que a maioria dos inquiridos (51 por cento) considera ser igualmente responsável pela má imagem externa. A outros factores, como "a qualidade dos nossos produtos" é atribuída importância residual (12 por cento).

A Expo-98 ainda é o farol da auto-estima nacional: 82 por cento dizem que melhorou a imagem do país no estrangeiro. Também o fizeram, mas "menos", a Lisboa Capital da Cultura (52 por cento) e o Porto Capital da Cultura (50 por cento). Muita confiança no Euro 2004 para este objectivo é revelada na sondagem: 66 por cento dos inquiridos acha que vai melhorar a imagem externa.

Não há uma percepção clara sobre se a imagem do país é "globalmente positiva" (36 por cento) "globalmente negativa" (28 por cento) ou "indiferente" (23 por cento). O universo apresenta-se muito dividido sobre esta matéria

Ficha técnica
Esta sondagem foi realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica para a RTP no dia 6 de Novembro de 2003. O universo alvo é a população com 18 ou mais anos residente em Portugal continental em alojamentos com telefone fixo. Foram obtidos 741 inquéritos válidos, 54 por cento deles a indivíduos do sexo feminino e a taxa de resposta foi de 72 por cento. A margem de erro da amostra é de 3,6 por cento, com um nível de confiança de 95 por cento.
(10.11.03/Fonte : Público)

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Odete Santos Contra Contrato da AR com a Católica para Estudo Sobre Aborto

 

A deputada do PCP Odete Santos declarou ontem ao PÚBLICO que está frontalmente contra o que considera ser a intenção dos partidos da maioria, o PSD e o CDS, de encomendarem à Universidade Católica um estudo sobre as condições em que se realizam os abortos em Portugal e a situação desta prática clandestina a nível nacional, que o Parlamento deverá contratar com uma ou mais instituições universitárias com base numa resolução aprovada em plenário há mais de um ano.

Odete Santos declarou mesmo que considera que tal decisão não será correcta do ponto de vista ético, por se tratar de uma instituição católica, além de pôr em causa aquilo que são as normas aprovadas pela própria Assembleia da República para o seu funcionamento, já que foi assinado, em 1998, um protocolo com as universidades públicas no sentido de que todos os estudos a encomendar o fossem a universidades estatais.

A decisão será tomada pela comissão parlamentar de assuntos sociais e do trabalho na próxima terça-feira, mas, para Odete Santos, não faz sentido a forma como o processo está a ser encaminhado pelo PSD. Isto porque no grupo de trabalho que ficou encarregado de acertar esta questão - o qual é constituído, além desta deputada comunista, pela deputada socialista Luísa Portugal e pelo deputado do PSD António Pinheiro Torres - o PSD tem conduzido o processo para que o estudo seja entregue não só a uma universidade privada como concretamente à católica.

De acordo com o relato do processo feito ao PÚBLICO por Odete Santos, os três deputados acordaram inicialmente em propor instituições a que o estudo pudesse ser encomendado, sempre, garante, obedecendo ao princípio de que há um protocolo entre a Assembleia e as universidades públicas. Odete Santos lembra que propôs a Escola Nacional de Saúde Pública - Instituto Ricardo Jorge, Luísa Portugal avançou com três instituições públicas, entre elas o ISCTE, que já realizou estudos sociológicos para a AR sobre a criança. Mas, prossegue revelando que Pinheiro Torres defendeu que as instituições contratadas fossem a Universidade Autónoma e a Universidade Católica.

A Autónoma foi de imediato excluída, por ser incontestadamente privada, afirma Odete Santos que acrescenta: "Eu disse desde logo ao deputado Pinheiro Torres que a Católica também era privada e confirmei já que esse é o seu estatuto, apesar de ser uma instituição considerada de utilidade pública, pelo que não pode ser abrangida pelo protocolo parlamentar pré-existente."

Ora, continua Odete Santos, "na comissão os deputados do PSD decidiram considerar que é discriminatório o protocolo, porque discrimina as privadas, quando se trata apenas de afectar dinheiros públicos a instituições públicas, pelo que havendo universidades públicas em condições de fazer o estudo, não há que recorrer a privadas."

