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07/03

Incêndio na Serra do Açor Continua Incontrolável

O incêndio que deflagrou no domingo em Silvares, na serra do Açor, continuava ontem incontrolável e a consumir milhares de hectares nos concelhos do Fundão, Castelo Branco e Oleiros. Durante a madrugada de terça para quarta-feira e todo o dia de ontem, o fogo avançou de forma irregular e chegaram a registar-se cinco frentes distintas e vários reacendimentos. À hora de fecho desta edição, as frentes mais activas eram as dos concelhos de Oleiros e do Fundão, mas o Serviço Nacional e Protecção Civil apontava para hoje o fim de um flagelo que se arrasta há já quatro dias. No local, encontravam-se ao início da noite cerca de 500 homens, 300 militares, apoiados por 145 veículos e dez meios aéreos.

"Nem para a semana saímos daqui", comentava ontem à tarde um dos bombeiros da corporação de Beato e Olivais, em Lisboa, Luís Lucas, perante mais um reacendimento que ameaçava descer o monte em direcção à aldeia de Almaceda, uma das zonas mais afectadas do sinistro nos últimos dias. "Vamos esperá-lo aqui (na estrada) porque não há acessos para lá chegar", explicava um outro bombeiro. "Pior está a frente de Oleiros", informava Luís Lucas. Segundo os bombeiros que combateram as chamas durante a noite, a frente que anteontem se encontrava em Almaceda, concelho de Castelo Branco, começou a galgar de forma incontrolável em direcção ao concelho vizinho, o de Oleiros.

"Não houve tanto vento como na noite passada, mas o fogo esteve imparável e por volta das três da manhã entrou mesmo em Oleiros", disse ao PÚBLICO o coordenador da Protecção Civil no local, Pedro Ribeiro. "Quem é que consegue entrar ali?", questionava, ao início da tarde, do alto monte de Santiago - onde está instalada a unidade de comandos e de comunicações -, apontando para as várias frentes que na altura avançavam em distintas direcções: a do Marxial, no Fundão, as de Violeiro e Ingranal, em Castelo Branco, e as de Orvalho e Oleiros, no concelho de Oleiros. "Mas, felizmente, a frente do Fundão já está controlada", assegurava. Para este responsável, os ventos fortes, a falta de limpeza das matas e pinhais, as altas temperaturas - que alcançaram os 40 graus nos últimos dois dias - e a irregularidade do terreno têm sido os principais obstáculos à intervenção eficaz dos bombeiros desde o primeiro dia.

Sinistro já provocou uma vítima mortal

À semelhança do que tem acontecido desde domingo, as populações das aldeias contidas no perímetro do incêndio têm combatido as chamas ao lado dos bombeiros. Durante a madrugada de terça para quarta-feira, os populares de Almaceda e Rochas de Cima entraram em pânico perante a proximidade das chamas junto às suas habitações. Um homem de 65 anos, da aldeia de Rochas de Cima, acabou por morrer carbonizado quando tentava apagar o fogo que se tinha alastrado pela sua propriedade. "Tinha desaparecido durante a tarde e acabou por ser encontrado por um bombeiro", explicava, desolado, um familiar da vítima, enquanto, no mesmo momento, acontecia um novo reacendimento nos limites da aldeia. "Isto aqui foi como estar dentro de uma panela rodeada de lume e parece-me que hoje vai ser a mesma história", comentava uma outra moradora.

Apesar de a meio da tarde de ontem a frente de Marxial, no concelho do Fundão, ter estado controlada, no final do dia a situação complicava-se. No entanto, o coordenador distrital das operações no terreno, Rui Esteves, mostrava-se optimista e garantia que existiam apenas duas frentes: a de Vilar de Barro, em Oleiros, e de Marxial, no Fundão. Esta última, disse, "é uma pequena frente activa" e o caso do concelho de Oleiros "está a melhorar significativamente". O Serviço Nacional e Protecção Civil garantia, à hora de fecho desta edição, que 70 por cento do perímetro do incêndio já estava controlado e que o incêndio deverá estar completamente dominado durante a manhã de hoje.

Segundo dados avançados pela Câmara Municipal de Castelo Branco, o fogo já deverá ter consumido cerca de sete mil hectares de floresta que, segundo o vice-presidente da autarquia, Jorge Neves, era constituída "essencialmente por pinhal jovem, de grande qualidade, que em muitos casos era o único recurso da população afectada". No caso do Fundão, os números indicam que, até ao momento, o concelho já perdeu um terço da sua floresta. A Protecção Civil Municipal de Castelo Branco já declarou a situação de catástrofe e o Governo accionou ontem os planos municipais de emergência nos três concelhos afectados pelo incêndio
.(31.07.03/Fonte : Público)

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Barómetro Nacional do Turismo já está online

Foi ontem apresentado à imprensa o Barómetro Nacional do Turismo, um dos mais importantes investimentos realizados pelo Observatório do Turismo.

No Barómetro, disponível online no site www.observatorio-turismo.gov.pt, é possível encontrar estatísticas actualizadas sobre a actividade turística nacional, nomeadamente alojamento, restauração, transportes, agências de viagens, guias intérpretes e serviços culturais, entre outros.

Quanto ao futuro do Observatório do Turismo, os responsáveis adiantaram que a decisão sobre o modelo a seguir e os moldes de financiamento, será tomada pelo secretário de Estado do Turismo no próximo mês, devendo ficar oficialmente conhecida no próximo dia 1 de Setembro.
(30.07.03/Fonte : Publituris)

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Estarreja vai acolher nova fábrica química

A Quimigal, a Borealis e a Cires apresentam hoje, no parque industrial de Estarreja, um projecto para a construção de uma fábrica química dedicada à produção da matéria-prima VCM (monómetro de vinilo) naquela unidade. O projecto está em «fase de estudo avançado» e deverá representar um investimento entre os 120 e os 150 milhões de euros, prevendo-se que possa estar em funcionamento em 2006.

Apesar de ainda não estar definido o projecto de financiamento nem a estrutura accionista da nova unidade, ao que o DN apurou a nova fábrica deverá ser aprovada no primeiro semestre de 2004, arrancando no terreno no mesmo ano. A presença do ministro da Economia, Carlos Tavares, hoje, no Quimiparque de Estarreja, é vista pelos promotores como um sinal de que o projecto está no bom caminho, até porque já houve reuniões de trabalho entre as referidas empresas e a Agência Portuguesa de Investimento.

