Insolvências no têxtil e moda mais do que
duplicaram no 1.º trimestre
A retração dos consumidores está
a criar dificuldades aos setores industriais. Das 544 falências
até março, 176 são indústrias, 106 das quais do têxtil,
vestuário e calçado.
Portugal registou, nos primeiros três meses do ano, 544 empresas
insolventes, mais 40 do que há um ano, o que representa um
crescimento de 7,9%. Números globais que escondem realidades
díspares em termos setoriais. É que, enquanto a construção, as
atividades imobiliárias, o alojamento e restauração e a
agricultura tiveram menos insolvências este ano, no caso da
indústria, as falências dispararam, impulsionadas pelas
dificuldades do têxtil e da moda.
Os dados são da Informa D&B e mostram que, dos 174 processos de
insolvência de empresas industriais no primeiro trimestre, 61%
são da têxtil e moda, que inclui as indústrias do vestuário e do
calçado. Comparativamente ao primeiro trimestre de 2023,
assistiu-se a um crescimento de 159% de insolvências nestes
setores, com 106 empresas em dificuldades, contra as 41 do ano
passado. Um agravamento significativo, sobretudo se tivermos em
atenção que, nos 12 meses de 2023, a têxtil e a moda registaram
259 insolvências. No setor industrial como um todo foram 464
falências.
A provar as dificuldades das indústrias ligadas à moda estão os
números do desemprego. Em fevereiro, dos 288 658 desempregados
inscritos nos centros de emprego, quase 56 mil eram oriundos do
setor industrial. E, destes, mais de 14 mil eram trabalhadores
do têxtil, vestuário e calçado, setores com crescimentos
homólogos de inscritos de 8,4%, 12,3% e 80,7%, respetivamente.
Para o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal
(ATP), estes são números que não surpreendem, atendendo às
indicações que vai recebendo das “dificuldades em fazer
negócio”. E que não são exclusivas de Portugal. “Até os nossos
amigos turcos se queixam da diminuição de compras”, garante
Mário Jorge Machado, que esta semana esteve em Bruxelas em
reuniões da Euratex, a confederação europeia do setor.
A provar a menor apetência dos consumidores em gastar dinheiro
em artigos de moda está a quebra das exportações do têxtil e
vestuário, que nos primeiros dois meses do ano caíram 8,4%,
ficando-se pelos 925 milhões de euros, mas também as
importações, que recuaram 10,2% para 741,8 milhões de euros.
“Não estamos sozinhos, o que, não sendo bom, é menos mau.
Poderia ser um problema de a nossa economia estar desadequada às
tendências de crescimento global. Assim, entende-se que não é um
desajustamento do nosso tecido industrial, estamos, sim, é a
passar uma fase negativa na Europa”, refere o responsável,
sublinhando: “Se compararmos o crescimento económico europeu em
2023 com o americano, só temos de ficar envergonhados. Os
números europeus são um desastre.”
Mário Jorge lembra que a China “está a dar grandes incentivos à
indústria” para conseguir que os seus produtos cheguem mais
baratos à Europa, e que os Estados Unidos estão, igualmente, a
“dar grandes apoios para estimular o crescimento” da sua
indústria, o que faz com que a Europa, “muito pressionada” por
estes dois grandes blocos, “esteja a ficar para trás”.
Apesar de tudo, o empresário acredita que o sentimento nos
negócios em março já esteve “ligeiramente melhor” e o lado bom
da situação é que a indústria portuguesa não está a perder
clientes. Pelo contrário, há novas marcas a quererem
deslocalizar a sua produção para Portugal, assegura. A questão é
mesmo conjuntural, decorrente do enorme arrefecimento económico
provocado pela guerra na Ucrânia e pelo agudizar do conflito
israelo-árabe. “Estamos com níveis de poupança recorde na
Europa, o que prova que os consumidores estão com uma atitude de
grande precaução”, diz.
Do novo Governo, Mário Jorge Machado pede ajuda para acesso a
crédito bonificado e a simplificação dos programas de formação,
de modo a auxiliar as empresas “nesta travessia do deserto”. Até
porque, lembra, “as empresas portuguesas estão agora com
dificuldades agravadas face às suas congéneres europeias,
porque, ao contrário do resto da Europa, que deu ajudas a fundo
perdido na pandemia, Portugal concedeu sobretudo crédito, que
agora tem de ser pago”.
Também a APICCAPS, a associação do calçado, fala num
“reajustamento necessário” do tecido industrial face a um
enquadramento internacional “particularmente adverso”. “Estamos
a falar de setores altamente exportadores e, por isso, muito
dependentes da evolução dos mercados externos. E, em particular
no calçado, os nossos principais destinos tiveram comportamentos
muito frágeis, o que penaliza as nossas exportações”, afirma
Paulo Gonçalves, sublinhando que o setor aguarda por melhores
dias no comércio internacional.
Mas há também quem esteja a atravessar um bom momento. É o caso
da construção e das atividades imobiliárias que, em conjunto,
registaram, este ano, 82 empresas insolventes, contra as 104 do
primeiro trimestre de 2023. O presidente da Confederação
Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) aponta o “bom
estado do setor”, à boleia das obras do Plano de Recuperação e
Resiliência (PRR) e de “algum crescimento” na habitação.
“O setor não tem, neste momento, problemas de trabalho. Temos
falta de mão-de-obra, temos os materiais mais caros, mas não
falta trabalho”, diz Reis Campos, lembrando que, nos tempos da
troika, a realidade era distinta e o setor perdeu 43% das suas
empresas e mais de 250 mil trabalhadores. Hoje é constituído por
98 mil empresas e cerca de 630 mil trabalhadores.(15.04.24/Fonte:
Diário de
Notícias)
Número de empresas em lay-off triplica e atinge
máximo desde 2006
Os trabalhadores em lay-off quase
triplicaram em fevereiro face ao mesmo mês do ano passado,
totalizando 11.007, e o número de empresas abrangidas foi de
609, voltando a atingir máximos, segundo as estatísticas mensais
da Segurança Social.
"O número total de situações de 'lay-off' com compensação
retributiva (concessão normal, de acordo com o previsto no
Código de Trabalho) foi de 11.007, em fevereiro de 2024", avança
a síntese elaborada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento
(GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança
Social.
Face ao período homólogo, o aumento foi de quase 200% (mais 7245
trabalhadores) e, em termos mensais, o crescimento foi de 1,1%
(mais 120 prestações).
As prestações de lay-off foram processadas a 609 entidades
empregadoras em fevereiro, o número mais alto desde o início da
série disponibilizada pela Segurança Social, que começa em 2006.
Já em janeiro o número de empresas com lay-off tinha atingido
máximos da série, com um total de 598. Na comparação com o mês
homólogo, em fevereiro verificaram-se mais 399 empresas em
situação de lay-off.
Segundo o GEP, o regime de redução de horário de trabalho
abrangeu 6039 trabalhadores, enquanto no regime por suspensão
temporária do contrato registaram-se 4968.
O lay-off previsto no Código do Trabalho resulta numa redução
temporária dos períodos normais de trabalho ou numa suspensão
dos contratos de trabalho efetuada por iniciativa das empresas
em situação de crise.
De acordo com a lei laboral, os trabalhadores em lay-off com
contrato suspenso têm direito a receber uma compensação
retributiva mensal igual a dois terços do seu salário normal
ilíquido, com garantia de um mínimo igual ao valor do salário
mínimo nacional (820 euros em 2024) e um máximo correspondente a
três vezes o salário mínimo.(27.03.24/Fonte:
Jornal de Notícias)
Multinacional francesa compra Lacticínios do
Paiva
Dona das marcas Parmalat e
Président, entre outras, assinou um acordo para a aquisição do
grupo português Sequeira & Sequeira.
A Lactalis Portugal vai comprar os negócios do grupo português
Sequeira & Sequeira, incluindo a empresa Lacticínios do Paiva. A
multinacional francesa, dona de marcas como a Parmalat e
Président, assinou um acordo de aquisição que integra a
Lacticínios do Paiva e respetiva fábrica, bem como as atividades
de distribuição do grupo Sequeira & Sequeira em Portugal, Cabo
Verde e Moçambique, foi anunciado esta terça-feira. O valor da
transação não foi revelado.
O acordo prevê a integração dos 270 colaboradores portugueses no
universo da Lactalis em Portugal, que já respondia por 450
postos de trabalho. A multinacional francesa passa também a
deter duas fábricas no nosso país.
O grupo Sequeira & Sequeira foi fundado pelos irmãos José e
António, em 1986, em Vouzela, dando assim continuação ao negócio
do pai de distribuição de produtos alimentares. Em 1992,
adquiriu a Lacticínios do Paiva, empresa criada dem 1933 com
fábrica em Lamego, que produz queijos flamengos e curados, e
também frescos, sob a marca Paiva. Em 2008, o grupo Sequeira &
Sequeira iniciou a atividade de distribuição em Cabo Verde e
Moçambique.
