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06/02

Seixal abre porta ao turismo

O concelho do Seixal quer potenciar as suas ofertas turísticas no âmbito da região da Costa Azul e prepara-se para elaborar um Plano de Desenvolvimento Turístico, a ter em conta no processo de revisão do Plano Director Municipal. Entre os trunfos daquele município está o seu património industrial único no País, um campo de golfe recentemente aprovado, três portos de recreio na baía e um plano de pormenor que apontará para criar "as docas do lado de cá", diz o presidente da câmara, Alfredo Monteiro.

Num passeio pelo Tejo num barco tradicional, o autarca falou do Plano de Desenvolvimento Turístico, que deverá estar pronto daqui a um ano e que, para além de traçar um diagnóstico das potencialidades do concelho neste sector, deverá auscultar as tendências internacionais e apresentar a baía do Seixal como elemento fulcral da oferta turística local.

Para já, de acordo com Alfredo Monteiro, o concelho vai poder oferecer, brevemente, um campo de golfe com 18 buracos, coadjuvado por uma unidade hoteleira de 160 camas, na zona do Pinhal das Freiras. Estão planeados três portos de recreio, respectivamente na zona da Amora - processo que está "parado na Direcção-Regional de Ambiente e Ordenamento do Território há dois anos" -, na área de uma antiga seca de bacalhau e um terceiro no âmbito de um plano de pormenor cuja elaboração deverá ser analisada na próxima reunião do executivo camarário.

Este plano, explicou, abrange a zona ribeirinha e o núcleo urbano antigo da vila do Seixal entre a Quinta da Fidalga - também um produto turístico, especialmente devido aos seus jardins - e o Instituto Hidrográfico, à saída da baía. Aqui estão previstos investimentos públicos e privados e uma parceria com a Administração do Porto de Lisboa para a criação de um porto de recreio na zona actualmente ocupada por um antigo estaleiro naval. Um outro estaleiro será reconvertido como produto turístico.

Na mesma área, o autarca aponta a criação de "um local de animação nocturna". Nas suas palavras, "as docas do lado de cá", a situar muito próximo do futuro centro de estágios do Benfica. O plano deverá igualmente encontrar respostas para a localização do novo estádio municipal e revitalização do centro histórico.

Paralelamente, o Plano de Desenvolvimento Turístico deverá ter em conta o património existente, tanto o natural - configurado pelo Tejo e pela baía do Seixal, que aguarda pela execução de uma estação que promova o tratamento de 50 por cento dos esgotos ainda não abrangidos pelo sistema existente - como edificado, com especial destaque para as quintas adquiridas pela câmara e abertas ao público. Também o património industrial, que o autarca considera o "mais diversificado do País", passando pelos fornos romanos, os moinhos de maré, as antigas fábricas de cortiça - como a Mundet -, o circuito da pólvora negra, os lanifícios e a produção siderúrgica.

Alfredo Monteiro destacou a importância de atrair investimento privado, já que o Plano de Valorização da Baía do Seixal foi preterido nas primeiras duas fases do Programa Polis e o Plano Operacional da Cultura apenas forneceu uma verba - classificada como reduzida - para a recuperação do património. "Só o orçamento municipal não chega" para todos os projectos em carteira, rematou.
(29.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Polis: Bragança mais próxima do rio

A partir de Agosto, Bragança vai poder usufruir da requalificação das margens do rio Fervença, desde a Ponte do Loreto até ao Jardim António José de Almeida. Integrada na primeira fase do programa Polis, esta obra absorveu perto de cinco milhões de euros e vai transformar por completo uma zona que se encontrava degradada, valorizada agora com um corredor verde onde a incrementação dos espaços pedonais são uma constante.

Cumprindo rigorosamente o objectivo do Polis, melhorar a qualidade de vida nas cidades, a autarquia brigantina abriu já concursos para mais quatro empreitadas, com conclusão prevista para o próximo ano: a segunda fase do corredor do rio Fervença, um parque de estacionamento subterrâneo na Praça Camões e a criação de uma praça lúdica de superfície, o arranjo urbanístico da zona histórica, um outro parque de estacionamento a nascente do castelo - onde se situará o parque de merendas - e o arranjo paisagístico da envolvente à ETAR, ficando a faltar a adjudicação da iluminação cénica do castelo e o centro de monitorização e interpretação ambiental.

Com um total de 31 milhões de euros, o Polis de Bragança reuniu rapidamente consensos, contrariamente ao que sucede em Vila Real. Apesar de inicialmente terem surgido alguns problemas com o início dos trabalhos, havendo necessidade de reformular projectos sem agravar o orçamento, o programa encontrou o caminho certo. "Houve tempo suficiente para desenhar, conceber e discutir as soluções de forma suficientemente alargadas e também houve tempo para elaborar as sondagens arqueológicas", disse ao DN o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes.

"Agora, as fases seguintes serão mais fáceis sob o ponto de vista da gestão, mas mais complexas sob o ponto de vista do cidadão", continuou o autarca brigantino, recordando as perturbações que as obras estão a causar à população. "É uma área muito vasta da cidade que vai ficar com obras em simultâneo".

Com uma comissão local de acompanhamento do programa, onde os cidadãos têm particular destaque, tudo decorre em perfeita sintonia, mesmo ao nível da concepção dos projectos. "Nesta área têm surgido opiniões bastante positivas, em especial da parte das associações ambientalistas que com o seu contributo ajudam a tratar este delicado problema", concluiu o presidente da Câmara de Bragança.
(28.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Portugueses chegaram a Fremantle (Austrália) há 50 anos

A comunidade portuguesa em Fremantle, oeste da Austrália, comemora este fim de semana o 50.º aniversário da chegada do primeiro grupo de portugueses àquele Estado australiano.