Um ponto crítico no qual os promotores esperam a colaboração do Estado prende-se com as infra-estruras logísticas de transporte dos produtos químicos, apontado como essencial para a viabilidade do projecto. A iniciativa está ser liderada pela Quimigal, empresa do grupo CUF vocacionada para a produção de produtos químicos intermédios. Segundo adiantou ao DN Clemente Nunes, responsável da Quimigal, esta será uma «sinergia de grande impacto, dado que permitirá interligar, numa fase avançada, os três principais centros petroquímicos do País [Sines, Estarreja e Matosinhos]».

A Cires, multinacional japonesa, actuará como receptora, dado que importa perto de 210 toneladas por ano de VCM (perto de 60 milhões de euros), produto necessário para a fabricação de materiais plásticos. Atendendo a essa necessidade, a nova fábrica produzirá cerca de 200 toneladas de VCM por ano, cobrindo quase por completo as necessidades da Cires e mais de 60% das importações nacionais daquele composto (90 milhões de euros/ano).

A Borealis, multinacional petroquímica de Sines, contribuirá com a produção de EDC (etileno), uma matéria-prima intermédia do VCM e que lhe permitirá consolidar-se no mercado europeu daquele composto químico.
(29.07.03/Fonte : Diário de Notícias)

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Suspensão de Bandeira Azul em Praia Levanta Protestos da Câmara de Peniche

A Associação Nacional da Bandeira Azul para a Europa suspendeu ontem a bandeira azul na praia dos Supertubos, em Peniche, até que sejam conhecidos os resultados das análises à água, o que só deverá acontecer depois de amanhã.

A decisão surge depois de, no sábado, terem sido interditados os banhos e içadas as bandeiras vermelhas naquela praia e na de Molhe Leste, por indicação do comandante da capitania do porto de Peniche, Silva Ribeiro. Nesse dia a água apresentava-se gordurosa, o que lhe levantou suspeitas. "Não tinha cheiro nem a petróleo nem a esgoto, cheirava a algas e a peixe", explicou. A bandeira verde nestas praias voltou a ser hasteada ontem de manhã, porque, ainda de acordo com o comandante, a maré levou a gordura e a água aparentava estar outra vez própria para banhos.

A directora da Associação Nacional Bandeira Azul para a Europa, Teresa Goulão, diz que mandou arriar este galardão de qualidade das praias por precaução e por motivos de saúde pública. "Só soube deste problema pela comunicação social e accionei logo os mecanismos para ter garantias da qualidade da água", afirmou, lembrando que o regulamento da bandeira azul obriga a notificar a associação em caso de "eventual risco".

"A Direcção Regional do Ambiente visitou o local e foi-me transmitido que houve uma ruptura num açude que sustenta os esgotos de Peniche, o que originou uma descarga", prossegue. "Agimos tendo em conta os critérios da qualidade da água e da qualidade do ambiente e penso que não pomos em causa o desenvolvimento regional e o turismo, como fomos acusados pelo presidente da Câmara de Peniche, que ameaçou que o assunto seria resolvido em tribunal. Mas não cedemos a pressões".

Para Teresa Goulão, o comandante da capitania mostrou sensatez ao interditar os banhos no sábado. O mesmo não pensa, no entanto, a autarquia. O seu vereador do Ambiente, Franco Pinto, fala em "excesso de zelo" e põe a hipótese de o aparecimento de gordura na água se ter devido à lavagem de tanques de algum navio de passagem. "Mas não houve rebentamento de nenhuma represa nem descargas no rio de São Domingos", que desagua na praia, assegura. "Podemos garantir a qualidade da água".

Para Franco Pinto, a questão foi despoletada por uma denúncia de alguém que viu uma máquina da câmara a desassorear a ligação entre a foz do rio e a praia do Molhe Leste. "É uma operação de rotina feita há vários anos e não teve nada a ver com qualquer descarga".

O nadador-salvador da praia do Molhe Leste, Hugo Marreiros, conta que no sábado as "manchas e a espuma da água" o obrigaram a um esforço suplementar de aviso aos veraneantes que teimavam em ir a banhos. "A maioria aceitou a interdição, mas alguns responsabilizaram-se e foram para a água", relata. Há dois anos a praia viveu uma situação idêntica, recorda, e os banhos estiveram interditos durante cerca de uma semana.

Já ontem à tarde a maioria dos veraneantes do Molhe Leste e dos Supertubos preferiram ficar a apanhar sol, em vez de tomar banho. Os nadadores-salvadores atribuíram o facto à água fria e ao vento, e não ao receio de poluição. A concessionária da praia dos Supertubos, Paula Ferreira, disse que, como sábado a água estava mais escura do que o habitual, alertou o comandante do porto, que mandou hastear a bandeira vermelha.

Já vão em cinco os episódios deste Verão

Passam apenas três dias sobre o último incidente na praia de Esmoriz. Na passada quinta-feira as águas ficaram castanhas, alegadamente devido ao surgimento de uma quantidade anormal de algas. Antes deste fim-de-semana, marcado também por suspeitas em relação à qualidade das águas de duas praias de Peniche, tinha tido lugar, no início do mês, um desastre ambiental da lagoa de Melides, no Alentejo. Milhares de peixes morreram devido ao desenvolvimento de micro-algas tóxicas na água. Não se percebeu se tinham sido as condições climatéricas a provocar o fenómeno ou a poluição. Pode ter sido uma conjugação dos dois factores. Duas praias, Melides e Santo André, chegaram a ser interditas a banhos.

O primeiro incidente poluente desta época balnear teve lugar a 16 de Junho na praia de Vieira de Leiria. Uma grande descarga de dejectos suínos numa ribeira que desagua no Lis, que por sua vez comunica com o mar, levou as autoridades a interditar aquele local, o que gerou revolta entre os moradores.
(28.07.03/Fonte : Diário de Notícias)

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Futebol é o segundo "embaixador" de Portugal

Fátima, Futebol e Fado. A imagem de Portugal no exterior não mudou muito com a passagem para a democracia.

De acordo com o estudo da Deloitte & Touche, a população estrangeira inquirida identifica o futebol e a música (leia-se fado) como os segundo e terceiro "produtos" portugueses mais conhecidos, com 30,3% e 24% do total de respostas obtidas, respectivamente. Com 60% das aprovações, o vinho (em especial o vinho do Porto) é claramente o nosso melhor "embaixador" no estrangeiro. O turismo- quem diria! - não foi além dos 9,1%.(24.07.03/Fonte : Jornal de Negócios)

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Comércio fecha portas

Só nos primeiros seis meses deste ano, 200 comerciantes tiveram de fechar as suas portas. Pronto-a-vestir, alimentação e electrodomésticos são os ramos de actividade mais afectados pela crise, que levou, segundo alguns responsáveis, a quebras de 60% nas vendas.