"Esta aquisição possibilitará á Lactalis o desenvolvimento da
produção e comercialização de queijos nacionais, complementando
assim a atual oferta de produtos lácteos em Portugal. A
distribuição e exportação dos nossos produtos sairão também
fortalecidas”, afirma Miguel Romão, diretor-geral da Lactalis
Portugal, em comunicado.
Numa declaração conjunta, José e António Sequeiraadiantam que
“este acordo com um dos principais grupos de lacticínios do
mundo é um reconhecimento do grande empenho dos trabalhadores da
Sequeira & Sequeira e da Lacticínios do Paiva, bem como da
qualidade excecional das suas operações e produtos. Temos a
certeza de que a Lactalis continuará o desenvolvimento das suas
atividades e será fundamental para explorar futuras
oportunidades de crescimento”.
Esta operação está sujeita à condição de ser emitida uma decisão
de não oposição por parte das entidades competentes, no que se
refere ao controlo de operações de concentração.(19.03.24/Fonte:
Dinheiro
Vivo)
O caos, a explosão do Chega e um país que
(dificilmente) se deixará governar
PS não aprova orçamento do
governo PSD, que ficará obrigado a negociar com o Chega.
Marcelo Rebelo de Sousa tem agora uma realidade – e não um
“cenário” – muito mais complexa de gerir do que quando iniciou o
seu primeiro mandato presidencial em 2016. A sua presença em
Belém coincide com o crescimento da direita radical populista e
a recente decisão de convocar eleições na sequência da demissão
de António Costa acabou por resultar na transformação do Chega
num partido de grande peso na Assembleia da República. Tal como
dizia o Presidente na comunicação de sábado, confirma-se, nos 50
anos do 25 de Abril, um novo ciclo na democracia portuguesa.(11.03.24/Fonte:
Público)
Portugal : Excedente externo de 7200 milhões de
euros em 2023
O excedente externo de 2023
correspondeu a 2,7% do Produto Interno Bruto e, segundo o Banco
de Portugal, é o "terceiro mais elevado da série e o mais
elevado desde 2013".
A economia portuguesa apresentou um excedente externo de 7.200
milhões de euros em 2023, depois do défice de 2022, tendo as
exportações de viagens e turismo batido recordes, disse esta
terça-feira o Banco de Portugal (BdP).
O excedente externo de 2023 correspondeu a 2,7% do Produto
Interno Bruto (PIB) e, segundo o BdP, é o "terceiro mais elevado
da série e o mais elevado desde 2013".
Em 2022, a economia portuguesa teve um défice externo de quase
500 milhões de euros, correspondendo a 0,2% do PIB.
A balança de bens e serviços teve, em 2023, um saldo positivo de
3.300 milhões de euros (1,2% do PIB), com o excedente da balança
de serviços a superar o défice registado na balança de bens. Em
2022, a balança de bens e serviços tinha tido um défice de 4.700
milhões de euros (1,9% do PIB).
O défice da balança de bens diminuiu 1.700 milhões de euros
relativamente a 2022, com as importações a caírem a um ritmo
superior ao das exportações (-3,0% e -1,8%, respetivamente), o
que, diz o BdP, "resultou, em parte, da evolução dos preços
verificada em 2023".
Já na balança de serviços o aumento das exportações foi superior
ao aumento das importações, tendo o excedente da balança de
serviços crescido 6.300 mil milhões de euros.
O BdP indica que tanto o saldo como as exportações e as
importações de serviços "se situaram acima dos valores
pré-pandemia, tendo sido os mais elevados de toda a série".
As exportações e as importações de viagens e turismo atingiram
mesmo em 2023 "os valores mais elevados de toda a série", tendo
aumentado, respetivamente, 19% e 14% face a 2022.
As exportações de viagens e turismo foram de 25,1 mil milhões de
euros e as importações de viagens e turismo de 6,3 mil milhões
de euros, no ano passado. O saldo da rubrica de viagens e
turismo cresceu 3.200 milhões de euros em 2023 face a 2022.
Os turistas residentes no Reino Unido, em França e na Alemanha
foram os que contribuíram com as maiores receitas turísticas de
Portugal em 2023.
Por fim, a balança de rendimento primário aumentou o défice para
4.830 milhões de euros, a balança de rendimento secundário
diminuiu o excedente para 5.201 milhões de euros e o saldo da
balança financeira foi de 8.000 milhões de euros.(02.02.24/Fonte:
Diário de
Notícias)
Ocupação na hotelaria sobe para 68% e preço médio
para 141 euros em 2023
Portugal, Reino Unido e Estados
Unidos da América foram os principais mercados.
A taxa de ocupação na hotelaria subiu para 68% em 2023, mais
sete pontos percentuais do que em 2022, e o preço médio por
quarto aumentou para 141 euros, segundo dados da Associação da
Hotelaria de Portugal (AHP), divulgados esta sexta-feira.
De acordo com o inquérito da AHP aos associados, em termos de
taxa de ocupação, os Açores ficaram “bastante aquém da taxa
registada em 2022”, com 64% (menos cinco pontos percentuais”,
enquanto a Madeira teve uma subida “muito expressiva” para 81%,
avançou a vice-presidente da associação, Cristina Siza Vieira,
em conferência ‘online’.
Já as regiões Centro (58%), Norte (60%) e Lisboa (75%) também
cresceram em termos de ocupação hoteleira, e o Algarve (61%)
manteve o mesmo valor, ficando ainda abaixo dos níveis de 2019,
antes da pandemia de covid-19.
Relativamente ao preço médio por quarto, registaram-se subidas
em todas as regiões, tendo a média nacional sido fixada em 141
euros.
Já quanto aos principais mercados, Portugal, Reino Unido e
Estados Unidos da América foram apontados pela maior parte dos
inquiridos como fazendo parte dos três primeiros lugares, com
destaque para o aumento de norte-americanos.
A AHP dedicou uma parte do inquérito às épocas do Natal e
Passagem de Ano e concluiu que, a nível nacional, a taxa de
ocupação no Natal subiu um ponto percentual para 51% e no
‘Reveillon’ subiu de 61% para 70%, com o preço médio por quarto
no Natal a subir para 124 euros e no fim do ano para 173 euros.
Em termos de mercados, naquelas duas épocas festivas
destacaram-se o português, Estados Unidos e Reino Unido.
A região dos Açores, embora tenha registado aumentos nos preços
naquelas épocas, “afundou a pique” relativamente à taxa de
ocupação, o que Cristina Siza Vieira justificou com a decisão da
Ryanair de diminuir de 14 para dois voos semanais, naquela
geografia, no inverno.
A maioria dos inquiridos disse ainda esperar que o ano de 2024
seja igual ou melhor do que o ano passado, em termos de taxa de
ocupação e de receitas, mas apontaram também desafios, como a
instabilidade geopolítica, o aumento das taxas de juro e a
redução do número de voos.
Quanto à falta de capacidade do Aeroporto Humberto Delgado,
apontada em quarto lugar no que diz respeito aos desafios para
este ano, o presidente da AHP, Bernardo Trindade, realçou que,
“só em 2023, o aeroporto de Lisboa recusou o equivalente a
1.300.000 lugares de avião, por incapacidade de resposta da
infraestrutura”.(20.02.24/Fonte:
Dinheiro
Vivo)
Economia portuguesa cresceu 2,3% em 2023, mais do
que previa o Governo
No conjunto do ano 2023, o PIB
registou um crescimento de 2,3% em volume, acima da previsão do
Governo, que apontava para um crescimento de 2,2%.
O produto interno bruto (PIB) cresceu 2,3% em 2023, após um
aumento de 6,8% em 2022, de acordo com os dados divulgados esta
terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este
número fica acima da previsão do Governo, que apontava para um
crescimento de 2,2%.
"No conjunto do ano 2023, o PIB registou um crescimento de 2,3%
em volume, após o aumento de 6,8% em 2022, o mais elevado desde
1987. A procura interna apresentou um contributo positivo para a
variação anual do PIB, embora inferior ao observado no ano
anterior, verificando-se uma desaceleração do consumo privado e
do investimento", explica o INE.
Os economistas consultados pela Lusa esperavam um crescimento
próximo da taxa de 2,2% prevista pelo Governo.
Na proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), o
Ministério das Finanças prevê um crescimento da economia
portuguesa de 2,2% em 2023, em linha com o previsto pelo
Conselho das Finanças Públicas, pela Comissão Europeia e pela
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
(OCDE).
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma taxa de 2,3% e o
Banco de Portugal (BdP) de 2,1%.
