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06/01

Portugueses são os que mais morrem entre os jovens europeus

Os jovens portugueses de 15 aos 24 anos são "de longe" aqueles que mais morrem na União Europeia (UE), principalmente devido aos acidentes de viação. Estatísticas divulgadas ontem em Bruxelas pelo Eurostat apontam Portugal como o Estado membro que tem, "de longe, o maior número de mortos, 97 por 100 mil habitantes em média anual, entre 1994 e 1997" entre os jovens.

As estatísticas da UE apontam os jovens portugueses como sendo os que mais morrem devido ao cancro.(29.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Preços sobem mais no Porto

Consumidores de Lisboa são os menos penalizados do conjunto do País, registando-se mesmo um desagravamento nas compras efectuadas nos supermercados, nos bens de consumo corrente

Os preços dos bens de consumo corrente dispararam, no último ano, em todo o País, triplicando e às vezes quadruplicando os valores da inflação. A excepção foi Lisboa.

No Porto, por exemplo, os preços praticados pelos supermercados registaram um aumento de 9,4 % entre Janeiro de 2000 e Janeiro de 2001, depois de terem subido apenas 2,0 % no ano anterior; enquanto em Lisboa se registou um desagravamento de 0,1 pontos, com os preços a subirem no último ano apenas 4,8 % nos supermercados da capital. Nos hipermercados o cenário foi muito idêntico.

Os produtos de higiene pessoal chegaram a registar aumentos de 13,7 % (nos supermmercados do Porto), seguidos pelos produtos de limpeza (mais 12,6 %) e do cabaz de produtos de alimentação (aumentos de 8,5 % no Porto e apenas 2,2 % em Lisboa).

Destaque para a quebra de 2 % no preço da carne de vaca e de 5,5 % nos ovos, em contraponto com os aumentos anuais de 57,6 % no frango e 52,8 % na batata branca.

O estudo da Direcção-Geral do Comércio e da Concorrência teve por base um cabaz de 208 produtos de consumo corrente.(28.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Radiografia de Portugal mais completa

Resultados preliminares do recenseamento revelam diferenças entre as regiões norte e sul do País

A região de Lisboa e Vale do Tejo tem cerca de 3,5 milhões de habitantes, segundo os resultados preliminares dos Censos 2001, que indicam uma população nacional acima dos dez milhões. "Há uma evolução própria das áreas metropolitanas, que corresponde a uma perda do Centro em favor das coroas que se desenvolvem a volta", disse João Nuno Mendes, secretário de Estado do Planeamento, acrescentando que o facto de a população nacional ter ultrapassado os dez milhões de habitantes "é sinal de que o País está mais rico".

Afirmou ainda que "é um número mágico, o dos dez milhões, que foi muito importante ultrapassar num País na nossa fase de desenvolvimento, sinal de que ganha futuro e é mais rico". Segundo João Ferrão, investigador principal do Instituto de Ciências Sociais, "estes resultados preliminares só demonstram que os portugueses estão mais europeus", acrescentando que "existe de facto uma convergência da demografia nacional em relação a outros países europeus".

Por seu turno, a população açoriana aumentou dois por cento entre 1991 e 2001, mas apenas três das nove ilhas do arquipélago - S. Miguel, Faial e Corvo - viram crescer o número dos seus residentes no decénio.

Os Açores passaram a ter 242 073 habitantes, contra 237 795 em 1991, registando-se um crescimento da população pela primeira vez desde 1960.

Relativamente ao Algarve, o grupo formado pelos concelhos de Faro, Loulé, Olhão e Portimão detêm cerca de 51, 3 por cento da actual população do Algarve, estimada em aproximadamente 392 mil pessoas. No Algarve, os concelhos que apresentaram maiores taxas de crescimento populacional, em termos absolutos, foram Loulé (mais 12 088 habitantes) e Albufeira (mais 9964 habitantes).

A população do Alentejo decresceu 2,7 por cento, devido "em grande medida" ao saldo natural global negativo verificado na região nos últimos dez anos.

Segundo os dados preliminares dos Censos, entre 1991 e 2001 o número de óbitos foi superior ao número de nascimentos ocorridos no Alentejo em cerca de 29 mil pessoas, o equivalente a 5,3 por cento da população residente há dez anos. No entanto, o Alentejo ganhou população através das migrações, uma vez que, segundo o INE, o saldo migratório positivo registado atinge aproximadamente 14 mil indivíduos.

Já na região norte, a população residente ascende a 3,6 milhões, sendo Gaia o concelho que registou maior crescimento populacional na última década.

Em número de habitantes, em dez anos o concelho de Gaia ganhou quase tantos indivíduos quantos o Porto perdeu: a população da cidade do Porto reduziu-se em cerca de 39,5 milhares, enquanto Gaia conta com mais 39 mil pessoas, passando a ser o maior município da região.

O abrandamento da desertificação do interior norte de Portugal foi destacado pelo secretário de Estado adjunto do Planeamento, Ricardo Magalhães, que apelou ao INE para que faça, agora, "um aprofundamento dos factores reais que terão invertido a tendência de desertificação", acrescentou ainda que "isto significa que se criaram dinâmicas, públicas ou privadas, que permitiram estabilizar a população no interior do País".(27.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Bruxelas não vê a cor-de-rosa

Comissário Solbes diz que economia portuguesa tem baixa produtividade e "absoluta necessidade" de cortes na despesa

O comissário europeu, Pedro Solbes, fez ontem em Lisboa uma intervenção muito crítica da política económica do Governo. Embora tenha elogiado o plano de poupança na despesa pública, "absolutamente necessário", Solbes traçou um quadro negro da situação do País, que tem "uma produtividade baixa". Nas entrelinhas, mencionou o atraso das medidas aprovadas na quinta-feira pelo Governo. O ministro das Finanças, Pina Moura, autor dos cortes, admitiu, por seu lado, que estes vão implicar "sacrifícios para os portugueses".