Tudo começou a bordo do navio North Cape, quando 17 portugueses oriundos da Madeira chegaram a Fremantle a 28 de Junho de 1952, iniciando um fluxo migratório de madeirenses e algarvios como principais protagonistas. António Correia, hoje com 74 anos, foi um dos aventureiros. Da agricultura e plantação da banana na Madeira "às promessas de riqueza fácil na Austrália", não foi difícil a escolha ao jovem da Madalena do Mar. Hoje a firma da qual é sócio, Correia Fishing Company, exporta cerca de 300 toneladas de camarão por ano para vários pontos da Austrália e para o Japão.

Manuel Pereira foi outro madeirense que embarcou na aventura, deixando para trás "mulher e filhos, uma mercearia e uma vida estável e organizada", apesar de confessar ainda hoje nunca ter tido "apetite" para emigrar. Agora com quase 90 anos de idade guarda com carinho "a crónica da viagem", um conjunto de versos que escreveu a bordo do North Cape. Na cerimónia, que se inicia esta sexta-feira, estarão presentes várias individualidades portuguesas e australianas.
(27.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Indústria automóvel: Renault investe 100 milhões em Portugal

A Renault de Cacia tem em curso um projecto de investimento, da ordem dos 100 milhões de euros, para dotar a fábrica de tecnologia de ponta, apurou o DN junto de fonte da unidade de Aveiro.

Parte dos investimentos realizados na unidade foi canalizada para a produção da caixa de velocidade ND, que vai equipar o novo modelo Nissan Primera. Tornando-se assim, na única fábrica do agrupamento Renault/Nissan, a nível europeu, a produzir este equipamento. E vai igualmente fabricar a caixa de velocidade do novo Mégane, que a Renault irá lançar proximamente.

O projecto de modernização da unidade do universo Renault teve início em 2000, e ficará concluído este ano.

Durante este ano, refere um comunicado da Renault de Cacia, a unidade procedeu à desactivação e transferência de linhas de produtos em fim de vida e à concentração da produção em órgãos e componentes estratégicos para a unidade - caixas de velocidade, árvores de equilibragem e bombas de óleo.

Constituída em 1981, para a produção exclusiva de caixas de velocidade, a Renault de Cacia passou por uma fase complicada na altura em que a Renault decidiu abandonar a montagem automóvel em Portugal, e procedeu ao encerramento da fábrica de Setúbal. Em 1997, face à situação tumultuosa que a construtora automóvel vivia no mercado português, a unidade de Cacia iniciou uma nova fase com a fabricação de peças para construtores exteriores ao Grupo Renault. Inserida no quinto maior fabricante automóvel (Renault/Nissan), a unidade procedeu em 1999, a uma reorganização da produção em unidades de negócio, e constituiu a sociedade CACIA (Companhia Aveirense de Componentes para a Indústria Automóvel).

No anop passado, a unidade procedeu a uma mudança de estratégia, e concentrou as suas actividades para o Grupo Renault, com a implementação do SPR (Sistema de Produção Renault) e a afectação para CACIA da caixa diferencial ND, JH/JR.
(26.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Desertificação : Subsídios de legalidade duvidosa

São cada vez mais as localidades e maiores as regiões do interior do País que estão a ficar sem gente. Apesar da oposição, quase sempre feita, no entanto, de medidas avulsas. Como os subsídios atribuídos pelas câmaras municipais para premiar nascimentos e casamentos, casos que se vão multiplicando. Em Vila de Rei, a autarquia acrescenta gratuitamente creche e jardim de infância

Figueira de Castelo Rodrigo e Vila de Rei são os dois concelhos pioneiros, no País, na atribuição de subsídios de casamento e nascimento, como meio de contribuir para travar a desertificação, evitando a saída de habitantes e/ou seduzindo pessoas a fixarem-se ali. O presidente daquela câmara do distrito da Guarda julga ter sido a sua terra a primeira a criar a medida, também em 1998, mas alguns meses antes de ser instituída em Vila de Rei, no sul do distrito de Castelo Branco, em plena Zona do Pinhal.

"Isso, no entanto, é secundário", diz Armando Pinto Lopes. Importante e não passível de quaisquer dúvidas, acrescenta ao DN o presidente de Figueira de Castelo Rodrigo, é que o seu município - que "pagava" 50 mil escudos (aproximadamente 250 euros) por cada casamento ou nascimento - foi o primeiro e, provavelmente o único a ser "proibido" de o fazer durante o ano em que o estreou.

"Na sequência de uma inspecção à câmara", recorda o autarca, a Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT) "considerou ilegal esse subsídio", argumentando com o facto de se estar perante "um tipo de apoio social que é da exclusiva competência da administração central".

A Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, que havia feito um acordo com uma fundação da vila para conceder esse auxílio económico, "não só ficou impedida de o atribuir, como também, ainda hoje, deve a essa instituição o montante" por ela dispendido no âmbito do mesmo acordo. "Não é muito o dinheiro em causa" - foram "muito poucos" os casamentos e baptizados registados no concelho no curto período em que vigorou ali esse "prémio" -, mas não deixa de ser uma dívida, lamenta Armando Pinto Lopes.

Perante as limitações impostas, a autarquia estuda, agora, a criação de um sistema de bolsas para os estudantes naturais do concelho e que frequentem, com aproveitamento, o ensino superior. Uma medida que não contribui para travar a desertificação, mas que visa promover e apoiar a formação dos jovens do município que, sem condições económicas para poderem sair dali e "irem além do Ensino Secundário" o possam passar a fazer, explica o autarca.