Economia evita recessão na reta final de 2023
Olhando só para o quarto trimestre de 2023, o PIB, em termos
reais, registou uma variação homóloga de 2,2%, após ter
aumentado 1,9% no trimestre precedente e evitando assim entrar
em recessão.
"O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB
manteve-se elevado no 4.º trimestre, verificando-se uma
aceleração do consumo privado e uma desaceleração do
investimento. O contributo da procura externa líquida para a
variação homóloga do PIB passou a positivo, tendo as exportações
de bens e serviços em volume apresentado um crescimento mais
intenso que as importações", nota o INE.
Comparando com o 3.º trimestre de 2023, o PIB aumentou 0,8% em
volume (diminuição em cadeia de 0,2% no trimestre anterior),
adianta ainda o INE.
"O contributo da procura interna para a variação em cadeia do
PIB aumentou no 4º trimestre, refletindo o comportamento do
consumo privado, enquanto o contributo da procura externa
líquida foi menos negativo", pode ler-se.(31.01.24/Fonte:
Notícias ao Minuto)
Remessas de emigrantes sobem 2,7% em novembro
para 324,6 milhões de euros - BdP
As remessas dos emigrantes
subiram 2,7% em novembro face ao período homólogo de 2022, para
324,6 milhões de euros, enquanto as verbas enviadas pelos
imigrantes aumentaram 0,8%, para 48,2 milhões de euros, segundo
o Banco de Portugal.
As remessas dos emigrantes subiram 2,7% em novembro face ao
período homólogo de 2022, para 324,6 milhões de euros, enquanto
as verbas enviadas pelos imigrantes aumentaram 0,8%, para 48,2
milhões de euros, segundo o Banco de Portugal.
De acordo com os dados disponibilizados esta segunda-feira na
página do regulador financeiro nacional, os emigrantes enviaram
324,6 milhões de euros em novembro de 2023, o que representa uma
subida de 2,7% face aos 316,2 milhões de euros enviados em
novembro de 2022.
Em sentido inverso, os estrangeiros a trabalhar em Portugal
enviaram para os seus países de origem 48,2 milhões de euros em
novembro do ano passado, o que representa uma subida de 0,8%
face aos 47,85 milhões de euros enviados em novembro de 2022.
Já as remessas provenientes dos Países Africanos de Língua
Oficial Portuguesa (PALOP) caíram 12,8%, passando de 31,71
milhões de euros, em novembro de 2022, para 27,66 milhões de
euros em novembro do ano passado.
Para esta quebra muito contribuiu a forte descida de 14% das
remessas provenientes dos emigrantes em Angola, de 31,1 milhões
de euros em novembro de 2022, para 26,75 milhões de euros em
novembro do ano passado.
Olhando para o total dos 11 meses de 2023, constata-se que os
3.644,27 milhões de euros enviados pelos emigrantes estão 2,5%
acima dos 3.555,52 milhões de euros enviados de janeiro a
novembro de 2022, o que significa que é muito provável que as
remessas, para o conjunto do ano passado, batam o recorde de
3.892,26 alcançado no ano anterior.(22.01.24/Fonte:
Diário de Notícias)
Projeto Balcão Único do Prédio já identificou 2
milhões de propriedades
Número apurado no final de 2023
duplicou face ao total em 2022, permitindo atingir o marco de
cerca de 30% de área de matrizes georreferenciadas.
O projeto do Balcão Único do Prédio (BUPi) já identificou dois
milhões de propriedades, adiantou neste sábado à agência Lusa a
coordenadora deste programa, sublinhando que para este resultado
contribuíram mais de 300 mil proprietários.
Em declarações à Lusa, Carla Mendonça, coordenadora do projeto
BUPi, referiu que o número de propriedades identificadas no
final de 2023 duplicou face ao total atingido em 2022,
permitindo atingir o marco de cerca de 30% de área de matrizes
georreferenciadas.
"O BUPi já serviu nesta identificação de propriedade mais de 300
mil cidadãos e 60% foi no ano de 2023. Portanto, aqui o ano de
2023 com números que nos demonstram que o projeto é um sucesso e
que os cidadãos têm interesse em fazer esta identificação",
sublinhou.
Até ao final de 2023, o BUPi, com o apoio de 960 técnicos
especializados, tinha ajudado a identificar dois milhões de
propriedades, o que representa, segundo explicou Carla Mendonça,
um milhão de hectares, o equivalente a "um milhão de campos de
futebol".
Estes números permitem que o projeto tenha conseguido atingir o
objetivo de conhecer 90% da área dos municípios sem cadastro.
Em termos absolutos, com 235 mil propriedades identificadas,
destacam-se os municípios de Bragança, Proença-a-Nova (distrito
de Castelo Branco), Viseu, Pombal (Leiria) e Miranda do Douro
(Bragança).
Já que no que diz respeito aos municípios com maior percentagem
de área georreferenciada face ao total da dimensão do concelho,
destacam-se as autarquias de Alfandega da Fé (60%), no distrito
de Bragança, Castanheira de Pera (59,7%), no distrito de Leiria,
Manteigas (59,1%), distrito da Guarda, Mira (51,8%), no distrito
de Coimbra, e Amares (50,6%), distrito de Braga.
"Não podemos olhar só para a questão em termos absolutos. Temos
também a dimensão relativa, ou seja, o esforço que cada
município tem de fazer em relação àquilo que já foi feito. Há
municípios que têm muito mais propriedade para identificar do
que outros", apontou Carla Mendonça, ressalvando que 92% da
propriedade rústica pertence a privados.
Em termos futuros, a coordenadora do BUPi indicou que para 2024
existe o objetivo de conseguir atingir os 50% de área
georreferenciada e de arrancar com o projeto denominado "Número
Único de Identificação do Prédio".
"É um número que vai permitir a identificação da propriedade
agregada num único documento. No fundo, um processo que se
assemelha aquilo que foi conseguido com o Cartão do Cidadão",
exemplificou.
Também durante este ano, em 26 fevereiro, a coordenação do BUPi
pretende abrir balcões no Arquipélago da Madeira.
"Há cinco municípios na Região Autónoma da Madeira que não têm
cadastro e que já assinaram connosco o acordo de adesão. Já
temos acertado com os municípios que a partir de 26 de fevereiro
os cinco balcões, onde não existe cadastro, vão aderir",
apontou.
Carla Mendonça referiu que a mesma intenção se irá aplicar na
Região Autónoma dos Açores, mas só após as eleições antecipadas
de 04 de fevereiro.
"Nos Açores, há 14 municípios que também não têm cadastro.
Também estamos a tratar disso com os Açores, mas como sabe está
num processo de eleições. Tivemos de parar o trabalho nos
Açores", justificou.
Em agosto do ano passado, o Governo aprovou dois diplomas que
permitem alargar o período de gratuitidade da identificação e
registo de propriedades rústicas e promover uma "conciliação
administrativa" em caso de litígio dos proprietários.
A gratuitidade dos procedimentos de identificação e de registo
vigora até ao final do ano de 2025.
Criado em 2017, enquanto projeto-piloto em 10 municípios, o BUPi
tem alavancado a sua presença nos municípios sem cadastro
predial desde o início de 2021, altura em que se deu início à
expansão do projeto.
Atualmente, o BUPi está disponível em 144 municípios aderentes,
com uma cobertura de cerca de 38 mil km2, onde residem mais de
4,3 milhões de habitantes, abrangendo cerca de 8,4 milhões de
matrizes rústicas.
O BUPi é um projeto financiado pelo Plano de Recuperação e
Resiliência (PRR), integrado na área governativa da Justiça, em
articulação com o Ambiente e Ação Climática e com a Coesão
Territorial.(20.01.24/Fonte:
Dinheiro
Vivo)
25 000 M€ de receitas. 2023 foi "o melhor da
história" para o turismo
Nuno Fazenda, secretário de
Estado do Turismo, destacou ainda o crescimento em todas as
regiões do país, ao longo de todo o ano. "Estamos a falar de uma
alteração estrutural no nosso turismo", realçou.
"Foi de facto um ano muito positivo para o turismo do país, e
também para Portugal no seu todo, um ano recorde no turismo, o
melhor ano da história de sempre do turismo em Portugal",
avançou o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços,
Nuno Fazenda, numa sessão pública do Turismo de Portugal, em
Lisboa.
O governante destacou os recordes alcançados nos vários
indicadores de procura turística em 2023, com mais de 30 milhões
de hóspedes, um crescimento de cerca de 10% face a 2019, que
tinha sido o melhor ano turístico, e ainda 77 milhões de
dormidas e receitas na ordem dos 25.000 milhões de euros, um
crescimento de 37% face a 2019 e de 18,5% face a 2022.
