Já foi notícia !
11/01
Cinema: a factura da ingenuidade numa história verdadeira
(30.11.01/Fonte : Diário de Notícias)
Bastião da Língua Portuguesa no coração de Paris ameaçado
Situada no “quartier latin”, no coração universitário de Paris, a Livraria Lusófona dignifica há 15 anos a Língua portuguesa e os autores lusófonos junto de portugueses e estrangeiros. Propriedade do casal João e Anabela Heitor, a Lusophone atravessa agora um momento crítico, devido a problemas com a administração fiscal francesa. Em sua defesa, entidades oficiais, movimento associativo, população universitária e o cidadão comum, todos eles habituados a “esta âncora da Língua portuguesa”, acorreram em sua defesa.
A Livraria Lusófona - um bastião da Língua e cultura portuguesas no coração de Paris - corre o risco de fechar na sequência de um “imbróglio jurídico” com a administração fiscal francesa.
Propriedade de João e Anabela Heitor, a Livraria Lusófona nasceu há 15 anos no “quartier latin”, junto à Universidade Sorbonne, e é fruto da paixão que o casal português sempre teve pelos livros.
Sem querer entrar em detalhes, João Heitor adiantou ao Emigrante/Mundo Português que a Lusophone atravessa uma “série de dificuldades”, relacionadas com problemas de ordem fiscal, um caso que está a seguir os trâmites legais no Tribunal Administrativo de Paris. “É todo um imbróglio que estamos a tentar solucionar, mas as coisas não são assim tão fáceis”, afirma.
“Sentimo-nos quase com vontade de desanimar, só que a reacção da comunidade tem sido muito positiva, tem havido uma adesão até do Embaixador de Portugal em Paris, do Instituto Camões, da Gulbenkian, do corpo universitário e, de uma maneira particular, dos cidadãos”.João Heitor diz-se surpreendido com a “importância da Lusófona para a comunidade”. “Não sabia que o nosso trabalho de quase 15 anos era tão apreciado, tão querido e, sobretudo, tão necessário”, sublinha.
Heitor considera uma “perda irreparável” para a Língua a morte de qualquer livraria portuguesa. “Seria vergonhoso mesmo. Temos rádios, jornais, mas é nas livrarias que circulam o livro, o jornal, o disco, as ideias. Estamos num país francófono e nós somos um pequeno bastião, uma pequena âncora, um barco, um farol de espírito aberto dentro de um certo pensamento europeu, de uma visão cosmopolita europeia. Não é aquele guetozinho que vem aqui, o emigrantezinho ou o português. Vem aqui o cidadão, as pessoas. A livraria tem feito a sua escolha, não encontra aqui Nossas Senhoras de Fátima, nem futebóis, nem pimbalhadas. Encontra o que há de melhor na nossa literatura e, porque não, também um ou outro artigo popular”.A Lusófona assenta num projecto global e divulgador do livro lusófono, apresentando obras em Língua Portuguesa e traduções para outras livrarias, bibliotecas e público.
Trata-se, segundo o embaixador de Portugal em França, de uma “instituição extremamente importante”. “O nome diz tudo”, afirmou António Monteiro à Agência Lusa, “temos poucas coisas aqui que de facto possam contribuir para a divulgação da Língua Portuguesa”. Preocupado com a ameaça de encerramento da livraria portuguesa, o diplomata evocou a longa existência da Lusophone, enquanto “instituição conhecida e reconhecida, não só para portugueses como para estrangeiros que ali se inteiram do que se passa culturalmente em Portugal, que ali vão beber um bocado à fonte da Língua portuguesa”.