Pina Moura reconheceu que o orçamento tem escassa margem de manobra, "já que grande parte dos recursos são afectos a custos de pessoal da administração pública" e a leis da Assembleia. O ministro, sem os nomear, admitiu que terão de ser reavaliados alguns dos projectos de obras.

Pina Moura falava na conferência "A Qualidade da Despesa Pública, um Imperativo Democrático", onde a intervenção do comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos e Monetários pareceu indicar que Bruxelas está impaciente com o Governo. Pedro Solbes retratou em tons negros o estado da economia. "Estou convencido de que o processo de consolidação orçamental em Portugal tem de adoptar uma estratégia mais sólida", disse o comissário, pouco antes de acrescentar que soube dos "cortes drásticos" quando terminava a elaboração do discurso.

Solbes repetiu argumentos que, até há pouco tempo, eram bem minoritários: "A evolução do gasto corrente primário foi principalmente resultado da rápida subida dos custos salariais do sector público e do gasto público relacionado com o sector da saúde. (...) O nível de despesa em relação ao PIB, nestas áreas, supera a média da UE, o que sugere que existe um problema de eficiência nos gastos".

O comissário recordou que, em 1997, Lisboa prometera reduzir a despesa corrente primária em meio ponto percentual de PIB até 2000, tendo o crescimento sido na realidade de 2 %. A seguir, pôs em causa a qualidade do investimento no capital humano, pois os índices educacionais são modestos. "Tendo em conta que o nível de produtividade é muito baixo em Portugal e que, ainda por cima, não tem evoluido favoravelmente nestes últimos anos, é claro que esta área [capital humano] merece muita atenção".(26.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Portugal forma equipas de resgate em escombros

Homens e cães trabalham, debaixo de um sol abrasador, no quartel de Chelas do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa para, a partir de 2002, Portugal dispor de um grupo especializado e devidamente equipado com capacidade para actuar no resgate de vítimas de derrocadas originadas por sismos ou outros acidentes. A denominada Unidade de Catástrofes, que chegará aos 60 elementos de diferentes valências, terá meios logísticos próprios e capacidade para partir em quatro horas para qualquer ponto do país ou do mundo, onde seja requerida a sua intervenção. Esta estrutura de reserva, com custos de instalação de 150 mil contos, é constituída por pessoal do quadro dos Sapadores que está a aprofundar a sua formação geral em áreas que vão do socorrismo avançado e inglês, para todos, às transmissões/comunicações e aos diversos sectores relacionados com a actuação em escombros, cobrindo assim as valências necessárias a este tipo de actuação. "As equipas são interdisciplinares, começando pela busca de vítimas, através de cães, a forma mais rápida e eficaz, ou de meios electrónicos, como sensores que detectam vibrações sonoras, câmaras térmicas ou câmaras de vídeo com objectivas minúsculas para visão normal ou de infravermelhos", assinala ao Correio da Manhã o tenente-coronel António Antunes, segundo comandante do RSB, com o entusiasmo próprio de quem participa no acto criador de algo que considera importante. Quando a busca resulta na detecção de uma vítima soterrada é então necessário retirar os escombros, num trabalho assegurado pelas equipas de desobstrução, em que é exigida firmeza mas também o cuidado e a precisão de um cirurgião. Este pessoal está munido de material de corte, tipo rectificadoras, e de elevação, com cabos, bem como martelos pneumáticos e eléctricos de demolição. Na retaguarda, estão as brigadas médicas, com capacidade para socorrer vítimas no momento, num pequeno hospital de campanha, ou numa ambulância todo-o-terreno medicalizada. E ainda o pessoal auxiliar, com telefones por satélite, dinheiro, alimentos, água e medicamentos, o que confere à Unidade de Catástrofe do RSB uma autonomia de subsistência de sete dias.(25.06.01/Fonte : Correio da Manhã)

 

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Lisboa desdramatiza o êxodo de portugueses da África do Sul

O Governo português desdramatizou ontem a eventualidade de um êxodo de portugueses ou lusodescendentes da África do Sul, devido à violência que grassa naquele país, onde foram já assassinados 14 cidadãos lusos desde Janeiro último.

O secretário de Estado da comunidade portuguesa, João Rui de Almeida, falou aos jornalistas, após uma reunião com a Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros, explicando o contexto da violência na África do Sul, as preocupações das comunidades aí residentes, nomeadamente a portuguesa, e as iniciativas que Lisboa tem tomado.

Admitindo tratar-se de uma "questão sensível", João Rui de Almeida adiantou que deve ser desdramatizada a ideia de um êxodo para Portugal, uma vez que o que está em causa é a segurança da comunidade portuguesa radicada na África do Sul.

Nesse sentido, sublinhou a aposta de Lisboa em três vertentes que minimizem os efeitos da criminalidade na África do Sul, a prevenção, combate ao crime e o apoio aos familiares das vítimas.