Na sequência da posição que os deputados do PSD tomaram, a comissão vai agora deliberar, também sob proposta dos sociais-democratas, se o estudo é feito através de um concurso público - o que segundo Odete Santos irá "arrastar imenso o processo" - ou por "convites fora do protocolo", o que a deputada do PCP considera "menos transparente".

Para além da questão processual e de regras estabelecidas na AR, Odete Santos questiona a possibilidade de recorrer à Universidade Católica na base de pressupostos ideológicos e éticos: "O que é certo é que a Universidade Católica é uma instituição da Igreja Católica e parece-me que não será ético, que seja uma instituição integrada na Igreja Católica, a qual combate abertamente a despenalização do aborto, que tenha de ser premiada com este estudo. Nós queremos um estudo laico. Quando a ideologia invade a biologia, então está tudo de pernas para o ar."
(07.11.03/Fonte : Público)

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Melhor do que o Euro 2004

 

A America's Cup é a prova desportiva mais sofisticada do mundo. E a mais rica. Só falta a Suíça escolher a candidatura portuguesa.

 

A cidade de Auckland, na Nova Zelândia, foi invadida em 2002 por iates gigantescos, jactos e helicópteros privados. Os mais ricos do mundo tomaram de assalto a pequena ilha ancorada no meio do oceano Pacífico. Nunca os neozelandeses tinham visto tanta sofisticação por metro quadrado. Parecia o Festival de Cannes, no Principado do Mónaco, durante a produção de um desfile de alta-costura. Algumas centenas de turistas - entre eles Paul Allen, número dois da Microsoft; Lary Hallison, da Oráculo; e Ernesto Bertarelli, dono dos laboratórios de genética Serono em Genebra - chegavam para preparar a America's Cup que punha frente a frente a equipa da casa e a equipa suíça.
Eles instalaram-se de armas e bagagens. Compraram as melhores
moradias nas zonas mais caras da cidade. Passeavam-se em automóveis de luxo e arrendaram edifícios inteiros para instalar os seus negócios de milhões. Nos meses seguintes, muitos outros foram chegando para assistir à competição rainha do desporto náutico. A poucos dias do tiro de partida, já não havia um quarto que fosse em nenhum dos hotéis de luxo. E os melhores restaurantes rebentavam pelas costuras, como Nova Iorque em véspera de Natal.
Durante dois anos, a terra dos quivis recebeu de braços abertos os homens mais ricos do mundo. E eles não deixaram os créditos por mãos alheias. Apesar de serem apenas alguns milhares, deixaram nos cofres neozelandeses uma avalancha de cifrões que ultrapassou os 900 milhões de euros. Turismo ao mais alto nível, portanto.
Alguns anos antes, no Verão de 1999, o milionário português Patrick Monteiro de Barros começava a mexer-se nos bastidores náuticos. Tinha um objectivo bem claro: garantir a realização da America's Cup de 2007 em Portugal. E meteu mãos à obra. Durante uma regata de maxis - superiates com mais de 24 metros -, que decorria na baía de Cascais, aproveitou a presença de Ernesto Bertarreli, responsável pela equipa suíça, para testar a primeira abordagem. Numa jogada diplomática brilhante, disse-lhe que Portugal acre ditava cegamente - e contra todas as expectativas - que a equipa suíça ia bater os neozelandeses na sua própria casa. O suíço não cabia em si de orgulho e ficou parcialmente conquistado.
Na cartada seguinte, Patrick jogou o ás de trunfo: para Portugal seria uma enorme honra que os suíços defendessem o seu título em águas lusas, já que não o poderiam fazer em águas próprias. Elogio puxa elogio, e, às duas por três, já discutiam a qualidade dos nossos ventos, o clima tão favorável à navegação e as potencialidades da excelente costa nacional. Talvez tenham comido marisco. Os dados estavam lançados.
Quatro anos mais tarde, em 2003, Patrick comemorava em Auckland a vitória da equipa suíça em mares neozelandeses.
Assim que os suíços cruzaram a linha de meta começaram a chover em Genebra propostas de todo o lado para receber a America's seguinte. Mas a nossa candidatura já levava milhas de avanço. Inicialmente, chegaram 64 propostas à Suíça. Depois, passaram a oito. E finalmente ficaram reduzidas a apenas quatro, as quatro que contam: Valência, Marselha, Nápoles e... Lisboa, a favorita.
O Governo português esfregou as mãos de contente. Segundo um estudo feito pela Ernest&Young, quem receber a America's Cup terá um retorno certo de 1,5 mil milhões de euros, o dobro do previsto para o Euro 2004. A retoma, em Portugal, ficaria garantida; e Manuela Ferreira Leite, ministra das Finanças, conseguiria, por uma vez, dormir descansada.
Mais: apesar de a decisão só estar prevista para 26 de Novembro, com o pretexto de disponibilizar um espaço nobre na linha do rio Tejo, o Governo aproveitou para correr com a Docapesca de Pedrouços e viabilizar o MARL (Mercado Abastecedor da Região de Lisboa) que estava às moscas há mais de dois anos. Nas últimas duas semanas, mais de 120 lugares foram comprados.
E mais um vez a História repete-se. É então aqui, novamente nas belas praias do Restelo, que o sonho marítimo português se lança à conquista do Mundo. Ou antes recebe os melhores velejadores do mundo. Segundo o arquitecto André Caiado, responsável pelo projecto urbanístico da candidatura portuguesa, temos boas possibilidades de ganhar, o que permitirá construir uma obra à escala da Expo 98. "A ideia é conseguir reabilitar todo o passeio marítimo que vai do Jamor, na Cruz Quebrada, até à Torre de Belém." Isto, claro, com mais de 1000 casas para habitação, 25 restaurantes e mais uma série de edifícios temáticos, dos quais se destaca uma garrafa de vidro gigante onde estará exposto um barco da America's Cup. Tudo ao alcance do público. "Queria salientar" - "explica André Caiado - que 80 por cento desta zona terá espaços verdes. É isso que realmente me interessa. As duas marinas e as zonas de habitação com restaurantes e lojas ocupam só 20 por cento do projecto". Se for para a frente. A resposta é já nas próximas semanas. Portugal inteiro está a fazer figas. Ou deveria.

