Já foi notícia !
04/03
Governo falhou nas despesas orçamentais
(30.04.03/Fonte : Diário de Notícias)
Governo Revê Metas do Crescimento Económico em Baixa
Relatório do Ministério das Finanças
O PIB deverá crescer apenas 0,5 por cento, o que representa uma quebra de dois terços face às previsões inscritas no Orçamento de EstadoO Governo reviu ontem em baixa de 1,25 por cento o cenário macroeconómico que serviu de base à elaboração do Orçamento de Estado de 2003 e do Programa de Estabilidade e Crescimento 2003-2006 (PEC) entregue a Bruxelas. De acordo com as previsões apresentadas ontem pela ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, este ano o Produto Interno Bruto (PIB) português deverá crescer num intervalo que varia dos 0,25 por cento aos 0,75 por cento, quando anteriormente o Governo apontava para um aumento entre os 1,25 por cento e os 2,25 por cento. O ponto médio da nova projecção do Governo divulgada com o "Relatório sobre a Execução e Orientação da Despesa Pública em 2003" é igual ao da Comissão Europeia, mas mais optimista do que a da OCDE, que prevê um crescimento de apenas 0,3 por cento e, sobretudo, que o do FMI que admite uma recessão, com uma redução de 0,3 por cento da riqueza gerada em Portugal.
"As revisões em baixa estão a ser feitas não só em Portugal como em todos países da União Europeia", desvalorizou ontem Manuela Ferreira Leite à margem de uma reunião com a Comissão Parlamentar de Execução Orçamental.
"Esta revisão decorre basicamento do facto de o enquadramento internacional e consequentemente as perspectivas de crescimento económico no curto prazo serem menos favoráveis por comparação com o previsto em Setembro e Dezembro do ano passado [os meses em que o Governo actualizou o Orçamento de Estado e o PEC]", lê-se no relatório ontem divulgado. O menor crescimento internacional implica que as exportações crescerão menos do que o previsto, penalizando o PIB. Além das vendas ao exterior, o ritmo de actividade económica ressente-se da desacelaração do consumo e do investimento.
A alteração do cenário macroeconómico que serviu de base ao OE 2003 pode ter consequências ao nível do défice público devido ao funcionamento dos estabilizadores automáticos: menor crescimento económico do que o previsto significa menor receita fiscal e maior despesa, logo mais défice. De acordo com cálculos oficias, por cada ponto percentual de crescimento a menos, o buraco orçamental aumenta 0,4 pontos percentuais. Como o Governo reviu em baixa a previsão de crescimento em 1,25 pontos percentais o défice pode aumentar automaticamente 0,5 pontos percentuais, dos anteriores 2,4 por cento do PIB para 2,9 por cento do PIB, a menos que sejam adoptadas medidas para aumentar a receita (aumento de impostos ou venda de património, por exemplo) ou baixar a despesa (como eventuais cortes no investimento).
No Parlamento, Manuela Ferreira Leite disse que a revisão em baixa do PIB "não significa nada em termos de défice [público]". Quando confrontada com a redução das receitas fiscais revelada na execução orçamental do primeiro trimestre de 2003 face ao mesmo período do ano passado - menos 3,7 por cento nos impostos directos e menos 1,1 por cento nos indirectos - a ministra escusou-se a esclarecer se o Governo vai mexer na meta de 2,4 por cento do PIB para o défice público previsto no OE 2003.
Mesmo reconhecendo a disparidade entre a actual situação económica e os pressupostos do PEC, provocando um agravamento do défice nominal relativamente às previsões daquele documento, o "Relatório sobre a Execução e Orientação da Despesa Pública em 2003" reafirma a "firme intenção [do Governo] de cumprir o limite do défice orçamental", bem como de "prosseguir os objectivos consignados no PEC", que "pressupõem uma consolidação orçamental em pelo menos 0,5 por cento do PIB do défice orçamental corrigido dos efeitos do ciclo económico". Ou seja, o que preocupa o Governo é a redução do défice estrutural, que desconta o agravamento do buraco orçamental devido ao abrandamento, e não o nominal (os 2,4 por cento inscritos no OE 2003).(29.04.03/Fonte : Público)
Meia Centena de Trabalhadores Morreram nos Primeiros Meses de 2003
As estatísticas da Inspecção Geral do Trabalho (IGT) revelam que, desde o início do ano até ao dia 21 de Abril, já haviam morrido, em Portugal, 52 trabalhadores em plena actividade. Em relação a 2002, ainda assim, verifica-se uma diminuição da mortalidade na ordem dos 40 por cento, uma vez que, no mesmo período do ano passado, já se assinalavam 86 vítimas.