Em relação à prevenção, o governante considerou fundamental evitar situações de risco, já que parte dos portugueses assassinados eram proprietários de estabelecimentos comerciais, abertos fora de horas e portanto mais vulneráveis. É também necessário alertar a comunidade internacional para que pressione e ajude a combater a criminalidade.

No combate ao crime, o secretário de Estado salientou a participação da comunidade portuguesa em acções conjuntas com a polícia sul-africana, através da criação dos "fóruns policiais de bairro" nas zonas críticas para exercer uma maior vigilância e uma actuação mais rápida das forças de segurança bem como prevenir novos incidentes.

Relativamente ao apoio aos familiares das vítimas, Manuel Rui de Almeida manifestou o desejo de criar um fundo de solidariedade entre a comunidade portuguesa, com a participação o Governo português, realçando estar já em andamento um "gabinete de apoio psicológico" , que complementa a assistência social em curso dada pelas secções consulares de Portugal na África do Sul.

João Rui de Almeida destacou ainda a questão da cooperação entre as polícias portuguesa e sul-africana, aspectos a equacionar na visita a Lisboa da ministra provincial da Segurança do Gauteng, Nomvula Mokonyane, marcada para 2 e 3 de Julho.(22.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Negócios aceleram na indústria portuguesa...

O volume de negócios na indústria portuguesa está a crescer em grande velocidade. Desde o início do ano até Abril, as transacções aumentaram ao ritmo de 4,3 %, impulsionadas por um salto de 7 % nos negócios no mercado externo, que compensou a subida de apenas 3,1 % no mercado interno. A boa performance da indústria reflecte a aceleração de 4,7 % nos bens intermédios; de 4,6 % nos bens de investimentos e uns mais modestos 3,5 % nos bens de consumo. O motor dos negócios, no conjunto deste ano, tem sido a produção e distribuição de electricidade, gás e água (mais 4,6 %). Nas indústrias transformadoras, os negócios subiram 4,3 % e apenas 0,8 % nas indústrias extractivas.

... mas emprego está em forte quebra este ano

Mas se os negócios estão a crescer, o mesmo não acontece com o emprego. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o emprego na indústria portuguesa baixou 2,2 %, no conjunto dos primeiros quatro meses deste ano, sob a pressão de uma quebra de 8,5 % no sector de produção e distribuição de electricidade, gás e água e de 2,2 % nas indústrias transformadoras. Ao contrário, o emprego cresceu 2,9 % nas indústrias extractivas. E foi precisamente neste sector que se registou um forte aumento de 10 % nas remunerações, que acabou por empolar os ganhos salariais - 2,9 % este ano, em termos nominais. O número de horas trabalhadas na indústria diminuiu 3,1 %.(21.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Portugueses "fazem" supertelescópio

Equipa de cientistas de Lisboa e Coimbra concebe câmara de infravermelhos para o OWL, do ESO

Uma equipa portuguesa vai participar na construção do maior telescópio do mundo (OWL), que poderá permitir aos investigadores dar um salto no conhecimento do universo e da própria história dos homens.

Os portugueses do LIP (Laboratório Instrumental de Físicas de Partículas) de Coimbra, do Ineti e da Universidade de Lisboa vão conceber uma câmara de infravermelhos para uma das estruturas do instrumento, em colaboração com o ESO, entidade europeia para a astronomia. Esta tecnologia, operacional em 2014, é essencial para o desenvolvimento do supertelescópio, que ultrapassará o actual VLT, instalado no deserto do Chile.

A distância de alcance para imagens de grande resolução será semelhante à de se conseguir, a partir da Terra, uma fotografia de um homem na Lua. "Isto é completamente inédito", assegura o astrónomo português do ESO, João Alves. Esta tecnologia tem consequências que ultrapassam a própria astronomia, podendo vir a ser utilizada em medicina. Actualmente, o software utilizado para observar a formação de jovens estrelas é exactamente o mesmo que os técnicos usam para fazer mamografias.

A participação no projecto OWL (Overwhelmingly Large) é sinal do dinamismo da comunidade astronómica nacional, facto realçado por todos os presentes na cerimónia de apresentação do ESO em Portugal. O desenvolvimento foi de tal ordem que, afirma João Alves, a manter-se a taxa de crescimento do número de cientistas desta área verificada nos últimos dez anos, todos os portugueses seriam astrónomos dentro de um século.

No entanto, os investigadores lamentaram, perante o ministro Mariano Gago, a falta de futuro. Não há contratos de trabalho que garantam a estabilidade na investigação. As posições permanentes estão relacionadas com o ensino, implicando pesquisas em tempo parcial. Não há um laboratório de Estado dedicado à astronomia e apenas bolsas de estudo, sem duração indefinida, permitem a investigação.

Mariano Gago deixou aos presentes uma mensagem de confiança, mas não deu qualquer garantia de vida segura: quando as universidades não assegurarem a colocação dos investigadores actualmente em formação, o Governo fá-lo-á nas actuais instituições públicas de investigação. No entanto, não há certezas, a não ser a da competição. "Queremos instituições para seleccionar os melhores portugueses e estes vão concorrer também com investigadores estrangeiros", afirmou o ministro. "Terão emprego, mas não terão uma vida segura."

Teresa Lago, directora do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, defende que deveria ser dada às instituições a possibilidade de garantirem contratos de trabalho mais longos. A também presidente da Sociedade Porto 2001 defendeu a necessidade de um plano estratégico de acção, redefinindo a agenda da astronomia e os objectivos da investigação e da comunidade nacional.