Apesar das dúvidas que a concessão deste tipo de subsídios suscita, não há notícia de que qualquer outro município tenha sido impedido de os atribuir, designadamente Vila de Rei, que, desde 1998, já concedeu um total de 93 250 euros (cerca de 18 650 contos), relativos a 44 casamentos e 79 nascimentos, ocorridos entre 1998 e Setembro de 2001. E, já este ano, os concelhos de Murça (distrito de Vila Real) e Vimioso (Bragança) adoptaram esta mesma política.

Outros municípios do interior, sobretudo do Norte e Centro do País, também se preparam, entretanto, para seguir o mesmo caminho e premiar os noivos e a natalidade. Vários executivos municipais - "talvez uma dezena, nestes dois/três últimos meses", diz ao DN a presidente da câmara, Irene Barata - já pediram a Vila de Rei que lhes envie cópia das normas instituídas pela sua autarquia para as "copiarem" ou, com base nelas, elaborarem os seus próprios regulamentos de concessão de subsídios de casamentos e/ou nascimentos para combater a desertificação.
(25.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Unesco: Óbidos quer centro histórico como Património Mundial

Nuno Santos Pinheiro, director do Fórum UNESCO em Portugal, e uma equipa da Universidade Lusíada, vão preparar a candidatura do centro histórico de Óbidos a património mundial.

"Estamos a preparar a ideia de levar Óbidos a património mundial e a partir de Outubro vamos avançar com estudos efectivos", afirmou à Lusa Nuno Santos Pinheiro, no sábado à noite, depois de uma visita àquela vila.

Nuno Santos Pinheiro acredita que "é viável" candidatar a vila amuralhada de Óbidos a património da humanidade tendo em conta que a zona já é classificada como monumento nacional.

Para o director do Fórum UNESCO em Portugal, os problemas deste centro histórico "não são complicados." Contudo, Santos Pinheiro chamou a atenção para os cuidados necessários na utilização de materiais como o betão armado, "que nada têm a ver com a recuperação do património", com a limpeza das fachadas ou os arranjos exteriores.

"Não se pode classificar um património-museu que não tenha vida própria", disse também o director do Fórum UNESCO, sublinhando a necessidade de a vila ser habitada (actualmente moram intramuros cerca de duzentas pessoas).

Ao mesmo tempo, defendeu que têm que se estabelecer regulamentos para os automóveis que circulam pelas ruas estreitas e que acabam por estacionar nas pequenas praças e largos das igrejas, no interior da vila.

Nuno Santos Pereira já trouxe à vila funcionários da UNESCO para conhecerem o local.
(24.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Proposta: Portugal pede mais dinheiro

O ministro da Agricultura quer negociar em Bruxelas uma espécie de regime de excepção para Portugal, propondo o reforço das quotas de produção e mesmo o aumento dos subsídios à agricultura portuguesa.

A intenção, que surge a contraciclo com as linhas traçadas pela Comissão Europeia para a Política Agrícola Comum (PAC), é justificada pelo facto de Portugal ser o país menos apoiado pela PAC, sendo, em contrapartida, o seu maior contribuinte líquido, e por ser o quarto maior défice comercial agrícola. Razões suficientes para o ministro considerar que Portugal tem de produzir mais.

Estas são as ideias fortes de um memorando ontem tornado público por Sevinate Pinto e que será apresentado a 27 de Junho no Conselho de Ministros da Agricultura da UE, no âmbito da preparação da revisão intercalar da PAC. Nessa reunião, o Governo português limitar-se-á a tornar pública a sua posição de princípio, esperando que a Grécia também o possa fazer. A proposta de revisão da PAC, da autoria da Comissão, só deverá surgir no Conselho de Ministros de Julho, altura em que os Estados-membros começarão a expressar as suas primeiras posições.

Em causa está a intenção manifestada por Bruxelas de reduzir a percentagem das ajudas ao rendimento dos agriculturores, transferindo-as para o desenvolimento rural e protecção do ambiente. Ora, dada a particular situação portuguesa, com dos mais baixos índices de rendimento e de produção da UE, o Governo sustenta que uma redução das ajudas seria catastrófica para o sector. Tanto mais que a produção dos produtos, para os quais a agricultura portuguesa está mais vocacionada, está fortemente limitada pelas quotas impostas por Bruxelas, que prejudicam os países com históricos de produção mais baixos.

A dificuldade da pretensão portuguesa é admitida por Sevinate Pinto, tanto mais que o futuro alargamento da UE e a própria reforma das intituições europeias deverão impor fortes restrições orçamentais para a subsidiação da PAC. Mas o ministro português defende que a coesão económica e social deve continuar a ser o princípio da União Europeia, não podendo ser confundida com as questões do alargamento.
(21.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Falar português de Moçambique até Macau

O prazo previsto por lei para a instalação da Escola Portuguesa de Moçambique termina em 26 de Junho, sem que tenha sido ainda elaborado qualquer decreto que regulamente a orgânica e os princípios a que deve obedecer a organização interna da escola. Por isso, o Governo aprovou um diploma que prorroga o prazo do regime de instalação da escola portuguesa e estabelece o prazo máximo de 180 dias para que o referido regulamento esteja pronto. "Não foi feito nada pelo anterior Governo para acautelar o fim do prazo", disse o ministro Morais Sarmento aos jornalistas, criticando a actuação do Executivo socialista nesta questão. O porta-voz do Governo aproveitou ainda a deixa para reafirmar a intenção deste Executivo de reforçar a rede de escolas portuguesas espalhadas pelo mundo, que ganhará agora outro novo membro na capital timorense, Díli. Outro acordo aprovado ontem regula a cooperação, na área da educação e cultura, entre Portugal e a Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China.(20.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Plano rodoviário: Governo quer estradas a horas

O secretário de Estado das Obras Públicas, Vieira de Castro, disse ontem em Braga que o Governo quer recuperar o atraso na construção de itinerários principais e complementares até 2004.