De qualquer forma, as autoridades não podem estar satisfeitas com estes valores, uma vez que voltam a pôr Portugal no fim da tabela dos países da União Europeia com mais acidentes laborais. Nestes quatro meses, tirando os fins-de-semana, em média, morreu um funcionário em cada dois dias.
Só no mês passado, 17 pessoas faleceram, quase todas empregadas no sector da construção. Este sector de actividade mantém-se, assim, verdadeiramente mortífero: de entre meia centena de mortes registadas até à data, desde o princípio do ano, metade sucederam no âmbito de empreitadas de construção civil. De acordo com a IGT, as outras áreas mais perigosas são a "agricultura e a pecuária" e os "transportes e armazenamentos", cada uma contando quatro acidentes fatais.
Relativamente às causas da sinistralidade no trabalho, ressaltaram os esmagamentos (21 casos), as quedas em altura (12), os soterramentos (sete), as explosões (cinco) e os choques com objectos (três). Quanto aos dias da semana que se mostraram mais propensos a acidentes, a quinta-feira sobressaiu claramente (20 mortes), seguida pelo dia que inicia a semana (dez).
Em 2002, ao contrário do que sucedeu nos primeiros quatro meses de 2003, as principais causas de morte haviam sido as quedas em altura (52 casos) - só depois aparecendo os esmagamentos (21), as electrocussões (nove) e os soterramentos (seis). Durante este ano, depois do sector da construção, as profissões mais inseguras foram as ligadas à agricultura, mas também à indústria de produtos metálicos e materiais.
Os dados agora avançados confirmam o contido optimismo que as estatísticas de 2002 faziam prever nesta matéria, ano em que morreram 206 trabalhadores nos seus locais de trabalho, menos 74 do que em 2001. Há, no entanto, quem justifique este decréscimo menos pelas campanhas oficiais do Governo do que pela queda brutal das adjudicações de obras públicas em 2002 e durante o primeiro trimestre de 2003 (nada mais que 36 por cento). Embora em 2002 metade dos sinistros tenham ocorrido na área da construção, neste ano verificaram-se, também, relativamente a 2001, menos 60 acidentes neste sector em particular, indicador que parece reforçar esta justificação.
O Governo pretende, no entanto, prosseguir as campanhas de prevenção já iniciadas e concretizar outras iniciativas. O Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho (IDICT), em particular, irá formar e colocar novos técnicos, destinados à prevenção, nas delegações regionais. Outro dos objectivos programáticos é celebrar protocolos com movimentos associativos, empresariais e sindicais. Portugal organizará também, no âmbito destas campanhas, a semana europeia dedicada aos riscos ligados ao trabalho com produtos químicos perigosos. Entretanto, o Plano Nacional de Educação para a Segurança e Saúde no Trabalho deverá manter-se em mais de 250 escolas do país.(28.04.03/Fonte : Público)
Portugal duplica capacidade de energia eólica em 2002
Apesar do incremento do último ano, o mercado nacional ainda está muito longe da Alemanha e da Espanha.
Portugal reforçou, em 2002, a sua capacidade eólica instalada em 43,2%, passando a deter 179 MW. Só em 2002 arrancaram um conjunto de novos parques num total de 54 MW, o que lhe permitiu assegurar o nono lugar do ranking europeu. Um incremento a que não é alheia a política tarifária definida no final da última legislatura socialista, a par da nova regulamentação introduzida no sector, assim como o investimento realizado na expansão da rede eléctrica nacional. Também a electricidade produzida com origem nas centrais eólicas cresceu ligeiramente de 0,24 TWh para 0,31 TWh, um valor que fica, no entanto, ainda muito aquém dos 19,40 TWh da Alemanha que lidera o ‘top’ europeu.