Radiotelescópio será mais potente que o "Hubble"

O próximo passo do ESO - European Southern Organization - é a construção de um radiotelescópio. A sua dimensão é a de 64 antenas (como as parabólicas) de 12 metros de diâmetro cada, distribuídas por uma área de 14 quilómetros. Instalado no Chile, como o VLT, o ALMA poderá ser considerado o primeiro projecto verdadeiramente global em astronomia, já que o consórcio responsável pela sua construção inclui ainda o Japão e os EUA. O objectivo do radiotelescópio, operacional a partir de 2010, será o de conseguir detalhes de imagem dez vezes superiores ao Hubble. Ou seja, permitir que a investigação vá um pouco mais além na descoberta do que é a vida humana, o universo e a nossa galáxia.(20.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Inflação ao valor mais alto desde 93

Preços no consumidor da zona euro subiram 3,4 % em Maio. Portugal é o segundo pior país da UE, com uma taxa de 4,9 %

A inflação na zona euro subiu em Maio para 3,4 %, o valor mais alto desde 1993. Portugal registou o segundo valor mais alto, 4,9 %, apenas atrás da Holanda, cuja taxa subiu repentinamente para 5,4 %. Energia, transportes e comida são os principais factores do aumento dos preços, por sua vez consequência da alta do barril de petróleo e das crises em torno da segurança alimentar.

O valor agora atingido está muito acima dos objectivos de médio prazo do Banco Central Europeu, cujo compromisso passa por uma inflação de 2 %.

Segundo os números ontem divulgados pelo Eurostat, a inflação média da União Europeia é um pouco mais baixa, 3,1 %, mas também está em crescimento veloz. Na zona euro, o valor homólogo (comparação com o mesmo mês do ano anterior) passou sucessivamente de 2,6 % em Março para 2,9 % em Abril, terminando em Maio a 3,4 %. Em Maio do ano passado a inflação homóloga da zona euro era de 1,9 %.

A evolução portuguesa é um pouco diferente: o valor homólogo mais elevado registou-se em Março, com 5,1 %. Portugal era então o caso mais grave. Em Abril, a inflação suavizou, baixando para 4,6 %, tendo a Holanda superado este valor, já com 5,3 %. Depois do abrandamento, os preços voltaram a subir.

Comunicações, saúde e vestuário são os factores com menor contributo para a alta de preços na zona euro. Os países menos afectados são o Reino Unido, França, Dinamarca, Itália e Áustria, todos abaixo de 3 %.(19.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Serviços do Estado sem controlo

Dinheiros públicos aplicados em mordomias excessivas, empréstimos não autorizados e facturas sem contrapartida

Mais de 130 mil contos em 34 novas viaturas. Este foi o custo da frota entregue a directores e consultores do INE, Instituto Nacional de Estatística, entre Janeiro e Outubro do ano passado. Pior, 18 dos felizes contemplados com carros exerceram o direito de opção de compra aos 24 meses, liquidando apenas 6 % do valor. Isto quando o ALD termina 36 meses após a assinatura do contrato. Este é apenas um entre dezenas de casos sob auditoria das Finanças, que vão desde a má gestão dos dinheiros públicos, a irregularidades ou mesmo ilegalidades.

Existem também casos insólitos. Por exemplo, a própria gestão da polícia está em causa, com um "caso" envolvendo um montante de 1,5 milhões de contos. Na Justiça, muitos juízes com casas de função distribuídas pelo Estado e que deveriam pagar uma renda mínima de 2,5 contos, simplesmente não pagam. Tarde ou cedo, serão obrigados a desembolsar a renda, cujo valor não é alterado desde 1982.

São vários os casos com rótulo de "escândalo" investigados pela tutela, na sequência de auditorias ordenadas pelas Finanças aos institutos e serviços autónomos. Ao vasculharem as contas do INE, os inspectores verificaram, atónitos, que o instituto pagou 388 mil contos em apólices de vida e doença, entre 1997 e 2000, a alguns funcionários, detectando casos em que se alargavam a familiares. Estes são apenas dois exemplos apontados nas auditorias como sérios indicadores de má gestão nas contas públicas.

Um relatório, na posse de alguns ministérios, descalça matérias explosivas, ainda sob investigação. Nas Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento, por exemplo, descobriu-se o incrível. Em 1999, sem autorização da tutela ministerial, a respectiva administração resolveu contrair um empréstimo de três milhões de contos. "Caso de polícia" poderá ser a emissão de facturas destinadas a requisição de fundos do Orçamento de Estado. Mas a passagem das respectivas facturas verificou-se sem contrapartidas em serviços ou bens. Ou seja, desconhece-se a sua aplicação. Foram ainda detectadas, na contabilidade, despesas confidenciais sem base legal. Para fugir aos obrigatórios limites de despesas, os responsáveis adoptaram, como expediente, o fraccionamento das despesas.