Nuno Fazenda destacou ainda o crescimento em todas as regiões do
país, ao longo de todo o ano. "Estamos a falar de uma alteração
estrutural no nosso turismo", realçou.
O secretário de Estado disse acreditar que o turismo cresça
"ainda mais em 2024", apontando a confiança nas empresas e nos
trabalhadores do setor, bem como nas políticas públicas para o
turismo.
Secretário de Estado: "Temos de assegurar sempre" equilíbrio
entre turismo e residentes
O secretário de Estado do Turismo realçou esta quarta-feira a
necessidade de assegurar o equilíbrio entre o desenvolvimento do
setor e os residentes e defendeu que só os destinos sustentáveis
e que mantenham autenticidade é que vão liderar no futuro.
"Temos de assegurar sempre um equilíbrio entre o desenvolvimento
do turismo e aquilo que é o ADN do turismo, que são os
residentes", defendeu o secretário de Estado do Turismo,
Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, em declarações aos
jornalistas à margem da apresentação da Campanha de Ano Novo do
Turismo de Portugal, centrada na sustentabilidade.
Questionado sobre o contributo do Alojamento Local (AL) para
aqueles resultados, Nuno Fazenda realçou que se trata de um
setor que "teve um papel muito importante na regeneração das
cidades", e "continua a ter no presente".
Quanto a eventuais estudos de capacidade de carga dos
territórios, Nuno Fazenda disse que "assim que seja suscitada
essa necessidade" por um determinado local, será feito um
trabalho conjunto com as entidades locais, para que possa ser
avaliado o excesso de carga turística.
"Só quem tiver no seu modo de estratégia a autenticidade e a
sustentabilidade é que conseguirá liderar o turismo do futuro",
ressalvou o secretário de Estado.
Para um turismo mais sustentável, concretizou, é necessário
"continuar a preservar e valorizar o território", apoiar as
empresas na transição energética, melhorar os salários dos
trabalhadores e ter boas práticas ambientais.(03.01.24/Fonte:
Diário de Notícias)
Alqueva vai receber maior projeto fotovoltaico
flutuante da Europa com 45 ME de base
No total, a energia obtida por
estas centrais fotovoltaicas seria suficiente para abastecer 2/3
da população do Baixo Alentejo.
A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA)
lançou o procedimento para a instalação do maior projeto
fotovoltaico flutuante da Europa, com 45 milhões de euros de
preço base do concurso, avançou o Governo.
"Já foi lançado pela EDIA o procedimento contratual para o
fornecimento, instalação e licenciamento de quatro Unidades de
Produção para Autoconsumo (UPAC) junto a estações elevatórias da
Rede Primária do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva
(EFMA)", adiantou o Ministério da Agricultura e Alimentação,
numa nota enviada à Lusa. Segundo o executivo, este será o maior
projeto fotovoltaico flutuante da Europa, com uma produção
estimada em 90 gigawatts-hora (GWh)/ano.
O preço base do concurso é de 45 milhões de euros. No total, a
energia obtida por estas centrais fotovoltaicas seria suficiente
para abastecer 2/3 da população do Baixo Alentejo. O EFMA já
conta com nove centrais fotovoltaicas em funcionamento.
A energia vai ser produzida pelos painéis fotovoltaicos que vão
ser instalados sobre estruturas flutuantes, sendo depois
dirigida para estações elevatórias. As centrais vão ocupar uma
área de, aproximadamente, 42 hectares sobre a água.
Estima-se que vão ser necessários cerca de 100.000 painéis
fotovoltaicos, que vão evitar a emissão de 30.000 toneladas de
CO2 (dióxido de carbono) por ano. "A transição energética e a
descarbonização da economia são prioridades para o país e
assumem-se como determinantes para a sustentabilidade do projeto
Alqueva, uma vez que estamos perante a principal fonte de custos
variáveis na distribuição de água", defendeu, citada no mesmo
comunicado, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.(10.12.23/Fonte:
Diário de Notícias)
CP adjudica aquisição de 117 comboios à Alstom e
Domingo da Silva Teixeira
Decisão foi anunciada esta
terça-feira e envolve a aquisição de unidades automotoras para o
serviço urbano e regional.
A CP – Comboios de Portugal anunciou esta terça-feira a decisão
de adjudicar a aquisição de 117 comboios elétricos ao
agrupamento Alston Transporte S.A.U., Alstom Ferroviária
Portugal, S.A. e Domingos da Silva Teixeira S.A.
No entender da CP, “este projeto promoverá o desenvolvimento e
sustentabilidade do setor ferroviário no médio e longo prazo,
sendo um marco fundamental na modernização e expansão do
transporte ferroviário de passageiros em Portugal”.
Detalha a Comboios de Portugal que esta aquisição vai abranger a
compra de 62 unidades automotoras para o serviço urbano e 55
unidades para o serviço regional, “refletindo o compromisso da
CP em responder às crescentes necessidades de mobilidade dos
cidadãos, com solução de transporte mais sustentáveis”.
Explica ainda a CP que a “incorporação destes novos comboios na
frota da CP representa um avanço significativo na melhoria da
eficiência, conforto e frequência dos serviços oferecidos,
contribuindo decisivamente para a mobilidade sustentável e a
diminuição da pegada ecológica no transporte nacional”.
Na edição última edição impressa, o JE avançou que a atual
administração da CP, liderada por Pedro Moreira e nomeada pelo
então ministro João Galamba em setembro de 2022, não tem
assinado um contrato de gestão com o Estado. Esta situação viola
o Estatuto do Gestor Público, que obriga a que os contratos de
gestão sejam celebrados no prazo de 90 dias após a designação
dos administradores das empresas do Estado, sob pena de, em
alguns casos, as nomeações ficarem sem efeito.(28.11.23/Fonte:
Jornal Económico)
Dois terços dos portugueses poupam menos de 10%
do salário
Dois terços (66%) dos portugueses
poupam menos de 10% do seu salário líquido, sendo que quatro em
dez inquiridos não conseguem reservar nem 5% do seu rendimento
após dedução de impostos, concluiu um estudo da BCG, divulgado
esta quarta-feira.
De acordo com o Inquérito Sentimento dos Consumidores 2023, da
Boston Consulting Group (BCG), 16% dos portugueses admitem
poupar entre 10% a 20% do seu salário líquido, 10% reserva 20% a
30% e apenas 2% consegue economizar mais de metade.
O estudo refere também que o rendimento disponível após despesas
das famílias portuguesas tem vindo a decrescer desde 2020,
fixando-se nos 7,5% no primeiro trimestre deste ano, isto é, 6,7
pontos percentuais abaixo da média da Zona Euro (14,2%).
"A inflação, a subida das taxas de juro e o não acompanhamento
dos salários são as principais causas de perda de compra, mas
também da diminuição da taxa de poupança e de investimento",
refere a BCG.
Dos inquiridos que conseguem poupar, 64% destinam aquele valor
para cobrir eventuais imprevistos, 36% para acumular para a
reforma e 30% em viagens.
Já comprar uma casa faz parte das intenções de investimento da
poupança de dois em cada dez inquiridos, seguida de comprar um
carro (11%) e gastar noutros bens de consumo (10%).
O inquérito concluiu também que os hábitos de consumo dos
portugueses sofreram alterações este ano, com 64% dos inquiridos
a revelarem sentir um aumento acentuado do peso da alimentação,
44% do veículo pessoal, 42% da renda da habitação, 36% da
farmácia, 17% da saúde e 16% com os animais de estimação.
Este aumento da despesa em necessidades básicas provocou uma
queda acentuada dos gastos noutras categorias, como
entretenimento fora de casa (-40%), viagens (-37%), roupa e
acessórios (-36%), mobiliário e decoração (-23%), perfumaria e
maquilhagem (-22%), tecnologia e eletrónica (-19%) e bebidas
alcoólicas (-17%).
O estudo tem como base um inquérito a 1.000 portugueses em todo
o território de Portugal continental, conduzido entre 15 e 25 de
setembro de 2023, com 33 perguntas relacionadas com o sentimento
dos portugueses relativamente aos seus hábitos de consumo este
ano.(22.11.23/Fonte:
Jornal de Notícias)
Mais de 70% dos portugueses cortam gastos diários
Estudo da Intrum conclui que 74%
dos portugueses estão a cortar nos gastos, enquanto 30% estimam
utilizar as poupanças para pagar contas do dia-a-dia dada a
inflação e a subida dos juros.
Um
estudo da Intrum conclui que 74% dos portugueses estão a cortar
nos gastos, enquanto 30% estimam utilizar as poupanças para
pagar contas do dia-a-dia dada a inflação e a subida dos juros,
segundo um relatório da Intrum.