"O plano que estava previsto até ao ano 2000 tem ainda 1705,5 quilómetros por fazer, dos quais 1066 são itinerários principais e 639,5 complementares", afirmou, garantindo que a prioridade é concluir o plano nos próximos dois anos. O governante falava aos jornalistas no final da cerimónia de abertura do troço da Circular Sul de Braga entre Nogueira e Celeirós que conclui o acesso à Auto-Estrada A3, de ligação ao Porto e a Valença do Minho.

Segundo Vieira de Castro, além da conclusão do Plano Rodoviário Nacional, o Governo vai apostar na via férrea quer através da remodelação das actuais linhas quer com a construção do comboio de alta velocidade (TGV). Sobre este assunto, adiantou que os estudos prevêem que o TGV siga do Porto para a Galiza, o que corresponde aos anseios da Câmara de Braga e da Associação Industrial do Minho que pretendem uma passagem pela região.

"A modernização das linhas férreas actuais é complementar da construção do TGV", sublinhou, frisando que há sempre muitas pessoas e cidades que precisam do comboio e que não podem ser servidas pelo TGV.

O administrador da Brisa adiantou que a empresa vai investir 1250 milhões de euros em novas auto-estradas até 2004, adiantando que este Verão serão abertas a auto-estrada Figueira da Foz-Coimbra e os últimos 62 quilómetros da auto-estrada até ao Algarve. Salientou que a Brisa está a desenvolver os primeiros quilómetros da A10 (CREL/Arruda dos Vinhos) e a proceder a diversos alargamentos, nomeadamente na A1. "Os portugueses podem contar com a Brisa, porque nós executamos com qualidade técnica e fazemo-lo dentro dos prazos e dos custos orçamentados", sublinhou.

O troço agora inaugurado - executado pela Brisa - conclui, a sul, a Circular Urbana de Braga, permitindo um acesso directo da cidade ao nó de ligação às auto-estradas A3 (Porto/Valença) e A11 (Braga/Guimarães), assumindo-se como fundamental no contexto das acessibilidades desta área urbana à rede rodoviária de percursos rápidos. Reivindicada pelo município de Braga, esta ligação - que custou 80 milhões de euros - começou a ser executada, nos seus vários processos, há cerca de dois anos.
(19.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Avaliação integrada: curva ascendente no insucesso (escolar)

Como se desenha o retrato do insucesso educativo em Portugal? Os mesmos estudantes vão reprovando cada vez mais à medida que sobem nos níveis de escolaridade, fazendo disparar os índices de desperdício e baixando, obviamente, a eficácia interna das escolas. Os alunos mais carenciados apresentam, em geral, desempenhos mais fracos - verificando-se que os apoios socioeconómicos aos estudantes podem, efectivamente, influenciar o seu rendimento escolar.

Já o índice de desenvolvimento social do concelho onde se localizam as escolas não parece influenciar as prestações verificadas nas mesmas, ao contrário de outros factores como o perfil dos alunos e os processos educativos utilizados. Estas são apenas algumas conclusões de um relatório nacional efectuado pela Inspecção-Geral de Educação (IGE) junto de 691 escolas e 146 unidades de gestão, do pré-escolar ao secundário, que representam 12,5 por cento do total.

É a segunda vez que esta "Avaliação Integrada das Escolas" é efectuada - o relatório refere-se ao ano lectivo 2000/2001 -, e o retrato que traça do sistema leva os peritos da IGE a recomendar às escolas que pratiquem "maiores níveis de exigência quanto à qualidade do trabalho dos alunos", de forma a garantir "melhores aprendizagens e níveis mais elevados de sucesso". A Inspecção chama também a atenção para a necessidade de "coordenação e enquadramento dos docentes", utilizando correctamente o tempo de trabalho dos professores e as estruturas de orientação educativa e de gestão existentes.

Outras conclusões apontam para o facto de os estudantes mais velhos apresentarem piores prestações escolares do que os mais novos. E para um dado curioso: apesar de, à primeira vista, muitas escolas disporem de alunos com características favoráveis a um bom desempenho colectivo, este fica "significativamente" abaixo do esperado.

A avaliação do desenvolvimento da criança e as areas de expressão, comunicação e conhecimento do mundo são as dimensões mais fracas da educação pré-escolar, assim como a participação dos encarregados de educação em todo o processo. Um total de 30 por cento dos jardins de infância apresentam desempenhos abaixo do "aceitável" nestes aspectos. No 1.º ciclo, é o planeamento das aprendizagens, a gestão do currículo e as práticas de avaliação dos alunos que mais se ressentem.

Quando se chega ao 2.º e 3.º ciclos, os pontos favoráveis das escolas avaliadas registam-se na preocupação com o desenvolvimento de capacidades e competências e na postura dos alunos na sala de aula, assim como na actuação dos serviços de psicologia e orientação. Os elos mais fracos repetem-se no secundário e são encontrados justamente onde deveriam ser mais fortes: na capacidade de ensino e de aprendizagem. Parece que quase nada funciona: nem as actividades de articulação curricular, nem a avaliação, nem os apoios educativos.

Por tudo isto, a IGE conclui que "são os aspectos pedagógicos, relacionados com a função de articulação - curricular, institucional, entre docentes - e de avaliação que apresentam um desempenho mais deficiente". Os aspectos em que as escolas se saem melhor, afinal, são os referentes aos comportamentos de ordem cívica, social e relacional.