A direcção nacional da PSP, Polícia de Segurança Pública, está, também, sob suspeita. O saldo de gerência de 1999 no valor de 1,5 milhões de contos não foi aplicado em "remunerações certas e permanentes", tal como o determinado. Em vez disso acabou por ser gasto em outras despesas, actualmente em investigação.(18.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Português atrai espanhóis

Actualmente são seis mil os alunos da Extremadura a aprender a língua de Camões. É mesmo uma moda para as gentes de Badajoz, que abrange jovens do país vizinho entre os 22 e 25 anos

O número de alunos de Português na Extremadura espanhola não pára de aumentar. Em apenas cinco anos registou-se um acréscimo de 600 para seis mil. Mas os professores dizem agora que mesmo os estudantes mais evoluídos têm sérias dificuldades em falar correctamente a língua de Camões. Não há frase em que não incluam termos castelhanos e os folhetos em versão bilingue, que hoje proliferam naquela região, estão repletos de erros.

Por isso os professores dizem ser urgente que qualquer tradução seja feita por especialistas devidamente creditados, após terem constatado que o português escrito é dos idiomas mais difíceis e que, embora existam determinadas palavras aparentemente familiares, a gramática lusa é muito mais complexa que a espanhola.

Mesmo assim, aprender português, com mais ou menos intensidade, pegou moda nesta região espanhola, sobretudo em Badajoz, embora cada aluno tenha as suas aspirações. Contudo, os mais ambiciosos matriculam-se na Faculdade de Filologia Portuguesa da Universidade da Extremadura, em Cáceres, apesar de a maioria dos alunos se distribuírem pelas quatro escolas oficiais de idiomas existentes nesta província - Cáceres, Mérida, Placênsia e Badajoz - com a intenção de chegarem ao quinto ano, o que, pelo menos em teoria, já os habilitaria a falar com maior fluidez.

Porém, também há quem frequente estes cursos por simples curiosidade, aspirando somente a sentar-se num restaurante de Elvas e pedir, em bom português, um "frango assado" ou uma "açorda alentejana". Isto, se as ambições profissionais já estiverem concretizadas, porque, caso contrário, poder incluir no currículo o português já começou a ser requisito indispensável para subir na carreira, ou para se candidatar a empregos ligados às trocas comerciais, turismo ou saúde.

Por essa razão a faixa etária que mais frequenta estes cursos são jovens entre os 22 e 25 anos à procura de saídas profissionais. Hélder Ferreira, o professor mais antigo do curso na escola de Badajoz, onde lecciona Português há 13 anos, recorda que na década de 80 os poucos interessados que surgiam a aprender o nosso idioma era "gente romântica que tinha antepassados lusos. Mas hoje, este curso apresenta-se com um cariz mais económico", diz.

Ainda assim, Hélder Ferreira lamenta que muitos alunos não completem o curso, assinalando que ao fim do 1.º ano de ensino a grande maioria já perceba melhor o português que o alemão, levando os formandos a pensar que já estão habilitados a manterem uma conversa. Pura ilusão.

Os especialistas concluíram que mesmo com uns anos de ensino, os espanhóis continuam a ter mais dificuldades em perceber o português do que vice-versa, porque os lusos são mais esforçados.

"Português para todos" concebido em Badajoz

Apesar de não existirem muitos livros didácticos de português em Espanha, o mais comum nas escolas oficiais foi concebido em Badajoz, sendo acompanhado de uma versão sonora que permite aos alunos ouvirem correctamente a pronúncia. Os autores de "Português para todos", editado pela Luso-Espanhola Edições, são Hélder Ferreira e Frederico Zagalo. Apostaram em dar uma visibilidade atractiva aos aspectos culturais do nosso país.(15.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Bambu é alternativa em Trás-os-Montes

Universidade de Vila Real e serviços regionais de Agricultura têm campo experimental e estudam parcerias com a China

O Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias e Agro-Alimentares da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (ICETA/UTAD) e a Direcção Regional de Agricultura estão a estudar a introdução do bambu como cultura alternativa na região de Trás-os-Montes, e mais concretamente na chamada zona da Terra Quente.
Numa quinta, próxima de Mirandela, e desde 1997, uma dezena de espécies de bambu, das mais de 500 existentes, está a ser experimentada nas condições naturais da região, com resultados considerados muito positivos.
Projecto europeu
A implementação do estudo decorreu ao abrigo de um projecto europeu, através do departamento de Genética e Biotecnologia da UTAD, designado por "Bamboo for Europe", que terminou em 2000.
Segundo Guedes Pinto, vice-reitor da UTAD, "o projecto foi desenvolvido em Portugal, Espanha, França e Alemanha, com o objectivo de encontrar culturas alternativas para determinadas regiões, entre as quais a transmontana".
Na Terra Quente, foram introduzidos exemplares fornecidos por viveiros da Bélgica. Actualmente, já existem plantas com quatro metros de altura, em mais de dois mil metros quadrados de terreno.
Ainda segundo Guedes Pinto, o futuro do bambu nesta região pode passar "por uma colaboração estreita com uma Universidade da China - a de Zhouzhou, na província de Henan, através da Unidade CSFU (Central South Foresting University), que tem muito trabalho desenvolvido na área da produção e condução do bambu, seu uso industrial e valor alimentar (bebida, rebentos ou em conserva são alguns dos exemplos)". Para além da visita do reitor da congénere chinesa, com data marcada para finais de Junho, o ICETA está também em conversações com outras entidades e fundações nacionais, com vista à continuação do projecto.
Alargar a experiência

