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01/02
(31.01.02/Fonte : Diário de Notícias)
Bial inaugura empresa de distribuição em Angola
(30.01.02/Fonte : Diário de Notícias)
(29.01.02/Fonte : Diário de Notícias)
Revolucionar o ensino de alto a baixo
(28.01.02/Fonte : Diário de Notícias)
Portugal É o Pior da Europa em Bem-estar Material
Estudo francês coloca os holandeses na primeira posição e salienta o fosso entre os portugueses e todos os outros europeus
Os portugueses são os cidadãos europeus com as piores condições de bem-estar material, revela um estudo do Instituto Francês de Estatística (INSEE) publicado ontem em Paris. Os resultados de cada país são avaliados em função de 17 critérios, tais como as características da habitação, os seus equipamentos duradouros ou o respectivo consumo corrente.
Assim, 46 por cento dos lares da zona euro "não registam a falta de nenhum" dos referidos requisitos. Essa mesma percentagem é de apenas 14 por cento em Portugal (o mais baixo do estudo), contra 60 por cento na Holanda, o país com melhores índices de bem-estar.
De uma forma geral, são os países do Sul da Europa que se situam abaixo da média, enquanto a tendência oposta se regista no Norte, à excepção da Finlândia. Com exclusão de Portugal, onde as privações são sistematicamente superiores à média da zona euro, nos outros países essas ausências são sobretudo pontuais.
"É em Itália que se encontra a maior proporção de lares sem aquecimento central, na Irlanda a maior percentagem dos que não têm telefone, na Alemanha o maior número dos que não têm automóvel e na Finlândia a maior percentagem dos que não têm meios para consumir carne regularmente", especifica o estudo do INSEE para ilustrar essa constatação.
No conjunto dos países, é de um pouco mais de 28 por cento a percentagem de famílias que não podem gozar uma semana de férias por ano fora da residência habitual. Em contrapartida, só um por cento não têm televisores a cores por razões financeiras.
Na zona euro, 12 por cento dos lares são "pobres em condições de vida", afirma o estudo. Esta proporção oscila entre os 6,8 por cento na Holanda e os 16,4 em Portugal, países que se encontram, mais uma vez, nos extremos da escala.
O que faz a diferença entre cada país é, no essencial, a natureza das privações: as mais frequentes dizem respeito, no conjunto dos países, ao consumo propriamente dito (46 por cento do total de privações). É de sublinhar que a impossibilidade de fazer férias fora da residência habitual tem um peso grande nesse indicador, com 20 por cento. O estudo identifica ainda variações regionais. Na Holanda, Bélgica e França, por exemplo, os problemas de habitação são mais acentuados do que a falta de bens duradouros das famílias.(25.01.02/Fonte : Diário de Notícias)
Gil Vicente revisitado em CD-ROM
(24.01.02/Fonte : Diário de Notícias)
Investimento: Brisa avança na auto-estrada galega do Atlântico
(23.01.02/Fonte : Diário de Notícias)
Relatório Europeu: Emprego tecnológico a diminuir
(21.01.02/Fonte : Diário de Notícias)
O Álcool É a Substância Mais Consumida Pelos Alunos Portugueses
Entrevista a Ângelo de Sousa
Psicólogo clínico, membro da Comissão de Coordenação do Programa da Promoção e Educação para a Saúde (CCPES) do Ministério da Educação e um dos responsáveis pela área da prevenção do consumo de substâncias lícitas e ilícitas
P. - Em Portugal, qual é o panorama no que respeita ao consumo de drogas pela população escolar?
R. - Portugal, e por comparação com os outros países da Europa, tem registado uma evolução francamente positiva no que respeita ao consumo de drogas entre a população escolar. Os dados que temos - quer do Programa Europeu para o Estudo do Álcool e outras Substâncias, quer dos estudos epidemiológicos em meio escolar realizados a estudantes do 3º ciclo e secundário pelo Instituto Português da Droga e Toxicodependência - indicam que, não só as percentagens de prevalência (qualquer contacto) e de consumo abusivo se situam, para qualquer substância, abaixo da média da União Europeia, como não se tem verificado o crescimento destes valores. Antes pelo contrário: pode dizer-se que o consumo de substâncias lícitas e ilícitas pelos alunos está estabilizado e controlado. Ainda que se verifique nalgumas drogas aumentos pontuais, a situação em termos globais não é preocupante e a escola funciona ainda como um espaço protector. Mas as percentagens não deixam de representar pessoas e alunos que consomem...