Os dados da avaliação integrada demonstram que, apesar de tudo, 50 por cento das escolas têm um "nível de desempenho médio", o que sugere que dispõem de recursos mínimos para desenvolver acções concertadas que levem à sua própria melhoria. Mas outras necessitam, claramente do apoio da administração educativa para ultrapassar as prestações negativas. A Inspecção apela "à entreajuda na melhoria das aprendizagens".
(18.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Balanço: um terço do País desertificado

A desertificação "ataca" sobretudo os países do sul da Europa, mas Portugal é aquele onde a degradação do solo, o abandono da agricultura e a falta de população apresenta índices mais preocupantes. Mais de um terço do País ostenta fortes sinais de desertificação. O Alentejo e o Algarve são as zonas mais afectadas. O Plano de Acção Nacional de Combate à Desertificação - PAN, foi aprovado em 1999, na sequência de uma Convenção da ONU, mas só há menos de um ano se nomeou uma comissão para fazer cumprir as medidas. No Dia Mundial do Combate à Desertificação e à Seca, assinalado hoje, o balanço é negativo: pouco foi feito até agora.

Em declarações à Agência Lusa, o presidente da comissão não podia ser mais claro: "Estamos a trabalhar há menos de um ano, porque fomos vítimas das dificuldades de articulação entre os departamentos oficiais". Num artigo publicado na página online do PAN, Victor Louro dá conta de um processo atribulado desde a criação do Grupo de Coordenação Interna (GCI), que tinha por missão a elaboração do PAN até Outubro de 1997.

Basta dizer que este grupo nunca foi nomeado. Reunindo representantes de cerca de 20 organismos de oito ministérios e outras estruturas, o GCI acabaria por funcionar sobretudo com a participação do Grupo de Conselho Científico, nomeado pelo Ministério da Agricultura, porque o Governo "não foi capaz de reunir a totalidade das assinaturas dos diferentes ministros no Despacho Interministerial que circulou mais de meio ano", constata Victor Louro. Envolvidos estiveram ainda as populações afectadas, autarcas e ONGs.

Apesar das adversidades foi possível concluir o PAN, dividido em duas partes: uma dedicada às causas e consequências dos fenómenos de desertificação em Portugal; outra anuncia as medidas que deveriam ser aplicadas.

Desde que começou a trabalhar, a comissão centrou-se em quatro áreas que apelam a uma intervenção mais urgente para combater a desertificação.

Arribas do Douro, Pinhel interior sul, margem esquerda do Guadiana (Mértola e arredores) e serra algarvia (Alcoutim e Castro Marim) são as zonas onde as acções já se fizeram sentir. Foram realizadas sessões públicas para os habitantes considerados representativos das populações e discutiram-se projectos-piloto para combater a desertificação.

A participação das populações afectadas é fundamental nos processos de combate ao fenómeno. Como refere a Convenção da ONU, das experiências feitas em várias regiões do mundo, falharam sempre aquelas onde as populações estiveram ausentes dos processos.

Entretanto, não há estimativas de quanto pode custar o combate à desertificação em Portugal, não havendo por isso financiamento definido para o plano nacional. "Temos recusado fazer um cálculo dos custos, porque não há financiamento específico para este programa. Basta tentar aplicar melhor o dinheiro que existe", considerou Victor Louro.
(17.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Sonae leva Modalfa e Worten para Brasil

A Modelo Continente pretende levar para o Brasil o formato de retalho de vestuário que em Portugal opera sob a insígnia Modalfa.

Depois de ter entrado no mercado brasileiro através da distribuição alimentar e de já ter exportado o conceito Worten – que no Brasil responde pelo nome Big Electroelectrónico – a Modelo Continente dá mais um passo na exportação do retalho especializado que opera em Portugal.
A partir do próximo mês, as lojas de artigos de vestuário serão carimbadas com a marca Hello e terão nos escaparates cerca de 1.500 artigos de vestuário masculino, feminino, criança e bebé, desportivo e calçado. O conceito será semelhante ao desenvolvido em Portugal, ou seja, as lojas terão cerca de 500 metros quadrados e ficarão instaladas no mesmo espaço ocupado pelos supermercados. Os artigos vendidos dirigem-se sobretudo às classes de menores rendimentos, já que a Sonae pretende entrar no Brasil com preços «até 30% menores que os da concorrência», afirmou à Gazeta Mercantil a directora comercial da área têxtil, Dic Wong. A primeira loja abrirá as portas em Santa Catarina e está previsto abrir ainda este ano uma segunda, em São Paulo.
O comércio de vestuário segue o exemplo das lojas irmãs do conceito Worten. Hoje, as dez lojas Big Electroelectrónico comercializam cerca de dois mil artigos de som e imagem, de linha branca.
A abertura de lojas de retalho especializado imita a estratégia seguida em Portugal, onde após a consolidação da posição no comércio alimentar a Sonae iniciou a exploração da venda de material desportivo (Sport Zone), vestuário (Modalfa), som e imagem (Worten), bricolage (Max Mat) e informático (Vobis). São negócios ainda com um peso reduzido nas vendas da Modelo Continente, com cujos níveis de rentabilidade têm aumentado progressivamente. No Brasil, na divisão alimentar, a Sonae tem já uma implantação considerável sobretudo nas zonas mais ricas, os estados do sul (ver quadro).
Há quatro anos, a Sonae iniciou uma política de aquisições – ao todo foram seis as marcas compradas – que a elevou ao terceiro lugar do ranking da distribuição brasileira. Seguiu-se uma arrumação da casa, concentrando a actividade nos formatos Big, Mercadorama e Nacional. Agora, a expansão do grupo passa pelo retalho especializado.(14.0
6.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Estudo: os portugueses e as suas leituras