Carapau de corrida
João Cabeçadas já venceu a America's Cup pela equipa Suíça.
As milhas acumuladas por João Cabeçadas são já suficientes para completar 11 voltas ao Mundo. Aos 42 anos, o velejador português tem um currículo invejável. Está na vela desde 1987, já correu várias equipas e uma das suas últimas grandes vitórias foi na America's Cup que decorreu no início do ano na Nova Zelândia. Fazia parte da equipa suíça, a primeira da Europa a vencer o torneio, apesar da Suíça - país para onde foi viver com a família há três anos - ser um país sem mar. Cabeçadas foi escolhido pelo multimilionário Ernesto Bertarelli para se juntar aos melhores do mundo na modalidade. O português tinha a seu cargo todos os cabos dos três barcos da equipa. Muito se considerarmos que cada barco tem mais de um quilómetro de cabos. Mas as especiliadades de João Cabeçadas, natural de Setúbal, não ficam por aqui: navegação e meteorologia são outras das suas mais-valias. Numa entrevista à revista Notícias da Vela, Cabeçadas confessou: "Fora da vela não existo; sou um peixe fora de água."(06/11/03/Fonte : PortugalNews)

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Portugal deixa de ter "défice excessivo" em 2004

 

A Comissão Europeia considerou hoje, em Bruxelas, que os esforços feitos por Lisboa para conter o desequilíbrio das suas contas públicas abaixo de 3 por cento são suficientes para deixar de ser considerado em "défice excessivo".

"A partir do momento em que se comunicar oficialmente que o número [do défice orçamental de 2003] está abaixo dos 3 por cento [do PIB], evidentemente que se iniciará o processo de supressão do défice excessivo, isso será em 01 de Março de 2004", disse o comissário Europeu dos Assuntos Económicos, Pedro Solbes, no final de uma reunião dos ministros das Finanças.

O embaixador de Portugal junto das instituições comunitárias, Álvaro Mendonça e Moura, que substituiu a ministra das Finanças na reunião, revelou que Pedro Solbes, tinha dito aos ministros que, com base nos dados que conhece, a probabilidade de Portugal sair do procedimento de défice excessivo é de "quase 100 por cento".