Valdemar Carnide, outro dos responsáveis pela iniciativa, adianta que há a intenção de "introduzir outras espécies e alargar os ensaios a outros pontos da região Norte". A introdução como produto alternativo é, segundo este professor da UTAD, "muito viável". Recorda ainda que, "na Alemanha, já existem no mercado filtros de papel para café em pasta de bambu, enquanto na Índia 30% do papel produzido é com base na matéria-prima desta planta. O bambu pode ainda ter inúmeras utilizações, como, por exemplo, para andaimes de prédios, pela sua resistência aliada à leveza, ou como corta-ventos". Na China é muito utilizado em aglomerado para fazer móveis, entre muitos outros fins.
Uma planta com múltiplas aplicações
O Bambu é uma planta da família das Gramíneas com um tronco lenhoso, que cresce em todos os tipos de solo, exceptuando-se os extremamente argilosos, tendo um bom crescimento em solos ácidos. Tanto pode ser integrada no sistema agrícola como no florestal, assumindo interesse nos dois sectores. É ideal para a estabilização do solo de lagoas e rios, prevenindo a erosão. Contribui para a valorização dos solos pobres das áreas envolventes. Como "árvore" pode também ser explorado para fins industriais, através do aproveitamento das suas fibras. As plantações de bambu são razoavelmente resistentes ao fogo, dado que os incêndios dificilmente atingem os seus rizomas no subsolo. Mais do que qualquer árvore ou floresta, a plantação de bambu resiste melhor às tempestades. É uma das plantas de crescimento mais rápido da terra, e, portanto, considerada como uma das mais apropriadas na melhoria do ambiente.
Hoje, na Europa, mais de 60 espécies já são multiplicadas através da cultura "in vitro".(14.06.01/Fonte : Jornal de Notícias)

 

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Médico emigrante defende Ministério das Comunidades

O médico e historiador português Luciano da Silva, radicado nos Estados Unidos, apelou ontem ao Governo para que crie um Ministério das Comunidades Portuguesas. Na sua aldeia natal, o médico - notabilizado pelos estudos sobre a "pedra de Digton" - considerou que os quatro milhões e meio de emigrantes "não podem ser representados apenas por uma Secretaria de Estado".(13.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Computadores são poucos mas há muitos telemóveis

Portugal é um dos países da União Europeia com menos computadores pessoais e internautas mas com mais telemóveis. Segundo números divulgados pelo Eurostat, o departamento de estatística da União Europeia, Portugal tinha em 1999 nove computadores pessoais por cada cem habitantes, correspondendo a um total de 900 mil unidades. Este valor não deixa de constituir um progresso substancial em comparação com os três computadores pessoais por cem habitantes registados em 1990.

Só a Grécia se encontra abaixo de Portugal no domínio dos computadores pessoais, com seis unidades por cem habitantes. A maior proporção de computadores na UE foi registada na Suécia, com 45 unidades por cem habitantes, sendo a média comunitária de 25. Nos Estados Unidos é de 52 e no Japão de 29.

O Eurostat revela que, no ano passado, 35 % da população europeia com mais de 15 anos tinha um computador pessoal em casa e cerca de 40 % utilizavam um computador no trabalho. A um número baixo de computadores em Portugal corresponde uma proporção de utilizadores da Internet muito inferior à do resto da UE, com 12,5 por cem habitantes. Só a Grécia teve um número inferior de internautas (12,1) e o máximo registou-se na Suécia (69).

Em contraste, no domínio da utilização de telemóveis, Portugal ficou nos primeiros lugares da tabela (67,5 por cada cem habitantes). O topo foi ocupado pela Suécia (73,8) e em último ficou a França (50,3).(13.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Corticeira Amorim investe na Tunísia

A Corticeira Amorim comprou 60 % da tunisiana Société Nationale du Liège e a totalidade da portuguesa Discork Cortiças, num investimento que ronda os 1,084 milhões de euros (216 mil contos). O negócio na Tunísia foi concretizado através da Amorim & Irmãos, no âmbito do processo de privatização daquela sociedade. Ontem, as acções da empresa fecharam com um ganho de 0,97 %, para os 1,04 euros.(12.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Acções ao mínimo, estrangeiros em fuga

A Bolsa já perdeu 16,5 % desde o início do ano. Operadores dizem que o "crash" pode estar próximo

A Bolsa de Lisboa já perdeu 16,5 % desde o início do ano. Alguns operadores dizem que o crash pode estar próximo, receando um agravar da descida nos próximos dias. "Há papéis estupidamente baratos e mesmo assim o mercado continua a cair", afirmou um operador. "Só não vê quem não quer: a reforma fiscal deu a machadada final, num mercado que já não andava bem", refere. Muitas empresas estão a fazer menos-valias em Portugal, numa tentativa de "planificação fiscal" que penaliza os cofres do Tesouro.

Por outro lado, há já várias casas de investimento que deixaram de analisar Portugal. Um research da Merril Lynch da passada semana fala de todos os países da zona "euro", menos do mercado nacional. "Quando éramos mercado emergente eles [investidores internacionais) vieram cá e ganharam dinheiro. Agora foram para outras paragens. Além do mais, com um País a crescer abaixo da média europeia, não há nada a fazer", analisou outra fonte.

Ontem, o índice PSI-20 voltou a bater mínimos, caindo 1,58 %, fixando-se a 8 727,89 pontos, o valor mais baixo desde o crash de Outubro de 1998. A negociação esteve todo o dia negativa, ao contrário da Europa, que só entrou para valores flat ou ligeiramente no "vermelho" depois de uma abertura em baixa do Nasdaq.