Desde que a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) começou a encomendar estudos anuais dos índices de leitura no País, em 1983, houve um aumento de 3,5 por cento de leitores de livros, entre a média da primeira década (42,3 por cento) e a da segunda (46,9 por cento). "Índices extremamente rígidos e difíceis de alterar ao longo dos anos", em função dos quais, no dizer do vice-presidente da APEL Vasco Teixeira (Porto Editora), "a este ritmo, "faltam muitas décadas para atingirmos os níveis de leitura de livros em Inglaterra" (90 por cento, segundo dados da Federação dos Editores Europeus). Para acelerar o ritmo, será preciso aumentar "o apoio à leitura e a difusão e dinamização de bibliotecas", defendeu o editor em conferência de imprensa, ontem, em Lisboa, onde foram divulgados os resultados do último estudo, efectuado em Março.

Apenas 76 por cento da população inquirida lê livros, revistas ou jornais, sendo 51 por cento mulheres e 42 por cento homens, na amostra considerada: 2000 pessoas de ambos os sexos, seleccionadas aleatoriamente entre residentes no continente, dos 15 aos 65 anos. Enquanto 24 por cento não lêem de todo, quem lê fá-lo muito mais em jornais ou revistas (73 por cento) do que em livros (47 por cento). Mesmo assim, o número médio anual de livros lidos não excede 8,5, com 19 por cento de inquiridos a lerem apenas um a dois livros/ano e 28 por cento três a cinco livros: só oito por cento dizem ler mais de 20.

No momento de responder ao inquérito, apenas 53 por cento dos leitores de livros liam algum: isto é, 25 por cento do total (60 por cento em Inglaterra), enquanto 75 por cento não liam nenhum. O último livro fora lido havia menos de um mês por 55 por cento, menos de um ano por 34 por cento, mais de um ano por seis por cento. Em todo o caso, 92 por cento dos leitores lêem por gosto (indicando 21 por cento das respostas o dever escolar e 11 por cento o profissional). O gosto incidirá em medida apreciável nos livros técnicos, pois, cruzado este índice com o do tipo de livros lidos, verifica-se que, se eles não são escolares nem técnicos na maioria dos casos (89 por cento) e se os escolares correspondem a 26 por cento, os livros técnicos equivalem a 23 por cento da leitura, excedendo bastante o "dever" profissional.

O índice de leitura de livros é superior à média nacional em localidades urbanas com mais de mil habitantes/Km 2 (53 por cento), nos níveis socio-económicos AB (81 por cento) e C1 (53 por cento), em idades até 34 anos (máximo de 77 por cento nos 15-19 anos), nos níveis de instrução médio-superior (69 por cento) ou superior (94 por cento) e no sexo feminino, como já referido. Os índices de livros lidos são superiores à média entre leitores com menos de 25 anos, de nível socio-económico elevado e nível de instrução médio-superior ou superior. Nestes grupos, aliás, as médias são excedidas nos vários índices, excepto no da leitura de jornais, em que predominam os leitores mais velhos.

A média semanal de tempo de leitura aproxima-se das quatro horas, mas mais de metade (60 por cento) lê três horas ou menos por semana, 12 por cento menos de meia hora, 19 por cento meia hora a duas horas; só nove por cento dizem ler seis a sete horas, quatro por cento oito a nove horas e três por cento mais de 14. Trata-se, porém, de leitura global, com uma média de duas horas e meia dedicadas a jornais ou revistas/semana: para a maioria, meia hora a duas horas (52 por cento).

Em matéria de compras, 49 por cento dos entrevistados dizem comprar livros (55 por cento são do sexo feminino, 63 por cento do grupo 15-19 anos) e 65 por cento jornais ou revistas. Enquanto 55 por cento tinham comprado livros menos de um ano antes do inquérito, só 30 por cento o fizera menos de um mês antes e oito por cento mais de um ano antes.

É de nove o número médio de livros comprados/ano, desde os 15 por cento que compram um a dois livros, até à ínfima minoria de um por cento, que compra mais de 50. As compras não incluem, em 79 por cento dos casos, livros escolares nem técnicos, mas os escolares representam 39 por cento e os técnicos 26. Compras feitas sobretudo em livrarias ou tabacarias (86 por cento), em boa parte nos hiper ou supermercados (32 por cento) e mesmo nas feiras do livro (24 por cento), mas só um por cento via Internet. Comparando com os números de 2000-01, prevê-se ligeiro aumento de compras para 2001-02.

Quanto a livros em casa, 85 por cento dizem possuí-los, mas possuem-nos em número médio de 172; 50 por cento têm menos de 50 livros, 23 por cento têm 25 ou menos, só quatro por cento têm de 501 a mil e um por cento mais de mil. Predomina a literatura geral (71 por cento).
(13.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Férias: Turistas preferem o Norte

No ano passado, os portugueses preferiram o Porto e o Norte ao Algarve para passarem férias, o que aconteceu pela primeira vez. O Minho foi a região que mais contribuiu para este crescimento. É uma zona com boas alternativas em termos de turismo rural e habitação, o que poderá estar na origem desta mudança, admitiu ao DN um técnico da Direcção-Geral de Turismo (DGT).

O inquérito da DGT, a publicar brevemente, indica, também, que em 2001 diminuiu o número de portugueses que gozaram férias e dos que as passaram fora de casa, tanto em Portugal como no estrangeiro. Comparativamente a 2000, menos 185 mil pessoas (71,8 % contra 74,4 %) tiveram outra residência durante o período de descanso e menos 162 mil (15 %) optaram pelo estrangeiro.