P. - De qualquer forma, há algum tipo de consumo que mereça do CCPES uma atenção especial?
R. - A nossa estratégia de intervenção é sempre abrangente e obedece a uma lógica global, que visa o o bem-estar físico, biológico, psicológico, emocional e social. Ou seja, a abordagem preventiva do consumo não aparece desligada das outras áreas de promoção da saúde. De igual forma, não faz sentido desligar o tipo de consumo do contexto sócio-cultural em que vive a pessoa e da sua própria estrutura individual. Ainda assim, há consumos que não podem deixar de merecer uma atenção particular de quem trabalha nesta área. É o caso das bebidas espirituosas, como o whisky ou os "shots", e também das novas drogas de síntese, a mais conhecida das quais é o "ecstasy". O álcool é claramente a substância mais consumida e tem merecido igualmente a nossa atenção.
P. - Quando uma escola é confrontada com a suspeita ou um caso provado de consumo de droga, é ao CCPES que recorre?
R. - Essas situações existem, mas são raras. E quando acontecem, o mais comum é a escola entrar em contacto, de facto, com o CCPES, com os técnicos de promoção da educação para a saúde ou mesmo com o Programa Escola Segura. Nessas alturas, o que é importante é trabalhar com os órgãos de gestão da escola para avaliar a situação. Tenta-se baixar os níveis de angústia que essas situações acarretam, falar com o aluno e implicar a família no processo. Se se entender que ele pode beneficiar de um acompanhamento psicológico especializado, entramos em contacto com as estruturas que existem na comunidade e que actuam neste campo, para que o encaminhamento seja feito.(20.01.02/Fonte : Público)
Unesco avalia hoje candidaturas de Marvão, Santarém e Pico a património mundial
Até 31 de Janeiro o Governo tem de decidir entre a Várzea de Santarém, a Vinha do Pico e o Alto de Marvão para propor este ano à Unesco como candidato a património mundial da humanidade. O processo de apreciação tem hoje início, com uma reunião entre o ministro da Cultura e o presidente da Comissão Nacional da Unesco.
A Lusa apurou junto de fonte do Ministério da Cultura que a decisão terá de ser feita, visto que pela primeira vez, e por decisão do Comité do Património Mundial da Unesco, cada país apenas pode apresentar uma candidatura.
O ministro da Cultura, Augusto Santos Silva, recebe hoje do presidente da Comissão Nacional da Unesco, Diogo Aurélio Pires, o parecer elaborado pelo grupo de trabalho constituído para apreciar os dossiers. O grupo interministerial é constituído por um representante do Ministério da Cultura, outro do Ministério do Ambiente e por Diogo Aurélio Pires que, além da Comissão Nacional da Unesco, representa também o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Em 2001, Portugal conseguiu inscrever na lista do património classificado pela Unesco a região do Alto Douro Vinhateiro e o centro histórico de Guimarães.