O barómetro da EurObserv’ER, relativo a Fevereiro passado revela ainda que a tendência de evolução do mercado de energia eólica na Europa continua muito favorável, ainda que a taxa de novas instalações tenha estabilizado durante o último ano nos 30,4%, contra 32,4% em 2001.
A Alemanha e a Espanha mantêm a liderança do sector com capacidades na ordem dos 12.001 MW e 4.144 MW, respectivamente. Posições que deverão brevemente ser partilhadas com o Reino Unido, graças ao seu programa de ‘offshore’.
A União Europeia estabeleceu assim um novo recorde de instalações, em 2002, que representaram 85,9% da nova capacidade instalada em todo o mundo (contra apenas 8% para os EUA).
A Alemanha posiciona-se também como o maior mercado do mundo. Mais 3.247 MW foram instalados durante o ano de 2002, fazendo disparar a capacidade total para mais de 12 mil MW. O sucesso é atribuído à lei sobre as renováveis, que em 2000 fixou uma tarifa de aquisição de energia eólica que varia entre os seis e os nove cêntimos de euros, de acordo com o nível de localização dos parques. O objectivo do executivo alemão é atingir os 20.000 MW, até 2010.
A progressão da Espanha é igualmente importante, refere a mesmo documento, ainda que o recorde de instalação em 2001 não tenha sido batido. Com 900 MW suplementares no fim do ano de 2002, a Espanha consolidou o seu segundo lugar no ‘ranking’ europeu. O sistema de tarifas de aquisição espanhol é um pouco mais complexo que o alemão, podendo escolher entre uma tarifa fixa de 0,0628 euros por KWh em 2002, ou receber um subsídio de 0,0290 por euros em 2002, que se ajusta ao preço de aquisição sobre o mercado livre. Os dois sistemas de tarifários são ajustados todos os anos pelo governo em função da evolução do mercado eólico. As perspectivas de crescimento no país vizinho mantêm-se muito elevadas. De acordo com um novo plano de expansão da rede eléctrica, anunciada pelo governo, 13 mil MW de eólicas deverão ser instalados até 2011. Esta capacidade corresponde a uma produção na ordem dos 28,6 TWh
Metas da UE ultrapassadas em 2006
É convicção do EurObserv’Er que as previsões da associação europeia do sector, que é oficialmente de 60 mil MW para 2010, deverão ser revistas em alta durante o próximo congresso desta entidade, que se realiza em Espanha, em Junho de 2003.
O organismo dinamarquês BTM Consult antecipa já alguns números. Perspectiva que a UE atinja os 90 mil MW, em 2010, um número que fica muito acima dos 40 mil MW definidos pela Comissão Europeia no seu livro branco sobre o sector. Um objectivo que se espera seja alcançado já em 2006.
Para 2020, a associação europeia diz que as condições regulamentares permitem que o crescimento eólico se possa aproximar dos 230 mil MW na Europa, correspondendo a 12,5% do consumo de electricidade nesse horizonte.
A capacidade mundial de produção de electricidade a partir da energia eólica aumentou 24,9%, em 2002. Foram acrescentados perto de 6.066 MW durante o último ano, aumentando para 30.379 MW a potência total. Se bem que destacável, refere o organismo europeu, este incremento fica aquém do verificado em 2001, um facto que é atribuído ao abrandamento registado no mercado da América do Norte (477 MW instalados em 2002, contra 1.755 MW, em 2002).