Contactada pelo Emigrante/Mundo Português, fonte da Embaixada adiantou que está a ser feito “tudo o possível” para ajudar o casal Heitor. A mesma fonte adiantou ainda que têm chegado inúmeras cartas de apoio à Lusófona, enaltecendo o seu papel na dignificação da língua portuguesa e evocando-a como espaço de tertúlias literárias.(29.11.01/Fonte : Mundo Português - O Emigrante)
Presença do cavalo lusitano em várias regiões
(28.11.01/Fonte : Diário de Notícias)
Filha de Espanha, neta de Portugal
(27.11.01/Fonte : Diário de Notícias)
Denúncias sobre Impostos: queixas dos contribuintes não param de aumentar
Emigrantes na Alemanha contestam dupla tributação, pagando impostos mais elevados em Portugal
(26.11.01/Fonte : Diário de Notícias)
Portugal tem segundo PIB por habitante mais baixo da UE
(20.11.01/Fonte : Diário de Notícias)
Internacionalização no Mercosul: Portugal descobre Argentina
(19.11.01/Fonte : Diário de Notícias)
Transferências bancárias já têm projecto de regulamento
(16.11.01/Fonte : Diário de Notícias)
Pólo de Chaves contra "condições degradantes"
(15.11.01/Fonte : Diário Económico)
A Galeria Nacional de Arte da China, considerada o mais importante salão de exposições de Pequim, abriu ontem as portas, pela segunda vez no espaço de um ano, a uma exposição individual de um artista português.
Cerca de quarenta pinturas de Manuel Amado podem ser apreciadas, até domingo, naquela galeria que, em Fevereiro do ano passado, recebeu uma mostra de Júlio Pomar. «O intercâmbio entre a China e Portugal tem-se desenvolvido de forma muito positiva», disse ontem o antigo vice-ministro chinês da Cultura, Liu Deyou, citado pela Lusa.(13.11.01/Fonte : Diário Económico)
"Portugal nunca teve tanto dinheiro para a Educação"
(13.11.01/Fonte : Diário de Notícias)
Gestores de Topo Antecipam Recessão em Portugal
Mais de metade dos gestores de topo portugueses acreditam que Portugal entrará em recessão. É também uma clara maioria que defende uma alteração do Pacto de Estabilidade e Crescimento, de forma a que o défice público possa ultrapassar os três por cento do PIB.
Já foi dito e redito, o mundo mudou no dia 11 de Setembro. Ao nível económico, estabeleceu-se um clima de incerteza e insegurança e aumentou o receio de contracção da actividade produtiva. As opiniões dos membros do Observatório Fórum de Administradores de Empresas (FAE)-PÚBLICO reflectem esta nova realidade, revelando um crescente pessimismo em relação à evolução económica, quer numa perspectiva micro quer numa perspectiva macro.
Começando pela primeira abordagem, passaram de 15 para 31 por cento os inquiridos que prevêem um menor volume de negócios das suas empresas nos próximos três meses; de 29 para 44 por cento os que acham que será inferior o nível de investimento nesse mesmo período; e de 17 para 38 por cento os que esperam um menor número de postos de trabalho nas empresas por si geridas.
Vários foram os sectores fortemente afectados pelos ataques de Setembro, como os seguros, o turismo e a aviação civil. Um reforço do medo de voar aliado a um adiamento de despesas de turismo por retracção do consumo privado colocou várias empresas destes dois últimos sectores em sérias dificuldades. A diminuição das viagens de negócios também em nada ajuda, e aí estão os inquiridos do Observatório a confirmar que esta tendência veio para ficar: 45 por cento acreditam que a frequência destas viagens será fortemente afectada.
Os mercados mobiliários, já em forte queda desde o primeiro semestre do ano passado, foram igualmente abalroados pelos acontecimentos de Setembro e pela resposta político-militar em curso. Muitos operadores acreditam que há títulos a preço de saldo e que é chegada a altura de comprar. Os membros do painel encontram-se bastante divididos na sua análise, com 45 por cento a afirmarem que as bolsas ainda não bateram no fundo.
A avaliação que o Observatório faz da conjuntura macroeconómica é a outra face de uma moeda cunhada com muito pessimismo. Os entrevistados dividem-se quase a meio quanto à possibilidade de ocorrerem recessões em Portugal, na União Europeia (UE), nos EUA e no mundo. As maiores apostas quanto a contracções do PIB em dois trimestres consecutivos recaem sobre a economia norte-americana (57 contra 33 por cento) e a portuguesa (53 contra 38 por cento). A UE é a única região económica onde as opiniões cépticas quanto à ocorrência de uma recessão superam as opiniões pessimistas.