A maioria das lojas que foi à falência situam-se em Lisboa e particularmente na zona da Baixa, revelou ao DN Godinho Saraiva, presidente da União de Associações do Comércio e Serviços (UACS). Na recente «limpeza» de ficheiros foi detectada a saída de 800 associados da UACS, dos quais «200 por encerramento da actividade» e os restantes por diversas razões, entre as quais a falta de meios para «o pagamento das quotas».

As dificuldades do sector do comércio têm vindo a agravar-se, à medida que o desemprego e a contenção salarial obrigou os consumidores a apertarem o cinto. No primeiro semestre deste ano, a quebra nas vendas do comércio de rua ronda entre os 40% a 60%, segundo Diogo Afonso, vice-presidente da UACS.

Godinho Saraiva realça, no entanto, que o comércio instalado nos centros comerciais «começa a registar uma recuperação», Nota-se uma «aceleração», que se deve sobretudo, «às promoções». Também as grandes superfícies atravessam uma fase de alta, tendo registado um crescimento de 4,8% nas vendas,

De acordo com o barómetro da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), as vendas nas grandes superfícies totalizaram 3.029 milhões de euros no ramo alimentar, ou seja, mais 4,8% face aos 2.890 milhões registados em período homólogo do ano passado. O crescimento deve-se maioritariamente ao acréscimo do número de lojas. Entre Janeiro e Junho, abriram quatro hipermercados, diversos supermercados e várias lojas de discount. Para a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), o acréscimo do volume de negócios registado nas grandes superfícies deve-se a dois factores _ à redução de quota do comércio de rua, ou seja, «existem menos lojas abertas», e às taxas de débito serem mais baixas para a grande distribuição, «com claros reflexos no volume de negócios». Enquanto a taxa de débito no comércio tradicional «ascende a 4%, na grande distribuição a taxa aplicada é de apenas 1,8%».

A CCP fala mesmo num grande número de encerramentos no ramo alimentar. Fonte da confederação refere que «cerca de 10% dos estabelecimentos do ramo alimentar está perdido». Salvam-se «os que estão integrados noutros formatos de comércio.

Para Godinho Saraiva as promoções são uma forma dos comerciantes realizarem «algum fluxo de caixa». E aponta para a qualidade dos produtos em promoção, «que são de prateleira, não se está a vender gato por lebre». As promoções representam também uma forma de arranjar liquidez para o Pagamento Especial por Conta (PEC). Diz que há mesmo comerciantes a contrair empréstimos para liquidar o imposto.
(23.07.03/Fonte : Diário de Notícias)

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Portugal ganha 2,7 mil milhões em fundos

Portugal tem praticamente garantido um reforço de apoios comunitários na ordem dos 2,7 mil milhões de euros, referente à reserva de eficiência e a reserva de programação do III Quadro Comunitário de Apoio. A confirmação final deverá chegar ao Ministério das Finanças até ao final do ano, mas fontes de vários quadrantes garantiram ao DN que a verba está quase assegurada, só sendo passível de ser retida por Bruxelas caso se verificasse um completo volte-face na execução do quadro.

O desbloqueamento destas verbas fica a dever-se, sobretudo, à boa execução do Programa Operacional de Economia e dos Programas Regionais, que abrangem as sete regiões do País (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira).

No extremo oposto esteve o Programa Operacional da Saúde e a medida «Sociedade de Informação», esta última co-financiada pelo Fundo Social Europeu (FSE), que registaram taxas de execução muito aquém do razoável. Neste último caso, por exemplo, verifica-se que, em Dezembro de 2002, existia uma taxa de compromisso de 0% ao nível do Programa Operacional de Lisboa e Vale do Tejo.

A primeira das reservas, a da eficiência, deverá começar a chegar a Portugal, o mais tardar, até 31 de Março de 2004, correspondendo a 4% dos créditos dos fundos estruturais concedidos ao País entre 2000 e 2006. No total são 1,6 mil milhões de euros que reforçarão o FSE, o Feder, o Feoga Orientação e o IFOP.

Previamente à disponibilização destes montantes por parte da União Europeia, o Executivo terá de afinar com Bruxelas os últimos retoques para a definição dos critérios de desbloqueamento do montante em causa, sendo que aqueles envolverão obrigatoriamente os aspectos financeiros e as taxas de execução.

Este novo instrumento, criado pela primeira vez neste Quadro Comunitário de Apoio, tem uma filosofia subjacente de estímulo à eficiência dos programas operacionais, tendo ficado definido que a avaliação dos mesmos seria feita a meio da vigência do actual quadro.

A redistribuição daquele montante entre os diversos programas será posteriormente feita pelo Governo, tendo em conta os mesmos princípios que nortearam a atribuição global.

A reserva de programação corresponde a 2,6% dos créditos comunitários previstos entre 2000 e 2006, totalizando cerca de mil milhões de euros. Trata-se, antes do mais, de um instrumento de flexibilidade destinado a aumentar a capacidade de adaptação e de resposta às incertezas decorrentes da dimensão temporal do período de programação. Outro dos objectivos é o de proporcionar uma almofada para combater as consequências da globalização da economia e da sociedade e colmatar eventuais ocorrências de situações imprevistas que justifiquem a adaptação das actuais intervenções ou a criação de novos Programas Operacionais.

As duas reservas serão distribuídas pelos diversos fundos estruturais. Deste modo, e ao abrigo da reserva de eficiência, o Feder será reforçado em 532 milhões de euros, o FSE em 189 milhões e o FEOGA Orientação em 90 milhões.

Relativamente à reserva de programação, ela significará um acréscimo de 335 milhões de euros para os programas apoiados pelo Feder, de 116 milhões para os que dependem de uma comparticipação do Fundo Social Europeu e de 75 milhões para o FEOGA Orientação.

No IFOP, os reforços previstos são de 9,3 milhões de euros (eficiência) e 7,8 milhões (programação).
(22.07.03/Fonte : Diário de Notícias)

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Fogo Posto Arrasa Floresta de Sertã e Vila de Rei e Mação

Para algumas povoações dos concelhos de Sertã e Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, a noite de sábado foi de sobressalto e angústia. O violento incêndio que deflagrou nesse dia, às 14h00, e que ainda está por controlar (ver caixa), devastou grande parte daquela que é considerada a maior mancha de pinheiro-bravo contínuo da Europa e não poupou algumas casas, provocando apenas prejuízos materiais.