"Embora 74% procurem cortar nos gastos diários e 30% planeiem
utilizar as suas poupanças para pagar despesas e contas do
dia-a-dia, estas são apenas soluções temporárias. Eventualmente,
quando o seu dinheiro acabar, os consumidores deixarão de pagar
algumas contas", revelou, no entanto, o European Consumer
Payment Report 2023 -- Portugal da Intrum, a que a Lusa teve
acesso.
Cerca de 16% das pessoas afirmaram ter agora menos dinheiro para
gastar, após pagarem as contas e os bens essenciais, do que no
ano anterior.
O estudo concluiu que 22% dos consumidores não pagaram, pelo
menos, uma fatura dentro do prazo no ano passado.
Verificou-se um número crescente de incumprimentos entre a
geração X e os millenials.
Aproximadamente três em 10 pessoas disse que sentiria menos
culpa por ignorar o pagamento de uma conta agora, do que há
alguns anos.
Já mais de 40% espera que as empresas não se preocupem em adotar
medidas contra os consumidores que têm pagamentos em atraso.
"À medida que os rendimentos reais dos consumidores estagnam ou
diminuem, uma grande parte dos consumidores terá que fazer
escolhas difíceis sobre como irá enfrentar a situação nos
próximos seis meses: 63% podem cancelar gastos em férias e 72%
dizem que podem gastar menos no Natal", lê-se no documento.
Nos últimos seis meses, um em cada quatro inquiridos pediu
dinheiro emprestado para pagar contas e 12% podem necessitar de
um crédito adicional para pagar as suas despesas diárias.
Menos de 40% dos portugueses têm uma poupança equivalente a um
mês de rendimento ou abaixo disto, enquanto um em cada cinco não
tem uma "almofada".
O relatório mostrou também que 19% das pessoas não conseguem
fazer poupanças para responder a despesas inesperadas, acima dos
18% verificados em 2022 e dos 16% do ano anterior.
Mais de metade (54%) dos consumidores acredita que a sua
situação financeira vai melhorar nos próximos 12 meses e a
maioria espera que a inflação se mantenha nos próximos anos.
Para a realização deste estudo foram inquiridas 20.000 pessoas
em 20 países (cerca de 1.000 em cada), sendo o grupo-alvo
constituído pelas que têm idade igual ou superior a 18 anos.
O trabalho de campo para o estudo foi realizado entre 19 de
julho e 01 de setembro deste ano.(16.11.23/Fonte:
Diário de Notícias)
Oitava edição da Web Summit recebe mais de 70 mil
participantes de 153 países
Cimeira tecnológica conta ainda
com o maior número de startups de sempre, mesmo após a
desistência de várias grandes empresas internacionais. Hotelaria
regista taxa de ocupação acima de 85%.
Depois da noite de abertura que se realizou segunda-feira, esta
terça-feira foi o primeiro dia completo de Web Summit em Lisboa.
A organização confirma que vão participar, ao longo dos quatro
dias de evento, 70 236 pessoas de 153 países, menos do que os 71
mil registados em 2022.
Apesar de contar com cerca de menos 800 participantes do que na
edição anterior, o recinto da cimeira tecnológica tem tido, ao
longo do dia, uma grande afluência de espectadores. "Ao longo da
última década, à medida que a Web Summit cresceu, juntámos
dezenas de milhares de pessoas que usaram esta semana em Lisboa
como trampolim para fazer coisas notáveis - lançar empresas,
encontrar investidores, revelar projetos, avançar numa visão do
mundo que vale a pena debater", afirmou a nova CEO, Katherine
Maher, durante a noite de abertura.
Segundo a Associação de Hotelaria de Portugal, estima que a taxa
de ocupação dos hotéis da Grande Lisboa se situe em torno dos
85% entre os dias 13 e 16 de novembro. A entidade espera ainda
que o preço médio por quarto seja superior ao registado em 2022,
que se fixou em 210 euros na cidade de Lisboa e 198 euros na
área metropolitana.
Porém, é notória a ausência de muitos parceiros da Web Summit:
os pavilhões têm vários espaços vazios, que deveriam estar
ocupados por stands de empresas, e mais espaço do que o habitual
entre os diferentes expositores. Recorde-se que multinacionais
como a Google, a IBM, a Siemens, a Meta ou a Amazon voltaram
atrás na decisão de participarem nesta edição do certame depois
das declarações de Paddy Cosgrave, ex-CEO do evento, sobre o
conflito no Médio Oriente.
Este ano, o espaço da Feira Internacional de Lisboa, no Parque
das Nações, conta com um total de 321 parceiros expositores, bem
como 32 delegações de várias nações do mundo.
Elevada participação no feminino
Segundo o estudo Women in Tech, da McKinsey & Company, a
representação de mulheres em empresas tecnológicas corresponde a
cerca de 37%, ainda que os números tenham vindo a aumentar nos
últimos anos. Nesta edição da Web Summit, a organização confirma
que 43% dos participantes são mulheres, assim como cerca de 38%
dos oradores confirmados.
Já
no que respeita às startups, cerca de um terço das mais de 2600
que marcam presença este ano são fundadas por empreendedoras,
lê-se em nota enviada às redações. Este é o maior número de
sempre de startups no evento tecnológico, com origem em 93
países e que representam cerca de 30 indústrias.
Estes empreendedores têm a oportunidade de contactar com os mais
de 900 investidores de 52 países - a organização confirma que
serão realizadas 1180 reuniões entre investidores e startups.
A Web Summit realiza-se até quinta-feira, dia 16.(14.11.23/Fonte:
Diário de Notícias)
Mais de um terço das famílias ganha 833 euros por
mês e não tem como pagar despesas inesperadas
No Dia Internacional para a
Erradicação da Pobreza, a Pordata aponta que, no primeiro
semestre de 2022, 30% das famílias não conseguiam fazer face a
despesas inesperadas e 6,1% referiu ter atrasos em alguns dos
pagamentos relativos a rendas, prestações ou créditos.
Mais de um terço das famílias portuguesas ganha 833 euros brutos
e não consegue pagar despesas inesperadas, segundo a Pordata.
No dia em que se assinala o Dia Internacional para a Erradicação
da Pobreza, a Pordata, a base de dados estatísticos da Fundação
Francisco Manuel dos Santos, compila alguns dados do Instituto
Nacional de Estatística (INE) para fazer um retrato do nível de
pobreza da população portuguesa.
Através deste retrato é possível ficar a saber, por exemplo, que
em 2021, e tendo por base as declarações de IRS entregues todos
os anos pelos agregados fiscais, "mais de um terço dos agregados
(36%) viviam, no máximo, com 833 euros mensais".
"Se acrescentarmos o escalão de rendimento imediatamente a
seguir, conclui-se que mais de metade das declarações (53%)
correspondiam a rendimentos até aos 1.125Euro brutos mensais",
refere a Pordata, sublinhando que 688 mil agregados fiscais
estavam no escalão mínimo de IRS (equivalente a 417 euros
mensais).
No entanto, e tendo em conta os rendimentos declarados, "20% dos
agregados fiscais mais ricos ganharam 3,5 vezes mais que os 20%
dos agregados mais pobres" e "em concelhos como Lisboa, Porto,
Oeiras e Cascais, a diferença é de cinco vezes mais".
Portugal está entre os pobres mais pobres da Europa. Luísa
Loura, diretora da Pordata, afirma que a distribuição de
rendimento em Portugal é má.
"Imagine uma pizza partida em 10 fatias para distribuir por 10
pessoas. Quatro dessas fatias vão para as duas pessoas mais
ricas e as duas pessoas mais pobres têm que partilhar entre elas
pouco mais de metade de uma fatia. A distribuição do rendimento
em Portugal é muito pouco equilibrada, muito menos equilibrada
do que noutros países da Europa. Além disso, o limiar de pobreza
nos outros países permite comprar muito mais do que em Portugal.
Se uma pessoa que vive no limiar da pobreza com 551 euros
conseguir comprar quatro carrinhos de compras num mês, em
Espanha consegue comprar seis e no Luxemburgo consegue comprar
13. Portugal está num grupo de sete países em que os pobres são
mesmo pobres", explica à TSF Luísa Loura.
A população ativa jovem e a mais velha, com mais de 65 anos,
representam o universo mais vulnerável à pobreza. Luísa Loura
sublinha que os dados da Pordata são relativos aos rendimentos
de 2021, mas a inflação é uma realidade e a pobreza cada vez
maior neste universo.
"Estas franjas de população que vivem com menos de 551 euros por
mês, que é o nosso limiar pobreza, sofrem muito mais o impacto
da inflação, porque o rendimento que têm é praticamente só para
o indispensável do dia a dia. Quem ganhe mais, pode abdicar de
algumas coisas, as pessoas mais pobres não têm a possibilidade
de abdicar de nada, portanto, o impacto da inflação é mesmo
muito grande para eles", frisa.