Os Estados-membros da União Europeia têm até 01 de Março de cada ano para comunicar à Comissão Europeia o défice orçamental do ano anterior.

Portugal foi considerado em situação de "défice excessivo" em Novembro de 2002 por ter ultrapassado em 2001 o limite de 3 por cento para o défice público previsto no Pacto de Estabilidade e Crescimento.

A União Europeia fez "recomendações" e passou a supervisionar com especial atenção a evolução orçamental das contas nacionais.

Entretanto, França e Alemanha também foram declaradas numa situação de "défice excessivo" por terem ultrapassado o limite previsto a partir de 2002.

Na reunião dos ministros das Finanças, Espanha e Bélgica pediram para a Comissão "começar a estudar a possibilidade" de Portugal sair do procedimento de défice excessivo, atendendo aos esforços feitos no sentido de manter o défice abaixo do limite de 3,0 por cento a partir de 2002.

"É preciso salientar os esforços feitos por Portugal numa situação de crescimento negativo da sua economia", disse o ministro das Finanças da Espanha, Rodrigo Rato.

Segundo Álvaro Mendonça e Moura, Portugal teve oportunidade de dizer aos restantes ministros que as medidas estruturais empreendidas tinham permitido passar o crescimento da despesa corrente de oito por cento em 2001 para um por cento em 2003 e o saldo orçamental corrigido do ciclo económico de 4,9 por cento em 2001 para 1,7 em 2003.

Lisboa também comunicou que as medidas extraordinárias tomadas para que o défice ficasse abaixo dos 3 por cento do PIB não tinham sido tomadas para substituir as reformas estruturais mas sim como forma para compensar a perda de receita fiscal provocada pelo abrandamento do nível de actividade económica.

Segundo Mendonça e Moura, o caso de Portugal foi apontado como um exemplo numa altura em que a França e a Alemanha enfrentam críticas dos parceiros europeus por apresentarem, pelo terceiro ano consecutivo (2004), um défice superior a 3 por cento.

Entretanto, os ministros das Finanças da UE decidiram adiar para 25 de Novembro uma decisão sobre o tratamento a dar à França pelo incumprimento das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

A França comprometeu-se a apresentar medidas adicionais de contenção do défice orçamental antes dessa data.

Os responsáveis europeus tinham em cima da mesa duas propostas do executivo comunitário: uma em que a UE condena a França por não ter tomado medidas para contrariar a situação de défice excessivo e uma outra que aponta as medidas que Paris tem de tomar para remediar a situação.

O projecto da Comissão Europeia autoriza a França a regressar a uma situação de défice inferior aos 3 por cento do PIB exigidos pelo Pacto de Estabilidade apenas em 2005, na condição de Paris reduzir o défice estrutural (sem os efeitos causados pela conjuntura) em 1 por cento em 2004, contra 0,6 por cento previstos no orçamento francês para o ano que vem.

Com a economia à beira da recessão, o governo francês tem-se recusado a tomar medidas de contenção da amplitude proposta por Bruxelas.

Portugal foi o primeiro país membro da Zona Euro (Quinze menos Reino Unido, Suécia e Dinamarca) a ultrapassar, em 2001, o limite de 3 por cento do PIB (riqueza gerada pela economia) imposto pelo Pacto de Estabilidade tendo, no entanto, corrigido essa situação em 2002.

Manuela Ferreira Leite participou na segunda-feira à noite numa reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro mas teve de regressar a Lisboa esta manhã por causa do debate na Assembleia da República sobre o projecto de Orçamento de 2004.(05/11/03/Fonte : PortugalNews)

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Empresa britânica James Walker quer investir cinco milhões em Portugal


A empresa britânica James Walker está interessada em investir em Portugal no sector dos têxteis e lanifícios.