Esta evolução reforça assim o peso do continente europeu que representa agora 74,3% da capacidade instalada no mundo.(25.04.03/Fonte : Diário Económico)Cortes das Finanças sufocam construtoras
(24.04.03/Fonte : Diário de Notícias)
Como vai funcionar a nova contribuição autárquica
(23.04.03/Fonte : Diário de Notícias)
Sampaio Desafia Empresas Tradicionais a Inovarem
O Presidente da República, Jorge Sampaio, desafiou ontem os sectores tradicionais da economia portuguesa, a par da "engenharia clássica", a inovarem os seus produtos e serviços, à semelhança do que estão a fazer as novas empresas de tecnologia. "Precisamos de inovar nos sectores clássicos e de crescer nos sectores mais novos", disse no final do primeiro dia da Presidência Aberta dedicada à inovação que ontem teve início na região do Porto.
Sampaio citou a Efacec, empresa ontem por si visitada em Leça do Balio, como um exemplo de inovação na produção tradicional: a empresa adaptou o fabrico de transformadores trifásicos às novas regras de segurança do transporte ferroviário, em consequência da tragédia da Ponte de Entre-os-Rios, e em vez de o produto sair da fábrica na sua versão acabada, em peça única, é agora transportado por fases e montado apenas no local de instalação.
Considerando que no Porto "há vários mundos" - o presidente esteve em empresas tradicionais e outras de "ponta" -, Sampaio recomendou uma aposta na engenharia mas também no capital de risco. "Senão não se avança", explicou. Logo de manhã, após visitar diversos departamentos das Faculdades de Engenharia e de Ciências da Universidade do Porto, o Presidente tinha chamado a atenção para a obrigatoriedade de interligar cada vez mais as universidades com as empresas. E ficou surpreendido quando lhe foi dito, na Faculdade de Engenharia, que a contribuição das empresas representa apenas 15 por cento das verbas orçadas para investigação na área da automação e da microelectrónica. "Enquanto as empresas financiarem tão pouco a investigação, também não vão a lado nenhum", acrescentou.
Efeito Prozac
Sampaio explicou, na altura, que não foi por acaso que iniciou uma Presidência Aberta dedicada à inovação na semana que antecede as comemorações do 25 de Abril: "Se não vamos lá desta maneira [inovando], não vamos de todo". "Escolhi esta área porque julgo que é o futuro de Portugal", acrescentou, considerando que o modelo de desenvolvimento tradicional, que assenta na mão-de-obra barata e no baixo investimento, "está esgotado". O país é pequeno, tem poucos recursos, mas tem "pessoas" - nas quais o Presidente gostaria que fosse feita uma aposta maior. Recordou, na presença do ministro Pedro Lynce, que Portugal investe quase tanto em educação como a média dos países europeus, mas que as empresas nem sempre aproveitam da melhor forma os recursos humanos.
Apesar de Jorge Sampaio ter negado que esta iniciativa se destina a produzir um efeito "tipo Prozac", nota-se, da sua parte, uma vontade de mostrar os casos de sucesso em inovação que ocorrem no tecido universitário e empresarial português, numa conjuntura que é de recessão e que está a ser acentuadamente marcada pelos riscos cada vez maiores de transferência dos centros de decisão para mãos estrangeiras.
Ontem, na região do Porto, o Presidente visitou também o Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI) - que, entre outros, concebeu o esquentador inteligente da Vulcano e está agora a desenhar um modelo de dimensões bem mais reduzidas - e o Parque Tecnológico da Maia, que alberga empresas recém constituídas como a Multiwave Networks (lasers e fibra óptica), Mog Solutions (televisão digital) e Chipidea (microelectrónica). Hoje, Sampaio passa o dia em Aveiro e na Marinha Grande para ver os casos de sucesso da Vulcano e também das indústrias de vidro e moldes.(22.04.03/Fonte : Público)
Previsões em baixa para 2003 e 2004
O aumento do desemprego em Portugal, uma constante nos últimos meses, reflecte o abrandamento da economia nacional, que registou um crescimento de 0,5% em 2002. Segundo o Fundo Monetário Europeu, o PIB pode sofrer uma contracção de 0,3% este ano, o que faz temer ainda mais desemprego. A Comissão Europeia estima que a taxa de desemprego suba para 6,5% este ano. Para 2004, Bruxelas prevê uma agravamento para 7,4%. De acordo com o INE, o desemprego ascendeu a 6,2% no último trimestre.(17.04.03/Fonte : Diário de Notícias)Queda da receita agrava défice em 31,8%
Despesa apurada no primeiro trimestre está controlada.