O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado pela
Fundação Francisco Manuel dos Santos, tem como valor referência
a inflação de janeiro de 2022. Luísa Loura diz que os preços
subiram de uma forma generalizada e a perda de poder de compra é
uma realidade em sentido ascendente.
"Qualquer pessoa que não tenha sido aumentada entre janeiro de
2022 e o momento atual, pelo menos 12%, perdeu poder de compra,
porque a inflação, desde janeiro de 2022 até setembro de 2023,
subiu 12,2% e, portanto, só quem tenha tido um aumento salarial
superior a isso é que não perdeu poder compra, todas as outras
pessoas perderam poder de compra. É preciso ver que os produtos
alimentares subiram 22%, portanto, as pessoas mais pobres, os
seus gastos são primordialmente em produtos alimentares e,
portanto, ainda terão perdido mais poder de compra, ainda
estarão com mais dificuldades", reconhece.
O risco de pobreza estende-se à habitação. As famílias têm que
escolher onde gastar o dinheiro: se gastam em bens essenciais ou
nas despesas da casa.
"O preço das casas aumentou mais do dobro em oito anos. De 2015
até agora, o preço das casas, onde há um misto de casas novas,
casas usadas, casas alugadas, e aumentou mais do dobro. Famílias
com dois filhos, se não têm casa própria, se têm que arrendar
uma casa neste momento, além do impacto da inflação ainda têm o
impacto do aumento do preço das casas", acrescenta.
Como ponto positivo, a diretora da Pordata considera positiva a
proposta do aumento do salário mínimo para 820 euros prevista na
proposta de Orçamento de Estado para 2024. Luísa Loura defende
que irá permitir recuperar algum poder de compra.
Com base em alguns resultados dos indicadores sobre privação
material e social do Inquérito às Condições de Vida e
Rendimentos (ICOR), referentes ao primeiro semestre de 2022, a
Pordata aponta que nessa altura 30% das famílias não conseguiam
fazer face a despesas inesperadas e 6,1% referiu ter atrasos em
alguns dos pagamentos relativos a rendas, prestações ou
créditos.
Foi possível constatar que aumentou a percentagem da população
que diz ser incapaz de aquecer convenientemente a casa, sendo
que Portugal foi o 4.º país da União Europeia com maior
proporção de pessoas a dar conta dessa incapacidade.
Por outro lado, "também subiu ligeiramente a proporção da
população sem capacidade financeira para assegurar uma refeição
de carne, peixe ou equivalente vegetariano de 2 em 2 dias (de
2,4% para 3%) e de pessoas sem capacidade para pagar uma semana
de férias por ano, fora de casa (de 36,7% para 37,2%)".
Os indicadores mais recentes do INE sobre pobreza são relativos
aos rendimentos de 2021 e mostram que nessa altura 1,7 milhões
de portugueses estavam em risco de pobreza, ou seja, viviam com
menos de 551 euros por mês, e que 18,5% das crianças e jovens
eram pobres, além de demonstrarem que aumentou o risco de
pobreza nas famílias com dois adultos e duas crianças.
Relativamente à evolução da inflação e ao poder de compra dos
portugueses, a Pordata refere que em 2022 se registou a taxa de
inflação mais elevada dos últimos 30 anos e que a partir de
fevereiro se assistiu ao aumento generalizado do preço dos bens
e serviços, muito por culpa da guerra na Ucrânia.
"É preciso recuar 30 anos para encontrar uma taxa de inflação
superior à de 2022 (7,8% vs. 9,6% em 1992). Desde que há
registo, o pico da inflação ocorreu em 1984 (28,5%) e, desde
meados de 1995, a inflação foi sempre inferior a 4,5%. Nos anos
mais recentes, temos de recuar a 2017 para encontrarmos uma
subida nos preços superior a 1,3%", refere.
Como consequência, diminuiu o poder de compra dos portugueses e
os 760 euros do salário mínimo nacional equivalem a 678 euros,
já que os produtos do cabaz de compra representativos das
despesas das famílias encareceram, em média, 12,2%.
A Pordata refere também que em matéria de habitação, em 2022, o
preço das casas aumentou 90% face a 2015 -- contra 48% da média
da União Europeia, enquanto os salários subiram apenas 20%.(17.10.23/Fonte:
TSF)
Primeiro café português é produzido nos Açores
Delta apresentou o novo café, que
apenas vai ser comercializado nas suas
Coffee
House Experience.
Portugal entrou no lote mundial dos produtores de café. A
novidade foi apresentada esta segunda-feira pela Delta, que
anunciou assim o lançamento do primeiro café luso, totalmente
produzido nos Açores. O novo produto, que dá pelo nome de
"Impossible Coffe" nasce de um projeto cujos primeiros passos se
iniciaram em 2019, com a assinatura de um protocolo entre a
Delta, a Associação de Produtores Açorianos de Café (APAC) e o
Governo Regional dos Açores.
Como explica Rui Miguel Nabeiro, no início foi levado a cabo um
estudo muito alargado sobre o potencial da produção de café nos
Açores. "Primeiro tínhamos que saber antes de produzir e foi
isso que fizemos", detalha o CEO da Delta. O resultado desse
trabalho de campo - que contou com a colaboração de
especialistas que estudaram os solos, o clima e o ambiente das
ilhas açorianas - culminou agora com a apresentação deste novo
café. Que ainda é produzido em pequenas quantidades e que, de
acordo com Rui Miguel Nabeiro não será vendido em grandes
superfícies, limitando-se a sua comercialização às lojas Coffee
House Experience da Delta. "Não é algo que vamos conseguir
vender em supermercado, porque estamos a falar de lotes
pequenos, que vamos comprando ao longo do tempo". O responsável
frisou, ainda, que a prioridade da empresa que comanda é,
sobretudo, a de apoiar os agricultores açorianos. "Em nenhum
momento nós obrigamos ninguém a ter de nos vender. Não há aqui
uma troca comercial direta. Na verdade, nós também seremos
comercialmente compradores de um potencial café dos Açores que
seja interessante", afirmou.
Para que fosse possível o lançamento deste café dos Açores,
contou-se com mais de 1200 horas de trabalho no terreno e com o
envolvimento de 11 instituições. Ao todo foram mais de 80 os
produtores impactados em ações de capacitação e workshops e
estão em estudo seis novas variedades de café.
Sem avançar valores para este trabalho, o CEO da Delta afirmou
que foi investido muito dinheiro, que é "o suficiente para
conseguirmos fazer este caminho e para conseguimos chegar a 500
produtores" num prazo de cinco anos.
Por seu turno, o presidente do Governo Regional dos Açores está
convencido do sucesso do novo café. Tanto que acredita que "um
dia o café poderá ter tanta relevância como já tem o chá". "Não
pela qualidade, não pela quantidade, mas, basicamente, pelo
produto agroalimentar. E, nessa matéria, tenho muita confiança
que o café será um sucesso", afirmou José Manuel Bolieiro que
está confiante nos resultados futuros - social, económico e
cultural - do café dos Açores.(9.10.23/Fonte:
Dinheiro Vivo)
Agosto regista recorde histórico em dormidas e
hóspedes à boleia de estrangeiros
Portugal ultrapassou a fasquia
dos 10 milhões de dormidas no oitavo mês do ano. Os turistas dos
Estados Unidos e Canadá continuam a ser os mercados emissores
com maior crescimento.
É
um novo recorde no turismo para o mês de agosto que nunca tinha
registado um número tão elevado de hóspedes e dormidas. No
oitavo mês do ano, os alojamentos turísticos no país receberam
3,5 milhões de hóspedes (+4,8%) o que correspondeu a 10,1
milhões de dormidas (1,4%), revelam os dados divulgados esta
sexta-feira, 29, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Portugal continua a seduzir cada vez mais turistas estrangeiros
não só tendo recuperado rapidamente o fôlego pré-pandemia no que
respeita aos mercados externos como continua a bater
sucessivamente máximos de visitas . E os números provam-no. Em
agosto os indicadores do turismo atingiram recordes à boleia da
boa performance dos estrangeiros. Os não residentes foram
responsáveis por 6,6 milhões de dormidas, uma subida de 6,4%
face a igual período do ano passado.(29.09.23/Fonte:
Diário de Notícias)
Francesa Aubay emprega 1.450 pessoas em Portugal
e cria Espaço em Lisboa para mais 200
A tecnológica anuncia parceria
com um fornecedor espacial para a criação de um centro de
inovação e digital na capital portuguesa.
Contando já com mais de 1.450 trabalhadores em Portugal, onde
aterrou há 16 anos – primeiro em Lisboa, em 2016 no Porto – e
faturou 63 milhões de euros em 2022, a francesa Aubay soma e
segue no nosso país.