Mas a principal novidade das férias dos cidadãos nacionais dizem respeito à diminuição de portugueses no Algarve, o que, segundo um técnico da DGT, poderá ter a ver com uma maior alternativa em termos de turismo rural e de habitação no Norte do País. É que, segundo dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE), não houve um decréscimo de dormidas dos portugueses na hotelaria tradicional algarvia (hotéis, aldeamentos e apartamentos turísticos).

Os resultados do inquérito da DGT mereceram palavras de satisfação, a norte, e de crítica, a sul. Para Marta Sá Lemos, coordenadora da Adeturn (Turismo do Norte de Portugal), este é o resultado visível de uma estratégia integrada, dos agentes públicos e privados, na promoção da marca Porto/Norte de Portugal e das submarcas regionais Porto, Minho, Douro e Trás-os-Montes.

Só a partir de 2000, a região passou a ser promovida como um destino por si própria, sob a marca Porto/Norte de Portugal, através de um protocolo do ICEP com a Adeturn. De acordo com Marta Sá Lemos, esta foi a primeira região do País a fazer este esforço de concertação (que engloba seis regiões de turismo) e a aparecer, quer em feiras quer em termos de material promocional, nesta lógica integrada.

Marta Sá Lemos identifica, ainda, outras razões para este sucesso da Região Norte, designadamente as novas motivações dos turistas e a oferta de produtos adequados. "Começa a notar-se um decréscimo dos destinos de sol e praia porque surgiram novas motivações. E o nosso papel tem sido identificar produtos turísticos que vão de encontro a esses interesses". Começando pelo turismo de negócios e incentivos, passando pelo turismo cultural, activo e de natureza, e pela gastronomia e vinhos. Tudo boas razões para dar um salto à região.

Já o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) não tem dúvidas que a principal constatação do estudo "Férias 2001" resultou de uma "interpretação errada dos números oficiais". "Estamos perante uma situação totalmente estranha e caricata que não corresponde à verdade", disse Elidérico Viegas ao DN, salientando que "a prova de que o Norte não poderá ter ultrapassado o Algarve na escolha de férias dos portugueses é o facto de não ter capacidade hoteleira para tal".

"O que aconteceu foi que o aumento da procura de portugueses pelo Norte em 2001 relativamente a 2000, foi superior aos aumentos registados nas restantes zonas turísticas do País, nomeadamente o Algarve, por via do Porto Capital Europeia da Cultura", argumentou o presidente da principal associação algarvia do sector turístico, frisando que "há que ler os números e as diversas situações de uma forma correcta para não originar mal-entendidos e notícias sem qualquer cabimento".

No entanto, segundo o INE, em 2001, registou-se um decréscimo de seis por cento nas dormidas dos portugueses em estabelecimentos hoteleiros tradicionais na cidade do Porto, comparativamente a 2000.
(12.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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França: mudanças para o ensino de português no estrangeiro

O sistema de ensino de português no estrangeiro vai sofrer uma "mudança substancial" e a rede consular será "reestruturada", segundo palavras do secretário de Estado das Comunidades, José Cesário.

José Cesário, que falava depois de ter terminado uma visita a várias cidades francesas, garantiu que "há perspectivas para uma mudança substancial do sistema de ensino de português no estrangeiro", um processo que "será conduzido pelo Ministério da Educação, mas com o nosso acompanhamento". A reformulação passará pelo "desenvolvimento de parcerias com entidades locais, privadas e públicas, a integração no sistema de ensino dos países de acolhimento e o desenvolvimento de escolas portuguesas onde tal se proporcionar", adiantou o secretário de Estado.

O actual sistema de destacamento de professores "vai manter-se nos próximos quatro anos", garantiu José Cesário, "mas ajustado em função da disponibilidade da rede": "não vamos ter professores onde não hajam alunos".
(11.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Comunidades: portugueses no estrangeiro criam Fundação Terra-Mater

Portugueses e luso-descendentes radicados no estrangeiro vão criar uma fundação que deverá estar activa já em Outubro próximo, com a finalidade expressa de conjugar as mais-valias que Portugal dispõe, nas mais diversas vertentes, em todo o mundo. A fundação que, numa primeira fase, por exigências processuais, assumirá a forma de associação privada legalizada antes do Verão, surge de um núcleo fundador envolvendo empresários, cientistas, professores universitários, artistas, líderes políticos e sindicais nos EUA, Canadá, Brasil, França, Alemanha e Luxemburgo e que esperam a adesão, nas próximas semanas de portugueses e luso-descendentes que ganharam notoriedade também na Áustrália, África do Sul, Venezuela, Argentina.

A nova organização chame-se "Portugal Terra-Mater" e nomes como Ron Cruz, ex-general dos EUA e presidente da Palcus (Neewark), Carl de Faria (ministro das Migrações do governo do Ontário), Mário Silva (vereador de Toronto e candidato ao parlamento canadiano), António Dionísio (líder da super-influente confederçaõ sindical Labour), Armando Lopes (presidente da Rádio Alfa de Paris) e Manuel Mira (figura de referência em Neewark, EUA) são algumas das individualidades do núcleo inicial.

José Lello foi convidado para presidir à organização que, selectivamente, também vai propôr a filiação de decisores do mundo empresarial, intelectual, artístico e universário radicados em Portugal mas implicados com a longa experiência da emigração portuguesa. É o caso, por exemplo, de Manuela Aguiar que aderiu ao projecto.