Cerca de 400 bombeiros de várias corporações do país, apoiados por 124 viaturas, dois aviões e três helicópteros pesados, combateram o maior fogo registado até ao momento, este ano, em Portugal. Mas, para as populações de Sertã e Vila de Rei, que viram por várias vezes as suas localidades cercadas pelo incêndio, estes meios não foram os suficientes. Revoltada e assustada com o avançar das chamas, Conceição Martins disparou críticas à actuação dos bombeiros. "Senão fossem os populares a defender as casas de familiares e amigos, ardia tudo", gritava, desesperada, a moradora de Vale de Urra, em Vila de Rei, enquanto alguns vizinhos tentavam com mangueiras pôr fim àquele foco de incêndio.

Mal refeita do susto estava ainda Clementina Delgado, de 64 anos - as chamas estiveram a dois metros da sua habitação sem que estivesse ali um único bombeiro: "Senão fosse o meu genro a defender a casa, ficava sem nadinha; tudo à volta ardeu. Só no fim de tudo é que apareceram os bombeiros". Numa outra localidade do concelho de Vila de Rei, em Várzeas, o cenário era ainda mais preocupante e, apesar do esforço dos moradores, auxiliados por cerca de seis elementos da GNR, o fogo chegou a consumir quatro casas, perante o olhar dos habitantes que não se conformavam com a ausência de bombeiros e viaturas naquele momento e que quando chegaram já nada havia a fazer senão avançar para outra frente do incêndio.

Embora compreenda o desânimo e desalento dos moradores, o coordenador do Centro Distrital de Operações de Socorro de Castelo Branco, Rui Esteves, considera "estas acusações injustas". "Perante um incêndio com este tamanho, que evolui durante duas horas para umas centenas largas de hectares, é óbvio que os bombeiros não são suficientes para estar onde são necessários, nomeadamente junto a todas as casas. Os meios foram distribuídos da forma que era possível distribuí-los. Não conseguimos combater o incêndio porque tivemos de colocar viaturas nas povoações para evitar que as casas ardessem como, infelizmente, se constatou que veio acontecer.

Para um incêndio desta dimensão, da forma como ele evoluiu e quando as pessoas também não têm o espaço limpo como deviam ter junto às casas, é evidente que situações destas acontecem. É humanamente impossível", explicou o responsável. O vento forte, aliado à topografia do local e à falta de limpeza das matas foram algumas das dificuldades enfrentadas pelos bombeiros no combate às chamas que acabaram por alastrar ao concelho de Mação, no distrito de Santarém.

Bombas incendiárias?

Durante várias horas, o fogo consumiu uma extensa área de mato e floresta, ainda por calcular, mas que deve "ascender a muitas centenas de hectares". Fogo posto é a principal causa avançada para justificar a origem do incêndio que cobriu com um manto negro a paisagem única dos concelhos da Sertã e de Vila de Rei. "O fogo partiu de cinco frentes distintas, em zonas críticas inscritas numa área de pinhal com cerca de 50 anos, com condições excelentes para tomar as proporções que tomou. Há algo de que não tenho dúvidas: foi fogo posto, colocado estrategicamente, servindo os propósitos de quem o ateou", afirmou o comandante Rui Esteves. Uma posição reiterada pela governadora civil de Castelo Branco, que esteve no local a acompanhar as operações. Para Maria Manuel Costa, "a palavra lamentável é muito suave para descrever esta situação", por isso a representante do Governo no distrito defende que é preciso apurar responsabilidades e punir os culpados.

Esta possibilidade de fogo posto avançada logo às primeiras horas do incêndio vai também de encontro à opinião de algumas pessoas que afirmavam ter visto "avionetas e helicópteros a espalhar bombas incendiárias". Apesar de respeitar as suspeitas dos moradores, o responsável pela coordenação das operações, Rui Esteves "não acredita que tenham sido aviões a provocar o fogo, uma vez que os únicos que estiveram no local foram os de combate ao incêndio e que chegaram apenas quatro horas depois de ter deflagrado". Contudo, as causas do incêndio estão a ser investigadas pela GNR e pela Polícia Florestal.
(07.07.03/Fonte : Público)

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Campanha de sensibilização para a importância de bem receber e tratar os turistas

O ICEP Portugal lançou, na passada segunda-feira, a campanha publicitária na RTP "Férias do Contra", que se irá prolongar até final de Agosto. A acção insere-se no Plano de Desenvolvimento do Sector do Turismo, aprovado em Conselho de Ministros, no passado mês de Maio.

Será composta por 6 anúncios/Sketches baseados nas reclamações de turistas estrangeiros, diagnosticadas em inquéritos:

- Estradas/Condução perigosa,
- Hotelaria - Serviço e publicidade enganosa,
- Lixo - Paisagem Poluída,
- Restaurante - Serviço e Facturação,
- Táxis e Poluição Sonora,
- Falta de Informação.

Pela primeira vez, são utilizados os bonecos do Contra Informação para fins publicitários e de sensibilização.
Neste quadro o tom da comunicação é necessariamente mordaz e humorista.

Criaram-se 6 spots, com cerca de 30 segundos, protagonizados por bonecos neutros do Contra Informação, a emitir na RTP durante os meses de Julho e Agosto.

Os spots funcionam como breves sketches humorísticos onde, de uma forma mordaz e divertida, são retratados aspectos críticos do turismo português. Todos os spots terminam com um packshot comum que transmite uma mensagem positiva e apela a uma mudança de atitude em relação às situações ilustradas.
(11.07.03/Fonte : PortugalNews)

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Vinhos Borges alargam mercados

A SOCIEDADE DOS Vinhos Borges está a apostar na exportação de vinhos para á Coreia do Sul, República Checa e Polónia.

A empresa fundada em 1884, que integra actualmente o Grupo José Maria Vieira, já vendeu cerca de 34 mil garrafas para estes países (3 mil garrafas na Coreia do Sul, 11 mil na República Checa e 20 mil na Polónia) com consumos anuais de vinhos relativamente baixos, mas com "grande potencial de crescimento a curto/médio prazo", refere o director de exportação e marketing Mário Saraiva Pinto. A título de exemplo refira-se que os sul-coreanos bebem, em média, entre três a quatro litros de vinho/ano, contra os 50 no caso por português.

Na Coreia do Sul, a marca portuguesa aposta na introdução de vinho do Porto, rosé e verde -"mais tarde a ideia é avançar com produtos do Dão e Douro", assegura o responsável pela exportação e marketing da empresa.

Os Vinhos Borges facturam cerca de 10 milhões de euros por ano, sendo que 55% deste valor diz respeito a receitas provenientes do escoamento de vinho para cerca de 50 países - Reino Unido, Alemanha, Holanda, Estados Unidos da América, Brasil e França são os principais "targets" no estrangeiro.

A nova aposta na Europa de leste e Ásia reflecte a estratégia de expansão reflecte da empresa, inclusivamente em território nacional: "estamos presentes em Portugal em três regiões demarcadas com 150 hectares de área plantada de vinha que pretendemos alargar a185 hectares no ano 2006", explicou ao Jornal de Negócios Mário Saraiva Pinto.