"A Aubay Portugal anuncia uma nova parceria com um fornecedor
espacial líder global. O objetivo comum é estabelecer um centro
de inovação e digital em Lisboa com até 200 postos de trabalho",
avança a tecnológica, esta segunda-feira, 18 de setembro, em
comunicado.
Consultora especializada na gestão, implementação,
desenvolvimento e manutenção de sistemas de informação, a Aubay
apoiará o fornecedor espacial "com a sua experiência em
transformação digital, inovação, digitalização e recrutamento".
De
acordo com a tecnológica francesa, fundada em 1998 e que emprega
perto de oito mil pessoas em sete países europeus, o novo centro
de inovação e digital a abrir em Lisboa "permitirá que o
parceiro da Aubay assuma um papel de liderança como um
fornecedor espacial ágil e inovador, impulsione o crescimento e
permaneça no topo da engenharia espacial".
O futuro "hub" lisboeta irá promover "tecnologias emergentes
como a Inteligência Artifical, melhorando todo o núcleo de TI e
infraestrutura digital com novas tecnologias".
Para José Cruz, COO da Aubay Portugal, esta tecnológica "é
reconhecida por estar na vanguarda da inovação e este é um
testemunho desse compromisso, já que irá impulsionar a indústria
aerospacial para novos horizontes. Ao reunirmos uma equipa
especializada, pretendemos também criar um centro de
colaboração, que dará vida às experiências mais ousadas",
enfatiza.
Afiançando ter mais de 150 clientes ativos em Portugal, a
subsidiária lusa da tecnológica gaulesa anuncia que "haverá mais
de 30 ofertas de emprego disponíveis ainda este ano" e planeia
criar "mais de 150 novas ofertas de emprego em 2024 altamente
especializadas para profissionais que pretendam aproveitar uma
nova oportunidade nesta área, desde o design de satélites ao
desenvolvimento de aplicações, incluindo finanças e gestão da
informação, dando continuidade à estratégia de crescimento da
empresa".(18.09.23/Fonte:
Jornal de Negócios)
Mais de 60% da eletricidade gerada em agosto teve
origem renovável
Cerca de 60% dos 3.177 GWh
(gigawatts-hora) de eletricidade gerada em agosto em Portugal
continental teve origem renovável, segundo dados hoje divulgados
pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).
"Em Portugal continental foram gerados 3.177 GWh de eletricidade
em agosto de 2023, dos quais 60,7% tiveram origem renovável",
informou a APREN em comunicado, explicando que o aumento de 5,9
% face a agosto de 2022 "deve-se ao aumento da incorporação
solar em 9,4%, produzindo respetivamente 425 GWh, face aos 157
GWh em agosto de 2022".
No acumulado de janeiro a agosto, o setor eletroprodutor emitiu
um total de 2,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono
equivalente (MtCO2eq), sendo que o setor da eletricidade
renovável evitou a emissão de 6,2 MtCO2eq e o gasto de 1.251 e
de 385 milhões de euros na importação de gás natural e de
eletricidade, respetivamente, indicou a associação.
No mês de agosto, registou-se um preço médio horário no Mercado
Ibérico de Eletricidade (Mibel) em Portugal de 97,9 euros por
megawatt-hora (MWh), tendo-se esse valor situado nos 91,3 MWh no
acumulado dos primeiros oito meses do ano.
De acordo com a APREN, desde 15 de junho de 2022, quando o
mecanismo ibérico de limite do preço do gás natural entrou em
funcionamento, até 31 de agosto deste ano, o mesmo gerou uma
poupança de 22,8 euros/MWh, o que equivaleu a uma redução de
13,6% no preço horário médio no Mibel.
Analisando a poupança devido ao limite do preço do gás natural,
correspondente à diferença entre o preço sem o mecanismo e o
preço com a compensação a pagar às centrais a gás natural,
verifica-se que, durante os meses de abril a agosto, o mecanismo
não provocou alterações no preço da eletricidade.
No total, 245,1 dos 332,1 terawatts-hora (TWh) produzidos foram
sujeitos ao mecanismo de ajuste dos consumidores na Península
Ibérica. Os dados da APREN indicam ainda que o Sistema Elétrico
Nacional registou, entre janeiro e agosto, um saldo importador
de 7.538 GWh, com exportações de eletricidade de 1.902 GWh e
importações de 9.440 GWh..(08.09.23/Fonte:
Jornal de Notícias)
Excedente orçamental foi de 2.118 milhões de
euros até julho
É uma melhoria de 1.546 milhões
de euros face ao período homólogo.
As Administrações Públicas registaram, na ótica da contabilidade
pública, um saldo orçamental ajustado de 2.118 milhões de euros
até julho, o que corresponde a uma melhoria de 1.546 milhões de
euros face ao período homólogo. Os números foram avançados esta
quinta-feira pelo Ministério das Finanças no comunicado que
antecede a síntese de execução orçamental.
E detalha que esta variação reflete, em termos homólogos, não só
uma melhoria da receita efetiva de 8,6%, em termos ajustados,
como de um aumento da despesa efetiva, de 5,9%, fortemente
influenciado por fatores como, no sentido ascendente, as medidas
de reforço de rendimentos anunciadas no início do ano, pelas
prestações sociais, e pelo reflexo da inflação nos contratos
públicos. E, no sentido descendente, que foi suplantado pelo
efeito anterior, pela redução das despesas associadas à
pandemia.
Mas, segundo o ministério liderado por Fernando Medina, o
resultado é ainda influenciado pelo impacto das medidas
associadas ao choque geopolítico que ascendeu, até julho, a
1.516 milhões de euros. “Deste montante, 630,3 milhões de euros
são medidas com impacto no lado da despesa, de onde se destaca o
apoio a setores de produção agrícola (187 milhões de euros), o
apoio extraordinário às famílias mais vulneráveis (175 milhões
de euros) e o apoio extraordinário para crianças e jovens (100
milhões de euros)”, explica.
O Ministério das Finanças detalha também que, de janeiro a
julho, a receita fiscal aumentou 8,9%, “influenciada pelo
crescimento da receita de IRS (+13,1%), de IRC (+16,4%) e de IVA
(+8,1%), apresentando este último um abrandamento face aos meses
anteriores (até junho cresceu 9%, face ao período homólogo)”.
Já a receita contributiva “continua a espelhar as boas dinâmicas
do mercado de trabalho, aumentando 11,6% face ao mesmo período
do ano anterior. Esta melhoria representa cerca de um terço do
crescimento da receita efetiva ajustada”.
E detalha ainda que, excluindo medidas extraordinárias (medidas
Covid-19 e de mitigação de choque geopolítico), a despesa
efetiva cresceu 8,2%, enquanto a despesa primária (que exclui
juros) cresceu 8,5%, em termos homólogos. “O acréscimo na
despesa continuou a ser impulsionado pelos salários, pela
aquisição de bens e serviços, pelo investimento e pelas
prestações sociais”, justifica..(31.08.23/Fonte:
Jornal I)
Portugal é o melhor país europeu para desfrutar
da reforma
“Das capitais europeias, Lisboa é
uma favorita assegurada mas os reformados adoram outras partes
diversas de Portugal”, indica, relembrando o forte turismo
sentido na região do Algarve.
Esta é a conclusão de um estudo da plataforma ‘Moving to Spain’
destinada a cidadãos americanos, o que parece irónico.
Com base no índice do estudo da plataforma, Portugal arrecadou o
primeiro lugar de melhor país da Europa para desfrutar de uma
vida após o fim de uma vida de trabalho.
O último país da ponta mais ocidental da Europa somou uma
pontuação de 7,83 pontos, num total de dez.
“Portugal é um país seguro, com uma elevada percentagem de
população acima dos 65 anos”, descreve o portal espanhol.
Portugal é o terceiro país com a percentagem mais elevada de
pessoas acima dos 65 anos, sendo destronado por Itália e
Finlândia, relembrando que, atualmente, a idade da reforma é 66
anos e sete meses, “uma das mais altas da Europa”.
Portugal, nas palavras da plataforma espanhola, “oferece muito
sol, praias de boa qualidade, bem como um custo de vida
razoável”. Isto é, embora o custo de vida tenha apresentado uma
subida nos últimos anos, em grande parte devido à atenção
turística e investimento estrangeiro que tem recebido, este
ainda é acessível aos cidadãos dos países da Europa.
“Das capitais europeias, Lisboa é uma favorita assegurada mas os
reformados adoram outras partes diversas de Portugal”, indica,
relembrando o forte turismo sentido na região do Algarve. A
análise incluiu ainda o número de praias com bandeira azul e
preço médio de um apartamento por metro quadrado, bem como a
qualidade do sistema de saúde.