Maioria quer défices públicos superiores a três por cento do PIB
Que podem os governos fazer na actual conjuntura de forte travagem económica e de incerteza quanto ao futuro? Quase três quartos dos inquiridos inclinam-se pela política monetária, favorecendo novos cortes nas taxas de juro. Surpreendentemente, mais de metade do Observatório parece convertida ao keynesianismo, defendendo também um aumento dos gastos públicos. Mas com a despesa pública a crescer e a receita fiscal a enfrentar os problemas resultantes da desaceleração da actividade económica, não se corre o risco de se fazer marcha-atrás em matéria de consolidação orçamental? Sim, mas a maioria dos entrevistados (60 por cento) é da opinião que a actual conjuntura justifica uma alteração do Pacto de Estabilidade e Crescimento, assinado pelos países que aderiram ao euro, que proíbe os défices públicos de ultrapassarem três por cento do PIB.
Sabendo-se que a duração do actual menor dinamismo económico depende sobretudo da eficácia e celeridade da resposta dos EUA e dos seus aliados aos ataques terroristas de 11 de Setembro, o Observatório deixa-nos uma nota de algum optimismo: 60 por cento dos inquiridos consideram boa ou muito boa a resposta da comunidade internacional ao terrorismo.
Num clima de instabilidade internacional, aumenta a benevolência na avaliação da classe política nacional. O Presidente da República, o primeiro-ministro e os líderes do PSD e PCP vêem a sua avaliação melhorada, regressando o primeiro a território positivo. A excepção à regra é Paulo Portas. O presidente do CDS-PP vê os que consideram a sua actuação fraca ou má passar de 47 para 56 por cento.
Quanto aos membros do Governo, razoáveis estreias para Oliveira Martins, Braga da Cruz e Correia de Campos, e manutenção das apreciações de Ferro Rodrigues, Alberto Martins e António Costa.(12.11.01/Fonte : Público)
Jovens Portugueses Longe das Novas Tecnologias
Um grande entusiasmo pela integração europeia e uma baixa utilização das novas tecnologias de informação e comunicação são características dos jovens portugueses, segundo o Eurostat. O organismo responsável pelas estatísticas comunitárias acaba de publicar um Eurobarómetro especial com os resultados de 10 mil entrevistas, realizadas entre Abril e Maio de 2001 a jovens com idades entre 15 e 24 anos, nos 15 Estados-membros.
Os portugueses acreditam que a UE permite a criação de um futuro melhor para os jovens: 34,6 por cento dos jovens nacionais inquiridos pensa desta forma, sendo a média europeia de 28,1. Os jovens lusos também acham que a UE permite melhorias na situação económica: 34,4 por cento de respostas em Portugal para uma média europeia de 31,1. Por outro lado, os jovens portugueses pensam que daqui a dez anos a UE vai permitir uma melhor qualidade de vida para as pessoas (35,9 por cento para uma média de 25,0) e uma maior igualdade entre homens e mulheres (26,7 e 16,7).
Quanto à utilização das novas tecnologias, os portugueses são dos últimos na União: apenas 50,3 por cento afirma ter um computador (a média dos Quinze é 56,4 por cento), 14,8 tem "e-mail" (30,7), 26,1 "navega" na Internet (37,3) e 17,8 tem uma consola de jogos (23,9).(09.11.01/Fonte : Público)
Heterónimo de Pessoa traduzido na Dinamarca
(08.11.01/Fonte : Diário de Notícias)
Portuguesa eleita para comissão da ONU
(08.11.01/Fonte : Diário de Notícias)
Delegação dos EUA avalia fronteiras portuguesas
(07.11.01/Fonte : Diário de Notícias)
Há risco de divergência permanente com a Europa
É a tese de Jorge Vasconcellos e Sá e Miguel Frasquilho, cujo livro, que promete polémica, será apresentado dia 22 por Marcelo Rebelo de Sousa e Medina Carreira.