A Sonae SGPS perdeu 4,17 %, cotando-se nos fecho a 0,92 euros, um mínimo histórico. A bater mínimos do ano esteve a Portugal Telecom (menos 1,77 %), descendo até aos 8,89 euros, um valor que já não fazia desde 1999. BCP, Telecel e Sonae-Indústria também fecharam nos valores mais baixos de 2001.

A PT Multimédia foi o único papel do PSI-20 em alta. Subiu 1,3 %, com os investidores a acreditarem que, mais tarde ou mais cedo, a PT tem que lançar uma OPA geral sobre a sua participada.(12.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Portugal já atingiu meta de 2010 nas energias renováveis

A UE fixou como meta duplicar o peso das energias renováveis de 6 % para 12 % no seu Livro Branco sobre o sector. E, neste domínio, Portugal assumiu o compromisso de ter 39 % da produção da energia eléctrica com base em renováveis. Só que essa meta já foi atingida. Pelo que mais do que expandir nas renováveis, o que o Governo pretende é rebalancear os contributos das grandes hidroeléctricas face às outras energias renováveis.

"Estamos já em cima da meta a que nos comprometemos no Conselho Europeu de ministros da Indústria e Energia quanto à representatividade das energias renováveis em 2010. Ou seja, de que a produção de electricidade a partir de energias renováveis já representa 39 %", referiu Vítor Santos, secretário de Estado adjunto do ministro da Economia.

"Se analisar as energias renováveis na produção de energia, verificaria que em 1997 já tinhamos essa meta. Porquê? Porque na nossa produção eléctrica as grandes hídricas representam 34 %. E 5 % resultam de outros tipos de energias renováveis".

Porém, perante uma evolução do consumo de energia eléctrica em Portugal no intervalo entre 4,6 % e 4,8 % até 2010 e, por outro lado, a tendência das grandes hidroeléctricas para não acompanhar no lado da oferta o crescimento da procura, "o que teremos de fazer é reajustar os pesos dos dois segmentos, uma vez que a grande hídrica vai perder peso. É essa a razão pela qual se tem de aumentar o peso das outras energias renováveis, mantendo esses 39 %", explicou. "Teremos de reforçar o peso das outras energias renováveis em 58 %", passando dos actuais 15 500 GWh produzidos através das renováveis para os 24 500 GWh da directiva. O Governo quer aumentar em 25 vezes a potência instalada em parques eólicos, passando dos 80 MW para 2000 MW, duplicar a potência nas mini-hídricas e multiplicar por cem a potncia nos outros empreendimentos de renováveis, para se atingirem 1200 MW.(11.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Jornal português na Austrália celebra 30 anos

O semanário de língua portuguesa O Português na Austrália comemora o seu 30.º aniversário no domingo. Alzira Martins, co-proprietária, diz que existem preocupações quanto ao futuro, já que a comunidade portuguesa está a envelhecer e a juventude não parece muito interessada em notícias, principalmente através de órgãos de comunicação social portugueses.(08.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Portugueses e australianos eliminam vistos

Os portugueses vão deixar de necessitar de visto para entrar na Austrália a partir de 1 de Agosto, graças a um acordo bilateral assinado em Camberra e que se aplica igualmente aos australianos. O acordo é válido para estadas até 90 dias, que excluam actividades remuneradas ou de estudo.(07.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Remessas dos emigrantes aumentaram em Março de 2001

As remessas dos emigrantes enviadas para Portugal voltaram a subir em Março, estimando-se em 259 milhões de euros (51,8 milhões de contos), mais 46 milhões de euros (9,2 milhões de contos) do que no mês anterior.

Durante o mês de Março, os emigrantes portugueses enviaram para Portugal mais 46 milhões de euros (9,2 milhões de contos) do que no mês anterior.

Dados do Banco de Portugal indicam, no entanto, que nos últimos doze meses o total das receitas tem variado significativamente, sendo Julho de 2000 (com 425 milhões de euros - 85 milhões de contos) o que registou a maior subida, mais 162 milhões de euros (32,4 milhões de contos) face ao mês anterior.

Verifica-se ainda que o mês seguinte, Agosto de 2000, foi o que registou a maior quebra, ao diminuir 122 milhões de euros (24,4 milhões de contos), somando um total de 303 milhões de euros (60,6 milhões de contos).

Segundo os últimos dados oficiais, os valores de remessas apurados desde Março do ano 2000 até ao mesmo mês do corrente ano apresentam tendências flutuantes de mês para mês. A excepção recai em Setembro do ano passado, que, seguindo os passos do mês anterior, diminuiu igualmente o volume de receitas, atingindo um total 279 milhões de euros (55,8 milhões de contos), menos 24 milhões de euros (4,8 milhões de contos). Uma quebra semelhante ocorreu ainda em Fevereiro deste ano ao diminuir, face ao mês anterior, 31 milhões de euros (6,2 milhões de contos), situando o total nos 223 milhões de euros (44,6 milhões de contos), o valor mais baixo dos últimos doze meses.

Comparando os dados de Março de 2001 com os do mês anterior, conclui-se que dos onze países registados na tabela, apenas o Brasil contrariou a tendência de subida, enviando apenas um milhão de euros (200 mil contos) para Portugal, contra os três milhões (600 mil contos) de Fevereiro. O painel que agrupa os países do Resto do Mundo foi o único que manteve o mesmo valor das remessas nos dois meses (15 milhões de euros - três milhões de contos), todos os outros aumentaram.