“Uma das coisas por que Portugal é famoso é o seu vinho e o
porto. Adicionem campos de golfe espetaculares e cenários
maravilhosos, e é um pacote completo”.
O segundo lugar é ocupado por Espanha e Itália, que estão
empatados com uma pontuação de 7,31 pontos, enquanto o quarto
lugar é ocupado pela Grécia com 6,70 pontos. Seguem-lhe a
Bulgária (6,39), França (5,53), Eslovénia (5,36), Croácia e
Malta (5,35) e Irlanda (5,15).(26.08.23/Fonte:
OJE)
Portugal tem 12 mil startups que faturaram em
conjunto 1,7 mil milhões em 2021
Entre 2018 e 2021 o volume de
negócios das startups cresceu 16,4%. Criação de empresas no
sector tecnologia mais do que duplicou nos últimos dez anos.
Portugal conta atualmente com cerca de 12 mil startups que em
conjunto faturam 1,7 mil milhões de euros no ano de 2021,
empregaram perto de 25 mil pessoas e exportaram 562 milhões de
euros, segundo os dados revelados pela Informa D&B esta
sexta-feira, 30 de junho.
Entre 2018 e 2021 o volume de negócios das startups cresceu
16,4% e subiu 12,2% no emprego, tendo a criação de empresas no
sector tecnologia mais do que duplicado (110%) nos últimos dez
anos, sendo que em 2022 já tinham um peso de 7% no total de
constituições do ano.
No último ano, o número de novas empresas no tecido empresarial
aumentou 39% face a 2013. As microempresas representam também a
maior parcela do volume de negócios (59%), empregados (76%) e
exportações (50%) entre as startups.
Numa análise feita por distritos, Lisboa e Porto concentram
quase 60% do total das startups e do seu volume de negócios,
seguidos por Setúbal, Braga e Aveiro.
Lisboa tem atualmente o o maior número de startups ativas (5.174
empresas, 43% do total), tendo sido também neste distrito que
foram constituídas mais startups na última década (44%).(30.06.23/Fonte:
OJE)
Taxas de juro “arrefecem” compra e avaliação das
casas em Portugal
Desde o início do ano que a taxa
de avaliação das habitações tem vindo a abrandar no país. “Esta
tendência de desaceleração é claramente o que vamos viver até ao
final do ano”, afirma ao JE Diário o CEO da Century 21 Portugal.
Até ao final de 2023, o mercado de habitação em Portugal não irá
ver uma tendência para a quebra dos preços, mas sim para um
abrandamento. O arrefecimento do mercado imobiliário em Portugal
está patente no valor médio das avaliações das casas que se
fixou nos 1.510 euros/m2 em maio, um aumento de 9,4% face ao mês
anterior, mas abaixo dos 10% registados em abril, de acordo com
os dados do Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação,
divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Pelo
quinto mês consecutivo a avaliação das casas desacelerou, assim,
em Portugal.
Especialistas atribuem esta tendência ao aumento das taxas de
juros e às dificuldades dos portugueses em concluírem o processo
de crédito habitação. É o caso de Ricardo Sousa, CEO da Century
21 Portugal, em declarações ao JE Diário: “esta tendência de
desaceleração, ou seja, o arrefecimento, é claramente o que
vamos viver até ao final do ano, com muita segurança”.
O responsável explica que na base desta desaceleração está
aumento das taxas de juro que a 15 de junho registou a sua
oitava subida consecutiva com um aumento de 25 pontos
percentuais, elevando a taxa diretora para 4%. Ricardo Sousa
sinaliza ainda como justificação para esta tendência as
dificuldades os portugueses em concluírem o processo de crédito
habitação.
Para o CEO da Century 21 Portuga trata-se de um processo que
começou em meados de 2022 e que tem vindo a prolongar-se durante
este ano em indicadores como o número de transações que
“claramente começam a ter um abrandamento e uma queda
comparativamente ao ano anterior”.
“Estamos a assistir desde o início deste ano com o aumento das
taxas de juro e com muitas das operações que estavam em curso,
ou pessoas que já tinham escolhido a casa, mas ainda não tinham
tomado essa decisão e quando vão para a tomar já não conseguem
fechar o seu crédito à habitação e isso fez com que o mercado
parasse bastante no início do ano”, realçou ao JE Diário.
Apesar de defender que o mercado começa agora a dar sinais de
recuperação e a caminho de uma estabilização, o CEO da mediadora
imobiliária, destaca que “o número de imóveis em venda ajustados
aquilo que é a procura atual e a sua capacidade é muito
limitada, o que faz com que o número de operações tende a
diminuir”.
Pelo quinto mês consecutivo a avaliação das casas desacelerou em
Portugal, segundo os dados revelados pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE) divulgados na segunda-feira, 26 de junho.
Em janeiro deste ano, o valor da avaliação das casas era de
14,9%, sendo que os dados de maio revelados esta semana pelo INE
apontam para os 9,4%, em maio, e com o valor médio do m2 a
fixar-se a nível nacional nos 1.510 euros, o que significou um
aumento de 19 euros em comparação com o mês anterior.(27.06.23/Fonte:
OJE)
Economia portuguesa com excedente externo de 693
milhões de euros até abril
Segundo o Banco de Portugal, as
exportações de viagens e turismo totalizaram 1942 milhões de
euros, o valor mais elevado de sempre para um mês de abril.
A economia portuguesa apresentou um excedente externo de 693
milhões de euros até abril, que compara com um défice de 1965
milhões de euros no período homólogo, divulgou esta
segunda-feira, 19, o Banco de Portugal.
Esta evolução reflete um défice das balanças corrente e de
capital de 303 milhões de euros, inferior em 122 milhões de
euros ao observado no mesmo mês de 2022. Segundo os dados das
estatísticos da balança de pagamentos do banco central, o défice
da balança de bens e serviços caiu 598 milhões de euros, à
boleia de um recuo de 163 milhões de euros, do défice da balança
de bens, para 1989 milhões de euros.
"Esta redução refletiu um decréscimo das exportações, de 271
milhões de euros, inferior ao decréscimo das importações, de 434
milhões de euros (-4,5% e -5,3%, respetivamente)",
indica.
Já o excedente da balança de serviços avançou para 1900 milhões
de euros, refletindo um aumento de 435 milhões de euros, fruto
de um salto nas exportações (+20,2%) e importações (+12,8%) de
serviços. A boa performance do turismo e os serviços e
transportes deram ânimo às contas.
"As exportações e as importações de viagens e turismo cresceram
22,5% e 10,0%, respetivamente, e resultaram num aumento do saldo
desta rubrica de 308 milhões de euros. Em abril de 2023, as
exportações de viagens e turismo totalizaram 1942 milhões de
euros, o valor mais elevado da série para um mês de abril",
indica o Banco de Portugal.
Em abril, o banco central destaca ainda o excedente da balança
de rendimento secundário, que aumentou 68 milhões de euros, para
420 milhões de euros. Já a balança de capital viu o excedente
cair 69 milhões de euros para 114 milhões de euros. Já a subida
dos rendimentos de investimento pagos ao exterior impulsionaram
o aumento do défice da balança de rendimento primário, que
avançou 475 milhões de euros, para 749 milhões de euros.
Já no que respeita à necessidade de financiamento da economia
portuguesa no quarto mês do ano, o BdP refere que esta se
traduziu num saldo da balança financeira de -137 milhões de
euros, fruto "da redução dos ativos sobre o exterior, de 489
milhões de euros, com destaque para os ativos externos do Banco
de Portugal em numerário e depósitos (-480 milhões de euros)" e
da "redução dos passivos externos, de 352 milhões de euros, que
é explicada pela redução dos títulos de dívida pública
Portuguesa na posse de entidades não residentes (-1007 milhões
de euros), que mais do que compensou o aumento dos passivos das
sociedades não financeiras no contexto de operações de
investimento direto estrangeiro (866 milhões de euros)".
Olhando para o conjunto dos primeiros quatro meses do ano, a
capacidade de financiamento da economia portuguesa traduziu-se
num saldo da balança financeira de 1296 milhões de euros,
refletindo, justifica o BdP, um aumento dos ativos sobre o
exterior (5566 milhões de euros) e um aumento dos passivos
externos (4270 milhões de euros).
"Os setores que mais contribuíram para a variação positiva dos
ativos líquidos de Portugal perante o resto do mundo foram as
administrações públicas (3511 milhões de euros), o banco central
(1446 milhões de euros) e as instituições financeiras não
monetárias exceto sociedades de seguros e fundos de pensões (941
milhões de euros)", indica ainda a nota estatística do banco
central.(19.06.23/Fonte:
Dinheiro
Vivo)
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