A Sociedade de Vinhos Borges foi adquirida pelo Grupo José Maria Vieira em 1998, transferiu a sede de Vila Nova de Gaia para Rio Tinto (Gondomar) e é proprietária das Quintas da Aguieira Simaens e Soalheira. A empresa possui ainda um centro de produção na Lixa e um centro de vinificação em Vila Real.

Os Vinhos Borges, Prestes a comemorarem 120 anos de vida, produzem, engarrafam e comercializam vinho do Porto, espumantes, vinho tinto, branco verde e rosé.

As marcas mais reconhecidas pelo consumidor são o Gatão, Dão Meia Encosta, Fita Azul e o Borges Porto. A empresa pretende relançar ainda, para o Outono, o Brandy Borges.
(16.07.03/Fonte : Jornal de Notícias)

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Durão Barroso cede à indústria automóvel e promete rever IA

O Imposto Automóvel (IA) está a ser revisto e a actual filosofia vai ser alterada, garantiu ontem, Durão Barroso, no final de uma visita à fábrica da Opel Portugal, na Azambuja.

O primeiro-ministro considerou ainda que o IA «apresenta algumas distorções», e é nesse sentido que os ministros das Finanças e da Economia estão a trabalhar na revisão da lei do Imposto Automóvel. Durão Barroso respondia às críticas do presidente da Opel Portugal, e dos responsáveis da Mitsubishi do Tramagal, que aproveitaram a deslocação do chefe do Governo às duas unidades fabris para reivindicarem a alteração do IA, que consideram uma das causas para a grande quebra que o sector regista nas vendas.

Para Marques Gonçalves, presidente da Opel Portugal, o IA desvirtualiza o mercado. E a solução, diz, «passa pela alteração da contribuição à cabeça, transferindo-a por um pagamento ao longo do período de utilização do veículo». Contudo, salienta, é incorrecto pensar-se que a queda nas vendas se deve em exclusivo ao IA. O imposto é um dos factores associados ao fraco dinamismo económico do País e da Europa.

Portugal é dos países da União Europeia com a carga fiscal mais elevada _ cerca de 52%. E as preocupações dos responsáveis da Opel e da Mitsubishi surgem na altura em que a Comissão Europeia se prepara para aprovar nova legislação para o sector, que poderá levar ao aumento dos preços dos automóveis já este ano.

A quebra das vendas no mercado automóvel já supera os 40% no conjunto dos últimos três anos. Marques Gonçalves realçou que a legislação em vigor «coloca o mercado português fora do alinhamento com a realidade europeia». E a situação tenderá a agravar-se «com a entrada em vigor do novo regulamento da distribuição automóvel na Europa, que prevê a harmonização de preços no espaço comunitário».

Durão Barroso iniciou o dia de ontem, no Tramagal com uma visita à fábrica da Mitsubishi, que anunciou a realização de um investimento de 35 milhões de euros, com o objectivo não só de alargar a gama de produtos a fabricar, como a expansão internacional da empresa e o reforço da capacidade de produção instalada, que passará de 15 mil para 17 mil veículos/ano, e que permitirá a criação de 40 postos de trabalho. A fábrica comemorou ainda a produção da Canter 100 mil. Já na Opel, Durão Barroso felicitou a direcção da fábrica pelos resultados obtidos, nomeadamente no segundo trimestre deste ano, em que atingiu o recorde de produção _ 18 915 unidades.

Portugal consolida cluster automóvel

Presentes em Portugal há 40 anos, tanto a Mitsubishi como a Opel Portugal vivem momentos de expansão. A Opel, instalada na Azambuja, renovou-se por completo nos últimos dois anos e tem em curso um investimento de 2,7 milhões de euros, com o objectivo de melhorar o processo produtivo. Já a Mitsubishi, que esteve em risco de deslocalizar a produção, ganhou novo fôlego com o investimento de 35 milhões de euros, beneficiando de um incentivo fiscal de 14%. Com estes dois investimentos, a que se juntam aos recentes anúncios de consolidação da AutoEuropa e da Visteon em Palmela, Durão Barroso salientou que Portugal tem finalmente um cluster automóvel. (16.07.03/Fonte : Diário de Notícias)

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Alta Velocidade com traçado em Setembro

O Governo está a pensar arrancar com a construção do traçado do comboio de alta-velocidade (AV) dentro de três anos. Em entrevista à Reuters, Carmona Rodrigues, ministro das Obras Públicas e Transportes, adiantou que espera estar em condições de apresentar ao Governo uma proposta nesse sentido durante o mês de Setembro. A proposta deverá conter já o traçado definitivo da linha. Ao mesmo tempo deverá estar pronto um estudo, ainda que parcial, do modelo de financiamento do projecto.

Carmona Rodrigues quer que o projecto de financiamento tenha como opção dominante a componente privada, o que, aliás, deverá ocorrer também com o novo aeroporto. «Era desejável e vamos fazer tudo para que isso seja possível [início da construção}. Primeiro vamos ter em Setembro ou Outubro a definição do que é a nossa proposta de rede de alta velocidade ferroviária», adiantou Carmona Rodrigues.

O ministro anunciou que estão a ser feitos os estudo preliminares sobre o AV, com alguns troços já definidos nos canais Lisboa-Porto. Disse que o modelo final irá depender dos objectivos traçados em termos do horário em que se pretendem efectuar algumas ligações, o que vai acabar por ter impacto na escolha dos comboios, do traçado e do investimento total. Carmona Rodrigues referiu que o projecto não é apenas construir uma linha mas «trabalhar numa lógica de rede», não só com Espanha mas com toda a Europa.

A terceira via sobre o Tejo, em Lisboa, faz parte desta lógica. Devido à congestão até à Azambuja, o ministro põe a hipótese de se usar uma ligação Barreiro-Pinhal Novo. O ministro reiterou que a terceira travessia do Tejo poderá ser apenas ferroviária.
(15.07.03/Fonte : Diário de Notícias)

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Governo aprova alterações ao regime contratual para o investimento

O Governo aprovou hoje, em Conselho de Ministros (ME), a alteração do regime contratual do investimento, que permite agora um único regime para investimentos nacionais e estrangeiros, anunciou o ministro da Economia, Carlos Tavares.

O mesmo adiantou, no 'briefing' do CM, que caberá à Agência Portuguesa para o Investimento (API) o papel de interlocutor único com os investidores em articulação com os serviços dos vários ministérios envolvidos nos contratos de investimento.