"Apenas aceitarei presidir à Terra-Mater na condição de a associação e futuramente a fundação estar rigorosamente fora da tutela do Estado e dos interesses inter-partidários", disse José Lello, instado a comentar a indicação do seu nome. "Se houver partidos nisso, saio porque conheço o que a casa gasta, não estou interessado a fazer política com as comunidades mas estou disposto a dar a cara desde que a instituição seja a expressão de muita gente", acrescentou Lello.
(06.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Compal investe 32 milhões em 2002 e abre nova fábrica

A Compal vai investir este ano 32 milhões de euros na nova fábrica de Almeirim (25 milhões), em publicidade (5,5 milhões) e no mercado espanhol (1,52 milhões). A nova unidade fabril, que deverá ser inaugurada entre Abril e Maio de 2003, "será o grande centro de produção da Compal para a Península Ibérica, excepto das águas", afirmou António Pires de Lima, presidente da empresa.

Para a Compal, manter a marca Frize é estratégico, revelou João Figueiredo, administrador da empresa, acrescentando que "o grupo quer entrar nas águas lisas, mas sempre em condições de rentabilidade favoráveis".

A empresa, que ontem apresentou as suas contas, fechou 2001 com lucros de 7,29 milhões de euros, mais 140% que no ano anterior. A facturação atingiu 116,4 milhões de euros em 2001, um crescimento de 13%, enquanto os resultados operacionais totalizaram 6,58 milhões de euros e o cash-flow operacional subiu de 9,16 milhões para 12,7 milhões de euros.

António Pires de Lima explicou que "os resultados foram empolados pela mais-valia efectuada com a alienação da Frutea à Unicer", cujo consórcio de 50% da marca foi efectuado por 7,233 milhões de euros.

Este ano, a Compal espera atingir uma facturação superior a 130 milhões de euros, repetindo a taxa de crescimento de 12% registada nos últimos três exercícios.

A Compal España facturou 2,9 milhões de euros em 2001, contra os 1,7 milhões do ano anterior.
(05.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Governo extingue projecto do ICEP «Marca Portugal»

O projecto de criação e promoção externa de uma marca para o país vai ser abandonado. A ideia estava a ser trabalhada há cerca de dois anos pelo ICEP, mas o nova equipa da Economia considera que não faz sentido.

Prefere investir na promoção de marcas associadas a produtos e serviços de qualidade, inovadores e com design.
O projecto marca Portugal destinava-se a superar o défice de imagem do país, que, em muitos casos, chega a retirar valor às exportações portuguesas. Carlos Tavares reconhece a importância deste factor, em sectores, como o turismo, mas, ainda assim, vai avançar com a reestruturação do ICEP, retirando este organismo dos circuitos de promoção. No terreno ficarão apenas as delegações, coordenadas com a rede diplomática, encarregues da promoção comercial. O Instituto de Financiamento ao Turismo vai assumir as competências de promoção dos destinos turísticos, com recurso a contratualização de privados. A captação de investimento passa para a nova Agência Portuguesa para o Investimento.(3.0
6.02/Fonte : Diário de Notícias)

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Empresa de Matosinhos "joga" na Coreia: "made in Portugal" no Mundial

É com um orgulho indisfarçável que os responsáveis da Organtex mostram as camisolas da selecção portuguesa. E não é por patriotismo. Ou melhor, não é só por patriotismo, é também por brio profissional. É que Portugal está, pela primeira vez, presente no Campeonato do Mundo de Futebol com camisolas made in Portugal. E a responsabilidade deste "feito" cabe à empresa, sedeada em Matosinhos.

Os equipamentos são da multinacional desportiva Nike mas a sua produção foi entregue à Organtex. Que também tratou da produção das camisolas da Adidas. Assim sendo, são nove as selecções nacionais presentes no Mundial da Coreia/Japão com equipamentos made in Portugal. Além da nossa, a Nigéria, Croácia, Bélgica e Rússia, patrocinadas pela Nike, e a Espanha, Alemanha, Turquia e África do Sul, patrocinadas pela Adidas.

Não se pense, no entanto, que a Organtex é propriamente uma "novata" nestas andanças. Representante exclusiva da Nike em Portugal há cerca de 20 anos e da Adidas há sete, a empresa já equipou espanhóis, alemães, suecos e franceses no último Mundial, que decorreu em França em 1998, e outras tantas selecções, entre as quais a portuguesa, no Europeu de 2000 organizado conjuntamente pela Holanda e a Bélgica.

Produziu, também, a maior parte dos equipamentos utilizados pelos atletas nos Jogos Olímpicos, quer de Verão quer de Inverno, e equipa muitos dos clubes profissionais de futebol, quer nacionais quer estrangeiros. Porto, Benfica, Barcelona, Real Madrid, Newcastle, Leeds e Arsenal são alguns dos exemplos.

Sem confecção própria, a Organtex recorre à subcontratação de fábricas de vestuário. "Fazemos o acompanhamento da produção, a nível de qualidade e prazos de entrega", refere Luís Mendes, director financeiro da empresa. Que frisa a parceria a longo prazo que mantêm com estas unidades fabris.

"Proporcionar o melhor serviço ao cliente, respondendo às suas necessidades, e mostrando capacidade de adaptação muito rápida às condições do mercado" é o segredo do sucesso da Organtex, assegura, por seu turno, Luísa Brandão, directora comercial.

As especificações técnicas dos artigos são dos clientes. Mas a empresa dispõe de um gabinete de investigação que "tenta encontrar formas mais económicas de conseguir alguns dos desenvolvimentos propostos pelos cliente". A Organtex participa, ainda, no processo de desenvolvimento de protótipos e de amostras.

Como forma de garantir maior rapidez na capacidade de resposta, a aposta nas tecnologias de informação é uma constante na empresa, que se mantém em contacto on line com clientes e fábricas. "Temos uma gestão profissional e integrada, orientada para os objectivos", frisa Luís Mendes.
(3.06.02/Fonte : Diário de Notícias)

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