A zona que a Região Autónoma dos Açores pretende classificar tem 154,4 hectares de paisagem de vinha. Santarém ambiciona a classificação de paisagem cultural para a Várzea e a vila de Marvão quer conquistar a distinção pelo seu património cultural situado entre as muralhas seiscentistas que cercam a primitiva localidade, construída a mais de 850 metros de altura.(11.01.02/Fonte : Público)Ensino Superior: Ministro quer universidade em Viseu
(10.01.02/Fonte : Diário de Notícias)
(09.01.02/Fonte : Diário de Notícias)
África do Sul: Ministro recebe portugueses
(08.01.02/Fonte : Diário de Notícias)
Coimbra: diagnóstico pré-natal mais fácil
(07.01.02/Fonte : Diário de Notícias)
Quase 300 Cerâmicos e Cervejeiros de Coimbra em Risco de Desemprego
Sociedade de Porcelanas deve salários, enquanto a Central de Cervejas já assumiu o fim de 69 postos de trabalho na sua unidade de Coimbra. Trabalhadores prometem endurecer protestos
Coimbra registou ontem a realização de dois plenários com quase três centenas de trabalhadores, de duas empresas da cidade, que podem estar à beira do desemprego. De manhã, decorreu a reunião dos quase 200 trabalhadores da Sociedade de Porcelanas, que se mantiveram todo o dia em greve e prometeram endurecer a luta, se nos próximos dias não receberem os salários de Dezembro e 70 por cento do subsídio de Natal. À tarde, foi a vez de 69 operários da Central de Cervejas contestarem o anunciado fim dos seus postos de trabalho.
Na Sociedade de Porcelanas de Coimbra, a situação está cada vez mais tensa e, ontem, foi o próprio coordenador do Sindicato dos Cerâmicos, Jorge Vicente, que ameaçou com mais greves e cortes de estrada e do caminho-de-ferro. Outra hipótese de luta é uma manifestação de protesto na unidade da Sociedade de Porcelanas de São Mamede, em Fátima. A este cenário não é alheio que o proprietário da Sociedade de Porcelanas, Ramiro Vieira, seja acusado pelos trabalhadores de ter mais interesse nesta última fábrica e ter mesmo deixado de ir a Coimbra.
Jorge Vicente disse que os trabalhadores da indústria cerâmica sentem cada dia mais revolta porque o patrão, Ramiro Vieira - que o PÚBLICO não conseguiu ouvir - tem alegado a falta de dinheiro para pagar os ordenados e subsídios de Natal, mostrando-se, simultaneamente, disposto a indemnizar aqueles que aceitem rescindir os seus contratos, como já fez com três trabalhadores. Confrontado com a situação, o governador civil de Coimbra, Horácio Antunes, terá já transmitido as queixas dos operários à Inspecção-Geral de Trabalho.
Se a intenção de encerrar a Sociedade de Porcelanas de Coimbra nunca foi assumida publicamente pelo seu proprietário, na unidade da Central de Cervejas a situação é mais clara. Ontem, os 69 trabalhadores do sector de cargas e descargas e envasilhamento de cerveja reuniram-se para analisar a notícia de que a administração da empresa tinha decidido, no passado dia 21, dispensá-los.
Segundo José Rasteiro, do Sindicato Nacional de Bebidas, os cervejeiros resolveram ontem lutar contra o fim dos seus postos de trabalho, por desconfiarem da justificação da Central de Cervejas, cuja unidade coimbrã tem accionistas como a Fundação Bissaya Barreto, o Banco Espírito Santo e o grupo Scotnewcastle. A Central de Cervejas tem alegado que a falta de viabilidade da sua filial, de onde saem as marcas Topázio e Onix, se explica pela suposta quebra do consumo de cerveja e pela entrada no mercado português dos concorrentes Tagus e Cintra. Rasteiro contraria estes argumentos, questionando: "Se há condições para os outros, porque é que não há para nós?".(04.01.02/Fonte : Público)
Compra de casa: Fisco aperta contribuintes
(03.01.02/Fonte : Diário de Notícias)
A Europa deu ontem um passo de gigante sem as crises que tradicionalmente marcam os grandes momentos da integração: as notas e moedas em euros entraram em circulação suavemente, sem contratempos e suscitando uma curiosidade entusiasmada em toda a eurolândia.