As receitas correntes caíram 2,8% nos primeiros três meses do ano, face a igual período do ano anterior, o que compara com um crescimento de 5,9% implícito no Orçamento do Estado (OE) para 2003. A baixa na arrecadação de impostos está por detrás da diminuição nas receitas. Os impostos directos registaram uma taxa de variação homóloga de -3,7%, com especial destaque para o IRC que caiu 36,5%. O OE previa uma baixa no IRC de somente 2%. O Ministério das Finanças justificam esta queda com o «adiamento do Pagamento Especial por Conta».
Nos impostos indirectos, a diminuição homóloga atingiu 1,1%, um sentido diametralmente oposto à tendência implícita no OE que era de um crescimento na ordem dos 7,3%. Dentro dos impostos indirectos, as receitas de IVA caíram 1,8%. No entanto, as Finanças alertam que se não fosse «o aumento em 34,4% das transferências para a Segurança Social», a receita bruta registaria «um crescimento homólogo acumulado de 5,9%». De resto, o Impostos Automóvel e o Imposto de consumo sobre o tabaco registaram igualmente quebras acentuadas de 19,8% e 23,8%, respectivamente.
Desta forma, as quebras nas receitas são a principal justificação para o aumento de 434,1 milhões de euros no saldo de execução orçamental do sub-sector Estado, relativamente a igual período do ano anterior. Ou seja, o défice agravou-se em 31,8%. No entanto, uma melhoria face ao crescimento homólogo de 61,4% no conjunto de Janeiro e Fevereiro.
No lado da despesa, a ministra de Estado e das Finanças parece ter a situação controlada. Manuela Ferreira Leite tem vindo a sublinhar que um dos seus objectivos para a execução orçamental, este ano, passa por manter os gastos estatais dentro do orçamentado. No primeiro trimestre, isso foi conseguido. Assumindo a regularidade na execução da despesa orçamentada, nos primeiros três meses do ano, o Estado poderia ter gasto cerca de 8,3 mil milhões de euros. No entanto, a despesa corrente atingiu 7,5 mil milhões de euros, o que dá uma «folga» de cerca de 763 milhões.
Relativamente a 2002, a despesa corrente diminuiu 0,3%, salientando-se as poupanças governamentais em juros da dívida pública, a quebra de 20,6% na aquisição de bens e serviços e o crescimento de apenas 1% nas remunerações certas e permanentes dos funcionários públicos. Porém, os subsídios registaram um aumento homólogo de 59,6%.
A execução do orçamento da Segurança Social nos dois primeiros meses do ano mostra uma subida de 28% na despesa registada nos subsídios de desemprego e apoios ao emprego, quando comparado com igual período do ano anterior. Efeitos do aumento na taxa de desemprego.(16.04.03/Fonte : Diário Económico)Grundig abre falência mas actividade em Portugal mantém-se
(15.04.03/Fonte : Diário de Notícias)
Utilização de cheques "carecas" dispara em Janeiro e Fevereiro
A utilização de cheques sem cobertura aumentou 8,5% nos dois primeiros meses de 2003, tendo sido detectados mais 30.397 cheques "carecas" do que nos meses homólogos de 2002, noticia hoje o Correio da Manhã.
Um relatório do Banco de Portugal citado pelo jornal revela que em Janeiro e Fevereiro deste ano foram devolvidos pelos bancos 203.757 cheques com falta ou insuficiência de provimento, mais 30.397 do que em igual período do ano passado.
O aumento de 8,5% confirma a tendência crescente desde 1999, quando o número de cheques "carecas" voltou a aumentar em Portugal.
Segundo o relatório do Banco de Portugal, desde 1999 e até 2002 foram já devolvidos 4,2 milhões de cheques sem provisão, o que levou já muitos comerciantes a adoptar o sistema "válido após boa cobrança", que impede o consumidor de levar no acto da compra a mercadoria paga com cheque.(14.04.03/Fonte : Lusa)