A API passa também a ser a entidade com exclusiva responsabilidade para a avaliação do mérito dos projectos, embora o contrato final venha a ser sempre aprovado pelo CM.

«Até agora havia normas dispersas e diplomas dispersos que tratavam de forma diferente o investimento nacional e o investimento estrangeiro», salientou o ministro.

Estes projectos têm de preencher alguns requisitos,tais como serem investimentos que excedam 25 milhões de euros (M€), ou projectos que sejam da iniciativa de uma empresa com facturação anual consolidada superior a 75 M€ ou de uma entidade tipo não empresarial com orçamento anual superior a 40 M€.
(11.07.03/Fonte : Diário Económico)

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Compal investe 40 milhões

A nova fábrica da Compal, inaugurada ontem em Almeirim, cria 200 novos postos de trabalho. Desde que começou a produzir na região, há cerca de dois anos, já empregou 600 trabalhadores e no Concelho de Almerim é responsável por mais de três mil postos de trabalho indirectos.

Durão Barroso elogiou a inovação da Compal
No que se refere aos salários, Pires de Lima, presidente da Comissão Executiva da Compal, afirma que a média na empresa é de 1500 euros/mês e que o salário mais baixo é quase 40 por cento superior ao salário mínimo.

Para além de fornecedora, a Compal é também a maior consumidora de fruta nacional. Por ano compra mais de 10 mil toneladas de pêssego, 25 mil toneladas de tomate e mais 10 mil toneladas no conjunto das outras frutas

Com um investimento total de cerca de 40 milhões de euros que têm como objectivo triplicar a produção. A nova fábrica recebeu cerca de 14 milhões de euros de incentivos do Estado: seis milhões euros em benefícios fiscais e fundos estruturais que serão utilizados a longo prazo conforme os resultados da empresa. O restante, foi dado pelo Ministério da Agricultura no âmbito do ProAgro (sete milhões de euros) e pelo Ministério da Economia (800 mil).

Presente na inauguração, Durão Barroso afirmou que a Compal é um exemplo de internacionalização e que“o futuro das empresas portuguesas passa “por pensar ao nível do mercado ibérico”. Para o primeiro-ministro, nesta relação ibérica “quem ganha é Portugal porque Espanha oferece um mercado maior e com maior poder de compra”.

A Compal está no mercado espanhol desde 1998 e está a expandir os negócios para África. No país vizinho, é a segunda marca mais importante nos sumos de qualidade. Para Pires de Lima, os objectivos são mais ambiciosos e a empresa pretende “ vir a liderar o mercado de sumos de alta qualidade em Espanha”. Neste momento, têm uma quota de mercado que ronda os 10 por cento e um crescimento de vendas da ordem dos 70 por cento.

No entanto, a expansão da marca não se limita ao país vizinho, os produtos Compal são actualmente comercializados em mais de 30 países..
(10.07.03/Fonte : Correio da Manhã)

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Portugueses viajaram menos 36%

Os portugueses realizaram 1,9 milhões de viagens turísticas no primeiro trimestre deste ano, menos 36% que nos primeiros três meses de 2002. A explicação, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), poderá estar «no facto de, este ano, a Páscoa, um dos períodos tradicionais de férias, só ter ocorrido no segundo trimestre». Mas certamente que a crise económica, o maior endividamento das famílias e a degradação dos salários «obrigaram» também a apertar o cinto. Um outro sintoma de que o dinheiro não é muito é que 88,7% das viagens foram realizadas dentro de Portugal; apenas 11,3% dos portugueses viajou para o estrangeiro. E, mesmo assim, destes últimos, uma fatia de 17,5% saiu do País por motivos profissionais e apenas 15,1% por férias e recreio. É, claro, que viajando sobretudo «cá dentro», 73,5% dos portugueses utilizou o automóvel como meio de transporte, com o avião a representar, no entanto, 26% do meio de transporte usado por aqueles que viajaram por motivos profissionais ou de negócios. Quem viajou em negócios gastou em média 99,87 euros por dia; os portugueses em visita a familiares e amigos contentaram-se com gastos de 15,85 euros.(09.07.03/Fonte : Diário de Notícias)

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Reembolsos de IRS deverão diminuir 3% a 4% face a 2002

Os reembolsos de IRS relativos a 2002 deverão diminuir, em 2003, 3 a 4% relativamente ao ano passado, altura em que atingiram cerca de 1,3 mil milhões de euros (M€), segundo uma estimativa do Ministério das Finanças. Esta redução nos reembolsos do Imposto sobre o Rendimento das pessoas Singulares (IRS) fica a dever-se ao facto da tabela de retenções na fonte para 2002 ser mais ajustada à realidade contributiva, segundo fonte oficial.

Até ao início de Julho, foram liquidados reembolsos a 418.447 contribuintes, no valor de 374,1 M€, e autorizados pagamentos a 87.462, no valor de 72,5 M€, segundo dados do Ministério das Finanças fornecidos à agência Lusa.

No início deste mês estavam já emitidos 330.985 reembolsos no valor de 301,6 M€, totalizando os reembolsos liquidados e os emitidos (já autorizados ou não) 748,2 M€ de devoluções.(08.07.03/Fonte : Diário Económico)

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Mais uma descarga de efluentes suinícolas a contaminar o Lis

Uma nova descarga de efluentes de origem suinícola foi efectuada na madrugada de ontem na ribeira dos Milagres, Leiria, afluente do rio Lis, contaminando esse curso de água. Segundo um morador de Milagres, «o rio apresenta um cheiro insuportável e uma cor escura», sinal de uma forte carga poluidora de origem orgânica.

Habitualmente, muitos empresários esperam pelos fins-de-semana para descarregar dejectos suinícolas na ribeira dos Milagres, localizada numa zona de forte implantação deste tipo de indústria, mas a descarga de ontem parece ter sido superior às anteriores. Há duas semanas, uma descarga de grandes dimensões, causada por um acidente na ETAR da empresa Promorpec, contaminou o rio Lis e obrigou à interdição da praia da Vieira. Nessa ocasião, o ministro do Ambiente, Amílcar Theias, prometeu maior empenhamento do Governo na solução deste problema, que se tem arrastado devido à falta de apoios às obras de saneamento, com um custo previsto na ordem dos 50 milhões de euros.

Para hoje está prevista uma reunião dum grupo de trabalho, liderado pelo secretário de Estado do Ambiente, que vai estudar a melhor opção técnica para tratar os efluentes suinícolas.

A região conta com cerca de 400 mil porcos que produzem efluentes equivalentes aos de 1,2 milhões de pessoas e o programa de saneamento existente na região está apenas configurado para os cerca de 300 mil habitantes.