FRANÇA LIDERA LOGO SEGUIDA DA SUÍÇA

A França, com 92 milhões de euros (18,4 milhões de contos), assume a liderança dos países que mais receitas enviaram no mês de Março para Portugal. No entanto, o aumento, face ao mês anterior, estimou-se apenas nos dois milhões de euros (quatrocentos mil contos). Na segunda linha apresenta-se a Suíça, com 47 milhões de euros (9,4 milhões de contos), mais sete milhões (1,4 milhões de contos) do que no mês precedente, e os EUA, com 30 milhões de euros (seis milhões de contos), um aumento de sete milhões de euros (1,4 milhões de contos).

Com 26 milhões de euros (5,2 milhões de contos), surge o Reino Unido, logo seguido pela Alemanha, que soma um total de 25 milhões de euros (cinco milhões de contos) enviados também em Março.

O Luxemburgo reuniu 10 milhões de euros (dois milhões de contos), e, abaixo deste valor, surge o Canadá e a Venezuela, com oito milhões de euros (1,6 milhões de contos) cada, a Espanha, com seis milhões de euros (1,2 milhões de contos) e, na cauda da tabela, o Brasil com um milhão de euros (200 mil contos).
(06.06.01/Fonte : Notícias Digital)

 

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500 portugueses contra o crime na África do Sul

Cerca de 500 portugueses subscreveram domingo, na África do Sul, a criação de um instituiçãoque congregue a comunidade no combate ao problema da criminalidade violenta no país. O acto de criação do chamado "fórum português" sucedeu a dois actos religiosos, presididos pelo padre católico Carlos Gabriel, na igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Benoni, arredores de Joanesburgo. Na convocatória para este encontro, a chamada "Comissão Contra o Crime" pediu a todos os membros da comunidade que perderam entes devido a esta violência, que levassem fotografias das vítimas para serem perpetuadas num monumento comum, tendo sido colocadas próximo do altar.(05.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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Fazer férias cá dentro por falta de dinheiro

Duas semanas é o período de tempo durante o qual mais portugueses tencionam descansar. Menos de cem contos é verba que maioria gastará

"Fazer férias cá dentro" continua a ser um lema com muitos adeptos (45,4%), apesar de a percentagem dos que o fazem ter decaído do ano passado para este. O principal motivo é a falta de dinheiro (57,7 %), revela o Barómetro DN/TSF/Marktest.

Duas semanas é o período de tempo durante o qual mais portugueses (34,7 %) tencionam descansar. As férias serão passadas, essencialmente, em casa alugada (20,4 %). Menos de cem contos é a verba mais estipulada para gastar (39,9 %).

Passar férias em Portugal e no estrangeiro ou apenas no estrangeiro é o que vai fazer, sobretudo, a classe alta/média alta (30,8 % e 8,3 %, respectivamente). No extremo oposto, está a classe média baixa/baixa: 47,4 % nem sequer vão de férias.

Em matéria de duração das férias, os "ricos" tomam a dianteira logo a partir das três semanas (20 %; 11 % para a classe média e 9,2 % para a classe média baixa/baixa). Segue-se um mês inteiro (30,4 %; 22 % para a classe média e 22,7 % para cada classe média baixa/baixa). Mais tempo ainda é um "luxo" reservado às elites económicas e sociais (10,4 %) e um sonho distante para os restantes.

Os mais abonados vão passar férias em hotéis (41,7 %) e os mais desfavorecidos economicamente ficarão, sobretudo, na casa de todo o ano (26,8 %).

Uns e outros também estão a quilómetros de distância em matéria de dinheiro que esperam gastar nas férias: quando os planos incidem sobre uma verba de menos de cem contos, destaca-se a classe média baixa/baixa (50 %); quando superam os 500 contos, a classe alta/média alta sobressai (10,4 %).

No ano passado, 37,2 % dos portugueses não gozaram férias. Agora, 34,1 % dizem que não o vão fazer, o que poderia traduzir uma quebra nesta "opção", mas há ainda que ter em conta a percentagem dos que ainda não sabem se o vão fazer (9,5 %), o que poderá aumentar o número daqueles que trabalham todo o ano enquanto os outros descansam.

Interessante, também, é verificar que a classe média é aquela que mais invoca motivos profissionais para não gozar férias (39,2 % no ano passado e 39,5 % este ano).

Quanto aos locais, há a referir: casa alugada (22,6 %; 22 %; 18,4 %, respectivamente, para as classes alta/média alta, média e média baixa/baixa, quando esses valores em 2000 foram de 25 %; 28,8 %; 21,6 %), hotel (41,7 %; 20,7 %; 7,5 % este ano e 42,6 %; 25,6 % e 12,4 % no ano passado), casa de todo o ano (13,9 %; 12,8 % e 26,8 % agora, 12 %; 14,7 % e 30,7 % antes). Mais: casa de férias própria (13 %; 7,3 %; 8 % em 2001 e 13,9 %; 8,3 %; 9,1 % em 2000). Os parques de campismo são escolhidos, sobretudo, por pessoas da classe média (9,8 % tencionam passar férias nesses locais, o que traduz um aumento relativamente ao ano transacto: 8,3 %).

Ficha técnica: O universo deste estudo é formado por indíviduos de ambos os sexos com idade igual ou superior a 18 anos. A amostra é representativa do universo em estudo, sendo constituída por 804 entrevistas telefónicas. A recolha de informação decorreu entre os dias 14 e 20 de Maio.(01.06.01/Fonte : Diário de notícias)

 

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