Portugal entrou num impasse perigoso. Ou muda de vida para retomar o caminho da convergência real com a Europa, ou mantém tudo como está e entra num processo de afastamento gradual dos níveis médios de riqueza dos seus parceiros. A segunda hipótese, no actual estado de coisas, é a mais provável, defendem Jorge Vasconcellos e Sá e Miguel Frasquilho, o primeiro, professor catedrático no Instituto Superior de Economia e Gestão, e o segundo, docente da Faculdade de Economia da Universidade Católica. A tese é defendida no livro «Portugal Europeu?», que será apresentado ao público no dia 22 de Novembro, por Marcelo Rebelo de Sousa e Medina Carreira, no Grémio Literário. Cavaco Silva, Ernâni Lopes e Eduardo Catroga também promovem o trabalho, comentando-o na contracapa.
«A diferença de nível de vida entre Portugal e a Europa é já muito grande», afirmam os autores, que dedicam a maior parte do trabalho a medir essa diferença. Agora, das duas uma: «Ou nos próximos dois ou três anos Portugal faz uma recuperação drástica na sua competitividade ou nunca Portugal chegará à média europeia. Isto num horizonte razoável na economia, de meio século. Ou seja, este livro vem dizer que a tendência é para Portugal divergir da Europa», afirma-se no prefácio.
O problema é que se esgotou o modelo sobre o qual tem assentado o desenvolvimento em Portugal. O nó górdio está na produtividade. E esta «tem vindo a decrescer», advertem os autores, sustentando o veredicto apenas com a análise do que se passou nos últimos dois anos (-0,1% em 2000 e -0,2% em 2001 - valor estimativo).
«Se no passado recente (...) Portugal conseguiu taxas de crescimento superiores às da média europeia, apesar da sua fraca produtividade, no futuro tal não será possível devido ao pleno emprego e à tendência para a taxa de actividade diminuir», diagnosticam Vasconcellos e Sá e Miguel Frasquilho.
Se o envelhecimento da população se traduzirá gradualmente numa parcela menor de população activa na população total e o pleno emprego não permite trazer para o processo produtivo mais trabalhadores, por falta de reserva na população activa, resta a Portugal aumentar a quantidade de produção gerada por cada trabalhador.
A manutenção do actual estado de coisas, defendem os economistas, é a receita certa para o desastre. Que pode revestir duas modalidades: um lento deslizar para níveis de prosperidade cada vez menos europeus, ou uma recessão profunda e duradoura, «que pode durar quatro a seis anos, se nada for feito», afirma Miguel Frasquilho, em declarações ao DE.
Em qualquer dos casos, o «equilíbrio na continuidade» passará sempre por uma «rarefacção de moeda e pela [posterior] venda de activos ao estrangeiro», disse ao DE Jorge Vasconcellos e Sá. Ou seja, passará por uma crescente indisponibilidade do exterior para fornecer liquidez a uma economia cada vez mais endividada e, depois, quando esta já não for capaz de servir os seus compromissos por falta de rendimento, pela alienação forçada de património. Um equilíbrio que «não inverte a situação, não é auto-correctivo, é cumulativo» e conduz a um estado de coisas «cada vez pior», acrescenta Vasconcellos e Sá.
O que deveriam fazer as políticas macroeconómicas neste impasse? Estimular a poupança e o investimento, em detrimento do consumo. «O que fez o Governo até finais de 2000? Continuou a [fazer] crescer os gastos públicos a altas taxas e decidiu aumentar os impostos sobre a poupança (...), logo desincentivando esta e o investimento». Tem-se assim, «no início do novo milénio, em Portugal, dois paradoxos: um na economia», que, estimulada do lado da procura, em fase de pleno emprego só consegue produzir mais inflação, e «outro no Governo, que faz o oposto do que devia». Paradoxos para os quais os economistas não vêem vontade política de solução, e alimentam a mais pessimista das perspectivas sobre Portugal, até agora publicadas em forma de livro.(06.11.01/Fonte : Diário Económico)
PPR e PPE isentos de imposto de sucessões
(05.11.01/Fonte : Diário de Notícias)