James Walker, sócio-gerente do grupo, confirmou ao jornal de Negócios o investimento, com um valor mínimo previsto de cinco milhões de euros para aquisição da fábrica, uma vez que o equipamento será trazido do Reino Unido. Aquele responsável admitiu já ter encetado contactos com três empresas portuguesas, cujos nomes não quis divulgar.
James Walker está de visita ao Norte no âmbito do "Encontro dos Opinion Makers do Negócio Têxtil Internacional" promovido pela Associação Industrial do Minho (AIMinho) e além de contactos com agentes do sector visitou duas empresas do ramo - a Crispim & Abreu e a Josim.
Uma das razões para o investimento é o facto de, na sua opinião, as fábricas britânicas terem uma estrutura de custos muito elevada e Portugal poder efectuar a mesma produção a mais baixo preço. Para além disso, o grupo inglês precisa de parceiros locais para produzir tecidos não inflamáveis, utilizados nas empresas de aço, gás e electricidade.
"Num mercado global, podemos considerar Portugal como uma indústria local", afirma James Walker. A parceria com Portugal resulta, segundo aquele responsável, da proximidade com o mercado britânico, do facto de "a economia portuguesa ser mais sensata que a britânica", da boa qualidade dos têxteis e a rapidez da distribuição. Considera o sector nacional dos têxteis "uma boa indústria em desenvolvimento".
O grupo James Walker, que prevê facturar este ano 11,7 milhões de euros, subdivide-se em três empresas: a casa-mãe é a James Walker and Sons, que fabrica cobertores, a Kinloch Textiles, que importa e distribui têxteis lar, e uma empresa de serviços, a F.R. Services, especializada em tecidos não inflamáveis. O Reino Unido representa 70% do seu mercado.(04/11/03/Fonte : PortugalNews)

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Vinhos portugueses distinguidos de forma inédita na Holanda

 

Final do 15º concurso de vinhos da Revista ‘PROEFSCHRIFT. Decorreu, no Nh Barbizon Palace Hotel em Amesterdão a 15ª edição do Concurso de Vinhos organizado pela revista profissional ‘Proefschrift’

A edição de 2003, que teve como convidado de honra o Embaixador de Portugal na Holanda João Salgueiro, acabou por distinguir os vinhos portugueses de forma inédita.

Portugal, poder-se-á dizer, sagrou-se como o grande vencedor deste certame ao ganhar os seguintes prémios:

País vinícola do ano 2003;
Melhor vinho branco na categoria entre Euros – 5.01 e 7 – Segada Branco 2001;
Melhor vinho branco na categoria entre Euros – 12.01 e 15 – Esporão Reserva 2001;
Melhor vinho branco absoluto (todas as categorias) – Esporão Reserva 2001;
Melhor vinho – escolha do público – Esporão Branco Reserva 2001.

Na intervenção efectuada durante a cerimónia de entrega de prémios, o Embaixador João Salgueiro regozijou-se com os resultados obtidos e afirmou tratar-se do reconhecimento do trabalho desenvolvido nos últimos dez anos em prol do aumento da qualidade dos vinhos portugueses.

Na fase final do concurso estiveram, para além dos vinhos premiados acima referidos, representados mais 9 vinhos portugueses (7 tintos e 2 brancos).

SOBRE O CONCURSO

Os resultados deste concurso são um ‘barómetro’ fiável para o sector na Holanda e na Bélgica no que diz respeito a vinhos de qualidade até Eur 15, tendências e evolução do mercado.

No concurso participaram cerca de 2000 vinhos representados na Holanda e na Bélgica, remetidos pelos respectivos importadores.

Um painel de 80 especialistas holandeses e belgas encarregou-se, em Setembro, da pré-selecção (cega) que resultou na escolha dos 180 vinhos finalistas que foram apresentados ao público (cerca de 1000 pessoas) no dia 26.

Os vinhos foram divididos em categorias de preços, havendo 5 categorias para vinhos brancos, 5 para tintos e uma geral para roses e espumantes. Cada categoria teve um vencedor. De entre os 5 vencedores dos brancos e os 5 vencedores dos tintos saíram os vencedores absolutos do Concurso, ou seja o melhor branco e o melhor tinto. Para além destes prémios, foram também atribuídos dois outros prémios, o do melhor vinho gastronómico (“Prix du Sommelier”) e o do Prémio do Público.

De referir que em anos anteriores, os vinhos portugueses já haviam ganho algumas (poucas) categorias como, por exemplo, a do melhor vinho gastronómico mas nunca qualquer 1º prémio absoluto.(03/11/03/Fonte : PortugalNews)

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