Às zero horas de 1 de Janeiro, quando ainda soavam as 12 badaladas do novo ano, milhares de europeus, de Lisboa a Helsínquia e de Atenas a Dublin, precipitaram-se para os distribuidores automáticos de dinheiro para retirar as primeiras notas de euros. A curiosidade foi tanto maior quanto, ao contrário das moedas, que começaram a ser distribuídas em meados de Dezembro, as notas permaneciam até então quase no segredo dos deuses.
E surpresa: ao contrário do que os profetas da desgraça tinham vindo a anunciar, tudo funcionou como se as máquinas de Multibanco nunca tivessem fornecido outra coisa senão euros. Só na Bélgica, foram registadas 600 operações de retirada de dinheiro por minuto durante as primeiras duas horas do dia 1.
"Foi a primeira vez que os europeus de 12 países festejaram a chegada de uma realização europeia, nunca tinha acontecido antes", notou Nicole Fontaine, presidente do Parlamento Europeu.
Ao princípio da tarde de ontem, a Comissão Europeia efectuou um primeiro balanço, largamente positivo, das primeiras horas do euro. "Não se passa muita coisa", afirmou, algo eufórico, Gerassimos Thomas, porta-voz de Pedro Solbes, comissário europeu responsável pela moeda única. "Quando não há notícias, são boas notícias", concluiu. Segundo as primeiras informações que chegaram das 12 capitais da Eurolândia no quadro da rede europeia de informação rápida que foi criada especificamente para acompanhar em detalhe a introdução do euro, não houve quaisquer dificuldades assinaláveis. A grande maioria dos distribuidores de dinheiro estão a funcionar, e "há um grande entusiasmo, as pessoas querem retirar e tocar nos euros", frisou.
O único incidente relatado pela comissão teve a ver com uma falta de moedas de 50 cêntimos em França, que foi rapidamente ultrapassada.
Além de terem conseguido retirar dinheiro sem dificuldade, os europeus puderam começar a gastar os seus primeiros euros nas poucas lojas, restaurantes e cafés que abriram as portas ontem, pagar os parques de estacionamento, jornais, autocarros e táxis, e receber o troco na nova moeda.
A Comissão Europeia está, no entanto, consciente de que a verdadeira prova de fogo só será travada hoje, quando o comércio estiver a funcionar em pleno e tiver de lidar com dois tipos de moedas, enquanto as pessoas ainda tiverem o seu velho dinheiro para gastar. Bruxelas mantém, no entanto, a convicção de que a partir do fim desta semana o essencial das transacções será realizada unicamente em euros.
O entusiasmo suscitado pelas primeiras horas da nova moeda revela até que ponto a construção europeia está em vias de passar de uma noção abstracta para uma realidade concreta que marcará o quotidiano dos seus 304 milhões de cidadãos, reforçando a sua identidade europeia e o sentimento de partilha de um destino comum.
Com a nova moeda, os europeus têm "um pedaço da Europa nas mãos", afirmou Romano Prodi, presidente da Comissão Europeia, quando, no dia 31 de Dezembro, dizia "adeus a 12 grandes moedas nacionais" e a "uma parte da história" da Europa. "O euro é a vossa moeda, a minha moeda, a nossa moeda", sublinhou.
Para a presidente do Parlamento Europeu, a nova moeda representará o início da união política da Europa. "O euro vai ter um efeito federador muito positivo", afirma Fontaine. O mesmo pensa Laurent Fabius, ministro francês das Finanças, para quem o euro marca o início do "segundo acto da aventura europeia": por um lado, o reforço da coordenação das políticas económicas dos 12 membros da eurolândia, e, por outro, uma "verdadeira federalização orçamental".
Mas foi porventura Paavo Lipponen, primeiro-ministro finlandês, quem melhor expressou a profundidade da verdadeira revolução que acompanhará o euro: no seu discurso de fim de ano e de saudação ao euro, dirigiu-se aos seus compatriotas com um singular "nós, europeus finlandeses ...".(02.01.02/Fonte : Público)