PROTESTO Um grupo de residentes em Milagres, Leiria, concentrou-se ontem junto à ponte da Catraia, sobre a ribeira da freguesia, protestando contra mais uma descarga suinícola. Para Manuel António, morador da freguesia, «esta situação é inaceitável, ainda mais porque já houve outra grande descarga há poucas semanas». De acordo com os populares, é habitual verificarem-se descargas ilegais na ribeira. A mesma opinião tem Fernando Sousa, presidente da Junta de Freguesia, que critica a impunidade das empresas agro-pecuárias da região.

«Tem de ser encontrada uma solução definitiva para este problema», defendeu, lamentando que o nome da freguesia seja prejudicado com estes atentados ambientais.

Oikos reclama solução rápida

A Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria (Oikos) reclamou uma solução rápida e eficaz para a poluição das suiniculturas na região. A Oikos considera essencial «uma solução que garanta o tratamento dos efluentes da actividade suinícola», sem prejuízos ambientais. No entender desta associação, é urgente o «restabelecimento progressivo do direito à qualidade ambiental de toda uma região, a dignidade e o direito à qualidade de vida de toda a população». (07.07.03/Fonte : Diário de Notícias)

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Conselho Permanente das Comunidades portuguesas

A presidência do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) vai ser partilhada entre Almeida e Silva, do Brasil, e Carlos Pereira, da França, foi decidido este sábado na Assembleia da República, em Lisboa, onde o órgão está reunido em plenário.

Nos primeiros dois anos a presidência do órgão de tutela do CCP estará a cargo de Almeida e Silva, que deverá depois renunciar, única forma jurídica para que Carlos Pereira possa assumir a liderança do Conselho Permanente.
Durante os primeiros dois anos, Carlos Pereira ocupará o cargo de primeiro vice-presidente, sendo a segunda vice- presidência ocupada por José Ferreira Morais, dos Estados Unidos.

Os lugares de primeiro e segundo secretários serão ocupados respectivamente por Inácio Afonso Pereira, da Venezuela, e Laurentino Esteves, do Canadá. No segundo período de dois anos, já com Carlos Pereira na presidência, a primeira vice-presidência será assumida por Alcides Martins, do Brasil, mantendo-se os demais conselheiros nos respectivos cargos.

O Conselho Permanente, órgão de cúpula do CCP, é ainda composto pelos seguintes conselheiros: Artur Cabugueira (Zimbabué), Eduardo Dias (Luxemburgo), Gabriel Fernandes (Reino Unido), José Luís da Silva (Venezuela), José Maria Pereira Coutinho (Macau), José Moreira Figueiredo (EUA), Manuel Beja (Suíça), Rui Paz (Alemanha) e Silvério Silva (África do Sul).

O Conselho das Comunidades Portuguesas é um órgão consultivo do Governo português para as políticas da emigração.(06.03/Fonte : Lusa)

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Crialme vai reabrir ex-Gerry Weber

«Custou bastante, mas estou confiante», disse ao DN António da Costa Alves, um dos proprietários da firma Crialme, que acabou de comprar a antiga fábrica alemã Gerry Weber, de Figueiró dos Vinhos. Este empresário garantiu que a quase totalidade dos empregados daquela unidade fabril de confecções será absorvida, progressivamente. A fábrica vai reabrir em Setembro, sob a nova designação de Crialme Dona. É que a ex-Gerry Weber será complementar do grupo Crialme, que opera com duas fábricas exclusivamente vocacionadas para a confecção de vestuário de luxo para homem.

Georgio Armani, Paul&Shark, Massimo Dutti e Ermenegildo Zegna são algumas das marcas de referência internacional que já encomendam as suas colecções à Crialme. A fama desta indústria portuguesa chegou mesmo ao conhecimento do rei de Espanha, que recentemente encomendou um fato à Crialme. «Foi o meu sócio que esteve no Palácio de Zarzela a tirar as medidas», sublinha António da Costa Alves.

A aquisição da fábrica Gerry Weber ocorreu quase por acaso. «Fui lá com a ideia de comprar umas máquinas, e entendi que era um crime fechar uma unidade tão boa», refere o empresário, acrescentando que, a insistências de responsáveis do Governo e da autarquia de Figueiró dos Vinhos, acabou por se deslocar à Alemanha para concretizar a compra. Hoje mesmo será assinado, na Câmara, um protocolo com o Governo tendo em vista a reabertura da unidade, que não deixou passivo. A empresa alemã saiu de Portugal para a Tunísia, mas também já abandonou este país magrebino.
(03.07.03/Fonte : Diário de Notícias)

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Iberomoldes negoceia produção de moldes com a Nissan

A Iberomoldes está a negociar um contrato para a produção e fornecimento de moldes para a produção europeia da Nissan, adianta Henrique Neto, accionista e presidente do grupo português.

A empresa produz já os moldes para a produção da Nissan nos Estados Unidos da América e o responsável da empresa está confiante que possa ganhar este contrato, que conta com a concorrência de outra empresa.

Segundo Henrique Neto, caso a empresa ganhe o contrato, implicará um aumento do volume de vendas anual entre cinco a 10 milhões de euros, com efeito a partir de 2004. Para este ano, a Iberomoldes deverá fechar o exercício com um volume de facturação a rondar os 55 milhões de euros, 50% do qual derivado dos componentes automóveis, sendo os outros 50% da produção de moldes, engenharia e protótipos.

Se ganhar o contrato em Espanha, a Iberomoldes não necessitará de aumentar a sua capacidade de produção. Como explica o mesmo responsável, «começámos há sete anos com a Autoeuropa, que representava 100% da nossa capacidade de produção. Depois tivemos duas fases de expansão, uma para o Ford Focus e outra para o Volkswagen Pólo, há um ano. Como a Autoeuropa tem vindo a reduzir o volume de encomendas, nesta fase não necessitamos de aumentar a capacidade». Ainda assim não exclui de futuro avançar com novos aumentos de capacidade, caso se justifique.

Mas a expansão do grupo poderá não ficar por Espanha. Henrique Neto, que faz parte da delegação económica que viajou à Eslovácom o Presidente da República, Jorge Sampaio, à Eslováquia, adiantou que o mercado eslovaco poderá também ser interessante.

O país, que conta com uma fábrica da Volkswagen e que a partir de 2006 contará também com uma unidade da PSA Peugeot, num investimento entre 2003-2006 de 700 milhões de euros, pode ser interessante para a empresa portuguesa. Henrique Neto adiantou que o grupo já está a «vender para a Volkswagen alguns sistemas, nomeadamente de ventilação interiores».
(03.07.03/Fonte : Diário Económico)

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País está perigoso

A economia portuguesa deverá sofrer uma contracção de 1,0% este ano. Ou, na melhor das hipóteses, estagnar. E porquê? As famílias, com salários degradados, cortam no consumo; o Governo, cancelando despesa orçamental, e as empresas, com fracas perspectivas de negócios, congelam investimentos. Neste cenário de crise, o desemprego, já nos 7,5%, «continuará a aumentar», afirma Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal. A recessão é uma certeza em 2003. E ninguém garante que a retoma aconteça já em 2004.

Factores «psicológicos», explicam parte da débacle da economia em 2002 e no corrente ano. Estes factores, afirma o banco central, no boletim económico de Junho, foram «agravados por um enfraquecimento das principais economias mundiais». Mas o motor da economia começou a «gripar» em casa. A brutal queda da procura interna _ consumo das famílias, investimentos e gastos públicos _ empurrou a economia para o vermelho. «Era inevitável o processo de ajustamento da economia portuguesa», diz o banco central. Isto sucede porque as famílias endividaram-se junto da banca, aproveitando a descida das taxas de juro. O mesmo aconteceu com as empresas. Estes efeitos foram ampliados «por uma política orçamental erradamente expansionista».

Agora chegou a hora de pagar a factura. Com as famílias endividadas, sem ganhos salariais, as ordens de compra de bens duradouros _ como automóveis _ e de consumo estão congeladas. As empresas desaceleram as máquinas e adiam programas de investimento, mesmo com as taxas de juro no patamar mais baixo de sempre. É que a determinante do investimento é a perspectiva do volume de negócios. Por sua vez, o Governo, obrigado a respeitar a regra dos 3,0% do PIB no défice orçamental, corta nos gastos públicos e mesmo no investimento.

Só em 2004 a economia «dará a volta». O banco central deposita as suas esperanças no aumento das exportações. Mas ainda assim, «os riscos associados à previsão de crescimento», afirma Vítor Constâncio, «são elevados». Ou seja, a economia corre o risco de estagnar. A previsão central aponta para um crescimento de 1,0%, tendo origem na recuperação das economias dos nossos principais parceiros comerciais, já que a procura interna, consumo e investimento, permanecerá fraca, com os salários a receberem débeis aumentos. Certo é que o crescimento da economia nos próximos dois anos será abaixo da média europeia. O que já sucedeu nos dois últimos anos, adiando a convergência real com o nível de vida europeu.

Pode acontecer que a economia registe uma queda de 1,0%, em relação a 2002. E, nesse caso, Portugal não necessita de cumprir a meta de um défice orçamental de 3,0% do PIB. É que o Pacto permite um défice mais elevado, caso a economia registe uma queda de pelo menos 0,7% do PIB
.

Alguns aspectos a considerar

Défice externo Deverá aproximar-se dos 3,0% do PIB, após atingir a vizinhança dos dois dígitos em 2000 e 2001. A correcção da balança com o exterior acontece devido à redução da procura interna. O consumo das famílias está em queda e as empresas investem menos, comprando menos máquinas e viaturas ao estrangeiro. Ou seja, é à custa da diminuição das importações _ e não a um boom das exportações _ que o défice externo português vai encolher. Desemprego O número de desempregados vai crescer ao longo de 2003 e 2004. Já está nos 7,5% (ver texto principal) e pode mesmo ultrapassar os dois dígitos. Mesmo quando a economia entrar em fase de crescimento, o desemprego ainda estará dentro do elevador. O banco central não produz previsões no desemprego, mas acredita-se que só em 2006 a taxa deverá descer. Até lá, os portugueses terão de conviver com a chaga social, pressionando as contas públicas. Inflação Os preços vão desacelerar mais nos próximos meses. O «esbatimento» do efeito base do IVA (aumento no ano passado) e a economia em fase «morta» não gera pressões do lado da procura. Com os salários a desacelerar, as famílias não compram produtos. Os preços dos bens importados também vão baixar. O euro valorizou, desde o princípio do ano, embaratecendo as importações. Acresce que, no mercado mundial, os preços das matérias-primas estão em queda. Salários Este ano, o aumento do rendimento disponível _ salários e pensões, descontado de impostos _ será zero. O que já não sucedia há muitos anos. No ano passado, houve um aumento de 1,1%, pelas contas do banco central. Em 2004, as previsões indicam um acréscimo de 1,0%. É esta redução dos ganhos nos orçamentos das famílias portuguesas que, em conjunto com o aumento do desemprego, está a provocar quedas no consumo privado.(02.07.03/Fonte : Diário de Notícias)

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Acidentes na Estrada Fazem 31 Mortos Numa Semana

A semana passada foi uma das mais mortíferas de sempre das estradas portuguesas. De acordo com os números da Brigada de Trânsito da GNR, entre segunda-feira e domingo morreram 31 pessoas, 91 ficaram feridas e 764 sofreram ferimentos ligeiros.

"Se não é a pior semana de sempre, deve andar lá muito perto", confirmou ao PÚBLICO o capitão Rodrigues Maia, da GNR. Entre as causas da sinistralidade verificada neste período, terão estado as condições meteorológicas. Sobretudo no sábado e no domingo, a chuva que caiu nas zonas Centro e Norte do país tornaram o piso mais perigoso. Daí que, anteontem, se tenham registado 11 mortes, cinco delas decorrentes de um único acidente, no IP5.

"Foi uma desgraça. Os condutores não se sabem adaptar ao tempo", comentou Rodrigues Maia, esclarecendo que o "diminuto aumento de tráfego" não explica por si os valores da sinistralidade ocorrida durante estes dias. "Não me parece que seja o efeito das férias de Verão", concluiu.

Para além das mortes, nesta semana foram apanhados a conduzir com taxa de álcool positiva 675 condutores, tendo 205 sido detidos por apresentarem níveis acima de 1,2 gramas de álcool por litro de sangue. Outros 55 indivíduos foram detidos por não estarem na posse de licença de condução.

Os dados revelam ainda que, apesar do alerta das campanhas rodoviárias, os portugueses continuam a conduzir em excesso de velocidade, com 3544 indivíduos a serem autuados devido a essa infracção. O cinto de segurança, por seu lado, parece também não ter entrado ainda nos hábitos de todos os condutores, tendo sido detectados 703 prevaricadores.

Questionado sobre esta estatística negra e sobre o efeito que as multas podem ter no comportamento rodoviário (ver texto acima), Rodrigues Maia corroborou a ideia de que a repressão faz com que "os condutores conduzam de forma mais civilizada. "Eu julgo que isso é verdadeiro", mas ressalvou: "É importante que a sanção seja aplicada de imediato para que tenha efeito. Quando conseguirmos isso vamos ser mais eficazes".
(01.07.03/Fonte : Público)

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